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AULA N.8 - MICROBIOLOGIA CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA * PARTE III VIROLOGIA * VIROLOGIA MÉDICA PROPRIEDADES GERAIS DOS VÍRUS * * A palavra vírus origina do latim e significa veneno ou fluido venenoso. Os vírus são INERTES - como partículas extracelulares, sendo portanto parasitas intracelulares. * * UM POUCO DA HISTÓRIA DOS VÍRUS NA FACE DA TERRA * * SÉCULO XIX A.C. Cidadão do povo retratado com seqüela de poliomielite Faraó Ramsés V com seqüelas de varíola na face * * Final do século XIX: Os pesquisadores perceberam que certas doenças, como a raiva e a febre aftosa (VESÍCULAS), eram causadas por partículas que pareciam se comportar como bactérias, mas eram muito menores. Classificaram estas estruturas como as formas mais simples de vida. * HISTÓRIA Os vírus foram descobertos, como agentes que provocam doenças, botânico russo Dimitri Ivanowski (1892), estudo da Doença do Mosaico do Tabaco. verificou que a seiva extraída das folhas doentes transmitia a infecção, mas atribuiu o resultado a uma substância tóxica, segregada pela planta doente. * Em 1898, Lofter e Frosh demonstraram que o agente responsável pela doença é o vírus do mosaico do tabaco (VMT) e não uma substância tóxica. D’Herelle (1917) verificou que determinadas bactérias eram atacadas por agentes contaminantes, que provocam a sua destruição. É considerado o pai da Virologia Moderna HISTÓRIA * Em 1935, Wendell M. Stanley (Prêmio Nobel de Química em 1946) da Univ.Rockfeller cristalizou pela primeira vez o vírus do mosaico do tabaco. Concluíu que os vírus consistiam de “um pacote de agentes bioquímicos complexos” mas lhe “faltavam sistemas essenciais das funções metabólicas”. HISTÓRIA * Benefícios Pesquisa Científica (Biologia Molecular e Engenharia Genética). Terapia Gênica (usar a capacidade dos vírus de invadir células para implantar genes sadios em células portadoras de defeitos genéticos). * A maioria dos pesquisadores da área biológica considera complexa a tarefa de definir se os vírus são seres vivos ou seres não-vivos. O que sou, afinal ? ? ? * A Favor: serem seres vivos 1. O fato dos vírus apresentarem reprodução; embora necessitem da ajuda da célula hospedeira para se reproduzirem; 2. A presença de material genético (DNA ou RNA), e consequentemente a capacidade de sofrerem mutação; 3. Capacidade de adaptação. * Contra : não serem seres vivos 1. O fato dos vírus serem acelulares. 2. A ausência de metabolismo próprio, necessitando portanto, de constituintes celulares de outro organismo. * Quais são as principais características dos vírus? . São organismos acelulares; . São parasitas intracelulares obrigatórios; . NAÕ possuem metabolismo próprio, portanto NÃO fazem síntese protéica e nem respiração celular; . Seu material genético pode ser DNA ou RNA; RNAr e RNAt - que participam da construção de proteínas virais, são da própria célula hospedeira. * Tamanho dos vírus Maior Vírus humano - vírus da varíola - 300x250x100 nm Menor vírus humano- vírus da poliomielite - 20 nm de diâmetro * Capsídeo viral É o que envolve o genoma viral, Constituído por uma ou várias proteínas que formam subunidades denominadas CAPSÔMEROS, Nucleocapsídeo = Ácido nucléico + capsídeo VIRION = partícula infecciosa completa * Arquitetura do capsídeo Simetria helicoidal; Em espiral dando aspecto de bastonete Simetria icosaédrica (ou cúbica) figura geométrica com 20 faces e triângulos equiláteros; unidades estruturais – minúsculas esferas Simetria complexa; Forma irregular tridimensional * Simetria do Capsídeo Simetria icosaédrica Simetria Helicoidal Simetria complexa uma esfera de 20 lados (20 triângulos equiláteros) Comprimento controlado pelo ácido nucléico A hélice pode ser rígida ou flexível com formato de cilindro ou tubo * Ex: VIRUS DO MOSAICO DO TABACO * SIMETRIA COMPLEXA Ex: FAMÍLIA POXVÍRUS Bacteriófago T4 vírus da varíola Cabeça cauda * ENVELOPE OBTIDOS PELO BROTAMENTO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR OU NUCLEAR NATUREZA GLICOLIPÍDICA A PERDA DO ENVELOPE RESULTA EM PERDA DA INFECTIVIDADE * Envelope viral Envelope viral com capsídeo helicoidal * vírus da varíola HPV Infectam peixes, anfíbios e répteis HBV * Figure: Figure 09-22a Caption: The shapes and relative sizes of vertebrate viruses of the major taxonomic groups. The hepadnavirus genome has one complete DNA strand and part of its complement. rúbeola resfriado comum resfriados comuns e gastroenterites benignas. * Figure: Figure 09-22b Caption: The shapes and relative sizes of vertebrate viruses of the major taxonomic groups. The hepadnavirus genome has one complete DNA strand and part of its complement. 5 TIPOS BÁSICOS DE ESTRUTURAS VIRAIS HELÍPTICO HELÍPTICO ENVELOPADO ICOSAÉDRICO ENVELOPADO COMPLEXO ICOSAÉDRICO nucleocapsidio nucleocapsidio camada lipídica camada lipídica * Genoma Viral DNA RNA dsDNA ssDNA dsRNA ssRNA ssRNA (+) ssRNA (- ) * Classificação dos vírus Um sistema universal para a classificação dos vírus tem sido discutidos e, propostos pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) desde 1966. O sistema usa as seguintes denominações: Ordem (com sufixo -virales); Família (sufixo -viridae); Subfamília (sufixo -virinae) Gênero (sufixo -virus) Espécie (por ex. tobacco mosaic virus) * Exemplo de classificação O vírus Ebola vírus é classificado da seguinte maneira: Ordem Mononegavirales Família Filoviridae Gênero Filovirus Espécie: Ebola virus Zaire * Processo de multiplicação viral intracelular, constituído pela síntese de proteínas, ácidos nucléicos, e às vezes lipídeos, e sua reunião em uma nova partícula infecciosa. REPLICAÇÃO VIRAL * REPLICAÇÃO VIRAL 1- Adsorção ligação vírus à célula 2- Penetração entrada do vírus na célula 3- Desnudamento liberação do ácido nucléico 4- Expressão gênica Transcrição mRNA Tradução de proteínas Replicação – novos ác.nucléicos 5- Replicação do genoma 6- Morfogênese e Maturação reunião dos novos componentes formados 7- Egresso saída das novos vírions formados da célula * ADSORÇÃO * PENETRAÇÃO Vírus não envelopado ou desnudo Vírus envelopado * PENETRAÇÃO Vírus envelopado - fusão Após a adsorção os vírus envelopados, UNIÃO - à membrana da célula hospedeira, ocorre a ENTRADA do nucleocapsídeo viral - no citoplasma da célula hospedeira. * PENETRAÇÃO Vírus envelopado - endocitose entram na célula por um processo de endocitose , que envolve a invaginação da membrana da célula hospedeira , e formação de uma vesícula dentro do citoplasma da célula. VÍRUS ENVELOPADOS: liberam os nucleocapsídeos de dentro dos endossomo. * PENETRAÇÃO Vírus não envelopado - endocitose vírus não envelopados : utilizam outras estratégias para sair dos endossomos: alguns, como os adenovírus, provocam a lise do endossomo, outros, como os poliovírus, geram poros na membrana vesicular e injetam o genoma viral diretamente no citosol. * PENETRAÇÃO Vírus não envelopado - translocação por meio da ação de uma proteína receptora, o vírus pode atravessar a membrana por meio de translocação, do ambiente extracelular para o citosol. * DESNUDAMENTO Desnaturação das proteínas do capsídeo Vírus envelopados vírus não envelopado Série de eventos que ocorre após a penetração Exposição do genoma para transcrição /tradução * Expressão gênica e Replicação do genoma *DNA RNA dsDNA ssDNA dsRNA ssRNA * CLASSIFICAÇÃO DE BALTIMORE I: DNA dupla fita (Adenovirus; Herpesvirus; Poxvirus, etc) II: DNA simples fita de senso positivo (Parvovirus) III: RNA dupla fita (Reovirus; Birnavirus) IV: RNA simples fita de senso positivo (Picornavirus; Flavivirus) V: RNA simples fita de senso negativo (Orthomixovirus, Rhabdovirus) VI: RNA simples fita de senso positivo com um ciclo intermediário de replicação DNA (Retrovirus) VII: DNA dupla fita com um intermediário de RNA (Hepadnavirus) * As várias estratégias para a produção de mRNA resfriados * Morfogênese e Maturação Morfogênese –Processo de montagem das partículas víricas –Ocorre no final do ciclo replicativo • Maturação –Aquisição da capacidade infectiva (vírion) * Patogenia Viral * Patogenicidade: É a capacidade do vírus de INFECTAR um determinado hospedeiro e causar SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA. Virulência: Severidade da doença A virulência depende : - carga viral, resposta imune do hospedeiro, idade, sexo, espécie do hospedeiro. PATOGENIA VIRAL * Para muitos vírus, - as INFECÇÕES SUBCLÍNICAS ou inaparentes = ocorrem com mais FREQUÊNCIA que as clínicas sintomáticas. TRANSMISSÃO HORIZONTAL TRANSMISSÃO VERTICAL PATOGENIA VIRAL Nas infecções virais, a transmissão horizontal é a forma mais comum de contágio. a partícula viral infecciosa passa ao feto através da PLACENTA- transplacentária. * 1- Contágio por: Vias áreas superiores (influenza, sarampo) Via Oral (poliomielite, enterovírus) Via Sexual (papilomavírus, HBV, HIV) Secreções (varicela, herpes) 2- Formas de disseminação: - Linfática - Hematogênica PATOGENIA VIRAL * VIAS DE PENETRAÇÃO DOS VÍRUS * TIPOS DE INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS PODEM MANIFESTAR-SE SOB 4 FORMAS: infecções agudas: = O agente viral é totalmente ELIMINADO graças as respostas imunológicas: HUMORAL E CELULAR. Infecções sub-clínicas : MAIORIA = formas inaparentes (sem sintomas aparentes); = depende da dose infectante e da capacidade de reação do hospedeiro. * 3) infecções persistentes: infecções crônicas (O VÍRUS PERSISTE POR LONGO TEMPO); infecção persistente LATENTE – não ocorre replicação viral (Herpes) Infecção persistente de EVOLUÇÃO LENTA:período de incubação longo e a evolução leva á morte (HIV). TIPOS DE INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS 4) infecções tumorigênicas: Mudanças nas células que levam ao câncer. Ex: hepatocarcinoma (HBV), Ex: câncer cervical (HPV 16 e 18). TIPOS DE INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS 1- PENETRAÇÃO E REPLICAÇÃO PRIMÁRIA Fixação às células de uma superfície corporal (pele, vias respiratórias, trato gastrointestinal e urogenital e conjuntiva) Penetração Replicação local. Etapas da Patogenia Viral * Penetração em um hospedeiro Replicação Vasos linfáticos ou corrente sanguínea (viremia) Receptores específicos do hospedeiro Interação com a superfície viral (capsídeo) Tropismo Infecção disseminada Etapas da Patogenia Viral 2- Replicação Viral , Disseminação e Tropismo VÍRUS INFECÇÃO LOCAL Células adjacentes * DANO CELULAR E TECIDUAL DESTRUIÇÃO DE CÉLULAS INFECTADAS por vírus nos tecidos-alvo; ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS produzidas no hospedeiro pela injúria tecidual; RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA. Provocam alterações morfológicas e funcionais nos tecidos e órgãos e levam a manifestação da DOENÇA * Vírus podem permanecer SILENCIOSOS ou rapidamente DESTRUIR a célula hospedeira. A CÉLULA INFECTADA PODE: –MORRER para liberar virions, –SOFRER ALTERAÇÕES da DIFERENCIAÇÃO antes de morrer, –SOFRER ALTERAÇÕES de seu CONTROLE de crescimento, levando a apoptose ou oncogênese, –APRESENTAR DESBALANÇO na montagem ou liberação de virions: efeitos citopáticos. PATOGENIA VIRAL * EFEITOS CITOPÁTICOS são efeitos celulares morfológicos característicos, decorrentes da proliferação viral na célula hospedeira: - corpos de inclusão (MASSA DE VÍRUS); - células gigantes virais (fusão de céls infectadas) ; - alterações de modulação celular (regulação); Hepatite por vírus – corpos de inclusão intranucleares Célula gigante - resultante da fusão de células infectadas pelo virus do Sarampo São alterações nas células provocadas por vírus * VÍRUS ENTÉRICOS * O termo “vírus entérico” compreende todos os grupos de vírus que estão PRESENTES NO TRATO GASTRINTESTINAL HUMANO e que, após TRANSMISSÃO POR VIA FECAL-ORAL, podem causar infecções ou enfermidades em indivíduos susceptíveis. (Wyn-Jones & Sellwood, 2001; Leclerc et al., 2002; Theron & Cloete, 2002). Vírus entéricos * Vírus entéricos Podem ser adquiridos por: CONSUMO DE ÁGUA OU DE ALIMENTOS CONTAMINADOS, peixes e moluscos comestíveis de ambientes marinhos, frutos e vegetais cultivados em solos irrigados com águas de esgoto. * Mais de 100 espécies de vírus presentes em águas contaminadas (esgoto); podem causar uma ampla variedade de doenças no homem. Vírus entéricos Os vírus entéricos produzem - infecções assintomáticas, MAS podem CAUSAR quadros mais severos; como, paralisias, anomalias cardíacas, meningite e encefalite, Hepatites e diarréias e OUTRAS ENFERMIDADES. Vírus entéricos OS VÍRUS ENTÉRICOS SE DIVIDEM EM DOIS GRUPOS * O primeiro grupo inclui os ENTEROVÍRUS : como Poliovírus e Coxsackievírus (amigdalites, infecções respiratórias, mialgia epidémica, meningites) Echovírus (exantemas, meningo-encefalites, alterações musculares) - que têm bom crescimento e caracterização em culturas de células de primatas; - NÃO causam doenças gastrointestinais. Vírus entéricos Vírus da poliomielite O segundo grupo inclui ROTAVÍRUS: astrovírus, adenovírus, calicivírus e vírus das hepatites A e E, - os quais são agentes causais de GASTROENTERITES OU HEPATITES; - dificilmente crescem em culturas celulares. Vírus entéricos GASTROENTERITES VIRAIS Responsáveis por até 3/4 de todas diarréias de origem infecciosa. é a segunda CAUSA mais comum de doença (infecções respiratórias). são grandes matadoras, em função da desidratação. As rotaviroses são responsáveis por meio milhão de mortes por ano. * Agentes Gastroenterites / Diarréias Agentes Bacterianos Agentes Parasitários Vírus encontrados no intestino rotavírus adenovírus coronavírus astrovírus calicivírus * VIROLOGIA CLÍNICA Parte I VÍRUS ENTÉRICOS * Rotavírus * Rotavírus (formato de “roda”) * = causam gastroenterite infantil. =são responsáveis por cerca de 50% de todos os casos de diarréia em crianças, =necessitam de hospitalização devido a desidratação. Rotavírus * Rotavírus – Gênero Rotavirus – Família Reoviridae Sete sorotipos (A, B, C, D, E, F e G) Vírus de genoma RNA de dupla fita segmentado (11 segmentos) Simetria icosaédrica com capsídio TRIPLO Não envelopado acentuada resistência a pH ácido * ESTRUTURA Capsídeo intermediário Capsídeo interno Capsídeo externo Genoma do RNA segmentado * A TRANSMISSÃO É FECAL-ORAL = alta excreção nas fezes – cerca de um trilhão de partículas virais/ml de fezes, por água ou alimentos, por contato pessoa a pessoa e objetos contaminados Elevado potencial disseminador Grande variedade de cepas circulantes Clima tropical Conglomerados urbanos Densidade populacional * No mundo cerca de 125 milhões de EPISÓDIOS DIARRÉICOS por Rotavírus ocorrem globalmente a cada ano Causando entre 600.000-870.000 ÓBITOS. * PATOGENIA Infectam as células das microvilosidades do intestino delgado. Codifica uma proteína(NSP4) funciona como ENTEROTOXINA. Lise celular liberação de ~ 10¹º partículas virais/grama. Há substituição de células lesadas por células imaturas da cripta. ROTAVÍRUS 1- espícula VP4 se liga ás céls das vilosidades; 2- o rotavírus se replica e produz TOXINAS; 3- novos rotavírus invadem outras Céls; 4- céls epiteliais MORREM e os fluídos são liberados. Diminuição da absorção * PATOGENIA Os rotavírus aderem ao epitélio do trato Gastro-Intestinal Aumento da motilidade e diminuição da absorção ENTEROTOXINA VIRAL NSP4 Danos da região apical das vilosidades * Diarréia Lesão do epitélio ↓ atividade das dissacaridases Enteropatógenos ↑ da osmolaridade luminal ↑ conteúdo líquido fecal Diarréia osmótica ↓ da digestão ∕ absorção dos açucares ↑ fermentação pela flora intestinal ↑ produção de gases ↑ distensão abdominal cólica abdominal, fezes explosivas Rotavírus e maioria dos vírus O aumento da saída de iões para o lúmen cria hiper-osmolaridade no lúmen intestinal, que “atrai” água e consequentemente, provoca diarréia. Destruição das células epiteliais do intestino Substituição por células cubóides imaturas ↓ capacidade absortiva ↓ atividade enzimática ↓ absorção de glicose ↑ fluido lumen intestinal Perda Na+, K+ bicarbonato e H2O HIPOGLICEMIA DIARRÉIA ACIDOSE Sangue fica com pH ácido, devido a perda de Na, K, bicabornato Resulta em desidratação severa devido a alta excreção de fluidos nos intestinos * PATOGENIA Redução da atividade das DISSACARIDASES (principalmente a lactase). Lactose Galactose ativa Diarréia aquosa 3-8 semanas para a restauração normal * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Responsável pela grande proporção de casos de diarréia; em lactentes e crianças; Período de incubação 1 - 4 dias; Sintomas: Diarréia, febre, dor abdominal e vômitos. desidratação acidose metabólica choque morte A desidratação provocada pela diarréia pode levar a morte se a água e os iões perdidos não forem repostos. * Desenvolvimento agudo: - febre – 30-50% - vômitos- 80-90% - diarréias (5-10 evacuações - dia) DESIDRATAÇÃO e DÉFICT NUTRICIONAL * Diarréia por Rotavírus – desitratação baixa abosrção de água e eletrólitos devido a infecção viral * Desnutrição baixa absorção de nutrientes, devido a infecção viral * TRATAMENTO E CONTROLE Reposição de líquido e restauração do equilíbrio eletrolítico por via intravenosa ou oral. Medidas de controle: o tratamento dos dejetos e a melhoria das condições sanitárias. Vacinas orais de vírus vivos atenuados – incluída no calendário vacinal do Brasil desde 2006. * VIROLOGIA CLÍNICA Parte V Vírus causadores de DST * Dr. Paulo Renato Monteiro da Silva DST EM UMA POPULAÇÃO FONTE: ASD / WHO POPULAÇÃO SEXUALMENTE ATIVA EM RISCO INFECTADAS PERCEBEM SINTOMAS PROCURAM ATENDIMENTO ATENDIDAS DIAGNÓSTICO CORRETO TRATAMENTO ADEQUADO PARCEIROS TRATADOS Dr. Paulo Renato Monteiro da Silva * Dr. Paulo Renato Monteiro da Silva O “ICEBERG” DST SINTOMÁTICOS ASSINTOMÁTICOS Dr. Paulo Renato Monteiro da Silva * Fatores de risco para o câncer Estimativa de mortalidade Fonte: INCA Alimentação 35% Comportamento sexual e reprodutivo 7% Infecção 10% Exposições ocupacionais 4% Exposição excessiva ao sol 3% Álcool 3% Radiações 1% Outras causas 7% Tabaco 30% * HPV PAPILOMAVÍRUS HUMANO * O que é HPV ? * Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae; 200 subtipos do HPV. alguns deles causam apenas verrugas comuns no corpo, enquanto outros afetam a região genital, podendo causar lesões que, se não tratadas, culminarão em câncer de colo uterino. * ESTRUTURA DO HPV DNA fita dupla circular Sem envelope Capsídeo icosaédrico Família: PAPILOMAVIRIDAE Gênero: Papilomavirus * MODO DE TRANSMISSÃO A infecção pelo HPV é muito comum e pode acontecer de maneira que o hospedeiro não se de conta; RELAÇÃO SEXUAL; sexo oral. contato direto com a pele contaminada, mesmo quando não aparenta lesão. * MODO DE TRANSMISSÃO possível a contaminação por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras. Todavia vale ressaltar que esse modo de transmissão não é certo (é apenas uma hipótese já que o vírus pode estar nesses objetos). * Células do Colo Uterino Normal Infectada (H P V) * Condiloma acuminado Lesões vegetantes na pele e mucosa Podem ser imperceptíveis a olho nu ou tomarem grandes proporções. A lesão da direita, tem o aspecto de couve flor. * A sintomatologia é pobre, podendo o paciente referir prurido (coceira), ardência e apresentar outras infecções sexualmente transmitidas associadas. * O HPV também pode se instalar na boca, qualquer lugar da pele, uretra, ânus e reto - no homem ou na mulher. Nestes locais o risco de câncer também existe, apesar de haver menor incidência. As lesões podem ser muito pequenas ou invisíveis, entretanto, contagiosas. No pênis as verrugas são popularmente chamadas Crista de Galo. * Sexo oral favorece o contágio da boca, faringe, esôfago, conjuntiva (olho) e laringe Aspecto atípico do condiloma Condiloma em palato * Verruga comum * * * * Condiloma acuminado * * * Dr. Paulo Renato Monteiro da Silva HPV Pico de Infecção: 20 – 25 anos 70 % das mulheres sexualmente ativas se infectarão com algum tipo de HPV em sua vida. Brasil: 20 casos/100.000 mulheres; Brasil: ± 4.000 ♀ morrem por ano (CA de Colo). *Fonte: INCA Dr. Paulo Renato Monteiro da Silva * TIPO DE HPV E RISCO DE CARCINOMA HPV 16 e HPV 18: risco HPV 31: risco HPV 6 e HPV 11: risco * * ZONA DE TRANSFORMAÇÃO NORMAL * * ZONA DE TRANSFORMAÇÃO ANORMAL * * Tratamento Nenhum tratamento erradica o HPV. O objetivo do tratamento é a remoção da lesão, a melhora clínica e evitar a transmissão. * Medidas gerais (tratamento e prevenção) Higiene local. Tratar infecções associadas. Eliminar fumo e anticoncepcional. Uso de preservativos. Avaliar o parceiro. * * HIV VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA * 1- Célula alvo: linfócito T CD4 Destruição progressiva dos linfócito T CD4 Célula de defesa reconhecimento do antígeno e organização imunidade Conseqüência imunodeficiência grave e infecções oportunistas * ENVELOPADO CAPSÍDEO ICOSAÉDRICO VÍRUS DE ssRNA Família: Retroviridae Gênero: Lentivírus Envelope lipídico exterior Proteínas virais incorporadas no envelope RNA viral Proteínas do capsídio * Mecanismos de transmissão 1 - Sexual: forma mais comum de transmissão Sêmem e a secreção vaginal ricos em vírus Sexo não protegido Sexo anal receptivo e vaginal mulher > vaginal homem Sexo oral Proporção homem/mulher infectados 1985: 28/1 - 1997: 4/1 - 2002: 1/1 * Mecanismos de transmissão 2 - Sangüínea: Transfusão de sangue Hemoderivados Uso de drogas endovenosas 3- Materno-fetal * * QUAL A IMPORTÂNCIA DA CONTAGEM DE LT CD4 NO HIV? * Relação Carga Viral e Contagem de Linfócitos T CD4 Forte associação entre carga viral e declínio dos linfócitos T CD4 * 5,4 0,9 501 – 3000 44,8 16,6 6,3 3001 – 10000 55,2 31,7 18,1 10001 – 30000 64,8 55,2 34,9 > 30.000 76,5 80,0 69,5 < 500 Relação entre carga viral e declínio dos linfócitos T CD4 Diminuição média de linfócitos T CD4 (/mm 3) 36,6 Carga Viral (cópias / ml)Porcentagem de pacientes com AIDS em 6 anos (%) Porcentagem de morte em 6 anos (%) * * * * HIV Infecções Oportunistas Pneumonia por Pneumocystis carinii P. carinii no pulmão Lesão destrutiva cavitária pulmonar * HIV Infecções Oportunistas Citomegalovírus Ulcerações no ceco Pneumonia Retinite Hepatite Encefalite Adrenalite * HIV Infecções Oportunistas Micobactérias Granulomas miliares difusos causados por bactérias do complexo Mycobacterium avium Micobacteriose miliar no baço * HIV Infecções Oportunistas Histoplasma Histoplasmose disseminada (corte de fígado). * HIV Possibilidades antivirais Inibidores da RT - nucleosídeos:AZT, ddC, ddI, d4T, 3TC - não-nucleosídeos: nevirapina e delarvidina Inibidores da protease - saquinavir, ritonavir, indinavir e nelfinavir ETC HAART: Terapêutica com mais de uma droga * * VACINAS ???? INDOMÁVEL é o melhor adjetivo para qualificar o vírus HIV. Após 25 anos da publicação, na revista "Science", do primeiro isolamento desse parasita, a comunidade científica só acumula frustrações. "A comunidade científica está deprimida, porque nós não vemos esperança de sucesso“. David Baltimore (declarou em fevereiro o biólogo americano), que ganhou o NOBEL por ter descoberto o mecanismo de replicação de vírus como o HIV. *
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