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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA ADOLESCÊNCIA AO ENVELHECIMENTO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Definir o conceito de adultez e o desenvolvimento físico do adulto jovem. > Caracterizar os desenvolvimentos cognitivo, psicossocial e de personalidade de um jovem adulto. > Identificar como são estabelecidos relacionamentos interpessoais na adultez jovem. Introdução A idade adulta provavelmente é a fase mais esperada do desenvolvimento. Quando se é criança e, sobretudo, quando se é adolescente, pensa-se muito acerca da ideia de finalmente alcançar as almejadas liberdade e autonomia. Sem dúvidas, é uma fase ansiada; porém, não é isenta de desafios. De fato, é a etapa da vida em que muitas mudanças definitivamente ocorrem: a cisão com os pais, o ingresso no mercado de trabalho, o início de uma graduação ou de outro tipo de formação profissional, a construção de relações conjugais e, muitas vezes, até mesmo a maternidade/paternidade. Veja, portanto, que essa etapa do desenvolvimento é repleta de alterações na vida do indivíduo, de forma que, no seu psicológico, ocorre um desenvolvimento Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto Igor Boito Teixeira cognitivo mais avançado em contraponto ao físico, que praticamente permanece o mesmo da adolescência. Por sua natureza intrinsicamente transformadora, essa fase pode não ser fácil. Além disso, é a etapa em que a criação recebida dos pais mais refletirá na personalidade final do indivíduo e nos seus relacionamentos amorosos. Neste capítulo, você vai aprender como ocorre a passagem da adolescência para a vida adulta, com destaque para como se dá o desenvolvimento físico e os aspectos de saúde de um jovem adulto. Além disso, você verá, em detalhes, as teorias de formação da personalidade e o desenvolvimento psicossocial do adulto, bem como teorias sobre o amor e as bases dos relacionamentos dos jovens adultos. A fase adulta: início e desenvolvimento É inerente à vida de qualquer ser vivo a passagem por diferentes etapas do desenvolvimento, e o ser humano não é diferente: ele passa por fases distintas até o final da sua existência. Tudo começa na infância e, quando chega a tão aguardada puberdade, ocorre a transição para a adolescência. A puberdade implica maturidade sexual. Biologicamente, esse indivíduo já tem qualidades de um adulto; porém, socialmente, ele ainda não é posto como adulto. A adolescência é um fenômeno da sociedade ocidental moderna. De fato, a fase que precede a adulta nem sempre existiu, mas foi sendo moldada a partir do século XIX. O psicanalista italiano Contardo Calligaris (2009) postula a adolescência como uma moratória implementada pela sociedade moderna, na qual o indivíduo é fisicamente apto para amar, trabalhar e se reproduzir. No entanto, nem tudo isso lhe é permitido. Não existe um marco específico em questão de idade que seja o respon- sável pela transição para a fase adulta; o que existem são alguns postulados sociais que indicam o que é ser um adulto. Alguns exemplos incluem tornar-se financeiramente independente, constituir uma família, ter uma formação e/ou ingressar no mercado de trabalho. Esses exemplos fazem parte da visão social, partindo, principalmente, do senso comum; porém, ser adulto contempla mais do que isso. Acredita-se que atingir definitivamente a maturidade psicológica ocorre em uníssono com descobrir a própria identidade, ter responsabilidade pessoal e autocontrole, e ponderar decisões de forma coerente (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Cada grupo social tem os seus marcadores de passagem, que sinalizam a transição de uma fase do desenvolvimento a outra. O ingresso na vida adulta comumente é associado com o fim da escolarização e a entrada no Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto2 mercado de trabalho, mas alguns estilos de vida emergentes têm mudado essa caracterização, que ainda se encontra atrelada à faixa etária (PETRÓ, 2018). De fato, é cada vez mais comum que jovens acima dos 20 anos de idade não sejam financeiramente independentes, sejam por questões sociais ou familiares. Muitos não atingem o papel de adulto “estável e produtivo” em uma idade em que já se espera que tenha atingido. Isso foi chamado, por muito tempo, de adolescência tardia. Entretanto, esse termo teve que ser revisto, visto que existem diferenças claras entre esses jovens em formação e adolescentes púberes. Dessa forma, aqueles pertencentes a essa fase da vida, independentemente do alcance de sucesso acadêmico ou financeiro, vêm sendo denominados adultos emergentes (RIBEIRO, 2007). O período da adultez emergente é claramente caracterizado por alterações mais subjetivas do que sociais e materiais. Mesmo que ainda resida com os pais, o sujeito desenvolve individualização e modifica as suas relações familiares, começa a ter responsabilidade pelas suas ações e autonomia de escolha. O jovem adulto é um sujeito que está em busca de identificar-se profissionalmente, de aprimorar-se em relação à sua autonomia e às suas tomadas de decisão profissionais e pessoais, tornando-se socialmente ativo (FREIRE; BRESOLIN, 2020). É difícil determinar limites etários para cada fase da vida. A idade de um indivíduo é de incontestável importância descritiva ao se tratar de desenvol- vimento cognitivo, pois existe um referencial médio. O adendo a ser feito é que, como sujeitos singulares, cada pessoa entrará em determinada fase da vida de acordo com a sua história e a sua individualidade (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). Grosso modo, as fases da vida de um indivíduo podem ser segmentadas da seguinte forma: 1. infância (0-12 anos); 2. adolescência (12-20 anos); 3. idade adulta emergente (20-26 anos); 4. idade adulta inicial (26-40 anos); 5. idade adulta intermediária (40-65); 6. idade adulta tardia (65-75 anos); 7. velhice tardia (acima de 75 anos). Quando agregadas as fases adulto emergente e adulto inicial, também se tem a denominação jovem adulto. Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 3 Quando se fala em transição da adolescência para vida adulta, muitas vezes a primeira palavra que desponta é independência. O pediatra e psicanalista inglês Donald Woods Winnicott (1896-1971) propôs três categorias de depen- dência para descrever o processo de independência de um indivíduo. Essas fases não são lineares; há, sobretudo, possibilidade de recuo dependendo da situação. Veja cada fase em detalhes a seguir (WINNICOTT, 1983). � A dependência absoluta se dá na fase inicial de desenvolvimento, quando um bebê é totalmente dependente dos cuidados parentais. Nesse estágio, a criança não consegue ter consciência dos cuidados que recebe. � O próximo estágio é a dependência relativa, que emerge por volta dos 6 meses de vida e aproxima-se dos 2 anos. É o período no qual o bebê entende que é dependente de cuidados e, dessa forma, consegue utilizar recursos (mesmo que mínimos) quando os pais se ausentam por um breve período. � Conforme a criança vai crescendo e entendendo o mundo ao redor de si, vai desenvolvendo autonomia dos pais mesmo para as tarefas básicas e entra na última fase: rumo à independência. Essa fase vai se perpetuar até o final da vida do indivíduo, visto que a independência absoluta não é possível. De fato, os sujeitos necessitam de interação com o ambiente para seguirem as suas vidas. A autonomia intelectual é fortemente ligada à independência. Poder pensar por si e expressar-se segundo as suas vontades é um fenômeno que se inicia na infância. Com a busca por uma referência interna, a criança começa a questionar os fatores que aparecem. Dessa forma, vai desenvol- vendo a sua autonomia intelectual até que, na idade adulta, pode agir por si mesma. O desenvolvimento do pensamento autônomo em uma criança é facilitado quando ela está inserida em uma família que aceita e convive com as diferenças de pensamento e com questionamentos. Caso contrário, esse desenvolvimentopode ser atrasado ou prejudicado (PAIVA, 2020). Visto que independência e autonomia são palavras-chave para caracte- rizar um jovem adulto, podemos afastar as questões financeiras e de cons- trução de família própria. Atualmente, com o crescimento de desemprego, subempregos, a recomposição familiar e o aumento da expectativa de vida, a normatividade das fases da vida está sendo minada e, consequentemente, reestruturada. Dessa forma, as trajetórias de vida se encontram cada vez mais individualizadas, necessitando que os sujeitos se adaptem às condições, Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto4 conseguindo reconfigurá-las e optar pelas escolhas que têm a maior possi- bilidade de trazer bons resultados à sua realidade (FERREIRA; NUNES, 2010). Alterações físicas e questões de saúde A mudança essencial que faz de um ex-adolescente um adulto está, então, contida na sua forma de ver e relacionar-se com o mundo, de ter uma identi- dade e autonomia intelectual, sendo, assim, responsável por si e pelas suas escolhas. Tendo sido um adolescente que passou pela puberdade há pelo menos uma década, esse indivíduo já é maduro sexualmente e já atingiu as suas composição corporal e estatura máxima; porém, neurologicamente, ainda há mudanças acontecendo. Os córtex frontais são responsáveis por comportamentos característicos da maturidade: raciocínio abstrato, controle de impulsos, ponderar decisões, comportar-se socialmente, entre outros comandos superiores. Essa área do cérebro é imatura durante a infância e vai amadurecendo a partir da puber- dade. Os dendritos e sinapses são reorganizados, gerando mais estabilidade e funcionalidade. É um processo que, apesar de ocorrer majoritariamente na adolescência, costuma atingir a idade adulta, podendo seguir até entre 30 e 40 anos (HERCULANO-HOUZEL, 2015). Retomando o tema do desenvolvimento físico, geralmente os indivíduos têm boas condições físicas e de saúde nessa fase da vida. Essas condições podem ser influenciadas por fatores genéticos e comportamentais, que, na maioria das vezes, passam a expressar os problemas de saúde já na meia- -idade (adulta intermediária). As doenças crônicas com fundo genético afetam uma parcela significativa da população. As mais comuns são obesidade, hipertensão e alguns tipos de câncer. Além disso, os hábitos de um indivíduo têm uma grande influência na sua saúde e no seu bem-estar. Fatores como dietas inadequadas, sedentarismo e tabagismo são hábitos bastante prejudiciais em médio e longo prazo para os adultos ascendentes. Sobretudo, a prática de atividade física, aliada a dietas balanceadas, tem grande impacto na manutenção da saúde física e mental, uma vez que neurotransmissores reguladores de ciclos, como a serotonina, são liberados durante a realização dos exercícios. Ademais, dietas balanceadas e exercício físico têm a capacidade de melhorar a qualidade do sono, o que favorece a regulação do sistema nervoso central e diminui a incidência de problemas psicológicos (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Com relação à saúde mental, existem fatores bem relevantes a serem considerados na condição do jovem adulto. O estresse é uma condição cada Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 5 vez mais recorrente, visto que é uma fase em que existem preocupações de âmbito pessoal e profissional quanto a tomadas de decisões e inseguranças pelo futuro. De fato, é um momento crítico, pois trata-se de mudanças alta- mente significativas. Durante a adolescência, pensava-se no futuro; na idade adulta é tempo de colocar em prática as decisões tomadas. Além disso, muitos jovens se encontram sobrecarregados por jornadas duplas de trabalho associadas a estudos. Essa sobrecarga leva ao estresse, que favorece comportamentos de risco como tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, além de poder levar o indivíduo a adotar uma dieta inadequada. A falta de sono com qualidade e duração adequadas também interfere bastante na saúde tanto física quanto mental desses indivíduos. A faixa etária entre 20 e 30 anos costuma estar engajada em muitas atividades, aliadas com problemas familiares e acadêmicos, resultando em uma alta taxa de insônia entre jovens adultos (PAPALIA; MARTORELL, 2022). O início da vida adulta, assim como a adolescência, é um período bastante suscetível a transtornos depressivos. Os jovens adultos que os apresentam geralmente já haviam sido por eles acometidos durante a adolescência (PA- PALIA; MARTORELL, 2022). Em geral, jovens adultos que estão passando por problemas psicológicos apresentam sinais de esgotamento, ansiedade e de- pressão, falta de confiança e estresse incessante. Um dos elementos relatados é a necessidade de atender às demandas dos pais, acima das próprias, em conjunto à descrição de preocupações exacerbadas relacionadas aos pais. Isso acarreta uma dificuldade no processo de cisão pais-filhos, levando ao atraso no desenvolvimento pessoal e profissional autônomo. Algumas vezes, esses processos indicam uma inversão geracional, caracterizada pela paren- talização, que é uma distorção das relações familiares, de modo que o filho acaba adotando a postura de responsabilidade parental (MELLO et al., 2020). Outro fator importante da saúde do jovem adulto é atrelado aos seus comportamentos sexuais. Estudos apresentados por Papalia e Martorell (2022) demonstram que os adultos iniciais tendem a ter mais parceiros sexuais que os indivíduos em outras fases etárias e que pessoas que iniciam a sua vida sexual durante essa fase têm menos envolvimento em comportamentos sexuais de risco em comparação a indivíduos que a iniciaram na adolescência. Esses comportamentos possivelmente danosos implicam, por exemplo, manter relações sexuais sem o uso de preservativos ou outros métodos contracepti- vos, acarretando a aquisição de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e uma gravidez indesejada. Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto6 Outros estudos apresentados por Papalia e Martorell (2022) indicam que a população de adultos emergentes tem taxas de ISTs mais elevadas do que as outras faixas etárias. Índices de ISTs e comportamentos sexuais de risco estão vastamente associados a outros comportamentos de risco, como abuso de álcool e de outras substâncias psicoativas. Assim, trata-se de assuntos pertinentes, que devem servir como base para desenvolver programas de prevenção a problemas de saúde. De fato, a incidência de ISTs está aumen- tando em várias regiões do Brasil nos últimos anos, tornando-se um assunto imprescindível na promoção da saúde. O termo IST foi aderido em substituição ao termo doença sexualmente transmissível (DST), visto que a palavra “doença” requer a apresen- tação de sintomas (que, muitas vezes, não ocorrem nos primeiros momentos da infecção). Usar o termo IST, então, possibilita uma melhor compreensão de que pode ser transmitida sem apresentar sintomas. Nesta seção, você viu como ocorre o ingresso na idade adulta e quais são as principais questões do desenvolvimento e da saúde física e mental de um jovem adulto. A seguir, você lerá sobre o desenvolvimento cognitivo, moral e de personalidade dos jovens adultos. A cognição do jovem adulto Como foi visto, a adolescência é uma fase disruptiva, caracterizada por inú- meras mudanças físicas e cognitivas. No entanto, o desenvolvimento humano não para nela. A partir da adolescência, não se tem mais um desenvolvimento determinado pela idade cronológica, que, biologicamente, prevê a idade adulta como um platô, em que não há mais mudanças. O desenvolvimento na fase adulta encontra-se na idade psicológica e social, pois a idade adulta é igualmente aberta e sensível a influências que a alterem evolutivamente. Embora haja regressos de desenvolvimento na idade adulta e na velhice, também existem acréscimos e aquisições que permitem caracterizá-las como etapas evolutivas como a adolescência, mesmo que tenhamcaracterísticas distintas. Os adultos são capazes de manter bons níveis de desenvolvimento cognitivo e, consequentemente, de aprendizagem. Sobretudo, jovens adultos ainda têm a capacidade de dividir o seu foco entre diversos estímulos distintos (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 7 Grande parte das pesquisas acerca do desenvolvimento cognitivo realizadas durante o século XX não enfoca a fase adulta. Portanto, é um período carente de algumas elucidações e pesquisas mais amplas. Um dos grandes teóricos da psicologia do desenvolvimento, Jean Piaget (1896-1980), ao criar a sua teoria do desenvolvimento cognitivo, postulou que a última etapa (período operatório formal) se concretiza na adolescência, quando a cognição de um indivíduo atinge o seu ápice e não avança mais. Alguns teóricos se opuseram a Piaget, alegando que as mudanças cognitivas se estendem continuamente após a chegada à idade adulta. Um deles foi John Dewey (1859-1952), que definiu o conceito de pensamento reflexivo, uma forma complexa de cognição alcançada entre os 20 e 25 anos. Pensadores reflexivos já ultrapassaram o estágio operatório-formal, de forma que podem elaborar mentalmente sistemas complexos combinando mesmo concepções que pareçam discrepantes (por exemplo, agrupar conceitos diversos de uma área da ciência em uma teoria una e resumida, que explica diferentes coisas) (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Trabalhos feitos a partir da década de 1970 indicam a existência de um pensamento pós-formal, que é mais complexo que o formal descrito por Piaget na medida em que tem a habilidade de operar com tolerância, con- tradição, inconsistência e imperfeição. Esse pensamento é individualista e flexível, permitindo a transcendência por um sistema lógico e a conciliação de ideias conflitantes. O pensamento pós-formal é caracterizado como dialético por Michael Basseches, que, utilizando as ideias da dialética de Karl Marx, caracterizou-o como um empenho para entender o mundo, tendo o desenvol- vimento como produto da interação com a mediação. O pensamento formal é estruturado de forma sistemática, e o dialético compõe-se de constantes ambíguas que interagem e são mediadas, o que contribui para a evolução sociocognitiva do indivíduo (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Uma das qualidades pertencentes aos adultos consiste na inteligência emocional. Esse termo foi criado por Peter Salovey e John Mayer para designar a capacidade de perceber, usar, entender e regular as emoções, sejam elas próprias ou alheias, a fim de atingir determinados objetivos. Essa caracte- rística é proveniente do desenvolvimento psicológico e é extremamente útil para lidar com ambientes de socialização (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Para que a inteligência emocional fosse mensurada, foi criado o teste psicológico de Mayer-Salovey-Caruso (MSCEIT, do inglês Mayer-Salovey-Caruso emotional intelligence test). Resultados de pesquisas com universitários Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto8 demonstram que a qualidade dos relacionamentos interpessoais é propor- cional ao nível de inteligência emocional. Jovens com pontuações mais altas apresentaram relacionamentos mais positivos tanto com familiares quanto com amigos. Contudo, não são apenas os relacionamentos pessoais que essa qualidade aprimora. Há estudos que demonstram que, em ambientes de trabalho, aqueles que têm maior pontuação no MSCEIT são mais bem avalia- dos por colegas e supervisores em quesitos como sociabilidade, liderança e capacidade de lidar com conflitos (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Personalidade e desenvolvimento moral A idade adulta é alcançada a partir da criação e do entendimento de uma identidade, da autonomia; para o psicólogo analítico Carl Gustav Jung (1875- 1961), da personalidade. Para o autor suíço, o indivíduo só se torna o ideal do adulto quando expressa personalidade, sendo esse o marco final do desenvolvimento. A personalidade se dá quando o sujeito passa pelo processo de indivi- duação, que é a relação do seu eu com o inconsciente indiferenciado, em que fatores inatos reagem e englobam-se com as experiências vividas pelo sujeito, levando à efetuação do si mesmo. Jung (1972) afirma que crianças, apesar de terem uma psique individual, só se tornarão independentes a partir da puberdade. Assim, crianças são apenas reprodutoras do ambiente doméstico e escolar aos quais pertencem, estando sempre sob constante influência externa. A criança tem um germe de personalidade que só poderá ser desenvolvido paulatinamente no decorrer da sua vida, com o emprego de determinação, inteireza e maturidade. Uma criança não pode desenvolvê-la porque essas três características não são naturais a ela; caso as desenvolva, perderá a sua infantilidade, sendo artificialmente precoce. Segundo Jung (1972), esse germe de personalidade, inato, é de difícil e até impossível interpretação, manifestando-se pela ação do indivíduo sendo quem ele é de verdade. Quando ocorre o desenvolvimento da personalidade, naturalmente há o afastamento de ligações inconscientes infantis. Há, na personalidade, o ideal de adulto, pois se vê totalidade psíquica, posse de decisão, resistência e força. Existem, sobretudo, quatro diferentes teorias psicossociais que abordam o desenvolvimento da personalidade no adulto: 1. modelos do estágio normativo; 2. modelo do momento dos eventos; Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 9 3. modelos de traço; 4. modelos tipológicos. Modelos do estágio normativo indicam que os indivíduos adultos seguem um padrão de alterações psicossociais e, consequentemente, de personali- dade conforme a sua idade. Por se tratar de mudanças comuns à maioria dos indivíduos de uma população, são chamadas de normativas. Ocorrem de forma sucessiva e acompanham as expectativas sociais vigentes naquela cultura. Basicamente, são uma sequência de mudanças psicossociais definidas por meio da idade e da expectativa cultural. Por sua vez, o modelo do momento dos eventos não se apoia na idade para analisar o desenvolvimento da personalidade no adulto, mas sustenta que o desenvolvimento psicossocial ocorre dependendo de eventos específicos que se passarão. Esses eventos são chamados de eventos de vida normativos e também são correspondentes a cada cultura (casar-se, ter filhos, aposentar-se, entre outros). Infere-se que as pessoas têm consciência da idade e do relógio social que dita as expectativas comuns. Se esses eventos não ocorrerem em momentos culturalmente esperados, pode haver situações de estresse, que podem fazer eventos inesperados ocorrerem. Já os modelos de traço consistem em cinco fatores que são subjacentes aos grupos de traços (PAPALIA; MARTORELL, 2022): 1. neuroticismo; 2. extroversão; 3. abertura para o novo; 4. conscienciosidade; 5. amabilidade. Cada grupo de traços tem diferentes facetas e características, conforme resumido no Quadro 1. Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto10 Quadro 1. Grupos de traços e as suas diferentes características Grupo de traços Características Facetas Neuroticismo Indica instabilidade emocional. Ansiedade, hostilidade, depressão, insegurança, impulsividade e vulnerabilidade. Extroversão Indica impulsividade e alta expressividade. Acolhimento, gregariedade, assertividade, atividade e busca por sensações fortes e emoções positivas. Abertura para o novo Indica disposição para abraçar novas ideias e tentar coisas inéditas. Não tem. Conscienciosidade Indica competência, organização, respeito, cautela e disciplina. Pessoas empreendedoras. Não tem. Amabilidade Indica pessoas confiantes, altruístas, obedientes, modestas e facilmente seduzíveis. Não tem. Estudos baseados nos modelos de traço demonstram que há mudanças e continuidades entre os traços demonstrados por cada indivíduo entre a adolescência e os 30 anos. A partir dessa idade,as mudanças se tornam lentas, e isso é associado com o amadurecimento. A última das quatro teorias é a dos modelos tipológicos, que procura elaborar as pesquisas sobre traços e estudar a personalidade como uma unidade funcional. As pesquisas desse campo identificaram três persona- lidades possíveis: 1. egorresiliente; 2. supercontrolado; 3. subcontrolado. Os egorresilientes têm mais plasticidade sob estresse, controlam o ego e têm mais autocontrole. São pessoas mais independentes e focadas nas suas Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 11 tarefas. Além disso, são prestativas e articuladas. Já o indivíduo supercontro- lado é quieto e ansioso, procura manter as suas ideias apenas para si, evita conflitos e é mais suscetível à depressão. Por fim, os subcontrolados são mais ativos e impulsivos, distraem-se facilmente e são enérgicos. A resiliência do ego vai interagir com o controle do ego, determinando o comportamento adaptativo ou mal adaptativo (PAPALIA; MARTORELL, 2022). O desenvolvimento moral, por sua vez, será edificado em conjunto ao desenvolvimento da personalidade, iniciando-se com o desenvolvimento da consciência ainda durante a infância, quando os primeiros ensinamentos morais vão sendo agregados à personalidade primária por processos psíquicos (uma vez que ainda não há consciência formada). Entretanto, segundo a teoria de Lawrence Kohlberg, os julgamentos morais se tornam mais complexos na idade adulta. Nesse âmbito, a moralidade se chama pós-convencional e é totalmente baseada em princípios concomitantes com a própria experiência do indivíduo (LINS; SOUZA, 2018). Assim, situações vivenciadas podem levar indivíduos adultos a repensarem os seus parâmetros de justiça. Por exemplo: um indivíduo que já sofreu com fome e desnutrição tende a achar justificável que um pai roube alimento em supermercados para os seus filhos. Os ambien- tes frequentados por esses sujeitos também moldarão as suas concepções morais. Jovens que frequentam a igreja são menos propensos a mentir, por exemplo, pois a condenação desse ato é uma crença moral individual intrínseca ao ambiente (PAPALIA; MARTORELL, 2022). Nesta seção, você viu como ocorrem o desenvolvimento da personalidade, o desenvolvimento moral e o desenvolvimento da cognição no adulto inicial. A seguir, você verá como eles se relacionam entre si e conhecerá algumas teorias do amor. As relações interpessoais no início da vida adulta Os humanos são seres gregários, ou seja, são uma espécie feita para for- mar comunidades e viver entre pares. Desenvolver relações interpessoais é natural para a maioria das pessoas, e o estabelecimento de boas relações sociais é essencial para que o jovem adulto tenha bem-estar psicológico e, consequentemente, uma boa saúde mental. Pode-se dizer que o relaciona- mento com os pais (ou cuidador) é o primeiro que a criança estabelece na sua vida, e geralmente esse relacionamento se perpetua até a idade adulta. As figuras parentais são constituidoras da maior base social de uma criança, Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto12 e essas ligações muito contribuirão para as competências sociais adquiridas futuramente, na fase de jovem adulto. Ao final da adolescência, ocorre o processo de individuação (separação) das figuras parentais. É uma etapa fundamental do crescimento humano e afeta o funcionamento adaptativo ao longo do ciclo de vida. Essa cisão ocorre visando à autonomia e à independência do jovem adulto. Por consequência, alterará a forma como se dá a sua relação com os pais. Se as figuras de vin- culação forem facilitadoras nesse processo de independência, ele será mais fácil e mais saudável. De fato, a qualidade desse processo afetará as relações que o jovem virá a formar com os seus semelhantes (GRANJA; MOTA, 2018). A relação que o jovem adulto estabelece com os pais ao iniciar nessa etapa é algo totalmente novo a ambos. Quando os pais não conseguem reconhecer essas alterações, isso pode prejudicar o desenvolvimento dos seus filhos. Os recém-adultos, mesmo alcançando a sua independência, ainda procuram pelo apoio dos pais, pois necessitam de aceitação, e o apego se encontra presente nessa relação. Um estudo mencionado por Papalia e Martorell (2022) mostra que relacionamentos positivos no início da adolescência entre pais e filhos tendem a manter-se e se tornarem relacionamentos adultos menos conflitantes. Essa pesquisa também sugere que há melhor relação entre os pais e filhos jovens quando os filhos estão trilhando um percurso de vida conforme o que é aguardado e ainda não têm os próprios filhos. Nos casos de adultos que ainda moram com os pais, o relacionamento pode tornar-se mais dependente e, muitas vezes, mais conflituoso (PAPALIA; MARTORELL, 2022). A tendência de os jovens viverem com os pais até por volta dos 30 anos está crescendo mundialmente, sobretudo em decorrência do desemprego e da busca por uma formação acadêmica mais longa (PAPALIA; MARTORELL, 2022). O termo vinculação, citado anteriormente, caracteriza-se como o laço afetivo que se estabelece entre a criança e o seu cuidador principal. Esse laço consistirá, durante a infância e a juventude, em uma base de proteção e conforto. A teoria da vinculação tem um papel importante, relacionando os estilos parentais e as formas como os jovens se relacionam na sua vida afetiva. Há um modelo dos estilos parentais que tem duas variáveis: exigência e responsividade. Exigência compreende atitudes que controlam o comporta- mento dos filhos e estabelecem regras. Já a responsividade compreende as atitudes compreensivas demonstradas, expressando autoafirmação, apoio Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 13 emocional e autonomia para os jovens. Figuras parentais que expressam as duas dimensões de forma elevada são considerados pais democráticos, enquanto aqueles que expressam as duas de forma insuficiente recebem a designação de negligentes. Existe a polaridade: figuras muito exigentes e pouco responsivas tornam-se autoritárias; na situação contrária, tornam-se indulgentes (GRANJA; MOTA, 2018). Os diferentes estilos parentais podem influenciar o desenvolvimento afetivo do indivíduo tanto com outros quanto consigo mesmo. Es- ses fatores parecem criar expectativas referentes à maneira como os jovens adultos se colocam nas relações e como as estabelecem, além de afetar a regulação emocional. A exacerbação do controle parental tende a gerar, no jovem, comportamentos dependentes, a limitar a construção da autonomia, a minar a motivação para realizações e a criar um sujeito passivo-agressivo. Já a permissibilidade excessiva pode gerar falta de autocontrole e confiança nos filhos, nutrindo sentimentos relacionados a dependência e superproteção. As relações românticas se tornam regulares com o início da fase adulta, tendo um papel fundamental no desenvolvimento do jovem na medida em que satisfazem as suas necessidades afetivas. De fato, ter relação com uma pessoa que lhe transmite segurança gera efeitos positivos, aumentando os índices de bem-estar psicológico. Esse bem-estar pode ser possibilitado pelos vínculos românticos dos jovens adultos, os quais frequentemente resultam em aprendizado e desenvolvimento de autoestima e controle sentimental para lidar com adversidades (GRANJA; MOTA, 2018). As relações românticas trazem consigo um dos sentimentos mais famosos do mundo: o amor. Para muitos, trata-se de algo ainda não totalmente eluci- dado; porém, existem algumas teorias sobre o amor no campo da psicologia que dizem muito sobre esse fenômeno. Para o psicanalista vienense Sigmund Freud (1856-1939), o amor ocorrerá apenas após efetivada a construção do ideal de eu do indivíduo. A determinação de um objeto externo de amor só é concebível após o indivíduo ter a sua energia libidinal direcionada a si mesmo. Dessa forma, o narcisismo é marcante para o estabelecimento de relaçõesamorosas, uma vez que o objeto de amor é escolhido com base no faltante do indivíduo (FREUD, 2018). Por sua vez, o psicólogo humanista Abraham Maslow (1908-1970) contribuiu com a sua teoria sobre o amor, que defende que há dois tipos de amor: o D-love (deficiency love, ou seja, amor deficiente) e B-love (being love, sendo amor). D-love, o amor deficiente, tem os atributos do amor descrito por Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto14 Freud, enquanto o B-love acontece com pessoas que conseguem amar-se por serem quem são, pois são autorrealizadoras (MARTINS-SILVA; TRINDADE; SILVA JUNIOR, 2013). A despeito de inúmeras teorias, cada indivíduo terá a sua visão e as suas necessidades amorosas, concomitantes com a sua cultura e a sua criação. Diversas questões despontam quando amor é o tema, e não cabe julgar o interesse do outro pelas diferentes formas como o amor pode ser despertado (CERQUEIRA; ROCHA, 2018). Vale ressaltar, nesse contexto, que existem inúmeras teorizações sobre o amor, o que ele é e como ocorre. Uma teoria bastante completa que discorre sobre isso é a teoria triangular do amor, criada pelo psicólogo norte-americano Robert Sternberg. Essa teoria descreve o amor com base em três elementos, que formam os vértices de um triângulo: 1. intimidade; 2. paixão; 3. decisão (ou compromisso). Cada um desses elementos tem a sua definição, e as suas combinações caracterizam relações distintas. A intimidade é a presença de sentimen- tos como felicidade e respeito, compreendendo o entendimento mútuo de ambas as partes aliado a apoio emocional, comunicação e valorização. Já a paixão indica desejo físico e sexual, atração e romance. Por fim, a decisão é o compromisso de manter a relação e a vontade de que dure. A presença dos três fatores em uma relação designa um amor pleno. A ausência de um deles acarretará diferentes formas de relação (MÔNEGO; TEODORO, 2011). Intimidade combinada com paixão pode ser chamada de amor romântico. Apesar de se querer estar junto, não há garantia de que isso acontecerá. Intimidade e decisão estabelecem uma relação que é conhecida como compa- nheirismo, aquela que perdura após o fim do desejo sexual. Paixão e decisão formam o amor factual, uma relação em que existe atração física intensa e desejo de perpetuação, mas em que a intimidade ainda não foi desenvolvida (CERQUEIRA; ROCHA, 2018). Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto 15 Veja, na Figura 1, uma representação da teoria triangular do amor. Figura 1. Representação da teoria triangular do amor pela combinação dos seus três fatores. Neste capítulo, você viu como acontece a passagem da adolescência para o início da idade adulta, sobretudo com foco nas questões de saúde física e mental do jovem adulto. Também viu como ocorre o seu desenvolvimento cognitivo, que não fica, como proposto por alguns teóricos, estagnado na adolescência. Agora, você sabe como se dá a formação da personalidade e do desenvolvimento psicossocial, além de como ocorrem as relações interpes- soais nessa nova etapa da vida. Entender as circunstâncias e os pormenores dessa fase do desenvolvimento é de notável importância para conseguir realizar atendimentos psicológicos em indivíduos que nela se encontram. Existem muitos empregos, além da clínica, para esses conhecimentos no campo da psicologia, incluindo o desenvolvimento de projetos educacionais e projetos de promoção de saúde e prevenção. Referências CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2009. CERQUEIRA, I. C.; ROCHA, F. N. Amor e relacionamentos amorosos no olhar da psicologia. Mosaico, v. 9, n. 2, p. 10-17, 2018. Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do jovem adulto16 COLL, C.; MARCHESI, Á.; PALACIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2004. v. 1. FERREIRA, V. S.; NUNES, C. Transições para a idade adulta. In: PAIS, J. 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