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depressão ansiedade e suicidio (com teatro)

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3
ICH- INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
ANSIEDADE, DEPRESSÃO E SUICÍDIO
BAURU-SP
2017
Resumo
Este Trabalho visa abordar temas como ansiedade, depressão e suicídio em que na atualidade ocorre aceleradamente o crescimento dos fenômenos, em que ambos acabam correlacionando-se, refletindo diretamente no homem e nas relações sociais. Assim busca-se expor os temas de maneira que traga o conhecimento e conjunto a isso a conscientização frente aos ocorridos. Para discorrer sobre os assuntos, foi realizada uma busca de artigos e estudos através do banco de dados Scielo para que os conteúdos sejam embasados com seriedade e o máximo de confiança possível. Assim, este estudo busca ressaltar a importância de olhar para tais temas e compreender a dinâmica social que os cerca, buscando apresentar junto a isso medidas preventivas dentro deste âmbito.
Palavras Chaves: Ansiedade; índices de Depressão; Suicídio; Fenômenos sociais.
Sumário
1.	Introdução	3
2.	Desenvolvimento	10
2.1	Psicofobia	11
2.2 Realidade e Ficção: a morte imitando a arte	12
2.3 Religião, Livre arbítrio e o Direito de Morrer a Própria Morte	13
3.	Conclusão	14
Referências	15
Anexos	16
1. Introdução
Atualmente vemos como ansiedade, depressão e suicídio têm ganhado espaço no âmbito de debate social, e que ambos os fenômenos tem apresentado conseqüências visíveis e de grande relevância para a discussão acerca destes temas. Ainda que com esse olhar voltado para as causas e conseqüências, vê-se que tais temas e estudos ainda não abrangem de uma forma generalizada a sociedade causando um falho analfabetismo dentro deste contexto. A população por sua vez, tem se atentado cada vez mais para tais acontecimentos, que crescem de forma alarmante e assustadora; porém o que vemos é que o sentido leigo tem imperado sobre a essência de tais fatos, levando a grande divergência no meio popular, em que grande parte é tratado de maneira hostil e não como a relevância que deveria ser abordado pelas pessoas em geral. Assim, visa-se trazer a público estes conceitos, sua estrutura, suas causas e seus resultantes, ainda assim ir além, apresentar a definição que mais se aproxima de ambos os temas, sua correlação e o que pode ser feito para que os índices e percentuais dentro desta temática venham a diminuir. 
Ainda que generalizada de forma abstrata, a ansiedade, a depressão e o suicídio, existem no plano concreto, a ciência já apresenta avanços e os profissionais unem-se afim de ir na contramão das estatísticas enfrentadas atualmente. Estes conceitos existem, aumentam e estão matando. Precisamos falar e tratar sobre ansiedade, depressão e suicídio.
A ansiedade, dentro dos temas abordados, é um termo que vem causando cada vez mais divergência acerca de seus variados graus e alterações no organismo, no qual em muitos dos casos denominamos de “crises de ansiedade"- muito utilizado no meio popular para definir momentos de estresse e nervosismo. Segundo a OMS (2016) “[...] o número de pessoas com transtornos de ansiedade era de 264 milhões em 2015, com um aumento de 14,9% em relação a 2005. A prevalência na população é de 3,6%. É importante observar que muitas pessoas têm tanto depressão quanto transtornos de ansiedade”. 
Dentro ainda do contexto a ansiedade muitas vezes não é vista ou tratada com a devida importância que deveria, em muitos os casos ela é vista como algo momentâneo e de leve reflexo por quem é espectador do transtorno. Já o protagonista que conhece de perto os sintomas passa por dificuldades.
Quem sofre do fenômeno ansiedade pode estar relacionada a situações de ameaça, onde o indivíduo se vê impotente em determinadas ocasiões, sendo levado a apresentar sintomas classificados como mecanismo de defesa do organismo. Assim pode-se dizer que a ansiedade em sua ocorrência leva ao indivíduo á reações que estão fora do seu campo de controle, gerando assim conflitos entre mente e corpo. 
Outro ponto analisado é que a ansiedade também está presente em momentos que o indivíduo se vê frente a situações ou “problemas" que não podem resolver, construindo assim em seu campo mental uma situação de perigo em que enviará respostas ao corpo que por sua vez, altera as reações fisiológicas, em que a propensão de respostas ansiogenicas é maior. *Segundo Alves (Anopg) (citado por Bernardino 2006) "A ansiedade, o medo e a insegurança são comuns em pessoa que tem auto cobrança, rigidez e não gostam de serem expostas."
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do Sistema Nervoso Central conseqüente à interpretação de uma situação de perigo. Parente próxima do medo (muitas vezes a diferenciação não é possível), é distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável, enquanto na ansiedade o fator de estímulo teria características mais subjetivas. Efraim (2016, p.1)
Outro ponto a ser analisado é que generalizam os fenômenos como decorrentes isolados, deixado de lado a perspectiva sobre a correlação entre os sintomas e as causalidades quando um fenômeno infere sobre o outro. Um exemplo acerca disso é ansiedade no contexto da depressão, onde em geral, foca-se na temática e diagnostico central (depressão), e acabam deixando de analisar variáveis que podem ser fundamentais para a compreensão do transtorno. Devido a isso, torna-se valido dentro deste campo ressaltar as correlações envolvidas e causalidade de uma sobre as outras. 
Em um estudo elaborado por Rodrigues et. al (2012, p.60), avaliou-se o risco de suicídio em jovens com transtornos de ansiedade, no qual chegaram ao consenso de que “Os dados observados na presente investigação, em conjunto com a literatura cientifica atual, podem sinalizar a elevada intensidade dos estressores presentes nos transtornos desencadeantes de ideação suicida e tentativas de suicídio”. Isso porque dentre o gradiente da ansiedade encontramos em seu ponto ápice o fator “crise existencial” em que o indivíduo portador dos sintomas encontra-se em uma posição transitória para uma depressão, ou até mesmo percorrendo caminhos diretos aos seus anseios como o suicídio. 
Para Rodrigues (2012) “Ataques de Ansiedade – Conhecido popularmente como ‘Crise de Existência’, os ataques de ansiedade acontecem quando começamos a nos perguntar o porquê de tudo: ‘Por que estou vivo?’, ‘E se eu me matar?’, ‘Será que vou enlouquecer?’, ‘E se eu passar vergonha?’. Levando o indivíduo assim a uma série de questionamentos que, na maioria das vezes, ele mesmo não consegue encontrar suas respostas dentro de si, gerando a ele angustia, dor e sofrimento.”
 Assim como a ansiedade, outro ponto a ser abordado é a depressão e seu quadro de ocorrências, causalidades e conseqüências. Considerada por muitos a doença do século, este transtorno vem a cada dia mais crescendo tirando o sono, o sonho, o sol e a alegria de muitos. 
Em meio ao dinamismo moderno e as relações cada vez mais liquidas abre-se um vasto espaço dentro da mente humana para um mergulho dentro de si mesmo, em que na maioria das vezes, as pessoas não têm conseguido voltar para respirar. Através desta metáfora pode-se explicar a essência do que chamamos hoje de depressão. Segundo Ferreira, Gonçalves e Mendes (2014, pg.) “A psiquiatria, como especialidade médica, faz o diagnóstico e indica o tratamento. [...] a depressão é vista e expressada por muitos como ‘mal do século”.
Como o próprio fenômeno suscita, há um vasto campo de interesse na área por parte dos profissionais da área da saúde, em que hoje há um esforço mutuo entre as áreas a fim de compreender este transtorno, buscando criar soluções plausíveis para diminuir as estatísticas que crescem aceleradamente. 
Dentro deste âmbito ressalta duas áreas de grande interesse nesta temática, a psicologia e a psiquiatria, em que ambas investem em seus meios para compreender a dinâmica, apresentado propostas viáveis em seus estudos, ainda que em corriqueiramente tratem do fenômeno de maneiras distintas.
No âmbito da psiquiatria Del Porto (1999) define que “Otermo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s).
De acordo com Del Porto (1999)
Enquanto sintoma, a depressão pode surgir no mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas.
Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite).
Enquanto doença, a depressão tem sido classificada de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista adotado. Entre os quadros mencionados na literatura atual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, destemia; depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da ciclotimia, etc.
De fato precisa-se abordar a correlação entre os temas e o que estes refletem sobre o social e o próprio ser humano. Como ponte entre a ansiedade e o suicídio tem-se a depressão, fenômeno que tem se alastrado em nível mundial. A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes á 2015. Em 10 anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%.  Segundo Barbosa, Macedo e Silveira (2011, p. 64) “A sociedade, apesar dos avanços da medicina em diagnosticar com mais precisão os transtornos mentais e serem várias as possibilidades de intervenções psicoterápicas e farmacológicas, manifesta seu preconceito.”
Como liga entre causalidade e produto depressão outro fator desencadeado a ser analisado é o suicídio. Em geral há tanto uma sensibilização como por outro lado o preconceito em relação ao tema, mas o dilema em questão é que a visão para o assunto acaba sempre em segundo plano, fazendo com que o número cresça cada vez mais, atingindo ambos os sexos e culturas. Para Barbosa, Macedo e Silveira (2011, p.242) Quanto maior o conhecimento acerca do tema depressão e dos riscos de suicídio, maiores as chances de prevenção. Suicidar-se é tirar a vida. Necessita-se compreender a dinâmica que cerca este fenômeno, buscando conscientizar e fortalecer a prevenção contra essas ações. Em geral e na grande maioria dos casos, isto ocorre como fuga dos problemas cotidianos, da dor e de si mesmo.
De acordo com Barbosa, Macedo e Silveira (2011, p.236)
O comportamento suicida está freqüentemente associado com a impossibilidade do indivíduo de identificar alternativas viáveis para a solução de seus conflitos, optando pela morte como resposta de fuga da situação estressante. Detectar e tratar adequadamente a depressão reduz as taxas de suicídio.
Assim torna-se inerente dentro deste campo ressaltar a importância de falar sobre o suicídio dos meios de prevenção e das mistificações que correm acerca do tema. Este não é um dilema a ser tratado por áreas restritas da ciência, mas sim por um esforço mutuo, tornando-se dever de todos a intervenção no processo. “Diante deste panorama, onde o suicídio ainda é tratado como tabu, surge à necessidade de desmistificar o tema, levando em consideração o trauma que o suicídio acarreta ao meio social. (BARBOSA, MACEDO e SILVEIRA, 2011; p.236).
Hoje o suicídio já ocupa a terceira causa de morte entre pessoas de 15 a 44 anos (McGirr A, et al, 2007). Ressalta-se que para cada caso de suicídio consumado existam entre 10 e 20 tentativas, o que reforça a tese da importância da detecção precoce dos riscos presentes nos casos dos deprimidos suicidas. (Citada por BARBOSA, MACEDO e SILVEIRA, 2011, p. 238)
Tratar esses transtornos de uma maneira multidisciplinar, além de trazer mais beneficio aos “sofredores”, ajuda a desmistificar o preconceito e a ignorância perante ao assunto. 
2. Desenvolvimento
Temas como esse não é fácil de falar. Como já foi dito, existem muitas divergências de informações envolta dele, e também pelo fato de se tratar de um assunto delicado e pesado.
Nota-se que a sociedade trata como banalidade transtornos como a ansiedade e a depressão. Quem nunca ouviu um conhecido soltando frases como: “- Essa pessoa tem dinheiro, qual é o motivo para ter depressão”, “- Ansioso todo mundo é, isso não é desculpa para você estar engordando”, “- Vai arrumar um emprego que a depressão passa rapidinho”. Talvez só tenhamos consciência da nossa negligencia para com o próximo, quando esses transtornos ficam tão graves que as pessoas chegam ao máximo de sua tolerância e cometem o suicídio. Ou talvez nem assim.
A escolha desse trabalho foi feito por duas vertentes que estouraram sobre o tema, e através de experiências pessoais de cada integrante do grupo, que trouxe algo que pudesse agregar em sua construção.
2.1 Psicofobia
Mas sempre fica a pergunta: Por que uma pessoa que está sofrendo com algum desses transtornos não procuram ajuda profissional? Bem, existem vários fatores que possam contribuir para uma pessoa não procurar ajuda, porém o que pode estar diretamente ligada é o medo do que a sociedade irá pensar se ela procurar um profissional da mente.
Desde sempre associamos pessoas que possuem algum tipo de transtorno psicológico como sendo pessoas loucas, manhosas, dramáticas entre vários outros rótulos que ao longo do tempo fomos agregando. Então pensamos o quão vergonhoso seria para uma pessoa que está inserida em um ambiente em que a saúde mental é tão desvalorizada, procurar ajuda tanto com amigos e familiares, quanto de um especialista. Muitas vezes o preconceito vem dela própria, por ele já estar tão enraizado na nossa sociedade. 
Já está tendo uma campanha da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) para findar esse preconceito com pessoas que sofrem de transtornos mentais. Quantas pessoas a sociedade já não matou por não dar a importância ao aparecimento de certos sintomas, que podem evoluir para algo mis grave? Estudo deu um parâmetro de que a psicofobia é motivo de suicídio no país inteiro. 11 mil e 800 pessoas cometeram suicídio em 2012, por negligencia e ignorância de próximos a um tratamento adequado.
É preciso compreender que pessoas com ideia suicidas não estão em busca de atenção, pessoas com depressão não estão tristes, pessoas com ansiedade não são rudes e pessoas com transtornos mentais não são loucas.
Acabar com o preconceito pode não ser a solução para que todo mundo procure ajuda, mas pelo mesmo fará com que se sintam mais acolhidas e mais a vontade de poder falar sobre o que estão sentindo, o que já seria um grande passo.
2.2 Realidade e Ficção: a morte imitando a arte
É fato que filmes, novelas, séries e conteúdo de sites de relacionamento (Facebook, Instagram e etc.) influenciam na nossa maneira de ver e participar do mundo. 
Muito dos conteúdos cinematográficos nos causam uma comoção. Quem nunca chorou vendo um filme onde o protagonista acaba optando pela morte achando ser a melhor saída para os seus problemas? Mas e na vida real será que essa comoção também é valida?
Recentemente a Netflix lançou a série 13 Reasons Why, que conta a historia de uma garota que comete o suicídio por sofrer humilhações na escola, que acaba por desencadear a depressão. Sua família não repara nos sinais que a filha lhes manda de que as coisas não estão indo bem, e quando vão realmente olhar para ela, e para retirá-la de uma banheira, onde ela já se encontra morta.
Essa cena causou uma repercussão gigante pela internet, e inclusive em nossas vidas, pois podemos testemunhar que varias pessoas começaram a olhar para a relação que tinha para com os outros. Por se tratar de um tema muito comum- o bullying; varias pessoas se identificaram com a personagem principal e logo saíram pregando que temas como esses merecem serem mais discutidos e ganharem mais destaques, e realmente ganhou, deuma forma negativa, com o jogo Blue Whale (baleia azul).
Esse jogo, basicamente, consiste em “recrutar” participantes, onde administradores lhes mandam diversos desafios, muitos que colocam a sua vida em risco, onde o participante tem que mandar fotos que realmente o cumpriram. Ao longo do jogo os desafios vão ficando mais pesados, até que chega o ultimo em que a pessoa deve tirar a própria vida.
Podemos ver de perto a ambivalência das pessoas em se tratando do tema. Primeiramente vimos a sensibilidade, real objetivo da série, porém com a chegada do jogo, quando o filho do vizinho estava em cima de um parapeito prestes a acabar com a sua vida, o pensamento era de que isso era falta de surra e de ter o que fazer. Por que o ser humano tem comportamentos tão distintos diante de uma mesma situação? Por que não temos a mesma sensibilidade com aquilo que é real?
Aquilo que é fictício nos transmite emoções, que muitas vezes são apelativas e forçadas, e nos vivenciamos aquilo como se fosse realidade. Mas quando a realidade chega com tudo pra cima da gente assumimos a posição de julgadores, preconceituosos e alheios ao sofrimento dos outros. Isso pode se dar pelo fato de que a ator principal da trama seja mais bonito que seu primo que se trancafia no quarto com uma gilete prestes a dar fim nos seus problemas, ou pelo fato de algumas histórias, por mais que queiram passar a realidade para o telespectador, mostram esses transtornos com algum tipo de floreio, o que na verdade não acontece.
Não podemos descartar a importância que enredos com essa temática para com a sociedade, que contribui para debates e conscientização sobre o tema, porém, infelizmente, o homem ainda não aprendeu a se solidarizar com o real, tanto quanto o fictício.
2.3 Religião, Livre arbítrio e o Direito de Morrer a Própria Morte
Ficou claro que o preconceito pode ser mais um dos fatores que contribuem com o suicídio, mas e quando ele está presente em um lugar onde você busca acolhimento. 
Algumas religiões propagam a ideia de que pessoas que tiram a própria vida irão direto para o inferno, mas onde o livre arbítrio de cada um fica nessa suposição?
Não entrando na discussão sobre a posição de algumas igrejas perante a problemática, mas o quanto muitos de seus frequentadores desenvolvem ansiedade e depressão, e quando vão procurar ajuda a fontes confiáveis, não encontram o conforto que foi procurado?
Temos que conter o índice de suicídio causado pela ansiedade e depressão, mas se a pessoa realmente cometer o ato de tirar a própria vida, como nos podemos julgá-la?
A sociedade entende por suicídio o ato concreto de alguém que tira a própria vida, porém se vermos a tradução dessa palavra, encontramos que Sui, derivado do grego que significa próprio, e Cidium que significa matar. Matar a si próprio não se define apenas a fechar os olhos e nunca mais abri-los. Toda vez que eu deixo um desejo meu de lado, que me enquadro para caber em padrões impostos, que eu deixo de procurar ajuda, eu estou me matando.
Existe uma grande diferença entre viver e apenas existir, e infelizmente, no mundo de hoje, as pessoas está apenas existindo. No final das contas, todos nós somos suicidas.
3. Conclusão
Um autor certa vez disse: “A depressão é o ultimo estágio da dor humana”. Sábias palavras, e cremos que significa o que realmente o trabalho quis passar. 
No seu desenvolver, pudemos ver, inclusive de perto, como a nossa cabeça está sujeita a agregados psicológicos. Como algo que é tratado sendo tão banal e comum, como a ansiedade, pode gerar estragos, muitas vezes irreparáveis para uma pessoa. Como a depressão é vista como doença de rico, ou de mente desocupada. E que a morte de uma pessoa por conta delas, podem gerar preconceito e julgamentos, inclusive para a sua família, que já está passando por um período difícil.
Concluímos, não só o quanto é fundamental o papel de psicólogo e psiquiatras no tratamento, como também o de entes queridos da pessoa. E um artigo que lemos, vimos que muito das pessoas que se suicidam é para se vingar de alguém que não lhe deu a devida atenção que precisava. A quebra de tabu para com esses temas, e uma visão mais humana da sociedade pode acabar com a morte de muitas pessoas.
A sociedade tem o poder de curar, mas primeiro deve ser curada e conscientizada de seu poder. 
Referências
· EFRAIM, ISAC; O Que é Ansiedade e Por Que Ficamos Ansiosos?; disponível em http: www.ansiedade.com.br/transtornos/ansiedade; acessado em 2 de maio de 2017.
· Ansiedade – O que é? Quais os Sintomas?; disponível em http://www.saudementalrs.com.br/ansiedade/; acessado em 3 de maio de 2017.
· SOARES, Giovana Bacilieri e Caponil, Sandra; Depressão em pauta: um estudo sobre o discurso da mídia no processo de medicalização da vida; disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832011000200009&lng=pt&tlng=pt; acessado em 3 de maio de 2017.
· MENDONÇA, Alba Valéria e BOECKEL, Cristina; Família é Encontrada Morta em Condomínio na Barra, no Rio; disponível em http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/08/familia-e-encontrada-morta-em-condominio-na-barra-no-rio.html, acessado em 3 de maio de 2017.
· RODRIGUES, Moisés Ederson da Silva et. al; Risco de suicídio em jovens com transtornos de ansiedade: estudo de base populacional; disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712012000100007; acessado em 3 de maio de 2017.
· CHACHAMOVICH, Eduardo et. al; Quais são os recentes achados clínicos sobre a associação entre depressão e suicídio?, disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462009000500004&script=sci_abstract&tlng=pt; acessado em 2 de maio de 2017.
· FERREIRA, Rayanne Cordeiro e GONÇALVES, Charlisson Mendes; Depressão: do transtorno ao sintoma; disponível em http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0828.pdf; acessado em 05 de maio de 2017. 
· DEL PORTO, José Alberto; Conceito e Diagnóstico; disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500003, acessado em 02 de maio de 2017.
Anexos
Roteiro Teatro
	José
	Ansioso depressivo com tendência suicida por não aceitar ser homossexual.
	
	
	
	
	Isabelle
	Psicóloga que José procura para ajudar no seu problema.
	
	
	Liuska
	Irmã de José que indica a psicóloga para ele, porém sofre de depressão por conta das brigas constantes de seus pais, e por tentar seguir um padrão da sociedade.
	
	
	
	
	
	
	Amanda
	Mãe da Liuska e José, sempre incentiva os filhos, mas, por ter medo de apanhar do marido, é passiva contra os maus tratos, preferindo abusar do uso de calmantes.
	
	
	
	
	Dayana
	Representante da ansiedade que irá colocar em José os seus sintomas.
	
	
	Lívia
	Moça que é considerada padrão de beleza que a sociedade decreta como ideal. Porém, em seu intimo se sente infeliz por considerar que as pessoas só se aproximam dela pelos seus atributos físicos. Acaba por fazer inveja a José, que desencadeia os sintomas da ansiedade e depressão por ele querer ser uma mulher igual a ela.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Leandro
	Depressão que irá segurar as cordas de manipulação para definir os comportamentos de José. Posteriormente, por ser pai de Liuska, só a coloca para baixo.
	
	
	
	
	
	
	Gardênia
	
Menina prestes a cometer suicídio que José tenta ajudar após passar pela psicóloga.
	
	
 
Primeira Cena
José estava andando pela rua roendo a unha (sintoma físico da ansiedade), preocupado de que seus pais tenham descoberto ele ser gay, algo que ele ainda não tinha assumido para ninguém por ele mesmo não ter se aceitado, quando vê Lívia, que está entretida no celular vendo quantas curtidas sua última foto recebeu (ela vai andando até sair da sala).
José fica sozinho na sala, quando a Dayana, com a denominação de ansiedade, entra e coloca o primeiro sintoma nele, - a irritabilidade. José começa a proferir alto pela sala injurias sobre a Lívia, onde Dayana coloca outro sintoma, - a agitação. José sai da sala com Dayana grudada nele.
Segunda CenaAmanda está cabisbaixa na sala com um frasco de remédio nas mãos, após mais uma de suas brigas com o marido, quando José chega irritado e sem ter ao menos um sinal de empatia (um dos sintomas da depressão) para com a mãe se tranca em seu quarto. Lá ele abre uma bolsa que está escondida em um canto do quarto, onde guarda várias roupas e acessórios femininos, e vai se olhar no espelho, segurando as roupas na frente de seu corpo, algo que lhe faz bem, só que dessa vez ele fantasia que a família dele descobrirá que ele é gay, José fica de costas para o espelho, onde Dayana coloca mais um sintoma - medo.
Leandro (pai de José que estará em sua camiseta a denominação de Motivo da depressão) entra no quarto, e José guarda tudo correndo na mochila para seu pai não ver, porém Leandro ao entrar já lhe joga uma indireta: - Só fica no quarto, espero que não esteja fazendo coisas de viadinho igual esse vagabundos que tem por ai.
José com a sensação de que algo ruim irá acontecer se ficar mais tempo em casa, sai do quarto com a respiração ofegante e volta para a rua, com Dayana atrás se sentindo satisfeita.
Terceira Cena
Lívia entra novamente na sala, falando ao celular no que parece ser uma conversa muito animada com um menino, porém o principal interesse no menino nela é de que vá a sua casa, o que a deixa desconfortável com a situação, pois ela quer alguém para namorar sério. José entra na sala, e ao se deparar com Lívia cai de joelhos no chão (falta de energia) e diz com a voz embargada: - Mesmo não estando perto de meu pai, sinto que ele ainda consegue me controlar. Nisso Leandro entra e passa uma corda em volta do peito de José e o amarra, simbolizando que as vontades e sentimentos de José estão presos no seu interior, e que não conseguem se libertar.
Dayana e Leandro saem da sala comemorando, e José os segue com perda de interesse na vida.
Quarta cena
José chega em casa na hora do jantar, sua família está toda reunida na mesa, Leandro está na cabeceira da mesa com cara de bravo, assim que José vai se sentar para jantar, Leandro joga em cima da mesa a mochila de José com acessórios femininos.
José nervoso (sintoma que Dayana cola em suas costas) começa a gaguejar para tentar dar uma resposta coerente, porém Leandro o agride e profere: - Prefiro ter um filho morto, que um viado embaixo do meu teto, por que você não se mata pra poupar a sua família de passar vergonha?
Amanda e Liuska tentam falar algo para ajudá-lo, porém Leandro grita com ela, que acaba se calando. José pega a mochila e sai de casa com descontrole de seus pensamentos. Ao passar pela porta, pega os remédios da mãe.
Quinta cena
José se senta na calçada com a ansiedade dando apoio no que o motivo da depressão de José falou: tirar a própria vida. José está prestes a tomar todos os comprimidos juntamente com uma bebida alcoólica e morrer ali na calçada perto de sua casa, quando chega Liuska, sua irmã.
José é hostil com ela, mas Liuska com medo de que seu irmão cometa uma besteira não vai embora e entrega o cartão de uma psicóloga que lhe indicaram certa vez (cartão passa no data show) e diz que essa psicóloga atende emergências, sem precisar marcar hora. José diz para a irmã que não adiantaria procurar ajuda, pois ninguém saberia do seu sofrimento, e que era fácil para a irmã falar algo, pois ela era menina. Liuska insiste, e antes de sair dá um beijo no rosto do irmão.
José analisa o cartão, e resolvendo que iria á psicóloga somente para contar a alguém que irá tirar sua vida, levanta e vai até o endereço indicado no cartão.
Sexta cena
A psicóloga está na clinica arrumando suas coisas para ir embora, depois de mais um de seu plantão, quando Lívia, a sua recepcionista, bate a porta e avisa que tem um jovem perturbado na clinica que disse precisar falar urgente com a psicóloga, pois pretende se matar.
Antes de Isabelle (psicóloga) atender José, ela indaga se algo está errado na vida de Lívia por ter notado que a moça está diferente nos últimos dias. Livia nega, afirmando estar apenas com uma dor de cabeça. Mesmo desconfiada, Isabelle a libera mais cedo e vai até o saguão recepcionar José.
Iniciando a sessão, José está bem suscetível a falar, porém, a todo o momento, ameaça a se matar. A psicóloga indaga se ele já passou por algum profissional, e ele disse que já foi em um psiquiatra no passado que lhe diagnosticou como ansioso depressivo. A psicóloga para quebrar o gelo com ele, e vendo que ele possui muitas duvidas e desorientação sobre o que é ansiedade e o que ela causa, começa a falar sobre esse distúrbio.
Nesse momento a luz da frente da sala apaga, e alguém do grupo começa a falar sobre a ansiedade (simbolizando ser a consulta da psicóloga) brevemente (o que é; causas; fator de risco; tratamento; complicações e prevenção). Enquanto alguém está falando sobre o tema, a psicóloga (que estará no cantinho do palco com José) irá tirando alguns dos sintomas colados em José.
Sétima cena
Assim que a pessoa terminar de falar sobre a ansiedade irá sair da sala, e a luz vai se acender, quando a psicóloga e José voltaram a ser a atenção principal da sala.
José volta para a consulta com a psicóloga, diz estar melhor que na semana passada, porém continua a ter pensamentos suicidas por conta de sentir que seus comportamentos são manipulados pelo seu pai.
A psicóloga indaga o motivo de ele achar isso, José começa a chorar e lhe conta que é gay, porém não aceita isso porque seu próprio pai não aceita e sua mãe não tem voz ativa dentro da casa para lhe defender. José relata sobre a falta de vontade ao desenvolver atividades que antes lhe era satisfatória, as alterações no apetite e sono e diz não entender o porquê isso está acontecendo e lhe causando ainda mais mal, o que só reforça a sua vontade de tirar a vida.
Então a psicóloga lhe explicará sobre a depressão, e novamente Isa e José passam a ser fundo pra alguém do grupo explicar sobre a depressão e suicido, ficando apenas a corda em José.
Após acabar a apresentação dos dois temas, a psicóloga e José voltam a ser figura, e ele se sente mais confiante a retirar as amarras que prendem o que ele realmente quer ser, onde ele levanta da cadeira e, juntamente com a psicóloga, desamarra a corda que lhe prende e a deixa cair, fazendo vir a tona o seu verdadeiro EU.
Antes de ir embora José pede um abraço a psicóloga, que o acompanha até a porta para vê-lo na outra semana.
Nona e última cena
Gardênia infeliz por sempre querer a aceitação que Lívia tem, e aparente família perfeita de Liuska, não vê sentido em sua vida e se encaminha para a sacada. José á segue, começa tocar Amianto, e José a tenta convencer de que a vida das pessoas nem sempre é o que pensamos ser. 
Junto com Gardênia ele passa por Lívia que está infeliz por trás de toda a maquiagem que a faz parecer estar bem olhando para o espelho, quando ela o joga no chão para não mais se enxergar, não querendo ser mais um padrão a ser seguido.
No verso em que diz “Que a vida é como a mãe; que faz o jantar e obriga os filhos a comer os vegetais, pois sabe que faz bem; é a morte é como um pai; que bate na mãe e rouba os filhos do prazer”, Amanda estará penteando o cabelo de Liuska enquanto ela passa batom, quando Leandro chega, empurra a mãe e tira o batom de Liuska com a mão que a faz chorar.
Chegando na sacada Gardênia sobe e José fica ao lado bem na frase “ Mas tudo bem, nem sempre estamos na melhor”, e quando chega ao ultimo verso “ Moço, ninguém é de ferro; somos programados pra cair”, Gardênia se joga, porém José á segura para ampará-la e tentar lhe dar uma ajuda nesse período difícil.
Para finalizar poderíamos dizer a frase: “Esse trabalho é dedicado a todas as pessoas que saíram da sacada e as que não por falta de algo em que se apoiar. Nunca despreze uma pessoa deprimida; a depressão é o ultimo estagio da dor humana”.
E todos entram na sala e se abraçam. 
Escrito por: Liuska Francine Daniel e José Augusto Oliveira Santos
Adaptado por: Isabelle Soares Rodrigues

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