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FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 1 Nesta parte faremos uma introdução ao estudo da FÍSICA e iniciaremos a discussão da MECÂNICA – parte da Física que estuda os movimentos. Constata-se que em todas as provas de vestibulares é dada uma grande ênfase a Mecânica, portanto é muito importante o entendimento detalhado desta parte da Física e além do mais a Mecânica constituirá uma base indispensável para o entendimento de outros ramos da Física. Sendo assim, arregace as mangas e mergulhe nos estudos, pois o grande segredo para passar no vestibular é: estudar, estudar, ... O professor de Física, MARCELO CORREIA. FÍSICA � O que é Física? Imagine que você está no universo, rodeado de acontecimentos, claro. Quando destacamos algum acontecimento com o objetivo de estudá-lo o consideramos um fenômeno. Assim, podemos dizer que Física é a ciência que estuda os fenômenos da natureza. RAMIFICAÇÕES DA FÍSICA De uma forma bem simplificada podemos destacar as seguintes ramificações da Física: 1. Mecânica: Estuda os fenômenos relativos a movimento: 1.1. Cinemática: Parte da Mecânica que estuda os movimentos sem se preocupar com as causas que provocam estes movimentos; 1.1.1. Cinemática Escalar: Estuda os movimentos sem preocupar- se com suas causas considerando grandezas escalares. 1.1.2. Cinemática Vetorial: Estuda os movimentos sem preocupar- se com suas causas considerando grandezas vetoriais envolvendo direção e sentido. 1.2. Dinâmica: Parta da Mecânica que estuda os movimentos preocupando-se com as causas que os provocam; 1.3. Estática: Estuda o equilíbrio dos corpos: 1.3.1. Estática do Ponto Material: Estuda o equilíbrio do ponto Material; 1.3.2. Estática do Corpo Extenso: Estuda o equilíbrio do corpo extenso; 1.3.3. Estática dos Fluidos, Fluidostática ou Hidrostática: Estuda os fluidos em equilíbrio. 2. Termologia: Estuda os fenômenos relativos a temperatura e calor: 2.1. Termometria 2.2. Dilatação Térmica 2.3. Calorimetria 2.4. Estudo dos Gases 2.5. Termodinâmica 3. Óptica Geométrica ou Ótica Geométrica 4. Ondulatória: 4.1. Ondas 4.2. Acústica 5. Elétrica 5.1. Eletricidade 5.1.1. Eletrostática 5.1.2. Eletrodinâmica 5.2. Eletromagnetismo 6. Física Moderna 6.1. Relatividade 6.2. Mecânica Quântica 6.3. Física Nuclear GRANDEZAS FÍSICAS Denomina-se GRANDEZA FÍSICA tudo o que pode variar quantitativamente. As grandezas físicas podem ser classificadas em dois grupos: 1. Grandezas Escalares e 2. Grandezas Vetoriais � Grandezas Escalares: As grandezas escalares são aquelas que são caracterizadas por um número real acompanhado de uma unidade de medida. � Grandezas Vetoriais; São aquelas que para serem caracterizadas necessitam, além do número real precedido de uma unidade de medida, de uma orientação. AS GRANDEZAS FUNDAMENTAIS As grandezas fundamentais e suas respectivas unidas são sete, estas são estabelecidas pelo SI (Sistema Internacional de Unidades). Veja na tabela seguir: GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO da Unidade Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Intensidade de corrente elétrica ampère A Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de matéria mol mol Intensidade luminosa candela cd Observações: Na Mecânica, o que iremos estudar em breve, o SI é denominado MKS, que corresponde às iniciais dos símbolos das três unidades fundamentais usadas em Mecânica que é: comprimento, massa e tempo. Todas as demais grandezas que aparecem em mecânica são derivadas das fundamentais. Lógico que cada grandeza tem, além se sua unidade fundamental, as unidades que são os múltiplos e sub-múltiplos das fundamentais, por exemplo, a unidade fundamental da grandeza tempo é o segundo, porém pode aparecer: hora, dia, minuto, século, milênio, entre outras. POTÊNCIA DE 10 E NOTAÇÃO CIENTÍFICA Em Física, o valor de muitas grandezas às vezes pode ser muito grande ou muito pequeno. Para expressar o valor numérico destas grandezas físicas que aparecem com valores muito grandes ou muito pequenos podemos fazer uso da potência de 10. Uma forma muito importante de representar o valor de uma grandeza física é a notação científica que nada mais é do que uma potência de 10 especial, com veremos a seguir: 1. Potência de 10: Potência de 10 é um número escrito em forma de produto (multiplicação) em que um dos fatores é um número real e o outro fator é uma potência cuja base é o número 10, veja os exemplos: 34x1025 (número muito grande) 25x10–36 (número muito pequeno) da Universidade de Pernambuco Pré- Vestibular INTRODUÇÃO A FÍSICA, CINEMÁTICA ESCALAR E CINEMÁTICA VETORIAL. AUTORIA MARCELO CORREIA FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 2 2. Notação científica: Notação científica é um número escrito em forma de produto onde um dos fatores é um número real com valor absoluto maior ou igual a 1 e menor do que 10 e uma potência cuja base é o número 10. Mostrando matematicamente temos: n10a ⋅ { }10a1R / a e Zn :Onde <≤∈∈ REGRAS PARA TRABALHAR COM POTÊNCIAS DE 10 E NOTAÇÃO CIENTÍFICA � 1º Caso: O número é muito maior que um: Veja o exemplo: 132000000 = 1,32⋅⋅⋅⋅108 Neste processo você observa que a vírgula correu 8 casas da direita para a esquerda, assim podemos formar a seguinte regra básica: QUANDO A VÍRGULA É DESLOCADA DA DIREITA PARA ESQUERDA SOMAMOS UMA UNIDADE NO EXPOENTE DA POTÊNCIA DE 10 PARA CADA CASA “PULADA” PELA VÍRCULA Com a regra anterior podemos transformar números muito grandes em potências de 10 ou notação científica. � 2º Caso: O número é muito menor que um: Veja o exemplo: 0,00000132 = 1,32⋅⋅⋅⋅10–6 Neste processo você observa que a vírgula correu 6 casas da esquerda para a direita, assim podemos formar a seguinte regra básica: QUANDO A VÍRGULA É DESLOCADA DA ESQUERDA PARA DIREITA SUBTRAÍMOS UMA UNIDADE DO EXPOENTE DA POTÊNCIA DE 10 PARA CADA CASA “PULADA” PELA VÍRGULA. Com a regra anterior podemos transformar números muito pequenos em potências de 10 ou notação científica. Observe que as regras podem ser aplicadas para transformar números em potências de 10 e em notação científica. Porém, também para fazer o inverso transformar notações científicas e potências de 10 em números decimais, assim como alterar o valor do expoente da potência de 10 com o propósito de torná-lo conveniente. Você verá, futuramente, que usaremos muito este artifício. ORDEM DE GRANDEZA A ordem de grandeza é definida como sendo a potência de 10 mais próxima o valor da grandeza. Com exemplo consideremos o valor 35000, neste caso a ordem de grandeza de 35000 é a potência de 10 mais próxima de 35000. Observando que: 103 = 1000, 104 = 10000, 105 = 100000 podemos reconhecer que destas potências de 10 a que mais se aproxima de 35000 é 104. Você pode se perguntar: porque não pode ser 105 = 100000. Neste caso observe que 35000 está entre 104 e 105, porém está mais próximo de 104 do que de 10. Para deixar claro consideremos o valor 56000, neste caso a ordem de grandeza será 105. Observe que 56000 está, também, entre 104 e 105, porém está mais próximo de 105. Felizmente temos uma regra prática para encontrar a ordem de grandeza de um determinado valor. A regra é: 1. Escrever o número em notação científica, isto é, na forma: n10a ⋅ , { }10a1R / a e Zn :onde <≤∈∈ ; 2. A ordem de grandeza ≥ < = + 5,5 se 10 5,5 se 10 a a 1n n Como exemplo vamos encontrar a ordem de grandeza dos valores: 132000000 e 732000000. 132000000 1. Escrever o número em notação científica: 132000000 = 1,32�108 2. Observar se |a| < 5 ou |a| ≥ 5,5: No nosso caso |a| = 1,32 < 5,5 Assim a ordem de grandeza é 10n = 108 732000000 1. Escrever o número em notação científica: 732000000 = 7,32� 108 2. Observar se |a| < 5 ou |a| ≥ 5,5: No nosso caso |a| = 7,32 > 5,5 Assim a ordem de grandeza é 10n+1 = 108+1=109 OS PREFIXOS Visando facilitar a notação das grandezas e a transformação de uma unidade em outra é conveniente utilizar os prefixos que representam as potências de dez. Para transformar unidades proceda conforme abaixo: � Para converter de unidades que tenham prefixos para unidades que não tenha prefixo é só substituir o prefixo pelo seu fator multiplicativo. � Para converter de unidades que não tenha prefixo para uma unidade com um determinado prefixo é só utilizar o que aprendemos sobre potência de dez para fazer aparecer a potência de dez que o prefixo vale (fazer aparecer o fator multiplicativo do prefixo que queremos aplicar) e substituir o fator multiplicativo pelo prefixo. � Para converter de unidades que tenha prefixo para uma unidade com um outro determinado prefixo é só converter para uma unidade sem prefixo e em seguida converter para a unidade com o prefixo desejado. A tabela seguinte mostra os prefixos com seus nomes, símbolos e fatores multiplicativos: NOME SÍMBOLO FATOR NOME SÍMBOLO FATOR exa E 1018 atto a 10–18 peta P 1015 fento f 10–15 tera T 1012 pico p 10–12 giga G 109 namo n 10–9 mega M 106 micro µµµµ 10–6 quilo k 103 mili m 10–3 hecto h 102 centi c 10–2 deca da 10 deci d 10–1 Nota: Em destaque os mais usados. Hora de... Brincar! 1. Transformar cada número na forma decimal em notação científica: I. 1200000000 II. 5,65 III. 300000000 IV. 59800⋅1020 V. 254000000000 VI. 0,0000598⋅1029 VII. 988580000,000 VIII. 1600000⋅10–13 IX. 98,52 X. – 1600000⋅10–13 XI. 63,2125000⋅1025 XII. 0,000000016⋅10–27 XIII. 0,00000023 XIV. – 0,000000016⋅10–27 XV. 0,251⋅10–25 XVI. 6,63� 10–34 XVII. 0,251⋅1025 XVIII. 0,5 XIX. 0,0000000000667 XX. 10 2. Transforme os resultados obtidos na questão 1 (que é em notação científica) para a forma decimal em todos os itens. Observe que há 8 dígitos. Observe que o expoente é igual a 8. Observe que há 6 dígitos. Observe que o expoente é igual a –6. FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 3 3. A velocidade da luz é igual aproximadamente a 3⋅⋅⋅⋅108m/s. Qual o valor desta velocidade na forma decimal: (a) 300000m/s (b) 30m/s (c) 300m/s (d) 300000000m/s (e) n.d.a. 4. Sabemos que na eletrosfera de um átomo existem elétrons que se movem rapidamente. Sabemos também que estes elétrons têm carga elétrica negativa. No SI a unidade de Carga elétrica é o Coulomb, cujo símbolo é: “C”. Milikan, pesquisador, conseguiu provar que a carga do elétron, também chama de carga elementar é igual a: e = –1,6⋅⋅⋅⋅10–19C. Assim, podemos dizer que a carga elementar do elétron vale: (a) – 1,6C (b) 1,6C (c) 0,00000000000000000016C (d) – 0,0000000000000000000016C (e) – 0,00000000000000000016C 5. A massa do nosso planeta, Terra, é 5,98⋅⋅⋅⋅1024 kg. Esta massa é equivalente a: (a) 5 980 000 000 000 000 000 000 000 kg (b) meio quilograma (c) 598 kg (d) 5980 kg (e) 5 980 000 000 000 000 000 kg 6. A Lei de Gravitação Universal aplicada para calcular a força de atração entre dois corpos, foi desenvolvido por Isaac Newton e tem como expressão: 2 21 r mm GF ⋅⋅= , onde: F é a força, m1 e m2 são as massas dos corpos envolvidos, r a distância que separa os corpos e G uma constante chamada de constante de gravitação universal. Sabendo que G = 6,67⋅⋅⋅⋅10–11 Nm2/kg2, podemos dizer que esta constante vale em Nm2/kg2: (a) 6,6700000000000 (b) 0,0000000000667 (c) 6,67000 (d) 667 (e) 0,000667 7. Com relação à questão anterior podemos dizer que a ordem de grandeza da constante de gravitação universal é: (a) 10–11 (b) 10–10 (c) 10–12 (d) 10 (e) 6,67 8. Qual a ordem de grandeza, em kg, da massa do próton e do elétron, respectivamente, sabendo que a massa do próton vale 1832 vezes a massa do elétron e a massa do elétron é igual a 9,11� 10–31kg. (a) 10–27 e 10–30 (b) 10–26 e 10–32 (c) 10–25 e 10–31 (d) 10–27 e 10–31 (e) 1,67 e 9,11 9. Encontre a ordem de grandeza de todos itens da questão 1. 10. Efetue as operações pertinentes nas expressões com o objetivo de expressar o resultado em notação científica e após efetuar as operações encontre a ordem de grandeza do resultado. I. ( )210 1919 9 1051, 106,106, 100, − −− ⋅ ⋅⋅⋅⋅⋅ 0 119 II. ( )210 2731 11 1051, 1067,1011, 1067, − −− − ⋅ ⋅⋅⋅⋅⋅ 0 196 III. ( )28 2224 11 1082, 1036,1098, 1067, ⋅ ⋅⋅⋅⋅⋅ − 3 756 IV. ( ) ( ) ⋅ ⋅⋅⋅− ⋅ ⋅⋅⋅⋅⋅ − 28 2224 211 3024 11 1082, 1036,1098, 105, 1099,1098, 1067, 3 75 1 156 V. ( )[ ] ( ) ( )[ ] 2333 27 21 12 0983221 102100, 100,4 100,2 109,2100,10903,5 − − − − ⋅−+⋅ ⋅ ⋅⋅⋅+⋅+⋅⋅ 27- 2- 11. Em cada caso a seguir transforme as unidades de comprimento para metro, usando a notação dos prefixos. I. 200cm II. 5Ǻ III. 4,67km IV. 6�102µm V. 3�1012fm VI. 800mm VII. 6dm VIII. 5,7�1015nm IX. 2cm X. 0,00056Mm Nota: Ǻ é o símbolo da unidade de comprimento angström. 1Ǻ = 10–10m 12. Em cada caso a seguir transforme as unidades de comprimento para cm, usando a notação dos prefixos. I. 200m II. 5Ǻ III. 4,67km IV. 6�102µm V. 3�1012fm VI. 800mm VII. 6dm VIII. 5,7�1015nm IX. 2cm X. 0,00056Mm 13. Em cada caso a seguir transforme as unidades de massa para quilograma, usando a notação dos prefixos. I. 200cg II. 5g III. 4,67kg IV. 6�102µg V. 3�1012fg VI. 800mg VII. 6dg VIII. 5,7�1015ng IX. 2cg X. 0,00056Mg 14. Em cada caso a seguir transforme as unidades de volume para m3, usando a notação dos prefixos. I. 200cm3 II. 5 l (litros) III. 4,67km3 IV. 6�102µm3 V. 3�1012fm3 VI. 800mm3 VII. 6dm3 VIII. 5,7�1015nm3 IX. 2cm3 X. 0,00056Mm3 Nota: l (litro) é o nome especial dado ao dm3, isto é, 1l = 1dm3 15. Em cada caso a seguir transforme as unidades de volume para litros, usando a notação dos prefixos. I. 200cm3 II. 5m3 III. 4,67km3 IV. 6�102µm3 V. 3�1012fm3 VI. 800mm3 VII. 6dm3 VIII. 5,7�1015nm3 IX. 2cm3 X. 0,00056Mm3 16. Em cada caso a seguir transforme as unidades de área para m2, usando a notação dos prefixos. I. 200cm2 II. 5hm2 III. 4,67km2 IV. 6�102µm2 V. 3�1012fm2 VI. 800mm2 VII. 6dm2 VIII. 5,7�1015nm2 IX. 2cm2 X. 0,00056Mm2 17. Em cada caso a seguir transforme as unidades de área para mm2, usando a notação dos prefixos. I. 200cm2 II. 5hm2 III. 4,67km2 IV. 6�102µm2 V. 3�1012fm2 VI. 800mm2 VII. 6dm2 VIII. 5,7�1015nm2 IX. 2cm2 X. 0,00056Mm2 FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 4 v r θθθθ a r horizontal VETORES – ALGEBRA VETORIAL Vetor é um ente matemático que tem finalidade de materializar uma grandeza vetorial, lembre grandeza vetorial é aquela que para ser definida necessita de um valor numérico, uma unidade, uma direção e um sentido. Vetor é um segmento de reta orientado, isto é, dotado de uma direção e um sentido. Veja abaixo: Na figura anterior chamamos atenção para os pontos A e B: � O ponto A é a origem do vetor e � O ponto B é a extremidade do vetor. Observe que o vetor é representado geometricamente por uma flecha, onde: � A DIREÇÃO do vetor é dada pela reta que contém o vetor; � O SENTIDO do vetor é dado pelo apontar da flecha e � O MÓDULO ou INTENSIDADE do vetor é dado pelo comprimento do segmento de reta orientado que o representa o vetor. No caso do vetor da figura anterior à reta “r” é quem nos dá a direção do vetor o apontar de sua flecha(para nordeste!) é quem nos dá o sentido e o comprimento da flecha nos dá seu módulo. Observe também que: � Uma letra que representa um vetor carrega sobre si uma flecha que indica que esta está sendo representante de um vetor. No nosso caso a letra é o v r , no entanto podemos representar o vetor não com uma única letra mas com as letras que representam sua origem e sua extremidade, para o nosso vetor acima esta representação ficaria: AB . No nosso caso, que trabalharemos com Física, a forma de representar o vetor pelas letras que representam sua origem e extremidade é pouco usada, sendo assim nos voltaremos sempre para representar os vetores por uma única letra. � O módulo de um vetor é representado pela letra que representa o vetor sem a flecha sobre a letra ou pela letra com a flecha sobre a letra e as barras de módulo. No caso do nosso vetor acima o módulo do vetor v r é representado por: vv = r � Observe e jamais se esqueça que um vetor é 3 em 1, isto é, um vetor nos dá um módulo, uma direção e um sentido. OPERAÇÕES COM VETORES Destacamos como operações entre vetores a: � Adição de vetores; � Subtração de vetores; � Produto de um vetor por um Escalar (nº Real); � Produto Escalar (produto entre dois vetores que resulta num escalar); � Produto Vetorial (produto entre dois vetores que resulta num outro vetor). ADIÇÃO ENTRE VETORES Método da Poligonal Considere os vetores v r , r r e a r abaixo: Devemos encontrar o vetor soma, S r , logo sabemos que: arvS rrrr ++= . Usar o método da poligonal consiste em: 1. Redesenhar todos os vetores conservando-se suas características de maneira que a origem do posterior conhecido com a extremidade do anterior desenhado; 2. Desenhamos o vetor soma de maneira que este terá origem na origem do primeiro vetor desenhado no item 1 e extremidade na extremidade do último vetor desenhado no item 1. Aplicando esta regra aos vetores dados, teremos a figura ao lado: Nesta operação observe que: � A ordem dos vetores parcela não vai alterar o vetor Soma; � Se supormos que os vetores v r , r r e a r têm módulos respectivamente iguais a 3, 2 e 5 vamos observar que o vetor soma arvS rrrr ++= terá módulo diferente (neste caso – se os vetores tivessem mesma direção e mesmo sentido o resultado seria 10) de (3+2+5=10). Isto ocorre porque quando somamos vetores estamos somando, além de números (módulos), direção e sentido; � A regra é válida para qualquer quantidade de vetores que desejarmos somar, porém não é prática para muitas situações. Veja o nosso exemplo acima, para encontrar o módulo do vetor soma você deve encontra geometricamente o comprimento do vetor soma S r ; � O método da poligonal é muito eficaz para somar vetores que tenham a mesma direção. Regra do Paralelogramo Considere os vetores v r e a r abaixo: Devemos encontrar o vetor soma, S r , logo sabemos que: avS rrr += . Usar o método da regra do paralelogramo consiste em: 1. Redesenhar os vetores conservando-se suas características de modo que suas origens sejam coincidentes; 2. Traçar uma linha auxiliar (tracejada) que é paralela a um dos vetores e passa pela origem do outro; 3. Repetir o item 2 para o outro vetor (terminado isto se obtém o desenho de um paralelogramo); 4. Desenhar o vetor soma que tem origem na origem coincidente dos vetores desenhados no item 1 e extremidade no vértice oposto (este vértice é a intercessão das retas auxiliares desenhadas nos itens 2 e 3); Aplicando a regra para os vetores considerados obtemos a figura ao lado: Da figura anterior podemos observar que o módulo S do vetor soma, S r , é dado pela expressão a seguir, que caracteriza a regra do paralelogramo: cos θav2avS 222 ⋅⋅⋅++= , porém se o ângulo, θ, for igual a 90º = rad 2 π a expressão acima se resume ao Teorema de Pitágoras: 222 avS += , neste caso a figura formada pela regra do paralelogramo é um retângulo. B A v r r Um vetor tem: módulo, direção e sentido. v r r r a r v r r r a r S r S r v r a r θθθθ FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 5 Nesta operação observe que: � A ordem dos vetores parcela não vai alterar o vetor Soma; � A regra é válida para somarmos pares de vetores, isto é, com a regra do paralelogramo só podemos somar dois vetores, porém se tivermos mais de dois vetores para somarmos podemos fazer isto por etapas; � A regra do paralelogramo é muito eficaz para somar vetores que tenham as direções distintas. SUBTRAÇÃO ENTRE VETORES As técnicas utilizadas para se efetuar a subtração entre vetores são as mesmas que utilizamos e, já apresentamos, para resolver a adição. No entanto é necessário observar um detalhe. O detalhe é: o vetor oposto. Dado um vetor v r chamamos de vetor oposto, representando-o por: v- r , o vetor que: � tem mesma intensidade (módulo) de v r ; � tem mesma direção de v r e � tem sentido oposto ao de v r . Por exemplo considere o vetor v r a seguir: Já que sabemos como encontrar o oposto de um vetor, podemos voltar a falar sobre a subtração de vetores. Subtrair dois vetores é nada mais que somar o primeiro com o oposto do segundo. Como exemplo considere os vetores da figura seguinte. Nosso objetivo é encontrar o vetor diferença D r de modo que avD rrr −= . Para isto vamos aplicar a regra do paralelogramo, porém antes devemos perceber que a diferença, avD rrr −= , é equivalente a )a(vD rr r −+= , onde ( a- r ) é o vetor oposto do vetor a r . Assim percebemos que efetuarmos a subtração avD rrr −= é na verdade somarmos o vetor v r com o oposto do vetor a r . Agora, aplicando a regra do paralelogramo temos: Observe que a expressão para calcular o módulo do vetor diferença definida pela regra do paralelogramo fica: cos θav2avD 222 ⋅⋅⋅−+= . A troca do sinal ocorre por conta do ângulo que é dado, é muito importante você comparar as expressões da soma e diferença, faça isto, AGORA. MULTIPLICAÇÃO DE UM NÚMERO REAL POR UM VETOR Se multiplicarmos um vetor v r por um número real k obteremos um novo vetor p r tal que: � Intensidade: p = k⋅⋅⋅⋅v ; � Direção: A mesma direção do v r ; � Sentido: < > v 0,k v 0,k r r de ao opostoSe de mesmo oSe PRODUTO ESCALAR ENTRE DOIS VETORES O produto escalar entre dois vetores é definido como sendo o produto do módulo de um dos vetores pelo valor da componente do segundo vetor na direção do primeiro. Isto é, observamos que o produto escalar é multiplicarmos: � O módulo de um dos vetores � Pelo valor da projeção do segundo vetor sobre o primeiro. No produto escalar, observe que multiplicamos dois escalares, que são: o módulo do primeiro vetor e o valor da componente do segundo vetor sobre o primeiro. Sendo assim, o produto escalar entre dois vetores origina um escalar. Considerando os vetores v r e a r , denotamos o produto escalar entre eles por av rr • , onde lê-se: v escalar a. Para ilustrar o produto escalar consideremos os vetores da figura seguinte: Para encontrar o produto escalar consideremos que o primeiro vetor é a r e o segundo v r , assim devemos encontrar a componente de do segundo (no caso v r ) sobre o primeiro (no caso a r ) Da definição de produto escalar entre dois vetores podemos escrever que: ava av ⋅=• rr Da figura anterior observamos que a componente v r sobre a r , Va , pode ser obtida do triângulo em destaque como: Va = v� cosθθθθ Assim, temos para o produto escalar: θcosva av ⋅⋅=• rr Concluímos observando que o produto escalar entre dois vetores é o escalar definido como sendo o produto entre os módulos dos vetores e o co-seno do ânguloformado entre eles. No produto escalar a ordem dos vetores não altera o valor do produto, isto é: ( vaav rrrr •=• ) Fique atento, grandezas importantes são definidas como produto escalar entre dois vetores, tais como: trabalho, fluxo de campo elétrico e fluxo de campo magnético. É importante ressaltar que existe, ainda, outro tipo de produto entre dois vetores chamado de produto vetorial. No produto vetorial quando multiplicamos dois vetores damos origem a um terceiro vetor, deixaremos para discutir este produto mais à frente. v r v- r O vetor oposto do vetor vr é o vetor que tem sentido oposto a v r θθθθ a r horizontal a- r D r v r a r θθθθ v r θθθθ a r horizontal av r v r a r θθθθ · Componente de v r sobre a r FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 6 DECOMPOSIÇÃO DE VETORES NO SISTEMA DE REFERÊNCIA RETANGULAR ORTOGONAL Consideremos o vetor v r ,na figura abaixo, que pretendemos encontrar suas componentes segundo um sistema de referência ortogonal (sistema de coordenadas cartesianas). Para tanto procedemos da maneira seguinte: � Colocamos um sistema de coordenadas cartesianas de maneira que a sua origem conhecida com a origem do vetor v r (que se deseja decompor), neste caso temos: � Baixamos duas perpendiculares aos eixos coordenados passando pela extremidade do vetor v r , neste caso temos: Desta forma observamos que fica definido os vetores xv r e yv r que são as componentes do vetor v r . Aplicando as relações trigonométricas no triângulo retângulo podemos chegar facilmente nas seguintes expressões: cosθvv x ⋅= , senθvv y ⋅= , y x v v tg θ = Aplicando o que conhecemos sobre adição de vetores podemos chegar nas seguintes expressões: yx vvv rrr += 2y 2 x 2 vvv += VERSORES Versor é um vetor unitário, isto é, um vetor que tem módulo igual a uma unidade. Dado um vetor v r podemos encontrar o vetor unitário na direção do vetor v r que denotamos por v̂ (v chapéu) pela expressão: v v v r r =ˆ . Em especial podemos destacar três versores de grande importância. Estes versores são associados aos eixos coordenados do sistema retangular de referência, um para cada eixo, assim temos: � Eixo x ���� Representado por: x i i ˆˆ ouou r � Eixo y ���� Representado por: y j j ˆˆ ouou r � Eixo z ���� Representado por: z k k ˆˆ ouou r Evidentemente se estivermos usando um sistema coordenado no plano, isto é, com dois eixos apenas, x e y, basta usarmos os versores destes eixos. APLICANDO OS VERSORES DOS EIXOS COORDENADOS PARA REPRESENTAR VETORES Podemos usar os versores dos eixos coordenados para representar vetores. Consideremos um vetor v r , no espaço, onde precisaremos dos três eixos pra representá-lo. Assim temos: k v jvivv zyx ˆˆˆ ⋅+⋅+⋅= r onde: Vx , Vy e Vz são as componentes do vetor v r . Se o vetor estiver no plano x – y o que é mais comum no nosso caso termos que Vz = 0 (zero), assim temos: jvivv yx ˆˆ ⋅+⋅= r Nota: Para efetuar soma e subtração com os vetores escritos nesta forma basta efetuar as operações normalmente, como na álgebra “ordinária” tratando os versores como variáveis e sendo assim efetuamos as operações entre os versores que são semelhantes. Para efetuar o produto escalar entre dois vetores: jvivv yx ˆˆ ⋅+⋅= r e jaiaa yx ˆˆ ⋅+⋅= r basta observar que: ( ) ( )jaiajvivav yxyx ˆˆˆˆ ⋅+⋅•⋅+⋅=• rr yyxx avavav ⋅+⋅=• rr PRODUTO VETORIAL ENTRE DOIS VETORES O produto vetorial entre dois vetores v r e a r , denotado por: av rr × (lê-se v vetorial a) nos dá um terceiro vetor que chamaremos de P r , cujo módulo é dado por: θsenavP ⋅⋅= onde θ é o ângulo formado entre os vetores v r e a r . Para encontrar a direção e o sentido do vetor P r (produto vetorial av rr × ) aplicamos uma regra chamada: regra da mão esquerda que consiste em: � Dispor os dedos da mão esquerda da seguinte forma: v r θθθθ horizontal θθθθ v r y x yv r xv r θθθθ v r y x i ˆ k ˆ y ĵ z x 0 FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 7 � O dedo médio aponta no sentido e direção do primeiro vetor, no nosso caso o vetor v r ; � O dedo indicador aponta no sentido e direção do segundo vetor, no nosso caso a r ç � O dedo polegar apontará no sentido e direção do vetor P r . Para calcular o produto vetorial entre dois vetores com os mesmos escritos em termos dos versores dos eixos coordenados observamos que podemos aplicar o determinante seguinte: zyx zyx aaa vvv kji avP ˆˆˆ =×= rrr NOTAS: � Para calcular o determinante do produto vetorial não é conveniente usar a regra de sarrus, mas sim através dos cofatores da primeira linha (dos versores); � No produto vetorial a ordem dos vetores altera o produto. Na verdade temos que: ( )vaav rrrr ×−=× . Hora de... Brincar! 18. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor soma: baS rrr += sabendo que: a = 4 e b = 3. 19. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor soma: baS rrr += sabendo que: a = 4 e b = 3. 20. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor soma: baS rrr += sabendo que: a = 4 e b = 3. 21. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor soma: baS rrr += sabendo que: a = 4 e b = 3. 22. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor soma: baS rrr += sabendo que: a = 4 e b = 3. 23. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor diferença: baD rrr −= sabendo que: a = 4 e b = 3. 24. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor diferença: baD rrr −= sabendo que: a = 4 e b = 3. 25. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor diferença: baD rrr −= sabendo que: a = 4 e b = 3. 26. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor diferença: baD rrr −= sabendo que: a = 4 e b = 3. 27. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor diferença: baD rrr −= sabendo que: a = 4 e b = 3. 28. Dados os vetores a r e b r da figura a seguir, encontre o vetor diferença: baD rrr −= sabendo que: a = 4 e b = 3. 29. Dois vetores a r e b r formam entre si um ângulo de 60º. Sabendo que o módulo do vetor a r vale 1 tendo direção horizontal e sentido para direita e o módulo de b r vale 2 com direção inclinada para direita e sentido apontando para nordeste encontre baS rrr += . avP rrr ×= a r v r a r b r a r b r a r b r a r b r a r b r a rb r a r b r a r b r a r b r a r b r a r b r FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 8 30. Dois vetores a r e b r formam entre si um ângulo de 120º. Sabendo que o módulo do vetor a r vale 5 tendo direção horizontal e sentido para esquerda e o módulo de b r vale 3 com direção inclinada para direita e sentido apontando para nordeste encontre baS rrr += . Dado: cos 120º = – cos 60º. 31. Dois vetores a r e b r formam entre si um ângulo de 60º. Sabendo que o módulo do vetor a r vale 1 tendo direção horizontal e sentido para direita e o módulo de b r vale 2 com direção inclinada para direita e sentido apontando para nordeste encontrebaD rrr −= . 32. Dois vetores a r e b r formam entre si um ângulo de 120º. Sabendo que o módulo do vetor a r vale 5 tendo direção horizontal e sentido para esquerda e o módulo de b r vale 3 com direção inclinada para direita e sentido apontando para nordeste encontre baD rrr −= . Dado: cos 120º = – cos 60º. 33. Considere um vetor v r que tem módulo igual a 5, forma um ângulo de 30º com a horizontal, tem direção inclinada para direita e aponta para nordeste. Neste caso: I. Coloque um sistema retangular xy com o eixo x na horizontal orientado para direita e com a origem coincidente com a origem do vetor e decomponha o vetor neste sistema; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos x e y. 34. Considere um vetor v r que tem módulo igual a 10, forma um ângulo de 60º com a horizontal, tem direção inclinada para direita e aponta para nordeste. Neste caso: I. Coloque um sistema retangular xy com o eixo x na horizontal orientado para direita e com a origem coincidente com a origem do vetor e decomponha o vetor neste sistema; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos x e y. 35. Considere um vetor v r que tem módulo igual a 5, forma um ângulo de 60º com a horizontal, tem direção inclinada para direita e aponta para sudoeste. Neste caso: I. Coloque um sistema retangular xy com o eixo x na horizontal orientado para direita e com a origem coincidente com a origem do vetor e decomponha o vetor neste sistema; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos x e y. 36. Considere um sistema retangular xy com o eixo x horizontal orientado para direita e um vetor b r que tem módulo igual a 150, formando um ângulo de 240º com o eixo x medido a partir do lado positivo do eixo x no sentido anti- horário. Neste caso: Dado: sen 240º = – sen 60º e cos 240º = – cos 60º I. Coloque o vetor com a origem coincidente com a origem do sistema de coordenadas e decomponha o vetor; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos x e y. 37. Considere um sistema retangular xy com o eixo x formando um ângulo de 45º com a horizontal orientado para nordeste e um vetor b r que tem módulo igual a 150, formando um ângulo de 60º com o eixo x medido a partir do lado positivo do eixo x no sentido anti-horário. Neste caso: I. Coloque o vetor com a origem coincidente com a origem do sistema de coordenadas e decomponha o vetor; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos x e y. 38. Considere um sistema retangular xy com o eixo x formando um ângulo de 45º com a horizontal orientado para sudoeste e um vetor b r que tem módulo igual a 100, formando um ângulo de 240º com o eixo x medido a partir do lado positivo do eixo x no sentido anti-horário. Neste caso: Dado: sen 240º = – sen 60º e cos 240º = – cos 60º I. Coloque o vetor com a origem coincidente com a origem do sistema de coordenadas e decomponha o vetor; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos x e y. 39. Considere que um vetor tem componente para o eixo x igual a –30 e a componente do eixo y igual a 40. I. Calcule o módulo do vetor; II. Calcule o ângulo que o vetor forma com o sentido positivo do eixo x; III. Faça um desenho com o sistema xy usual e represente o vetor; IV. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos coordenados. 40. Considere o vetor da figura seguinte que tem módulo igual a 15 unidades: I. Determine suas componentes x e y; II. Escreva o vetor em termos dos versores dos eixos coordenados; III. Faça uma rotação no eixo xy de 60º e refaça dos itens I e II. 41. Considere o ponteiro dos minutos de um relógio de parede. Imagine o relógio na parede, pronto para ver as horas. Sabendo que este ponteiro tem 10cm de comprimento coloque um sistema de coordenadas xy com o eixo x positivo orientado horizontalmente para direita e com sua origem coincidindo com a origem do relógio. Nestas condições trate o ponteiro como um vetor e encontre as componentes x e y do ponteiro e escreva em termos dos versores dos eixos coordenados quando o relógio: I. 17h 05min; II. 5h 10min; III. 23h 25min; IV. 9h 30min; V. 4h 35min; VI. 11h 40min; VII. 6h 45min; VIII. 8h 50min; IX. 9h 55min; X. 3h 00min. 42. Dados os vetores j4i3v ˆˆ ⋅+⋅= r e j8i6f ˆˆ ⋅+⋅= r : I. Represente os vetores num mesmo sistema de coordenadas xy; II. Encontre módulo dos vetores; III. Encontre o vetor: fvS rrr += e represente-o no mesmo sistema de coordenadas usado no item I; IV. Encontre o vetor: fvD1 rrr −= e represente-o no mesmo sistema de coordenadas usado no item I; V. Encontre o vetor: vfD 2 rrr −= e represente-o no mesmo sistema de coordenadas usado no item I. VI. Encontre o módulo de todos os vetores calculados nos itens de III até V. 43. Considere um vetor r r que tem módulo igual 2,5 e aponta para o norte. Calcule o módulo a direção e o sentido dos vetores: I. 2� r r II. –2� r r III. 4� r r IV. r r ⋅5 1 V. – r r VI. 8� r r VII. –2,5 r r VIII. –0,5 r r IX. r r ⋅− 5 1 X. 0,2� r r 44. Um vetor r r tem módulo igual a 10 e outro vetor v r tem módulo igual a 6 e fazem entre si um ângulo de 60º. Calcule: I. O produto escalar entre os vetores r r e v r ; II. O módulo do produto vetorial entre os vetores r r e v r . 30º r r y x FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 9 45. Dois vetores, r r e v r , estão contidos num plano xy. Seus módulos são 6 e 9, respectivamente, e eles fazem ângulo de 60º e 240º com o sentido positivo do eixo x medido no sentido anti-horário, respectivamente. Encontre: I. O produto escalar entre os vetores, r r e v r ; II. O produto vetorial entre os vetores r r e v r (módulo, direção e sentido). 46. Dados os vetores j4i3v ˆˆ ⋅+⋅= r , j8i6f ˆˆ ⋅+⋅= r e j8i2c ˆˆ ⋅−⋅= r : I. Encontre o vetor: cfvS rrrr ++= ; II. Encontre o vetor: cfvD rrrr −−= ; III. Encontre o vetor: cfvM rrrr −+= ; IV. Encontre o vetor: cfvN rrrr +−= ; V. Encontre o vetor: cfvQ rrrr +⋅−⋅= 42 ; VI. Encontre o vetor: ( )cf5vR rrrr −⋅+−= ; VII. Encontre produto escalar: fv rr • ; VIII. Encontre produto escalar: fc rr • ; IX. Encontre produto escalar: cv rr • ; X. Encontre produto escalar: vc rr • ; XI. Encontre o vetor: cfD rrr ×= ; XII. Encontre o vetor: fcD rrr ×= ; XIII. Encontre o vetor: cvD rrr ×= ; XIV. Encontre o vetor: vfD rrr ×= ; XV. Encontre o vetor: ( ) ( ) ccfvcfD rrrrrrr ⋅•+××= ; 47. Um vetor R r cujo módulo é 8, é somado a um vetor S r localizado sobre o eixo dos x. A soma desses vetores é um terceiro vetor situado sobre o eixo dos y e cujo módulo é o dobro do módulo de R r . Qual é o módulo do vetor R r ? 48. Se o vetor R r é somado ao vetor S r , o resultado é ji6 ˆˆ +⋅ . Se R r é subtraído de S r , o resultado é ji4- ˆ7ˆ ⋅+⋅ . Qual é o módulo do vetor S r . CONCEITOS BÁSICOS Estes conceitos básicos não servirão apenas para o estudo de uma parte da Física em particular, mas sim para toda a Física. Portanto será muito importante guardá-los bem, lembre que uma boa casa tem uma boa base, construa sua “boa base” em Física! 1. Referencial: O referencial é o local de onde efetuamos nossas observações e de onde amarramos as nossas medições. 2. Ponto Material, Partícula ou Corpo Puntiforme: É um corpo que podemos desprezar suas dimensões na análise de um determinado fenômeno. 3. Corpo Extenso: É um corpo que não podemos desprezar suas dimensões na análise de um particular fenômeno. MECÂNICA CINEMÁTICA A cinemática é a parte da mecânica que estuda os movimentos sem se preocupar com as causas que provocam estes movimentos. Podemos dividir a cinemática em duas: � Cinemática Escalar e � Cinemática VetorialCINEMÁTICA ESCALAR A cinemática escalar é aquela que estuda os movimentos sem se preocupar com as causas que os provocam e sem considerar profundamente os conceitos de direção e sentido sendo assim é aplicada em problemas unidimensionais. Durante o estudo de toda mecânica se fará referência com grande freqüência a expressão móvel. O móvel é o foco das atenções num fenômeno relativo a movimento, é o objeto que voltamos a nossa atenção a fim de estudar o movimento descrito pelo mesmo. O móvel pode ser uma partícula ou corpo extenso dependendo do contexto do fenômeno vivido pelo mesmo. TRAJETÓRIA Trajetória é o caminho deixado pelo móvel, isto é, é o caminho percorrido pelo móvel em seu movimento. A trajetória é constituída por um conjunto de infinitas posições e depende do referencial adotado. Podemos classificar as trajetórias quanto a sua forma geométrica como: 1. Trajetória Retilínea: É uma trajetória deixada pelo móvel que tem a forma de uma linha reta. 2. Trajetória Curvilínea: É uma trajetória deixada pelo móvel que tem a forma de uma linha curva. 2.1. Trajetória Circular: É uma trajetória curvilínea que tem a forma de uma circunferência. 2.2. Trajetória Elíptica: É uma trajetória curvilínea que tem a forma de uma elipse. 2.3. Trajetória Parabólica: É uma trajetória curvilínea que tem a forma de uma parábola. GRANDEZAS FÍSICAS ENVOLVIDAS NO ESTUDO DA CINEMÁTICA POSIÇÃO ESCALAR ou ESPAÇO ESCALAR (S) Uma trajetória pode ser orientada e cotada em relação a um determinado referencial. Por meio da cotação da trajetória podemos determinar a posição em que um móvel se encontra num determinado instante. Assim podemos dizer que: posição é o local em que o móvel se encontra num determinado instante. DESLOCAMENTO ESCALAR ou VARIAÇÃO DE POSIÇÃO ESCALAR (∆∆∆∆S) Deslocamento ou Variação de Posição é quanto o móvel varia de posição num determinado intervalo de tempo em relação a um determinado referencial. A variação de posição ∆∆∆∆S é dada por: 0SS ∆S −= , onde: ∆∆∆∆S é a variação da posição, S é a posição final e S0 é a posição inicial do móvel. FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 10 � Distância Percorrida (d): É quanto um móvel percorre em sua trajetória em um determinado intervalo de tempo em relação a um determinado referencial. A unidade no SI para posição, deslocamento e distância percorrida é o metro (m). No entanto, podemos usar qualquer unidade de comprimento para expressar uma posição, deslocamento ou distância percorrida. Das unidades que podemos usar para as grandezas citadas a mais empregada em cinemática, que não seja o metro, é o quilômetro (km). INSTANTE (t) É um exato momento. Podemos usar o instante para medir o exato momento que ocorre um evento. INTERVALO DE TEMPO (∆∆∆∆t): É quanto tempo passou para que ocorra um determinado fenômeno que desejamos analisar. O intervalo de tempo é dado por: 0t t∆t −= , onde: ∆∆∆∆t é o intervalo de tempo, t é o instante final e t0 é o instante inicial. VELOCIDADE ESCALAR A velocidade escalar é uma grandeza física definida para dar um caráter quantitativo a rapidez com que o um movimento acontece, assim a velocidade nos mostra como a posição do móvel está variando a medida que o tempo passa. É muito importante observar que a medida da velocidade depende do referencial. Podemos considerar: 1. Velocidade Escalar Média (vm): é definida por: ∆t ∆S vm = , onde: “∆∆∆∆S” é o deslocamento ocorrido no intervalo de tempo “∆∆∆∆t”. A unidade de velocidade no SI é o m/s (metro por segundo) porém qualquer unidade de comprimento por unidade de tempo caracteriza a unidade de uma velocidade. As unidades de velocidade mais importantes fora a do SI são o km/h (quilometro por hora) e km/s (quilometro por segundo). 2. Velocidade Escalar Instantânea (v) ou (vinst): é definida por: ∆t ∆S limv 0∆t inst → = , onde lê-se: limite de ∆∆∆∆S dividido por ∆∆∆∆t quando ∆∆∆∆t tende para 0(zero). Observações sobre velocidade: � As velocidades escalar média e escalar instantânea são distintas. A velocidade média oferece uma média da taxa de variação da posição em relação ao tempo medida num intervalo de tempo relativamente grande enquanto que a velocidade instantânea é a velocidade de um determinado instante, isto é, é a taxa de variação da posição em relação ao tempo medida num intervalo de tempo muito pequeno, ou melhor, medida num intervalo de tempo infinitesimal, o mais próximo de zero possível. � Para transformar as unidades de velocidade de km/h para m/s e m/s por km/h que são as transformações mais usuais use o dispositivo prático seguinte: Traduzindo o quadro anteriror temos que: Para tranformar de km/h para m/s dividimos por 3,6 Para fransformar de m/s para km/h multiplicamos por 3,6 MOVIMENTO E REPOUSO Diz-se que um corpo está em movimento em relação a um determinado referencial se sua posição variar no decorrer do tempo com relação a este referencial (isto quer dizer que sua velocidade deve ser diferente de zero com relação a este referencial) e diz-se que um corpo está em repouso em relação a um determinado referencial se sua posição não variar no decorrer do tempo com relação a este referencial (isto quer dizer que sua velocidade deve ser igual a zero com relação a este referencial). MOVIMENTO PROGRESSIVO E MOVIMENTO RETROGRADO Um movimento é progressivo quando o móvel move-se no mesmo sentido da orientação da trajetória (neste caso sua velocidade é positiva, v > 0) e um movimento é retrogrado quando o móvel move-se no sentido contrário ao da orientação da trajetória (neste caso sua velocidade é negativa, v < 0). Veja os exemplos na aula. ACELERAÇÃO ESCALAR A aceleração é a grandeza física que nos mostra como a velocidade de um determinado móvel está variando (aumentando ou diminuindo ou nem uma coisa nem outra) em relação a um determinado referencial com relação ao tempo. Assim como ocorreu com a velocidade (que mostra como a posição está variando em relação a um determinado referencial com relação ao tempo) a aceleração escalar pode ser considerada como: 1. Aceleração Escalar Média (am): É definida por: t v am ∆ ∆= , onde: “∆∆∆∆v” é a variação de velocidade ocorrida no intervalo de tempo “∆∆∆∆t”. A unidade de aceleração no SI é o m/s2 (metro por segundo ao quadrado), porém qualquer unidade de comprimento por unidade de tempo ao quadrado é unidade de uma aceleração. 1. Aceleração Escalar Instantânea (a) ou (ainst): é definida por: t v lima 0t inst ∆ ∆ ∆ → = , onde lê-se: limite de ∆∆∆∆v dividido por ∆∆∆∆t quando ∆∆∆∆t tende para 0(zero). Observações sobre aceleração: � As acelerações escalar média e escalar instantânea são distintas. A aceleração média oferece uma média da taxa de variação da velocidade em relação ao tempo medida num intervalo de tempo relativamente grande enquanto que a aceleração instantânea é a aceleração de um determinado instante, isto é, é a taxa de variação da velocidade em relação ao tempo medida num intervalo de tempo muito pequeno, ou melhor, medida num intervalo de tempo infinitesimal, o mais próximo de zero possível. MOVIMENTO ACELERADO E RETARDADO Diz-se que um movimento é acelerado quando o módulo de sua velocidade CRESCE no decorrer do tempo e diz-se que um movimento é retardado quando o módulo de sua velocidade DECRESCE no decorrer do tempo. Para verificar se o movimento é acelerado ou retardado observamos o sinal de sua velocidade e aceleração, veja o quadro: MOVIMENTO SINAL DA VELOCIDADE SINAL DA ACELERAÇÃO + + Acelerado – – + – Retardado – + Observe que: � O movimento é acelerado quando os sinais da velocidade e aceleração são iguais e, retardado quando os sinais da velocidade e aceleração são contrários; � O movimento aceleradoé aquele em que o móvel está “indo cada vez mais rápido” e o movimento retardado é aquele em que o móvel está “indo cada vez mais lento”; � O movimento ser acelerado ou retardado não depende unicamente do sinal da aceleração. Só analisando os sinais da aceleração e velocidade em conjunto podemos determina. km/h m/s X 3,6 ÷ 3,6 FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 11 Hora de... Brincar! 49. (F. M. SANTOS - SP) Consideremos um ponto na superfície da Lua. Este ponto está: (a) descrevendo um movimento circular (b) parado (c) descrevendo uma trajetória elíptica (d) descrevendo uma trajetória parabólica (e) sua trajetória depende do referencial 50. (FM Jundiaí–SP) A velocidade escalar média de um carro é de 90km/h. Essa velocidade e quivale a: (a) 20m/s (b) 25m/s (c) 36m/s (d) 120m/s (e) 180m/s 51. A velocidade escalar de um avião é de 100m/s. Qual a velcoidade de mesmo avião expressa em km/h? (a) 360 (b) 0,1 (c) 360000 (d) 3,6 (e) 36 52. A velocidade da luz vale 300 000km/s. Quando vale a velocidade da luz em: I. m/s II. km/h III. km/min IV. m/h V. m/min VI. cm/h VII. cm/s VIII. Mm/s IX. cm/min X. km/ano 53. (F. E. SANTOS – SP) Você num automóvel faz um determinado percurso em 2 horas, desenvolvendo uma velocidade escalar média de 75 km/h. Se fizesse o mesmo percurso a uma velocidade escalar média de 100 km/h, quanto tempo ganharia? (a) 30min (b) ¼ h (c) 45min (d) 1/3 h (e) 1,5min 54. (FATEC – SP) Um veículo percorre 100m de uma trajetória retilínea com velocidade média de 25m/s, e 300m seguintes com velocidade igual a 50m/s. A velocidade média durante o trajeto todo, em m/s, é de: (a) 37,5 (b) 40 (c) 53,3 (d) 75 (e) n.d.a. 55. Um móvel percorre o segmento de reta AC com velocidade C constante onde AB é diferente de BC. Se T1 e T2 são os tempos gastos nos percursos AB e BC, é verdadeira a seguinte relação: (a) AB/T1 = BC/T2 (b) AB/BC = T2/T1 (c) AB/BC = (T2/T1)2 (d) AC = AB/T1 + BC/T2 (e) AC = (AB + BC) T2T1 56. O quociente entre velocidade e aceleração é uma grandeza que pode ser medida em: (a) cm/s2 (b) cm/s3 (c) cm2/s3 (d) s (e) s–1 57. Sendo a distância de São Paulo à faculdade 20 km, e considerando a velocidade máxima permitida de 80 km/h, o mínimo que se deve gastar na viagem em trânsito completamente livre: (a) 1 h (b) 20 min (c) 30 min (d) 15 min (e) n.d.a. 58. A trajetória de um ponto material: (a) Depende do referencial adotado (b) Independe do referencial adotado, podendo ser retilínea, curvilínea, etc. (c) É sempre parabólica (d) É sempre retilínea (e) n.d.a 59. Assinale a alternativa verdadeira: (a) Uma pulga é certamente um ponto material. (b) Um atleta fazendo ginástica pode ser considerado um ponto material. (c) Um carro viajando de Recife para Caruaru é certamente um corpo extenso. (d) Um carro fazendo manobras para estacionar em uma garagem não pode ser considerado corpo puntiforme. (e) A Terra não é certamente uma partícula. 60. Assinale a alternativa correta: (a) A Terra é um corpo em repouso. (b) Uma pessoa sentada num banco de jardim está em repouso. (c) Se um corpo estiver em repouso em relação a um dado referencial, então estará em movimento em relação a qualquer outro referencial. (d) Os conceitos de repouso e movimento não dependem do referencial adotado. (e) Um corpo pode estar em movimento em relação a um referencial e em repouso em relação a outro referencial. 61. (ESPM–SP) Uma estrela está a uma distância de 4,5�109 km da Terra. Sabendo-se que a velocidade da luz é 300.000 km/s, qual o tempo gasto pela luz da estrela para atingir a Terra? 62. Certa pessoa viajava em um automóvel cujo velocímetro não funcionava. Desejando saber qual a velocidade escalar média do automóvel e sabendo que os postes da rede elétrica dispostos à margem da estrada distam 60m um do outro, a pessoa começou a marcar o tempo no instante em que passou em frente de um certo poste (chamemos a este de 1º poste) e constatou que transcorreram 45,6 s até o instante em que passou diante do 20º poste. Determine a velocidade escalar média do automóvel, em km/h, constatada no intervalo de tempo durante o qual se deslocou do 1º ao 20º poste. 63. (Unesp–SP) Num Caminhão tanque em movimento, uma torneira mal fechada goteja à razão de 2 gotas por segundo. Determine a velocidade do caminhão, em m/s, sabendo que a distância entre marcas sucessivas deixadas pelas gotas no asfalto é de 2,5m. 64. Uma patrulha rodoviária mede o tempo que cada veículo leva para percorrer um trecho de 400m da estrada. Um automóvel percorre a primeira metade do trecho com velocidade média de 140km/h. Sendo de 80km/h a velocidade máxima permitida, qual deve ser a maior velocidade média do automóvel na segunda metade do trecho para evitar ser multado? 65. Em 10min, certo móvel percorre 12km. Nos 15min seguintes, o mesmo móvel percorre 20km e, nos 5min que se seguem, percorre 4km. Sua velocidade escalar média em m/s, supondo constante o sentido do movimento, é: (a) 1,2 (b) 10 (c) 17 (d) 18 (e) 20 66. Sejam A e C dois pontos de uma reta e B o ponto médio de AC. Um homem percorre AB com velocidade escalar média de 4,0m/s e BC com velocidade escalar média de 6,0m/s. A velocidade escalar média do homem entre A e C, em m/s, é de: (a) 5,0 (b) 4,8 (c) 2,0 (d) 10 (e) 4,6 67. Em 0,5h, certo móvel percorre 20km. Nos 15min seguintes, o mesmo móvel percorre 10km e, nos 5min que se seguem, pára para abastecer e nos 5min seguintes percorre 3km. Sua velocidade escalar média em m/s, supondo constante o sentido do movimento, é: (a) 5 (b) 10 (c) 15 (d) 20 (e) 25 68. Um jato, em manobra anti-radar, voa, horizontalmente, a 35m acima do solo. De repente, o avião está diante de uma leve inclinação de 4,3º no terreno, um obstáculo difícil de detectar. Quanto tempo, em segundos, o piloto tem para fazer a correção da aeronave, de modo a evitar a colisão como o solo? Sabe-se que a velocidade média da aeronave é de 1.296km/h. Dados: sen 4,3º = tan 4,3º = 0,075 e cos 4,3º = 1 A B C FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 12 69. (UFPA) Acada minuto uma menina anotou a velocidade escalar indicada pelo velocímetro no carro do pai. O resultado foi 15km/h, 31km/h, 39km/h. Pode-se afirmar corretamente que a aceleração escalar média do carro é: (a) 8km/h por segundo. (b) 8km/h2 por segundo. (c) 8km/h por minuto. (d) 19km/h por minuto. (e) 27km/h por minuto. 70. (Cesgranrio–RJ) Um fabricante de automóvel anuncia que determinado modelo atinge 80km/h em 8s (a partir do repouso). Isso supõe uma aceleração escalar média, em m/s2, próxima de: (a) 0,1 (b) 3 (c) 10 (d) 23 (e) 64 71. (Cescem–SP) Um certo tipo de foguete, partindo do repouso, atinge a velocidade de 12km/s após 36s. Qual a sua aceleração escalar média, em km/s2, nesse intervalo de tempo? (a) Zero (b) 3 (c) 2 (d) ½ (e) 1/3 72. (EE Santos–SP) A velocidade escalar de um automóvel aumenta de 36km/h para 108km/h em 10s. A aceleração escalar média vale em m/s2: (a) 0,6 (b) 1 (c) 1,67 (d) 6 (e) 16,7 73. (Unisinos–SR) Quando um condutor aumenta a velocidade de seu automóvel de 60km/h para 78km/h em 10s, ele está comunicando ao carro uma aceleração escalar média, em m/s2, de: (a) 18 (b) 0,2 (c) 5 (d) 1,8 (e) 0,5 74. (UFSCSP) Um carro movendo-se no sentido positivo do eixo x, com velocidade de 100km/h, freia de modo que após 1,0min sua velocidade passa a ser 40km/h. A aceleração escalar média do carro será, em km/min2: (a) –1,0 (b) 1,0 (c) –10 (d) – 0,66 (e) 0,66 MOVIMENTO UNIFORME (M.U.) Movimento uniforme (M.U.) é aquele em que o móvel desloca-se com velocidadeescalar diferente de zero e constante no decorrer do tempo em relação a um determinado referencial, isto é, enquanto o tempo passa a velocidade não se altera sendo esta velocidade diferente de zero. Função Horária do M. U. A função horária do M.U. é uma função do polinomial do 1º grau em que S = f(t), isto é, em que a posição é uma função do tempo. A função horária do M.U. é: tvS S 0 ⋅+= Nesta função temos: S é a posição final (num instante t); S0 é a posição inicial (no instante t0 = 0); v é a velocidade escalar (constante e ≠ 0); t é o instante considerado. Gráficos do M.U. Podemos considerar dois gráficos importantes no movimento uniforme. � O gráfico da velocidade em função do tempo v x t e � O gráfico da posição em função do tempo S x t. Passaremos a estudar cada um: Gráfico v x t Sabemos que no M.U. a velocidade é constante, isto é, v(t) = v. Matematicamente falando temos que a velocidade é definida por uma função constante e da Matemática sabemos que uma função constante nos dá como gráfico uma reta paralela ao eixo das abscissas, porém em nosso caso a abscissa (que em Matemática é chamada de x) é o tempo t. Trançando o gráfico generalizado podemos observar dois casos: Caso 1: A velocidade é v > 0, isto é, o movimento é progressivo. Caso 2: A velocidade é v < 0, isto é, o movimento é retrogrado. Gráfico S x t Observando a função, FUNÇÃO! Função horária do M.U. é: S(t) = S0 + v⋅⋅⋅⋅t, podemos observar facilmente que a posição S é uma função do tempo t semelhante a função polinomial do 1º grau: f(x) = y = b + a⋅⋅⋅⋅x, observe que nesta y é uma função de x assim como na função horária do M.U. S é uma função de t. Do esto de funções sabemos que uma função polinomial do primeiro grau nos dá como gráfico uma reta inclinada para a direita ou para a esquerda, assim a função horária do M.U. , como é polinômial do 1º grau, também nos dará como gráfico uma reta inclinada para a direita ou esquerda. Determinar se a inclinação é para a direita ou para esquerda é muito facil. Para tanto você deve saber que: � Se o movimento for progressivo (v > 0) a inclinação da reta será para a direita. � Se o movimento for retrogrado (v < 0) a inclinação da reta será para a esquerda. Traçando o gráfico genérico abaixo podemos observar os dois casos: Caso 1: O movimento é progressivo S > 0. A vaca faz? MU...MU...MU... 0 v t v v t –v 0 S t S0 0 Instante em que o móvel passa pela origem dos espaços. Posição Inicial. S = FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 13 Caso 2: O movimento é retrogrado S < 0: NOTA: � No gráfico v x t a área limitada pelo gráfico e o eixo dos tempos é numericamente igual ao deslocamento efetuado pelo móvel no intervalo de tempo considerado. Veja: Hora de... Brincar! 75. A função horária de um móvel, em unidades do SI, é: S = – 5 + 2� t. I. Determine o espaço inicial; II. Determine a velocidade escalar do móvel; III. Classifique o movimento é progressivo ou retrogrado; IV. Determine a velocidade do móvel no instante t = 15s; V. Qual a posição do móvel no instante t = 2s? VI. Qual a posição do móvel no instante t = 15s? VII. Em que instante o móvel passa pela origem dos espaços? VIII. O que se pode dizer sobre a trajetória do móvel? 76. A função horária de um móvel, em unidades do SI, é: S = 5 –+ 2� t. I. Determine o espaço inicial; II. Determine a velocidade escalar do móvel; III. Classifique o movimento é progressivo ou retrogrado; IV. Determine a velocidade do móvel no instante t = 15s; V. Qual a posição do móvel no instante t = 2s? VI. Qual a posição do móvel no instante t = 15s? VII. Em que instante o móvel passa pela origem dos espaços? VIII. O que se pode dizer sobre a trajetória do móvel? 77. Se um movimento acontece de forma que a velocidade escalar média é igual a velocidade escalar instantânea em qualquer instante considerado, teremos então que o movimento é: (a) Uniforme (b) MRU (c) Acelerado (d) Retardado (e) Necessariamente progressivo 78. Um móvel desloca-se numa trajetória retilínea com velocidade escalar constante. Considerando que v representa o valor da velocidade, S representa a posição e t representa o tempo, das equações abaixo, a que descreve um possível movimento desse móvel é: (a) v = 6� t (b) S = 3 + 2� t2 (c) v = 10 + t2 (d) S = 2� t (e) S = t3 79. Um corpo puntiforme possui velocidade escalar constante com módulo igual a 72km/h. Considere que a trajetória do corpo puntiforme é o eixo coordenado x e que o mesmo desloca-se no sentido contrário a orientação do eixo. No instante inicial do movimento, esse corpo puntiforme encontra- se na posição 560km na trajetória. Determine o instante em que o móvel passa pela origem do sistema de referência xy. 80. (FUVEST–SP) Uma pessoa caminha com passadas iguais de 80cm com velocidade constante de 2m/s. I. Quantos metros essa pessoa caminha em 60s? II. Quantos passos ela dá por segundo? III. Quantos passos ela dá se percorrer 3km? IV. Quantos passos ela dá se caminhar 2h? 81. Dois móveis A e B percorrem a mesma trajetória e seus espaços são medidos a partir da mesma origem, sobre a trajetória. Sendo SA = 15 + 10� t e SB = 5 + 5� t, para posição em metros e o tempo em segundos, depois de quanto tempo, em segundos, a distância entre os móveis é de 20m? (a) 2 (b) 1 (c) 5 (d) 10 (e) 12 82. (FIRA Alfenas–MG) Para passar uma ponte de 100m de comprimento, um trem de 200m, a 60km/h, leva quanto tempo, em segundos? (a) 12 (b) 6 (c) 18 (d) 10 (e) 8 83. (FUVEST–SP) Um automóvel que se desloca com uma velocidade escalar constante de 72km/h ultrapassa outro que se desloca com uma velocidade escalar constante de 54km/h numa mesma estrada reta. O primeiro encontra-se 200m atrás do segundo no instante t = 0. O primeiro estará ao lado do segundo no instante, em segundos: (a) 10 (b) 20 (c) 30 (d) 40 (e) 50 84. (CESCEM–SP) A distância entre dois automóveis é 225km. Se eles andam um ao encontro do outro com 60km/h e 90km/h, ao fim de quantas horas se encontrarão? (a) 1h (b) 1h 15min (c) 1h 30min (d) 1h 50min (e) 2h 30min 85. (FLM–PR) Dois móveis A e B percorrem um trecho de estrada retilínea representado pelo eixo orientado. As posições no instante inicial (t = 0) e os sentidos dos movimentos estão indicados na figura. O instante do encontro é: (a) 10min (b) 20min (c) 30min (d) 40min (e) 50min 86. (FUVEST–SP) Numa estrada, andando de caminhão com velocidade constante, você leva 4 segundos para ultrapassar um outro caminhão cuja velocidade é também constante. Sendo de 10m o comprimento de cada caminhão, a diferença entre a sua velocidade e a do caminhão que você ultrapassa é, aproximadamente, igual a: (a) 0,2m/s (b) 0,4m/s (c) 2,5m/s (d) 5,0m/s (e) 10m/s 87. (PUC–SP) Para pesquisar a profundidade do oceano numa certa região, usa-se um sonar instalado num barco em repouso. O intervalo de tempo decorrido entre a emissão do sinal e a resposta ao barco (eco) é de 1s. Supondo a velocidade de propagação do som na água 1500m/s, a profundidade do oceano na região considerada é de: (a) 25m (b) 50m (c) 100m (d) 750m (e) 1500m 88. (Mackenzie–SP) Um caçador dá um tiro e ouve o eco 6,00s depois. A velocidade de propagação do som no ar é de 340m/s. A que distância do alvo se encontra o alvo? (a) 6m (b) 340m (c) 1000m (d) 1020m (e) 1200m 89. Um individuo bate as mãos ritmicamente em frente de uma parede e ouve o eco das palmadas. Quando a freqüência for de 100 palmas por minuto ele deixará de ouvir o eco das palmas, pois este chegará aos seus ouvidos no S t S00 Instante em que o móvel passa pela origem dos espaços. Posição Inicial. A=∆∆∆∆S 0 v t v t t0 A área (A) é numericamente igual ao deslocamento (∆∆∆∆S) efetuado pelo móvel do instante t0 ao instante t 30km 70km S |vA| = 24km/h A 0km |vB| = 10m/s B FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 14 mesmo instante em que ele bate as mãos. Sendo a velocidade do som igual a 300m/s, a distância do individuo à parede é de aproximadamente: (a) 45m (b) 90m (c) 180m (d) 250m (e) 500m 90. (FATEC–SP) O referencial é 0xy cartesiano. Antônio percorre 0x com velocidade va = 2,0m/s; Benedito percorre 0y com velocidade vb = 1,5m/s. Os dois passam juntos pela origem na data zero. Na data t = 10s, a distância entre Antônio e Benedito é: (a) 25m (b) 35m (c) 5,0m (d) 17,5m (e) 15m 91. (FATEC–SP) Duas esferas A e B encontram-se em repouso sobre uma superfície horizontal. Elas são lançadas, simultaneamente, descrevendo trajetórias ilustradas na figura, e atingem, ao mesmo tempo, o ponto P. Sabendo-se que as esferas se movimentam com velocidades constantes e que a velocidade da esfera A é 2,0m/s, pode-se afirmar que a velocidade da esfera B é igual a: (a) 1,0m/s (b) 7 10 m/s (c) 4,0m/s (d) 5 7 m/s (e) 2,8m/s 92. (UFRS) Um projétil, com velocidade de 300m/s, é disparado em direção ao centro de um navio que se move a uma velocidade constante de 10m/s em direção perpendicular à trajetória do projétil. Se o impacto ocorrer a 20m do centro do navio, a que distância deste foi feito o disparo? (a) 150m (b) 300m (c) 600m (d) 3000m (e) 6000m 93. (FATEC–SP) A luz propaga-se no vácuo com velocidade próxima de c = 3,0� 108 m/s. O percurso da luz no vácuo, em um ano, é chamado de ano-luz. Um ano-luz é próximo de: (a) 1011m (b) 1013m (c) 1016m (d) 108m (e) 1020m 94. (CICE – RJ) a figura ao lado, as curvas I, II e III representam os gráficos (distância X tempo) dos móveis I, II e III, respectivamente. Baseado nestes gráficos, indique qual ou quais dos três móveis tinha velocidade zero no instante zero da observação. (a) I (b) II (c) III (d) I e II (e) nenhum 95. (F. M. SANTA CASA – SP) O gráfico ao lado representa a posição de um móvel dada pelo espaço s em função do tempo. A velocidade média no intervalo de 0 a 7 s é igual a: (a) 20 m/s (b) 2,0ms (c) 23m/s (d) 6,6m/s (e) zero (F. M. SANTA CASA – SP) A explicação seguinte refere-se às questões de número 96 a 98. O gráfico do espaço S de um móvel em função do tempo a partir de uma origem O, sobre uma reta, é o seguinte: 96. A velocidade média, em m/s, do móvel, entre 0 s e 30 s é: (a) Nula (b) 1 (c) –1/3 (d) 1/3 (e) 3/2 97. O móvel tem velocidade escalar negativa entre: (a) 20 e30s (b) 10 e 20s (c) 10 e 40s (d) 0 e 10s (e) nunca 98. O móvel tem aceleração escalar nula: (a) Nunca (b) Só entre 10 e 20 s (c) Em todo percurso representado no gráfico (d) Só entre 0 e 10 s (e) Nenhuma das afirmativas anteriores é correta 99. (UFJF–MG) Num laboratório de Física, um pesquisador observou os movimentos de duas partículas e representou a variação da posição de cada uma delas no tempo de acordo com o gráfico abaixo. A partir do gráfico, pode-se afirma que: (a) A partícula A está subindo e a partícula B está descendo. (b) As duas partículas estão se deslocando no mesmo sentido com velocidades iguais. (c) A partícula B é mais lenta que a partícula A e tem sentido oposto a esta. (d) A partícula A é mais rápida que a partícula B e se desloca no mesmo sentido desta. (e) A partícula B é mais rápida que a partícula A e tem sentido oposto a esta. 100. (Unifor–CE) Dois móveis, A e B, percorrem a mesma trajetória retilínea. A figura representa as posições, dadas em metros, em função do tempo, dado em segundos, desses dois móveis. Qual a distância entre A e B no instante t = 5s? 101. (FUVEST–SP) Um automóvel faz uma viagem em 6h e sua velocidade escalar varia em função do tempo aproximadamente como mostra o gráfico a seguir. A velocidade escalar média do automóvel na viagem é: (a) 35km/h (b) 40km/h (c) 45km/h (d) 48km/h (e) 50km/h A A B B D C P CD = 8,0m DP = 6,0m � 0 10 20 30 40 50 60 70 80 t 40 30 20 10 d I III II 0 3 5 6 7 t(s) 40 30 S(m) 0 10 20 30 50 t (s) S(m) 40 40 30 20 10 –20 0 1 2 3 4 5 6 S(m) A B t(s) 2 1 3 5 4 0 1 2 3 4 5 6 V(km/h) 60 30 t(h) 0 S A B t FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 15 MOVIMENTO VARIADO Movimento variado é aquele em que o móvel desloca-se com a sua velocidade variando no decorrer do tempo em relação a um determinado referencial. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV) Movimento Uniformemente variado é aquele que o móvel varia a sua velocidade no decorrer do tempo uniformemente, isto é, para intervalos de tempos iguais tempos variações de velocidades iguais. O fato de a velocidade variar uniformemente nos permitir identificar o M.U.V como sendo aquele movimento em que o móvel desloca-se com a sua aceleração permanecendo constante no decorrer do tempo e diferente de zero. Funções Horárias do M.U.V. Diferentemente do M.U o M.U.V. tem duas funções horárias e mais uma equação, estas são: � Função Horária da Velocidade; � Função Horária da Posição e � Equação de Torricelli Função Horária da Velocidade ta v v 0 ⋅+= Função Horária dos Espaços ou da Posição 2 2 1 tat v S S 00 ⋅⋅+⋅+= Equação de Torricelli ∆Sa2 v v 202 ⋅⋅+= Nas expressões acima temos: � v ���� velocidade final � S ���� posição final � v0 ���� velocidade inicial � S0 ���� posição inicial � a ���� aceleração � ∆S ���� deslocamento � t ���� tempo Gráficos do M.U.V. Podemos considerar três gráficos importantes no movimento uniformemente variado. � O gráfico da aceleração em função do tempo a x t; � O gráfico da velocidade em função do tempo v x t e � O gráfico da posição em função do tempo S x t. Passaremos a estudar cada um: Gráfico a x t Sabemos que no M.U.V. a aceleração é constante, isto é, a(t) = a. Matematicamente falando temos que a aceleração define uma função constante e da Matemática sabemos que uma função constante nos dá como gráfico uma reta paralela ao eixo das abscissas, porém em nosso caso a abscissa (que em Matemática é o x) é o tempo t. Trançando o gráfico generalizado podemos observar dois casos: Caso 1: A aceleração é a > 0. Caso 2: A aceleração é a < 0. Gráfico v x t Observando a função, FUNÇÃO! Função horária da velocidade do M.U.V. é: v(t) = v0 + a⋅⋅⋅⋅t (função polinomial do 1º grau), podemos observar facilmente que a posição v é uma função do tempo t e ainda se recorremos ao estudo de funções em Matemática podemos observar a semelhança desta função com a função polinomial do 1º grau f(x) = b + a⋅⋅⋅⋅x, observe que nesta f é uma função de x assim como na função horária do M.U.V. v é uma função de t. Da Matemática sabemos que uma função polinomial do 1º grau nos dá como gráfico uma reta inclinada para a direita ou para a esquerda, assim a função horária do M.U.V. , como é polinômial do 1º grau, também nos dará como gráfico uma reta inclinada para a direita ou esquerda. Determinar se a inclinação é para a direita ou para esquerda é muito facil. Para tanto você deve saber que: � Se a aceleração é positiva(a > 0) a inclinação da reta será para a direita. � Se a aceleração é negativa (v < 0) a inclinação da reta será para a esquerda. Traçando o gráfico genérico abaixo podemos observar os dois casos: Caso 1: A aceleração é positiva a > 0. Caso 2: A aceleração é negativa a < 0: NOTA: � Lembre que no gráfico vxt a área limitada pelo gráfico e o eixo dos tempos é numericamente igual ao deslocamento efetuado no intervalo de tempo considerado . Esta regra continua valendo do caso agora do M.U.V. a t –a 0 v t v0 0 Instante em que o móvel muda de sentido. Velocidade Inicial. v t v0 0 Instante em que o móvel muda de sentido. Veloc. Inicial. 0 a t a FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 16 Gráfico S x t Observando a função, FUNÇÃO! Função horária dos espaços do M.U.V. que é: 200 ta 2 1 tv S S ⋅⋅+⋅+= , podemos observar facilmente que a posição S é uma função do tempo t e ainda se recorremos ao estudo de funções em Matemática podemos observar a semelhança desta função com a função polinomial do 2º grau f(x) = y = c + bx + a⋅⋅⋅⋅x2 (função polinomial do 2º grau), observe que nesta yf é uma função de x assim como na função horária do M.U.V. S é uma função de t. Da Matemática sabemos que uma função polinomial do 2º grau nos dá como gráfico uma parábola com concavidade voltada para a cima ou para a baixo, assim a função horária do M.U.V. , como é polinômial do 2º grau, também nos dará como gráfico uma parábola com concavidade voltada para cima ou para baixo. Determinar se a concavidade é voltada para cima ou para baixo é muito facil. Para tanto você deve saber que: � Se a aceleração for positiva (a > 0) a concavidade será voltada para a cima. � Se a aceleração for negativa (a < 0) a concavidade será voltada para baixo. Traçando o gráfico genérico abaixo podemos observar os dois casos: Caso 1: A aceleração é positiva a > 0. Caso 2: A aceleração é negativa a < 0: MOVIMENTOS VERTICAIS NO VÁCUO Os movimentos verticais no vácuo são: � Queda Livre no vácuo; � Lançamento vertical para baixo no vácuo; � Lançamento vertical para cima no vácuo. Todos os movimentos verticais no vácuo são MUV, cuja aceleração é a aceleração da gravidade, que nas proximidades do planeta pode ser considerada constante. QUEDA LIVRE O movimento de queda livre é o movimento efetuado por todo corpo que é abandonado nas proximidades da superfície de algum planeta. No nosso caso voltaremos a atenção para corpos abandonados nas proximidades da superfície da Terra desprezando os efeitos provocados pela resistência do ar, porém os princípios podem ser estendidos para outros. Quando um corpo é abandonado nas proximidades da superfície terrestre descreve um M.U.V. (Movimento Uniformemente Variado). Isto ocorre por que todo corpo nas proximidades da superfície terrestre está sujeita a ação de uma força gravitacional que tende a puxar o corpo para o centro da Terra, isto é, a Terra atrai todos os corpos em suas proximidades para o seu centro com a força gravitacional que chamamos de Peso e a estudaremos detalhadamente mais adiante. A força peso, a que nos referimos anteriormente, pode ser considerada constante nas proximidades da superfície terrestre o que acarreta o a aparição de uma aceleração constante (característica do M.U.V) que chamamos de: aceleração da gravidade e a representamos por "g". Sabemos que nas proximidades da superfície terrestre a aceleração da gravidade vale aproximadamente g = 9,8m/s2, porém para efeito de cálculos em geral se adota g = 10m/s2. Equações do Movimento de Queda Livre Para resolver os problemas que envolvem queda livre você poderá utilizar as expressões do MUV, porém podemos escrever estas expressões para este caso especial do movimento de queda livre nos dando mais agilidade na solução dos problemas. Fazendo as modificações as expressões do MUV para o movimento de queda livre elas ficarão da seguinte forma: 2tg 2 1 h ⋅⋅= tgv ⋅= hg2v2 ∆⋅⋅= Observe que as equações são moldadas para uma trajetória orientada para baixo, portanto a origem da trajetória (posição igual a zero) está do ponto de onde a partícula foi abandonada, isto quer dizer que você com estas expressões medirá altura de cima para baixo. LANÇAMENTO VERTICAL PARA BAIXO Este tipo de movimento difere do movimento de queda livre pelo fato de haver uma velocidade inicial, isto pelo fato de o corpo ser lançado e não abandonado. Para este tipo de movimento podemos usar as seguintes expressões, que vêm das expressões do MUV: 2 0 tg2 1 tvh ⋅⋅+⋅= tgvv 0 ⋅+= hg2vv 20 2 ∆⋅⋅+= Instante em que o móvel passa pela origem dos espaços. S t S0 0 Instante em que o móvel passa pela origem dos espaços. Ponto que caracteriza o instante e posição que o móvel muda de sentido Instante em que o móvel passa pela origem dos espaços. S t S0 0 Instante em que o móvel passa pela origem dos espaços. Ponto que caracteriza o instante e posição que o móvel muda de sentido V0 = 0 g r h A trajetória é orientada para baixo. V V0 ≠≠≠≠ 0 g r h A trajetória é orientada para baixo. FÍSICA – MECÂNICA AUTORIA – PROF. MARCELO CORREIA E-mail: marcelo.correia.fisica@bol.com.br 17 Observe que as equações são moldadas para uma trajetória orientada para baixo, portanto com estas expressões você medirá altura de cima para baixo. LANÇAMENTO VERTICAL PARA CIMA No lançamento vertical para cima o corpo é lançado para cima com uma certa velocidade inicial e os problemas podem ser resolvidos pelas expressões seguintes: 2 00 tg2 1 tvhh ⋅⋅−⋅+= tgvv 0 ⋅−= hg2vv 20 2 ∆⋅⋅−= Além destas expressões já apresentas para o lançamento vertical para cima podemos considerar mais duas que facilitará muito a resolução de problemas. Estas são: para calcular a altura máxima (medida a partir do ponto de lançamento da partícula) 2g v h 2 0 máx = para calcular o tempo de subida g v t 0s = Observe que as equações são moldadas para uma trajetória orientada para cima, portanto com estas expressões você medirá altura de baixo para cima. Observe ainda que durante a subida a velocidade da partícula é positiva (movimento progressivo) e durante a descida a velocidade da partícula é negativa (movimento retrogrado). OBSERVAÇÕES GERAIS RESUMO Neste ponto é pertinente lembrarmos de maneira resumida o que vimos até então na cinemática escalar. ⋅⋅+= ⋅++= ⋅+= + = ≠ ⋅+= = ≠ == == = = )Torricelli de (eq. posição) da horária (função )velocidade da horária (função média) e(velocidad constante e 0a posição) da horária (função nula) o(aceleraçã 0 a constante e 0v :média aceleração :média velocidade :tempo de intervalo :todeslocamen ∆Sa2vv 2 tavSS tavv 2 vvv M.U.V t vSS M.U t-t v-v ∆t ∆va t-t S-S ∆t ∆Sv t-t∆t S-S∆S básico 2 0 2 2 00 0 0 m 0 0 0 m 0 0 m 0 0 MUV especiais: QL ���� Queda Livre; LVB���� Lançamento vertical para baixo LVC���� Lançamento vertical para cima. == = ⋅⋅−= ⋅⋅−⋅+= ⋅−= ⋅⋅+= ⋅⋅+⋅+= ⋅+= ⋅⋅= ⋅⋅= ⋅= subida) e queda de (tempo máxima) (altura i)(Torricell cima)p/ baixo (posição. e)(velocidad i)(Torricell baixo)p/ cima (posição. e)(velocidad i)(Torricell baixop/ cima Medida (posição.
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