Buscar

MOD 03 - TEMATICAS DE PESQ EM PSICOLOGIA - RESPOSTAS

Prévia do material em texto

Exercício 1:
Leia atentamente o texto a seguir:
Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho constituem uma das principais causas de
afastamento do trabalho, gerando problemas sociais, psicológicos e econômicos. De origem
multideterminada geram problemas biopsicossociais difíceis de reversão aos seus portadores. O presente
trabalho buscou analisar um processo de intervenção com foco na redução e controle do estresse em um
portador de DORT. Participou do trabalho um metalúrgico de 45 anos, afastado do trabalho por DORT. Foi
realizado um diagnóstico inicial pelo Inventário de Sintomas de Stress - ISSL, Inventário de Atitudes Frente
a Dor - IAD e entrevista semiestruturada. Posteriormente realizaram-se oito sessões de intervenção na
abordagem cognitivo-comportamental. Ao final foram reaplicados o ISSL e IAD. Observou-se que ao
trabalhar as crenças irracionais relativas à condição de afastamento e a mudança de atitudes frente à dor e
ao DORT, houve uma alteração significativa no quadro do paciente, identificado no nível de estresse que
estava em resistência e no final não foi identificado estresse, o IAD apontou uma redução na atitude
emotiva frente à dor e aumento nas atitudes de controle e solicitude. Tais considerações apontam para a
importância de se promover um trabalho voltado a questões psicossociais junto aos portadores de DORT,
proporcionando-lhes uma melhor reinserção no mercado de trabalho e melhor qualidade de vida.
Em relação ao estudo publicado na Revista RET, do qual foi extraído o resumo acima, é correto afirmar que
se trata de um trabalho
I. Que permite ampla generalização dos resultados, pois foi muito bem estruturado. E apesar de ser um
trabalho de natureza qualitativa, baseado em estudo de caso, permite generalizações de resultados que
possibilitam afirmar que o ocorrido com o participante estudado ocorre com todos os indivíduos sujeitos às
mesmas condições.
II. Que não permite generalizar resultados por haver focado a realidade específica de um trabalhador. Isto
porque os trabalhos realizados com a metodologia qualitativa de estudo de caso permitem identificar
fatores específicos que precisam ser estudados de forma ampla na população, com rigor de controle de
variáveis e métodos quantitativos.
III. De contribuição científica pífia, pois focaliza uma única realidade, como todos os trabalhos de natureza
qualitativa.
Está correto somente o afirmado em
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
I e III.
D)
I.
E)
II.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Leia atentamente o texto a seguir:
(...) se a relação entre quantitativo e qualitativo, entre objetividade e subjetividade não se reduz a um
continuum, ela não pode ser pensada como oposição contraditória. Pelo contrário, é de se desejar que as
relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais “ecológicos” e “concretos” e aprofundadas
em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem
aprofundadas qualitativamente, e vice-versa. (MINAYO, 1993). 
Isso posto, considera-se que
I. A influência das crenças e valores do pesquisador estão presentes na pesquisa quantitativa, tanto na
escolha do tema quanto na interpretação dos resultados.
II. É característico da pesquisa qualitativa o envolvimento emocional do pesquisador com o tema por ele
investigado.
III. Nos dois modelos de pesquisa (qualitativa e quantitativa) busca-se o controle dos valores e crenças do
pesquisador, bem como de seu envolvimento emocional durante o processo de investigação.
Está correto somente o afirmado em
A)
I.
B)
II.
C)
III.
D)
II e III.
E)
I e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Leia atentamente as afirmativas a seguir:
Quando falo com um amigo, estou interessado em detectar a intenção da pessoa que fala; e quando
recebo uma carta de um amigo estou interessado em entender o que o autor queria dizer. Nesse sentido,
fiquei perplexo ao ler o jeu de massacre de Derrida sobre um texto assinado por John Searle. Ou melhor,
considerei-o somente como um exercício esplêndido de paradoxos filosóficos, sem esquecer que Zeno, ao
demonstrar a impossibilidade do movimento, no entanto estava consciente de que, para fazê-lo, tinha pelo
menos de mover a língua e os lábios. Mas há um caso em que sinto simpatia por muitas teorias voltadas
para o leitor. Quando um texto é colocado numa garrafa – e isso não acontece só com a poesia ou a
narrativa, mas também com A crítica da razão pura – isto é, quando um texto é produzido não para um
único leitor destinatário, mas para uma comunidade de leitores, o/a autor/a sabe que será interpretado/a
não segundo as suas intenções, mas de acordo com uma complexa estratégia de interações que também
envolve os leitores, ao lado de sua competência na linguagem enquanto tesouro social. Por tesouro social
entendo não apenas uma determinada língua enquanto conjunto de regras gramaticais, mas também toda
a enciclopédia que as realizações daquela língua implementaram, ou seja, as convenções culturais que
uma língua produziu e a própria história das interpretações anteriores de muitos textos, compreendendo o
texto que o leitor está lendo. ECO, U. Interpretação e superinterpretação. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Tendo em vista o texto acima, podemos afirmar que de acordo com Eco
A)
qualquer texto tem uma única interpretação possível e ela deve espelhar a intenção do autor.
B)
um autor escreve para si mesmo sem se preocupar com os futuros leitores de seu texto, por isto um texto
apresenta uma possibilidade infinita de interpretações.
C)
um texto poderá ser interpretado de modos diferentes, dependendo do meio cultural e linguístico da
comunidade de leitores.
D)
um texto poderá ser interpretado equivocadamente dependendo da competência linguística do leitor.
E)
um texto clássico como A crítica da razão pura dificilmente será objeto de novas interpretações.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
Leia atentamente o texto a seguir:
Inicialmente, devemos admitir que não concordamos com a dicotomia de Dilthey quando afirmou
“explicamos a natureza, compreendemos a vida mental”. O ser humano e, portanto, sua vida mental, faz
parte da natureza; desta maneira, encontra-se em constante interface com a natureza. Consequentemente,
a ciência do ser humano e da sua vida mental consiste em um esforço concomitante de explicar e
compreender. Mais enfaticamente, explicação e compreensão dependem uma da outra, são impossíveis
uma sem a outra (GÜNTHER, 2006). 
Isto posto, este autor faz as seguintes considerações sobre a escolha entre pesquisa qualitativa e a
pesquisa quantitativa:
I. Em uma pesquisa o pesquisador não precisa escolher qualquer tipo de método.
II. A escolha de qualquer dos métodos deve contemplar questões práticas, empíricas e técnicas que
possibilitem, no menor espaço de tempo possível, chegar ao resultado que permita uma melhor
compreensão do fenômeno estudo.
III. A combinação dos métodos qualitativos e qualitativos é permitida, já que a depender das perguntas a
serem respondidas, comporta-se mais de um método.
Está correto o afirmado em
A)
I
B)
II
C)
II e III
D)
I e II
E)
III
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 5:
Leia atentamente o texto a seguir:
Há um programa chamado Big Brother Brasil (deveria ser com z, mas não é...) e um Brasil do big brother.
(...)
Oferecer a possibilidade de ver pessoas em todas as situações, violando sua intimidade, é algo que tem
fascinado o Ocidente desde que, com o cristianismo, inventou-se a ideia de livre-arbítrio, de liberdade
individual e, com ela, de escolha moral com implicações cósmica (pois o arbítrio leva a uma eterna
danação ou salvação). Foiesse conjunto de valores que criou um espaço interno inviolável e
verdadeiramente misterioso dentro de cada um de nós. Para alguns, esse espaço é um ego fragilizado,
pressionado pelo id e pelo superego; para outros, é uma alma imortal; para muitos, é um espaço que a
sociedade protege no que chamamos de subjetividade, aquela perspectiva pela qual vemos o mundo e o
sentimos sem formalidades e etiquetas, como nós mesmos – se é possível imaginar uns “nós mesmos”
sem os nossos países, línguas, narrativas, crenças e costumes, isso para não falar dos nossos pais,
irmãos e companheiros de jornada e geração.
Não seria preciso enfatizar como é atraente profanar essas vidas expostas nos BBB nas suas intimidades,
sobretudo quando se sabe que a “vida privada” (e a privada) são tabus sociais. O paradoxo aumenta
quando se sabe que os participantes do programa abriram mão dessa inviolabilidade como valor,
motivados por dinheiro e por uma óbvia superexposição na mídia televisiva, que promove fama e
celebridade instantânea, embora fugaz.
Mas, para além dessas possibilidades, é igualmente curioso observar como há um Brasil do big brother. Ou
seja: como valores de nossa sociedade se revelam explicitamente no grupo. Há, assim, a ênfase
desmesurada na aparência – todos se querem bonitos, atraentes, espertos, malandros, espirituosos e
bem-vestidos. Há o cuidado extremado com os problemas que antigamente se classificavam como “de
cor”, hoje transformados em discursos sobre opressão e resgate. Revela-se a importância da “limpeza”
pessoal, sobretudo no que diz respeito à comida, seu preparo e ato de comer. (...)
A mim me parece que a maior fonte de angústia do programa não é bem a crueldade de se dispor a viver
num mundo sem rotina e numa casa de vidro, mas ser obrigado a conviver com indivíduos no sentido pleno
da palavra.” DAMATTA R. O Brasil do Big Brother. O Estado de São Paulo, publicado em 19 Fevereiro de 2004.
Tendo em vista o texto acima, podemos afirmar que
I. Segundo DaMatta, a liberdade individual e o livre-arbítrio são atributos inerentes a todo e qualquer ser
humano, independentemente de seu contexto social e histórico.
II. Cada ser humano tem forma própria de ver o outro e o mundo, porque cada um tem potencialidades
próprias e configurações psíquicas específicas.
III. Segundo DaMatta, somos constituídos socialmente; pensamos e vemos o mundo de acordo com as
marcas feitas em nós, pelo mundo no qual fomos lançados. O que falamos e professamos não é de nossa
autoria, mas do lugar, do tempo, da língua, da família etc. nos quais nascemos e crescemos.
IV. Quando DaMatta diz “...indivíduos no sentido pleno da palavra...” ele provavelmente se refere a um
conceito que passou a vigorar a partir do liberalismo dos séculos XVII e XVIII. O homem foi tomado como
fundamento primeiro de todas as coisas – permanente e invariável no tempo; célula básica da sociedade.
V. Para o indivíduo, constituído sob os ideais românticos, sua privacidade é seu tesouro máximo e deve ser
mantida longe dos olhares e controles alheios. A defesa da inviolabilidade da intimidade do indivíduo foi
uma marca do romantismo cujos vestígios se encontram na contemporaneidade. Isto explica o nosso
fascínio diante da possibilidade de “olhar o outro pelo buraco da fechadura”.
Está correto somente o afirmado em
A)
IV e V.
B)
III, IV e V.
C)
I, III e V.
D)
I, II, III e IV.
E)
II, III e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários

Continue navegando