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7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 1/278 MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Vitória 2011 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Manual GAVI indd 1Manual GAVI.indd 1 23/3/2011 16:00:2423/3/2011 16:00:24 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 2/278 COLABORADORES Afonso Celso Andersen de Moura (Rasper) Augustin Erbschwendner (Gustavo PUR) Edmauro Cosme dos Santos Felipe Ribeiro João Carlos Gonçalves Berigo José de Paula Gavi José Martins Guedes Junior Josemar Peregrino Márcio Gastão de Magalhães Marcos Fortes Moises (Chapolin) Paulo Godoy Paulo Tovar Rodrigo Vasconcelos Rubens José de Mattos Vanderlei João Brunialti (Martin) Wilson e Roberto Molina (Lavrita) REVISÃO TÉCNICA CAPÍTULO 02 - Paulo Godoy CAPÍTULO 06 - Augustin Erbschwendner CAPÍTULO 08 - Márcio Gastão de Magalhães CAPÍTULO 15 - Rodrigo Vasconcelos CONTEXTUALIZAÇÃO E REVISÃO Juçara Touriño de Moraes EDITORAÇÃO Bios IMPRESSÃO GSA Gráfica e Editora TIRAGEM 1.000 exemplares Manual GAVI indd 2Manual GAVI.indd 2 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 3/278 Dedicatória Dedico este trabalho à minha família, Maria Bernadete, Leandro e Evandro Gavi, aos cinco dedos da mão que me mantiveram no caminho: Antonio Inácio, Emerson Gonçalves da Rocha, Felipe Ribeiro, Paulo Godoy, Paulo Tovar, e aos meus companheiros que me ajudaram a concluí-lo. Manual GAVI indd 3Manual GAVI.indd 3 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 4/278 Manual GAVI indd 4Manual GAVI.indd 4 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 5/278 Agradecimento Ao amigo Josemar Peregrino, pela cuidadosa elaboração dos desenhos que ilustram este trabalho. À Sra Juçara Touriño de Moraes, pelo excelente trabalho de revisão e contextualização do referido documento. Manual GAVI indd 5Manual GAVI.indd 5 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 6/278 Manual GAVI indd 6Manual GAVI.indd 6 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 7/278 Sumário CAPÍTULO 01 Sistema de Chutes de Transferênciadas Correias Transportadoras ...............................................................9 CAPÍTULO 02 Trajetórias dos materiais .........................................................................................................................57 CAPÍTULO 03 Montagem de chave-sonda nas transferências .........................................................................................65 CAPÍTULO 04 Guias laterais ..........................................................................................................................................75 CAPÍTULO 05 Sistema de limpeza da correia .................................................................................................................93 CAPÍTULO 06 Desenvolvimento do poliuretano (Informações da Petropasy e da PUR) ..............................................................131 CAPÍTULO 07 Material fugitivo ....................................................................................................................................153 CAPÍTULO 08 Chapas de revestimento ........................................................................................................................159 CAPÍTULO 09 Abreviaturas e densidades de alguns materiais que passam pelas transferências dos equipamentos .........173 CAPÍTULO 10 Roletes .................................................................................................................................................177 CAPÍTULO 11 Esticamento .........................................................................................................................................229 CAPÍTULO 12 Desalinhamento da correia ....................................................................................................................239 CAPÍTULO 13 Ensaios e normas aplicadas ...................................................................................................................247 Condições e Normas para ensaios laboratoriais em amostras de correias transportadoras, lençóis de borracha e outros artefatos de borracha CAPÍTULO 14 Manutenção corretiva ............................................................................................................................255 CAPÍTULO 15 Histórico do transportador .....................................................................................................................269 Referências ..........................................................................................................................................278 Manual GAVI indd 7Manual GAVI.indd 7 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 8/278 Manual GAVI indd 8Manual GAVI.indd 8 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 9/278 | 9 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 01 Sistema de Chutes de Transferência das Correias Transportadoras Casas de transferência No estudo preliminar de um sistema de manuseio de material envolvendo transportadores de correia, o número de pontos de transferências entre os transportadores deve ser minimizado, para reduzir a degradação de pó e o custo do processo. A plataforma de operação deve manter sempre uma folga vertical mínima de um (01) metro abaixo da parte inferior do tambor de descarga, para dar espaço à instalação e manutenção do sistema de limpeza da correia (raspadores). O cavalete de apoio do tambor deve ser posicionado de maneira que facilite a manutenção do chute (desenho Fls. 9 e 10). Há casos de chutes com projetos antigos que têm um espaço mínimo para montagem e manutenção dos raspado- res. Nestes casos, modificam-se os chutes, quando possível, para se adaptarem os raspadores, principalmente os secundários. Elevação lateral de uma transferência típica a 90º Manual GAVI indd 9Manual GAVI.indd 9 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 10/278 10 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Elevação frontal de uma transferência típica a 90º Elevação lateral de uma transferência típicaalinhada Manual GAVI indd 10Manual GAVI.indd 10 23/3/2011 15:40:4323/3/2011 15:40:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 11/278 | 11 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Impacto no Ponto de Carregamento O contato do material com a superfície da correia sempre gera algum impacto porque, no plano vertical, a direção do fluxo de material sendo carregado nunca é exatamente a direção do movimento da correia. Grandes impactos tendem a danificar a cobertura da correia e enfraquecer sua carcaça. Materiais muito finos, mesmo sendo pesados, não causam impacto significativo, podendo gerar deflexão da correia entre os roletes, a menos que o espaçamento entre os mesmos seja bem reduzido sob o ponto de carregamento. Tais deflexões podem provocar vazamento sob as guias laterais ocasionando, neste ponto, grandes derramamentos de material pelas extremidades da correia. Materiais de granulometria irregular, sobretudo aqueles com partículas mais pesadas, causam considerável impacto na correia. Quando pontiagudos, podem até cortar sua cobertura e esmagar a carcaça, enfraquecendo-a. Para se absorver grande parte do impacto, devem-se utilizar os roletes de impacto, de forma a proteger a correia. Eles devem ser colocados sob o ponto de carregamento da mesma, de tal forma que grande parte do material de maior granulometria caia preferencialmente entre roletes e, não, sobre eles. Em alguns casos específicos, deve-se utilizar mesa de impacto. Com o objetivo de determinar o ponto de impacto no local de carregamento da correia, deve-se estabelecer a tra- jetória do material a partir do tambor de descarga. O material deixará o tambor no ponto onde a força centrífuga se iguala à força da gravidade. A trajetória de descarga normalmente é definida pelo método gráfico encontrado na publicação da CEMA (veja trajetória de descarga, no capítulo 02). Se houver flecha acentuada na correia, o material poderá deixar o tambor de descarga antes de atingir o ponto onde a força centrífuga se iguala à força da gravidade, efeito causado pelo fluxo de material sobre o tambor muito elevado - efeito “rampa” - e ocorrerá para altas velocidades da correia, resultando numa trajetória diferente da normal. O impacto do material transportado na correia pode ser calculado por uma equação de impulso linear (análoga ao fluxo de líquidos). ∑ ( F . dt ) = d (m . v) Considerando-se o ponto de carregamento da correia como um sistema mecânico elástico, a energia de impacto do fluxo deve ser, então, absorvida por um sistema de mola onde “c” é a constante da mola (veja Figura A). Manual GAVI indd 11Manual GAVI.indd 11 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 12/278 12 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A reação da correia à força dinâmica de impacto dependerá da localização do ponto de impacto, que poderá ser definido entre dois roletes, ou sobre um, conforme Figura B. A constante da mola do ponto de carregamento será determinada pelas constantes da mola dos seus componentes. C X H W N Belt C IDLER Fig. A Energia de impacto absorvida por um sistema de mola onde “c” é a constante. Fig. B Reação da correia em função da força de impacto dinâmico, considerando-se vários pontos de impacto. 1 1 1 = + C C correia C rolete de impacto A magnitude da constante “C” da correia é de aproximadamente 107 Kgf/cm para 600 mm de espaçamento entre roletes, enquanto a constante “C” do rolete de impacto é de aproximadamente 1070 Kgf/cm. A Figura C mostra a força de impacto dinâmico como uma função da energia de impacto para condições ge- neralizadas. Manual GAVI indd 12Manual GAVI.indd 12 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 13/278 | 13 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais P e m Ibs 5000 4000 3000 2000 1000 0 100 200 300 400 500 Correia 36”espaçam. rolete Correia 24”espaçam. rolete Rolete Aço RoleteImpacto Fig. C Gráfico - Força de impacto dinâmico X Energia de impacto. Obs.: A grande maioria dos roletes de impacto fica travada por estar em local de difícil manutenção e limpeza, o que prejudica muito as correias. Chutes de carga e descarga (calhas) Os materiais carregados por um transportador de correia podem ser descarregados de diferentes formas, para se atingirem os resultados desejados. Na maioria das instalações de transportadores, a correia com a seção transversal côncava passa por uma seção de transição, para entrar em um tambor plano. O tempo requerido nesta transição deve ser curto, para prevenir que o material originalmente contido na seção côncava, ao passar para a seção plana não seja derramado pelas bordas da correia. Especialmente com materiais de maior fluidez, tais como pelotas de minério de ferro (em alguns casos pode-se adaptar guia de material, para evitar que o material caia fora do chute), a velocidade da correia deve ser de pelo menos 2,5 m/seg., para minimizar derramamento nas laterais do tambor de descarga. O êxito de um sistema de transporte por correia depende fundamentalmente do ponto de carregamento do material. Se o material for carregado no centro da correia, na mesma velocidade com que chega à correia receptora, no mesmo sentido desta e sem impacto, então, aproximadamente 90% de todos os problemas dos transpor- tadores, tais como desalinhamentos, desgastes das correias e/ou dos rolos, vazamento do material, dentre outros, deixariam de ocorrer. Manual GAVI indd 13Manual GAVI.indd 13 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 14/278 14 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS O carregamento correto da correia é inicialmente determinado pela engenharia. É no projeto do ponto de trans- ferência, que se deve dar especial atenção aos chutes de carregamento e guias de material. Estes devem ser adequados, de forma a permitir que o material caia no centro da correia receptora, sem causar desquadramento e desalinhamento, queda do mesmo pelas bordas dos chutes e vazamentos pelas guias de material e que, além disso, possibilite espaço suficiente para montagem dos raspadores e melhor eficiência de limpeza. Daí a necessidade de se colocarem raspadores primários e secundários, dependendo da eficiência que se quer atingir. Portanto, a parte mais importante de um ponto de transferência é o “chute”. A função do chute normalmente é a de transferir o material de forma a minimizar a degradação e permitir que o ma- terial flua suavemente, sem acúmulo, ou entupimento. As calhas de transportes são usadas para direcionar o fluxo de sólidos a granel, por exemplo, de uma correia transportadora para outra. Nem sempre, porém, todos os chutes de transferência “conseguem” funcionar a contento. As eventuais falhas podem ser, ou tornarem-se dispendiosas, especialmente nos casos em que se manuseiam muitas toneladas de material, tal como ocorre nas operações de mineração, transporte por correias, carregamento e descarga de vagões e navios. As folgas mínimas para os vários materiais passarem através dos chutes são objeto de análise de cada situação específica. Deve-se, entretanto, levar em consideração as dimensões mínimas de acesso interno, necessárias à manutenção do tipo: troca de revestimentos, de raspadores,etc. É usual a utilização de chapas de aço carbono 5/16” (aço estrutural ASTM – A36) para confecção dos chutes. Não se deve destinar muita área para acúmulo de material (morto) nestes chutes, o que só serve para pesar e atrapalhar a limpeza dos mesmos na troca do carregamento para outro tipo de material, dentre os vários que são transportados pelo sistema. O FORNECEDOR deverá prover todos os chutes de descarga com todos os suportes metálicos requeridos. Os chutes devem ser rígidos, fabricados com chapa de aço carbono ASTM A36, em seções que permitam sua fácil instalação e remoção, ligados por solda de, no mínimo, 8 mm de espessura e reforçados com nervuras. As referidas seções devem ser parafusadas na montagem com parafusos de, no mínimo, 16 mm de diâmetro, em conexões flangeadas, vedadas, sem empenos e soldadas de forma contínua, formando juntas estanques à poeira. Os chutes deverão ter ampla área de seção transversal e inclinações suficientes para impedir o acúmulo de material nos ângulos que se formam entre as faces, e nos lados inclinados. Tanto os referidos ângulos quanto as inclinações das faces laterais dos chutes não deverão ser inferiores a 55%. Não será permitida a utilização de caixa de pedra com base superior a 200 mm, ou qualquer outro dispositivo que implique retenção de material no chute, causando entupimento. Manual GAVI indd 14Manual GAVI.indd 14 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 15/278 | 15 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Alguns dos problemas associados aos projetos de chutes de transferência são obstrução, desgaste das superfícies, geração de poeira acima dos limites aceitáveis, desgaste excessivo da correia e atrito das partículas dos materiais. A obstrução é, sem sombra de dúvidas, o mais severo desses problemas. O desgaste nas superfícies das calhas de transporte é frequentemente tratado através da montagem de bancadas internas nas rampas frontais dos chutes, onde se descarrega o tambor – caixas de pedra com, no máximo, 200 mm de largura. Quando o desgaste maior se der pelo impacto e não houver problemas de entupimento, revestir as calhas com chapas banquetadas de reves- timento duro, ou colméia; quando o desgaste maior ocorrer por abrasão, utilizar chapas de cerâmica vulcanizada, com revestimento duro, sem banquetas, tungstênio, etc. O empoeiramento é minimizado pelo borrifamento e/ ou pulverização de água, ou outros humidificantes. O desgaste da correia é minimizado através da montagem de rampas para direcionamento do material, que é descarregado na correia com o mínimo de impacto, no mesmo sentido e direção da correia receptora. Na verdade, todos estes problemas podem ser normalmente eliminados, ou minimizados, pelo uso criterioso de certos princípios de projeto dos chutes de transferência. As chapas de revestimento devem permanecer em constante contato com o fluxo de material. Recomenda-se que a união destas chapas fique entre as fileiras do revestimento, para que a folga entre elas (de, no máximo, 5 mm) não fique em linha e cause prováveis pontos de desgaste nas paredes dos chutes. As chapas devem ser resistentes a impacto e abrasão e ter vida útil de, no mínimo, 4.000 horas. Devem, ainda, ter o formato padrão da unidade cujos desenhos deverão ser fornecidos em anexo, formato este que não deve ser muito variado, para se diminuir o estoque de peças no almoxarifado. Assim, o revestimento dos chutes deve ser de alta dureza, resistente a desgaste e abrasão, com parafusos soldados na parte traseira das mesmas. Os chutes deverão ter 02 (duas) janelas articuladas para inspeção (visita), com dimensão de 0,40m x 0,40 m, posicionadas a 1.5 m do piso, nas laterais do chute e fora da trajetória do fluxo de material, possibilitando uma visão completa das condições operacionais de transferência, para inspeção e manutenção dos raspadores e chapas de revestimento. Estas janelas deverão ter trinco articulado e serão providas de chapas defletoras, para protegerem a sua vedação. Nos chutes com altura superior a 04 (quatros) metros, 01 (uma) janela a mais a cada 03 (três) metros facilitará a inspeção e manutenção. As paredes inclinadas dos chutes de descarga, em contato com material fino e úmido, onde se faz necessário um deslizamento sem aderência, deverão ser revestidas com seções removíveis de material antiaderente apro- vado. Os chutes deverão ser equipados com chaves-sonda. Elas devem ser fixadas em locais que permitam a in- terrupção do fluxo do material, no caso de bloqueio da correia posterior, ou acúmulo excessivo de material no interior dos referidos chutes (entupimento). As chaves-sonda devem ser posicionadas fora da trajetória do material, pouco abaixo da linha de centro do tambor de descarga, numa das paredes laterais, acima da metade do chute, com ângulo ascendente para fora do referido chute, onde irão atuar com o peso do material, mais a força da gravidade, fazendo pressão sobre o diafragma da sonda. Conforme mencionado, teoricamente o chute perfeito deve dar ao material a mesma velocidade e o mesmo sentido da correia no ponto de contato do material com a correia de recebimento. Isto dificilmente se consegue na prática, embora deva ser uma meta do projeto. Utilizam-se, muitas vezes, placas defletoras para pontos de transferência. A Manual GAVI indd 15Manual GAVI.indd 15 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 16/278 16 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS placa defletora ajuda a direcionar o fluxo de material, centralizando-o na correia de recebimento e evitando entupi- mentos. Haverá problemas quando vários tipos de materiais estiverem passando pelo sistema, devido à mudança de trajetória destes materiais. Para corrigir possíveis desalinhamentos na correia posterior, o defletor deverá ser ajustado através de acionamento automático. Uma calha deve ser suficientemente íngreme e plana para permitir o deslizamento e limpeza da maioria dos materiais em atrito com a mesma. Isto é particularmente importante nos pontos de impacto, onde ocorre uma queda livre, ou onde a calha muda a direção do material. Entretanto, as calhas de transporte não devem ser mais íngremes do que o necessário para limpeza, para não minimizarem a velocidade dos materiais, provocando desgaste desnecessário do equipamento. O ângulo de inclinação do chute é determinado pela natureza do material, bem como pela sua velocidade de entrada e pelo comprimento e convergência do chute. Para se obter o melhor fluxo do material dentro do chute, considerá- veis ajustes foram feitos no campo, em caráter experimental. A tabela abaixo fornece os ângulos dos chutes comumente encontrados para alguns tipos de materiais. Ângulo da rampa (graus) Horizontal Material Ângulo Normal acima da Horizontal (Graus) Material Filtrado (Filter Cake) 65 a 70 Material pegajoso, argila e finos 55 a 65 Carvão mineral, Pellets 45 a 55 Areia 35 a 40 Pedra britada primária 35 a 40 Pedregulho/cascalho 30 a 35 Pedra peneirada 30 a 35 Sementes 35 a 40 Grãos 27 a 35 Polpa de toras de madeira 15 O chute pode ser usado tanto como mecanismo de transferência do material, quanto de controle do fluxo, ou ve- locidade de descarga. A inclinação das paredes do chute deve respeitar sempre os ângulos de escorregamento nas calhas e nas arestas, para não haver acúmulo, ou entupimento das mesmas, utilizando-se sempre os ângulos recomendados para o material manuseado. Como há vários tipos de materiais passando no mesmo chute, devemos posicioná-lo de maneira que atenda com eficiênciatodos os tipos de materiais. Uma vez na calha, sua direção deve ser controlada a todo o momento, independentemente do tipo de material que está sendo manipulado. Além disso, esse controle deve ser efetuado o mais rápida e eficazmente possível após o impacto, através de uma superfície in- Manual GAVI indd 16Manual GAVI.indd 16 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 17/278 | 17 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais clinada que direcione o material para um único caminho, ou ponto. Não importa o local, ou direção inicial do impacto com a calha, “o material deve ser transferido para a correia inferior, no mesmo sentido e direção da descarga”. Geralmente, as calhas de transporte são compostas de superfícies inclinadas, ou placas planas, dispostas em forma de pirâmide. A maioria das calhas de transporte utilizadas hoje têm suas seções transversais retangulares ou qua- dradas, por muitos e válidos motivos, quais sejam: Seções retangulares, ou quadradas, são feitas de placas planas, fáceis de se visualizar, desenhar, fabricar, modificar, alinhar e substituir, em casos de desgaste. Placas planas podem ser facilmente flangeadas e aparafusadas. São de montagem fácil das janelas de inspeção, de onde se observa não só o desgaste dos componentes, como problemas de entupimento, dentre outros. Entretanto, quando o material manuseado é viscoso, sujeitando a calha à obstrução, as superfícies curvas sobre as quais o material desliza oferecem vantagens significativas. Na realidade, algumas dessas vantagens podem ser observadas também nos casos de empoeiramento, ou salto de grandes fragmentos em uma correia de recebimen- to. Uma seção transversal curva pode ser usada para centralizar a carga, ao passo que uma seção quadrada, ou retangular, pode fazer com que a carga se concentre em um canto, ou se disperse no ar, arrastando o material e provocando turbulência. O problema de uma seção curva é o revestimento, pois fica difícil moldar uma chapa curva com revestimento duro. Ao se concentrar a carga no centro de uma calha curva, permitir-se-á que o próprio movimento do material mante- nha a calha limpa; concentrando-a no canto de uma seção transversal retangular, ou quadrada, muitas vezes ocor- rerá acúmulo e obstrução. Se um material com alto teor de umidade entrar em uma seção da calha com momento horizontal, será necessário lidar com esse momento, ou corre-se o risco de não se ter a carga centralizada na saída do mesmo. O caminho que o material irá seguir poderá variar de acordo com a propriedade e o fluxo do mesmo. Há várias maneiras de se dissipar o momento horizontal, incluindo-se na calha: cortinas de borracha, articulações, nervuras, etc. Qual seria o método melhor? Depende do material e da disposição da calha. As situações são dife- rentes para cada tipo de material (minério, carvão, grãos, etc.), altura e ângulo da transferência. O chute que é bom para uma determinada situação, ou material, pode não ser bom para outro, similar. Nesses casos, a experiência é, muitas vezes, mais útil do que modelos matemáticos. Os problemas de desgaste excessivo na correia transportadora e a falta de controle do material que é descarregado na mesma devem-se, muitas vezes, ao mesmo fenômeno. Fragmentos maiores, acelerados pela correia, saltam e rolam, após o impacto normal com a superfície das mesmas. Isto aumenta o desgaste da correia e requer guias prolongadas na zona de aceleração, para conter o material. Ao se imprimir velocidade aos materiais na direção da Manual GAVI indd 17Manual GAVI.indd 17 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 18/278 18 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS correia, ambos os problemas podem ser minimizados, ou eliminados. O material deve ser centralizado na correia e, se possível, a uma velocidade ligeiramente maior do que a velocidade da correia receptora. A altura da queda livre e mudanças súbitas na direção do fluxo devem ser minimizadas, a fim de se controlarem as pressões dos impactos dos sólidos, que podem levar a um alto desgaste da calha, bem como gerar problemas de atrito, empoeiramento e geração de materiais finos. Todas as vezes em que se manuseia material variado, devem-se evitar detalhes de projetos que são concebidos para um único material (tais como placas para diminuir, ou redirecionar o fluxo do material). Produtos abrasivos que fluem livremente, em geral não apresentam dificuldades em relação ao desgaste da calha. Uma solução fácil seria prover caixas osciladoras, para eliminar o impacto do material que passa na superfície da calha. Entretanto, um dos problemas mais difíceis de se resolver com relação à calha de transporte é projetá-la para uma alta taxa de fluxo de material visco- so, que seja abrasivo. Exemplificando: resíduo mineral úmido e minério abrasivo sendo transportados de um triturador de poço. Onde não for possível um desempenho satisfatório com o revestimento comum, podem-se utilizar chapas de aço inoxidável, ou chapas de polietileno que representam, entretanto, uma solução de alto custo. Sempre que possível, o chute deve proteger a correia contra queda direta do material na mesma. Isto determina a distância vertical entre os pontos de trabalho das duas correias, que não deve ser comprometido. Grelhas de barra podem ser utilizadas no fundo do chute quando se manuseiam materiais pesados de maior granulometria. O mate- rial fino cai na correia antes, protegendo-a contra o impacto do material de maior granulometria. Este impacto pode ser absorvido no chute pela chapa de revestimento, no caso, para o material fino; ou por uma caixa de pedra, para material de maior granulometria. É de suma importância, para redução de custo, a análise dos tipos de revestimentos, ou do meio mais adequado de se reduzirem desgastes nas transferências a serem utilizados no projeto. Um dos pontos principais a serem observados é que a parte traseira do chute, sob o tambor de descarga, deve ter o tamanho e inclinação adequados para recolher todo material que se desprende da correia junto ao tambor de encosto (desvio) e dos dispositivos de limpeza (raspadores). A largura da saída do chute de carregamento não deve ser superior a 2/3 da largura da correia de recebimento. Quando o material tiver pedras de até 12”, a largura interna do chute de carregamento deve ser de pelo menos 2,5 a 3 vezes a maior dimensão da partícula do material. Quando se misturam materiais grossos e finos, a largura interna do chute deve ser 2 vezes superior ao tamanho máximo da pedra maior. Estas proporções são essenciais para um carregamento adequado da correia e para prevenir não só o bloqueio in- terno (entupimento), como a aglomeração do material grande dentro do chute. A largura do chute de carregamento, em alguns casos, determina a largura da correia do transportador de recebimento. Manual GAVI indd 18Manual GAVI.indd 18 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 19/278 | 19 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Exemplificando: geralmente nos portos de exportação de minério, as maiores partículas são de 2” (50mm), mas o volume é grande, portanto, adotamos as seguintes medidas de saída na bancada inferior do chute: largura igual ou inferior a 1/2” da largura da correia recebedora e comprimento igual ou superior a 2/3 da referida correia. Ex.: Para uma correia de 60”= 1524 mm, poronde passam volumes de até 8.000 t/h, a largura recomendável de saída é de 600 mm. Para os volumes de até 10.000 t/h, utilizam-se larguras de 700 mm e, no mínimo, 1.000 mm de comprimento. Correia Largura (X) Tonelagem por Hora (De....... até .......) Comprimento Mínimo Área m2 36” 400 mm 1.000 t 3.000 t 650 mm 0,26 m2 48” 500 mm 1.000 t 4.000 t 850 mm 0,43 m2 60” 600 mm 1.000 t 8.000 t 1.050 mm 0,63 m2 700 mm 1.000 t 10.000 t 1.050 mm 0,74 m2 72” 700 mm 1.000 t 10.000 t 1.200 mm 0,84 m2 800 mm 1.000 t 16.000 t 1.200 mm 0,96 m2 84” 1.000 mm 1.000 t 20.000 t 1.500 mm 1.50 m2 Ilustramos, a seguir, alguns chutes típicos, em diversas situações de transferência. Chute com peneiramento de finos que forram a correia Chute de transferência simples, típico. (grelhas de fundo) Manual GAVI indd 19Manual GAVI.indd 19 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 20/278 20 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Placa defletora Ângulo de abraçamento Chute de descarga Rolete de transição Chute com caixa de pedra a 90º Caixas de pedra Chute com caixa de pedra contínua Chute em cascata Manual GAVI indd 20Manual GAVI.indd 20 23/3/2011 15:40:4423/3/2011 15:40:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 21/278 | 21 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Desenhos dos chutes tradicionais e funcionais – Problemas e soluções. Chute a 180º. Desenho padrão. Correia horizontal, vista lateralmente. Problemas: 1. Bancada frontal a 90º: acumula material e água em excesso. 2. O material é jogado na correia inferior, contra o sentido da mesma, causando desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Chute a 180º. Desenho Modificado. Correia horizontal, vista lateralmente. 1. Bancada frontal a 45º: acumula pouco material, direcionando o fluxo deste para a rampa traseira. 2. Com a rampa traseira, o material é entregue na correia inferior, no mesmo sentido e direção da correia receptora. Isto evita desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Manual GAVI indd 21Manual GAVI.indd 21 23/3/2011 16:07:5923/3/2011 16:07:59 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 22/278 22 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chute a 180º. Desenho padrão. Correia horizontal, vista de frente. Problemas: 1. As bancadas do chute inferior são muito largas,acumulando material e água em excesso. Em alguns casos, isto causa obstrução e entupimento. 2. O material é jogado na correia inferior, contra as guias de material, causando o desgaste da mesma. A pressão do material causa vazamento e desalinhamento. Chute a 180º. Desenho Modificado. Correia horizontal, vista de frente. 1. As bancadas do chute inferior são pequenas e servem para proteger a parte superior das guias internas. 2. Estas guias direcionam o material para o centro da correia, evitando-se, deste modo, a pressão do material contra as guias externas, que causa desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Revestimentos do chute: 1. As bancadas superiores e inferiores devem ser revestidas com Chock Bar, modelo CB50 ou CB100. 2. As áreas de impacto devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, com bancadas. 3. As áreas de abrasão devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, sem bancadas ou com chapas de cerâmica vulcanizada, por borracha ou poliuretano. 4. Nas guias de material externas devem-se utilizar chapas de 380 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B. Sob as guias internas podem ser colocadas chapas de 210 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem e regulagem nas referidas guias. Manual GAVI indd 22Manual GAVI.indd 22 23/3/2011 15:40:4523/3/2011 15:40:45 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 23/278 | 23 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chute a 90º. Desenho padrão. Correia horizontal, vista lateralmente. Problemas: 1. Bancada frontal a 90º: acumulamaterial e água em excesso. 2. As bancadas do chute inferior são muito largas e acumulam material e água em excesso, o que pode, em alguns casos, causar obstrução e entupimento do chute. 3. O material é jogado na correia inferior, fora do centro da correia e contra as guias de material, causando o desgaste da mesma. A pressão do material causa vazamento sob as guias e desalinhamento. Chute a 90º. Desenho Modificado. Correia horizontal, vista horizontalmente. 1. Bancada frontal a 45º: acumula pouco material e direciona o fluxo deste para a rampa traseira e para as guias internas. 2. Com as guias internas, o material é direcionado para o centro da correia inferior, evitando-se, assim, a pressão do material contra as guias externas, que causa desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Manual GAVI indd 23Manual GAVI.indd 23 23/3/2011 15:40:4523/3/2011 15:40:45 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 24/278 24 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chute a 90º. Desenho padrão. Correia horizontal, vista de frente. Problemas: 1. O material é jogado na correia inferior, contrao sentido da mesma, causando desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Chute a 90º. Desenho Modificado. Correia horizontal, vista de frente. 1. Com a rampa traseira, o material é entregue na correia inferior no mesmo sentido e direção da correia receptora. Isto evita desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Revestimentos do chute: 1. As bancadas superiores e inferiores devem ser revestidas com Chock Bar, modelo CB50 ou CB100. 2. As áreas de impacto devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, com bancadas. 3. As áreas de abrasão devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, sem bancadas ou com chapas de cerâmica vulcanizada, por borracha ou poliuretano. 4. Nas guias de material externas devem-se utilizar chapas de 380 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B. Sob as guias internas podem ser colocadas chapas de 210 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem e regulagem nas referidas guias. Manual GAVI indd 24Manual GAVI.indd 24 23/3/2011 15:40:4523/3/2011 15:40:45 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 25/278 | 25 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chute a 180º. Desenho padrão. Correia ascendente, vista lateralmente. Problemas: 1. Bancada frontal a 90º: acumulamaterial e água em excesso. 2. O material é jogado na correia inferior, contra o sentido da mesma, causando desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Por se tratar de uma correia ascendente, esta situação se agrava, pois o material, ao retornar, faz um calço na traseira do chute. Chute a 180º. Desenho Modificado. Correiaascendente, vista lateralmente. 1. Bancada frontal a 45º: acumula pouco material e direciona o fluxo para a rampa traseira, 2. Com a rampa traseira, o material é entregue na correia inferior no mesmo sentido e direção da correia receptora. Isto evita desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Manual GAVI indd 25Manual GAVI.indd 25 23/3/2011 15:40:4623/3/2011 15:40:46 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 26/278 26 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chute a 180º. Desenho padrão. Correia ascendente, vista de frente. Problemas: 1. As bancadas do chute inferior são muito largas,acumulam material e água em excesso, em alguns casos causando obstrução e entupimento, 2. O material é jogado na correia inferior, contra as guias externas. A pressão do material contra as referidas guias causa vazamentos, desalinhamentos e acelera o desgaste da correia. Chute a 180º. Desenho Modificado. Correia ascendente, vista de frente. 1. As bancadas do chute inferior são pequenas e servem para proteger a parte superior das guias internas. 2. Estas guias direcionam o material para o centro da correia, evitando que a pressão do material contra as guias externas provoque desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Revestimentos do chute: 1. As bancadas superiores e inferiores devem ser revestidas com Chock Bar, modelo CB50 ou CB100. 2. As áreas de impacto devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, com bancadas. 3. As áreas de abrasão devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, sem bancadas ou com chapas de cerâmica vulcanizada, por borracha ou poliuretano. 4. Nas guias de material externas devem-se utilizar chapas de 380 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B. Sob as guias internas podem ser colocadas chapas de 210 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem e regulagem nas referidas guias. Manual GAVI indd 26Manual GAVI.indd 26 23/3/2011 15:40:4623/3/2011 15:40:46 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 27/278 | 27 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chute a 90º. Desenho padrão. Correia ascendente, vista lateralmente. Problemas: 1. Bancada frontal a 90º: acumula material e água emexcesso. 2. As bancadas do chute inferior são muito largas, acumulam material e água em excesso, em alguns casos causando obstrução e entupimento. 3. O material é jogado na correia inferior, caindo fora do centro da correia e contra as guias de material, causando desgastes na mesma. A pressão do material causa vazamentos e desalinhamentos. Chute a 90º. Desenho Modificado. Correia ascendente, vista lateralmente. 1. Bancada frontal a 45º: acumula pouco material e direciona o fluxo para a rampa traseira e para as guias internas. 2. Com as guias internas, o material é entregue na correia inferior e direcionado para o centro da mesma, evitando que a pressão do material contra as guias externas cause desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Revestimentos do chute: 1. As bancadas superiores e inferiores devem ser revestidas com Chock Bar, modelo CB50 ou CB100. 2. As áreas de impacto devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, com bancadas. 3. As áreas de abrasão devem ser revestidas com chapas de revestimento metálico por processo de solda com carbeto de cromo, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, sem bancadas ou com chapas de cerâmica vulcanizada, por borracha ou poliuretano. 4. Nas guias de material externas devem-se utilizar chapas de 380 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B. Sob as guias internas podem ser colocadas chapas de 210 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem e regulagem nas referidas guias. Manual GAVI indd 27Manual GAVI.indd 27 23/3/2011 15:40:4723/3/2011 15:40:47 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 28/278 28 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chute a 90º. Desenho padrão. Correia ascendente, vista de frente. Problemas: 1. O material é jogado na correiainferior, contra o sentido da correia, causando desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Por se tratar de uma correia ascendente, esta situação se agrava, pois o material, ao retornar, faz um calço na traseira do chute. Chute a 90º. Desenho Modificado. Correia ascendente, vista de frente. 1. Com a rampa traseira, o material é entregue na correia inferior, no mesmo sentido e direção da correia receptora, o que evita desgastes, vazamentos e desalinhamentos. Manual GAVI indd 28Manual GAVI.indd 28 23/3/2011 15:40:4723/3/2011 15:40:47 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 29/278 | 29 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Tipo de chapa Desenho Ponto Características Barra de impacto, abrasão, e combinação de ferro fundido branco de alto teor de Cromo. Modelo: CB50 – 100 Soldering. Chock bar Bancadas Recomendadas não só para as bancadas frontais e inferiores dos chutes, como também para as rampas e guias internas dos chutes inferiores. Chapas com revestimento duro, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, com bancadas e cordão de solda na Horizontal e vertical Áreas de impacto Recomendadas para locais tais como bancadas frontais dos chutes superiores, rampas e guias internas dos chutes inferiores, onde o desgaste é acentuado. Chapas com revestimento duro, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, sem bancadas, com cordão de solda na Horizontal e vertical Áreas de abrasão Recomendadas para locais tais como bancadas frontais dos chutes superiores, rampas e guias internas dos chutes inferiores, onde o desgaste é acentuado. Chapas de cerâmica vulcanizada com Borracha ou Poliuretano Áreas de abrasão Recomendadas para locais em que não se transporte material de grande granulometria, em que o desgaste é bem acentuado. Chapas de 380 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B. Guias de material Recomendadas para locais nos chutes e nas guias de material onde o desgaste é menos acentuado. Adaptou-se chanfro de 45 graus para ser montado nas guias de materiais. Chapas de 210 X 490, conforme norma ASTM A 532 II B. Guias de material Recomendadas para as guias de material nas mesas de impacto das máquinas móveis e nas guias de material onde forem adaptadas guias internas e em que haja dificuldade de se colocarem chapas de 380 X 490. Manual GAVI indd 29Manual GAVI.indd 29 23/3/2011 15:40:4723/3/2011 15:40:47 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 30/278 30 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Quando o transportador tiver um só ponto de descarga, a rampa traseira da guia interna poderá ficar até a 100 mm de altura da correia (D), medida esta que deve ser utilizada para todas as larguras de correia. Quando houver vários pontos de descarga, a partir do segundo chute, a rampa deverá ficar com uma altura (D) de: 150 mm para correias de 36”, 200 mm para correias de48”, 300 mm para correias de 60”; 350 mm para correias de 72”, 400 mm para correias de 84”; A largura poderá ser de: 400 mm na parte inferior (A) e 700 mm na parte superior (B) para correias de 36”; 500 mm na parte inferior (A) e 800 mm na parte superior (B) para correias de 48”; 700 mm na parte inferior (A) e 1000 mm na parte superior (B) para correias de 60”; 800 mm na parte inferior (A) e 1100 mm na parte superior (B) para correias de 72”; 900 mm na parte inferior (A) e 1200 mm na parte superior (B) para correias de 84. O comprimento da rampa (C) pode variar de 1200 mm a 2500 mm. As guias internas devem ser de aço carbono ASTM – A36 e ter, no mínimo, 8 mm de espessura. Devem ser revesti- das com chapas de desgaste de revestimento duro, com solda de 10 mm e banquetas na parte inferior, pois o local é de grande abrasão. A B D Manual GAVI indd 30Manual GAVI.indd 30 23/3/2011 15:40:5023/3/2011 15:40:50 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 31/278 | 31 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Comprimento Correia Largura inferior Largura superior Altura da rampa na correia Comprimento mínimo A B D C 36” 400 700 150 700 48” 500 800 200 900 60” 700 1.000 300 1.200 72” 800 1.100 350 1.500 84” 900 1.200 400 2.000 TRANSFERÊNCIAS NOS TRANSPORTADORES CHUTES DE TRANSFERÊNCIA Manual GAVI indd 31Manual GAVI.indd 31 23/3/2011 15:40:5023/3/2011 15:40:50 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 32/278 32 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Conjuntos de defletores nos chutes de transferência PROBLEMAS: Os revestimentos dos conjuntos defletores devem ser montados de modo a conferir-lhes resistência ao impacto e à abrasão; por isto deve-se escolher bem o tipo de chapa a utilizar. Muitas vezes aumenta-se o tempo de vida útil do equipamento, através da colocação de pequenas bancadas. As chapas de revestimento deste defletor apresentam sinais de desgaste com 3 dias de uso. O fluxo constante de material fez com que surgissem furos nos revestimentos e na estrutura do defletor. Manual GAVI indd 32Manual GAVI.indd 32 23/3/2011 15:40:5123/3/2011 15:40:51 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 33/278 | 33 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Com apenas 290 horas de funcionamento da correia, o material por ela transportado furou o revestimento, o defletor e o chute. SOLUÇÃO: Para aumentar a durabilidade do revestimento, podem-se montar bancadas no defletor que não sejam muito gran- des, para se evitar excesso de peso, ou entupimento. Teoricamente, o chute perfeito deve dar ao material a mesma velocidade e o mesmo sentido da correia no ponto de contato do material com a correia de recebimento. Isto dificilmente se consegue na prática, embora deva ser uma meta do projeto. Utilizam-se, muitas vezes, placas defletoras em pontos de transferência. A placa defletora (em tese) ajuda a direcionar o fluxo de material, centralizando-o na correia de recebimento e evitando entupimen- tos. Sempre ocorrerá problema quando houver vários tipos de material, úmidos ou secos, passando pelo sistema, pois a trajetória dos mesmos mudará e o defletor deverá ser ajustado manual, ou automaticamente, para corrigir os possíveis desalinhamentos na correia posterior, tarefa esta que se torna complicada em termos de manutenção, devido à agressividade da área. Manual GAVI indd 33Manual GAVI.indd 33 23/3/2011 15:40:5223/3/2011 15:40:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 34/278 34 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Para eliminar os constantes problemas de entupimento nos chutes e desalinhamentos da correia receptora, o grupo de CCQ – TRANSPORTANDO QUALIDADE da GAIGG (Gerência de Manutenção do TIG) fez um trabalho de melhora- mento em três transferências, que consistiu da eliminação das placas defletoras instaladas nas referidas transfe- rências, adaptando-se bancadas e guias internas para direcionar o material na correia receptora. Deu-se ao referido trabalho a denominação de “Xô Defletora”. Manual GAVI indd 34Manual GAVI.indd 34 23/3/2011 15:40:5323/3/2011 15:40:53 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 35/278 | 35 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais GRUPO TRANSPORTANDO QUALIDADE – INTEGRANTES Marcos Fortes (Chapolin) - Líder Monique Santana - Secretária Joanderson Santos - Circulista Marcos Laurindo - Circulista Douglas Farias - Circulista Diego Santiago - Circulista Manual GAVI indd 35Manual GAVI.indd 35 23/3/2011 15:40:5423/3/2011 15:40:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 36/278 36 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Após a retirada das placas defletoras, instalaram-se bancadas na parte frontal e guias internas na parte inferior dos chutes, para transportar o material no mesmo sentido e direção da correia receptora, obtendo-se o seguinte resultado: Redução de utilização de água para a limpeza dos chutes; Redução das intervenções para manutenções corretivas e alinhamento das correias receptoras; Redução de custo com trocas de chapas em transferências; Aumento do espaço físico do chute; Fim dos constantes entupimentos devidos à restrição de volume do chute; Redução do custo de mão de obra com manutenção para troca das chapas; Maior disponibilidade e confiabilidade do equipamento para a operação; Garantia de eficiência do equipamento. Janelas de Inspeção O projetista deve prever situações como estas, em que o inspetor não tem acesso ao interior do chute para verificar as condições do revestimento e dos raspadores, improvisando escadas para acesso às janelas de inspeção/visita. Manual GAVI indd 36Manual GAVI.indd 36 23/3/2011 15:40:5523/3/2011 15:40:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 37/278 | 37 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chute com escadas de acesso às janelas, que facilitam tanto a inspeção, quanto a manutenção. Altura ideal da janela (1,5m do piso): para facilitar a inspeção e a manutenção interna do chute. Janela com escada Janela com altura ideal (1,5m do piso) Manual GAVI indd 37Manual GAVI.indd 37 23/3/2011 15:40:5523/3/2011 15:40:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 38/278 38 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chutes intermediários PROBLEMAS: Bancadas utilizadas para proteger o chute do desgaste inicial, feitas com trilhos, cantoneiras ou chapas, são os locais onde ocorre acúmulo de material, o que ocasiona entupimentos provocados por materiais viscosos, aumenta o peso dos chutes e diminui a vazãodo material, dificultando a limpeza dos referidos chutes. O material se acumula, porque as bancadas restringem a sua vazão. Manual GAVI indd 38Manual GAVI.indd 38 23/3/2011 15:40:5623/3/2011 15:40:56 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 39/278 | 39 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Algumas vezes, colocam-se bancadas para se direcionar o material e corrigir o desalinhamento da correia recepto- ra. Estas bancadas acumulam materiais que, além de pesar, provocam gargalos restringindo a passagem, sobretudo dos materiais mais viscosos e úmidos. Devem-se eliminar os trilhos das bancadas, substituindo-os por revestimento resistente, que não acumule material em excesso. Em alguns locais, as chapas utilizadas no revestimento dos chutes estão restringindo a passagem do material. Nes- tes locais, devem-se trocá-las por chapas mais finas, com revestimento duro, ou chapas de cerâmica vulcanizada, com maior resistência ao desgaste. Manual GAVI indd 39Manual GAVI.indd 39 23/3/2011 15:40:5723/3/2011 15:40:57 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 40/278 40 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Em alguns projetos novos, os chutes são montados com pontos vulneráveis ao desgaste, sem revestimento, por onde o material irá passar, causando furos na estrutura. Outros pontos vulneráveis ao desgaste: Em algumas transferências, o formato dos chutes expõe o revestimento a um desgaste excessivo. Nestes locais, devem-se utilizar revestimentos de maior resistência. Manual GAVI indd 40Manual GAVI.indd 40 23/3/2011 15:40:5723/3/2011 15:40:57 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 41/278 | 41 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais O afastamento entre as chapas deve ser de, no máximo, 5 mm para evitar que, ao passar nas transferências, o material atinja as paredes dos chutes. Quando possível, as chapas devem ser montadas como lajotas numa parede, onde as linhas (verticais) que se formam na união entre elas não coincidam. Se as aberturas entre as placas forem maior que 5 mm e fizerem uma linha continua entre as chapas dos revesti- mentos, haverá um ponto frágil por onde o material passará e atingirá a parede do chute, causando um desgaste prematuro, o que diminuirá a vida útil do equipamento. Além dos espaços deixados entre as chapas, os parafusos de fixação, que são de aço comum, também serão pontos de desgaste, pois a resistência deles é menor que a resistência da cobertura das chapas. Assim, devem-se utilizar, nestes locais, parafusos com revestimento duro na cabeça, para se obter uma resistência igual à da cobertura das chapas, ou adaptarem-se chapas com parafusos soldados em sua parte traseira. O sentido do cordão de solda da chapa de revestimento deve ser contrário ao do fluxo de material. Manual GAVI indd 41Manual GAVI.indd 41 23/3/2011 15:40:5923/3/2011 15:40:59 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 42/278 42 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Pontos como estes, com abertura superior a 10 mm, terão problemas de desgaste no futuro, pois o material trans- portado fará um caminho nas paredes do chutes, desgastando-as. Nos chutes em “V”, ou em “Y”, as chapas de revestimento do topo do carro móvel devem ultrapassar as chapas das rampas para protegê-las do desgaste, quando o material cair sobre elas. Manual GAVI indd 42Manual GAVI.indd 42 23/3/2011 15:40:5923/3/2011 15:40:59 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 43/278 | 43 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chutes inferiores Nos chutes inferiores, encontram-se os pontos mais importantes das transferências. Neles, o material que entra pelo chute superior segue no mesmo sentido e direção da correia que o recebe. É nos chutes inferiores, portanto,que devemos concentrar nossa maior atenção e esforços, pois se conseguirmos fazer chegar à correia inferior o mesmo volume de material que entra na superior, sem causar desalinhamentos, vazamentos ou entupimentos, então não ocorrerão problemas de transferência. Chutes com bancadas que retêm o material, causando início de entupimento. Bancadas inferiores descentralizadas, jogando material na correia inferior e causando desalinhamento. Manual GAVI indd 43Manual GAVI.indd 43 23/3/2011 15:41:0023/3/2011 15:41:00 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 44/278 44 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Este é o local onde se deve sempre atuar para se corrigir desalinhamento nas correias, ou entupimento nos chutes. Quando ocorre o desalinhamento, a bancada do chute inferior sempre se desloca para um lado, ou para o outro e impossibilita a vazão do material, causando entupimento. Para direcionar o material na correia inferior e eliminar tanto o desalinhamento, quanto o entupimento, criou-se um procedimento diferente, adaptando-se guias internas e rampa na traseira do chute O espaço entre as bancadas inferiores do chute estreita-se. Aí começa o “gargalo” da saída do material. CORREIA DE 72” Largura de 625 mm na frente e 525 mm atrás da saída do chute inferior: deve ser ajustada para 800 mm, por ques- tões de eficiência. Altura de 950 mm da bancada até a correia: deve estar mais próxima da correia, para evitar desalinhamentos. Manual GAVI indd 44Manual GAVI.indd 44 23/3/2011 15:41:0123/3/2011 15:41:01 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 45/278 | 45 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CORREIA DE 36” Largura da saída variando entre 350 mm a 380 mm. Deve ser de 500 mm, para melhor vazão do material. A bancada do chute inferior está descentralizada e muito alta em relação à correia receptora do material, o que ocasiona o desalinhamento da mesma. Para otimizar a vazão do material e direcioná-lo melhor na correia, podem-se fazer algumas modificações na banca- da de saída do chute inferior, abrindo-se as bancadas laterais (para centralizar a abertura das mesmas), diminuindo- se-lhes a parte traseira para adaptação de guias internas. Com a referida modificação, aumenta-se o volume transportado, direcionando-se melhor o material na correia e diminuindo-se o acúmulo de material nas bancadas. Manual GAVI indd 45Manual GAVI.indd 45 23/3/2011 15:41:0123/3/2011 15:41:01 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 46/278 46 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Parte da bancada que deverá ser removida para diminuir a obstrução e aumentar a vazão do material. Manual GAVI indd 46Manual GAVI.indd 46 23/3/2011 15:41:0323/3/2011 15:41:03 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos47/278 | 47 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Exemplo de transferência com problema de entupimento. Problema de restrição (entupimento). Como ficou, após melhoramentos. Exemplo de transferência com problema de entupimento. Problema de restrição (entupimento). Como ficou, após melhoramentos. Manual GAVI indd 47Manual GAVI.indd 47 23/3/2011 15:41:0423/3/2011 15:41:04 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 48/278 48 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Testes de carga, realizados após melhoramentos, mostraram o material caindo no centro da correia. Modelo de chapas de revestimento com pouca Modelo de chapas de revestimento com maiorresistência ao desgaste, (3 meses de vida útil). resistência ao desgaste. (12 meses de vida útil) Manual GAVI indd 48Manual GAVI.indd 48 23/3/2011 15:41:0423/3/2011 15:41:04 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 49/278 | 49 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Na montagem das guias internas, devem-se observar alguns detalhes, para se evitarem problemas. Quando as guias internas forem montadas na primeira transferência da correia, elas poderão ficar a 100 mm da correia. Se forem montadas numa transferência intermediária, elas poderão ficar a uma distância que varia entre 250 a 400 mm, dependendo da largura da correia. Primeiro chute: 100 mm Chute intermediário: 250 a 400 mm Modelo padrão para se montar uma guia interna. Manual GAVI indd 49Manual GAVI.indd 49 23/3/2011 15:41:0523/3/2011 15:41:05 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 50/278 50 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Exemplo de medidas em bancada inferior com problemas Primeiro chute da correia de 36” Vista de cima 330 380 350 350 780 230 230 190 190 1 9 2 0 5 7 0 Exemplo de medidas em bancada inferior sem problemas Primeiro chute da correia de 36” Vista de cima 200 400 A 680 780 50 50 50 50 2 0 5 0 B C Vista de frente A = 680mm B = 400mm C = 100mm Manual GAVI indd 50Manual GAVI.indd 50 23/3/2011 15:41:0623/3/2011 15:41:06 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 51/278 | 51 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Exemplo de medidas em bancada inferior com problemas Chute intermediário da correia de 72” Vista de cima 480 550 580 1110 260 260 280 280 1 1 0 0 8 4 0 6 2 0 Vista de frente Exemplo de medidas em bancada inferior sem problemas Chute intermediário da correia de 72” Vista de cimaVista de frente 140 800 A A = 1.000mm B = 800mm C = 350mm 1.000 1.100 50 50 1 8 0 0 B C Manual GAVI indd 51Manual GAVI.indd 51 23/3/2011 15:41:0623/3/2011 15:41:06 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 52/278 52 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chutes em correias ascendentes Quando alguns transportadores estão em ângulo ascendente, os materiais provenientes dos transportadores ante- riores tendem a tomar o sentido contrário ao da correia que os recebe. Ao retomarem a direção correta, os materiais transportados forçam a passagem por sob as guias, causando desgastes, vazamentos e desalinhamentos na correia receptora. Como alguns materiais são pesados e caem de uma altura considerável diretamente sobre a correia, causam danos não só à carcaça, como às coberturas superior e inferior da mesma. Estes chutes inferiores não têm rampas traseiras, ou guias internas para direcionarem o material que cai de uma altura considerável diretamente na correia causando, além de desalinhamentos, furos no revestimento e na carcaça da mesma. Manual GAVI indd 52Manual GAVI.indd 52 23/3/2011 15:41:0623/3/2011 15:41:06 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 53/278 | 53 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais PROPOSTAS DE MELHORIAS: Para direcionar melhor o material na correia e melhorar o seu escoamento, podem-se fazer algumas modificações nos chutes: 1 – adaptar uma rampa na traseira do chute, colocando-se a rampa em ângulo de 30 graus em relação à parede vertical do chute, 2 – adaptar chapas de revestimento duro nesta rampa, 3 – adaptar guias internas na bancada inferior, deixando a altura e largura na medida padrão da correia. (de acordo com a largura da correia) Uma vez feitas estas melhorias, o material é melhor direcionado na correia, sem causar acúmulo, impacto, vaza- mento de material e desalinhamento da referida correia. A inclinação da rampa a ser instalada deverá variar de 30 a 35 graus em relação à parede vertical do chute. Vista interior dos chutes Manual GAVI indd 53Manual GAVI.indd 53 23/3/2011 15:41:0623/3/2011 15:41:06 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 54/278 54 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Pontos a se considerarem para uma transferência sem problemas: 01. Verificar a quantidade de material a ser transportado. Finalidade: Estabelecer-se a área do chute em que o material irá passar sem restrições, acúmulos, ou entupi- mentos. 02. Verificar a velocidade da correia anterior e posterior. Finalidade: Observar se haverá restrições na saída do chute inferior em decorrência do acúmulo de material, nos casos em que a correia posterior tiver uma velocidade menor que a anterior. 03. Verificar os tipos de materiais que passam pela correia. Finalidade: Determinarem-se os tipos de revestimento e modelos de bancadas internas a serem utilizadas no interior dos chutes. 04. Verificar a trajetória do material na saída do tambor de descarga. Finalidade: Determinar-se a posição ideal de colocação da bancada frontal, evitando-se transbordo, entupi- mentos e protegendo-se os revestimentos. Material caindo fora da bancada frontal Material caindo corretamente. Bancada adaptada, para melhorar a queda do material. Manual GAVI indd 54Manual GAVI.indd 54 23/3/2011 15:41:0723/3/2011 15:41:07 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 55/278 | 55 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 05. Verificar a direção da correia posterior (ângulo em relação à anterior). Finalidade: Posicionar a saída do chute inferior, transportando o material no mesmo sentido e direção da cor- reia receptora, para evitar desalinhamentos e vazamentos de material pelas guias. 06. Verificar se a correia posterior é ascendente, descendente, ou horizontal. Objetivo: Determinar-se em que posição deve ficar a rampa traseira, pois ela irá direcionar o material, evitando que o mesmo caia em sentido contrário ao da correia receptora, o que causaria desgastes, desalinhamentos e vazamentos. Correia ascendente Descendente Horizontal Manual GAVI indd 55Manual GAVI.indd 55 23/3/201115:41:0823/3/2011 15:41:08 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 56/278 56 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 07. Verificar a altura do tambor de descarga em relação mesa de impacto da correia inferior. Finalidade: Saber posicionar o chute. Se este estiver muito baixo, tentar evitar que o material caia direto na correia, sem direção; se estiver muito alto, procurar colocar-lhe bancadas, para amenizar os pontos de impacto em seu interior e evitar desgastes excessivos. Manual GAVI indd 56Manual GAVI.indd 56 23/3/2011 15:41:0823/3/2011 15:41:08 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 57/278 | 57 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 02 Trajetórias dos materiais O caminho que o material, ao sair da correia transportadora, percorre através do tambor de descarga chama-se trajetória. O correto dimensionamento dos chutes de transferência é fundamental para a definição do design e ma- nutenção deste equipamento. A trajetória do material influencia diretamente: 1. O posicionamento das chapas de desgaste/revestimento; 2. A quantidade de chapas de desgaste/revestimento a serem utilizadas; 3. A posição do raspador primário; 4. A área do primeiro impacto no chute, afetando diretamente o seu tamanho e peso; 5. A posição e o design das chapas defletoras internas do chute; 6. O posicionamento correto de “cabeças móveis” (ou pontos móveis de transferência, com opções de rota); 7. O bom escoamento do material, principalmente após mudança do produto transportado; 8. O bom escoamento do material em correias com várias velocidades; 9. O correto posicionamento do amostrador de material; 10. O desenho correto da descarga do material no equipamento posterior (pilha, silo, etc.); 11. A redução do fenômeno de segregação de material durante uma transferência; 12. O bom escoamento do material após um repotenciamento. Assim, quanto mais preciso for o estudo da trajetória do material, menor será o custo estrutural do chute (chapas de revestimento e outros acessórios) e maior a confiabilidade no sistema de transporte. Atualmente, a melhor forma de calcular a trajetória do material é basear o cálculo no método CEMA, que fornece subsídios para a utilização dos resultados dos cálculos em um sistema de coordenadas. Manual GAVI indd 57Manual GAVI.indd 57 23/3/2011 15:41:0823/3/2011 15:41:08 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 58/278 58 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Com a utilização do software desenvolvido para plataforma Autocad ® do sistema Windows ®, o cálculo da trajetó- ria poderá ser feito de forma confiável e rápida. O software fornece a trajetória prevista do material de forma gráfica, já inserida no desenho com o qual o projetista trabalha. De interface simples e fácil utilização, várias opções podem ser avaliadas em minutos. Uma vez determinada a trajetória, podem-se adaptar a rampa e a bancada frontal num ponto em que o material não causará muito desgaste à correia, pois uma caixa de pedra pequena evitará acúmulo e entupimentos. Alguns exemplos de trajetórias nos chutes de transferência: Manual GAVI indd 58Manual GAVI.indd 58 23/3/2011 15:41:0823/3/2011 15:41:08 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 59/278 | 59 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais TIPO MAT: DIVERSOS VELOC.: 3.3m/s 3000 1500 1000300 700 1370 350 8 0 0 TAMBOR DE DESCARGA BANCADA SUPERIOR BANCADA INFERIOR GUIAS GUIAS TRANSP.C L Através do cálculo da trajetória, pode-se Desconhecendo-se a trajetória do material, não há determinar a posição ideal da bancada frontal. como direcioná-lo bem dentro do chute. Manual GAVI indd 59Manual GAVI.indd 59 23/3/2011 15:41:0823/3/2011 15:41:08 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 60/278 60 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Algumas trajetórias em correias com menor velocidade. Algumas trajetórias em correias com maior velocidade. Manual GAVI indd 60Manual GAVI.indd 60 23/3/2011 15:41:0823/3/2011 15:41:08 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 61/278 | 61 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Trajetória de descarga O cálculo da trajetória de descarga é de suma importância nos transportadores, para permitir o posicionamento dos chutes de descarga e das tremonhas de carga, no caso de descarga de um transportador em outro. Existem seiscasos, sendo que para todos eles o cálculo é o mesmo. DADOS PARA O CÁLCULO: Y = Inclinação da correia (em graus) B = Largura da correia (pol.) e = Espessura da correia (pol.) D = Diâmetro do tambor (mm) V = Velocidade da correia (m/s) g = Aceleração local da gravidade ( = 9.8 m/s ) a = Distância do centro de gravidade do material transportado à correia (Vide tabela 01) SEQUÊNCIA DE CÁLCULO: D 2 + 25,4 • e + a • 1 1000 (m)(1) r= 60000 • V PI • D (2) n= r • n • PI 30 (3) Vt = Vt² g • r (4) Y = Manual GAVI indd 61Manual GAVI.indd 61 23/3/2011 15:41:0923/3/2011 15:41:09 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 62/278 62 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Onde: r = Raio do centro de gravidade do material (m) n = Rotação do tambor ( RPM) Y = Fator que determina o espaço percorrido pelo material durante a descarga Vt = Velocidade tangencial do material no seu centro de gravidade ( m/s) Quando Y > 1, µ não existe; isto é, o material começa sua trajetória de descarga no ponto de tangência entre a correia e o tambor. Quando Y < 1, cos µ = Y, que determina o espaço percorrido pelo material sobre a correia, antes de ser descarre- gado, sendo µ = arc cos Y (5) i = 50 • Vt Onde: i = espaçamentos tangenciais (mm) para determinação de cota vertical da trajetória de descarga. (6) j = cotas verticais da trajetória (mm), marcadas a partir da reta tangente. Vide figuras correspondentes a cada tipo de trajetória na Tabela 02. Definidos os valores de y , µ , i e j , calcula-se a trajetória. Manual GAVI indd 62Manual GAVI.indd 62 23/3/2011 15:41:0923/3/2011 15:41:09 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 63/278 | 63 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais DISTÂNCIA DO CENTRO DE GRAVIDADE DO MATERIAL À CORREIA (a) Tabela (01) Inclinação dos roletes ( ß) Ângulo de acomodação do material (α) Valores de a (mm) 16” 20” 24” 30” 36” 42” 48” 54” 60” 72” 20º 0º 10 15 18 20 28 33 38 43 48 58 5º 13 15 20 25 33 41 46 53 58 69 10º 15 20 25 33 38 46 53 61 69 83 20º 20 25 33 41 48 58 69 75 86 107 25º 21 28 36 46 56 66 76 86 96 117 30º 23 33 38 50 61 74 84 96 109 130 35º 0º 15 23 28 36 43 50 61 69 76 915º 18 25 30 38 48 56 66 76 84 102 10º 21 25 33 43 53 64 74 84 91 112 20º 23 33 41 53 64 74 86 96 109 132 25º 25 36 43 46 69 79 94 104 117 142 30º 28 38 46 58 74 86 102 114 127 152 45º 0º 20 25 33 41 50 61 69 79 89 107 5º 21 28 36 46 56 66 76 86 96 117 10º 3 30 38 48 58 71 81 91 104 124 20º 25 36 43 56 69 79 94 107 117 142 25º 28 36 46 58 71 84 99 112 124 150 30º 30 38 48 61 76 89 104 117 132 160 plano 5º 3 4 4 6 7 8 9 11 12 14 10º 6 8 9 10 14 17 19 22 24 29 15º 9 11 13 15 20 25 27 33 35 43 20º 12 15 18 20 28 33 37 43 47 57 25º 14 20 22 24 34 41 45 54 59 71 30º 18 23 26 29 41 49 54 65 70 85 COTAS VERTICAIS DA TRAJETÓRIA (j) Tabela (02) TEMPO Fração desegundo DISTÂNCIA na vertical j (mm) TEMPO Fração desegundo DISTÂNCIA na vertical j (mm) TEMPO Fração desegundo DISTÂNCIA na vertical j (mm) TEMPO Fração desegundo DISTÂNCIA na vertical j (mm) 1/20 13 6/20 441 11/20 1.483 16/20 3.137 2/20 49 7/20 600 12/20 1.765 17/20 3.542 3/20 111 8/20 784 23/20 2.062 18/20 3.974 4/20 197 9/20 1.003 14/20 2.402 19/20 4.382 5/20 306 10/20 1.226 15/20 2.756 1 seg. 4.909 Manual GAVI indd 63Manual GAVI.indd 63 23/3/2011 15:41:0923/3/2011 15:41:09 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 64/278 64 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS TIPOS DE TRAJETÓRIA Y > 1 Y < 1 A forma da parábola depende do ponto de saída do material e é construída, ponto por ponto, marcando-se sobre a tangente, do ponto de caída e a partir dele, uma distância igual à velocidade da correia, dividida em 20 espaços (ou 10 espaços) iguais. Na vertical a estes pontos e a partir deles, marcam-se as distâncias J, em metros, conforme tabela, equivalentes às quedas do material em um tempo de 1/20 segundos (ou 1/10 segundos , traçando-se essas distâncias de 2 em 2 pontos). Vide figura na página anterior. Manual GAVI indd 64Manual GAVI.indd 64 23/3/2011 15:41:0923/3/2011 15:41:09 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 65/278 | 65 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 03 Montagem de chave-sonda nas transferências (NBR 13862 / 1997 item 5.1.4) Todos os chutes de transferência devem ser equipados com chaves-sonda. Elas devem ser fixadas em uma parte do chute onde possam interromper o fluxo do material, em caso de bloqueio da correia posterior, ou acúmulo anormal de material no interior dos mesmos (entupimento). As chaves-sonda devem ser colocadas em local onde o fluxo de material não passe. Podem ser posicionadas pouco abaixo da linha de centro do tambor de descarga, numa das paredes laterais, fora da trajetória, acima da metade do chute, em ângulo ascendente. Estas ações ajudarão a sonda a atuar com o peso do material associado à força da gravidade, fazendo pressão sobre o seu diafragma. Alguns exemplos de posicionamento errado das chaves-sonda. Exemplo 01: A chave-sonda de diafragma deste chute está num local onde não tem utilidade, pois está acima do tambor de descarga, na parede frontal do chute e em ângulo contrário ao referido chute onde, mesmo numa posição mais baixa, o material não terá força para acioná-la. Nesta posição, até que seja ativada, o material já terá coberto toda a estrutura do equipamento. A chave-sonda nunca deve ser colocada na parede frontal, em frente à trajetória do material. Manual GAVI indd 65Manual GAVI.indd 65 23/3/2011 15:41:1023/3/2011 15:41:10 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 66/278 66 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Tanto a chave-sonda de diafragma, quanto a de pêndulo não funcionarão, pois estão posicionadas em local muito alto. SOLUÇÃO PARA ESTE CASO: Deslocar a chave-sonda de diafragma da posição atual para a lateral do chute. Esta chave deverá ser fixada em chapa com ângulo ascendente de 30 graus, para atuar corretamente, sem acúmulo de material sobre ela. Deve-se aproveitar a chapa da rampa lateral esquerda, para se montar a sonda de diafragma. Nesta posição, a referida sonda funcionará melhor, pois estará fora do fluxo material e em ângulo ascendente, o que facilitará o seu funcionamento. Manual GAVI indd 66Manual GAVI.indd 66 23/3/2011 15:41:1023/3/2011 15:41:10 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 67/278 | 67 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Exemplo 02: A chave-sonda de diafragma deste chute está em local fora do padrão, ou seja, acima do tambor de descarga, na parede lateral, perto da bancada frontal do chute, onde poderá atuar desnecessariamente, devido ao acúmulo de material na bancada. A chave-sonda jamais deve ser colocada na parede frontal, em frente à trajetória do material, ou próxima a esta parede. SOLUÇÃO PARA ESTE CASO: Deslocar a chave-sonda de diafragma da posição atual para a lateral do chute. Esta chave deve ser fixada em chapa com ângulo ascendente de 30 graus, para atuar corretamente, sem acúmulo de material sobre ela. Deve-se preparar uma chapa em ângulo, na lateral esquerda do chute, para montagem da sonda de diafragma. Nesta posição, ela funcionará melhor, pois estará fora do fluxo material e em ângulo ascendente, o que facilitará o seu funcionamento. Manual GAVI indd 67Manual GAVI.indd 67 23/3/2011 15:41:1023/3/2011 15:41:10 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 68/278 68 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A bancada do raspador onde será instalada a nova sonda deve ser diminuída e colocada a 45 graus, para não acu- mular material, prejudicando a atuação da chave-sonda. Obs.: Não se deve permitir o acúmulo de material na bancada inferior das rampas, para não se criar um “morto” que prejudique o funcionamento da sonda. ALGUNS OUTROS EXEMPLOS: A chave-sonda não está posicionada corretamente, pois o material que se acumula na bancada cria-lhe uma proteção que a impede de atuar, mesmo com muito material. A chave-sonda não está posicionada adequadamente, pois quando o defletor se desloca para a frente, cria-lhe uma proteção que a impede de atuar, mesmo sob pressão de um grande volume de material. Manual GAVI indd 68Manual GAVI.indd 68 23/3/2011 15:41:1023/3/2011 15:41:10 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 69/278 | 69 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Estas chaves estão posicionadas em local onde, mesmo ocorrendo entupimento, o material não exercerá pressão suficiente para ativá-las. Para estas sondas funcionarem, elas deveriam estar montadas em uma caixa com água pressurizada, para que a pressão interna pudesse ativá-las. Em chutes abertos, o material não exercerá pressão sobre o diafragma, por causa da gravidade. Manual GAVI indd 69Manual GAVI.indd 69 23/3/2011 15:41:1123/3/2011 15:41:11 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 70/278 70 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Para protegerem os diafragmasdo desgaste provocado pelo material transportado, as chaves-sonda possuem um espaço entre o chute e a borracha. Este espaço aumenta a distância entreo material e o diafragma, dificultando à atuação das sondas nesta posição. Como os chutes são grandes, assim como é grande o volume de material que passa por eles, a pressão lateral exercida por este material sobre as sondas será suficiente para acioná-las. As referidas sondas podem ser montadas na parte inclinada do chute, onde atuarão com mais facilidade, não só pelo peso do material transportado, como pela força da gravidade. Manual GAVI indd 70Manual GAVI.indd 70 23/3/2011 15:41:1223/3/2011 15:41:12 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 71/278 | 71 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Esta sonda apresenta algumas inadequações: 1. está montada na direção da rampa de descarga. 2. encontra-se muito próxima da correia receptora, entre as guias de material cujo volume aumentado exercerá muita pressão sobre ela. Esta sonda está montada na rampa por onde é transportado o material. Neste local, o desgaste da proteção e do diafragma será grande e ela não funcionará, quando necessário. Esta sonda está montada na trajetória do material transportado. A pressão exercida por este material poderá fazer com que ela atue com um volume um pouco menor do que o projetado para este local. Manual GAVI indd 71Manual GAVI.indd 71 23/3/2011 15:41:1223/3/2011 15:41:12 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 72/278 72 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Quando os chutes tiverem mais de 3 metros de altura, devem-se colocar as chaves mais próximas da parte inferior dos mesmos. Neste local, elas atuarão sem muito acúmulo de material dentro do chute. Trajeto do material sobre a chave-sonda Esta chave-sonda está montada na trajetória do material. O grande volume de material transportado por esta correia pressiona a chave-sonda, acionando-a quando o fluxo aumenta. Como este chute é muito alto, a chave-sonda deve ser montada próxima à parte inferior do chute. Esta ação evita que se acumule muito material dentro do mesmo, provocando vazamento de minério. Há também uma bancada na lateral do chute que acumula material, ajudando a acionar a chave. Trajeto do material Chave-sonda Bancada onde acumula material A chave-sonda colocada na parte inferior do chute está montada numa janela de inspeção. O uso constante desta janela pelos inspetores e técnicos da operação pode danificá-la. Muitas vezes ela está travada e precisa de impacto para abri-la, o que causa danos aos seus componentes internos, tirando-lhe a condição de atuar, quando realmente necessário. Manual GAVI indd 72Manual GAVI.indd 72 23/3/2011 15:41:1323/3/2011 15:41:13 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 73/278 | 73 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Como esta transferência é muito importante para o sistema, há necessidade de se montarem mais duas chaves- sonda de diafragma inferior ao das chaves atualmente utilizadas. Para que funcionem adequadamente, é necessário que sejam fixadas numa chapa com ângulo ascendente de 30 graus para fora do chute. Manual GAVI indd 73Manual GAVI.indd 73 23/3/2011 15:41:1323/3/2011 15:41:13 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 74/278 74 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS: Adaptar chapas em ângulo na parte frontal do chute inferior, onde serão montadas as chaves-sonda de diafragma. Nesta posição, as referidas chaves-sonda funcionarão melhor, porque estarão fora do fluxo de material e em ângulo ascendente. Manual GAVI indd 74Manual GAVI.indd 74 23/3/2011 15:41:1423/3/2011 15:41:14 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 75/278 | 75 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 04 Guias laterais São utilizadas para reter o material na correia, depois que este deixa o chute de carregamento, até alcançar a veloci- dade da correia receptora. Estas guias são como uma extensão lateral do chute de carregamento (0,50 m de guia para cada 01 m/s de velocidade da correia) e se estendem paralelamente por, no máximo, 3 metros ao longo da correia do transportador. Normalmente, são feitas de chapas de aço. As extremidades inferiores das guias são posicionadas com folga de ± 25 mm acima da correia. Esta folga é vedada por chapas de revestimento na parte interna e uma tira retangular de borracha (lateral de borracha) na parte externa, presa através de fixação que permita fácil ajuste e, se for o caso, substituição da lateral de borracha para prevenir derramamento de finos pela referida folga. Se o material a ser transportado contiver partículas de maior dureza e arestas cortantes, a folga entre a extremidade inferior da guia e a correia deverá ser aumentada uniformemente no sentido do deslocamento da correia. Isto por- que, se alguma partícula entrar sob a extremidade da guia, rapidamente será liberada devido ao aumento da folga no sentido do movimento da correia, sem danificá-la. Se o material manuseado for muito abrasivo como o minério, car- vão, coque, dentre outros, as guias deverão ser revestidas internamente com chapas de desgaste aparafusadas. Espaçamento das guias A máxima distância entre as duas guias laterais normalmente é de 2/3 da largura da correia. Entretanto, quando possível, recomenda-se reduzir este espaço para 0,5 da largura da correia, especialmente para materiais de grande fluidez. Em correias planas, dependendo das condições de alimentação, do apoio da correia pelos roletes (espaça- mento), da manutenção das borrachas de vedação e do alinhamento da correia, o espaço entre as guias pode ser aumentado, tornando-se apenas poucos centímetros menor que a largura da correia. O referido espaço é comumen- te utilizado quando se manuseiam materiais de menor fluidez. Trava conforme a necessidade Manual GAVI indd 75Manual GAVI.indd 75 23/3/2011 15:41:1423/3/2011 15:41:14 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 76/278 76 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS DIMENSÕES RECOMENDADAS PELA CEMA PARA GUIAS LATERAIS. Tabela 03 Roletes com rolos a 20º Largura da correia h - altura da guia (mm) B ( mm ) Granulometria máxima do material 50 100 150 200 250 300 350 400 450 24” 140 140 152 167 0 0 0 0 0 410 30” 147 160 178 193 210 0 0 0 0 510 36” 170 185 200 218 236 250 0 0 0 610 42” 195 210 230 244 261 280 295 0 0 710 48” 220 236 250 270 287 300 320 337 0 810 54” 246 261 280 295 312 330 345 363 386 910 60” 272 287 300 320 337 355 370 388 410 1010 66” 297 312 330 345 363 380 396 414 437 1110 72” 322 337 355 370 388 400 420 440 460 1210 84” 373 388 406 422 439 457 472 490 513 1310 96” 424 439 457 472 490 508 523 541 563 1410 Roletes com rolos a 35º e 45º Largura da correia h - altura da guia (mm) B( mm )Granulometria máxima do material 50 100 150 200 250 300 350 400 450 24” 190 190 200 218 0 0 0 0 0 410 30” 223 223 241 256 274 00 0 0 510 36” 246 262 280 295 312 330 0 0 0 610 42” 284 300 317 332 350 368 383 0 0 710 48” 322 338 356 370 389 406 422 440 0 820 54” 373 376 394 409 426 444 460 477 500 920 60” 399 414 432 447 465 483 499 516 538 1000 66” 437 452 470 485 503 520 536 561 587 1100 72” 475 490 508 523 541 559 574 604 635 1200 84” 551 566 584 599 617 635 650 690 729 1400 96” 627 643 660 675 693 711 726 777 825 1600 Obs.: Para finos, utilize a altura da guia na coluna de granulometria 50. Manual GAVI indd 76Manual GAVI.indd 76 23/3/2011 15:41:1423/3/2011 15:41:14 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 77/278 | 77 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Comprimento das guias Quando, no carregamento, o material é transferido da correia transportadora na mesma direção e sentido do mo- vimento da correia receptora, o comprimento das guias é uma função da diferença entre a velocidade do materialque está sendo carregado, no instante em que o mesmo toca a correia receptora, e a velocidade desta. Se esta diferença for pequena na instalação, o comprimento das guias pode seguramente ser de 0,5 m para cada 1,0 m/ seg. de velocidade da correia, mas não inferior a 0,9 metro. As guias de material devem terminar preferencialmente, sobre um rolete, e não entre dois, por questões de eficiência. Quanto maior a guia, maior e o consumo de energia dos motores. Altura das guias e borracha de vedação A altura das guias deve ser suficiente para conter o volume do material carregado na correia. A extremidade inferior metálica da guia deve manter uma folga acima da superfície da correia de, no mínimo, 25 mm. As tiras laterais retangulares de borracha utilizadas para vedação da folga entre a chapa da guia e a correia são normalmente de borracha maciça de 1/4” a 1” de espessura e dureza de 60 a 100 Shore A. Tiras de correias velhas de transporta- dores jamais devem ser utilizadas em substituição às de borracha maciça. A borracha da extremidade pode ser instalada verticalmente, ou em ângulo. A instalação em ângulo permite melhor vedação no trecho entre os roletes, onde a flecha da correia carregada é maior. Entretanto, deve-se tomar cuidado, no projeto, de se combinar boa vedação com o mínimo de desgaste na cobertura da correia. Onde as características do material com granulometria uniforme superior a 25 mm e sem finos permitirem, a lateral de borracha poderá ser seguramente retirada, mas somente se as guias não estiverem muito próximas da extremi- dade da correia do transportador. A retirada da lateral de borracha das guias evita desgaste e a abertura de ranhuras na cobertura da correia. As tiras de borracha das guias devem ser ajustadas frequentemente, de tal forma que a extremidade das mesmas sempre toque a superfície da correia, sem pressioná-la muito. Forçar a extremidade da lateral de borracha contra a cobertura da correia não só poderá ocasionar ranhuras na correia, como exigirá potência adicional para movê-la. “Recomenda-se colocar um gabarito de 1 mm entre a correia e a lateral de borracha antes de travá-la.” Em transportadores com guias contínuas, pressões inadequadas na borracha poderão sobrecarregar o motor de acionamento do transportador. Manual GAVI indd 77Manual GAVI.indd 77 23/3/2011 15:41:1423/3/2011 15:41:14 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 78/278 78 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Dependendo do tipo de material manuseado, as guias de materiais muito extensas deverão ser cobertas por chapas, para minimizar a geração de pó. As chapas de cobertura são normalmente flangeadas na extremidade superior da guia e devem possuir janelas com espaçamento de 2 metros para facilitar a inspeção e manutenção das chapas de revestimento. Guias de material para pontos de carregamento intermediário, ou correias reversíveis com chutes nas duas extremidades, como as Empilhadeiras/Recuperadoras. Quando a correia é carregada em mais de um ponto ao longo do transportador, deve-se ter cuidado no arranjo das guias nestes pontos intermediários. As referidas guias devem ser projetadas para deixar o material carregado passar livremente. Isto normalmente se consegue com um arranjo em ângulo, isto é, com largura maior no início (entrada) das guias do chute e largura normal e arranjo em paralelo, no trecho sob o chute e após o mesmo (saída). Podem-se colocarguias móveis nos chutes intermediários, que ficariam elevadas quando não se estivesse utilizando aquele chute. Nas empilhadeiras/recuperadoras onde o material corre nos dois sentidos, a entrada das guias deve ser aberta para coletar e direcionar o material oriundo da recuperação, ou empilhamento. Quanto à utilização de borracha de vedação (lateral de borracha), e/ou aplicação de maior folga entre a extremidade da chapa lateral na guia e a superfície da correia, devem-se analisar as condições específicas de cada transferên- cia. Algum derrame de material poderá ocorrer nos pontos intermediários de carregamento, mesmo diante do mais cuidadoso projeto das guias, devido às variações de condição do carregamento inicial (sobrecarga). Guias de material para pontos de carregamento intermediário Todos os chutes de descarga deverão ser providos de guias laterais, projetadas para confinar e dirigir apropriada- mente o material transferido. O comprimento das guias deverá ser de 500 mm para cada metro por segundo da velocidade da correia, contado a partir da saída do chute, mais o comprimento dos chutes. Manual GAVI indd 78Manual GAVI.indd 78 23/3/2011 15:41:1423/3/2011 15:41:14 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 79/278 | 79 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais As guias laterais deverão ser projetadas conforme desenho padrão. Elas deverão ser do formato padrão da unidade cujos desenhos deverão estar anexados à Requisição de Compras. Deverão ser fabricadas em aço carbono ASTM – A36, com suportes rígidos, livres de contato com a correia (altura padrão 25 mm) e apropriadas para adaptação das chapas padronizadas de desgaste. Os furos oblongos devem ter 80 mm de comprimento e 22 mm de largura para fixar parafusos de diâmetro 20 mm. As borrachas das guias laterais deverão estar de acordo com a ABNT EB-362-4AA-625-A13-B13-Z1, ter dureza de 60 SHORE, 50/80 mm³ de resistência à abrasão (DIN 53516), firmemente fixadas às guias laterais. Os detalhes de fixação das borrachas nas guias laterais deverão respeitar o desenho padrão; os fixadores que prendem as borra- chas às guias laterais deverão ser posicionados acima da correia, de maneira a não danificá-la. As borrachas das guias não poderão ser interrompidas, exceto por emendas vulcanizadas. O projeto das guias deverá prever o ajuste de altura das guias laterais em relação à superfície da correia transpor- tadora. As citadas guias deverão ser montadas com uma folga de 25 mm de altura da correia. PROBLEMAS Mesmo tomando-se todos os cuidados para se manterem as guias de material dentro das normas, muitos projetos são feitos sem os devidos procedimentos, deixando falhas que depois devem ser corrigidas, para evitar que o ma- terial caia nas transferências, causando prejuízos ao sistema. Guias de material cobertas dificultam a inspeção das chapas de revestimento. Estas proteções acumulam muito material sobre elas. Guias muito compridas forçam o motor. Assim, o comprimento máximo das guias deve ser de 3 metros para correias com velocidade de 4.8m/s. As proteções sobre as guias e a manta de borracha colocada na saídadas referidas guias dificultarão a inspeção e manutenção das chapas de revestimento. Deve-se colocar uma janela de inspeção no meio destas proteções. Manual GAVI indd 79Manual GAVI.indd 79 23/3/2011 15:41:1523/3/2011 15:41:15 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 80/278 80 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS O prolongamento das guias de material, após a saída dos chutes, deve ser de 0,50 m para cada metro por segundo de velocidade da correia, terminando preferencialmente em cima de um rolo e não, entre dois. Nestes equipamen- tos, o tamanho das guias não passa de 1 metro e termina fora do rolo. Em se tratando de uma correia com 4.6 m/s, o comprimento das guias deve ser de, no mínimo, 3 metros. Abaixo, guias de material sem furos oblongos para regular as chapas de revestimento e um cavalete autoalinhante de carga, montado na saída da guia. Como os cavaletes autoalinhantes devem ficar de 12 a 19 mm acima dos ca- valetes anterior e posterior, haverá uma folga entre a correia e os rolos, por onde vazará material (eles nunca devem ser montados perto das guias). Guias colocadas em chutes intermediários, cujas chapas de revestimento estiverem desreguladas, irão permitir a passagem de material por fora das guias, causando vazamentos nestes pontos e, consequentemente, aumentando o consumo de mão de obra com limpeza. Manual GAVI indd 80Manual GAVI.indd 80 23/3/2011 15:41:1523/3/2011 15:41:15 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 81/278 | 81 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Material ‘vazado’ no piso de transferência Algumas transferências têm os cavaletes de impacto e carga sob as guias desnivelados e com afastamentos de até 1000 mm. Com isso, a flecha (folga na correia) aumenta e o material passa sob as guias. Nos cavaletes de impacto, este espaçamento deve ser de 300 a 400 mm; e nos cavaletes de carga, de 500mm. Manual GAVI indd 81Manual GAVI.indd 81 23/3/2011 15:41:1623/3/2011 15:41:16 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 82/278 82 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chapas de revestimento muito altas fazem com que o material passe por sob as guias e caia sobre a mesa de im- pacto, ficando acumulado e travando os rolos. As guias de material estão sem furos oblongos, para regulagem das chapas de revestimento. As fixações das late- rais de borracha são parafusadas, o que dificulta a regulagem e/ou substituição das mesmas. Com as chapas de revestimento altas, o volume de material transportado aumenta a pressão de dentro para fora e força o minério a passar por entre a correia e a guia de material, aumentando o desgaste das chapas e a perda de minério. Manual GAVI indd 82Manual GAVI.indd 82 23/3/2011 15:41:2023/3/2011 15:41:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 83/278 | 83 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Altura das chapas Pressão do material Como as guias não possuem furos oblongos para se fazer a regulagem das chapas de revestimento, o material cai na mesa de impacto travando os rolos, pois a lateral de borracha não consegue suportar a pressão exercida pelo minério sobre as correias. Neste caso, mesmo com furos oblongos, as guias não conseguem segurar o fluxo de material, pois os espaços entre os cavaletes são maiores que o permitido e o peso do material força a passagem do referido material entre a correia e as guias e causa vazamentos, aumentando consequentemente os problemas de limpeza. Manual GAVI indd 83Manual GAVI.indd 83 23/3/2011 15:41:2023/3/2011 15:41:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 84/278 84 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Em alguns equipamentos, o sistema de fixação das laterais de borracha nas guias de material estão fora dos padrões de segurança e montados de forma irregular. Estes fixadores não conseguem reter o material, que sai por sob as guias. Nos modelos antigos, a manutenção e regulagem das laterais de borracha se tornam difíceis, pelo trabalho em se retirar a porca dos parafusos que fixam as garras. Nos modelos com sistema de cunha, a dificuldade está em se retirarem e colocarem as cunhas. Modelos de fixadores sem as cantoneiras para travar as borrachas. Sem as cantoneiras, as laterais cedem, permi- tindo a passagem do material. Manual GAVI indd 84Manual GAVI.indd 84 23/3/2011 15:41:2123/3/2011 15:41:21 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 85/278 | 85 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Muitos vazamentos de material entre as guias e os roletes ocorrem pela dificuldade de regulagem das laterais de borracha e das chapas de revestimento das guias. Modelos desenvolvidos para melhorar a segurança operacional do equipamento e agilizar a sua manutenção. Tam- bém estes apresentam algumas anomalias. 1 2 Tanto nos fixadores afastados um do outro e muito acima da correia (01), quanto naqueles montados próximos um do outro (02), a resistência da borracha é insuficiente para conter o material. Suportes muito próximos da correia (03) podem causar acidente. 3 (04) Os parafusos de regulagem das chapas que prendem a lateral de borracha estão sofrendo desgaste e danifi- cando a correia. Manual GAVI indd 85Manual GAVI.indd 85 23/3/2011 15:41:2223/3/2011 15:41:22 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 86/278 86 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Deve-se utilizar um sistema de fixador da lateral de borracha que permita a sua troca e/ou regulagem com rapidez e segurança, sem causar acidentes pessoais e danos às correias. Para aumentar a segurança e eficiência dos fixadores, foram eliminados os parafusos de regulagem, soldando-se diretamente a haste na cantoneira, o que aumentou o espaço entre a haste e a correia. Modelo de guia padronizada: com lateral de borracha e fixadores das laterais. Manual GAVI indd 86Manual GAVI.indd 86 23/3/2011 15:41:2323/3/2011 15:41:23 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 87/278 | 87 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Alturas em relação à correia: Guias = 25mm Chapa revest. = 03mm Lat. borracha = 01mm Modelo de guia padronizada: com chapas de revestimento, lateral de borracha e fixadores. Modelo recomendado: com chapas de revestimento, lateral de borracha e fixadores das laterais. Manual GAVI indd 87Manual GAVI.indd 87 23/3/2011 15:41:2423/3/2011 15:41:24 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 88/278 88 | MANUAL DE INSPEÇÃO EMANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Modelo de guia de material com furos oblongos que facilitam a regulagem das chapas de revestimento. Chapas de revestimento montadas corretamente. SISTEMAS DE GUIAS DE MATERIAL ARTICULÁVEIS Quando montados em chutes únicos, estes sistemas oferecem facilidades na troca dos rolos de impacto, pois basta levantarem-se as guias para se executar esta tarefa com maior rapidez. Quando montados em chutes intermediá- rios, elas podem ser levantadas não só para facilitar a troca dos rolos, como para permitir a passagem do material que vêm do chute anterior, sem causar problema de vazamentos. Estas articulações podem ser mecânicas (feitas no local), ou automáticas (feitas por pistões hidráulicos, ou pneumáticos), pela sala de operações. Manual GAVI indd 88Manual GAVI.indd 88 23/3/2011 15:41:2523/3/2011 15:41:25 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 89/278 | 89 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Vedação lateral ARTICULADA (em manutenção) Chapas de desgaste CORREIA TRANSPORTADORA Sistemas montados com articulações mecânicas. Importante! Na montagem de qualquer guia, os rolos sob elas têm que estar nivelados. TR. 01 SOBRE TR 03 LINHA DE CENTRO TR 05 GUIA DE MATERIAL SENTIDO DA CORREIA POSIÇÃO ATUAL DOS CAVALETES POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO ACRESCENTAR 02 CAVALETES 06 ESPAÇOS DE 420360 350 380 400 360 350 380 400 690 650 610 550 430 Manual GAVI indd 89Manual GAVI.indd 89 23/3/2011 15:41:2523/3/2011 15:41:25 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 90/278 90 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS TR. 05A SOBRE TR 03C LINHA DE CENTRO TR 05A GUIA DE MATERIAL SENTIDO DA CORREIA POSIÇÃO ATUAL DOS CAVALETES POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO ACRESCENTAR 01 700 360 370 490 360 430430 430 360 1020 700 360 370 490 360 630 670 360 1020 TR. 03 E 04 SOBRE TR 03C LINHA DE CENTRO TR 03 LINHA DE CENTRO TR 04 GUIA DE MATERIAL SENTIDO DA CORREIA POSIÇÃO ATUAL DOS CAVALETES POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO ACRESCENTAR 03 CAVALETES ACRESCENTAR ACRESCEN- 080 680 350 720 950 780 360360 700 800 400400 400 400400400 420420 360380 380 350350 Exemplo de transferências com rolos afastados e como corrigi-las. Manual GAVI indd 90Manual GAVI.indd 90 23/3/2011 15:41:2623/3/2011 15:41:26 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 91/278 | 91 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Modelo das guias de material que são utilizadas com sistema de cunha Manual GAVI indd 91Manual GAVI.indd 91 23/3/2011 15:41:2623/3/2011 15:41:26 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 92/278 92 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Modelo de guias com fixadores de lateral de borracha Manual GAVI indd 92Manual GAVI.indd 92 23/3/2011 15:41:2823/3/2011 15:41:28 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 93/278 | 93 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 05 Sistema de limpeza da correia Os dispositivos de limpeza da correia destinam-se à limpeza de superfície da parte que transporta a carga, evitando o retorno da mesma impregnada de material sobre os roletes de retorno. Os materiais que aderem à correia e aos roletes aderirão também aos tambores tensores e de desvios, em permanente contato com o lado da correia que recebe a carga. Daí, a necessidade de limpeza da correia por diversas razões, quais sejam: o acúmulo de material nos componentes vitais do transportador de correia (a saber: roletes de impacto, de retorno e de carga); entre a correia e os tambores de acionamento, de desvio e traseiro; sobre a estrutura metálica da mesma e em outros pontos, podendo causar sérios prejuízos, tais como rolos travados e desgaste nas coberturas dos tambores que, inclusive, diminuem muito a vida útil da correia. São três os tipos de vazamento que se podem notar em transportadores de correia: 1) O primeiro ocorre nos pontos de transferência, na região de carga dos transportadores. Normalmente, o sistema de vedação não consegue impedir a fuga de material, sobretudo o mais fino. Chapas desreguladas nas guias e furos nos chutes por falta de revestimento adequado causam, em certos casos, sérios problemas de acúmulo de materiais. 2) O segundo se refere ao material acumulado no retorno da correia, devido à falta de um bom sistema de limpeza (raspadores). 3) O terceiro tipo trata daquele material que cai do sistema devido ao desalinhamento das correias, ou sobrecarga (excesso de material). Comecemos por tratar do material que se acumula ao longo do transportador nos seguintes pontos: a) na descarga, logo após a queda do material, devido à vibração da correia; b) no retorno, quando a correia retorna sobre roletes, provocando a queda do material; e c) na zona de carga, quando a película do material agregado normalmente fica mais seca. A limpeza da correia, quando bem planejada, reduz consideravelmente a quantidade do material que se acumula debaixo do sistema de transporte, melhorando as condições ambientais. A redução do volume de material fugitivo favorece as condições de trabalho, contribuindo para um ambiente mais seguro e reduzindo os acidentes. Manual GAVI indd 93Manual GAVI.indd 93 23/3/2011 15:41:2923/3/2011 15:41:29 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 94/278 94 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Não se esquecendo do fato de que a limpeza da correia prolonga a vida útil de componentes vitais, além de evitar gastos desnecessários com limpeza industrial, o usuário deve definir claramente a eficiência do sistema de limpeza. Em alguns casos, seria suficiente atingir-se um resultado de 80% na limpeza, embora o sistema deva ser planejado para alcançar cerca de 100%. A preocupação com o meio ambiente tem que ser uma meta do usuário. A manutenção preventiva é fundamental para o bom funcionamento de um sistema de limpeza. O ideal é sempre montar este sistema na calha de descarga, para encaminhamento do material de volta ao circuito. Porém, quando não se tem acesso às lâminas do raspador para manutenção na área do chute, faz-se necessária a montagem do sistema de limpeza um pouco afastado do ponto de carga para os raspadores secundários; para os primários, o referido sistema deve ser colocado no tambor de descarga. Para que um sistema funcione adequadamente, a correia tem que rodar alinhada. Recomenda-se o uso de roletes autoalinhantes, lembrando que os mesmos destinam-se a corrigir desalinhamentos momentâneos e não, aqueles causados por distorções na estrutura, ou por carregamento fora do centro da correia. Há vários tipos de dispositivos de limpeza e devem ser selecionados de acordo com as condições de manuseio de cada material, tais como: temperatura, teor de umidade, granulometria, dentre outros. Os dispositivos de limpeza requerem constantes manutenções e ajustes e devem ser instalados nos pontos de descarga de todos os transportadores.Um fator essencial no projeto do sistema de limpeza é prever amplo espaço para acesso, inspeção, reparos e ma- nutenção do mesmo, o que se torna bastante difícil em alguns chutes, já montados. Os dispositivos que compõem o sistema de limpeza de ambas as faces da correia podem ser dos seguintes tipos: • Raspadores: primários e secundários • Limpadores: em “V”, ou simples (diagonal) • Raspadores de escovas • Limpadores com jato d’água • Viradores de correia A eficiência da limpeza, através do sistema de limpadores de correia, é diretamente proporcional às variáveis que envolvem o referido sistema. 1) A pressão das lâminas contra a correia é fundamental e deve ser aplicada de maneira constante. 2) O desgaste uniforme das lâminas, também muito importante, é uma consequência da pressão aplicada e da qualidade e procedência do material utilizado. Manual GAVI indd 94Manual GAVI.indd 94 23/3/2011 15:41:2923/3/2011 15:41:29 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 95/278 | 95 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 3) Correias extremamente danificadas tornam-se muito difíceis de limpar. Emendas mecânicas mal aplicadas complicam muito o processo de limpeza. 4) A velocidade da correia é fator determinante na escolha do melhor sistema de limpeza. Quanto maior a velocida- de, maior será o desgaste das lâminas, principalmente as de poliuretano. Isso se dá em virtude da temperatura gerada no ponto de contato das lâminas. Acima de 70°C, o poliuretano tende a cristalizar-se e ficar com pouca resistência ao desgaste. Neste caso, utiliza-se o raspador com lâminas de cerâmica, que também é usado nos casos dos materiais com elevada temperatura (ex.: pelotas quentes). 5) Quanto maior a vibração do sistema, maiores as dificuldades de limpeza da correia, dependendo da sua posi- ção de instalação. Há casos em que se recomenda adaptar roletes contra elevação para estabilizar a correia e melhorar a eficiência de raspagem. 6) A eficiência da limpeza depende, sem dúvida, do tipo do material e de sua granulometria. As características de cada material (teor de umidade, granulometria, etc.) podem mudar durante o funcionamento do sistema. “Devemos nos preocupar com a pressão aplicada nas molas e o desgaste, tanto das lâminas, quanto das correias.” Todos os testes confirmam que a limpeza obtida relaciona-se diretamente com a pressão aplicada. Vide gráfico nº 01. Gráfico nº 01 Eficiência de Limpeza Pressão Kg/f Ponto X P e l í c u l a d e M a t e r i a l - L i m p e z a A análise do gráfico mostra a existência de duas regiões bem definidas. Na primeira, à medida que se aumenta apressão, a película de material agregado diminui, até atingir a zona de pressão crítica (ponto X). A pressão crítica varia de acordo com o tamanho da lâmina e o diâmetro da mola. Na segunda, após a zona de pressão crítica, a quantidade de material aderido na correia mantém-se inalterada, apesar do aumento da pressão. Isto só aumenta o desgaste das lâminas. Para que se possam entender os mecanismos de limpeza, faz-se necessário um exame das forças envolvidas, que obrigam o material a passar entre a lâmina e a superfície da correia. As forças interativas incluem: abrasão, ade- rência, coesão, inércia e colisão. Manual GAVI indd 95Manual GAVI.indd 95 23/3/2011 15:41:2923/3/2011 15:41:29 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 96/278 96 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A relação entre as diversas forças é bastante complexa. A figura nº 01 ilustra o fenômeno na região de contato da lâmina com a correia. É nessa região que o material pode passar, ou não, por entre as lâminas e a correia, provo- cando desgaste e acúmulo de material no seu retorno. Mostramos as duas regiões de pressão no gráfico nº 01. Na primeira, o material que passa entre a lâmina e a correia tende a separar a lâmina da correia. A separação é tanto maior, quanto maior for a quantidade de material aderido e a pressão efetiva exercida pelo material entre a lâmina e a correia. O fluxo de material é função do perfil da própria lâmina e da força de viscosidade, assumindo-se que o material des- sa região funciona como um fluído. Daí, as variações de eficiência ocorrerem em função das variações de umidade do material. À medida que a lâmina se aproxima da correia, em decorrência do aumento da pressão aplicada, a viscosidade já não mais exerce sua força, pois algumas camadas, com partículas grandes em relação ao espaço lâmina/correia, não podem mais comportar-se como um fluído. É o que acontece na segunda região do gráfico, tornando-se cons- tante a película de material agregado com o aumento da pressão. A segunda conclusão fundamental, além daquela sobre a pressão aplicada, é a de que na região de pressão crítica, o material passa por entre a lâmina e a correia, devido ao engaiolamento. Caracteriza-se, portanto, a eficiência natural do sistema (entendendo-se como sistema o tipo de lâmina e de correia), ou seja, todas as variáveis que atuam no conjunto. 1 secundário 1 primário Mat. que tende a abrir o raspador 200 Fig. 01 2 secundários 2 primários Pressão contra o raspador Película de material aderida na correia Portanto, os dois conceitos básicos ficam assim definidos: 1) A pressão aplicada é fundamental. O valor da pressão crítica deve ser fornecido pelo fabricante dos raspadores de correia (limpadores). Manual GAVI indd 96Manual GAVI.indd 96 23/3/2011 15:41:2923/3/2011 15:41:29 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 97/278 | 97 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 2) Todo sistema de limpeza (e aí, referimo-nos a raspadores primários, secundários, etc.), têm uma eficiência ca- racterística das condições em que irá atuar. Se a limpeza não for feita de acordo com as necessidades de cada aplicação, a solução será o uso de raspadores múltiplos, quais sejam: primários e secundários, dentre outros, e nunca o aumento da pressão aplicada, simplesmente. Os mecanismos de desgaste foram estudados pelo monitoramento das alterações provocadas por desgaste, tanto da lâmina, quanto da correia. A influência do desgaste das lâminas nos mecanismos de limpeza A relação material aderido versus pressão aplicada, conforme se mostra no Gráfico 01, é altamente afetada pelo desgaste irregular das lâminas de limpeza. Testes mostraram claramente que a eficiência de limpeza é altamente prejudicada por esse desgaste (não o desgaste normal previsto, mas o excessivo, onde a lâmina termina antes do tempo de garantia). Isto acontece quando a lâmina é inteiriça, sofre excesso de pressão, é de fabricação duvidosa, dentre outras causas. As lâminas se desgastam por erosão, e/ou abrasão. Com o passar do tempo, formam-se canais na superfície cortan- te das lâminas, devido à abrasão causada pelo material que passa entre estas e a correia. À medida que a abrasão avança, inicia-se a erosão, causada principalmente pelo efeito das forças de viscosidade. Testes mostraram que a única maneira possível de se minimizar o efeito da erosão é o uso de lâminas segmentadas. Além disso, materiais mais resistentes à abrasão comportaram-se melhor no que se refere à erosão. Conclusão: para se evitar o desgaste irregular, devem-se utilizar lâminas segmentadas e material de alta resistên- cia à abrasão (90 Shore, no mínimo). Pode-se dizer: • As lâminas devem ser as mais delgadas possíveis, quando se busca a pressão crítica de contato.• Para se evitar ao máximo a abrasão, devem-se utilizar os materiais mais resistentes. • De todos os materiais em uso, o mais indicado para as lâminas deve ser o poliuretano, para o raspador primário, exceto nos casos em que a cerâmica é mais indicada pela velocidade da correia e a temperatura dos materiais (pelotas quentes). As lâminas nunca devem colocar a correia em risco, sobretudo por se tratar do componente mais valioso do sistema. Aconselha-se também a utilização do poliuretano ou, alternativamente, da cerâmica para os raspadores secundários; jamais lâminas de aço, ou carbeto de tungstênio, que podem causar danos à correia. O tungstênio deve ser monitorado a todo instante, pois apesar de mostrar-se eficiente na limpeza, agride a cobertura da correia se não for regulado com a pressão ideal. Manual GAVI indd 97Manual GAVI.indd 97 23/3/2011 15:41:2923/3/2011 15:41:29 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 98/278 98 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Pode-se comprovar que tanto o material aderido à correia quanto o desgaste dos componentes diminuem, até que se atinja a pressão ideal. Quanto ao atrito, os testes mostram que, à medida que se aumenta a pressão, atingindo-se a zona de pressão crí- tica, a amperagem dos motores aumenta de forma constante. A partir da zona de pressão crítica, o consumo de energia sobe mais que o normal. Há um aumento drástico de temperatura no ponto de contato lâmina/correia, acentuando muito o desgaste dos componentes básicos. Com qualquer tipo de material nas lâminas, se não houver uma manutenção constante, a eficiência do sis- tema ficará comprometida. Por isso deve-se manter sempre uma equipe de manutenção nos sistemas de raspadores: limpando, lubrificando e fazendo a regulagem das molas dos acionamentos. O raspador com lâminas de borracha (poliuretano) talvez seja o mais simples e mais comum dos dispositivos de limpeza. Localizado na parte frontal do tambor, um pouco abaixo da linha de centro, atua por molas reguláveis, ou por contrapeso balanceado, para não pressionar muito a correia. Os raspadores primários normalmente possuem lâminas simples, inteiriças, de poliuretano, ou partidas em seções que variam de 100 a 150 mm de largura x 200 a 300 mm de altura. Estas são mais eficientes do que as inteiriças, pois atuam independentemente umas das ou- tras. Em geral, são de poliuretano, com 90 a 95 Shore de dureza. Os raspadores secundários, muito eficientes para diversos tipos de material, ficam sob o tambor, onde os chutes oferecem melhores condições de montagem. São encontrados com lâminas inteiriças de borracha, ou poliuretano, e lâminas independentes de poliuretano, tungstê- nio, ou cerâmica de alumina, ajustadas por molas, ou contrapesos, quando se desgastam. As lâminas segmentadas oferecem maior eficiência, mesmo que a correia ou o tambor apresentem desgaste. Os raspadores devem ser providos de limitadores de curso, para evitarem que o suporte metálico toque a correia, após desgaste da lâmina. Um bom raspador deve reunir as seguintes características: • Ter capacidade máxima de raspagem • Não provocar desgaste excessivo à correia • Ser à prova de fogo • Ser autolimpante • Ser adequado às operações de reversão • Ter vida útil longa (operacional) • Ser de fácil instalação • Ter custos reduzidos Manual GAVI indd 98Manual GAVI.indd 98 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 99/278 | 99 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Outros tipos de sistema de limpeza utilizados nas correias transportadoras Vários tipos de raspadores de escovas, constituídos de uma escova cilíndrica giratória com fios ou cerdas, são tam-bém utilizados, tanto em baixa quanto em alta velocidade. Eles são acionados por motores que lhe são acoplados por transmissão de corrente a um tambor do transportador. A velocidade da escova varia de acordo com o material manuseado e é frequentemente ajustada após instalação da esco- va, cujo diâmetro varia até um máximo de 300 mm. Escovas de baixa velocidade perimetral (2 a 3m/seg.) são adequadas para material seco, enquanto as de alta velocidade (5 a 7,5m/seg.) são usadas para materiais granulados úmidos. Nos raspadores rotativos também se utilizam lâminas de borracha dispostas em paralelo, ou helicoidalmente, sobre o eixo. Há dois tipos, a saber: • o de baixa velocidade periférica (± 5,0m/seg.) - utilizado para materiais secos ou úmidos. Sua baixa velocidade aumenta a vida útil das lâminas de borracha; • o de alta velocidade periférica (± 7,0 m/s) - adequado para limpeza da correia com material molhado ou pega- joso, que poderá aderir aos raspadores de escovas com cerdas, impregnando-os do referido material. A rotação dos raspadores de escovas e lâminas é grande e a sua velocidade periférica é inversa ao movimento da correia do transportador. Pode-se utilizar ainda, com eficiência, uma escova de seção transversal móvel, como uma esteira móvel. Ela opera perpendicularmente à correia do transportador e o material é varrido da superfície da correia pela seção móvel da escova. Estas escovas usam fios metálicos de aço inoxidável, nylon, etc., e tendem a ser autolimpantes. O contato da escova com a correia é mantido por contrapeso automático, ou regulagem manual. Jatos de ar sob alta pressão também podem ser usados para desprender o material úmido, ou molhado, da correia. Jatos d’água também são utilizados para limpeza de correias em aplicações especiais (onde não se pode admitir queda de material em locais tais como: estradas, passagens de pedestres, residências, parques, dentre outros, por onde passe uma correia). Outro método de limpeza, após o lavador, seria um fino arame de aço inoxidável estendido transversalmente e próximo à superfície da correia (± 3mm), para retirar partículas de alguns minérios e materiais pegajosos que tendem a ficar presos à correia. Entretanto, uma lâmina secundária, ou outro dispositivo de limpeza, deve ser usada(o) para completar o trabalho do lavador e retirar o excesso de água. Uma desvantagem deste siste- ma é a necessidade de se tomarem providências quanto à vazão de água do lavador de correia, que necessita ser recolhida por uma calha instalada sob o referido lavador e conduzida a drenagens adequadas. Manual GAVI indd 99Manual GAVI.indd 99 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 100/278 100 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Mesmo utilizando-se chapas de proteção entre a parte da carga e o retorno do transportador, devem-se instalar limpadores de correia em “V”, ou simples (diagonal), imediatamente antes do tambor de retorno. Estes limpadores devem ser colocados em contato com a correia, na parte do retorno, para prevenirem que materiais derramados sobre a mesma fiquem entre ela e o tambor, o que pode provocar grandes danos à correia e ao tambor. Também se recomenda a utilização dos referidos limpadores nos seguintes locais: • antes do tambor de esticamento; • sob a região de carregamento do transportador. Observação: Nas lâminas dos limpadores, ou raspadores, só pode ser utilizada borracha maciça, ou poliuretano, sem nenhuma fibra ou reforços, pois alguma partícula do material manuseado pode ficar alojada na lâmina, danifi- cando seriamente a correia. Em hipótese alguma se utilizam tiras de correia de transportadores para este fim. As figuras abaixo ilustram alguns tipos dedispositivos de limpeza: Raspador Secundário Raspador Primário 1 primário 2 primário O raspador rotativo pode ser de escova, ou lâminas Manual GAVI indd 100Manual GAVI.indd 100 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 101/278 | 101 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Limpador diagonal Limpador com jato de água Limpadores em “V” Sistema de virador de correia É utilizado onde os sistemas tradicionais de limpeza de correia não são eficientes, pois dispensa os demais dispo- sitivos de limpeza. Após passar pelo tambor da cabeça, a correia é girada 180°; e próximo ao tambor de retorno, é novamente girada para a posição original. Um par de rolos colocados na vertical, um de cada lado da correia, é posicionado próximo ao centro do giro, para auxiliar o seu alinhamento, minimizar sua tendência a enrugamentos e evitar o balanço da correia com o vento. Este método impede que o lado sujo da correia (lado da carga) entre em contato com os roletes de retorno, dispen- sa o uso de chapa de proteção entre os rolos de carga e retorno do transportador. Pode ser aplicado em qualquer transportador de correia convencional, devendo apenas ter espaço suficiente para a montagem dos tambores de giro. Nenhuma alteração se faz necessária na estrutura do mesmo. O fator mais importante neste tipo de instalação é a distância de giro da correia, para evitar tensões excessivas em sua borda. Manual GAVI indd 101Manual GAVI.indd 101 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 102/278 102 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Segundo os critérios da CEMA, a distância requerida para girar a correia 180% é de aproximadamente 12 vezes a largura da correia. Testes indicam que, ao se utilizar este sistema, principalmente com máquinas móveis sobre o transportador, seja recuperando ou empilhando, devem-se colocar limpadores em “V”, ou diagonais, antes da correia fazer o seu giro de 180°, pois o material que vem na correia acumula-se sobre os roletes de apoio dos viradores, travando-os. Recomenda-se montar no tambor de descarga, pelo menos o raspador primário, pois sem ele os roletes do virador de correia travam em poucas horas de trabalho, com o acúmulo de material. Exemplo de cálculo do aperto das molas, para melhorar a eficiência do sistema de raspagem. Como o tipo de mola e o tipo de raspador variam de acordo com o fornecedor, fizemos o referido cálculo com base na mola que tomamos por “ideal”. D H m p d r r D = 55 mm Ø mola H = 200 mm altura P = 17 mm passo m = 7 mm distância entre espirais d = 9 mm Ø do fio r = 23 mm raio n = 14 número de espiras G = 8.250 Kg/mm² (módulo de elasticidade tangencial) f = De acordo com o aperto na Mola comprimida = 116 mm F = d4 . G . f⇒ F = K . f 64 . n . r³ K = d4 . G ⇒ (9)4 . 8250 ⇒ K = 4,96 Kg/mm ⇒ (K = 5 Kg/mm) 64 . n . r³ 64 . 14 . (23)³ Manual GAVI indd 102Manual GAVI.indd 102 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 103/278 | 103 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais F = Carga (pressão) que a mola recebe em Kgf, de acordo com sua compressão (aperto). K = Constante da mola em Kgf/mm² (de acordo com o tipo da mola). f = Compressão da mola em mm. Ex.: Ao se apertar a mola 5 mm (f), obtém-se uma força transmitida de F = K.f ⇒ P = 5 . 5 = 25 Kgf. Onde F = 25 Kgf. Tabela da força que fazem as molas quando são apertadas f x K = F 1 5 Kg 5 Kgf 5 5 Kg 25 Kgf 10 5 Kg 50 Kgf 15 5 Kg 75 Kgf 20 5 Kg 100 Kgf 25 5 Kg 125 Kgf 30 5 Kg 150 Kgf 35 5 Kg 175 Kgf 40 5 Kg 200 Kgf Tabela e gráfico para aperto de mola (pressão) em Kgf/cm² nos raspadores primários Finalidade: torná-los mais eficientes Aperto (mm) Correia de 60” Correia de 72” Correia de 84” Área de contato (1.200 mm) Área de contato (1.500 mm) Área de contato (1.800 mm) 1 0,0175 0,0140 0,0117 5 0,0875 0,0700 0,0583 10 0,1750 0,1400 0,1167 15 0,2625 0,2100 0,1750 20 0,3500 0,2800 0,2333 25 0,4375 0,3500 0,2917 30 0,5250 0,4200 0,3500 35 0,6125 0,4900 0,4083 40 0,7000 0,5600 0,4667 45 0,7875 0,6300 0,5250 50 0,8750 0,7000 0,5833 Área de 0,048 m² Área de 0,060 m² Área de 0,072 m² Manual GAVI indd 103Manual GAVI.indd 103 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 104/278 104 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Observações: 1. A pressão calculada na tabela retro é para uma mola; como nosso sistema usa 2 molas por raspador primário, devemos multiplicar o número indicado por 2. 2. As molas devem ser trocadas ao atingirem 180mm de altura, em repouso, período em que terá terminado a sua vida útil. (As novas devem ter 200mm, em repouso). Ex.: Em um raspador primário, para uma correia de 60”, temos 8 lâminas grandes, com 150mm de largura cada, e uma área de contato com a correia de 0.048m², ou de 48cm². Área = L (largura) . e (espessura) A = L.e => a = 4cm .15cm => A = 0,06 cm² por lâmina A = 0,06 . 8 (nº de lâminas) => A = 48 cm² Ao se apertarem 10mm as molas de um conjunto de raspador, obter-se-á uma força de pressão atuando na correia para raspagem de 50 Kgf por mola, num total de 100 Kgf nas duas molas. Essa força, distribuída nas lâminas, dará uma pressão local nas lâminas de 0,1750 Kgf/cm² por mola, que multiplicada por 2, resultará em 0,3520 Kgf/cm² para uma correia de 60”. Os mecanismos de desgaste foram estudados pelo monitoramento das alterações provocadas pelo desgaste, tanto da lâmina quanto da correia. e l = Largura da lâmina e = Espessura da lâmina A = Área de raspagem A = e . l A = 0,04 . 0,15 = 0,006 A = 0,006 m² por lâmina Uma correia de 60” utiliza 8 lâminas no raspador, com área de raspagem de 8 . 0,006m² = 0,048m² = 48cm² Uma correia de 72” utiliza 10 lâminas no raspador, com área de raspagem de 10 . 0,006m² = 0,060m² = 60cm² Uma correia de 84” utiliza 12 lâminas no raspador, com área de raspagem de12 . 0,006m² = 0,072m² = 72cm² Manual GAVI indd 104Manual GAVI.indd 104 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 105/278 | 105 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais mola F 2 x F m d2 d1raspador M rasp. = Momento do raspador M mola = Momento da mola F rasp. = Força no raspador F mola = Força da mola (carga) P rasp. = Pressão do raspador d 1 = Distância da mola ao eixo do raspador d 2 = Distância do ponto de contato da lâmina ao eixo A rasp = Área de contato da lâmina Dados de um raspador primário d 2 = 290 mm d 1 = 245 mm A = Área de contato dos raspadores com a correia M raspador = M mola M raspador = F raspador . d 2 M mola = 2 . F mola . d 1 F rasp . d 2 = 2 . F mola . d 1 F rasp = 2 . Fmola . d 1 d 2 P rasp = F rasp A rasp P rasp = 2 . F mola . d1 A d 2 P rasp = 2 . d1 . F mola = 2 . 245 . F mola = 1,69 . F mola d 2 A 290 A A Manual GAVI indd 105Manual GAVI.indd 105 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos106/278 106 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS CÁLCULO TEÓRICO DA QUANTIDADE DE MATERIAL QUE SE PERDE EM UMA CORREIA TRANSPORTADORA V = L x E x Vel. x T x M V = Volume do material L = Largura da correia x 0.9 (área onde fica agregada a película do material) Ex.: correia de 1219 (48”) = 1097 mm correia de 1524 (60”) = 1371 mm correia de 1828 (72”) = 1645 mm correia de 2133 (84”) = 1920 mm E = Espessura da película do material que fica agregado à correia, quando sai do tambor de descarga = 0,1mm = 0,01dm = 0,001cm = 0,0001m material seco, 0,0002 mat. úmido Vel. = Velocidade da correia em metros por segundos (m/s). T = Tempo de operação (01 hora = 60min. = 3600 segundos). M = Materiais tais como o minério, que se soltam da correia depois do tambor de descarga e caem ao longo do transportador, dependendo do tipo, do teor de umidade, etc.). Correia meia vida com poucos sulcos Quantidade de raspadores e % de limpeza Fat. Limp. sem raspador = 0% limpeza 1 com 1 raspador primário = max. 70% limpeza 0,3 com 1 raspador primário e 1 secundário = max. 80% limpeza 0,2 com 2 raspadores primários e 1 secundário = max. 85% limpeza 0,15 com 2 raspadores primários e 2 secundários = max. 90% limpeza 0,1 com 2 raspadores primários e 3 secundários = max. 95% limpeza 0,05 Correia nova sem sulcos Quantidade de raspadores e % de limpeza Fat. Limp. sem raspador = 0% limpeza 1 com 1 raspador primário = max. 70% limpeza 0,3 com 1 raspador primário e 1 secundário = max. 85% limpeza 0,15 com 2 raspadores primários e 1 secundário = max. 90% limpeza 0,1 com 2 raspadores primários e 2 secundários = max. 95% limpeza 0,05 com 2 raspadores primários e 3 secundários = max. 98% limpeza 0,02 Manual GAVI indd 106Manual GAVI.indd 106 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 107/278 | 107 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Considerando-se 2,5 t/m³ como peso médio do minério: Perda de material por falta de raspadores nas correias V = L x E x VEL. x T x M Considerando-se correia nova, sem sulcos, trabalhando 1 hora Transportador com correia de 60” Sem raspador V = 1.371 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 1 = 1,6 m³ / h = 4 t/h Com 1 raspador primário V = 1.371 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,3 = 0,40 m³ / h = 1,2 t/h Com 1 raspador primário e 1 secundário V = 1.371 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,15 = 0,24 m³ / h = 0,61 t/h Com 2 raspadores primários e 1 secundário V = 1.371 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,10 = 0,16 m³ / h = 0,40 t/h Com 2 raspadores primários e 2 secundários V = 1.371 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,05 = 0,08 m³ / h = 0,20 t/h Transportador com correia de 72” Sem raspador V = 1.645 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 1 = 1,95 m³ / h = 4,9 t/h Com 1 raspador primário V = 1.645 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,3 = 0,59 m³ / h = 1,47 t/h Com 1 raspador primário e 1 secundário V = 1.645 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,15 = 0,29 m³ / h = 0,73 t/h Com 2 raspadores primários e 1 secundário V = 1.645 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,10 = 0,19 m³ / h = 0,49 t/h Com 2 raspadores primários e 2 secundários V = 1.645 x 0,0001 x 3,3 x 3600 x 0,05 = 0,10 m³ / h = 0,25 t/h Esta fórmula funciona com materiais secos, que aderem pouco à correia; se o material estiver úmido, a espessura da película será maior (0,0002). Quando não houver raspador, principalmente no transporte de minérios finos, a perda será maior. Ao se descarregarem, por exemplo, em um dia (10 horas), 60,000 t de minério, transportando-as direto para um carregador, o minério passará por 7 transferências: equipamentos TR X01, TR X02, TR X03, TR X04, TR X05, TR X06 e, inclusive, pelo carregador. Se estes equipamentos estiverem sem raspadores, teoricamente haverá uma perda de 297 t de material. TR X01 = Correia de 72” - 6.000 t/h = Perda de 57.5 t TR X02 = Correia de 60” - 6.000 t/h = Perda de 40,0 t TR X03 = Correia de 60” - 6.000 t/h = Perda de 40,0 t TR X04 = Correia de 60” - 6.000 t/h = Perda de 40,0 t TR X05 = Correia de 60” - 6.000 t/h = Perda de 40,0 t TR X06 = Correia de 60” - 6.000 t/h = Perda de 40,0 t CN 0X = Correia de 60” - 6.000 t/h = Perda de 40,0 t Perda Total = 297,5 t Manual GAVI indd 107Manual GAVI.indd 107 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 108/278 108 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Perda por Equipamento: Vol. = L x E x Vel. x T x M Vol. = 1.371 x 0,0001 x 3,3 x 3.600 x 1 Vol. = 1.629 m3 x 2,5 t/m3 = 4,0 t/h x 10 = 40,0 t Reduzindo-se essa perda para 297 t x U$ 24,00/t, haverá ainda prejuízo de U$ 7,128,00/dia, mais limpeza indus- trial, remoção, repeneiramento, etc. Considerando-se 200 dias, a perda será de U$ 1.425.600,00. COMENTÁRIOS 1. Cinquenta por cento (50%) do material que cai dos transportadores e máquinas móveis na hora da limpeza industrial são recolocados nas correias transportadoras, ou levados para as pilhas dos pátios de estocagem. 2. Todo o material de limpeza remanescente no fundo dos viradores de vagões é retirado através dos transporta- dores. Parte deste material é empilhada nos pátios de estocagem, onde será analisada pelo pessoal da amos- tragem e, dependendo da rota a que se destina, seguirá para o repeneiramento, ou para as pilhas de minério, desde que não esteja contaminada. 3. As correias transportadoras de pelotas recebem de volta o material remanescente da limpeza, geralmente pe- lotas não contaminadas por outros materiais. 4. Por isso, o volume de minério contabilizado na limpeza não corresponde ao real, pois só é transportado para o repeneiramento o que não pode ser reaproveitado diretamente. 5. Citem-se ainda os desgastes dos roletes de impacto, carga, retorno, gasto com equipamentos auxiliares na remoção, transporte, recuperação do material, mão de obra, paradas operacionais (P.O). Para melhorar e padronizar o sistema de limpeza das correias transportadoras, é necessário saberem-se as posi- ções e quantidades de raspadores primários e secundários que devem ser montados nos tambores. Estes raspado- res têm a finalidade de fazer uma limpeza mais eficiente das correias, sem comprometer a cobertura das mesmas, que é o item mais caro do equipamento. Manual GAVI indd 108Manual GAVI.indd 108 23/3/2011 15:41:3023/3/2011 15:41:30 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 109/278 | 109 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais EM UMA CORREIA HORIZONTAL 1 primário Linha 2 primário 01. O material é lançado pela força que atua no tam- bor de descarga, de acordo com a velocidade da correia. É na película agregada à correia que os raspadores devem atuar. O material que forma esta película começa a cair da correia não só pela força centrífuga, como pelo seu peso e pela força da gravidade atuando na passagem do referido material pela linha horizontal que divide o tam- bor. O 1° raspador primário deve ser posicionado 60mm após este ponto. 02. Se o diâmetro do tambor for superior a 800 mm e/ou quando a situação assim o permitir, podem-se colocar 2 raspadores primários, pois o material raspado irá cair dentro do chute. Como a película se concentra mais na parte central da correia, a quantidade de lâminas do 1° raspador deve ser menor, para realmente faze-lo atuar na parte suja da correia. O 2° raspador deve estar com todas as lâminas. 03. O modelo dos raspadores varia de acordo com o fabricante. Em velocidades inferioresa 5.0, podem-se uti- lizar lâminas de poliuretano. Nas velocidades superiores a 5.1 ou no caso de transporte de material quente, como pelotas acima de 120 graus, colocar lâminas de cerâmica. A.1 Qual a posição (local) (1), quantidade (2) e modelo (3) do raspador primário, para uma correia horizontal com velocidade de: 3.0 a 4.0 m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 4.1 a 5.0 m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 5.1 a mais m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tam- bores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de cerâmica. Pode-se colocar poliuretano, mas o desgaste será maior. A.2 Qual a garantia de durabilidade das lâminas em cada situação? Resposta = com lâminas grandes (master ) – vel. 3 a 4 m/s: ± 2000 horas; vel. 4.1 a 5 m/s :± 1500 horas; vel. > 5 m/s: ± 1200 horas. Haverá desgaste maior quando o material estiver umedecido ou molhado, pois ele adere mais à correia, principalmente no 1° raspador. Manual GAVI indd 109Manual GAVI.indd 109 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 110/278 110 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A.3 Qual a pressão das molas (com materiais secos e úmidos), periodicidade de regulagem e manutenção nos acionamentos? Resposta = Com material seco a pressão pode ser normal. Geralmente, aperta-se a mola 20 mm deixando-a trabalhar até voltar aos 10 mm, quando deve ser submetida a nova regulagem. Com material úmido, a pressão deve ser um pouco maior. Inicialmente, de 25 mm regulando-se novamente para 15 mm. A.4 Qual o diâmetro do fio das molas para as correias de: 36, 48, 60, 72 e 84 polegadas? Resposta = o fio da mola deve aumentar de acordo com a largura da correia e o comprimento do raspador, para melhor eficiência na limpeza. Para o 2° raspador primário devem-se colocar dois conjuntos de molas de cada lado, para suportarem o peso das lâminas (pois este raspador está atuando horizontalmente) e pressionarem as lâminas contra a correia. 1 secund. 200 2 secund. Linha 01. O raspador secundário nunca deve ser montado sob o tambor, pois qualquer corpo estranho que passar en- tre o tambor e a correia poderá danificar o raspador e também a correia. Devemos colocar o 1° raspador secundário, em situação normal, 200 mm após a linha de centro vertical do tambor, lembrando sempre que ele deve ser instalado fora do contato da correia com o tambor. Quando se tem tambor de desvio, acontece do contato se prolongar mais de 200mm. Neste caso, deve-se colocar o raspador 100mm após o fim do con- tato. 02. Se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores secundários. Devemos sempre priorizar que o material raspado caia dentro do chute. Como a película fica mais concentrada na parte central da correia, a quantidade de lâminas do 1° raspador secundário deve também ser menor, para realmente atuar na parte suja da correia. O 2° raspador deve estar completo, com todas as lâminas. 03. O modelo dos raspadores varia de acordo com os fabricantes. Com velocidades abaixo de 5.0 podem-se utilizar lâminas de poliuretano. Nas velocidades acima de 5.1 ou no caso de transporte de material quente como pelotas acima de 120 graus, colocar lâminas de cerâmica. As lâminas de tungstênio, por serem muito duras, quando não estão bem reguladas e não recebem manutenção eficiente, agridem a cobertura da correia. B.1 Qual a posição (local)(1), quantidade (2) e modelo (3) do raspador secundário, para uma correia horizontal com velocidade de: 3.0 a 4.0 m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade - se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. Manual GAVI indd 110Manual GAVI.indd 110 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 111/278 | 111 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 4.1 a 5.0 m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 5.1 a mais m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de cerâmica. Pode-se utilizar também poliuretano, mas o desgaste será mais rápido. B.2 Qual a garantia de durabilidade das lâminas em cada situação? Resposta = com lâminas grandes (master ) – vel. 3 a 4 m/s: ± 2000 horas; vel. 4.1 a 5 m/s: ± 1500 horas; vel. > 5 m/s: ± 1200 horas. Haverá um desgaste maior, quando o material estiver umedecido ou molhado, pois ele adere mais à correia, principalmente no 1° raspador. B.3 Qual a pressão das molas (com materiais secos e úmidos), periodicidade de regulagem e manutenção nos acionamentos? Resposta = Com material seco, a pressão pode ser normal. Geralmente, aperta-se a mola 20 mm deixando-a tra- balhar até voltar aos 10 mm, quando deve ser submetida a nova regulagem. Com material úmido, a pressão deve ser um pouco maior. Inicialmente, de 25 mm regulando-se novamente para 15 mm. Deve-se lembrar que nos ras- padores secundários, as molas têm que pressionar as lâminas contra a correia e segurar o peso do conjunto. Por isso e para se obter eficiência na limpeza, devem-se colocar dois conjuntos de molas em cada lado do raspador. B.4 Qual o diâmetro do fio das molas para as correias de: 36, 48, 60, 72 e 84 polegadas? Resposta = o fio da mola deve aumentar de acordo com a largura da correia e o do raspador, para melhor efici- ência na limpeza. Devem-se sempre colocar dois conjuntos de molas de cada lado para suportarem o peso das lâminas, da estrutura e pressionarem as lâminas contra a correia. EM UMA CORREIA ASCENDENTE 1 p r i m á r i o Linha 2 p r i m á r i o 01. O material é lançado pela força que atua no tambor de descarga de acordo com a velocida- de da correia. É na película que fica agregada à correia que os raspadores devem atuar. O material desta película começa a cair da cor- reia pela força centrífuga, pelo seu peso e pela força da gravidade atuando quando ele passa pela linha horizontal que divide o tambor. No caso das correias ascendentes, a linha horizon- tal fica abaixo do local onde os fornecedores mandam colocar o 1° raspador primário. Por isso, deve-se tomar como referência a linha real do horizonte, colocando-se o 1° raspador primário 60 mm após este ponto. Manual GAVI indd 111Manual GAVI.indd 111 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 112/278 112 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 02. Se o diâmetro do tambor for superior a 800 mm e a situação assim o permitir, podem-se colocar 2 raspa- dores primários, pois o material raspado irá cair dentro do chute. Como a película fica mais concentrada na parte central da correia, a quantidade de lâminas do 1° raspador deve ser menor, para realmente atuar na parte suja da correia. O 2° raspador deve estar completo, com todas as lâminas. 03. O modelo dos raspadores varia de acordo comos fabricantes. Com velocidades abaixo de 5.0, podem-se utilizar lâminas de poliuretano; nas velocidades acima de 5.1 ou no caso de transporte de material quente como pelotas acima de 120 graus, colocar lâminas de cerâmica. A.1 Qual a posição (local) (1), quantidade (2) e modelo (3) do raspador primário, para uma correia ascendente com velocidade de: 3.0 a 4.0 m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 4.1 a 5.0 m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 5.1 a mais m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambor es maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de cerâmica. Pode-se utilizar poliuretano, mas o desgaste será maior. A.2 Qual a garantia de durabilidade das lâminas em cada situação? Resposta = com lâminas grandes (master ) – vel. 3 a 4 m/s: ± 2000 horas; vel. 4.1 a 5 m/s: ± 1500 horas; vel. > 5 m/s: ± 1200 horas. Haverá um desgaste maior quando o material estiver umedecido ou molhado, pois ele adere mais à correia, principalmente no 1° raspador. A.3 Qual a pressão das molas (com materiais secos e úmidos), periodicidade de regulagem e manutenção nos acionamentos? Resposta = Com material, seco a pressão pode ser normal. Geralmente aperta-se a mola 20 mm deixando-a trabalhar até voltar aos 10 mm, quando deve ser submetida a nova regulagem. Com material úmido, a pressão deve ser um pouco maior. Inicialmente, de 25 mm, regulando-se novamente para 15 mm. A.4 Qual o diâmetro do fio das molas para as correias de: 36, 48, 60, 72 e 84 polegadas? Resposta = o fio da mola deve aumentar de acordo com a largura da correia e o comprimento do raspador, para melhor eficiência na limpeza. Para o 2° raspador primário devem-se colocar dois conjuntos de molas de cada lado, para suportarem o peso das lâminas (pois este raspador está atuando horizontalmente) e pressionarem as lâminas contra a correia. Manual GAVI indd 112Manual GAVI.indd 112 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 113/278 | 113 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 1 s e c u n d. 2 0 0 2 s e c u n d. Linha 01. O raspador secundário nunca deve ser mon- tado sob o tambor, pois qualquer corpo estra- nho que passar entre o tambor e a correia po- derá danificar o raspador e também a correia. Devemos colocar o 1° raspador secundário, em situação normal, 200 mm após a linha de centro vertical do tambor, lembrando sempre que ele deve ser instalado fora do contato da correia com o tambor. Quando se tem tambor de desvio, acontece do contato se prolongar mais de 200mm. Neste caso, deve-se colocar o raspador 100mm após o fim do contato. As correias ascendentes geralmente têm tambor de desvio. 02. Se a largura do chute permitir podem-se colocar 2 raspadores secundários. Devemos sempre priorizar que o material raspado caia dentro do chute. Como a película fica mais concentrada na parte central da correia, a quantidade de lâminas do 1° raspador secundário deve também ser menor, para realmente atuar na parte suja da correia. O 2° raspador deve estar completo, com todas as lâminas. 03. O modelo dos raspadores varia de acordo com os fabricantes. Com velocidades abaixo de 5.0 podem-se utilizar lâminas de poliuretano. Nas velocidades acima de 5.1 ou no caso de transporte de material quente como pelotas acima de 120 graus, colocar lâminas de cerâmica. As lâminas de tungstênio, por serem mui- to duras, quando não estão bem reguladas e não recebem manutenção eficiente, agridem a cobertura da correia. B.1 Qual a posição (local)(1), quantidade (2) e modelo (3) do raspador secundário, para uma correia ascendente com velocidade de: 3.0 a 4.0 m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, pode-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 4.1 a 5.0 m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 5.1 a mais m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de cerâmica. Pode-se utilizar também poliuretano, mas o desgaste será mais rápido. Manual GAVI indd 113Manual GAVI.indd 113 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 114/278 114 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS B.2 Qual a garantia de durabilidade das lâminas em cada situação? Resposta = com lâminas grandes (master ) – vel. 3 a 4 m/s: ± 2000 horas; vel. 4.1 a 5 m/s: ± 1500 horas; vel. > 5 m/s: ± 1200 horas. Haverá um desgaste maior quando o material estiver umedecido ou molhado, pois ele adere mais à correia, principalmente no 1° raspador. B.3 Qual a pressão das molas (com materiais secos e úmidos), periodicidade de regulagem e manutenção nos acionamentos? Resposta = Com material seco, a pressão pode ser normal. Geralmente aperta-se a mola 20 mm, deixando-a tra- balhar até voltar aos 10 mm, quando deve ser submetida a nova regulagem. Com material úmido, a pressão deve ser um pouco maior. Inicialmente, 25 mm, regulando-se novamente para 15 mm. Deve-se lembrar que nos ras- padores secundários, as molas têm que pressionar as lâminas contra a correia e segurar o peso do conjunto. Por isso e para se obter eficiência na limpeza, devem-se colocar dois conjuntos de molas em cada lado do raspador. B.4 Qual o diâmetro do fio das molas para as correias de: 36, 48, 60, 72 e 84 polegadas? Resposta = o fio da mola deve aumentar de acordo com a largura da correia e o do raspador, para melhor efici- ência na limpeza. Devem-se colocar sempre dois conjuntos de molas de cada lado para suportarem o peso das lâminas, da estrutura e pressionarem as lâminas contra a correia. EM UMA CORREIA DESCENDENTE 1 p r i m ár i o Linha 2 p r i m ár i o 01. O material e lançado pela força que atua no tambor de descarga de acordo com a veloci- dade da correia. É na película que fica agre- gada à correia que os raspadores devem atu- ar. O material desta película começa a cair da correia pela força centrífuga, pelo seu peso e pela força da gravidade atuando sobre ele, quando passa pela linha horizontal que divide o tambor. No caso das correias descendentes, a linha horizontal fica acima do local onde os fornecedores mandam colocar o 1° raspador primário. Por isso deve-se tomar como refe- rencia a linha real do horizonte e colocar o 1° raspador primário 60 mm após este ponto. Manual GAVI indd 114Manual GAVI.indd 114 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 115/278 | 115 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 02. Se o diâmetro do tambor for superior a 800 mm e a situação assim o permitir, pode-se colocar 2 raspadores primários, pois o material raspado irá cair dentro do chute. Como a película fica mais concentrada na parte central da correia, a quantidade de lâminas do 1° raspador deve ser menor, para realmente atuar na parte suja da correia. O 2° raspadordeve estar completo, com todas as lâminas. 03. O modelo dos raspadores varia de acordo com os fabricantes. Com velocidades abaixo de 5.0 podem-se utilizar lâminas de poliuretano. Nas velocidades acima de 5.1 e material quente como pelotas acima de 120 graus, colocar lâminas de cerâmica. A.1 Qual a posição (local)(1), quantidade (2) e modelo (3) do raspador primário, para uma correia descendente com velocidade de: 3.0 a 4.0 m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 4.1 a 5.0 m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tambores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 5.1 a mais m/s = posição – 1° raspador primário: 60 mm abaixo da linha horizontal; quantidade – para tam- bores maiores que 800 mm: dois raspadores; modelo – lâminas de cerâmica. Pode-se colocar poliuretano, mas o desgaste será maior. A.2 Qual a garantia de durabilidade das lâminas em cada situação? Resposta = com lâminas grandes (master ) – vel. 3 a 4 m/s: ± 2000 horas; vel. 4.1 a 5 m/s: ± 1500 horas; vel. > 5 m/s: ± 1200 horas. Haverá um desgaste maior quando o material estiver umedecido ou molhado, pois ele adere mais à correia, principalmente no 1° raspador. A.3 Qual a pressão das molas (com materiais secos e úmidos), periodicidade de regulagem e manutenção nos acionamentos? Resposta = Com material seco, a pressão pode ser normal. Geralmente aperta-se a mola 20 mm deixando-a trabalhar até voltar aos 10 mm, quando deve ser submetida a nova regulagem. Com material úmido, a pressão deve ser um pouco maior. Inicialmente, de 25 mm, regulando-se novamente para 15 mm. A.4 Qual o diâmetro do fio das molas para as correias de: 36, 48, 60, 72 e 84 polegadas? Resposta = o fio da mola deve aumentar de acordo com a largura da correia e o comprimento do raspador, para melhor eficiência na limpeza. Para o 2° raspador primário devem-se colocar dois conjuntos de molas de cada lado, para suportarem o peso das lâminas (pois este raspador está atuando horizontalmente) e pressionarem as lâminas contra a correia. Manual GAVI indd 115Manual GAVI.indd 115 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 116/278 116 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 1 s e c u nd . 2 0 0 2 s e c u nd . Linha 01. O raspador secundário nunca deve ser monta- do sob o tambor, pois qualquer corpo estranho que passar por entre o tambor e a correia po- derá danificar o raspador e também a correia. Devemos colocar o 1° raspador secundário, em situação normal, 200 mm após a linha de centro vertical do tambor, lembrando sempre que ele deve ser instalado fora do contato da correia com o tambor. Quando se tem tambor de desvio, acontece do contato se prolongar mais de 200mm. Neste caso, deve-se colocar o raspador 100mm após o fim do contato. 02. Se a largura do chute permitir, pode-se colocar 2 raspadores secundários. Devemos sempre priorizar que o material raspado caia dentro do chute. Como a película fica mais concentrada na parte central da correia, a quantidade de lâminas do 1° raspador secundário deve também ser menor, para realmente atuar na parte suja da correia. O 2° raspador deve estar completo, com todas as lâminas. 03. O modelo dos raspadores varia de acordo com os fabricantes. Com velocidades abaixo de 5.0 podem-se utilizar lâminas de poliuretano. Nas velocidades acima de 5.1 ou no caso de transporte de material quente como pelotas acima de 120 graus, colocar lâminas de cerâmica. As lâminas de tungstênio, por serem muito duras, quando não está bem reguladas e não recebem manutenção eficiente, agridem a cobertura da cor- reia. B.1 Qual a posição (local)(1), quantidade (2) e modelo (3) do raspador secundário, para uma correia descendente com velocidade de: 3.0 a 4.0 m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 4.1 a 5.0 m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de poliuretano. 5.1 a mais m/s = posição – 1° raspador secundário: 200 mm após a linha de centro vertical do tambor; quanti- dade – se a largura do chute permitir, podem-se colocar 2 raspadores; modelo – lâminas de cerâmica. Pode-se utilizar também poliuretano, mas o desgaste será mais rápido. B.2 Qual a garantia de durabilidade das lâminas em cada situação? Resposta = com lâminas grandes (master ) – vel. 3 a 4 m/s: ± 2000 horas; vel. 4.1 a 5 m/s: ± 1500 horas; vel. > 5 m/s: ± 1200 horas. Haverá um desgaste maior, quando o material estiver umedecido ou molhado, pois ele adere mais à correia, principalmente no 1° raspador. Manual GAVI indd 116Manual GAVI.indd 116 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 117/278 | 117 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais B.3 Qual a pressão das molas (com materiais secos e úmidos), periodicidade de regulagem e manutenção nos acionamentos? Resposta = Com material seco a pressão pode ser normal. Geralmente aperta-se a mola 20 mm deixando-a trabalhar até voltar aos 10 mm, quando deve ser submetida a nova regulagem. Com material úmido, a pressão deve ser um pouco maior. Inicialmente, de 25 mm, regulando-se novamente para 15 mm. Deve-se lembrar que, nos raspadores secundários, as molas têm que pressionar as lâminas contra a correia e segurar o peso do conjunto. Por isso e para se obter eficiência na limpeza, devem-se colocar dois conjuntos de molas em cada lado do raspador. B.4 Qual o diâmetro do fio das molas para as correias de: 36, 48, 60, 72 e 84 polegadas? Resposta = o fio da mola deve aumentar de acordo com a largura da correia e o do raspador, para melhor efici- ência na limpeza. Devem-se colocar sempre dois conjuntos de molas de cada lado para suportarem o peso das lâminas, da estrutura e pressionarem as lâminas contra a correia. Um dos maiores problemas de manutenção que ocorre nos sistemas de limpeza (raspadores primários e secundá- rios) é a troca das lâminas gastas por novas. Geralmente, os chutes são grandes, principalmente nos transporta- dores com correias de largura superior a 60”. Para executar serviços de manutenção é necessária a montagem de andaimes tubulares, o que implica perda de tempo, gastos com mão de obra, exposição a riscos e queda de nível diferente. Muitas vezes as tarefas não são realizadas, pois há locais em que é difícil executar tais serviços, pela largura e altura dos chutes e pelo curto tempo de parada do equipamento (menos que 8 horas). Mesmo nos chutes que possuem bancadas, a manutenção é arriscada, sem a montagem de andaime. A montagem e desmontagem dos andaimes aumenta o tempo de parada do equipamento para manutenção. Manual GAVI indd 117Manual GAVI.indd 117 23/3/2011 15:41:3123/3/2011 15:41:31 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 118/278 118 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS O grupo de CCQ – QUALITY da GAMTG (Gerência de Manutenção de Tubarão) criou um sistema de andaime que se pode montar e desmontar de maneira rápida e segura, sem a necessidade de exposição à altura. O dispositivofoi denominado – ANDAIME DE GAVETA. Antonio Marcos - Líder Sérgio Azevedo - Secretário José da Paz - Circulista Glausco Santana - Circulista Ulisses Chaves - Circulista Bruno Hortêncio - Circulista Patrick Rissi - Circulista Protótipo do dispositivo montado no chute. Criado para participação em seminário de 21/01/2010. Manual GAVI indd 118Manual GAVI.indd 118 23/3/2011 15:41:3223/3/2011 15:41:32 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 119/278 | 119 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Devido à dificuldade também de se trocarem as chapas de revestimento nos chutes de transferência, pode-se adap- tar aos referidos chutes o dispositivo acima. RASPADORES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DESENVOLVIDOS COM SISTEMA DE TROCA RÁPIDA O sistema de troca rápida, onde o trilho de fixação das lâminas desliza para fora da estrutura, facilita não só a troca das lâminas, como a inspeção das mesmas. Neste sistema, o serviço é feito com maior rapidez e segurança, evi- tando longas paradas do equipamento. Manual GAVI indd 119Manual GAVI.indd 119 23/3/2011 15:41:3423/3/2011 15:41:34 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 120/278 120 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS ALGUNS MODELOS CONVENCIONAIS DE RASPADOR PRIMÁRIO Manual GAVI indd 120Manual GAVI.indd 120 23/3/2011 15:41:3423/3/2011 15:41:34 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 121/278 | 121 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais ALGUNS MODELOS CONVENCIONAIS DE RASPADOR SECUNDÁRIO Manual GAVI indd 121Manual GAVI.indd 121 23/3/2011 15:41:3623/3/2011 15:41:36 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 122/278 122 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Acionamento do raspador secundário duplo Lavrita Raspador secundário simples Lavrita. Acionamento do raspador secundário Martim Acionamento do raspador secundário Martim. Manual GAVI indd 122Manual GAVI.indd 122 23/3/2011 15:41:3723/3/2011 15:41:37 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 123/278 | 123 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Acionamento do raspador secundário duplo RJA Acionamento do raspador secundário CLIM. Acionamento do raspador primário duplo Lavrita Acionamento do raspador primário Lavrita (Com contrapeso) Acionamento do raspador primário PUR Acionamento do raspador primário PUR. Manual GAVI indd 123Manual GAVI.indd 123 23/3/2011 15:41:3723/3/2011 15:41:37 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 124/278 124 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Acionamento do raspador primário Martim Acionamento do raspador primário Martim. MATERIAIS QUE CAEM AO LONGO DO TRANSPORTADOR, POR INEFICIÊNCIA DOS RASPADORES Material caindo ao longo do transportador sob a correia Material caindo sobre proteções. Material caindo sob os tambores. Material caindo sobre as estruturas metálicas. Manual GAVI indd 124Manual GAVI.indd 124 23/3/2011 15:41:3823/3/2011 15:41:38 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 125/278 | 125 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais PROBLEMAS NOS RASPADORES POR FALTA DE MANUTENÇÃO E MONTAGEM ERRADA Lâminas travadas por falta de manutenção Lâminas travadas por falta de manutenção. Lâminas travadas por falta de manutenção Acionamentos travados por falta de manutenção Acionamentos travados por falta de manutenção Acionamentos travados por falta de manutenção Manual GAVI indd 125Manual GAVI.indd 125 23/3/2011 15:41:3823/3/2011 15:41:38 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 126/278 126 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Acionamentos travados por falta de manutenção Acionamentos travados por falta de manutenção. Eixo travado na estrutura do chute Lateral do chute aberta. Material caindo no acionamento Lâminas acima da linha de centro do tambor Correia desalinhada, danificando o raspador Manual GAVI indd 126Manual GAVI.indd 126 23/3/2011 15:41:4023/3/2011 15:41:40 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 127/278 | 127 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Lâminas fora da área suja da correia Lâminas no fim da vida útil Desgaste desigual nas lâminas, por problemas de montagem Desgaste no tambor por onde vai passar material PROBLEMAS NOS RASPADORES POR ALTO TEOR DE UMIDADE NO MATERIAL Material com alto teor de umidade, menor eficiência na limpeza Material com alto teor de umidade, menor eficiência na limpeza Manual GAVI indd 127Manual GAVI.indd 127 23/3/2011 15:41:4023/3/2011 15:41:40 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 128/278 128 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS ORIENTAÇÕES DE MANUTENÇÃO PARA AUMENTAR A EFICIÊNCIA DOS RASPADORES Não deixar o tirante encostar no suporte Quando encostar, folgar os parafusos, regulando-os Lubrificar o mancal no ponto indicado Recartilhar o eixo, para o braço não rodar Apertar a porca do tirante até que ela atinja Medir a altura da mola em todas as inspeções a medida correta (180mm) Manual GAVI indd 128Manual GAVI.indd 128 23/3/2011 15:41:4123/3/2011 15:41:41 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 129/278 | 129 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Utilizar uma chave de grifo para rodar o eixo Em caso de travamento, bater no braço para destravá-lo Deixar as molas na mesma altura Lubrificar a gaveta e as guias Apertar sempre as molas, forçando a base da gaveta para cima com uma alavanca e conferir novamente a medida, pois a gaveta pode estar travada nas guias. Manual GAVI indd 129Manual GAVI.indd 129 23/3/2011 15:41:4223/3/2011 15:41:42 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 130/278 Manual GAVI indd 130Manual GAVI.indd 130 23/3/2011 15:41:4223/3/2011 15:41:42 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 131/278 | 131 GAVI Solução emTransporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 06 Desenvolvimento do poliuretano (Informações da Petropasy) O processo de desenvolvimento do poliuretano foi iniciado antes da 2ª guerra mundial. A patente original do processo de reação de poliuretano foi registrada em 1937 (DPR728981) por O. Bayer, H. Rinke, W. Siefken, L. Orthner e H. Schild, então trabalhadores da I. G. Farben e publicada por O. Bayer em 1947 na revista Angwandte Chemie, pág. 257; e na Modern Plastics, em 1947, pág. 149. A disponibilidade, a um baixo custo, do clorofluor alcona como agente de expansão do isocianato MDI e dos pólios poliésteres desencadeou uma expansão de aplicações do poliuretano em várias áreas tais como: poliuretano termo- plástico, soluções para revestimento de tecidos, adesivos e fibras elastoméricas. A fundição em moldes abertos foi o primeiro método desenvolvido para produzir peças moldadas em PU sólido. Os senhores E. Christ e E. Hanford descrevem, em uma patente “DUPONT” de 1940, o processo de preparo de poliuretano elastômero. Os materiais contendo grupamento reativo são despejados no molde e sob cuidadosas condições de controle de matérias primas e processo, geram elastômeros com elevada resistência ao desgaste mecânico e características elastoméricas, mesmo a baixas temperaturas. Após a guerra, houve o crescimento comercial primeiro em poliuretanos poliésteres com as suas vantagens técnicas e o baixo custo. No ano de 1965 já se produziam no mundo 150.000 ton/ano de TDI (tolueno disocianato) sendo 120.000 ton/ano para espumas flexíveis, 25.000 ton/ano para tintas e as demais 5.000 ton/ano para elastômeros, colas e termoplásticos. Em 1965 já havia mais de 17 fabricantes de poliuretano no mundo, a saber: 01. Atlas Powder Co. ....................... ....................... .......... Delaware, USA 02. The Dow Chemical Co. ...................... ....................... .. Michigan, USA 03. Frabenfabrik Bayer Ag. ...................... ....................... .. Alemanha Manual GAVI indd 131Manual GAVI.indd 131 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 132/278 132 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 04. Imperial Chamical Ind. ...................... ....................... .. Inglaterra 05. Jefferson Chem. Co. ...................... ...................... ...... Texas USA 06. Lankro Chemicals Ltd ....................... ....................... .. Inglaterra 07. Mobay Chem Ltd .................... ....................... ............. Pensylvania USA 08. Nippon Polyrethane Ind. .................... ....................... .. Japão 09. Olin Chemical Corp. ....................... ...................... ...... N. Y. USA 10. Pettsburgh Plate Class Co ..................... ..................... Pa USA 11. Du Pont de Nemours ...................... ...................... ...... Dellaware USA 12. Soc Progl Bayer Ugire ....................... ....................... .. França 13. Deutsche Shell Chemie ..................... ....................... .. Alemanha 14. Uniou Carbite Chemicals ....................... ..................... N. Y. USA 15. Witco Chemical Co. .................... ....................... ......... N. Y. USA 16. Uniroyal Química S/A ..................... ...................... ...... USA 17. Cyanamid / Air Products .................... ....................... .. USA O que é poliuretano sólido? (Informações da PUR)1 Poliuretano sólido é um produto químico sintético do grupo dos polímeros. Foi desenvolvido em 1958, pela em- presa Bayer, com a finalidade de substituir a borracha em todas as aplicações em que a mesma não alcançava durabilidade satisfatória. Em 1980, havia 4 fabricantes: a Bayer (Alemanha), a Cyanamid (USA), a Du Pont (USA) e a Uniroyal. (USA). Em 1985, a Uniroyal adquiriu a parte de poliuretano da Du Pont e estabeleceu-se como o maior fabricante de políme- ros no mundo. Nesta época, todas as matérias primas disponíveis no mercado eram de alta qualidade e dependendo das aplicações, existiam com as bases POLIÓIS: ÉTER (PTMG) e ÉSTER, sendo este último desenvolvido especial- mente para oferecer alta resistência à abrasão. Estes materiais eram, então, transformados em peças pelos “Processadores”, empresas que utilizavam toda tecnologia e assistência técnica dos “Fabricantes” da matéria prima, acima citados. Foi um período de grande crescimento das técnicas de aplicação e formas de utilização do poliuretano. Descobriu-se que, além de artefa- tos técnicos, nas rodas do skate board , o poliuretano aumentou em 1000% a sua durabilidade, em comparação com a borracha, fato este que, somado à utilização em colchões, isolamentos térmicos e aplicações na indústria 1 Acrescidos textos do livro: Química e Tecnologia dos Poliuretanos de Walter Vilar, 3ª Ed. 2004 Manual GAVI indd 132Manual GAVI.indd 132 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 133/278 | 133 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais automobilística, triplicou o consumo mundial. Também neste período, em função do uso de várias técnicas de combinações com outras substâncias, foram desenvolvidas novas características para o produto. É o que aconte- ceu com relação à utilização do poliuretano no revestimento de cilindros gráficos, onde se exigia que a superfície fosse macia, de baixa dureza. Rapidamente, descobriu-se que ao se adicionarem até 50% de plastificantes relativamente baratos ao poliuretano de alta dureza, conseguia-se a maciez necessária, por um custo até 60% menor. O que é poliuretano? Poliuretano ou PU é qualquer polímero que compreende uma cadeia de unidades orgânicas de ligações uretânicas. É amplamente usado em espumas rígidas e flexíveis, em elastômeros duráveis e em adesivos de alto desempenho, bem como em selantes, fibras, vedações, gaxetas, preservativos, carpetes e peças produzidas através de técnicas de elastômero rígido. O que é poliuretano fundido, moldado por vazamento? Elastômeros de poliuretano são ligas de alto peso molecular, cujas bases se identificam por vários grupos de uretanos. Todos os elastômeros de poliuretano são fabricados pelo sistema de adição de isocianatos e resinas de base poliéter ou poliéster, acrescido de produtos tais como: aditivos para resistência hidrolítica, silicone para melhor resistência ao desgaste e/ou autolubrificação, antiozônio, antimicrobiano, dentre outros, que definem as características do material. A princípio, temos de separar os poliuretanos fundidos em dois grupos, dependendo da sua aplicação. a) POLIURETANOS DE ALTA PERFORMANCE, OU SUPERPOLIURETANOS Foram desenvolvidos especificamente para os trabalhos severos, resistindo ao máximo às exigências operacionais. Para poliuretanos de alta performance, de forma generalizada mundialmente, existe o fabricante de matéria prima e o processador. O processador é a indústria que processa a fabricação de acordo com as formulações básicas do fabricante da matéria prima, o qual garante as características do poliuretano, desde que escolhido o tipo correto para cada aplicação e fabricado dentro das normas estabelecidas por produto. As empresas que dominam o mercado mundial em matérias primas são: Manual GAVI indd 133Manual GAVI.indd 133 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 134/278 134 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Crompton UniroyalChemical - U.S.A Air Products - U.S.A (Antiga Cyanamid) Bayer - Alemanha (Todas com filiais e fábricas no Brasil) b) POLIURETANOS DE BAIXA PERFORMANCE Foram desenvolvidos para um consumidor com baixo nível de exigência. Não resistem a trabalhos pesados, razão pela qual geralmente são utilizados para a fabricação de peças técnicas. Apesar do seu custo ser três vezes menor que o custo dos poliuretanos de alta performance, apresentam um custo operacional final duas a três vezes superior ao primeiro. Para a fabricação de matérias primas utilizando-se o poliuretano de baixa performance, os critérios são menos rígidos e os investimentos necessários são menores. Seu custo é baixo e não há necessidade de se desenvol- verem características específicas para as suas diversas aplicações. Os poliuretanos, cuja fabricação exige adequadas instalações, são processados em aparelhos a vácuo e subme- tidos a tratamentos térmicos posteriores. A grande variedade dos tipos de poliuretano possibilita uma escala de produtos que se inicia com 7 Shore A até 78 Shore D de dureza, bem maior que a da borracha. Sua excepcional resistência ao desgaste e ao rasgo, seu alongamento, resistência aos óleos e amortecimento têm aplicações irrestritamente garantidas em indústrias siderúrgicas, têxteis, minerações, celulose, gráficas, automobilística, alcooleira, fertilizantes, dragagem, petrolí- fera, estamparia, metalurgia, etc, pelo seu baixo custo operacional e alta durabilidade em aplicações até o limite de 90ºC. Todos os poliuretanos fabricados dentro do padrão exigido apresentam boa aderência e são usináveis em torno, plaina, fresa, de acordo com sua dureza. Diferentes técnicas são utilizadas para o processamento dos elastômeros de PU como: moldagem por vaza- mento, centrifugação ou rotação; moldagem por injeção e reação (RIM); spray ; injeção e extrusão dos TPUs (poliuretanos termoplásticos); moagem e vulcanização, como ocorre na fabricação de borrachas convencio- nais. A tecnologia dos TPUs é utilizada para a fabricação, em grande escala, de peças tais como como coifas, juntas e frisos, para a indústria automotiva; chuteiras, para futebol. Para a fabricação de peças técnicas, em menor escala, ou revestimento de tubos e cilindros, a moldagem por vazamento é adequada. Os sistemas altamente reativos são empregados na moldagem rotacional de rolos e em aplicações por spray . Finalmen- te, os poliuretanos processados na moagem e vulcanização são os menos utilizados, por seu alto custo de fabricação. O consumo de elastômeros de PU está assim distribuído: Manual GAVI indd 134Manual GAVI.indd 134 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 135/278 | 135 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais RIM sólido (41%) microcelulares (18%) termoplásticos (27%) moldados por vazamento (17%) moídos (1%) A possibilidade de manufatura de peças a partir de matérias primas líquidas derramadas ou injetadas em mol- des é uma característica que diferencia os elastômeros de PU das borrachas sólidas (naturais ou sintéticas) que são moídas e prensadas, ou injetadas como termoplásticos. Geralmente, os artigos feitos com elastômeros de PU moldados por vazamento (fundidos), ou por RIM (moldados por injeção e reação), são obtidos na forma final, precisando de uma pós-cura para a obtenção das propriedades desejadas. Os sistemas de elastômeros de PU moldados por vazamento necessitam ter perfil de reação longo, ao contrário dos sistemas RIM. A técnica de va- zamento em moldes abertos empregando sistemas de elastômeros de PU, feitos com matérias primas líquidas, é utilizada em diversas aplicações tais como: fabricação de peças técnicas de alto desempenho, revestimento de cilindros de impressão, tubulações de minério, etc. Existem dois processos para a fabricação de elastômeros de PU vazados, os quais diferem somente pela ordem de adição dos reagentes. Produção O poliuretano pode ter uma variedade de densidades e de durezas que mudam de acordo com o tipo de monômero usado e de acordo com a adição ou não de substâncias modificadoras de propriedades. Os aditivos também podem melhorar a sua resistência à combustão, bem como a sua estabilidade química, entre outras propriedades. Surgem poliuretanos mais macios, elásticos e flexíveis quando segmentos, normalmente chamados de polióis po- liéteres, usados nas ligações uretânicas, para a manufatura de fibras elastoméricas similares à Lycra (elastano) e peças de borracha macia, assim como espuma de borracha. Produtos mais rígidos surgem com o uso de polióis polifuncionais, já que estes criam uma estrutura tridimensional emaranhada. Pode-se obter uma espuma ainda mais rígida com o uso de catalisadores de trimerização, que criam estruturas cíclicas no interior da matriz da espuma. São as chamadas espumas de poliisocianurato, e são desejáveis nos produtos de espuma rígida utilizados na construção civil. A espuma de poliuretano (inclusive a espuma de borracha) é geralmente feita com a adição de pequenas quantida- des de substâncias químicas voláteis, chamadas de agentes de sopro, à mistura reacional. Tais substâncias podem ser simples, como a acetona ou o cloreto de metileno, ou fluorocarbonetos mais sofisticados, que conferem carac- terísticas importantes de desempenho, primariamente a isolação térmica. Manual GAVI indd 135Manual GAVI.indd 135 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 136/278 136 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Outra forma comum de se produzirem espumas é pela adição de água a um dos líquidos precursores do poliuretano, antes que os mesmos sejam misturados. A água reage, então, com uma porção do isocianato, resultando em dióxi- do de carbono e formando bolhas relativamente uniformes que formam uma espuma sólida, com o endurecimento do polímero. A presença de água significa que uma pequena parcela das reações resultam em ligações uréia do tipo – NC (=O) N -, em lugar das ligações uretânicas, de forma que o material resultante deveria ser tecnicamente chamado de poli (uretano-co-uréia). O controle cuidadoso de propriedades viscoelásticas – pela modificação do catalisador ou dos polióis utilizados, por exemplo – podem levar à formação da chamada memory foam , uma espuma que é muito mais macia à temperatura da pele humana do que à temperatura ambiente. Quanto às espumas, há duas variantes principais: uma na qual a maior parte das “bolhas” da espuma (células) permanece fechada e o gás, preso nestas bolhas; e uma outra que são sistemas constituídos, em sua maioria, por células abertas que resultam depois de um estágio crítico no processo de formação da espuma (se as células não se formam, ou se se tornam abertas muito cedo, simplesmente não há formação de espuma). Este é um processo vital e importante: se as espumas flexíveis tiverem células fechadas, sua maciez fica severamente comprometida; tem-se a sensação de tratar-se de um material pneumático, ao invés de uma espuma macia; por isso, em palavras mais simples, as espumas flexíveis devem ter células abertas. Já o oposto é o caso da maioria das espumas rígidas. Nestas, a retenção do gás nas células é desejável, já que o tal gás (especialmente os fluorocarbonetos mencionados anteriormente) dá à espuma sua característica principal: o alto isolamento térmico. Há, ainda, uma terceira variante de espuma, chamada de espuma microcelular, que são os materiais elastoméricos rígidos, tipicamente encontrados nos revestimentos de volantes de automóveis e em outros componentes automotivos. Aplicações Os produtosdo poliuretano possuem muitas aplicações. Mais de três quartos do consumo global de poliuretano se dão na forma de espumas. Os tipos flexível e rígido têm, a grosso modo, igual participação no mercado. Em ambos os casos, a espuma está geralmente escondida por trás de outros materiais: as espumas rígidas estão dentro das paredes metálicas ou plásticas da maioria dos refrigeradores e freezers , ou atrás de paredes de alvenaria, quando utilizados para fins de isolamento térmico na construção civil; as espumas flexíveis, dentro do estofamento dos móveis domésticos, por exemplo. Verniz Cola Pneus Mobílias Colchões Manual GAVI indd 136Manual GAVI.indd 136 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 137/278 | 137 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Assentos de automóveis Preservativos Calçados Peças Técnicas O poliuretano, por ser uma espécie de plástico de engenharia, é altamente utilizado na indústria, em geral, por meio de peças técnicas, como coxins, gaxetas, molas, buchas, cepos, entre outros. Neste momento, estamos falando do poliuretano como um elastômero durável. Abaixo, eis alguns exemplos de indústrias que utilizam o poliuretano em seus processos: Mineração: este mercado compete, de igual para igual, com o mercado de petróleo, onde o poliuretano é alta- mente utilizado. Uma das aplicações mais volumosas do poliuretano no mercado de mineração é o revestimento de tubulações, calhas, chutes e silos, onde a proteção anti-abrasiva proporcionada pelo poliuretano é muito maior que a proteção oferecida pelo aço. Outras aplicações do poliuretano na mineração estão relacionadas a peças que sofrem intenso desgaste por abrasão como lâminas de raspadores, vedações laterais de chutes e módulos de peneira. Petróleo: como citado, este é o mercado onde os maiores volumes de poliuretano são utilizados, competindo igualmente com o mercado de mineração, e neste mercado o poliuretano é utilizado em restritores de curvatu- ra, enrijecedores de curvatura, proteções anti-abrasivas, dentre outros protetores. Uma plataforma de petróleo pode chegar a ter mais de 20 toneladas de poliuretano distribuída nas peças descritas acima. Siderúrgica: nesta indústria, o poliuretano é altamente utilizado em cilindros da laminação a frio, como pro- teção do material a ser laminado. Normalmente, a função destes cilindros é a de tracionar a linha. As mesmas peças técnicas mencionadas na mineração são utilizadas em outras aplicações. Papel e Celulose: nesta indústria, o poliuretano é utilizado também no revestimento de cilindros-prensa, ciclo- nes, bombas e rolos-guia. Metalúrgica: nesta indústria, o poliuretano é utilizado em larga escala e em diversas aplicações. Além de reves- tir cilindros, ele também é utilizado no revestimento de tamboreadores e em anéis separadores para máquinas slitter . As molas dos moldes de estamparia também podem ser feitas com poliuretano. Como selecionar corretamente um poliuretano Uma dos pontos mais importantes para o sucesso de produto é a correta seleção do material, de acordo com as necessidade exigidas pela aplicação do mesmo. Em alguns casos, aço, alumínio, ou outros metais são os materiais escolhidos; em outros, plásticos – ABS, polietileno, PVC, ou resinas fenólicas são a melhor escolha. No entanto, em um grande número de aplicações, os poliuretanos oferecem as melhores características para revestimento ou peças que sofrem desgaste por abrasão. Manual GAVI indd 137Manual GAVI.indd 137 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 138/278 138 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A variedade dos poliuretanos é essencial. Cada material possui seus atributos e deficiências. Desta forma, quando se fala de aplicações em engenharia, é preciso verificar cada tipo de PU e, então, selecionar o que melhor atende às necessidades da aplicação, proporcionando o melhor custo benefício. Primeiramente, há de se definir o que é poliuretano. O termo químico poliuretano pode ser utilizado para diferentes tipos de materiais: Poliuretanos Fundidos Adesivos Espumas Peças Rígidas e Flexíveis Termoplásticos Microcelular para Sola de Sapatos Revestimentos Superficiais (Sprays ) Millable Gums Os poliuretanos fundidos, em aplicações onde o desgaste por abrasão é intenso, serão o foco principal deste documento. Poliuretanos fundidos são obtidos pela mistura de dois produtos – um pré-polímero e um curativo – que são “der- ramados”. Estes dois produtos são homogeneizados por meio de mistura manual ou automatizada, posteriormente derramada em um molde que vai à estufa para cura e finalização reativa. Finalmente pode-se dar acabamento, obtendo-se as medidas finais da peça. A maior característica destes materiais são suas extraordinárias proprieda- des físicas. Os poliuretanos fundidos são atualmente considerados como plásticos de engenharia e selecionados com base nas propriedades de cada um de seus tipos. Há duas principais razões para a utilização de poliuretanos fundidos, ao invés de qualquer outro material. Performance Custo Benefício Resistência à Abrasão Inatividade reduzida, menor tempo de máquina parada. Tenacidade Baixo custo de molde na produção de peças especiais. Resistência ao Rasgo Baixo custo de ferramentas para peças fabricadas em baixas quantidades. Capacidade de Carga Baixo índice de manutenção . Em alguns casos, a performance dos poliuretanos fundidos nos permite utilizá-los em aplicações onde outros ma- teriais mais simples não atenderão às necessidades de tais aplicações. Manual GAVI indd 138Manual GAVI.indd 138 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 139/278 | 139 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Em outros casos, os usuários finais selecionam os poliuretanos fundidos para conseguir melhorar a performance de um outro material utilizado, devido às propriedades dos citados poliuretanos, tais como resistência à abrasão, tena- cidade, que é resistência à quebra, por impacto, ou carga, alta resistência a corte e alta capacidade de carga. Estas quatro propriedades, que certamente não são as únicas propriedades dos poliuretanos, são as que diferenciam os poliuretanos de outros materiais, em muitas aplicações. Custo benefício é a segunda razão. Mesmo que o poliuretano normalmente seja 2 a 10 vezes mais caro que outros materiais, tais como a borracha, seu alto custo se justifica pelo menor tempo de inatividade do mesmo, pela sua longa vida útil. Isto é particularmente crítico nas indústrias de mineração e papel. O custo de inatividade, nessas indústrias, por parada não programada de manutenção para reposição de peça, por quebra ou defeito, é muito alto. Chega a atingir milhares de reais por hora. Outra área em que o poliuretano oferece melhor custo benefício é na fabricação de peças especiais e ferramentas. Nesta área, onde é necessária a confecção de molde, o poliuretano apresenta excelente desempenho, pois seus moldes podem ser facilmente confeccionados com materiais como plástico, metal, o próprio poliuretano, epoxy reforçado com fibra de vidro, ou qualquer material que não absorva umidade, tenha uma boa transferência de calor e que resista às pressões de fundição do processo. Moldes para outros materiais tais como borracha são relativamente mais caros se comparados ao poliuretano, uma vez quena fabricação da borracha o processo passa por fases em que pressões e temperaturas são elevadas. Mesmo que o custo da peça propriamente dita seja mais elevado, por se tratar de produção de pequenas quantida- des, a redução obtida com o custo do molde justifica a opção por poliuretano. Características de desgaste O poliuretano pode ser adquirido em vários tipos de materiais cujo desgaste por abrasão varia em função da per- formance do material. A abrasão possui alguns índices de medição. O mais comum é o determinado pela norma técnica ISO 4649 revisão de 2002, que define a unidade de medida em milímetros cúbicos de abrasão (mm³). POLIURETANO DESGASTE POR ABRASÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO CUSTO BENEFÍCIO Alta performance Entre 40 e 60 mm³ Alto (2 x o custo de aquisição do poliuretano de baixa performance). Vida útil de 3 a 5 vezes o tempo de vida útil do poliuretano de baixa performance. Média performance Entre 120 e 130 mm³ Médio Vida útil 1,5 vezes o tempo de vida útil do poliuretano de baixa performance. Baixa performance Acima de 180 mm³ Baixo Aparelho que se utiliza para medição: Cilindro de 16 mm de diâmetro e 8 mm de altura, com peso próprio sobre lixa rotativa por 60 segundos. Manual GAVI indd 139Manual GAVI.indd 139 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 140/278 140 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Percebe-se que, em qualquer hipótese de aplicação, a utilização de poliuretanos de alta performance, apesar do custo de aquisição mais elevado, oferece o melhor custo benefício. Esta é uma das características mais importantes do PU mas, somente com o equilíbrio das características de abra- são, tração, rasgo e alongamento dos poliuretanos de alta performance obtêm-se resultados realmente objetivos para o melhor custo benefício. Estas características são comprovadas por ensaios físicos laboratoriais. A melhor opção é exigir-se que as peças fornecidas em poliuretano sejam fundidas em uma amostra conforme normas de extração de corpos de prova, para que os ensaios físicos fiquem à disposição dos usuários. Quais os materiais com os quais o poliuretano compete? Em geral, o poliuretano compete, em várias aplicações, com metais, plásticos e borrachas. VANTAGENS SOBRE O METAL Menor peso Menos ruído Melhor ajuste Menor custo de fabricação Resistência à corrosão Uma das vantagens do poliuretano sobre o metal é o seu menor peso. Peças fabricadas em poliuretano são, indiscu- tivelmente, mais leves que o metal e mais fáceis de manusear, o que resulta tipicamente em uma movimentação de menor peso nas máquinas e equipamentos. Além disso, peças de metal tendem a gerar mais ruídos que as peças de poliuretano que os absorvem. É significativa a redução da poluição sonora no ambiente de trabalho, quando se substitui metal por poliuretano. Os poliuretanos substituem metais em várias aplicações, pois podem ser facilmente fundidos em moldes mais ba- ratos, como discutido anteriormente. Manual GAVI indd 140Manual GAVI.indd 140 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 141/278 | 141 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais As peças de metal exigem operações de fundição, solda e usinagem, o que resulta em um custo elevado, particu- larmente com ligas de alta dureza. Poliuretanos também são resistentes à abrasão. Por exemplo, em muitas aplicações, na mineração, soluções de alta corrosão causam rápida deterioração dos metais. Quando as aplicações possuem efeitos combinados de corrosão e abrasão, tal como ocorre nas linhas de rejeito, ou polpa de minério, o tempo de vida útil das peças de metal se reduz. Por sua alta resistência à abrasão e à corrosão, os poliuretanos superam facilmente os metais. O poliuretano pode também substituir o plástico. VANTAGENS SOBRE O PLÁSTICO Não é quebradiço Memória elastomérica Resistência à abrasão Muitos plásticos, particularmente os de alta dureza, tendem a trincar ou quebrar sob impacto, ou em um carregamento. Enquanto elastômeros, os poliuretanos mantêm sua resistência ao impacto mesmo em peças de alta dureza. Poliuretanos, mesmo os de alta dureza, têm memória elastomérica, isto é, podem ser tensionados, alongando-se significativamente para retornar à sua dimensão original. A maioria dos plásticos, uma vez fortemente tensionada, não retorna à sua dimensão original, perdendo a sua elasticidade. Finalmente, plásticos não possuem alta resistência à abrasão, como os poliuretanos. Uma terceira família de materiais que compete com o poliuretano são os vários tipos de borracha natural e sintética. VANTAGENS SOBRE A BORRACHA Resistente à abrasão Resistente a corte e ao rasgo Resistente ao óleo Manual GAVI indd 141Manual GAVI.indd 141 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 142/278 142 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Possui grande variedade de durezas É claro e translúcido Não marca, não mancha Pode ser fundido Resistente ao ozônio Resistente a microrganismos Possui alta ou baixa histerese Além disso, muitos poliuretanos fundidos possuem cores naturais, ou seja, sem pigmentos e variam de transpa- rentes a brancos, opacos e âmbares, o que não os impede de receberem pigmentações variando de preto a laranja fluorescente, vermelho e verde – processo utilizado na codificação de peças por cores. Um bom exemplo da utilização de peças codificadas por cores são as aplicações onde se têm diversas durezas e pode- se diferenciá-las pelas cores dos poliuretanos, não sendo necessária a utilização, por exemplo, de um durômetro. A borracha é vulnerável ao ozônio, particularmente quando disposta próxima a equipamentos elétricos onde existe alta concentração de ozônio. O poliuretano, ao contrário, é resistente ao ozônio. O fato do poliuretano ser um material fundido faz com que os preços dos moldes sejam mais baixos, possibilitando a aquisição de peças complicadas, cuja fabricação se tornaria inviável com moldes a preços muito elevados. Por outro lado, poliuretanos entre 80 e 95 Shore A atingem o pico de suas propriedades, apresentando uma exce- lente performance . Até o momento, só discutimos as vantagens do poliuretano sobre outros materiais. Mas, naturalmente, há desvan- tagens a serem ponderadas. Limitações do poliuretano Altas temperaturas Ambientes úmidos e quentes Alguns ambientes químicos Manual GAVI indd 142Manual GAVI.indd 142 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 143/278 | 143 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais As limitações do poliuretano são basicamente três. Poliuretanos não são bons quando trabalham em altas tempe- raturas. Devido à sua natureza termoplástica, suas propriedades tendem a cair, à medida que as temperaturas se elevam. Genericamente falando, poliuretanos são menos utilizados quando se exige uma combinação de carga e tempera- turas entre 80°C e 120°C, dependendo da sua base: poliéter, ou poliéster respectivamente. Outra de suas limitações é que todos os poliuretanos estão sujeitos a hidrólise na presença de umidade e tempera- turas elevadas. No entanto, a baixas temperaturas, a maioria dos poliuretanos pode trabalhar por anosem ambientes úmidos mas, na presença de vapor, ou seja, diante da combinação umidade + alta temperatura, não há poliuretano que atinja uma vida longa. Dentre os poliuretanos existentes, há alguns que podem trabalhar sob as referidas condições, mas não são o produ- to adequado para este tipo de ambiente. Desenvolvimentos em curso prometem elevar os limites de temperatura. Certos ambientes químicos são impróprios para os poliuretanos. Ambientes muito ácidos, ou base, geralmente são prejudiciais, bem como determinados solventes, sobretudo os aromáticos: toluenos ou cetonas (MEK), ou acetonas e ésteres (etilacetato). Por outro lado, há muitos solventes como óleos e materiais à base de petróleo a que o poliuretano resiste muito bem e cuja utilização é indicada. Selecionando um poliuretano Uma vez apresentadas algumas das principais vantagens e desvantagens dos poliuretanos, se comparados a outros materiais, como selecionar um poliuretano específico para determinada aplicação? OBSERVANDO-SE ATENTAMENTE OS SEGUINTES REQUISITOS: Propriedades necessárias à fabricação da peça Características do processamento Pot Life Manual GAVI indd 143Manual GAVI.indd 143 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 144/278 144 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Viscosidade Controle da mistura Tempo de desmolde Temperatura de processo Há duas grandes considerações a fazer: primeiro, o que é necessário para o trabalho, em termos de propriedades físicas a resistências ambientais; e segundo, quais as características do processo do poliuretano escolhido. O que controla as propriedades dos poliuretanos? Em parte, as propriedades do poliuretano são controladas pela química do processo em si, ou seja, dependendo do modo como o poliuretano é trabalhado, ele atinge ou não as propriedades definidas pelo fabricante. O tipo de pré-polímero utilizado afeta diretamente as propriedades do produto final. Ele é composto pelos seguintes tipos de isocianato: TDI MDI Outro (PPDI, Alifático, etc.) E pelo Poliol, que pode ser: PTMEG Premier Polieter (poliuretano de alta performance) Poliéster (poliuretano de alta performance) PPG Baixo-Custo Polieter (poliuretano de baixa performance) Outros (Caprolactona, etc.) As condições de processamento também afetam sobremaneira as propriedades do produto final. Quantidade de curativo utilizada Temperaturas Manual GAVI indd 144Manual GAVI.indd 144 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 145/278 | 145 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais O tipo de curativo, bem como o tipo de pré-polímero utilizado, afeta as propriedades do produto final. Tipos de Curativo • Diamine (MOCA, E-300, A153, etc.) • Diol (1,4-BD, HQEE, etc.) • Triol (TMP, TIPA, etc.) Eventuais aditivos utilizados, além de melhorarem alguma propriedade particular, podem comprometer outras, afe- tando a qualidade do produto final. Tipos de Aditivo • Plastificantes • Protetores • Outros O pré-polímero de poliuretano consiste de duas estruturas básicas: Di-isocianato – A maioria dos materiais comercializados tem como base o TDI (tolilenediisocianato), ou o MDI (4,4.-difenilmetano di-isocianato). Cada um destes di-isocianatos oferece diferentes propriedades ao produto final, requer diferentes tipos de curativos e, em muitos casos, diferentes formas de processamento. Utilizam-se outros di-isocianatos tais como os alifáticos, dentre os quais o mais novo é o PPDI (parafenilenedii- socianato), e o NDI (nafitileno di-isocianato). Poliol – Há três tipos de poliol: o PTMEG (politetrametileno glicol), conhecido como polieter premium, o PPG (polipropileno glicol), de baixo custo, e os poliésteres. Há outros poliois, tais como a policaprolactona, que são utilizados em menor escala. Com estes três tipos de poliol e e dois tipos de isocianato, formam-se seis grandes classes de pré-polímeros de poliuretanos disponíveis. A outra parte do sistema é o curativo. Os poliuretanos fundidos desencadeiam uma reação química que não pode ser interrompida quando se misturam dois componentes (o pré-polímero e o curativo). Curativos também determinam a estrutura molecular do polímero e suas propriedades. Manual GAVI indd 145Manual GAVI.indd 145 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 146/278 146 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS O curativo mais comum é o MOCA, predominantemente utilizado nos sistemas TDI, embora outro material, o ETHACURE® 300, esteja ganhando a confiança dos processadores, sendo uma alternativa para o MOCA. Outros fatores que podem influenciar as propriedades do produto final referem-se ao processo. Provavelmente, o fator mais importante é a quantidade de curativo. A quantidade relativa entre o curativo e o pré- polímero precisa ser determinada e tratada com tolerâncias pequenas, para que as propriedades físicas do produto final sejam atingidas. Há casos em que pode ser desejável alterar-se a relação curativo / polímero, para intencionalmente maximizar-se uma propriedade particular do poliuretano, em detrimento de outra. Por exemplo, uma cura com estequiometria alta (entre 100 e 105%), ao invés de 95% aumentará a flexibilidade do produto, prejudicando, no entanto, a performance do mesmo, na compressão. O que é vital é que qualquer modificação na estequiometria deve ser feita sob um rigoroso controle e conhecimento de causa, ou seja: – que efeito esta alteração exercerá sobre outras propriedades físicas do produto? Uma outra variável crítica a controlar é a temperatura do pré-polímero, em termos de pré-aquecimento do material antes da etapa de fundição, bem como a temperatura de cura e pós-cura da peça. Normalmente, utilizam-se aditivos para alterar as propriedades físicas dos poliuretanos. Por exemplo, em rolos de baixa dureza, plastificantes e aditivos são utilizados para modificar as referidas propriedades. Com um sistema típico de poliuretano, é muito difícil atingirem-se durezas inferiores a 60/65 Shore A sem a utili- zação de plastificantes. A maioria dos materiais com durezas entre 45 e 55 Shore A contém plastificantes. Aditivos comuns são as sílicas, normalmente utilizadas em rolos de pintura. Muitas vezes, aditivos especiais ajudam a reduzir o atrito da peça, diminuindo-lhe o desgaste. Normalmente, utili- zam-se o grafite e fluorcarbonetos com esta finalidade. Podem-se utilizar também aditivos protetores tais como os estabilizantes Anti-UV e contra hidrólise. Manual GAVI indd 146Manual GAVI.indd 146 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 147/278 | 147 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Listadas abaixo, encontram-se as propriedades e resistências dos meios onde serão utilizados os polímeros, seus respectivos tipos e desempenhos. Há muitas exceções a esta tabela, mas ela pode ser útil no início da seleção de um material para uma dada aplicação. Seguem algumas dicas que ajudarão na seleção dos poliuretanos, de acordo com a sua aplicação. PROPRIEDADES MELHOR DESEMPENHO PIOR DESEMPENHO Dureza – – Resistência à Tração Poliéster Poliéter Alongamento – – Módulo de Compressão– – Resistência ao Rasgo Poliéster PPG Poliéter Resistência à Compressão TDI MDI Resiliência MDI Poliéter TDI Poliéster Baixa Temperatura MDI Poliéter TDI Poliéster Alta Temperatura TDI MDI Abrasão - Atrito Constante Poliéster PPG Poliéter Geração de Calor Poliéter Poliéster Resistência à Hidrólise MDI Poliéter TDI Poliéster Resistência ao Óleo Poliéster Poliéter Envelhecimento na Presença de Calor Poliéster Poliéter Baixa Dureza TDI Poliéster Poliéter Custo TDI Poliéter MDI Poliéter A primeira propriedade da tabela e provavelmente uma das mais importantes é a dureza. No entanto, uma vez que se podem obter todas as durezas nos 6 sistemas de pré-polímeros existentes, não se deve selecionar um poliu- retano a partir da sua dureza. Em termos de resistência à tração, poliésteres possuem melhor desempenho, se comparados aos poliéteres. No entanto, resistência à tração é raramente a principal característica solicitada em uma aplicação. Todos os tipos de poliuretanos podem ser amplamente alongados. Não se deve basear a seleção de um poliuretano na resistência à tração. O mesmo ocorre com o módulo de com- pressão. Em todos os poliuretanos podem-se obter altos e baixos valores do módulo. Às vezes, o material mais caro é o melhor material por oferecer o melhor custo benefício. Esta é uma consideração importante, tanto para os materiais de alto custo, quanto para os de baixo custo. Manual GAVI indd 147Manual GAVI.indd 147 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 148/278 148 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Fabricação dos poliuretanos - matérias primas Os poliuretanos são fabricados conforme manuais e formulações prescritas pelos fabricantes das matérias primas. A diferença visual entre o produto pigmentado e o não pigmentado, às vezes é imperceptível, mas a diferença de qualidade pode ser significativa, razão pela qual o consumidor deve ser rigoroso na escolha do fornecedor e conhecer suas instalações. Um elastômero de maior custo de aquisição mal processado pode trazer incontáveis transtornos/prejuízos. Processos de fabricação mais comuns: Injeção Fundição por gravidade Extrusão Centrifugação Seja qual for o sistema de fabricação, sempre serão necessários modelos que definam a dimensão das peças acabadas. Estes modelos são fabricados em aço ou alumínio e, em alguns casos, com resina sintética, para baixas tiragens. Como os poliuretanos são altamente sensíveis aos processos de fabricação, os modelos exigem técnicas adequadas, desde o projeto. Portanto, deve-se observar cuidadosamente a maneira certa de onde fundir ou injetar, a saída dos gases, a descarga das bolhas de ar, e o próprio tempo de polimerização. As matérias primas para injeção e extrusão, de modo geral, são termoplásticos em um só composto. Os componentes principais de fundição são polímeros com os quais se produz o composto primário através da reação química com isocianatos, para posterior polimerização. Todos os produtos exigem, separadamente, uma perfeita desumidificação e um rigoroso controle de temperaturas e tempos de mistura. Todos os equipamentos operam sob alto vácuo. Depois de fabricado o pré-polímero, ainda é possível o uso de aditivos. Aditivos usuais: Antihidrolisante: evitam a hidrólise e criam estabilidade de até 6 anos para o produto final. Antimicrobianos: evitam ataque por micróbios aos quais alguns poliuretanos são sensíveis. Silicones, grafites e bissulfeto de molibdênio: para maior resistência à abrasão ou autolubrificação. Plastificantes: em alguns casos, são usados para redução de durezas. Por se tratar de um produto de baixo custo, lamentavelmente é usado com intuitos exclusivamente comerciais e impróprios, por reduzirem a quali- dade do poliuretano, em alguns casos, até 70%. Manual GAVI indd 148Manual GAVI.indd 148 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 149/278 | 149 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Pigmentos: não alteram o produto qualitativamente. São muito usados para diferenciar os tipos de poliuretano, mas também permitem esconder defeitos internos como: bolhas, manchas resultantes de reações químicas, ou de processamento inadequado. A dureza dos poliuretanos é determinada pela sua base e o teor de isocianatos no produto primário. Após a produção, dá-se a polimerização. Existem vários reticulantes ou agentes de cura, e sua escolha certa é ex- tremamente importante para se chegar a um prazo adequado de fundição (pot-life). Este prazo não deve ser curto demais, nem prolongado, visto que a umidade ambiente é agressiva ao material, assim como uma possível variação de temperatura dos modelos. A escolha do catalisador exige conhecimento e depende muito da complexidade das peças a serem moldadas. Determinados casos exigem fundições de vazões lentas. Em seguida, faz-se a fundição em modelos siliconisados (desmoldantes) em estufas, ou mesas de fundição. A desmoldagem seguinte obedece a critérios variados, dependendo do grau de dificuldade do processo de fabrica- ção das peças, que pode ser de 30 segundos (injeção) ou de dez minutos até 5 horas (fundição). Após a etapa de desmoldagem, as peças acabadas seguem para tratamento térmico (cura). Esta fase do processo deve ser rigoro- samente cumprida e determinará a nobreza do produto final. Existem poliuretanos que dispensam este tratamento; outros precisam submeter-se ao referido tratamento até 24 horas. Determinadas marcas exigem tratamentos em diferentes temperaturas por até 30 dias. O tratamento térmico do poliuretano é imprescindível para se atingirem as suas melhores características, tais como a resistência ao rasgo, à abrasão e ao amortecimento. BREVE DESCRIÇÃO DA FABRICAÇÃO DO PRODUTO EM FASE DE ACABAMENTO Enquanto as peças injetadas saem quase acabadas, no processo de fundição o acabamento é feito em torno, plaina, fresa, etc, por sempre existir um canal de alimentação a ser eliminado, ou uma peça bruta a ser retificada. O pro- cesso de fundição é um processo manual que permite a fabricação de peças de maior porte, bem como uma melhor escolha da matéria prima, dependendo da aplicação do produto final, haja vista que a matéria prima é de composi- ção padronizada. A operação com injetoras somente é viável para produção de peças pequenas de no máximo 1 kg, pelo alto custo do equipamento e um custo extremamente elevado de cada modelo. Outro fator importante do processamento é o revestimento de poliuretanos sobre núcleos metálicos, que exigem um cau- teloso preparo. Para se garantir uma perfeita adesão, a superfície precisa ser previamente tratada com primers e adesivos. De modo geral, as peças são jateadas com areia ou granalha e, a seguir, desengorduradas e levadas a tratamento térmico, antes da aplicação do adesivo final. Peças de trabalho pesado devem ser fosfatizadas após o jateamento. No que se refere à matéria prima, os granulados e pastas são muito sensíveis a umidade e exigem não só uma estocagem adequada, como seu consumo dentro dos períodos estabelecidos. Manual GAVI indd 149Manual GAVI.indd 149 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 150/278 150 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Uma fábrica de poliuretanos deve oferecer 1) Estocagem adequada de materiais; 2) Instalações que garantam controle exato de temperaturas,temporização e controle térmico; 3) Treinamento adequado dos manuseadores; 4) Know-how em fabricação de modelos; 5) Projeto de bom nível técnico, que viabilize a execução dos modelos; 6) Perfeito conhecimento das matérias primas, seus efeitos e as características dos produtos finais. Quando e onde devem-se usar poliuretanos EM SUBSTITUIÇÃO À BORRACHA Em princípio, qualquer peça poderá ser substituída por poliuretano, desde que, operacionalmente, a sua tempera- tura não seja superior a 90ºC contínuos, e não esteja sujeita a ataques químicos extremamente agressivos. Mas o procedimento não é tão fácil assim. Inicialmente devem ser observadas as características especiais do material, razão pela qual foi desenvolvido o poliuretano: Alta resistência à abrasão Alta resistência ao rasgo Excepcional resistência ao desgaste por abrasão Baixa deformação permanente por compressão Resistência a grandes cargas Dentro de uma estimativa global, a média de durabilidade dos poliuretanos nas suas diversas aplicações é 2 a 10 vezes superior à durabilidade da mesma peça em borracha, observando-se, logicamente, o tipo certo de poliuretano para cada aplicação. Seria, portanto, antieconômico substituir peça que em borracha já apresenta durabilidade acima de 1 ano. Primeiro, pelo custo de aquisição, e segundo, porque após 5 anos inicia-se o processo de hidrólise e a decomposição do produto. Citam-se abaixo alguns exemplos de substituição, com alta produtividade, maior durabilidade, menor tempo de manutenção e, consequentemente, maior tempo operacional: Revestimento de cilindros de transportes de chapas, tubos e outros artefatos de aço. Revestimento de rotores, placas e carcaças de bombas para transportes de polpas diversas, com destaque especial para minério de ferro, onde já se confirmaram durabilidades de 10 a 15 mil horas (6 vezes mais que a da borracha, 3 vezes superior à do aço-manganês). Manual GAVI indd 150Manual GAVI.indd 150 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 151/278 | 151 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chapas, calhas e revestimentos contra desgaste, com especial destaque para os materiais de granulometria fina, com água, cuja abrasão se intensifica quando influenciada pela velocidade. Amortecedores, acoplamentos, pára-choques e outros. Neste tipo de aplicação não há material superior ao poliuretano porque, simplesmente, não existe outro material que possua tão alta flexibilidade sem perder sua resistência. Gaxetas e vedações. Anéis de revestimento de roletes de retorno de correias transportadoras: é uma aplicação específica, tendo em vista que, em se tratando de parâmetros que envolvam custos, a amortização se dá somente aos 12 meses, e mesmo assim, sob trabalho severo. Ciclones de poliuretano substituem os de borracha, nylon , PVC e cerâmica, com grande eficiência. Lâminas de raspador de correia devem ser em poliuretano, base éster de alta performance, com resistência à abrasão, conforme norma DIN 53516, menor que 60 mm³; resistência à tração, conforme norma ASTM D-412, maior que 5000PSI; e dureza entre 80 a 95 Shore A . EM SUBSTITUIÇÃO A METAIS É um procedimento que exige muita cautela e know-how . Sua adequada utilização aumenta a eficiência do produto. Cabe, portanto, analisar-se primeiramente a sua resistência mecânica e, se for o caso, a partir daí, os revestimentos necessários. Alguns exemplos: Chapas de desgaste de transportador espiral (classificador): esta aplicação exige resistência mecânica pela fric- ção existente no transporte do minério, razão pela qual é necessário um reforço interno de chapa, onde deverão ser fixados os parafusos. Rotores e volutas de bombas. Molas helicoidais que tradicionalmente usadas em estamparias costumam cansar e quebrar-se com frequência, em poliuretano são inquebráveis e praticamente incansáveis. Mancais de eixo em poliuretano substituindo bronze: esta operação somente deve ser feita dentro do limite de resistência à tração e deformação. O poliuretano deve ser rígido e autolubrificante. Dentro destas característi- cas, o poliuretano apresenta grandes vantagens: • Menor custo • Autolubrificação • Não desgasta eixos • Não folga rápido como bronze Manual GAVI indd 151Manual GAVI.indd 151 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 152/278 152 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS EM SUBSTITUIÇÃO AO NYLON, AO CELERON, POLIETILENO, ETC. Chapas de apoio e de desgaste para bobina de aço: além de serem inquebráveis, não marcam as bobinas. Estas chapas devem ser fabricadas com núcleos metálicos, que evitam o alongamento na compressão e, consequen- temente, os rasgos nos furos de fixação. Revestimentos autodeslizantes em poliuretano rígido substituem outros, de plásticos, pela maior resistência à abrasão. Não permitem que pastas a eles se agarrem, pelo seu alto teor de silicone. Cossinetes e acoplamentos de grande dimensão, fabricados em poliuretano, substituem o nylon com duas van- tagens: 1º) Não quebram, ao envelhecerem. 2º) A moldagem da peça acabada apresenta custo inferior ao dos outros materiais, já que as peças de maior porte fabricadas em nylon , na maioria das vezes necessitam ser usinadas, gerando um custo mais alto, pela mão de obra necessária em plaina, fresa, etc. Tipo de poliuretano adequado Para se determinar o tipo de poliuretano adequado, muitas vezes e lamentavelmente por falta de experiência, parte- se de comparações com a borracha que é mais macia, mais pura e apresenta melhores características de compo- sição. No entanto, para se obter maior dureza, a custos mais baixos, na fabricação de borrachas, necessita-se de cargas as quais, de modo geral, reduzem as características qualitativas do produto, ao contrário do que ocorre com o poliuretano, que pode ser fabricado em qualquer grau de dureza, dispensa o uso de cargas e de plastificantes, sempre mantendo o alto padrão de qualidade. Portanto, a dureza nunca deve ser tomada como indicação de quali- dade, no caso do poliuretano. O julgamento correto da qualidade deve basear-se em: Resistência ao rasgo progressivo Resistência à tração Resistência ao desgaste, por abrasão Alongamento Resiliência Manual GAVI indd 152Manual GAVI.indd 152 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 153/278 | 153 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 07 Material fugitivo Material fugitivo é o material que escapa nas transferências e ao longo dos transportadores de correia nas minas, portos, usinas, etc. No deslocamento do material de um ponto a outro, na planta, ocorre perda: ao longo dos transportadores, por falta de um sistema eficiente de raspadores, por falta de manutenção no referido sistema, por excesso de carga, ou camelos nas correias; nas transferências, pela falta de um sistema eficiente de raspadores, pela falta de manutenção nesse sistema, furos nos chutes, por falta de manutenção, ou chapas de revestimento com pouca resistência ao desgaste; chu- tes sem rampas e guias internas para direcionar o material na correia que o recebe, guias de material fora do padrão (despadronizadas), com chapas de revestimento inadequadas e sem furos oblongos para regulagem das mesmas, região de impacto com roletes desnivelados, permitindo vazamento de material sob as guias, etc. Antigamente, estaperda de material era aceita como normal. Hoje, com os Governos e as Agências de Proteção Ambiental aumentando suas fiscalizações sobre o meio ambiente e levando-se em consideração os prejuizos que esta perda de material representa para a Empresa e seus acionistas, os projetistas estão fazendo uma revisão nos projetos dos transportadores e casas de transferências. O material fugitivo de um equipamento que transporta minério de ferro pode ser percentualmente representado do seguinte modo: 01. Material que cai nas transferências: 20% são provenientes do sistema de limpeza e 80% são provenientes dos chutes, guias de materiais, região de impacto (roletes) e desalinhamentos. 02. Materiais que caem ao longo dos transportadores: 30% são provenientes dos camelos, por excesso de carga ou desalinhamentos; e 70%, do sistema de limpeza. O acúmulo de material ao longo dos transportadores e nas casas de transferências significa que ele não está sendo transportado para o lugar correto e que, portanto, precisa ser trabalhado, ou reciclado, para posterior reaproveita- mento, de forma a minimizar as perdas, ou prejuízos. O processo de reciclagem deste material é muito caro, sendo que alguns tipos de materiais não podem ser reaproveitados por estarem contaminados. Se se fizer um trabalho correto nos chutes e nos sistemas de raspadores, evitar-se-ão gastos com limpeza e com o equipamento utilizado para recolher o material fugitivo. Manual GAVI indd 153Manual GAVI.indd 153 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 154/278 154 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS O material fugitivo aumenta o custo de manutenção. Ao cair ao longo dos transportadores e nas casas de transfe- rências, este material se acumula nos componentes dos equipamentos (estruturas, tambores, roletes, correia, etc.), causando desgastes prematuros. O material acumulado na área e nas transferências, poluindo o ambiente, exerce influência negativa sobre o estado de espírito dos empregados. Pode torná-los irritados e dispersos, dando margem a acidentes. Como resolver estes problemas? 1. NAS TRANSFERÊNCIAS: 1.1 Raspadores Melhorar a manutenção e regulagem dos raspadores, para diminuir os 20% de material fugitivo proveniente do sistema de limpeza. Verificar a possibilidade de se adaptar mais algum conjunto primário, ou secundário, pois em várias transferências só há um conjunto de raspadores. 1.2 Chutes Para diminuir os 80% de material fugitivo proveniente dos vazamentos nos chutes, guias de materiais e região de impacto: • utilizar revestimentos com boa resistência ao impacto e à abrasão. Isto dará maior durabilidade aos chutes, protegendo suas paredes, de modo a evitar eventuais furos por onde ocorrerão vazamentos de materiais; • direcionar melhor o material da bancada inferior do chute para a correia e, para evitar desalinhamentos, adaptar rampas com ângulo entre 55 a 60 graus, e guias internas com ângulo entre 65 a 70 graus na tra- seira dos chutes. Elas devem ter alturas e larguras definidas de acordo com a vazão e o tipo de material transportado. A tabela a seguir fornece os ângulos dos chutes comumente encontrados para alguns tipos de materiais. Ângulo da rampa (graus) Horizontal Manual GAVI indd 154Manual GAVI.indd 154 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 155/278 | 155 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Material Ângulo Normal acima da Horizontal (Graus) Material Filtrado (Filter Cake) 65 a 70 Material pegajoso, argila e finos 55 a 65 Carvão mineral, Pellets 45 a 55 Areia 35 a 40 Pedra britada primária 35 a 40 Pedregulho/cascalho 30 a 35 Pedra peneirada 30 a 35 Sementes 35 a 40 Grãos 27 a 35 Polpa de toras de madeira 15 Quando o transportador tiver um só ponto de descarga, a rampa traseira da guia interna poderá ficar até a 100mm de altura da correia (D) e deverá ser utilizada para todas as larguras de correia. Quando houver vários pontos de descarga, a rampa deverá ficar, do segundo chute em diante, com uma altura (D) de: • 150 mm para correias de 36”, • 200 mm para correias de 48”, • 300 mm para correias de 60”, • 350 mm para correias de 72”, • 400 mm para correias de 84”. A largura da rampa poderá ser de: • 400 mm na parte inferior (A) e 700 mm na parte superior (B) para correias de 36”, • 500 mm na parte inferior (A) e 800 mm na parte superior (B) para correias de 48”, • 700 mm na parte inferior (A) e 1000 mm na parte superior (B) para correias de 60”, • 800 mm na parte inferior (A) e 1100 mm na parte superior (B) para correias de 72”, • 900 mm na parte inferior (A) e 1200 mm na parte superior (B) para correias de 84”. O comprimento (C) da rampa poderá variar de 1200 mm a 2500 mm. As guias internas deverão ser de aço carbono ASTM – A36 com, no mínimo, 8 mm de espessura, protegidas por chapas de desgaste de revestimento duro com solda de 10 mm e banquetas na parte inferior, para conferir-lhes resistência à abrasão. Manual GAVI indd 155Manual GAVI.indd 155 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 156/278 156 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A B D Comprimento, largura e altura das guias internas Correia Largura inferior Largura superior Altura da rampa na correia Comprimento mínimo A B D C 36” 400 700 150 700 48” 500 800 200 900 60” 700 1.000 300 1.200 72” 800 1.100 350 1.500 84” 900 1.200 400 2.000 • Os chutes de descarga devem possuir placas (chapas) de revestimento em contato com o fluxo de material. A união das chapas se dá entre as fileiras do revestimento, para que a folga entre elas não fique em linha, o que pode causar pontos de desgaste nas paredes dos chutes. A folga entre as chapas deve ser de, no máximo, 5 mm. As referidas chapas devem ser resistentes ao impacto e à abrasão e possuir vida útil de, no mínimo, 4.000 horas. Devem ter o formato padrão da unidade cujos desenhos encontram-se em anexo. Não se devem utilizar muitos formatos de chapas revestindo os chutes, para diminuir o estoque de peças no Almoxarifado. As chapas com revestimentos de alta dureza, resistentes ao desgaste e à abrasão, devem ser fixadas com parafusos soldados na parte traseira da placa, por serem os referidos parafusos fabricados com material comum; portanto, com pouca resistência ao desgaste. 1.3 Guias de material Todos os chutes de descarga devem ser providos de guias laterais, projetadas para confinar e dirigir apropriada- mente o material transferido. O comprimento das guias deve ser igual ao comprimento do chute, mais 500mm para cada metro por segundo de velocidade da correia (contado a partir da saída do material do chute). A largura das guias deve ser 2/3 da largura das correias. Os furos devem ser oblongos, com 80 mm de comprimento e 22 mm de largura para a fixação de parafusos com 20 mm de diâmetro. As tiras retangulares utilizadas para Manual GAVI indd 156Manual GAVI.indd 156 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 157/278 | 157 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais vedação da folga entre as chapas de revestimento das guias e a correia são normalmente de borracha maciça, de 6 a 25 mm de espessura. Tiras de correiastransportadoras velhas nunca devem substituir as de borracha maciça. As tiras de borracha das guias devem ser ajustadas frequentemente, de tal forma que a extremidade das mesmas toque a superfície da correia sem pressioná-la muito; do contrário, podem surgir ranhuras na correia, exigindo-se do motor uma potência adicional para movê-la. “Recomenda-se colocar um gabarito de 1 mm entre a correia e a lateral de borracha, antes de travá-la na guia.” As borrachas da guias laterais devem estar de acordo com a ABNT EB-362-4AA-625-A13-B13, possuir dureza de 60 SHORE, e são firmemente presas às guias laterais; os detalhes de fixação das borrachas nas guias laterais devem respeitar o desenho padrão; as chapas que prendem as borrachas às guias laterais e seus parafusos devem estar localizados suficientemente acima da correia, de maneira a não danificá-la. No mercado, existe modelo de lateral de borracha em poliuretano com vedação inteiriça, dupla e tripla, de excelente desempenho, aumentando a área de contenção do material de forma a conduzi-lo por caneletas internas e diminuir a queda por vazamento. Em alguns equipamentos, o sistema de fixação das laterais de borracha nas guias de materiais está fora dos padrões de segurança e montado de forma irregular. Este modelo de fixador não consegue reter o material que sai sob as guias. Deve-se utilizar um sistema de fixador que permita a fácil troca, ou regulagem da lateral de borracha, sem causar acidentes. Existem, no mercado, modelos de fixadores que permitem fácil regulagem, boa eficiência de fixação e bastante segurança. Para fins de reaproveitamento as borrachas das guias só podem ser unidas por emendas vulcanizadas, à exce- ção dos modelos em poliuretano, que possuem vedação dupla e tripla e são modulares. Nas guias de material, a altura inicial das chapas de revestimento da correia é de 3 mm, podendo sofrer des- gaste de até 20 mm, quando se deve fazer nova regulagem para devolver-lhes a altura inicial de 3 mm. Após a segunda regulagem, virar as chapas e recomeçar da altura inicial de 3 mm. 1.4 Região de impacto sob as guias Os cavaletes de impacto e os de carga sob as guias de material devem ser montados com espaçamento padrão e nivelados, pois a maioria das quedas de material nesta região é proveniente da passagem do material entre as guias e os rolos. Quando o espaço entre os cavaletes de impacto for maior que 400 mm e entre os cavaletes de carga, maior que 500 mm, o peso e a pressão do material farão a correia ceder, provocando uma flecha muito grande, que ocasionará vazamento de material. O êxito de um sistema de transporte por correia depende fundamentalmente do ponto de carregamento do ma- terial. Se o material for carregado no centro da correia, com a mesma velocidade, no mesmo sentido e direção da correia receptora e sem impactos, então, aproximadamente 90% de todos os problemas dos transportadores (desquadramentos, desgastes, vazamento de material, dentre outros) deixarão de ocorrer. Manual GAVI indd 157Manual GAVI.indd 157 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 158/278 158 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 1.5 Desalinhamentos Os desalinhamentos podem ter várias causas: emendas nas correias, queda de material irregular, tambores, cavaletes, etc. Normalmente ocorrem por acidente, ou por falta de manutenção, na qual se utilizam recursos tais como cavaletes autoalinhantes, chaves de desalinhamento, que acompanham os projetos dos equipamen- tos, desde a sua concepção. Existem, no mercado, modelos de roldanas alinhadoras que são utilizadas para proteger a correia e sua estrutura metálica nos desalinhamentos. Estas roldanas são revestidas com poliuretano e têm em sua base dois conjuntos de molas que são acionados no início do desalinhamento. Elas trabalham para que a correia não toque na estrutura e não se danifique. 2. AO LONGO DO TRANSPORTADOR: 2.1 Camelos: Para eliminar os camelos, devem-se adaptar contentores nas saídas dos chutes (quebra-camelos). Estes con- tentores devem ser calculados para permitir que a correia transporte a carga máxima suportável, sem causar transbordo ao longo do transportador. 2.2 Excesso de carga: Nos casos de excesso de carga, sugere-se adotar a mesma solução indicada para o item 2.1: • a adaptação de contentores (quebra-camelos). 2.3 Desalinhamentos: Quando houver desalinhamentos, adaptar roldanas alinhadoras (solução idêntica à indicada no item 1.5). 2.4 Raspadores: Solução idêntica à indicada no item 1.1: • melhorar a manutenção e regulagem do sistema de limpeza. Manual GAVI indd 158Manual GAVI.indd 158 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 159/278 | 159 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 08 Chapas de revestimento Os revestimentos dos chutes de transferência começaram a ser feitos com aços comuns dos tipos SAE 1020, 1045 e outros, que não ofereciam muita resistência à abrasão, ou ao impacto. Por isso, tinham que ser trocados, em alguns casos, com 100 horas de trabalho, no máximo. O problema foi parcialmente resolvido na área de impacto dos chutes, criando-se bancadas internas (mortos), nesta região, onde o material se acumulava e servia de proteção contra o desgaste. O problema é que este material acumulado aumentava muito o peso nos chutes. Nas rampas de direcionamento do material para outra correia, não se podem colocar bancadas muito grandes, pois o acúmulo de material causa entupimento, persistindo o problema de desgaste, não só nesta área, como nas guias de material. Havia necessidade de um material mais resistente à abrasão, que durasse mais tempo, evitando as paradas ope- racionais para substituição. Iniciaram-se, então, os testes com chapas de revestimentos em ligas de ferro fundido branco dos tipos PAB, NIHARD, dentre outras. As referidas chapas são de alta dureza, mas não podem ser cortadas para serem colocadas nos cantos dos chutes e rampas, gerando, assim, a necessidade de se continuar utilizando chapas de corte comuns para estes fins. A evolução tecnológica na produção de aços especiais possibilitou o aten- dimento da necessidade de produção de peças resistentes ao desgaste, com a utilização de chapas de aços de boa soldabilidade, que podem ser cortadas a um custo baixo. Desenvolveram-se também chapas com revestimento de solda resistente ao impacto e abrasão e outras, dentre as quais figuram as chapas com revestimento em cerâmica, carbeto de cromo ou carbeto de tungstênio. Em face da exigência, por parte dos clientes, de melhor qualidade dos serviços prestados e considerando-se a crescente variedade de materiais transportados, as bancadas internas das regiões de impacto tiveram que ser bastante reduzidas, para facilitar a limpeza na hora da troca de um material por outro, surgindo assim a necessi- dade de revestimento das referidas bancadas, com maior resistência ao impacto e abrasão. Foram desenvolvidas algumas chapas com bancadas na horizontal e vertical revestidas com solda de carboneto de cromo ou tungstênio e cerâmica fundidos com borracha ou poliuretano, o que aumentou a durabilidade do revestimento e diminuiu o tempo de troca. Desgaste CONCEITO O desgaste é um fenômeno gerado pelo contato de superfícies, uma das quais em movimento, o que resulta na de- formação gradual das peças, ou na modificação de suas dimensões, com redução gradativa das mesmas, criando- se tensões seguidas de ruptura decorrente de sobrecarga, fadiga, ou outro esforço dinâmico. Sob estas condições, ocorre o deslocamento, ou retirada de partículas dasuperfície metálica. Manual GAVI indd 159Manual GAVI.indd 159 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 160/278 160 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Este fenômeno pode ser causado pelo contato entre duas superfícies metálicas, ou entre uma superfície metálica e outra não metálica, ou ainda de uma superfície metálica com líquido ou gases em movimento. Assim sendo, pode-se considerar que há três tipos de desgaste: Desgaste metálico (metal contra metal) Desgaste abrasivo (substância não metálica contra metal) Erosão (partículas sólidas em meio fluido – líquido ou gás, contra metal) O desgaste abrasivo é causado pelo deslizamento e consequente penetração de partículas não metálicas na super- fície do metal, provocando o arrancamento (retirada) das partículas metálicas. Resistência ao desgaste A resistência dos metais ao desgaste depende dos seguintes fatores: 1) Acabamento da superfície metálica, que deve apresentar-se tão plana quanto possível, de modo a eliminar as depressões e ou projeções que, em contato, produzem o arrancamento das partículas metálicas. 2) Dureza do metal, que deve ser elevada, para que o mesmo resista à penetração inicial de partículas não metá- licas, ou de abrasivos e outras substâncias. 3) Resistência mecânica e tenacidade - quanto mais altas, mas difícil se torna o arrancamento (a remoção) de partículas metálicas. 4) Estrutura metalográfica - em um metal de duas fases, a presença de partículas relativamente grandes de um constituinte de baixa dureza em matriz dura prejudica a sua resistência ao desgaste, ainda que o conjunto seja duro. Se, por outro lado, uma liga apresenta um constituinte de partículas duras em matriz mole, a estrutura apresenta maior resistência ao desgaste, especialmente se estas partículas forem bem distribuídas na matriz, de baixa granulometria e não forem excessivamente frágeis. Propriedades Obtêm-se aços de altos valores de dureza, de resistência à tração e tenacidade, além de estrutura adequada, atra- vés da adoção de: a) composição química adequada b) tratamento térmico Manual GAVI indd 160Manual GAVI.indd 160 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 161/278 | 161 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais É comumente sabido que um aço ao carbono com 0,15% deste elemento pode ser facilmente soldado; porém, que não se consegue o seu endurecimento por tratamento de têmpera. Por outro lado, pode-se endurecer um aço com teor de carbono de 0,50% por têmpera, mas a sua soldabilidade é pequena. A adição de elementos como o boro, em baixos teores, além de não alterar a soldabilidade do aço, permite a obten- ção de aços temperáveis, com baixos teores de carbono. A tecnologia disponível até 40 anos atrás não permitia, de forma eficaz, a adição de boro ao aço líquido, sem acar- retar problemas operacionais de difícil solução. O domínio da técnica de fabricação de aços de baixo teor de carbono e baixa liga é que tornou possível o desen- volvimento dos aços temperáveis e soldáveis de alta resistência à tração, alta dureza e boa resistência ao impacto (resiliência). A adição, em quantidades muito pequenas, de outros elementos tais como o titânio, com maior afinidade ao carbono e nitrogênio, permite que a adição de boro seja efetiva e sua dispersão no aço, uniforme. O boro, quando adicionado em teores extremamente baixos, aumenta a temperabilidade do aço; seu teor ótimo oscila entre 0,0005% a 0,003%, além do que sua endurecibilidade não é mais afetada. Além disso, como elemento de liga, o boro confere maior profundidade de endurecimento. Outros elementos, como o molibdênio, adicionado em pequenas quantidades, aumentam a temperabilidade do aço. A condição essencial para que se tenha o aumento da temperabilidade do aço é a sua dissolução na austenita, em elevadas temperaturas. Ademais, é de conhecimento mais recente que a adição simultânea de vários elementos de liga em pequenas quan- tidades aumenta a temperabilidade do aço de modo mais eficaz que a adição, em maiores quantidades, de um ou dois elementos, apenas. O desenvolvimento dos processos de refino e o tratamento do aço líquido têm permitido a eficiente adição de ele- mentos em pequenas quantidades e faixa de composição muito estreitas que resultam na obtenção de aço carbono - manganês de baixa liga e temperabilidade profunda. Estes aços apresentam temperatura consideravelmente mais alta do que os aços-liga temperáveis, na transformação de austenita para martensita. Manual GAVI indd 161Manual GAVI.indd 161 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 162/278 162 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Comparativo entre a chapa de revestimento PAB e a de cerâmica Quando a chapa PAB (liga de ferro/carbono/manganês) é nova, ela possui película de proteção, que é a carepa de laminação. Após o primeiro uso, esta película é arrancada pelo atrito com o minério, ficando, então, exposto o substrato que reage com a água ou umidade do ar, quando da parada do material na correia por mais de 20 minu- tos, formando uma película de Fe2O3 (óxido de ferro), que não adere à superfície da chapa. O material, ao passar novamente, limpa o óxido de ferro, provocando um desgaste (químico) maior que o normal e maior que o desgaste causado pelo atrito (desgaste físico). Se o material deixa de passar, o processo recomeça. Por isso, a chapa metá- lica se desgasta com mais rapidez do que a placa de cerâmica, pois esta, além de ser mais resistente ao desgaste abrasivo, não reage com a água, nem com o ar; portanto, não se oxidando. Utilização de cerâmicas à base da AL203, como solução para problemas de desgaste e corrosão. As pastilhas de cerâmica possuem excelente resistência à abrasão, pois são fabricadas a partir de pós cerâmicos de alta alumina que, após o processo de fabricação (moldagem e sinterização), resultam em placas com baixa porosi- dade e microestrutura que permite uma excelente coesão na região intergranular, além de possuir uma fase vítrea, que reduz o contato entre os grãos e, mais efetivamente, as tensões residuais na ligação dos grãos de alumina. As aplicações de componentes cerâmicos têm crescido nos últimos anos, à medida que suas excepcionais pro- priedades são reconhecidas, particularmente sua resistência ao desgaste por abrasão. Componentes sujeitos ao desgaste e à corrosão exercem uma grande influência sobre a vida de uma planta ou máquina e, portanto, sobre a lucratividade de um processo de manufatura. As indústrias de matérias primas são as principais vítimas do desgaste e da corrosão. Há um grande desgaste no processo de manuseio e preparação de sólidos (carvão, minério, grãos, areia) em plantas e máquinas utilizadas para a extração, transporte, tratamento, classificação e processamento de matérias primas, produ- tos intermediários e materiais acabados. Nessas áreas, os materiais cerâmicos têm sido utilizados com sucesso. As propriedades típicas das cerâmicas são: dureza extremamente alta e elevada resistência ao desgaste por abrasão; alta resistência à compressão e à flexão, mesmo em altas temperaturas; boa resistência ao choque térmico; alta resistividade elétrica; excelente resistência ao ataque químico; baixa densidade. Manual GAVI indd 162Manual GAVI.indd 162 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 163/278 | 163 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Estas propriedades permitem o projeto de peças cerâmicas que irão operar sob condições extremas, onde os ma- teriais tradicionais poderiam falhar. As cerâmicas à base de AL2O3 são mais utilizadas hoje, não só pelo seu grau de confiabilidade e durabilidade, quando comparadas aos metais, como também pelo seu baixo custo, se comparadas a outros materiais cerâmicos como o ZrO2, Si3N4, SiC, sendo, portanto, um dos mais atrativos materiais estruturais disponíveis no mercado. São as seguintes suas mais importantes propriedades físicas: Densidade: 3,5 a 3,7 g/cm3 Dureza: (Knoop, 100g): 20.000 a 23.000 MPa Resistência à compressão: 3.000 a 3.500 MPa Resistência à flexão: 280 a 350 MPa Módulo de elasticidade: 3,5 a 3,8 . 105 MPa Porosidade: 0% Coeficiente de expansão térmica: 8,5 . 10-6 / K Calor específico: 900 J/kgK Condutividade térmica: 25 a 30 W/mK Temperatura máxima de operação: 1500°C a 1700°C Obs.: As propriedades variam com o teor de AL203 da composição. Isso torna possível a aplicação das cerâmicas à base de AL203 em revestimentos resistentes ao desgaste por abra- são e à corrosão em locais como: calhas transportadoras, chutes e guias de materiais; funis de alimentação; silos; ciclones; separadores; misturadores; moinhos, dentre outros. As placas de cerâmica não podem ser utilizadas em locais que sofrem o impacto direto de granulados; somente naqueles por onde passa apenas material fino, onde as referidas placas têm maior durabilidade. Manual GAVI indd 163Manual GAVI.indd 163 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 164/278 164 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Análise química de algumas chapas de revestimento Elementos % ASTM A532 Classe II tipo B PAB ASTM A532 Classe I tipo A NIHARD Chapas CDP 4666 Chapa SHP- 6000 Tungstênio Carbono - C 2,4 a 2,8 2,8 a 3,6 4,0 máx 6,3 máx. 4,0 máx Manganês - Mn 1,5 máx. 2,0 máx. 3 máx. 3,0 máx. 2,5 máx. Silício - Si 1,0 máx 0,8 máx. 1,3 máx 1,1 max. 0,45 máx. Fósforo - P 0,1 máx 0,30 máx. – 0,013 máx. Enxofre - S 0,06 máx. 0,15 máx. – 0,015 máx. Cromo - Cr 14 a 18 1,4 a 4,0 25 máx. 29,0 max. 28 máx. Níquel - Ni 0,15 máx. 3,3 a 5 –. Molibdênio - Mo 1 a 3 1 máx – 1,25 máx. Cobre - Cu 1,2 máx. 0,3 máx. – Tungstênio - W 0,066 – – 63,76 máx. Nióbio - Nb 7 máx Boro - B (ppm) – – 2,0 máx. 0,005 máx.Dureza 440 HB 550 HB 63 a 65 HRC 62 a 67 HRC 950 HB Valores comparativos de DUREZA: 450 HB = 45 HRC; 550 HB = 53 HRC; 950 HB = 93 HRC. HISTÓRICO DO DESGASTE DAS CHAPAS DE REVESTIMENTO. A durabilidade de uma chapa de revestimento depende do local onde está montada. Nos locais onde ocorrem maiores desgastes, como nos chutes de transferência, as chapas têm durabilidade em média de 450 horas / mês, trabalhando 15 horas / dia, durante os 30 dias do mês. Esta estimativa é para locais onde não se pode colocar bancada nos chutes. Por este motivo, o desgaste é mais acentuado. A bancada retém material e causa entupimento. Tipo de Chapa Estimativa de Vida Útil Chapa do tipo PAB 1.350 horas, onde o fluxo de material é pequeno Chapa do tipo PAB 900 horas, onde o fluxo de material é grande Chapa do tipo colméia 3.000 horas Chapa de revestimento duro (solda, cromo, tungstênio),com 10mm de espessura, sem bancadas 4.000 horas Chapa de revestimento duro (solda, cromo, tungstênio), com 10mm de espessura e bancadas 5.000 horas Chapa de cerâmica comum 1.600 horas Chapa de cerâmica vulcanizada 3.200 horas Chapa de cerâmica com bancadas vulcanizada 4.500 horas Chapas de tungstênio 5.500 horas Manual GAVI indd 164Manual GAVI.indd 164 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 165/278 | 165 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais ALGUNS DESENHOS E FOTOS DE CHAPAS DE REVESTIMENTO. Chapas de 380 x 490, em ferro fundido branco ligado ao cromo conforme norma ASTM A 532 II B. Foi feito um ângulo de 45 graus em um lado da chapa, para se adaptá-la melhor às guias de material e não agredir a correia. Em alguns locais, as chapas de revestimento das guias não são reguladas e em outros, utilizam-se tipos diferentes de chapas que não são adequadas. Quando o volume de material transportado é maior, aumenta a pressão interna nestes locais e força o minério a passar por entre a correia e a guia de material. Como as referidas chapas não estão próximas da correia, a lateral de borracha não consegue conter o material, ocasionando o desgaste maior das chapas e a perda de minério. Manual GAVI indd 165Manual GAVI.indd 165 23/3/2011 15:41:4323/3/2011 15:41:43 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 166/278 166 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Altura das chapas Estas chapas de revestimento são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é menos severo e nas guias de material, por facilitarem não só a regulagem das mesmas, como a sua adaptação à correia. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os tipos de materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Nas guias, podem ser utilizadas sem restrições. Chapas de 210 x 490, em ferro fundido branco ligado ao cromo conforme norma ASTM A 532 II B. Recomendam-se estas chapas de revestimento para as guias de materiais nas mesas de impacto das máquinas móveis e nas guias de materiais onde houver necessidade de adaptação de guias internas e haja dificuldade para se colocarem as chapas PAB padrão. Chanfro de 45 graus foi fixado na parte inferior da chapa, para que esta pudesse ser melhor adaptada às guias de material e não agredisse a correia. Manual GAVI indd 166Manual GAVI.indd 166 23/3/2011 15:41:4423/3/2011 15:41:44 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 167/278 | 167 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chapas com revestimento duro, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, cordão de solda na vertical. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, para bancadas frontais dos chutes superiores, rampas e guias internas dos chutes inferiores e para as guias externas de material. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais à exceção dos pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Nas guias, podem ser utilizadas sem restrições. Como nestas chapas de revestimento, os cordões de solda são feitos verticalmente e possuem chanfros de 45 graus na parte horizontal, elas podem ser utilizadas também nas guias de material, que terão sua regulagem e adaptação à correia facilitadas. Nas referidas guias, estas chapas deverão ter uma durabilidade 4 vezes maior que as chapas PAB. Chapas com revestimento duro, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, cordão de solda na horizontal. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo; para as bancadas frontais dos chutes superiores, rampase guias internas dos chutes inferiores. Manual GAVI indd 167Manual GAVI.indd 167 23/3/2011 15:41:4523/3/2011 15:41:45 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 168/278 168 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Chapas com revestimento duro, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, e bancadas na horizontal. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo; para bancadas frontais dos chutes superiores, rampas e guias internas dos chutes inferiores. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Nas guias internas, podem ser utilizadas sem restrições. Chapas com revestimento duro, conforme norma DIN 8555 – MF – 10 – GF – 65 – G, e bancadas na vertical. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo; para as bancadas frontais dos chutes superiores, rampas e guias internas dos chutes inferiores. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Nas guias internas, podem ser utilizadas sem restrições. Manual GAVI indd 168Manual GAVI.indd 168 23/3/2011 15:41:4723/3/2011 15:41:47 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 169/278 | 169 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chapas de cerâmica vulcanizada com banquetas na horizontal. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, mas não haja material de granulometria superior a 100 mm. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Chapas de cerâmica vulcanizada com banquetas na vertical. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, mas não haja material de granulometria superior a 100 mm. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Manual GAVI indd 169Manual GAVI.indd 169 23/3/2011 15:41:4923/3/2011 15:41:49 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 170/278 170 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Chapas de cerâmica vulcanizada com poliuretano. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, mas não haja material de granulometria superior a 100 mm, e problemas de entupimento, em decorrência do chute ser estreito ou possuir ângulo inferior a 50°, principalmente em suas rampas. Nas referidas rampas, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, sem restrições. Chapas de cerâmica vulcanizada com borracha. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, mas não haja material de granulometria superior a 100 mm, e problemas de entupimento em decorrência do chute ser estreito ou possuir ângulo inferior a 50°, principalmente em suas rampas. Nas referidas rampas, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, sem restrições. Manual GAVI indd 170Manual GAVI.indd 170 23/3/2011 15:41:4923/3/2011 15:41:49 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 171/278 | 171 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Chapas de tungstênio Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, mas não haja material de granulometria superior a 100 mm, e problemas de entupimento, em decorrência do chute ser estreito e possuir ângulo inferior a 50°, principalmente em suas rampas. Nas rampas, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, sem restrições. Chapas do tipo colméia. Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo e não haja problemas de entupimentos, por exemplo, nas bancadas frontais dos chutes superiores, nas rampas e guias internas dos chu- tes inferiores. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Manual GAVI indd 171Manual GAVI.indd 171 23/3/2011 15:41:5023/3/2011 15:41:50 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 172/278 172 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Barra de impacto e abrasão Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, para bancadas frontais dos chutes superiores, rampas e guias internas dos chutes inferiores, em que ocorre queda dos agregados em alta velocidade. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, exceto os pegajosos, argila, finos e materiais filtrados. Chapas de desgaste Kwik-Lok II. Chapas para silos, ou chutes grandes Chapas para chutes normais Estas chapas são recomendadas para locais, nos chutes, onde o desgaste é bastante severo, por elevada abrasi- vidade e impacto. Indicada para chutes onde o acesso traseiro é difícil, pois esse sistema não utiliza parafuso de fixação. Nos chutes, estas chapas podem ser utilizadas com todos os materiais, sem restrições. Manual GAVI indd 172Manual GAVI.indd 172 23/3/2011 15:41:5123/3/2011 15:41:51 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 173/278 | 173 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 09 Abreviaturas e densidades de alguns materiais que passam pelas transferências dos equipamentos Minério granulado Tipo Abreviatura Densidade (T/M³) Ângulo de Acomodação Ângulo de Repouso LUMP LMP 2,70 20 A 24 ° 35 A 38 ° RUN OF MINE ROM 3,20 20 A 24 ° 35 A 38 ° PEBBLE PBL 2,80 20 A 24 ° 35 A 38 ° TUBARÃO A TA 3,10 20 A 24 ° 35 A 38 ° RUBLE RBL 2,60 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET NP 2,60 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET CAPANEMA NPCM 2,11 20 A 24 ° 35 A 38 ° NOVO TUBARÃO A NTA 2,84 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET CASA PEDRA NPCP 2,73 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET DE PICO NPPC 2,53 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET CARAJÁS NPCJ 2,56 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET FEIJÃO NPFJ 2,389 20 A 24 ° 35 A 38 ° NATURAL PELLET FERTECO NPFE 2,389 20 A 24 ° 35 A 38 ° Minério fino Tipo Abreviatura Densidade (T/M³) Ângulo de Acomodação Ângulo de Repouso SINTER REBRITADO CONCEIÇÃO SRCE 3,00 20 A 24 ° 35 A 38 ° STANDER SINTER FEED SSF 2,79 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO REBRITADO SÃO LUIZ FRSL 2,37 20 A 24 ° 35 A 38 ° PELLET FEED CAUÊ/CONCEIÇÃO PFCA/CE 2,50 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO REBRITADO CAUÊ ( FINO 2 ) F2CA 2,80 20 A 24 ° 35 A 38 ° SINTER FINO CARAJÁS SFCJ 2,73 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO COMUM TUBARÃO FCTU 2,48 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO COMUM TU. CASA PEDRA FCTUCP 2,37 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO COMUM TU. FEIJÃO FCTUFJ 2,48 20 A 24 ° 35 A 38 °FINO COMUM TU. CAPANEMA FCTUCM 1,90 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO COM. TU. HEMAT. FERTECO 2,54 20 A 24 ° 35 A 38 ° Manual GAVI indd 173Manual GAVI.indd 173 23/3/2011 15:41:5123/3/2011 15:41:51 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 174/278 174 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Tipo Abreviatura Densidade (T/M³) Ângulo de Acomodação Ângulo de Repouso SINTER FEED ESPECIAL SFE 3,00 20 A 24 ° 35 A 38 ° SINTER FEED FERTECO SFFE 2,57 20 A 24 ° 35 A 38 ° SINTER ALTA SÍLICA FERTECO SAFE 2,50 20 A 24 ° 35 A 38 ° SINTER FEED FEIJÃO SFFJ 2,51 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO COMUM ALEGRIA FCAL/NVRV 2,43 20 A 24 ° 35 A 38 ° SINTER FEED ALEGRIA SFAL 2,48 20 A 24 ° 35 A 38 ° PELLET FEED ALEGRIA PFAL 2,95 20 A 24 ° 35 A 38 ° FINO COMUM MORRO AGUDO FCMA 2,70 20 A 24 ° 35 A 38 ° SINTER ESPECIAL ALEGRIA SEAL 2,38 20 A 24 ° 35 A 38 ° Minério pelotizado Tipo Abreviatura Densidade (T/M³) Ângulo de Acomodação Ângulo de Repouso PELOTA ALTO FORNO PAF 2,10 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA REDUÇÃO DIRETA PRD 2,15 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA ALTA SÍLICA PAS 2,10 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA HISPANOBRÁS PLH 2,10 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA ITABRASCO PLI 2,10 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA NIBRASCO PLN 2,31 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA KOBRASCO PLK 2,31 10 A 12 ° 20 A 26 ° PELOTA FERTECO PLFE 1,93 10 A 12 ° 20 A 26 ° FINOS PELOTA FPN 2,22 20 A 24 ° 35 A 38 ° Outros produtos Tipo Abreviatura Densidade (T/M³) Ângulo de Acomodação Ângulo de Repouso ENXÔFRE 1,46 COQUE FINO 0,61 20 - 22 30 – 44 LINHITO 0,80 30 – 44 ILMENITA GRANULADA 2,45 30 – 44 SERPENTINITO 1,16 CALCÁRIO 1,29 36 CARVÃO MINERAL 0,90 18 38 CARVÃO ENERGÉTICO 0,40 20 – 25 35 ESCÓRIA ALTO FORNO 1,31 10 42 ESCÓRIA ACIARIA 1,86 ESCÓRIA GRANULADA 1,04 CONCENTRADO ANATÁSIO 1,45 TITÂNIO 1,35 30 – 44 Manual GAVI indd 174Manual GAVI.indd 174 23/3/2011 15:41:5123/3/2011 15:41:51 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 175/278 | 175 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Tipo Abreviatura Densidade (T/M³) Ângulo de Acomodação Ângulo de Repouso CAREPA 3,07 COQUE 0,60 20 – 22 30 – 44 GUSA GRANULAR 4,20 SINTER 1,81 35 ROCHA FOSFÁTICA 1,30 12 – 15 25 – 29 FERRO LIGA DE MANGANÊS 4,00 20 39 MANGANÊS 2,2 20 39 ANTRACITO AN 1,60 18 35 GRÃOS 0,4 A 0,5 45 FARELO 0,2 A 0,3 30 – 44 SAL 0,6 A 1,3 36 CLORETO DE POTÁSSIO 1,2 18 30 – 44 URÉIA 0,8 12 25 FERTILIZANTE 0,8 A 0,9 30 45 β α d p C β = 35º Com 2 rolos iguais Material Ângulo de acomodação nas correias Ângulo de repouso nas pilhas Pelotas de 10 a 12 graus de 20 a 26 graus Minério de 20 a 24 graus de 35 a 38 graus Manual GAVI indd 175Manual GAVI.indd 175 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 176/278 Manual GAVI indd 176Manual GAVI.indd 176 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 177/278 | 177 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 10 Roletes Introdução As correias transportadoras constituem o meio mais difundido para o transporte de grandes quantidades de mate- riais a granel. Os sistemas em operação atingem, hoje, capacidades de até 40.000 t/h, cobrindo distâncias de até 50 km. Os dados levantados em 1991 revelam que o dispêndio energético em transporte de materiais compromete 40% da energia utilizada em processos minerais, somando dezenas de milhões de kWh gastos. A magnitude dos investimentos em sistemas de transporte por correias representa significativa parcela do capital apli- cado na indústria de mineração e os custos de operação chegam a totalizar 16% do custo global. O crescente aumento de preços da energia colocam-na como o item de maior peso, correspondendo a 35% do custo total de operação. O segundo elemento mais importante do custo operacional é manutenção e reposição do material rodante. Várias soluções estão sendo buscadas para manter os dispêndios de capital controlados. Melhorias de lay-out , velocidades maiores e novos tipos de correias com resistência e dureza aumentadas são algumas das medidas empregadas para otimizar os desempenhos; porém, muito pouco se fez para melhorar o item responsável por pre- dominante parcela dos custos – o rolo transportador . O seu projeto foi mantido praticamente inalterado nos últimos 50 anos. A partir de 1997, os rolos de retorno e impacto começaram a sofrer modificações, substituindo diretamente no tubo os anéis de borracha por borracha vulcanizada. O transportador de correia mantém a configuração básica quanto ao arranjo dos rolos, desde os tempos de sua invenção. Isto significa que há normalmente 3 rolos por suporte, e os 2 rolos laterais são inclinados, num ângulo variável entre 1º a 45º. Manual GAVI indd 177Manual GAVI.indd 177 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 178/278 178 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Roletes São um conjunto de rolos cilíndricos, com um eixo, rolamentos, vedação e suportes de sustentação (cavaletes). Os rolos são capazes de efetuar livre rotação em torno do seu eixo, e são usados para suportar e/ou guiar a correiatransportadora. Normalmente, dividem-se em 8 tipos: 1. ROLETES DE CARGA – Roletes sobre os quais se apóia o carregamento da correia transportadora. 2. ROLETES DE RETORNO – Roletes sobre os quais se apóia o retorno da correia transportadora . 3. ROLETES DE IMPACTO – Roletes dotados de rolos com material elástico, localizados na região de carregamento do transportador, com a finalidade de absorver o impacto do material sobre a correia. 4. ROLETES AUTOALINHANTES – Conjunto de rolos cujo suporte é dotado de mecanismo giratório, com a finalidade de controlar o deslocamento lateral da correia através do contato da mesma com os rolos-guia laterais, convenien- temente dispostos. Usualmente, são colocados tanto no lado de carregamento quanto de retorno da correia. 5. ROLETES DE TRANSIÇÃO – Roletes dotados de rolos laterais fixos ou ajustáveis, convenientemente dispostos, a fim de acompanharem a mudança da concavidade da correia, que normalmente ocorre nas proximidades dos tambores de descarga e retorno. 6. ROLETES DE ANÉIS – Tipos de roletes de retorno cujos rolos são constituídos de anéis de borracha espaçados, de modo a evitar o acúmulo de material nos roletes e promover o desprendimento do material aderido à correia. 7. ROLETES HELICOIDAIS – Tipos de roletes de retorno cujos rolos possuem forma helicoidal, destinados a promo- ver o desprendimento do material aderido à superfície da correia . 8. ROLETES EM CATENÁRIA – Conjunto de rolos suspensos, dotados de interligações articuladas, de modo a permitirem a livre conformação dos mesmos, auxiliando a centralização automática da correia transportadora. Podem ser utilizados tanto no lado de carregamento, quanto de retorno da correia. A eficiência de qualquer equipamento industrial projetado se dá em função de sua vida útil,da mão de obra e do seu custo de manutenção. Em transportadores de correia, os rolos são o elemento principal, já que eles ditam a vida dos transportadores. Por isto, os rolos devem não só ter uma longa vida útil, como requerer um mínimo de manutenção. Os rolamentos dos rolos devem ser de ótima qualidade e devem possuir proteção contra contaminantes, inclusive partículas sólidas e água. A seleção dos rolos, para cada transportador se faz em função do material transportado (peso específico), velocidade da correia, espaçamento entre cavaletes, peso da correia e capacidade de carga desejada, considerando-se um Manual GAVI indd 178Manual GAVI.indd 178 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 179/278 | 179 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais percentual de 70% de sua capacidade. Os rolos são projetados de acordo com as normas da ABNT, ou CEMA. Entre- tanto, especial atenção se deve ser dar aos rolos posicionados em curvas convexas, onde há significativo aumento dos esforços aplicados, em função do tensionamento da correia nestas regiões. Em geral, os rolos possuem corpos (tubos) metálicos para carga; metálicos e revestidos com borracha, para retorno; e revestidos com borracha, para impacto. Para aplicações específicas, entretanto, o material destes tubos poderá ser de poliuretano ou de outros materiais. A flecha admissível no eixo é de, no máximo, 9 minutos e os rolamentos deverão ser montados obedecendo-se ao padrão mínimo de concentricidade e alinhamento recomendados. O rolamento deverá encostar diretamente no eixo. Obs.: Originalmente, os rolos de retorno e impacto possuem anéis de borracha. A partir de 1997, começaram a ser vulcanizados diretamente no eixo. De 2000 em diante, passaram a ser vulcanizados com uma proteção de anel cerâmico refratário sobre o local dos rolamentos, para evitar que se incendiassem. Notas: 1. Pintura a. Limpeza – jateamento abrasivo ao metal branco, grau SA 3, SIS 05.5900, Norma Petrobrás N.9b; b. Tinta de fundo – uma demão de epóxi mastique de alta espessura, com 120 µm norma Petrobrás N.2288; c. Tinta de acabamento – uma demão de esmalte poliuretano de 2 (dois) componentes, com espessura de 35 µm, norma Petrobrás N.1342, na cor azul segurança, munsel 2,5 – PB – 4/10. 2. Cálculo do rolo conforme normas “ABNT/CEMA”. 3. Garantia de trabalho de 30.000 horas. “NBR 6678”. 4. Limite admissível de flexa no eixo: 9.00 minutos. 5. Apresentar cálculo de deflexão do eixo e vida útil do rolamento em horas. 6. Velocidade da correia: 3.3 a 5.8 metros por segundo. 7. Espaçamentos entre cavaletes: 1 metro. 8. Carga em toneladas por hora de cada correia transportadora: a. Correia transportadora de 84”......16.000 a 20.000 ton/h; b. Correia transportadora de 72”......10.000 a 18.000 ton/h; c. Correia transportadora de 60”...... 6.000 a 10.000 ton/h; d. Correia transportadora de 48”...... 3.000 a 6.000 ton/h; e. Correia trasnportadora de 36”...... 2.000 a 4.000 ton/h. Manual GAVI indd 179Manual GAVI.indd 179 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 180/278 180 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 9. Balancear rolo com balanceamento dinâmico a 600 rpm. 10. Rolo de carga, cavalete e deck em baixo de extrator de sucatas, terão de ser de aço inoxidável austenítico. 11. Material transportado: minério de ferro, peso específico: 2.0 a 3.1 t/m³. 12. Parede do tubo do rolo de carga 4.75mm. 13. Parede do tubo do rolo de impacto 8mm. 14. Parede do tubo do rolo de retorno 8mm. Seção transversal típica de um rolo metálico - vedação do tipo IHI (rolo de carga) Notas: 1. Encher espaços vazios entre os labirintos com graxa à base de lítio grau NGLI-2 na montagem. GRUPO PEÇA DESCRIÇÃO DO MATERIAL PESO Kg MATERIAL REFERÊNCIA QUANT. 1 EIXO Ø50 x L TAB. SAE 1045 1 2 TUBO (Ø4”)-Ø(114.3/97.18) x L2 (SCH 80) TAB. ASTM A120 1 3 TUBO Ø(168/158.7) x L3 TAB. ASTM A120 1 5 ROLAMENTO SKF N˚ 6309 ZZ 1.90 SKF 2 6 LABIRINTO Ø(123/87)x30 0.60 GSG # 14 GALVANIZADO 2 7 LABIRINTO Ø(88/45.1)x7 0.40 GSG # 14 GALVANIZADO 2 8 LABIRINTO Ø(96.5/50)x14 1.30 GSG # 14 GALVANIZADO 2 9 LABIRINTO Ø(134/45)x31.3 1.3 GSG # 14 GALVANIZADO 2 10 RETENTOR Ø(84/49)x8 B. NITRILICA 2 11 TAMPA Ø(150/45.5)x7 0.80 GSG 13 GALVANIZADO 2 12 ANEL ELÁSTICO CARGA PESADA – Ø45 x 2.5 DIN 471 2 13 ANEL Ø(158.5/114.5) x 6 1.00 SAE 1020 2 Manual GAVI indd 180Manual GAVI.indd 180 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 181/278 | 181 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Seção transversal típica de um rolo vulcanizado - vedação do tipo IHI (rolo de impacto) GRUPO PEÇA DESCRIÇÃO DO MATERIAL PESO Kg MATERIAL REFERÊNCIA QUANT. 1 EIXO Ø50 x L TAB. SAE 1045 1 2 TUBO (Ø4”) – Ø114.3xl2 (SCH 80) TAB. ASTM A 120 1 3 BORRACHA Ø(204/107) x L3 TAB. VER NOTA Nº1 1 4 TAMPA INTERNO Ø(100/51) x 15 1.10 SAE 1020 2 5 ROLAMENTO SKF N˚ 21309C – Ø(100/45)x25 1.90 SKF 2 6 LABIRINTO Ø(123/87)x30 – CH. 1.994 0.60 GSG # 14 GALVANIZADO 2 7 LABIRINTO Ø(88/45.1)x7 – CH. 1.994 0.40 GSG # 14 GALVANIZADO 2 8 LABIRINTO Ø(96.5/50)x14 1.30 GSG # 14 GALVANIZADO 2 9 LABIRINTO Ø(134/45)x 31.3 – CH. 1.994 1.3 GSG # 14 GALVANIZADO 2 10 RETENTOR Ø(84/49)x8 B. NITRÍLICA 2 11 ESPAÇADOR Ø(74/45.1) x 5 0.20 SAE 1020 2 12 ANEL ELÁSTICO CARGA PESADA Ø45 x 2.5 DIN 471 2 13 RETENTOR MODELO R5 Nº33120 – Ø(60/50)x7 VEDABRAS 2 14 BUCHA Ø(141/116.5) x 80 1.80 VER NOTA Nº6 2 Notas: 1. Encher os espaços vazios entre os labirintos com graxa à base de litio grau NGLI – 2 na montagem 2. Os rolamentos deverão ser lubrificados na montagem com graxa “Alvânia EP2 Shell” 3. Material: refratário Propriedades físicas: Refratariedade simples (Cone Orton) .................... ....................... ....................... ....................... .................... 30 Temperatura máxima de utilização ....................... ....................... ....................... ....................... ............ 1500°C Massa específica aparente Após secagem a 110°C ....................... ...................... ........ 2.20 a 2.30 g/cm³ Após queima a 1100°C......................................................2.15 a 2.20 g/cm³ Após queima a 1400°C......................................................2.10 a 2.15 g/cm³ Manual GAVI indd 181Manual GAVI.indd 181 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 182/278 182 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Resistência à compressão a frio Após secagem a 110°C ...................... ....................... ............... 19 a 28 MPa Após queima a 1100°C.................... ....................... ................... 30 a 45 MPa Após queima a 1400°C.................... ....................... ................... 38 a 52 MPa Variação dimensional linear Após queima a 1100°C..........................................................................-0.10 Após queima a 1400°C.........................................................................+0.10 4. Colar peça item n° 14 no tubo com massa refratária. Seção transversal típica de um rolo vulcanizado - vedação do tipo IHI (rolo deretorno) GRUPO PEÇA DESCRIÇÃO DO MATERIAL PESO Kg MATERIAL REFERÊNCIA QUANT. 1 EIXO Ø50 x L1 TABELA SAE 1045 1 2 TUBO (Ø4”) – Ø114.3 x L2 (SCH 80) TABELA ASTM A120 GALVANIZADO 1 3 ANEL DE BORRACHA Ø(204/114) x 324 17.34 VER NOTA N˚1 2 4 ANEL DE BORRACHA Ø(204/114) x P1 TABELA VER NOTA N˚1 1 5 ANEL DE BORRACHA Ø(204/107) x 50 TABELA VER NOTA N˚1 TAB. 6 ANEL ELÁSTICO Ø45 x 1.75 DIN 471 2 7 ROLAMENTO SKF N˚63092Z Ø(100/45)x 25 1.70 SKF 2 8 LABIRINTO Ø(88/45.1) x 7 – CH. # 1.994 0.40 GSG # 14 GALVANIZADO 2 9 LABIRINTO Ø(123/87) x 30 0.60 GSG # 14 2 10 LABIRINTO Ø(96.5/50) x 14 1.60 GSG # 14 2 11 RETENTOR Ø(84/49) x 8 B. NITRÍLICA 2 12 LABIRINTO Ø(134/45) x 31.3 1.30 GSG # 14 2 13 ARRUELA Ø(74/46) x 5 0.20 SAE 1020 2 14 BUCHA Ø(141/116.5) x 80 1.80 VER NOTA N˚4 2 Manual GAVI indd 182Manual GAVI.indd 182 23/3/2011 15:41:5223/3/2011 15:41:52 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 183/278 | 183 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Notas: 1. Encher os espaços vazios entre os labirintos com graxa à base de litio G2 na montagem. 2. Material: refratário Propriedades físicas: Refratariedade simples (Cone Orton) .................... ....................... ....................... ....................... .................... 30 Temperatura máxima de utilização ....................... ....................... ....................... ....................... ............ 1500°C Massa específica aparente Após secagem a 110°C ....................... ...................... ........ 2.20 a 2.30 g/cm³ Após queima a 1100°C......................................................2.15 a 2.20 g/cm³ Após queima a 1400°C......................................................2.10 a 2.15 g/cm³ Resistência à compressão a frio Após secagem a 110°C ...................... ...................... ................ 19 a 28 MPa Após queima a 1100°C.................... ....................... ................... 30 a 45 MPa Após queima a 1400°C.................... ....................... ................... 38 a 52 MPa Variação dimensional linear Após queima a 1100°C..........................................................................-0.10 Após queima a 1400°C.........................................................................+0.10 3. Colar peça item n° 14 no tubo com massa refratária. Seleção do espaçamento entre roletes Fatores a serem considerados quando se seleciona o espaçamento dos roletes: peso da correia, peso do material, capacidade de carga dos rolos, flecha da correia, vida útil estimada dos rolamentos e tensão na correia. Para cálculo do espaçamento, podemos utilizar o padrão ABNT - NBR 6678, ou padrão Americano CEMA. Manual GAVI indd 183Manual GAVI.indd 183 23/3/2011 15:41:5323/3/2011 15:41:53 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 184/278 184 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Tabela Padrão da ABNT Largura da correia Espaçamento a dos roletes de carga Espaçamento b dos roletes do retorno Espaçamento dos roletes impacto Peso específico do material (t/m³) 0,8 1,6 2,4 16” 1,5 m 1,5 m 2,4 m 3,00 m 0,3 a 0,4 m 20” 1,5 m 1,5 m 1,2 m 24” 1,35 m 1,2 m 1,2 m 30” 1,35 m 1,2 m 1,2 m 36” 1,35 m 1,2 m 1,05 m 42” 1,35 m 1,00 m 0,90 m 54” 1,20 m 1,00 m 0,90 m 60” 1,20 m 1,00 m 0,90 m 72” 1,20 m 0,90 m 0,90 m 2,5 m 84” 1,20 m 0,90 m 0,90 m 2,5 m Tabela 5.19 da CEMA Largura da correia Espaçamento a dos roletes de carga Espaçamento b dos roletes do retorno Espaçame dos roletes impacto Peso específico do material (t/m³) 0,48 0,80 1.20 1.60 2.40 3.20 18” 1,68 m 1,52 m 1,52 m 1,52 m 1,37 m 1,37 m 3,05 m 0,3 a 0,4 m 24” 1,52 m 1,37 m 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,22 m 30” 1,52 m 1,37 m 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,22 m 36” 1,52 m 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,07 m 1,07 m 42” 1,37 m 1,37 m 1,22 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m 48” 1,37 m 1,22 m 1,22 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m 54” 1,37 m 1,22 m 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m 60” 1,22 m 1,22 m 1,07 m 0,91 m 0,91 m 0,91 m 0,3 a 0,4 m 72” 1,22 m 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,76 m 0,76 m 2,44 m 84” 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,76 m 0,76 m 0,61 m 2,44 m 96” 1,07 m 1,07 m 0,91 m 0,76 m 0,61 m 0,61 m 2,44 m Obs.: 1) O espaçamento indicado ficará restrito à flecha que ocorre entre dois roletes sucessivos. O valor desta flecha ( f ), entre dois roletes, será: ( Wm + Wb ) . a² f = --------------------- 8T0 Onde: T0 = tensão para garantir uma flecha mínima da correia entre os roletes (kg) Wm = peso do material transportado (kg/m) Wb = peso da correia (kg/m) a = espaçamento dos roletes de carga (m) f = flecha da correia (m) Manual GAVI indd 184Manual GAVI.indd 184 23/3/2011 15:41:5323/3/2011 15:41:53 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 185/278 | 185 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais 2) Valores recomendados para porcentagens da flecha da correia: Tab. - 05 Inclinação dos roletes Material 100% de Fino 50% de granulometria máxima 100% de granulometria máxima 20º 3% 3% 3% 35º 3% 2% 2% 45º 3% 2% 1,5% 3) Na região de impacto, usa-se flecha máxima de 1% flecha rolete a Exemplo do trabalho feito no transportador D-15, para evitar que os rolos de retorno se incendiassem, em decorrên- cia de espaçamento excessivo entre os mesmos. Reduziram-se os espaços entre os rolos, aumentando-se-lhes a vida útil, com melhor distribuição de carga nos pontos de apoio. Largura da correia = 84” Velocidade da correia = 3,6 m/s Peso da correia = 76,19 Kg/m Peso do rolo = 135 Kg Fator Kdr = 1,90 (Kdr = coeficiente de segurança do rolo de retorno) Peso das partes móveis = 97 Kg Eixo analisado = 50 mm Levantamento feito pela Engenharia TR. D15 – largura correia 84” Rolo de retorno plano – eixo analisado: 50 mm Espaço / roletes 3,02 m 2,40 m Carga atuante em um rolo de retorno Par Kg 230 183 Carga para seleção do rolo de retorno Psr Kg 534 444 Carga atuante sobre o rolamento Prr N 2617 2178 Momento de inércia calculado Jr cm4 25,42 21,15 Diâmetro do eixo calculado Dr cm 4,77 4,56 Verificação da deflexão do eixo b” rad 0,002891 0,002406 Limite admissível de flecha: 9,00 mim. min 9,94 8,27 Rotação do rolo de retorno rpm min 338 338 Atual Proposto Peso da correia Good Year 84”no TR.D15:76,19 kg/ml Velocidade da correia D15: 3,6m/s Manual GAVI indd 185Manual GAVI.indd 185 23/3/2011 15:41:5323/3/2011 15:41:53 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 186/278 186 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Rolo de transição Rolo de impacto Rolo de retorno Rolete duplo, de carga ou de impacto Rolete triplo, de carga ou de impacto Rolete em catenária Rolete autoalinhante de carga Rolete de retorno, com e sem anéis Rolete autoalinhante de retorno Manual GAVI indd 186Manual GAVI.indd 186 23/3/2011 15:41:5323/3/2011 15:41:53 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 187/278 | 187 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Rolete de transição Rolete duplo de retorno (em“V”), com e sem anéis A A’ Rolos com anéis de borracha Corte AA’ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Anéis de borracha montados sob pressão; Rolamento de esfera (rolo de retorno) e rolamento auto-compensador de rolos (rolo de impacto); Rolos Vulcanizados B B’ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Processo vulcanizado; Rolamento de esfera (rolo de retorno) e rolamento auto-compensador de rolos (rolo de impacto) com anel refra- tário sobre os rolamentos; Avaliação comparativa QUANTO AOS ANÉIS DE BORRACHA: Contêm um inserto metálico interno, com o objetivo de impedir que o anel gire no tubo. Possíveis desvios deste processo: - Pouca interferência na montagem das borrachas no tubo; - Problemas no anel interno das borrachas; - Variação do diâmetro externo do tubo. Manual GAVI indd 187Manual GAVI.indd 187 23/3/2011 15:41:5323/3/2011 15:41:53 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 188/278 188 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS QUANTO AOS ROLOS VULCANIZADOS: São vulcanizados a quente, através de autoclave, diretamente sobre o tubo, eliminando o inserto metálico e propor- cionando maior adesão borracha-tubo. QUANTO AOS ANÉIS REFRATÁRIOS: Rolamentos isolados termicamente do conjunto tubo-borracha mediante a utilização de um anel refratário que mi- nimiza a transferência de calor dos rolamentos para a borracha. O anel refratário especificado para utilização nos rolos de impacto/retorno, suporta uma temperatura de até 1500ºC e representa aproximadamente 1% (um por cento) do preço unitário do rolo. QUANTO AO PESO: Tomando-se como exemplo os rolos de retorno das correias de 48” vulcanizados a quente, houve uma redução de aproximadamente 9% (nove por cento) no peso do rolo, que contribui diretamente para a melhoria das condições de carga no rolamento, e de manuseio e montagem da peça na área. Inspeção Sabemos que o ítem de maior valor em um transportador é a correia. Por isto, dizemos que os esforços empreendi- dos e os cuidados tomados com a correia se tornam insignificantes, se comparados aos resultados obtidos, correias livres de problemas e uma longa vida útil. Entendemos ser a inspeção dos transportadores de correia o ponto limite entre a preservação de um patrimônio valioso e/ou o seu abandono. O trabalho de inspeção dos transportadores, seja delegado a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, deve executado de forma responsável e eficiente. Tão im- portante quanto observar os pontos críticos do sistema, tais como rasgões, ou desgastes na correia, rolos travados, raspadores que não funcionam, vazamento de materiais, etc., é verificar a maneira como ocorrem e sua localização, a fim de se determinarem as causas do problema. Além disso, faz-se também importante a correção dos itens le- vantados pela inspeção. A imediata correção das falhas identificadas, como dobramento da correia, curvatura acen- tuada, desalinhamento, desquadramento, rolos travados, dentre outras, pode evitar danos custosos e prematuros. Itens considerados fundamentais em uma inspeção de transportadores, para se evitarem vazamentos: Estado dos roletes e tambores; Alinhamento da correia; Estado de cobertura da correia; Estado das emendas e esticamento da correia; Componentes de limpeza (raspadores e limpadores); Guias de material e chutes. Manual GAVI indd 188Manual GAVI.indd 188 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 189/278 | 189 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais MONTAGEM E MANUTENÇÃO DE TRANSPORTADORES O escopo deste trabalho é, de fato, deixar uma série de informações úteis e práticas para a desenvoltura da atividade de manutenção propriamente dita do transportador sem, contudo, defini-las como as únicas possíveis, ou mesmo, as únicas através das quais se alcançarão as soluções dos problemas. A sua forma de apresentação se dará através de uma lista de anormalidades e/ou problemas, as causas destes problemas em ordem de provável ocorrência, e as propostas para solução dos mesmos. Nos transportadores de correia, como em todas as máquinas, a montagem correta, ou seja, de acordo com as reco- mendações do fabricante, e o cumprimento de um programa de manutenção preventiva bem esquematizado evitam uma série de defeitos, garantem um bom funcionamento dos equipamentos e aumentam a sua vida útil. 1. ESTRUTURA DOS TRANSPORTADORES a) A estrutura dos transportadores deverá estar perfeitamente alinhada e nivelada transversalmente. Em trans- portadores curtos, o alinhamento pode ser verificado com o auxílio de um barbante (fio de nylon ) esticado de uma extremidade à outra. Em transportadores longos, o barbante deve ser esticado por parte, ou seja, em cada trecho da estrutura, ou com auxílio do teodolito (topografia). 2. TAMBORES a) Proceder à limpeza dos pontos onde serão fixados. b) Os tambores deverão girar macia e livremente a um toque de mão, sem arranhar ou fazer ruído. c) Todos os tambores devem estar alinhados a 90º com a linha de centro dos transportadores. Este alinhamento pode ser feito esticando-se um barbante (de nylon ) sobre os mesmos. d) Os tambores devem ser instalados com uma folga mínima de 600 mm acima do piso, para facilitar-lhes a lim- peza. 3. ROLETES a) Os rolos deverão girar macia e livremente a um toque de mão, sem arranhar ou fazer ruído. b) Todos os roletes devem estar alinhados a 90º em relação à linha de centro dos transportadores. Este alinhamen- to pode ser feito esticando-se um barbante sobre os mesmos. c) É conveniente montar os cavaletes dos roletes deixando os parafusos de fixação no meio do rasgo de seus su- portes. Este procedimento permitirá uma movimentação posterior, no sentido que for necessário, para corrigir algum desalinhamento. Manual GAVI indd 189Manual GAVI.indd 189 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 190/278 190 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS d) Durante a montagem, não se deve apertá-los de maneira de- finitiva e, sim, de tal modo que possam ser ajustados, o que facilitará o alinhamento da correia com uma ligeira mudança de posição de alguns roletes, através de leves batidas em seus suportes, com um martelo. e) Os roletes cujos rolos laterais possuem inclinação de 2º deverão ser montados de tal forma, que a direção do deslocamento da correia coincida com a direção da inclinação dos rolos laterais. f) Os roletes cujos cavaletes laterais não possuem inclinação de 2º poderão, se necessário, ser montados com a referida inclina- ção, utilizando-se pequenos calços (arruelas) no lado de trás de seus suportes. Entretanto, iclinações superiores à indicada provocarão um desgaste acentuado na cobertura inferior da correia. g) Os roletes autoalinhantes devem ser montados de 12 a 19 mm acima da linha normal dos demais roletes, para garantir-lhes um bom contato com a correia. A maioria dos autoalinhantes trabalhará melhor quando a correia estiver seca, pois o coe- ficiente de atrito entre uma correia úmida e os rolos diminui bastante. Para ambientes úmidos, os cavaletes autoalinhantes devem possuir rolos laterais. h) O ponto mais atuante dos roletes autoalinhantes situa-se de 10 a 15 metros a partir dos tambores extremos, dependendo da largura da correia. Para transportadores de grande capacidade e comprimento, deverão ser utilizados espaça- mentos de 30m. Não se recomenda a utilização de cavaletes autoalinhantes sob as guias dematerial. i) Não se devem colocar rolos-guia dos roletes autoalinhantes em transportadores com máquinas móveis na parte da carga, antes de se fazer um trabalho prévio de alinhamento da correia. j) Todos os tipos de rolos-guia desgastam a correia quando em contato permanente com a mesma. k) Os transportadores reversíveis não deverão possuir roletes de carga com inclinação de 2º e os roletes autoali- nhantes deverão ser diferentes dos descritos nos item (e) e (h). l) Todas as correias devem estar suficientemente elevadas do piso, no retorno, para facilitar-lhes a inspeção, manutenção e limpeza. m) Os rolos-guia devem ficar de 25 a 40 mm de distância das bordas laterais da correia, pois uma distância maior, ou menor do conjunto influirá na eficiência de alinhamento da correia. Manual GAVI indd 190Manual GAVI.indd 190 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 191/278 | 191 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Errado Certo n) Por se tratar de um conjunto apoiado sobre rolamentos, colocar o conjunto A. A. de carga entre dois cavaletes, a uma distância igual ou menor que 0,90 m. A uma distância maior, ou em uma área de transição, ele receberá muito peso e o esforço da correia, o que poderá causar-lhe danos. Sobretudo quando se precisar colocar um conjunto A.A. de carga antes dos chutes e perto do retorno da correia, deve-se observar a distância do tambor traseiro até o último cavalete de transição. Vida útil do rolo conforme a norma ABNT - NBR 6678 A vida de um rolo depende de muitos fatores tais como material transportado, espessura de sua parede, eficiência de vedação do rolamento, meio ambiente, dentre outros. Porém, como todos estes fatores não são quantificáveis, a vida do rolamento é tomada como indicativo da vida do rolo. Entende-se como vida do rolamento o número de horas a uma determinada rotação que 90% dos rolamentos atingem antes que apareçam os primeiros sinais de fadiga (descasca- mento) em seus anéis, ou corpos rolantes. A vida real da carcaça do rolo pode ser, portanto, inferior à vida do rolamento. Recomenda-se, normalmente, como valor de referência, uma vida de 30.000 horas a 500 rpm. Para aplicações ESPECIAIS, a vida do rolamento deve ser acordada entre usuário e fornecedor. CEMA B = Rolos com Eixo de 20 mm - Rolamentos 6204 CEMA C = Rolos com Eixo de 25 mm - Rolamentos 6205/6305 CEMA D = Rolos com Eixo de 30 mm - Rolamentos 6206/6306 CEMA E = Rolos com Eixo de 40/45 mm - Rolamentos 6308/6309 CEMA F = Rolos com Eixo de 50/60 mm - Rolamentos 6310/6312 Manual GAVI indd 191Manual GAVI.indd 191 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 192/278 192 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Convém observar que diâmetros de rolos maiores são mais adequados aos serviços pesados. Eixos maiores deverão estar relacionados a diâmetros maiores, que apresentam menor resistência ao rolamento, menor ‘penetração’ na correia, maior espessura do tubo (nos rolos de aço) garantindo, de modo geral, uma vida útil maior. Na tabela abaixo, conhecendo-se o diâmetro do rolo, pode-se verificar a velocidade máxima da correia, dentro dos critérios estabelecidos. A NBR 8011 estabelece critérios adicionais para a velocidade da correia. Velocidade de rotação do rolo Unidade: rpm Correia(m/s) Rolo 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 75 127 255 382 509 637 764 891 1019 1146 1273 1401 1528 100 95 191 286 382 477 573 668 764 859 955 1050 1146 127 75 150 226 301 376 451 526 602 677 752 827 902 152 63 126 188 251 314 377 440 503 565 628 691 754 165 58 116 174 231 289 347 405 463 521 579 637 694 178 54 107 161 215 268 322 376 429 483 536 590 644 194 49 98 148 197 246 295 345 394 443 492 541 591 219 44 87 131 174 218 262 305 349 392 436 480 523 AUMENTO DE VELOCIDADE DA CORREIA Deve-se observar que o aumento na velocidade da correia pode permitir uma redução na largura da correia e a diminuição da carga nas estruturas, para uma mesma capacidade desejada. No entanto, ter-se-á, em contrapartida, maior desgaste da correia; possível degradação do material transportado; impacto maior sobre os roletes, principal- mente no transporte de materiais pesados; e perda de produto devida ao vento, quando se tratar de materiais finos e secos. Pode ocorrer, portanto, redução na vida útil de alguns componentes do transportador. A velocidade do transportador não deve ser superior a 600 rpm nos rolos. Problemas gerados pelo aumento de velocidade das correias: a) Para uma mesma capacidade de carga. Redução da vida útil de alguns componentes Maior desgaste da cobertura da correia Maior degradação do material transportado Maior impacto nos roletes Maior desgaste de raspadores b) Rotação do rolo A rotação do rolo não deve ser superior a 600 rpm para não comprometer o sistema de vedação. Manual GAVI indd 192Manual GAVI.indd 192 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 193/278 | 193 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais c) Controle de material fugitivo Quanto maior a velocidade da correia, mais difícil é o controle do material fugitivo nas transferências. d) Chutes Quando as velocidades são elevadas, o material transportado é projetado para mais distante, o que sugere mu- dança no projeto do chute. Velocidades altas dificultam também a coleta dos finos retirados pelos raspadores. A norma NBR 8011 indica alguns valores de referência para velocidades máximas, conforme mostrado a seguir. Material: carvão mineral, terra, minérios moles, pedras britadas e materiais abrasivos. Correia com largura inferior a 1600 mm Velocidade recomendada: até 4 m/s Correia com largura inferior a 1800 mm Velocidade recomendada: até 5 m/s. 70% da carga são suportados pelo rolo central, que também responde pela força proporcional de atrito. Embora cada um dos rolos laterais suporte 15% de carga, todos os rolos são iguais. Atrito provocado pelo deslocamento e pela defor- mação da correia em função do diâmetro do rolo. Atrito do material transportado. Deve-se lembrar que a correia não é totalmente rígida; portanto, sempre há uma deflexão entre os suportes de apoio dos rolos. Assim, quanto maior a distância entre os roletes, maior a flecha e maior o atrito. Manual GAVI indd 193Manual GAVI.indd 193 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 194/278 194 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS PROBLEMAS NOS CAVALETES COM ÂNGULO DE 45º. Maior distância de transição. Pouca distância da borda da correia até a guia de material Maior facilidade da correia escapar da guia causando vazamento em situações de desalinhamento. Maior dificuldade de acamamento da correia. Maior carga no rolo central. Perda de precisão de eventuais balanças. ALGUNS PROBLEMAS DE RESISTÊNCIA QUE TENDEM A AUMENTAR O ESFORÇO DOS MOTORES. Resistência à rotação dos roletes, devido ao atrito no sistema de vedação. Resistência ao movimento, devida à flexão da correia e ao peso do material passando sobre os rolos. Resistência ao atrito da correia com os rolos, resultante de imprecisões na montagem, desalinhamento, etc. Resistência devida ao atrito do material com as paredeslaterais das guias. Resistência devida ao atrito entre a correia, raspadores e limpadores. Resistência devida à inclinação de 2º dos roletes no sentido do movimento da correia. Resistência devida à queda do material contra o sentido da correia, nas transferências. Norma NBR 6678 Esta norma padroniza dimensões de rolos e suportes, arranjos e folgas de roletes, cargas e procedimentos para seleção e inspeção de roletes de transportadores de correia. q h Detalhe X r a m i n s m Manual GAVI indd 194Manual GAVI.indd 194 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 195/278 | 195 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Posição do rolos-guia Série a min m q carga q retorno r s 15 10 150 2/3 s 1/2 s 50 70 20 10 180 50 70 25 20 230 75 120 30 25 280 100 150 40 25 280 100 150 50 25 280 100 150 60 25 320 100 150 Roletes autoalinhantes de transportadores reversíveis não possuem o braço de alavanca com o rolo-guia, sendo substituídos por dispositivos especiais. Todos os demais detalhes e dimensões aqui normatizadas, aplicam-se tam- bém aos roletes autoalinhantes destes transportadores. Roletes autoalinhantes para correias com rolos de retorno em “V” normalmente não se fazem necessários. Em casos especiais, podem ser utilizados roletes autoalinhantes planos. O rolete autoalinhante deve ser fabricado com as mesmas dimensões “h” dos demais roletes; porém, como no rolete autoalinhante de carga é conveniente uma pressão adicional da correia para faze-la atuar mais rápido, recomenda- se a utilização de um calço de 10 a 20 mm sob a base do cavalete. Não há necessidade de se alterar o valor de “h” nos roletes autoalinhantes de retorno. Devido à instabilidade dos roletes autoalinhantes de maior porte recomenda-se que, a partir de transportadores com 1000 mm de largura, sejam utilizados pontos de apoio adicionais, como no detalhe “X” do desenho acima. Este critério se aplica, tanto na carga, quanto no retorno. Folga entre os rolos e entre os rolos e cavaletes A folga (C) entre as extremidades dos rolos de carga deve ser a mínima possível e jamais superior aos valores indi- cados na tabela. Especial atenção se deve dar aos transportadores que utilizam correias de espessura inferior a 10 mm e com perfis compostos de curvas acentuadas. Nestes casos, a folga não deve ser superior a 10 mm. Quanto menor a folga entre os rolos, maior será a vida (útil) da correia. Manual GAVI indd 195Manual GAVI.indd 195 23/3/2011 15:41:5423/3/2011 15:41:54 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 196/278 196 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Folga máxima entre rolos de carga Série Rolete Folga “C” 15 Duplo 10 mm 15, 20, 35, 30 Triplo 15 mm 40 Triplo 20 mm 50 Triplo 25 mm 60 Triplo 30 mm Folga entre rolos e cavaletes Ø Rolo Folga B 75 a 127 30 mm 152 a 178 38 mm 194 50 mm 219 60 mm Estas folgas se aplicam a todos os tipos de roletes de carga, inclusive aos roletes de impacto e de transição. Norma NBR 6171 Esta norma padroniza a folga das bordas das correias transportadoras em relação ao obstáculo lateral mais próximo. Para informações mais detalhadas, consultar também a norma NBR 6177. FOLGA NAS LATERAIS DAS CORREIAS TRANSPORTADORAS Distância (C) entre as bordas da correia e o obstáculo lateral mais próximo (individual ou contínuo), que possa inter- ferir no deslocamento da correia transportadora, conforme figura. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS Folgas laterais mínimas das correias, conforme indicado na tabela. Nenhum valor poderá ser inferior aos valores para obstáculo individual com V < 3 m/s. Se o lado transportador da correia for côncavo, deve-se levar em conta a possibilidade de a correia levantar-se e ficar plana. Largura da Correia (b) (mm) Folga mínima “c” (mm) Obstáculo individual Obstáculo contínuo ou repetitivo v < 3m/s v=ou > 3 m/s (10% de b) v < 3m/s (7,5% de b) v=ou > 3m/s (10% de b) 400 - 650 50 40 - 65 30 - 49 40 - 65 800 - 1400 75 80 - 140 60 - 105 80 - 140 1600 - 2000 100 160 - 200 120 - 150 160 - 200 2200 - 3000 160 220 - 300 165 - 225 220 - 300 Manual GAVI indd 196Manual GAVI.indd 196 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 197/278 | 197 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Topografia dos transportadores Rolete de carga Rolete de impacto Rolete de retorno Tambor da cabeça Tambor esticador Tambor de dobra Tambor de retorno Manual GAVI indd 197Manual GAVI.indd 197 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 198/278 198 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Alinhamento O alinhamento dos tambores não influencia muito no desalinhamento das correias, pois ela passeia sobre os mes- mos. O referido desalinhamento só as prejudica, quando a linha de centro do tambor estiver mais de 50 mm afas- tado da linha de centro do transportador. Isto ocorre porque a borda da correia pode sair do tambor e forçar um desgaste prematuro, dando inicio a um desalinhamento. EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO NOS TAMBORES Alinhamento dos tambores Tambor Esquerdo Direito Diferença 1 1,708 1,708 00 2 1,708 1,710 -02 3 3,150 3,140 +10 4 1,614 1,594 +20 5 1,727 1,708 +19 6 3,200 3,185 +15 7 1,863 1,863 00 No alinhamento dos roletes de carga, uma diferença superior a 10 mm deve ser corrigida, para evitar que os rolos trabalhem forçados pela correia e sofram desgaste antecipado. Alinhamento dos rolos de carga Rolo Esquerdo Direito Diferença 1 1,181 1,160 -11 2 1,186 1,155 -16 3 1,190 1,151 -20 4 1,176 1,165 -06 5 1,152 1,189 +18 6 1,162 1,179 +08 7 1,170 1,170 00 Manual GAVI indd 198Manual GAVI.indd 198 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 199/278 | 199 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais O alinhamento dos rolos de retorno não influencia muito no desalinhamento das correias, pois ela passeia sobre os mesmos. O referido desalinhamento só as prejudica, quando a linha de centro do rolo estiver mais de 50 mm afastado da linha de centro do transportador. Isto ocorre, porque a borda da correia pode sair do rolo, forçar um desgaste prematuro, dar início a um desalinhamento e tocar a estrutura do transportador. Alinhamento dos rolos de retorno Rolo Esquerdo Direito DIFERENÇA 1 1.181 1.160 +11 2 1.170 1.170 00 3 1.165 1.175 -05 4 1.150 1.190 -20 5 1.195 1.145 +25 6 1.170 1.170 00 7 1.110 1.230 -60 Nivelamento Quando o nivelamento dos tambores ultrapassar 0,5 % do comprimento dos tambores, ele começará a influenciar no desalinhamento das correias. Tamanho Tolerância 100 mm 0,5 mm 500 mm 2,5 mm 1000 mm 5 mm 2000 mm 10 mm 2500 mm 12,5 mm Manual GAVI indd 199Manual GAVI.indd 199 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 200/278 200 | MANUALDE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Nivelamento dos tambores Tambor Esquerdo Direito Diferença 1 20,500 20,502 -02 3 21,208 21,207 -01 7 20,064 20,061 -03 8 20,901 20,903 +02 5 21,050 21,051 +01 6 20,067 20,067 00 4 49,363 49,393 +30 Quando o desnível de um rolete de carga ultrapassar 5 mm, deve-se corrigi-lo. Isto porque, se um rolo estiver mais baixo do que o outro (–), a correia forçará os rolos anterior e posterior. Se o rolo estiver mais alto (+) a correia irá forçá-los de modo excessivo, o que provocará um desgaste prematuro da correia, contribuindo, de certa forma, para o seu desalinhamento. Nivelamento dos rolos de carga Rolo Esquerdo Direito Diferença 1 21,029 21,041 -12 2 21,030 21,042 -12 3 21,032 21,043 -12 4 21,033 21,044 -11 5 21,034 21,046 -11 6 21,036 21,047 -11 7 21,037 21,048 -11 8 21,038 21,049 -11 9 21,040 21,050 -10 Quando o nivelamento dos rolos de retorno ultrapassar 0,5 % do seu comprimento, ele começará a influenciar no alinhamento das correias. Manual GAVI indd 200Manual GAVI.indd 200 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 201/278 | 201 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Tamanho Tolerância 100 mm 0,5 mm 500 mm 2,5 mm 1000 mm 5 mm 2000 mm 10 mm 2500 mm 12,5 mm Esquadro O desquadramento dos tambores influencia no desalinhamento da correia quando os referidos tambores estão próximos um do outro, sem roletes entre eles, como por exemplo: tambor motriz/tambor de encosto; tambor cabeça ou de descarga; tambor de desvio, dentre outros, e o referido desquadramento ultrapassa 0,5 % do comprimento dos tambores. Quando o tambor é de esticamento, essa diferença pode ser maior, uma vez que o referido tambor é forçado nas extremidades, para alinhamento da correia. Esquadro dos tambores Tambor Esquerdo Direito Diferença 1\3 1,512 1,489 +23 3\7 36,473 36,471 +02 7\8 2,135 2,129 +06 8\5 2,506 2,504 +02 5\6 2,093 2,095 -02 6\4 288,940 288,911 +29 Manual GAVI indd 201Manual GAVI.indd 201 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 202/278 202 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Quando a soma das diferenças de 3 cavaletes de carga se aproximar de 20 mm, as citadas diferenças deverão ser imediatamente corrigidas, para não forçarem a correia, causando-lhe desalinhamento. Esquadro dos rolos de carga Rolo Esquerdo Direito Diferença 1 ---- ---- ---- 2 0,945 0,940 +05 3 0,784 0,795 -11 4 0,798 0,803 -05 5 0,792 0,797 -05 6 0,935 0,824 +111 7 0,945 0,943 +02 8 0,395 0,405 -10 Quando o esquadro dos roletes de retorno ultrapassar 10 mm, o rolo começará a forçar a correia para o lado que está mais aberto no sentido da correia, causando-lhe desalinhamento. Manual GAVI indd 202Manual GAVI.indd 202 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 203/278 | 203 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Esquadro dos rolos de retorno Rolo Esquerdo Direito Diferença 1 5,840 5,820 +20 2 2,800 2,820 -20 3 4,770 4,800 -30 4 3,680 3,640 +40 5 4,430 4,350 +80 6 3,240 3,250 -10 7 2,150 2,160 -10 8 3,320 3,285 +35 Transição de correia transportadora OBJETIVO A norma ABNT estabelece os procedimentos para o cálculo da distância mínima de transição entre as regiões de carregamento e descarga de transportadores de correias. DEFINIÇÃO Transição é a distância mínima a ser mantida entre o último rolete com inclinação normal no transportador e o tam- bor mais próximo (descarga ou retorno), com o objetivo de se evitarem tensões excessivas na correia. Esta Norma permite determinar as distâncias mínimas de transição para transportadores de correia que empregam correias de alma de tecidos (lonas) e de cabo de aço. Quando se utilizam cavaletes com rolos inclinados, o topo do tambor de descarga será sempre levantado (Figura 02). É opcional o levantamento do topo do tambor de retorno. Este procedimento não se aplica aos transportadores de correia com cavaletes de rolos planos (Figura 01). As Tabelas 01 e 02 apresentam as distâncias mínimas de transição com almas de tecidos, ou cabos de aço. Nas referidas tabelas, a percentagem de tensão admissível é o valor determinado por: P = 100 . T / T1 Onde: T = tensão atuante na correia, região onde se quer determinar a distância mínima de transição. T1 = tensão admissível da correia Quando a distância mínima de transição indicada nas Tabelas 01 e 02 forem maior que o espaçamento normal dos ro- letes de carga, utilizam-se roletes de transição no intervalo compreendido entre o último rolete de carga e o tambor. Manual GAVI indd 203Manual GAVI.indd 203 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 204/278 204 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS L L2 L1 R s1 s2 Calculam-se as alturas, ou espessuras dos calços dos roletes na área de transição por: S1 = RL1 / L . s2 = RL2 / L ....... Exemplo de cálculo dos calços para uma correia de 60” com alma de tecido, tensão admissível <60%, espaçamento = 900mm, R = 160 e L = 2745. s1 = 160 . 900 = 52 mm s2 = 160 . 1800 = 105 mm 2745 2745 Sem levantamento do topo do tambor Manual GAVI indd 204Manual GAVI.indd 204 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 205/278 | 205 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Com levantamento do topo do tambor R = no máximo a metade da altura cavalete R Distância da Transição < 60% tensão admissível 1º rolete carga 35° Distância mínima: Correia lona = 1.0 vez a largura da correia. Correia cabo aço = 1.8 vezes a largura da correia. s1 s2 Manual GAVI indd 205Manual GAVI.indd 205 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 206/278 206 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS TABELA 01 – Distância mínima de transição para correias de alma de tecido (lona) Largura da correia Sem levantamento do topo do tambor Com levantamento do topo do tambor Tensão admissível (atuante) Tensão admissível (atuante) MM POL. ANG. <60% 60 – 90 % >90% <60% 60-90% >90% 406 16” 20˚ 490 650 730 245 325 365 508 20” 20˚ 610 910 910 305 405 455 35˚ 915 1220 1630 510 660 815 20˚ 730 980 1100 365 490 550 610 24” 35˚ 1100 1465 1950 610 795 975 45˚ 1465 1950 2440 795 975 1220 20˚ 910 1220 1370 455 610 685 762 30” 35˚ 1370 1830 2440 760 990 1220 45˚ 1830 2440 3050 990 1220 1520 20˚ 1100 1460 1640 550 730 820 914 36” 35˚ 1645 2190 2920 915 1190 1460 45˚ 2190 2925 3660 1190 1460 1830 20˚ 1280 1710 1920 640 855 960 1067 42” 35˚ 1920 2560 3410 1065 1390 1705 45˚ 2560 3415 4270 1390 1710 2130 20˚ 1460 1950 2190 730 975 1095 1219 48” 35˚ 2195 2925 3900 1220 1585 1950 45˚ 2925 3900 4880 1585 1950 2440 20˚ 1650 2200 2470 825 1100 1235 1372 54” 35˚ 2470 3295 4390 1370 1785 2195 45˚ 3290 4390 5490 1785 2195 2740 20˚ 1830 24402740 915 1220 1370 1524 60” 35˚ 2745 3660 4880 1525 1980 2440 45˚ 3660 4880 6100 1980 2440 3050 20˚ 2190 2930 3290 1095 1465 1645 1829 72” 35˚ 3290 4390 5850 1830 2380 2925 45˚ 4390 5855 7315 2380 2925 3660 20˚ 2561 3414 3841 1280 1701 1921 2134 84” 35˚ 3841 5122 6829 2134 2774 3414 45˚ 5122 6829 8323 2774 3414 4268 Manual GAVI indd 206Manual GAVI.indd 206 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 207/278 | 207 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais TABELA 02 – Distância mínima de transição para correias de alma de cabo de aço Largura da correia Sem levantamento do topo do tambor Com levantamento do topo do tambor Tensão admissível (atuante) Tensão admissível (atuante) MM POL ANG. <60% 60 – 90% >90% <60% 60 – 90% >90% 20˚ 1710 1950 2440 610 975 1220 610 24” 35˚ 2195 3170 4150 1100 1585 2075 45˚ 2685 3905 4880 1405 1950 2440 20˚ 2135 2440 3050 760 1220 1520 762 30” 35˚ 2745 3960 5180 1370 1980 2590 45˚ 3355 4875 6095 1755 2440 3050 20˚ 2560 2925 3655 915 1460 1830 914 36” 35˚ 3290 4750 6215 1645 2375 3110 45˚ 4020 5850 7310 2100 2925 3655 20˚ 2990 3415 4270 1065 1705 2135 1067 42” 35˚ 3840 5550 7255 1920 2775 3630 45˚ 4695 6830 8535 2455 3415 4270 20˚ 3415 3900 4875 1220 1950 2440 1219 48” 35˚ 4390 6340 8290 2195 3170 4145 45˚ 5365 7800 9750 2805 3900 4875 20˚ 3840 4390 5490 1370 2195 2745 1372 54” 35˚ 4940 7135 9330 2470 3565 4665 45˚ 6035 8780 10975 3155 4390 5490 20˚ 4270 4875 6095 1525 2440 3050 1524 60” 35˚ 5485 7925 10365 2745 3960 5180 45˚ 6705 9755 12190 3505 4875 6095 20˚ 5120 5855 7315 1830 2925 3660 1829 72” 35˚ 6585 9510 12435 3290 4755 6220 45˚ 8050 11705 14630 4205 5855 7315 20˚ 5762 6829 8323 2134 3414 4268 2134 84” 35˚ 7682 11097 14511 3841 5548 7256 45˚ 9390 13444 17072 4908 6829 8536 Manual GAVI indd 207Manual GAVI.indd 207 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 208/278 208 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS DISTÂNCIA DE TRANSIÇÃO Pode-se definir como distância de transição, a distância necessária para que a correia passe de sua forma plana à configuração dos roletes. Esta distância deve ter valores mínimos para se evitar a sobretensão das suas bordas. Nas correias com cabo de aço, a distância de transição deve ser aproximadamente 2 vezes a distância de correias com lonas. Assim sendo, ao se mudar de correia de lona para correia com cabo de aço, estes valores devem ser cuidadosamente verificados. Distâncias de transição insuficientes, dentre outros inconvenientes, provocam a rup- tura prematura de emendas. TRANSIÇÃO Transição nada mais é do que a mudança de planos de correia, isto é, passagem do plano ao acamado ou vice e versa. Na transição a correia é submetida a um desequilíbrio de tensões entre as bordas e o centro e para evitar uma ten- são excessivamente alta das bordas, a distância da transição deve ser cuidadosamente analisada. Nesses pontos, a transição pode ser de dois modos: Ângulo de inclinação dos rolos laterais ( αr) Porcentagem da tensão admissível (% Tad) A mínimo Ângulo de inclinação dos rolos laterais ( αr) Porcentagem da tensão admissível (% Tad) A mínimo 20° 90 1,8 L 20° 90 0,9 L 60 a 90 1,6 L 60 a 90 0,8 L 60 1,2 L 60 0,6 L 35° 90 3,2 L 35° 90 1,6 L 60 a 90 2,4 L 60 a 90 1,3 L 90 1,8 L 90 1,0 L 45° 90 4,0 L 45° 90 2,0 L 60 a 90 3,2 L 60 a 90 1,6 L 60 2,4 L 60 1,3 L Manual GAVI indd 208Manual GAVI.indd 208 23/3/2011 15:41:5523/3/2011 15:41:55 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 209/278 | 209 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Disposição dos cavaletes de impacto e de carga sob as guias de material LINHA DE CENTRO TR.TXA GUIA DE MATERIAL SENTIDO DA CORREIA POSIÇÃO ATUAL DOS CAVALETES 700 360 370 490 360 630 670 350 1020 POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO 700 360 370 490 360 430 4 30 430 350 1020 ACRESCENTAR 01 CAVALETE TR.TX A SOBRE TR.TX B LINHA DE CENTRO TR.BX A LINHA DE CENTRO TR.BX B GUIA DE MATERIAL SENTIDO DA CORREIA POSIÇÃO ATUAL DOS CAVALETES 980 680 350 720 960 760 360 360 700 POSIÇÃO DOS CAVALETES APÓS MELHORAMENTO 860 4 00 400 350 420 420 400 400 400 400 360 360 350 350 ACRESCEN- TAR 01 TR.BX A E BX B SOBRE TR.BX C ACRESCENTAR 01 CAVALETE ACRESCENTAR 03 CAVALETES Manual GAVI indd 209Manual GAVI.indd 209 23/3/2011 15:41:5623/3/2011 15:41:56 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 210/278 210 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Medidas-padrão dos roletes F D @ A A B 1 8 5 C C C 9.5 A 4 0 IMPACTO CARGA R 4 0 EE I M P A C T O D C A R G A @ 4 0 5 1 6 2 3 4 7 8 1 6 IMPACTO CARGA G H 7 0 4 0 1 2 . 5 J F R F 1 8 5 12 150 J 220 4 0 Tabela n˚ 1 Tabela dos decks para cavalete de carga com @=35˚/45˚ Descrições Correia transportadora 36” 48” 60” 72” 84” A 1180 1600 1905 2210 2514 B 1052 1410 1844 2042 2422 C 347 475 562 662 772 D 287 310 293 310 310 E 25 28 30 32 35 F 23 23 33 33 33 G 190 240 240 300 300 H 250 320 320 360 360 J 18 18 22 22 22 R 15 15 20 20 20 Manual GAVI indd 210Manual GAVI.indd 210 23/3/2011 15:41:5623/3/2011 15:41:56 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 211/278 | 211 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Tabela n˚ 2 Tabela dos decks para cavalete de impacto com @=35˚/ 45˚ Descrições Correia transportadora 36” 48” 60” 72” 84” A 1180 1600 1905 2210 2514 B 1052 1410 1844 2042 2422 C 347 475 562 662 772 D 287 310 316 343 343 E 25 28 30 32 35 F 23 23 33 33 33 G 190 240 240 300 300 H 250 320 320 360 360 J 18 18 22 22 24 R 15 15 20 20 20 d P D L 3 L1 L 2 1212 Tabela n˚ 3 Tabela dos rolos de carga e rolos de impacto Descrições Correia transportadora 36” 48” 60” 72” 84” L 1 379 504 597 697 807 L 2 345 473 560 660 770 L 3 335 460 550 650 760 ø d ø30 ø30 ø40 ø40 ø40 P 22 22 32 32 32 ø D Carga Impacto Carga Impacto Carga Impacto Carga Impacto Carga Impacto ø165 ø194 ø165 ø194 ø165 ø204 ø165 ø204 ø165 ø204 Rolamento de impacto 6306 2RS 6306 2RS 21309 C 21309 C 21309 C Rolamento de carga 6306 2RS 6306 2RS 6309 2RS 6309 2RS 6309 2RS Material dos rolos de impacto Revestimento em borracha vulcanizada lisa com dureza de 65 SHORE “A” Material: norma ABNT EB 362 – 5AA – 625 – A13 – B13 – K11. Manual GAVI indd 211Manual GAVI.indd 211 23/3/2011 15:41:5723/3/2011 15:41:57 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 212/278 212 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS P d L2 L3 L1 D 12 12 Tabela n˚ 4 Tabelas dos rolos de retorno Descrições Correia transportadora 36”48” 60” 72” 84” L1 1084 1442 1877 2075 2455 L2 1050 1408 1842 2040 2420 L3 1032 1390 1822 2020 2400 ød ø30 ø 30 ø40 ø40 ø40 P 22 22 32 32 32 øD ø194 ø194 ø204 ø204 ø204 Rolamento de retorno 6306 2RS 6306 2RS 6309 2RS 6309 2RS 6309 2RS Material dos rolos de retorno Revestimento em borracha vulcanizada lisa com dureza de 75 SHORE “A” Material: Norma ABNT EB 362 – 5AA – 725 – A13 – B13 – K11. Setenta por cento (70%) da carga do transportador são suportados pelos rolos centrais. Em alguns transportadores, as distâncias entre cavaletes é superior a 900 mm; por isso, sua fecha é maior que a permitida e, muitas vezes, a carga transportada é maior que a estipulada no projeto, razão pela qual os rolos centrais dos cavaletes, que são todos iguais, danificam-se primeiro. Manual GAVI indd 212Manual GAVI.indd 212 23/3/2011 15:41:5723/3/2011 15:41:57 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 213/278 | 213 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Para amenizar estes problemas, algumas empresas estão utilizando cavaletes com um balancim e dois rolos no centro, de modo a dividir a carga para 35% em cada rolo e aumentar a vida útil do rolamento. Este sistema só não pode ser usado nos cavaletes autoalinhantes pois, ao funcionar, provocará um desgaste muito grande nos rolos e na correia. Utilizados nos cavaletes comuns, os rolos com a caixa conformada, da Sandvik, deixam uma folga grande entre eles, onde a correia penetra, causando-lhe bolhas. A utilização do modelo de cavalete com balancim e rolos duplos no centro, tornará possível a opção pelos rolos com caixa conformada, da Sandvik, sem causar problemas à correia. Manual GAVI indd 213Manual GAVI.indd 213 23/3/2011 15:41:5823/3/2011 15:41:58 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 214/278 214 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A folga (C) entre as extremidades dos rolos de carga deve ser a mínima possível, não devendo ultrapassar 25 mm. Especial atenção se deve dar aos transportadores que utilizam correias com espessura inferior a 10 mm e com perfis compostos de curvas acentuadas. Nestes casos, a folga não deverá ser superior a 10 mm. Quanto menor a folga entre os rolos, maior será a vida útil da correia. Modelo de rolo padrão em cavalete comum Modelo de rolo da Sandvik, em cavalete comum Manual GAVI indd 214Manual GAVI.indd 214 23/3/2011 15:41:5823/3/2011 15:41:58 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 215/278 | 215 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Com os balancins, os vários modelos de rolos exercem efeito semelhante na correia. Modelo de rolo padrão, com balancim Modelo de rolo da Sandvik, com balancim O rolete ESI - Energy Saving Idler, que consiste em substituir o rolo central por um par de rolos mais leves montados em balancim articulado reduz, dessa forma, o espaçamento dos rolos centrais de apoio da correia, trazendo vanta- gens consideráveis na redução das forças de atrito que impedem o movimento da correia carregada, da potência efetiva (menor consumo de energia) e aumenta a vida útil da correia, porque este sistema evita as bolhas causadas entre os rolos laterais e o rolo central. Montagem do rolo de carga, com duplo envelope Montagem do rolo de carga, com caixa estampada Os rolos de carga modelo IHI, utilizam rolamentos SFF 309 ZZ, da SKF. Diâmetro do eixo: 45 mm. Manual GAVI indd 215Manual GAVI.indd 215 23/3/2011 15:42:0023/3/2011 15:42:00 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 216/278 216 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Fabricação e montagem do rolo de carga com caixa estampada Manual GAVI indd 216Manual GAVI.indd 216 23/3/2011 15:42:0123/3/2011 15:42:01 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 217/278 | 217 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Rolos tradicionais, da Sandvik. Fabricação e montagem do rolo de carga com caixa conformada Rolos Conformados, da Sandvik. Manual GAVI indd 217Manual GAVI.indd 217 23/3/2011 15:42:0223/3/2011 15:42:02 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 218/278 218 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Rolos afastados da correia. Desnivelamento: correia nova, sem carga, ou correia muito esticada? Rolo travado, muito material acumulado, carcaça com desgaste: sobrecarga, falta de inspeção, falta de manuten- ção, ou material da carcaça pouco resistente? Manual GAVI indd 218Manual GAVI.indd 218 23/3/2011 15:42:0223/3/2011 15:42:02 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 219/278 | 219 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Carcaça com amassamento e muito desgaste: descuido no manuseio, montagem errada, ou material da carcaça pouco resistente? Distâncias entre os rolos de impacto maiores que as recomendadas. A norma (NBR 6678 / 1988) recomenda cor- reias com, no máximo, 25 mm de largura. Cavaletes de impacto e carga desnivelados sob as guias. Rolos de impacto e carga na região de impacto, sob a guia de material. Manual GAVI indd 219Manual GAVI.indd 219 23/3/2011 15:42:0323/3/2011 15:42:03 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 220/278 220 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 1.100mm 910mm Os cavaletes de impacto e carga sob as guias de material estão com afastamento superior ao recomendado (pa- drão), aumentando a flecha da correia e permitindo que o material passe pelas guias. Medidas padrão: distância de 400 mm entre os cavaletes de impacto e 500 mm entre os cavaletes de carga. Com os rolos desnivelados e os cavaletes fora da medida padrão, a correia cede com o peso do material, ocorrendo os vazamentos. Em algumas transferências, coloca-se chapa de proteção nos decks sob os cavaletes da mesa de impacto, para evitar que o material caia na correia. Manual GAVI indd 220Manual GAVI.indd 220 23/3/2011 15:42:0423/3/2011 15:42:04 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 221/278 | 221 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Acúmulo de material na proteção entre os cavaletes, travando os rolos da mesa de impacto. Assim, para se evitar o problema de material no retorno da correia, cria-se outro, bem pior. Rolos de retorno em “V” e retos. Material acumulado sob a correia, travando os rolos de retorno. Manual GAVI indd 221Manual GAVI.indd 221 23/3/2011 15:42:0523/3/2011 15:42:05 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos222/278 222 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Quando o material sob as correias não é removido, ele se transforma numa mesa sobre a qual a correia desliza, causando danos aos rolos e à própria correia. Rolo de retorno que se incendiou. Manual GAVI indd 222Manual GAVI.indd 222 23/3/2011 15:42:0623/3/2011 15:42:06 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 223/278 | 223 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Este rolo foi aberto e verificou-se que não há proteção do refratário. Este refratário está sendo utilizado nos rolos de retorno e de impacto para proteger a borracha do calor e evitar que esta se incendeie, quando houver problemas nos rolamentos. Podem-se observar sinais de deslize da capa externa no alojamento. Portanto, o ajuste não estavacorreto. Anel refratário Anel refratário de quantidade inferior Os cavaletes autoalinhantes de carga e retorno devem ter altura de 12 a 19 mm superior a dos cavaletes anterior e posterior. (NBR 6678 /1988) Manual GAVI indd 223Manual GAVI.indd 223 23/3/2011 15:42:0923/3/2011 15:42:09 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 224/278 224 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Todo e qualquer cavalete autoalinhante deve ser montado a uma distância de no mínimo 8 metros de qualquer tambor e não pode ser montado próximo às guias de material. A. A. 1880 do tambor, está sem eficiência A. A. próximo à guia de material Carga A.A. 1880 do tambor: ineficiente Carga A.A. próxima à guia de material A. A. mais baixo que os cavaletes anterior e posterior Manual GAVI indd 224Manual GAVI.indd 224 23/3/2011 15:42:1023/3/2011 15:42:10 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 225/278 | 225 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais A norma NBR 6171, de 1993, determina que as folgas mínimas das bordas das correias, até o obstáculo mais pró- ximo, fiquem com 10% da largura da correia para cada lado, quando a velocidade da referida correia for igual ou superior a 3 m/s. Altura dos rolos-guia em relação à correia. Correia cortando a estrutura e caída. Falta de inspeção, de manutenção, ou erro de projeto? Manual GAVI indd 225Manual GAVI.indd 225 23/3/2011 15:42:1223/3/2011 15:42:12 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 226/278 226 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Rolo-guia pegando na estrutura e autoalinhante de carga mais baixo que os rolos anterior e posterior: falta de ins- peção, de manutenção, ou erro de projeto. Transição dianteira (descarga) e traseira (retorno). Transição montada com rolos desnivelados e sem a diminuição dos ângulos, até a chegada da correia no tambor. Manual GAVI indd 226Manual GAVI.indd 226 23/3/2011 15:42:1323/3/2011 15:42:13 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 227/278 | 227 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Transição traseira muito curta, forçando a correia. Transição forçada, provocando desgaste na parte superior do rolo. Manual GAVI indd 227Manual GAVI.indd 227 23/3/2011 15:42:1623/3/2011 15:42:16 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 228/278 Manual GAVI indd 228Manual GAVI.indd 228 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 229/278 | 229 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 11 Esticamento O esticamento é parte fundamental do transportador de correia e sem ele a correia simplesmente não se move. É ele que mantém a correia esticada para que o torque do motor chegue à correia através do tambor de acionamento. São funções básicas do esticamento: Assegurar tensão apropriada no lado frouxo da correia, no tambor de acionamento, para prevenir deslizamento da correia na partida; Assegurar tensão apropriada no ponto de carregamento e em outros pontos ao longo do transportador (procedi- mento necessário para prevenir flecha excessiva na correia e consequente derramamento de material); Proporcionar o ajuste do comprimento da correia, absorvendo seu alongamento, ou contração; Permitir folga para emendas de reposição. Esticamento, ou alongamento da correia Algumas correias podem ter diversos tipos de esticamento, ou alongamento: Alongamento elástico – é a parte do alongamento que ocorre durante a aceleração de partida e a desaceleração de frenagem. Este alongamento é quase inteiramente recobrado quando se elimina o puxamento, ou tensão. Alongamento construtivo – depende do tipo de fabricação da correia. Com aplicação da carga, há uma tendência de acomodação das fibras da carcaça da correia, resultando em aumento no comprimento da correia, parte do qual não se recupera. Aumento permanente no comprimento da correia – Inclui não só os aumentos de comprimento causados pelo alongamento da estrutura das fibras básicas, como aquela parte do alongamento elástico e construtivo que não se recupera. O comprimento requerido para esticamento depende de diversos fatores: 1. Tipo de partida, ou frenagem; 2. Frequência de partidas e paradas com a correia totalmente carregada; 3. Tipos de emenda da correia; 4. Características de esticamento e alongamento da correia que está sendo utilizada. Manual GAVI indd 229Manual GAVI.indd 229 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 230/278 230 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Tipos de dispositivos de esticamento a) Esticamento por parafuso. O esticamento manual por parafuso é recomendado somente onde não se pode aplicar o esticamento automá- tico, devido à limitação de espaço no caso de pequenos transportadores de correia, ou para serviços leves onde não são críticas as condições de esticamento. Esticadores de parafuso são geralmente utilizados com 300, 450, 600, 750, e 900 mm de curso. O principal problema da utilização de esticadores manuais é que estes requerem atenção e cuidado do operador e do inspetor, para observar quando é necessário esticar mais a correia, ajustando-se o esticador de forma a conseguir a tensão apropriada para a correia. Para cada correia, deve-se adotar um procedimento calculado de tensionamento (PRO), de forma a se colocar nos cilindros hidráulicos somente a pressão necessária. Vide PRO padrão, ao final deste capítulo. Esticadores manuais normalmente localizam-se no tambor de retorno do transportador, oposto ao tambor de acionamento. Além de ser este o local mais conveniente, é o posicionamento de menor custo, pois não envolve acréscimo de tambores. Entretanto, se necessário, é possível colocar-se esticador manual em qualquer ponto da correia (parte do retorno). b) Esticamento automático.O esticamento automático abrange os seguintes tipos: • Esticamento por gravidade • Esticamento por molas • Esticamento especial Esticamento automático é o tipo mais recomendável para a maioria dos transportadores de correia. Eles podem ser instalados na horizontal, na vertical, ou em posição inclinada e podem ser operados por gravidade, por me- canismo hidráulico, elétrico, ou pneumático. O tipo mais comum é o esticamento por gravidade. Outros tipos de esticamento automático são utilizados quan- do em condições especiais, que envolvem limitações de espaço, ou portabilidade. c) Comprimentos de esticamento recomendados pela CEMA. Os valores de comprimento de esticamento listados na tabela a seguir adequam-se à maioria das aplicações nos transportadores de correia. Manual GAVI indd 230Manual GAVI.indd 230 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 231/278 | 231 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais A redução ou aumento nestes valores dependerá de diversos fatores, tais como seleção da correia e caracte- rísticas da instalação, nas quais incluem-se as condições de operação. Entretanto, recomenda-se consultar as exigências do Fabricante da correia, antes de se determinar o comprimento do esticamento. Comprimento do esticamento (pés). Comprimento do transportador (pés) Correia de fibra Correias com cabos de aço 50 ou menos 1,5 – 100 3 – 200 6 – 300 8 – 500 14 – 700 18 – 1000 25 7 1500 34 8 2000 40 10 2500 47 12 3000 54 15 3500 59 17 4000 64 20 4500 70 22 5000 75 25 1 pé = 304.8 mm Considerando-se, para o esticamento da correia, ¾ do comprimento total. Fatores de alongamento da correia A correia é constituída, basicamente, de uma carcaça e sua cobertura superior e inferior, que permitem seu alon- gamento. Esta carcaça apresenta certa elasticidade. O referido alongamento ocorre devido às características de construção, ou características do material de que é feita a carcaça. Pode ser permanente, ou ocorrer apenas durante um período de maior solicitação da correia, tal como a partida, ou parada do transportador. Tanto o alongamento provisório, como o permanente devem ser absorvidos pelo esticamento. Fatores que afetam o alongamento da correia: Tipo de carcaça (cabo de aço, poliéster, nylon , etc.); Comprimento do transportador (quanto maior a correia, mais esta se alongará) Instalação inicial (com, ou sem pré-tensionamento); Posição do acionamento (afeta a tensão média do transportador); Manual GAVI indd 231Manual GAVI.indd 231 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 232/278 232 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Partida com material (pode provocar picos de tensão); Tipos de partida (controlada ou não ); Frenagem (pode provocar picos de tensão); Temperatura (auxilia o alongamento) Umidade (afeta alguns tipos antigos de fibras). Curso do esticamento Entende-se por curso de esticamento o deslocamento máximo do tambor de esticamento. Condições especiais, tais como o tipo de material utilizado na correia, podem aumentar ou diminuir o valor do curso de esticamento. De um modo geral, podem-se considerar os percentuais indicados na tabela. O curso do estica- mento é tomado em relação ao comprimento do transportador, ou seja, a distância entre os centros dos tambores extremos do transportador. Tipo de carcaça Curso (%) Nylon 3,0 a 4,0 Poliéster 1,5 Aramida 1,0 Cabo de aço 0,5 Esticamento horizontal, por gravidade. Manual GAVI indd 232Manual GAVI.indd 232 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 233/278 | 233 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Esticamento vertical, por gravidade Esticamento por parafuso. Tipo de carcaça Curso = % do comprimento Lona 3% - 600 mm - mínimo Cabo de aço Não recomendável ROLETE DE TRANSIÇÃO ROLETE AUTOALINHANTE DE CARGA ROLETE DE TRANSIÇÃO ROLETE DE IMPACTO ROLETE DE CARGA ROLETE DE RETORNO ROLETE AUTOALINHANTE DE RETORNO ROLETE HELICOIDAL Manual GAVI indd 233Manual GAVI.indd 233 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 234/278 234 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Procedimento a ser adotado antes de uma troca de correia. Folgar a correia Antes de se folgar a correia, observar onde o carrinho e/ou contrapeso está(ao) posicionado(s). Esta é posição de trabalho. A folga deixada na nova correia deve aproximar-se desta posição; Estrutura Parafuso Esticador Tambor de Esticamento Posição de trabalho do carrinho Carrinho Correia Tensionada Esticador Liberado Correia Folgada Para correias de esticador, liberar o esticador ao máximo, até que o carrinho encoste na estrutura; Tensionamento da correia Devemos observar o tipo de esticamento. Geralmente, 1 metro de curso no tambor de esticamento equivale a 2 metros de correia; 2 metros 1 metro Nas correias de esticador, tensioná-la o máximo possível com o carrinho encostado na estrutura, evitando assim eventuais folgas no decorrer do tempo. A correia nova alonga-se com o tempo, (conforme tabela). Portanto, a sua folga deve ser calculada levando-se em consideração: • O comprimento do curso do contrapeso; • O alongamento da correia quando se dá partida à mesma; • Folgas, para futuras trocas de emendas. Manual GAVI indd 234Manual GAVI.indd 234 23/3/2011 15:42:1723/3/2011 15:42:17 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 235/278 | 235 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Alongamento previsto das correias transportadoras: POLIÉSTER/NYLON .......................................................................1,5% NYLON/NYLON .............................................................................2,5% HT ...............................................................................................2,4% ARAMIDA .....................................................................................0,5% CABO DE AÇO ............................................................................0,25% Após a passagem da correia, tensioná-la prendendo um dos seus lados com braçadeira e puxando-a com tirfor, ou pá mecânica; Após tensionada, definir a folga necessária do contrapeso/esticador (definir também o viés e o comprimento daemenda); Folga Total Correia Aberta = Folga Contrapeso (Curso, Alongamento e Comprimento de Futuras Emendas + Viés + Comprimento da Emenda Procedimento para correias com tensionamento por parafusos. 1. Objetivo: Orientar os executantes da tarefa sobre a maneira correta e segura de se executar o pré-tensionamento de correia transportadora com parafusos para esticamento. 2. Campo de aplicação: Transportadores com esticamento por parafusos. 3. Recursos necessários: • Ferramentas manuais • Conjunto de bomba hidráulica, com dois cilindros do tipo RC106 (10 ton de capacidade e área de utilização de 14,4 cm²) • Chave de acordo com o equipamento • Calços para o cilindro, quando o percurso da correia for superior a 150 mm. Manual GAVI indd 235ManualGAVI.indd 235 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 236/278 236 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 4. Cuidados de SSO: • Conscientização dos funcionários através do DSS (Diálogo de Segurança e Saúde) que é aplicado todos os dias, antes de se dar início aos trabalhos. • Todos os envolvidos em serviços de qualquer natureza em sistemas de transportadores de correias devem, obrigatoriamente, ser treinados em informações sobre funcionamento e operação, dispositivos de proteção, pontos perigosos, inspeção rotineira, etc. 5. EPIs necessários - Luvas de vaqueta - Botinas com biqueiras de aço - Capacete com jugular - Protetor auricular (do tipo concha) - Óculos protetor 6. Descrição da Tarefa Consiste em aplicar a tensão de trabalho e garantir o alinhamento do transportador, utilizando dois cilindros hidráulicos. É importante manter a tensão em uma faixa adequada (entre 80% e 100%). Tensão baixa pode provocar escorregamento da correia no tambor de acionamento. Uma tensão muito alta irá provocar uma falha prematura nos rolamentos dos tambores e danos à correia. 7. Procedimento de pré-tensionamento. O pré-tensionamento da correia é obtido com o uso de dois cilindros hidráulicos, tendo como base a estrutura do transportador e o mancal do tambor de esticamento. Durante o pré-tensionamento, os dois cilindros deverão estar conectados à bomba e ambos, simultaneamente, deverão ser pressurizados até atingirem uma pressão de: • XX kg/cm² em cada cilindro, para uma tensão de 80% (YYY kgf) • XX kg/cm² em cada cilindro, para uma tensão de 90% (YYY kgf) • XX kg/cm² em cada cilindro, para uma tensão de 100% (YYY kgf) XX e YYY – Ver tabelas para cada equipamento. Caso a pressão não atinja o valor determinado com o curso total dos cilindros, far-se-á necessária a adição de calços. Manual GAVI indd 236Manual GAVI.indd 236 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 237/278 | 237 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Manter os macacos sob pressão no curso total, fechando-se as duas válvulas da bomba e apertar as porcas dos tirantes do esticador. Abrir válvulas e despressurizar os macacos. Adicionar calços entre o cilindro e a estrutura do transportador, mantendo-se o procedimento descrito acima, até se atingir a pressão desejada. Quando isto ocorrer, fechar as válvulas dos cilindros e apertar as porcas dos tirantes de esticamento, até que a pressão seja zerada nas câmeras dos cilindros. A porca do tirante de ajuste do tensionador deverá ser travada por uma contraporca. 8. Procedimento de checagem do alinhamento Dar partida à correia e checar o alinhamento da mesma. Caso a correia esteja descentralizada, deve-se-lhe alterar o curso nos macacos, fechando uma das válvulas do conjunto de acionamento, e aumentar, ou reduzir o curso do pistão nos macacos, até que a mesma esteja centralizada. Travar o esticador ajustado com a porca, conforme procedimento anterior. Se, por exemplo, a correia estiver muito desalinhada do lado esquerdo, o curso do macaco, neste lado, deverá ser aumentado ou, alternativamente, o curso do lado direito deverá ser diminuído de modo a mover a correia para o centro do tambor. Uma combinação dos dois procedimentos também poderá ser interessante. Nunca se deve permitir que a tensão de um dos lados seja inferior a 80% da sua capacidade máxima. 9. Procedimento de destensionamento Para afrouxar a tensão no esticador, pressurizar os cilindros de modo a conseguir uma folga que permita o giro fácil da porca. Aumentar a folga, girando a porca, e aliviar a pressão dos cilindros. 10. Periodicidade da conferência de tensão A periodicidade da conferência de tensão dependerá do tempo de instalação da correia. O alongamento da correia se dá mais rapidamente nas primeiras semanas, após sua instalação. Para as correias novas, recomenda-se que a verificação seja feita a cada 2 dias na fase inicial e quando não se notarem mais grandes diferenças, proceder à verificação quinzenalmente, aproveitando-se a oportunidade para se verificar/ corrigir o desalinhamento da correia. 11. Procedimentos de Segurança • Tome cuidado ao deslocar-se do posto de trabalho para o local da tarefa. • Use corretamente o uniforme, para que não haja risco de prender a camisa nos rolos, quando estes estive- rem funcionando (mantê-la por dentro da calça). Fica proibido o uso de adornos. • Tome cuidado ao acessar as escadas e a passarela, utilizando sempre os corrimãos. • Use protetor auricular do tipo concha, evitando a exposição ao ruído produzido pelas máquinas em funcio- namento. Manual GAVI indd 237Manual GAVI.indd 237 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 238/278 238 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS • Use capacete com jugular, para evitar que objetos e materiais em queda caiam sobre a sua cabeça, cau- sando ferimentos graves. • Manuseie corretamente as ferramentas, evitando lesões na coluna. 13. Desenho Esquemático Manual GAVI indd 238Manual GAVI.indd 238 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 239/278 | 239 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 12 Desalinhamento da correia Como a correia é o item mais caro do transportador, nada mais justo que dispensar-lhe um pouquinho mais de atenção. a) Se, no retorno, a correia tende a correr para um lado, de tal maneira que possa danificar-se na estrutura do transportador, devem-se inclinar alguns rolos antes deste ponto, observando-se o sentido de rotação da correia para corrigir-lhe o desalinhamento, e mantê-la na posição correta. Geralmente os roletes a serem inclinados distânciam-se cerca de 3 a 6 metros do ponto de desvio, porque o desalinhamento não ocorre no mesmo ponto em que se origina. O efeito da inclinação dos roletes não é imediato. Espere alguns minutos antes de fazer outra modificação. Desalinhamento pelo retorno • Correia desalinhada à ESQUERDA, no sentido de sua rotação. Inclinar 10 mm o rolo de retorno que estiver 6 metros antes do desalinhamento, no mesmo lado deste. Rodar a correia e verificar a nova condição de alinhamento. Caso o alinhamento não tenha sido satisfatório, proceder a inclinação dos rolos imediatamente anteriores, um a um, até que se obtenha um alinhamento perfeito. • Correia desalinhada à DIREITA, no sentido de sua rotação. Inclinar 10 mm o rolo de retorno que estiver 6 metros antes do desalinhamento, no mesmo lado deste. Rodar a correia e verificar a nova condição de alinhamento. Caso o alinhamento não tenha sido satisfatório, proceder a inclinação dos rolos imediatamente anteriores, um a um, até que se obtenha um alinhamento perfeito. Desalinhamento pela carga • Correia desalinhada à DIREITA, no sentido de sua rotação. Inclinar 10 mm o cavalete de carga que estiver 6 metros antes do desalinhamento, no mesmo lado deste. Rodar a correia e verificar a nova condição de alinhamento. Caso o alinhamento não tenha sido satisfatório, proceder a inclinação dos cavaletes observando-se a dis- tância de dez cavaletes anteriores ao primeiro, cuja inclinação foi corrigida, até que se obtenha um alinha- mento perfeito. ManualGAVI indd 239Manual GAVI.indd 239 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 240/278 240 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS • Correia desalinhada à ESQUERDA, no sentido de sua rotação. Inclinar 10 mm o cavalete de carga que estiver 6 metros antes do desalinhamento, no mesmo lado deste. Rodar a correia e verificar a nova condição de alinhamento. Caso o alinhamento não tenha sido satisfatório, proceder a inclinação dos cavaletes observando-se a dis- tância de dez cavaletes anteriores ao primeiro cuja inclinação foi corrigida, até que se obtenha um alinha- mento perfeito. b) Se o deslocamento dos cavaletes de um dos lados da correia não for suficiente para alinhá-la, ajuste os cavale- tes do outro lado desde que, inicialmente, os dois lados tenham sido fixados com parafusos no meio do rasgo. c) Se a mesma parte da correia desalinha ao longo de todo o transportador, a correia apresenta defeito de fabri- cação. “Está defeituosa” neste trecho, ou a emenda não foi bem alinhada. Está “mal feita”. Há duas formas de se resolver este problema: 1) retirando-se o pedaço defeituoso da correia; ou 2) refazendo-se-lhe a emenda. d) Se a correia desalinha sobre os mesmos roletes, eles podem estar fora de esquadro, ou a sua estrutura pode estar desnivelada. e) Quando a borda da correia toca continuamente as guias laterais, ou a estrutura do transportador, é sinal de alguma irregularidade que deve ser logo eliminada, para que as bordas da correia não se danifiquem. f) Nos casos em que o transportador possui passadiço apenas de um lado, é muito perigoso ajustar os roletes do lado oposto ao passadiço com a correia em movimento. g) Se tudo foi feito no sentido de alinhar a correia e esta continua desalinhando no acionamento e no retorno, devem-se colocar, então, roletes autoalinhantes, para tentar solucionar o problema. h) Uma correia que trabalhou satisfatoriamente num transportador poderá não trabalhar bem em outro, apesar de todos os cuidados referentes ao alinhamento. i) É prudente observar se a correia transportadora apresenta desalinhamento devido ao excesso de umidade pois, nestas condições, os rolos de retorno perdem a aderência à mesma. Desalinhamentos: Os desalinhamentos podem ter várias causas: emendas nas correias, queda de material irregu- lar, posicionamento inadequado de tambores e cavaletes, etc. Estes desalinhamentos não podem ser crônicos, eles só podem acontecer por algum acidente, ou falta de manutenção. Para evitar ou amenizar os problemas gerados pelo desalinhamento que são: desgaste da correia, vazamentos de material, danos nas estruturas, etc., utilizam-se: cavaletes autoalinhantes, roldanas alinhadoras, chaves de desalinhamentos, etc. que acompanham os projetos dos equipamentos desde a sua concepção. Manual GAVI indd 240Manual GAVI.indd 240 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 241/278 | 241 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais DESALINHAMENTO DA CORREIA POR QUEDA DE MATERIAL As folgas mínimas para os vários materiais passarem através dos chutes são objeto de análise de cada situação específica. A largura do chute de carregamento (saída do chute) não deve ser superior a 2/3 da largura da correia de recebi- mento. Estas medidas são essenciais para um carregamento adequado da correia e para prevenir não só o bloqueio interno do material, como sua aglomeração dentro do chute. A largura do chute de carregamento, em alguns casos, deter- mina a largura da correia do transportador de recebimento. Correia Largura (X) Tonelagem por Hora Comprimento Mínimo Área m2 36” 400 mm 1.000 t 3.000 t 650 mm 0,26 m2 48” 500 mm 1.000 t 4.000 t 850 mm 0,43 m2 60” 600 mm 1.000 t 8.000 t 1.050 mm 0,63 m 2 700 mm 1.000 t 10.000 t 1.050 mm 0,74 m2 72” 700 mm 1.000 t 10.000 t 1.200 mm 0,84 m2 800 mm 1.000 t 16.000 t 1.200 mm 0,96 m2 84” 1.000 mm 1.000 t 20.000 t 1.500 mm 1.50 m2 Chutes inferiores É nos chutes inferiores que se encontram os pontos mais importantes das transferências. Neles, o material que entra pelo chute superior é transportado no mesmo sentido e direção da correia que o recebe. Este é o ponto em que se deve concentrar maior atenção e empreender mais esforços, pois se o mesmo volume de material que entra na correia transportadora for colocado na correia inferior, sem causar desalinhamentos ou entupimentos, não haverá problemas com esta transferência. Manual GAVI indd 241Manual GAVI.indd 241 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 242/278 242 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Infelizmente, este é o ponto em que ocorre mais desalinhamento nas correias, ou entupimento nos chutes. A falta de manutenção periódica nas bancadas ocasiona o desgaste acentuado das mesmas, deslocando o fluxo de material para fora do centro da correia receptora. Este problema começa devagar e pode ser detectado pelo inspetor antes do desalinhamento tomar proporções, a não ser em alguns casos excepcionais de material encharcado pelo excesso de chuva. Quando ocorre desalinhamento, sempre se desloca a bancada do chute inferior para um lado, ou para outro, fechando-lhe a saída, o que causa entupimentos. Quando estes ocorrem, devem-se abrir as bancadas o que, por sua vez, também causa desalinhamento da correia. Por isso, criou-se um procedimento diferente para se direcionar o material na correia inferior, evitando desalinhamentos e/ou entupimentos. Manual GAVI indd 242Manual GAVI.indd 242 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 243/278 | 243 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais PROBLEMAS COMUMENTE DETECTADOS: Bancada inferior do chute muito fechada, onde começa o estreitamento (gargalo) da saída do material. A bancada do chute inferior está descentralizada e muito alta em relação à correia receptora do material, o que ocasiona desalinhamento da mesma. Manual GAVI indd 243Manual GAVI.indd 243 23/3/2011 15:42:1823/3/2011 15:42:18 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 244/278 244 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS A B D Comprimento, largura e altura das guias internas Correia Largura inferior Largura superior Altura da rampa na correia Comprimento mínimo A B D C 36” 400 700 150 700 48” 500 800 200 900 60” 700 1.000 300 1.200 72” 800 1.100 350 1.500 84” 900 1.200 400 2.000 SOLUÇÕES RECOMENDADAS: Bancadas do chute inferior muito largas Bancadas removidas, com adaptação de guias internas Manual GAVI indd 244Manual GAVI.indd 244 23/3/2011 15:42:1923/3/2011 15:42:19 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 245/278 | 245 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Bancadas do chute inferior muito largas Bancadas removidas, com adaptação de guias internas Bancadas do chute inferior muito largas Bancadas removidas, com adaptação de guias internasBancadas do chute inferior muito largas Bancadas removidas, com adaptação de guias internas Manual GAVI indd 245Manual GAVI.indd 245 23/3/2011 15:42:1923/3/2011 15:42:19 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 246/278 246 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS Teste com carga, após remoção das bancadas e adaptação das guias internas, mostrou que o material está caindo no centro da correia. Chapas com durabilidade inferior a 60 dias Chapas com durabilidade superior a 150 dias. Manual GAVI indd 246Manual GAVI.indd 246 23/3/2011 15:42:1923/3/2011 15:42:19 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 247/278 | 247 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 13 Ensaios e normas aplicadas Condições e Normas para ensaios laboratoriais em amostras de correias transportadoras, lençóis de borracha e outros artefatos de borracha. Todos os serviços deverão ser executados de acordo com as últimas revisões das normas aplicáveis, relacionadas na tabela abaixo: Procedimento/Ensaio Norma aplicável (1) Adesão Coberturas/Lonas e entre Lonas (2) ISO 252 Resistência à Abrasão (3) (4) DIN ISO 4649 Dureza ASTM D 2240 Ruptura por tração DIN 22102 Alongamento à tensão de ruptura (5) ISO 283 Alongamento à tensão admissível (5) ISO 283 Dimensões: largura/comprimento/espessura total/ espessura das coberturas DIN 22102 Procedimento/Ensaio Norma aplicável (1) Determinação de Tensão de Arrancamento de Cabo Aço ISO 7623 de 1996 Determinação da Força de Adesão da Cobertura para borracha de ligação ISO 8094 Teste de Tração longitudinal ISO 7662/2 DE 1984 Ensaio para determinação do afastamento entre cabos de aço Pitch DIN 22131 parte 3 de 1988 1. O ensaio de adesão será realizado com correias de, no máximo, 7 lonas. Deverá ser adotado o Método “B” da norma ISO 252/88. 2. Os ensaios de resistência à abrasão deverão ser executados de acordo com o Método “A” da norma DIN ISO 4649:2006, com aplicação de força vertical de 10 N ± 0,2N. 3. Os lençóis de borracha apresentam superfícies texturizadas; portanto, deve-se retirar uma fina camada da su- perfície a ser testada do corpo de prova dos ensaios de resistência à abrasão, para se eliminar esta aspereza. 4. As amostras devem ser conforme corpo de prova Tipo “B” da norma ISO 283/90 (figura abaixo). onde L1 = 100mm e L2 = 500mm. Manual GAVI indd 247Manual GAVI.indd 247 23/3/2011 15:42:2023/3/2011 15:42:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 248/278 248 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS 100 100 / 2 /2 /1 / 1 + 1 7 5 - 2500 R 5 6 0 Características dos materiais ensaiados Para cada ensaio especificado no item 2.1, descrevem-se, abaixo, os valores máximos e mínimos que deverão ser considerados para a seleção dos equipamentos em que serão realizados os ensaios. Destaca-se que os valores abaixo apresentados são unitários e os corpos de prova podem ter largura de até uma polegada, aumentando sig- nificativamente o valor da força requerida para a execução dos ensaios de tração (ruptura, alongamento e adesão). Destaca-se que as garras a serem utilizadas em todos os ensaios de tração (ruptura, alongamento e adesão) devem ter atuadores pneumáticos, ou hidráulicos, para evitar o escorregamento do corpo de prova. Adesão entre coberturas/lonas e entre lonas: Mínima: 2,0 kgf/cm Máxima: 20,0 kgf/cm Resistência à Abrasão: Mínima: 30mm3 Máxima: 400mm3 Dureza: Mínima: 30,0 shore A Máxima: 120,0 shore A Ruptura por tração: Mínima: 400,0 kgf/cm Máxima: 6000,0 kgf/cm Alongamento para verificar a tensão de ruptura: Mínimo: 0,15% Máximo: 30,0% Manual GAVI indd 248Manual GAVI.indd 248 23/3/2011 15:42:2023/3/2011 15:42:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 249/278 | 249 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Alongamento para verificar a tensão admissível: Mínimo: 0,10% Máximo: 20,0% Largura: Mínima: 300,0 mm Máxima: 2600,0 mm Espessura: Mínima: 2,0 mm Máxima: 50,0 mm Comprimento: Mínima: 100 mm Máxima: 15000 mm OUTROS PARÂMETROS Alongamento das coberturas: Mínimo: 100% Máximo: 600% Preparação dos corpos de prova para os ensaios de adesão entre coberturas/lonas e entre lonas – conforme mé- todo “B” da ISO 252/88 –, efetuando a separação inicial das coberturas/lonas e, sucessivamente, entre lonas e possibilitando o posicionamento dos corpos de prova nas garras do equipamento de ensaio de tração. Durante esta preparação, não deve ocorrer o corte de lonas, mas apenas do polímero existente entre lonas e coberturas. Os corpos de prova devem ser adequados aos equipamentos, para se garantir a correta realização do ensaio, como por exemplo: redução da espessura das coberturas da correia para evitar escorregamento ou deformação indeseja- da do corpo de prova durante os ensaios de tração. Devem-se utilizar equipamentos aferidos por instituições autorizadas pelo Inmetro, e que tenham capacidade e características compatíveis com as amostras enviadas. Os laudos deverão apresentar, no mínimo, os valores obtidos, conclusões técnicas, normas adotadas e limites de tolerância admissíveis, condições de ensaio – contendo, pelo menos: tempo (h), temperatura (ºC) e umidade rela- tiva (%) do pré-condicionamento dos corpos de prova; preparação dos corpos de prova; quantidade, dimensões e identificações dos corpos de prova –, bem como descrições dos equipamentos utilizados e respectivas datas de aferição. Manual GAVI indd 249Manual GAVI.indd 249 23/3/2011 15:42:2023/3/2011 15:42:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 250/278 250 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS As amostras devem ser confeccionadas com as seguintes dimensões mínimas: Adesão entre coberturas/lonas e entre lonas: Comprimento: 350,0mm Largura: 25,0mm Abrasão e dureza: amostras de borracha de 150x150mm. Ensaios dimensionais: Segmentos de, no mínimo, 1 (um) metro de comprimento, não importa qual a largura da correia. Estes ensaios se aplicam também aos lençois de borracha que revestem os tambores. Alongamento por tensão admissível ou por tensão de ruptura: 100 100 / 2 /2 /1 / 1 + 1 7 5 - 2500 R 5 6 0 Ruptura por tração: /-9 /-9 320 420 Distância livre de fixação 540 Distância livre de fixação 640 Quadro 4 - Medidas da amostra. Quadro 5 - Medidas da amostra. 2 5 2 5 5 0 1 0 0 R 5 6 0 ± 1 Manual GAVI indd 250Manual GAVI.indd 250 23/3/2011 15:42:2023/3/2011 15:42:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 251/278 | 251 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais A retirada de parteda espessura das coberturas das correias deverá ser realizada no local dos testes. Espessura da Correia e Coberturas: S1 S1 - Espessura Total da Correia S2 - Cobertura Inferior S3 - Cobertura Superior D - Diâmetro do Cabo de Aço S2 + D - Cobertura Inferior mais Diâmetro Calcular: S3 = S1 - (S2+D) S2 = (S2+D)-D S2 S3 D A espessura S1 da correia será determinada através de um relógio comparador, ou paquímetro. As medições deve- rão ser feitas no centro da correia e nas suas laterais esquerda e direita, desprezando-se 150mm de cada borda. A cobertura superior S3 será cortada ao longo dos cabos, nos pontos da seção transversal da correia, subtraindo-a de ( S2 + D ). Uma vez subtraído ‘D’, encontra-se ‘S2’, conforme desenho acima. Arrancamento do Cabo de Aço da CRT ST: Se o diâmetro do cabo for maior que 5mm, o corpo de prova deverá conter 5 cabos de aço e possuir comprimento de 450mm. Caso contrário, seu comprimento será de 350mm, desprezando-se os 4 cabos de aços nas laterais esquerda e direita da correia. L (Comprimento) L mínimo: 350mm ou 450mm mín. 10mm mín. 10mm Conforme o croqui, devem ser realizadas duas aberturas de, no mínimo, 10mm na largura do corpo de prova, mantendo-se um comprimento L entre as referidas aberturas, conforme tabela a seguir, com os 5 cabos expostos. Em uma das aberturas, o cabo central deverá ser cortado; na outra, serão cortados os cabos das extremidades. Posicionar o corpo de prova com o cabo central íntegro (sem cortes) na garra superior, com a cobertura superior da correia posicionada para a frente. Manual GAVI indd 251Manual GAVI.indd 251 23/3/2011 15:42:2023/3/2011 15:42:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 252/278 252 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS D - Diâmetro do cabo de aço (mm) D <= 2 D <= 5 D > 5 L - Comprimento (mm) 25 ± 1 50 ± 2 100 ± 2 Adesão da Cobertura para Borracha de Ligação da CRT ST: A amostra deve conter 2 cabos de aço com largura mínima de 25mm, e possuir comprimento mínimo de 150mm, desprezando-se os 4 cabos de aço nas laterais esquerda e direita da correia. mín. 150mm Largura míninma - 25mm L Com o auxílio de uma faca, abrir aproximadamente 50mm em uma das extremidades do corpo de prova, entre a cobertura superior da correia e a ligação entre os cabos; e na outra extremidade, o corte deverá ser feito entre a cobertura inferior da correia e a ligação entre os cabos, onde serão fixadas as garras para realização do ensaio de adesão. Afastamento entre os cabos de Aço (Pitch ): Corpo de prova com largura equivalente à largura da correia, e comprimento de 150mm. As extremidades do refe- rido corpo de prova devem ser lixadas, para visualização dos cabos. Medir o diâmetro dos cabos com o auxílio de um paquímetro; e com o auxilio de uma trena, obter as seguintes medidas: largura da correia (B), distância entre as bordas exteriores dos dois cabos extremos da correia (b1). Manual GAVI indd 252Manual GAVI.indd 252 23/3/2011 15:42:2023/3/2011 15:42:20 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 253/278 | 253 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais Contar o número dos cabos da seção transversal da amostra, conforme o desenho abaixo. P D b1 Ns - número de cabos Força de Tração Longitudinal em CRT ST: O corpo de prova deve conter 5 cabos de aço, e possuir comprimento de 450mm, desprezando-se os 4 cabos de aços nas laterais esquerda e direita da correia. 50mm 150mm mínimo 450mm Com o auxílio de uma faca, remova a cobertura dos cabos exteriores numa extensão de 150mm na largura do corpo de prova. Do mesmo modo, remova a cobertura dos dois cabos paralelos ao cabo central numa extensão de de 50mm e, com o auxilio do corta vergalhão, cortar o cabos de aço, preservando o cabo central, conforme croqui acima. Manual GAVI indd 253Manual GAVI.indd 253 23/3/2011 15:42:2123/3/2011 15:42:21 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 254/278 Manual GAVI indd 254Manual GAVI.indd 254 23/3/2011 15:42:2123/3/2011 15:42:21 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 255/278 | 255 GAVI Solução em Transporte e Transferência de Materiais CAPÍTULO 14 Manutenção corretiva Problema: desalinhamento da correia I. A CORREIA SE DESVIA PARA UM LADO, NUM MESMO PONTO. a) Causa: Os roletes ou tambores não estão a 90º em relação à linha de centro do transportador (estão fora de esquadro). Correção: Adiantar os roletes no sentido do deslocamento da correia, no lado em que está o desvio; colocar os tambores no esquadro. b) Causa: A estrutura do transportador está desalinhada, ou empenada. Correção: Fazer o alinhamento, procurando reparar a estrutura. c) Causa: A linha de centro dos roletes não coincide com a linha de centro do transportador. Correção: Alinhar as duas linhas de centro; esticar um fio nas extremidades dos rolos, para verificar quais são os roletes que estão descentralizados. d) Causa: Rolos emperrados (travados). Correção: Substituí-los, ou fazer limpeza no local, se estiverem travados por acúmulo de material. e) Causa: Aderência de material aos rolos. Correção: Limpar os rolos, verificando o funcionamento de raspadores e outros dispositivos de limpeza e insta- lar raspadores mais eficientes utilizando, no retorno da correia, rolos com revestimento de borracha. f) Causa: Estrutura desnivelada. Correção: Fazer o nivelamento por topografia. II. O DESVIO ACOMPANHA O MOVIMENTO DA CORREIA a) Causa: Emenda fora de esquadro. Correção: Refazê-la, cortando-lhe as extremidades em esquadro. b) Causa: Correia torta. Correção: Se se tratar de correia nova, ela voltará ao normal tão logo o transportador trabalhe a plena carga e passe o período de adaptação. Evitar condições de armazenamento que venham a formar dobras (correia acondicionada horizontalmente, ou em local úmido). Particularmente nas proximidades do tambor de retorno, use cavaletes autoalinhantes. Em casos raros, deve-se esticar a correia ou trocá-la consultando, para tanto, o fornecedor. Manual GAVI indd 255Manual GAVI.indd 255 23/3/2011 15:42:2123/3/2011 15:42:21 7/25/2019 Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras e Seus Perifericos http://slidepdf.com/reader/full/manual-de-inspecao-e-manutencao-de-correias-transportadoras-e-seus-perifericos 256/278 256 | MANUAL DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFÉRICOS III. DESVIO AO LONGO DE UM LONGO TRECHO a) Causa: Os roletes ou tambores não estão a 90º em relação à linha de centro do transportador (estão fora de esquadro). Correção: Adiantar os roletes no sentido do deslocamento da correia, no lado em que está o desvio; colocar os tambores no esquadro. b) Causa: A estrutura do transportador está desalinhada, ou empenada. Correção: Fazer o alinhamento, procurando reparar a estrutura. c) Causa: A linha de centro dos roletes não coincide com a linha de centro do transportador. Correção: Alinhar as duas linhas de centro; esticar um fio nas extremidades dos rolos, para verificar quais são os roletes que estão desentralizados. d) Causa: Aderência de material aos rolos. Correção: Limpar os rolos, verificando o funcionamento de raspadores e outros dispositivos de limpeza e insta- lar raspadores mais eficientes utilizando, no retorno da correia, rolos com revestimento de borracha. e) Causa: Carregamento