Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO RADIOLÓGICO DO OMBRO ANATOMIA RADIOLÓGICA Cavidade glenóide, em forma de virgula invertida, a linha transversa corresponde à linha epifisária da cavidade glenóide Área nua no centro da cavidade glenóide Pesquise e poste no fórum: O que pode acontece com a área nua no centro da cavidade glenóide, caso ocorra uma lesão nesta área? A parte superior da linha súpero-inferior da glenóide tem um ângulo em média de 15°, medialmente com referencia ao plano escapular. O lábio da glenóide,orla de tecido fibroso triangular em corte transverso, fica sobre a cavidade glenóide na orla ou borda. Semelhante ao menisco do joelho. EXAMES DE IMAGEM DA CINTURA ESCAPULAR RADIOGRAFIAS: AP AP VERDADEIRO AXILAR WEST POINT TRANSESCAPULAR OU EM Y ARTROGRAFIA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ANTERO POSTERIOR MAIS UTILIZADA ESTRUTURAS VISUALIZADAS LIMITAÇÃO POSICIONAMENTO AP VERDADEIRO GRASHEY OU PERFIL DE GLENOIDE Oblíqua posterior Projeção AP obliqua angulação 30◦ supero-inferior – método rockwood A)Luxação posterior com superposição da glenóide e da cabeça umeral e uma fratura impactada antero-medial . O úmero encontra-se fixado em rotação interna. B) Incidência escapular em Y mostrando a luxação posterior da cabeça umeral. AXILAR ou súpero-inferior. Importante para ver as luxações Nesta incidência nota-se a exata relação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide. WESTPOINT Incidência Variante de Lawrence. Nem sempre há necessidade de abdução completa. POR QUE? Incidência lateral transtorácica. Importante para ver fragmentos ósseos. Aqui é observado melhor possíveis fragmentos ósseos , o que não é possível na incidência ântero-posterior. Exemplo: caso clínico um homem de 60 anos caiu de uma escada e sofreu traumatismo do braço direito. Radiografia ântero-posterior do ombro foi solicitada. Incidência Tangencial súpero-inferior. Verificar o sulco bicipital Incidência ântero-posterior com 15° lesão articulação acrômio clavicular Normal Cont. Lesão articulação acromioclavicular TRANSESCAPULAR OU EM Y Tipos: • Simples – Diatrizoato de Meglumina a 60% • Duplo contraste – contraste e ar. ARTROGRAFIA POR QUE A ARTROGRAFIA NÃO É MAIS UTILIZADA HOJE EM DIA? POSTE SUA RESPOSTA NO FÓRUM. Ressonância Magnética IRM coronal obliqua do ombro esquerdo , em T2, descontinuidade do tendão do supra- espinhoso e liquido no complexo de bursas sub-acromial e subdeltóide. Reproduzido de Holt RG et al., 1990. ARTROGRAFIA RESSONANCIA MAGNÉTICA CORRELAÇÕES CLÍNICAS E RADIOLOGICAS CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS quanto ao número de fragmentos quanto a localização LUXAÇÕES E SUBLUXAÇÕES ENTORSE LIGAMENTAR PRINCIPAIS LESÕES DO OMBRO FRATURAS DE CLAVÍCULA FRATURAS DE ESCÁUPLA LUXAÇÕES DO OMBRO HILL-SACKS BANKART SÍNDROME DO IMPACTO FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL FRATURAS DE CLAVÍCULA Controvérsia A controvérsia a respeito do posicionamento superior ou inferior das placas e das técnicas de estabilização intramedular permanece. Os autores preferem a placa superior, usando placas pré-moldadas de baixo perfil, já que essa exposição facilita relativamente o alinhamento da fratura reduzida e a posição da placa proporciona maior estabilidade axial e torcional. FRATURAS DE ESCÁPULA LUXAÇÃO ANTERIOR DE OMBRO LUXAÇÃO POSTERIOR DE OMBRO Corresponde por 1 a 3% de todas as luxações do Ombro Possíveis causas do mal diagnóstico das luxações posteriores. 1. Anamnese inadequada, 2. Exame físico mal feito, 3. Avaliação radiológica inadequada LUXAÇÃO POSTERIOR DE OMBRO AP com rotação interna HILL-SACKS BANKART Qual a diferença entre a lesão de Hill -Sacks e Bankart Poste sua resposta no fórum. HILL-SACKS E BANKART Pergunta: Em qual Fratura em posso trabalhar movimentos de flexão e extensão e qual fratura eu só posso trabalhar movimento isométrico(musculo profundo? E qual musculo eu devo priorizar?) Lábio glenoidal Acrômio ´lábio glenoidal Supra espinhoso Deltoide Tubérculo maior Cavidade glenoide Processo coracoide Acrômio CORTE SAGITAL CORTE TRANSVERSAL OU CORTE DO GOLFISTA Pergunta: o corte é de anterior para posterior ou posterior para anterior? Corte é coronal frontal ou sagital? Massa mais homogênea é corte posterior, massa mais picada é anterior com mais inserções. CORTE EM T2 Ressonância magnética do ombro direito Corte coronal, sequência T1 (a) (a) Irregularidade dos contornos do osso subcondral do acrômio e da clavícula, com alargamento das extremidades ósse Ressonância magnética do ombro direito Cortes coronais (anterior para posterior), sequência T2 FS (b, c, d, e) (b, c) Imagem cística, alongada, de contornos bocelados, bem definidos, de cerca de 7 cm, localizada ao longo do tendão e músculo subescapular. (d) Pequena quantidade de líquido/edema na bursa subacromial/subdeltoídea (seta preta). Tendão supraespinal de contornos irregulares e com sinal intra- substancial difusamente heterogêneo (seta branca) (e) Tendão supra-espinal difusamente heterogêneo, com foco de hiper-sinal na extremidade distal posterior, junto a sua inserção na tuberosidade maior do úmero (seta). Não há retração do tendão. Ressonância magnética do ombro esquerdo Corte coronal, sequência T2 FS (f) (f) Tendão supra-espinal difusamente heterogêneo, com focos de hiper-sinal intra-substanciais e na extremidade distal (setas brancas). Não há retração do tendão. Irregularidade dos contornos do osso subcondral do acrômio e da clavícula, com edema ósseo medular adjacentes. Diagnósticos: tendinopatia crônica supra-espinal bilateral, com rupturas parciais (distal à direita e distal e intra-substancial à esquerda); bursite subacromial/subdeltoídea bilateral; osteoartrose acromioclavicular bilateral; ganglion cístico intra-muscular no subescapular à direita. Fonte: Dr. Milton Luiz Miszputen QUAL É O CORTE? QUAIS OS LIGAMENTOS ROMPIDOS ? Paliativo inicial Protocolo funcional As rotações claviculares relativas ao tórax incluem protração / retração em torno de um eixo superior (A), elevação / depressão em torno de um eixo (B) dirigido anteriormente e rotação anterior / posterior em torno de um eixo longo (C). Adaptado de Ludewig et al. 2009. Lesão do Lábio da Glenoide Para se estudar o lábio da glenoide os exames de RM e US, podem ser indicados. Porém o exame que apresenta melhor especificidade é a artrorressonancia magnética, que consiste na injeção intra-articular de uma solução diluída de contraste paramagnético, determinando a distensão da cápsula articular e, permitindo avaliar melhor a morfologia do lábio da glenoide. É também importante no estudo das estruturas periarticulares, como os ligamentos glenoumerais, tendões, lesões ósseas associadas à instabilidade glenoumeral. Roturas do lábio da glenoide Existe diversas formas de roturas do lábio da glenoide, dentre elas a lesão que denominamos “SLAP” que significa (rotura do lábio superior de anterior a posterior). Em alguns caso pode acometer o tendão do bíceps e lesões parciais do manguito rotador. Geralmente é uma lesão do esporte ( over hand, tênis, basquete, voley e handball). Mecanismo de lesão Tração da porção longa do bíceps sobre o lábio ântero-superior da glenoide durante a fase de desaceleração do arremessoou uma queda com o braço estendido com o ombro em abdução e leve flexão anterior no momento do impacto. A lesão mais comum é a que consiste em separação da porção superior do lábio no nível do ligamento glenoumeral médio, bem como na separação do tendão da cabeça longa do bíceps da borda da glenóide (lesão instável). Imagem Com relação a imagem apresentada, qual o nome das duas estruturas assinaladas? a) Lábio da glenoide e recesso sublabral. b) Tendões dos músculos do manguito rotador. c) Ligamento coracoacromical e intervalo dos rotadores, d) Intervalo dos rotadores e lábio da glenoide. e) Nenhuma das anteriores. Artro –RM do ombro no plano coronal na sequencia T1 (fonte: fundamentos de radiologia e diagnóstico por imagem) Comentário: O lábio da glenóide é uma estrutura fibrocartilaginosa com cerca de 4,0mm de espessura em média, que encontra-se adjacente e aderido à glenóide. É composto basicamente de fibrocartilagem, fato este que determina seu baixo sinal em praticamente todas as sequencias de RM. Tem como função aumentar a superfície de contato e adesão da articulação glenoumeral. O príncipal método de estudo do lábio da glenóide é a artro-RM em virtude do seu alto contraste entre as estruturas labrais e as demais estruturas adjacentes, proporcionado pela injeção de líquido intra- articular. O recesso sublabral é uma variação anatômica comum observada na região ântero-superior do lábio da glenóide e consiste em uma ausência de inserção de parte do lábio na glenóide. O conhecimento desta anatomia se faz interessante uma vez que lesões do lábio superior (tipo SLAP) podem ser confundida com recessos sublabrais, sendo esses últimos mais regulares e mais próximos da glenóide, quando comparados às lesões labrais propriamente ditas. Com relação a imagem responda:Qual o nome das estruturas ? a) Tendão do subescapular e sulco bicipital. b) Tendão da cabeça longa do bíceps e tendão do subescapular. c) Sulco bicipital e tendão da cabeça longa do bíceps. d) Ligamento transverso e tendão subescapular. e) Nenhuma das anteriores Comentário: O tendão da cabeça longa do bíceps origina-se na porção superior do tubérculo da glenoide e apresenta orientação obliqua até atingir a goteira bicipital e, depois, o sulco bicipital. Tem um porção intra-articular que pode se degenerar dependendo do seu uso e dos traumas de repetição. Na porção extra-articular, no seu terço proximal, as principais afecções são tendinopatias e tenossinovites. Em alguns casos pode ocorrer a subluxação do tendão com relação ao sulco. Isso ocorre geralmente associadas a lesões da inserção do tendão do subescapular e do ligamento transverso, assim como da sua polia que é formada principalmente pelos ligamentos coracoumeral e glenoumeral médio. Lesão do lábio posterior da glenoide comum nos Over Hand. Peel Back Lesão do lábio superior da glenoide Complicação FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL • Fratura s/ deslocamento + comum. Golpe direto no úmero. Síndrome do Impacto Impacto que o acrômio e a cabeça umeral causam no MR, durante os movimentos de flexão e abdução. Estágios de NEER: • I – Edema e hemorragia. (MR intacto). • II – Fibrose, espessamento de tecidos moles, tendinite de MR, pode haver laceração parcial de MR. • III – Ruptura completa de MR. Tendinose do supra Espinhoso: SÍNDROME DO IMPACTO: tipo de Acrômio Heterogeneidade do tendão do supra espinhal Ruptura completa do Manguito Rotador. O que mais podemos observar? Ruptura completa do Manguito Rotador O que mais podemos observar? Instabilidade e luxação – lesões do Lábio glenoidal superior ( “SLAP LESIONS”) Lesão de difícil diagnóstico, A artroscopia teve um papel fundamental na compreensão das estruturas de todo o ombro em especial no diagnóstico e entendimento do aspecto superior do ombro (Anderson nadal,2005). Andrews, em 1985 observou uma lesão envolvendo o tendão do bíceps e do lábio ântero-superior em atletas arremessadores. Em 1990 Snyder, foi o primeiro a utilizar o termo lesão em “SLAP” para se referir à avulsão posterior e anterior do lábio superior. Definição e Classificação A lesão SLAP é definida como a lesão que acomete o lábio superior da parte anterior para posterior e sempre acomete o tendão do bíceps. Snyder classifica em 4 tipos: Tipo I – degeneração e fragmentação do lábio superior com o arco do tendão do bíceps normal. Tipo II Fragmentação do lábio superior com destacamento patológico do lábio e arco bicipital da glenóide superior. Tipo III Lesão vertical através do lábio superior produzindo uma alça de balde. O tendão do bíceps se mantém intacto. Tipo IV Lesão do lábio superior que se estende até o tendão do bíceps. O arco do bíceps e o lábio superior remanescente mantém-se inseridos na reborda superior da glenóide. Arquivo: Dr. José Carlos Garcia. Tendinopatia calcárea É decorrente de depósito de cálcio (hidroxiapatia de cálcio) no tendão. Rupturas tendíneas traumáticas ou degenerativas aumentam a chance de ocorrer este tipo de depósito. Os tendões mais acometidos no ombro são: supra e infra espinhal e subescapular. Na fase explosiva pode o paciente apresentar sintomas, quando ocorre migração da calcificação para as partes moles peritendíneas, ou, de forma menos frequente, intra-óssea, o que determina prejuízo às atividades esportiva e diárias. Com relação a imagem de RX e US, responda. a) fratura-avulsão do tubérculo maior do úmero. b) Tendinopatia calcárea do supra espinhoso. c) Tendinopatiaa calcárea do subescapular. d) Tendinopatia calcárea do supra espinhoso e infra espinhoso. e) Tendinopatia calcárea da cabeça longa do bíceps. Capsulite Adesiva Também conhecida como “Ombro Congelado”, Deve ser considerado em pacientes com dor e limitação de movimento, principalmente relacionada com abdução e rotação externa. Critério clínico diagnóstico: ✓Dor, principalmente à noite, ✓Restrição de movimento por mais de 1 mês, ✓Ausência de outros achados. Fatores causais Mais comum em mulheres entre 30 aos 60 anos, A doença pode ser classificada em primaria ou idiopática cuja a causa não é conhecida. Secundária – devido a trauma, cirurgia, osteoartrose, doenças do manguito rotador, doenças inflamatórias e metabólicas, incluindo diabetes e fisioterapia agressiva. Fases da doença. Fase inflamatória – duração de 4 a 8 meses, com aumento da dor e restrição do movimento. Fase adesiva – duração de 8 a 12 meses, com aumento da restrição do movimento e redução do quadro doloroso. Fase de resolução – diminuição da dor e da restrição, podendo permanecer alguns sintomas. Etiologia ( teoria) Aumento do HLA-B27, (antígeno leucocitário humano) Aumento da proteína C reativa, 10% dos pacientes com diabetes são afetados com CAO. Critério diagnóstico por RM Pequeno derrame articular com espessamento capsular difuso principalmente na região do intervalo dos rotadores e da bolsa axilar, com aumento de sinal T1 com obliteração de gordura e meio de contraste. Espessura maior que 4mm da bolsa axilar é sugestivo de CAO, Espessamento do Lig. Coracoumeral maior que 4mm, Espessamento da capsula articular do intervalo dos rotadores acima de 7mm. Osteoartrite É uma patologia que afeta milhões de pessoas no mundo, sendo uma importante causa de afastamento do trabalho (MarceloB. Rodrigues et.al, 2014). Acomete 3,5% da população e 105 da população acima dos 60 anos. É uma doença degenerativa, que afeta a cartilagem articular, mas também as estruturas articulares como um todo, incluindo o osso subcondral, ligamentos, fibrocartilagem e a sinóvia. Por que então o paciente tem dor? Outros fatores podem ser o causador da dor: Lesão da medula óssea, Sinovite, Derrame articular (estiramento da cápsula ativando os nociceptores periarticulares), as bursas e o ligamentos. Terminologia Existe vários nomes. O processo degenerativo pode acometer também a enteses. ( sítio de inserção de um tendão, ligamento ou cápsula articular). Fatores de risco idade - redução da massa óssea Obesidade - articulação de carga, Traumas, Outros – atividade ocupacional e física. Quadro clínico Dor articular irregular e fraca, tornando-se continua e difusa. Imagem OA com rotura maciça do manguito rotador. RM com imagem coronal em DP (diluição de prótons ), elevação da cabeça umeral, diminuição do espaço acromioumeral, erosões condrais na porção superior da cabeça umeral e osteófitos na parte inferior da cabeça umeral OA a) RX simples – degeneração acromioclavicular e osteófitos interior, e cisto sub condral no aspecto superior do acrômio. b) RM – imagem coronal - hipertrofia óssea na extremidade distal do acrômio e da clavícula, edema da medula óssea e irregularidades de sua superficies articulares (setas) e quantidade de liquido dentro da articulação (seta) OA OA do ombro Rx simples. Paciente de 75 anos sexo F. Redução da interlinha articular glenoumeral, esclerose e irregularidade ósseas. Osteófitos marginais na parte inferior da articulação gleno umeral. OA RX simples do ombro. Paciente de 77 anos sexo F. Redução da interlinha articular glenoumeral, com esclerose em “gorro” da cabeça umeral (seta). Conclusão É uma doença multifatorial com alterações mecânica, inflamatórias, genéticas e pós- traumáticas levando a destruição da cartilagem articular, com consequentes alterações inflamatórias locais, sinovite e acometimento miotendineo.
Compartilhar