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A Percepção da Família no Tratamento e Suporte de Dependes Químicos

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Temáticas de Pesquisa em Psicologia – 7º semestre
A Percepção da Família no Tratamento e Suporte de Dependes Químicos
Bauru
2019
A Percepção da Família no Tratamento e Suporte de Dependentes Químicos
XAVIER, Maria Fátima; RODRIGUES, Priscila Helena Jorge; SILVA, Marjorie Cristina Rocha; A percepção da Família no Tratamento e Suporte de Dependentes Químicos; Encontro: Revista de Psicologia; Faculdades Integradas Eistein de Limeira, Vol. 17, Nº 26, p. 99 – 110, 2014. 
Considerado um grande problema de saúde pública e social, a dependência química tem se tornado crescente com o decorrer dos anos entre os jovens e adolescentes, tendo como principais consequências um alto índice de transtornos e doenças relacionadas ao uso e abuso dessas substâncias, além de ocasionar graves sequelas na vida do usuário e no núcleo familiar. As primeiras experiências com drogas ocorrem frequentemente na adolescência, pois é nessa fase que o indivíduo é particularmente vulnerável do ponto de vista psicológico e social (SOLDERA, et al., 2008). 
Segundo alguns autores, o usuário demora um determinado tempo até decidir buscar tratamento para sua dependência, o que contribui para uma recuperação mais difícil. O sucesso do tratamento depende, em sua maior parte, do esforço do dependente em abandonar antigos hábitos que contribuem para o desejo e situações em que se queira consumir a droga, além de sua vontade voluntária em prosseguir com o processo de tratamento. Outro ponto importante é o desenvolvimento de intervenções complementares ao tratamento, com base na prevenção e reinserção ao meio social. 
De acordo com o Ministério da Saúde (2004), é necessário que se conheça o usuário e suas necessidades para que se possa implantar os programas de prevenção, educação, tratamento e promoção. Esses programas devem estar ligados a estratégias de contato e vinculo com a família e o meio social, e que não visem somente atingir o estágio de abstinência, levando em conta as singularidades e diversidades de cada um, além de procurar alternativas que estimulem a participação e o engajamento dessas pessoas. 
No que diz respeito ao processo de recuperação desses usuários, podemos voltar nossa atenção para o núcleo familiar como podendo ser facilitadora ou complicadora variando de acordo com o tipo de vinculo estabelecido. A família, geralmente, é a primeira a detectar a dependência e a buscar formas de tratamento para auxiliar o dependente. De acordo com alguns autores, a maioria dos casos recebidos nas instituições de tratamento observa-se uma negligência familiar na participação do tratamento desse usuário, não se considerando como parte integrante desse problema. Segundo Barcelos (200 apud SILVA, 2003), a família pode influenciar na recuperação do dependente químico, pois se conseguir resgatar a autoridade a definir comportamentos adequados para o bem-estar da família. 
O presente texto trata-se de uma pesquisa que teve como objetivo investigar a percepção dos membros familiares em relação às maneiras de tratamento e suporte do dependente químico. A pesquisa consiste em um estudo realizado com doze participantes, variando entre homens e mulheres, com graus de parentesco que variam desde mãe, pai, cônjuge e sobrinhos. Todos os participantes eram membros de um Grupo de Apoio a dependentes químicos no interior de São Paulo. A pesquisa foi realizada através de um questionário, contendo doze questões sobre a percepção dos participantes quanto à sua importância na recuperação do dependente. As respostas foram analisadas qualitativa e quantitativamente, posteriormente agrupadas e transformadas em variáveis. 
Os primeiros resultados apresentados são a respeito das formas de dependência citadas pelos familiares (idade de inicio do uso de drogas, os tipos de substâncias psicoativas utilizadas). Em seguida são apresentados os dados a respeito do papel da família na recuperação do dependente. Foi observado que a maioria dos familiares responderam que um dos principais papéis da família é apoiar o dependente, sendo este um papel importante e fundamental. No que diz respeito às medidas adotadas em relação ao dependente, as respostas mais citadas foram ajudar e apoiar, impor regras e limites para o usuário e a viabilização de tratamento psicológico grupos de apoio. Foi verificado também as participações dos dependentes em alguns tratamentos como grupo de apoio, internação, tratamento com psicólogos ou psiquiatras, além do uso de medicação. 	
Foi observado uma expectativa vinda dos familiares em relação à recuperação do dependente, sendo em sua maior parte positiva. Alguns dados apresentados nos mostram fatores que contribuem com a prevenção de recaídas durante o processo de abstinência do dependente, sendo eles: suporte familiar, suporte familiar e externo, vontade própria e imposição por parte dos familiares. Os sujeitos relatam que o diálogo, apoio, orientação imposição de regras, participação de grupos de apoio são medidas positivas que podem ser adotadas para ajudar o dependente. 
De maneira geral, verificou-se que apesar da fragilização da família diante da dependência, há uma disposição a auxiliar o usuário no tratamento e na busca de apoio, podendo concluir que a família tem um papel muito importante no processo de recuperação dessas pessoas, bem como algumas das formas de tratamento.

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