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Vascularização do Sistema Nervoso

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VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO 
Lara Suzana dos Santos Xavier 
 
 IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO CÉREBRO 
- O sistema de arterial do cérebro é dividiso em dois tipos de irrigação: irrigação anterior 
e irrigação posterior. 
- ANASTOMOSE: união do sistema anterior e posterior (ramos da circulação posterior 
unem-se à circulação anterior)  Artéria comunicante posterior e anterior realizam 
a anastomose da circulação anterior e porterior, uma vez que a artéria comunicante 
posterior liga a artéria cerebral posterior (da circulação posterior) à artéria carótida 
interna (da circulação anterior) 
I. IRRIGAÇÃO ANTERIOR OU IRRIGAÇÃO CAROTÍDEA (principal 
vaso é a Artéria carótida interna) 
 
- Irrigam uma massa encefálica maior que a irrigação posterior. 
 
- As artérias carótidas internas seguem anteriormente através dos seios 
cavernosos, muito próxima dos nervos abducentes (VI) e próximas dos nervos 
oculomotor (III) e troclear (IV). 
 
- Os ramos terminais das artérias carótidas internas são as artérias cerebrais 
anterior e média. 
 
- As artérias carótidas internas são unidas às artérias cerebrais posteriores pelas 
artérias comunicantes posteriores, completando o círculo arterial do cérebro 
(círculo arterial/ polígono arterial/ polígono de Willis) ao redor da fossa 
interpeduncular, a depressão profunda entre os pedúnculos cerebrais. 
 
- As artérias cerebrais anteriores são unidas pela artéria comunicante anterior. 
 
a) CÍRCULO ARTERIAL DO CÉREBRO (polígono de Willis) 
 
- O círculo arterial do cérebro (de Willis) é um arranjo quase pentagonal de vasos na 
face anterior do encéfalo. 
 
- É uma anastomose importante entre as quatro artérias: duas artérias vertebrais e duas 
artérias carótidas internas que irrigam o encéfalo. 
 
- O círculo arterial é formado sequencialmente no sentido anteroposterior pela(s): 
 
1. Artéria comunicante anterior  local onde há, estatisticamente, maior 
ocorrência de aneurisma 
2. Artérias cerebrais anteriores (segmento A1) 
3. Artérias carótidas internas (segmento supraclinóide) 
4. Artérias comunicantes posteriores 
5. Artérias cerebrais posteriores (segmento P) 
 
- Os vários componentes do círculo arterial do cérebro dão origem a muitos ramos 
pequenos para o encéfalo. 
 
II. IRRIGAÇÃO POSTERIOR OU IRRIGAÇÃO VERTEBROBASILAR 
(principais vasos são as Artérias vertebrais que se unem para formar a 
Artéria basilar) 
 
- Irrigam uma massa encefálica menor que a irrigação anterior, porém essa menor 
massa compreende áreas nobres, como o tronco cerebral, o cerebelo e parte do 
lobo occipital. 
 
- As artérias vertebrais originam-se na raiz do pescoço como os primeiros ramos 
da primeira parte das artérias subclávias. 
 
- As duas artérias vertebrais geralmente têm tamanhos diferentes, sendo a 
esquerda maior do que a direita. 
 
- As partes transversárias das artérias vertebrais ascendem através dos 
forames transversários das seis primeiras vértebras cervicais (C VI em direção à 
C I) 
 
- As artérias vertebrais perfuram a dura-máter e a aracnoide-máter e atravessam 
o forame magno. 
 
- As partes intracranianas das artérias vertebrais unem-se na linha média, na altura 
do sulco bulbo-potino, para formar a artéria basilar. 
 
- A artéria basilar, assim denominada devido a sua íntima relação com a base do 
crânio, ascende até a margem superior da ponte e termina dividindo-se em duas 
artérias cerebrais posteriores. 
OBS: ARTÉRIAS CEREBRAIS 
 
1. Artéria cerebral anterior irrigam a maior parte das faces medial e superior do 
encéfalo e o lobo frontal (lobo frontal)  MMII 
 
2. Artéria cerebral média irrigam a face lateral do encéfalo e o lobo temporal  
MMSS +ÁREA DA FALA (giro frontal inferior esquerdo). 
 
3. Artéria cerebral posterior irrigam a face inferior do encéfalo e o polo occipital 
 VISÃO/ 
 
 
 
AVC NA ARTÉRIA CEREBRAL 
ANTERIOR 
AVC NA ARTÉRIA CEREBRAL 
MÉDIA 
Síndrome do primeiro neurônio 
motor nos MMII 
Síndrome do primeiro neurônio motor 
no MMSS 
Perda da propriocepção consciente 
dos MMII 
Perda da propriocepção consciente 
dos MMSS e da cabeça 
Perda da sensibilidade vibratória dos 
MMII 
Perda da esterognosia 
Perda do tato epicrítico dos MMII 
(não conseguiria destinguir dois 
pontos nos MMII) 
Perda da sensibilidade vibratória nos 
MMSS 
 Perda do tato epicrítico dos MMSS 
 Perda da agnosia tátil 
 Hemiparesia da face 
 Afasia de Broca ou de Wernicke (se 
for AVC na a.c.m.esquerda) 
 
 
Afetou a área 
somestésica 
1ª 
 
Afetou a área 
somestésica 
1ª 
 
Afetou a área 
somestésica 
2ª 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IRRIGAÇÃO VENOSA DO CÉREBRO 
 
 
I. DRENAGEM 
- As veias são vasos de paredes finas e sem válvulas que drenam o encéfalo, perfuram 
a aracnóide e as lâminas meníngeas da dura-máter e terminam nos seios venosos da 
dura-máter, drenando, em maior parte para as veia jugulares internas. 
RESUMINDO: encéfalo  meninges (aracnóide, depois dura-máter)  seios  
v. jugular interna 
 
A) SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL 
- É constituído por veias que drenam o córtex e a substânciaa branca subjacente. 
- Anastomosam-se na superfície do cérebro, formando as VEIAS CEREBRAIS 
SUPERFICIAIS, as quais distinguem-se em VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS 
SUPERIORES e VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS INFERIORES. 
- VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS SUPERIORES  vem da face medial e 
da metade superior da face dorsolateral de cada hemisfério.  desemboca no SEIO 
SAGITAL SUPERIOR. 
- VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS INFERIORES  vem da metade inferior 
da face dorsolateral de cada hesmisfério e da sua face inferior  desemboca nos 
SEIOS DA BASE (petroso superior e cavernoso) e no SEIO TRANSVERSO 
OBS: a principal veia superficial inferior é a VEIA CEREBRAL MÉDIA 
SUPERFICIAL, que percorre o sulco lateral e termina no seio cavernoso. 
 
B) SISTEMA VENOSO PROFUNDO 
- Constituído por veias que drenam regiões profundas do cérebro, como o diencéfalo 
(tálamos), cápsula interna etc. 
- A mais importante veia do sistema venoso profundo é a VEIA CEREBRAL 
MAGNA ou VEIA DE GALENO, para qual converge quase todo o sangue do 
sistema venoso profundo. 
- A veia cerebral magna é ímpar e mediana, formada pela CONFLUÊNCIA DAS 
VEIAS CEREBRAIS INTERNAS. 
- A veia cerebral magna desemboca no SEIO RETO. 
 
C) VEIAS CEREBELARES 
- O cerebelo é drenado pelas VEIAS CEREBELARES SUPERIORES , que drenam 
a face superior do cerebelo para o seio transveso e sigmóideo da dura-máter, e pelas 
VEIAS CEREBELARES INFERIORES, que drenam a face inferior do cerebelo para 
o seio transveso e sigmóideo da dura-máter 
 
II. SEIOS VENOSOS (DA DURA-MÁTER) 
- Seios são canais venosos revestidos de endotélio e situados entre dois folhetos 
(lâmina periosteal emeníngea) que compõem a dura-máter encefálica. OBS: as 
paredes dos seios, embora finas, são mais rígidas que as paredes das veias. Eles 
não se colabam igual as veias. 
 
A) SEIO SAGITAL SUPERIOR 
- Ímpar e mediano. 
- Percorre a margem de inserção da foice do cérebro. 
-Termina próximo à CONFLUÊNCIA DOS SEIOS (sagital superior + reto + occipital 
+ início dos transversos esquerdo e direito). 
 
B) SEIO SAGITAL INFERIOR 
- Situa-se na margem livre da foice do cérebro. 
- Terminando no seio reto. 
/ 
C) SEIO RETO 
- Localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. 
- Recebe, em sua extremidade anterior, o seio sagital inferior e a veia cerebral magna. 
- Termina na confluência dos seios (sagital superior + reto + occipital + início dos 
transversos esquerdo e direito). 
 
D) SEIO TRANSVERSO 
- É par. 
- Inicia-se na confluência dos seios. 
- Segue ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital. 
- Termina no seio sigmoide. 
 
E) SEIO SIGMOIDE 
- É par 
- Tem formato de “S”. 
- Continuação do seio transverso até o forame jugular. 
- Drena quase todo o sangue venoso da cavidade craniana. 
 
F) SEIO OCCIPITAL 
- Ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo. 
- Chega na confluência dos seios. 
 
G) SEIO CAVERNOSO 
- Situado, bilateralmente, ao corpo esfenoide e da sela túrcica. 
- Recebe sangue das VEIAS OFTÁLMICA SUPERIOR e VEIA OFTÁLMICA 
CENTRAL DA RETINA. 
- É ATRAVESSADO PELA ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA, NC III, NC IV e 
NC VI e pelo RAMO OFTÁLMICO DO NC V. 
- Desemboca no seio petroso superior. 
 
 
RELAÇÕES CLÍNICAS! 
 ANEURISMA DA CARÓTIDA 
- Aneurismas da carótida interna interna no nível do seio cavernoso pode comprimir 
o nervo abducente (NC VI), que é o que está mais próximo da parede da carótida, e 
os outros nervos cranianos que passam por essa região, gerando DISTÚRBIOS DO 
MOVIMENTO OCULAR. 
 
 PERFURAÇÃO DA CARÓTIDA (DÚVIDA) 
- Em casos de perfuração da carótida interna na porção que passa pelo seio cavernoso, 
forma-se um CURTO-CIRCUITO ARTERIOVENOSO (FÍSTULA CARÓTIDO-
CAVERNOSA), o que vai gerar a dilatação e o aumento da pressão do seio 
cavernoso. 
- O sangue arterial que vai fluir para o sei cavernoso em consequência dessa 
perfuração da artéria, força o fluxo sanguíneo retrógrado venoso (principlamente das 
veias oftálmicas). ISSO GERA A EXOFTALMIA PULSÁTIL (o globo ocular vai 
pulsar na mesma frequência da carótida interna). 
 
 
 
 TRIÂNGULO PERIGOSO 
- Existem comunicações entre as veias oftálmicas, tributárias do seio cavernoso, 
veia angular (drena a região nasal), veia facial. 
- Logo, infecções superficiais da face, como espinhas no nariz, podem se propagar no 
seio cavernoso, tornando a infecção intracraniana. 
 
 
 
 
 
 
H) SEIO PETROSO SUPERIOR 
- Ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na porção petrosa do osso parietal. 
- Drena o sangue do seio do seio cavernoso. 
- Termina no seio sigmoide. 
 
I) SEIO PETROSO INFERIOR 
- Percorre o sulco petroso inferior entre o seio cavernoso e o forame jugular. 
- Drena o sangue do seio do seio cavernoso. 
- Termina se lançando na veia jugular interna. 
 
J) PLEXO BASILAR 
- Ímpar. 
- Se comunica com os seios petroso inferior e cavernoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA VENTRICULAR E MENINGES 
 
 MENINGES 
 
I. DURA-MÁTER 
- Meninge mais superficial, espessa e resistente. 
- A dura-máter no encéfalo tem dois folhetos (externo e interno), enquanto a dura-máter 
espinhal tem apenas um folheto (folheto interno do encéfalo se continua na medula). 
- O folheto externo se adere fixamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo 
desses ossos. Em virtude dessa forte aderência da dura-máter aos ossos do crânio, 
não existe um ESPAÇO EPIDURAL no encéfalo, como na medula. Todavia, em 
certos traumas, ocorre o descolamento do folheto externo da dura-máter da face 
interna do crânio, formando espaço para a existência de um HEMATOMA 
EPIDURAL (hematoma em forma de limão na Radiologia). 
 
A) PREGAS DA DURA-MÁTER 
- Em algumas regiões, o folheto interno da dura-máter vai formar pregas que 
dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam. As principis 
pregas são: 
 
1. FOICE DO CÉREBRO 
- Septo mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro. 
- Separa os dois hemisférios cerebrais. 
 
2. TENDA DO CEREBELO 
- Septo transversal entre o lobo occipital e o cerebelo. 
- Separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana 
em um compartimento superior (supratentorial) e um compartimento inferior 
(infratentorial). Essa divisão tem importância clínica, pois a sintomatologia 
das afecções na cavidade supratentoril são bem diferentes da sintomatologia 
das afecções na cavidade infratentorial. 
- A borda anterior livre da tenda do cerebelo é chamade de incisura da tenda, 
esta que se ajusta ao mesencéfalo, originando causando uma importância clínica, 
uma vez que em certas circustâncias a incisura da tenda pode lesar o 
mesencéfalo e os nervos que se originam lá, como o oculomotor e o troclear. 
 
 
 
 
 
3. FOICE DO CEREBELO 
 - Septo mediano que fica abaixo da tenda do cerebelo. 
 - Separa os dois hemisférios cerebelares. 
 
4. DIAFRAGMA DA SELA 
 - Pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica. 
 - Isola e protege a hipófise. 
 
II. ARACNÓIDE 
- Membrana muito delicada. 
- A aracnoide se sepada da dura-máter por um espaço virtual: ESPAÇO SUBDURAL. 
- No espaço subdural existe uma pequena quantidade de líquido que é necessário para a 
lubrificação do contato entre as duas meninges (dura-máter e aracnoide). 
- A aracnoide possui delicadas trabéculas cujo aspecto lembra uma teia de aranha (por 
isso a meninge se chama aracnoide). Essas trabéculas passam pelo espaço subaracnóideo, 
ligando a aracnoide à pia-máter. 
- A aracnoide se separa da pia-máter pelo ESPAÇO SUBARACNÓIDEO. 
- O espaço subaracnóideo contém o LÍQUIDO CEREBROESPINHAL ou LÍQUOR. 
 
A) CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS 
- Como já dito anteriormente, o espaço subaracnóideo é entre a aracnoide e a pia-
máter. 
- A pia-máter é a meninge que se adere intimamente com o encéfalo, 
acompanhado todos os giros, sulcos e depressões. Logo, em regiões de 
sulcos/giros/depressões, o espaço subaracnóideo auementa, uma vez que aumenta 
o espaço entre a aracnoide e a pia-máter. 
- Nessas áreas em que o encéfalo se distancia da parede craniana, e que ocorre o 
aumento do espaço subaracnóideo, são formadas as CISTERNAS 
SUBARACNÓIDEAS, onde conterá uma maior quantidade de liquor. 
 
1. CISTERNA MAGNA ou CEREBELO-MEDULAR 
- Encontra-se inferior ao cerebelo e dorsalmente ao bulbo. 
- Tem grande importância clínica, uma vez que ela pode ser utilizada para 
obtenção de liquor através das punções suboccipitais, em que a agulha é 
introduzida entre o occipital e a primeira vértebra cervical. 
 
2. CISTERNA PONTINA 
- Situada ventralmente à ponte. 
 
3. CISTERNA INTERPEDUNCULAR 
- Situada na fossa interpeduncular. 
 
 
4. CISTERNA QUIASMÁTICA 
- Situada à frente do quiasma óptico. 
 
5. CISTERNA QUADRIGEMINAL (no corte sagital) OU CISTERNA 
AMBIENS (no corte axial  abraçando o mesencéfalo) 
- Situada dorsalmente à placa quadrigeminal, entre o esplênio do corpo 
caloso e o cerebelo. 
 
6. CISTERNA DA FOSSA LATERAL DO CÉREBRO 
- Depressão gerada pelo sulco lateral de cada hemisfério. 
 
 
 
B) GRANULAÇÕES SUBARACNÓIDEAS 
- Em alguns pontos, a aracnoide forma tufos, os quais irão atravessar o folheto 
interno da dura-máter, chegando no seio venoso (granulações mais abundantes na 
região do seio sagital). 
- Em resumo, essas granulações vão ser uma projeção do espaço subaracnóideo 
nos seios venosos. 
- A principal função das granulações é permitir a passagem de liquor doespaço 
subaracnóideo para os seios venosos. 
Cisterna quadrigeminal 
OBS: em alguns adultos e idosos, as graanulações tornam-se muito grandes, 
constituindo os chamados CORPOS DE PACCHIONI, os quais 
frequentemente se calcificam. 
 
 
 
III. PIA-MÁTER 
- É a meninge mais interna. 
- Adere-se intimamente à superfície do encéfalo e da medula. Logo, acompanha os 
sulcos, giros, relevos, depressões dessa superfície. 
 
 LIQUOR ou LÍQUIDO CEREBROESPINHAL 
- É um fluido incolor e aquoso que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades 
ventriculares. 
- Quem produz o liquor são os PLEXOS CORIOIDES presentes nos ventrículos. 
- O volume total de liquor é de 100 mL a 150 mL, renovando-se a cada 8h. Os 
plexos corioides produzem cerca de 500 mL de liquor por dia. 
 
 
I. FUNÇÕES DO LIQUOR 
 
- Proteção mecânica do SNC: pelo princípio de Pascal, qualquer pressão/choque 
exercido em algum ponto do liquor irá se distribuir igualmente em todo o liquor. 
Logo, o liquor funciona como um amortecedor de choques. 
- Diminuir o peso do encéfalo: todo o SNC fica submerso em líquido. Considerando 
o princípio de Arquimedes, o SNC submerso tem o seu peso diminuído (1.500 g  
50 g). O fato de o encéfalo ficar flutuando no líquor também reduz os riscos de 
traumatismo. 
- Excreção de produtos tóxicos do metabolismo celular nervoso: esses produtps 
tóxicos são lançados no espaço intersticial das células, em seguida para o liquor e 
deste para o sangue. 
- Veículo de comunicação entre diferentes áreas do SNC: os hormônios produzidos 
no hipotálamo, por exemplo, são liberados no sangue, mas também no liquor, 
podendo agir sobre regiões do sistema ventricular. 
- Manutenção de um meio químico estável no sistema ventricular: graças às trocas 
de componentes químicos entre o espaço intersticial das células ventriculares e o 
liquor. 
 
II. FORMAÇÃO, CIRCULAÇÃO E ABSORÇÃO DO LIQUOR. 
- O liquor é formado pelos PLEXOS CORIOIDES, estruturas formadas por dobras 
da pia-máter + vasos sanguíneos + células ependimárias modificadas e pelo 
EPÊNDIMA DAS PAREDES VENTRICULARES, membrana celular fina que 
reveste interiormente os ventrículos. 
OBS: liquor vai resultar da filtração do plasma sanguíneo pelo plexo corioide, assim 
como vai resultar da produção pelas células ependimárias do plexo e pelo próprio 
epêndima que reveste o ventrículo. 
- Existe epêndima em todos os ventrículos e existe plexo corioide nos ventrículos 
laterais (corno inferior e parte central), no teto do 3º e no teto do 4º ventrículo. 
Todavia, os ventrículos lateris contribuem com uma maior produção liquoríca. 
- O líquor produzido pelos ventrículos laterais passam para o 3º ventrículo por meio 
dos FORAMES INTERVENTRICULARES. 
- O liquor do 3º ventrículo passa para o 4º ventrículo por meio do AQUEDUTO 
MESENCEFÁLICO. 
- O liquor do 4º ventrículo vai passar para o espaço subaracnóideo por meio das 
ABERTURAS MEDIANA E LATERIAIS do 4º ventrículo. 
- O liquor que chega no espaço subaracnóideo vai ser reabsorvido por meio das 
GRANULAÇÕES ARACNÓIDEAS que se projetam no interior dos seios venosos, 
chegando na circulação sistêmica.  a pulsação das artérias intracranianas ajudam a 
aumentar a pressão liquórica, contribuindo para empurrar o liquor através das 
granulações aracnóideas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANATOMIA DO SISTEMA VENTRICULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LIMITES ANATÔMICOS DOS VENTRÍCULOS 
 
 
 
 
 TETO ASSOALHO ANTERIOR POSTERIOR LATERAL 
VENTRÍCULOS 
LATERAIS 
Corpo caloso Hipocampo Joelho do 
corpo caloso 
Esplênio do 
corpo caloso 
Núcleos 
caudados 
3º 
VENTRÍCULO 
Plexo 
corióideo do 
3º ventrículo 
Hipotálamo Lâmina 
terminal do 
3º ventrículo 
Recesso pineal Tálamos 
4º 
VENTRÍCULO 
Véu medular 
do cerebelo e 
o plexo 
corióideo do 
4º ventrículo 
Fossa 
romboide 
Fossa 
romboide 
Cerebelo Pedúnculos 
cerebelares 
 
 
 CONDIÇÕES PATOLÓGICAS (VENTRÍCULOS) 
 
 
I. HIDROCEFALIA 
- Condição patológica caracterizada pelo aumento da quantidade e da pressão do 
liquor, levando à dilatação dos ventrículos e consequente compressão do tecido 
nrvoso em direção à estrutura óssea do crânio. 
- Quando a hidrocefalia ocorre durante a vida fetal, normalmente decorrente de 
alguma anomalia congênita, ou quando o indivíduo é ainda uma bebê/lactente, os 
ossos do crânio ainda não estão muito bem soldados, crânio consefue se expandir, o 
que confere uma certa proteção ao encéfalo, já que este está sendo livrado do aumento 
da pressão. 
- Todavia, quando o indivíduo já é adulto ou com os ossos do crânio bem soldados, o 
crânio não consegue se expandir em resposta ao aumento do liquor. Logo, ocorre o 
aumento da pressão intracraniana, a qual irá fazer com que o encéfalo seja 
comprimido em direção ao crânio. 
- Existem dois tipos de hidrocefalia: comunicantes e não comunicantes. 
 
A) HIDROCEFALIA COMUNICANTE 
- São resultantes do aumento na produção ou deficiência na absorção de 
liquor. 
- O problema de produção/absorção pode ser devido à alguma disfunção no 
plexo corióideo do ventrículo, das granulações aracnóideas ou dos seios 
venosos da dura-máter. 
 
B) HIDROCEFALIA NÃO COMUNICANTE 
- São mais frequentes que as hidrocefalias comunicantes. 
- São resultantes de alguma obstrução no trajeto do liquor. 
- Essas obstruções podem ser: 
1. Forame interventricular: 
- Provoca dilatação do ventrículo lateral correspondente ao forame 
interventricular obstruído. 
- Do 3º ventrículo em diante permanece normal. 
 
2. Aqueduto cerebral: 
- Provoca dilatação dos ventrículos laterias e do 3º ventrículo. 
- Do 4º ventrículo permanece normal em diante permanece normal. 
 
3. Abertura mediana/laterais do IV ventrículo: 
- Provoca dilatação de todo o sistema ventricular. 
 
4. Incisura da tenda: 
- Impede a passagem do liquor do espaço infratetentrional para o espaço 
supratetentrional. 
- Provoca dilatação de todo o sistema ventricular. 
 
Obs: qualquer obstrução do canal ventricular, o ventrículo seguite à 
obtrução terá mesma quantidade de liquor. Isso se deve à 
independência dos ventrículos na produção de liquor graças a 
presença de plexo corióide e de epêndima em cada ventrículo. 
 
 
II. HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
 
- A cavidade cranial é completamente fechada. Desse modo, o aumento de volume de 
qualquer componente da cavidade craniana leva ao aumento da pressão intracraniana. 
- Tumores, hematomas, hidrocefalia e outros processos expansivos intracranianos 
também podem causar a hipertensão intracraniana. 
- Qundo há suspeita de hiperensão intracraniana, deve-se fazer sempre um 
exame de fundo de olho, uma vez que o nervo óptico é envolvido por um 
prolongamento do espaço subaracnóideo e quando há um quadro de hipertensão 
intracraniana esse nervo vai ser comprimido, causando uma obstrução da veia central 
da retina que passa por dentro desse nervo, resultando no PAPILEDEMA. 
- Tríade da hipertensão intracraniana: vômito em jato, rebaixamento do nível de 
consciência e cefaléia. 
III. HEMATOMA 
- Uma das consequências dos truamatismos são as rupturas de vasos que resultam 
em acúmulo de sangue nas meninges sob a forma de hematomas. 
 
 
1. HEMORRAGIA NO ESPAÇO EPIDURAL  HEMATOMA EPIDURAL 
(formato de limão na tc) 
- No hematoma epidural, ou extradural, em consequência à fratura craniana, ocorre a 
lesão de algumas artérias, resultando no acúmulo de sangue entre a dura-máter e os 
ossos do crânio. 
- O hematoma cresce, separando a dura-máter do osso e empurrando o tecido nervoso 
para o lado oposto. 
 
2. HEMORRAGIA NO ESPAÇO EPPIDURAL  HEMATOMA SUBDURAL 
(formato de banana na tc) 
- No hamatoma subdural, o sangramento ocorre no espaço subdural em consequência 
de alguma ruptura de vaso dessa região. 
- Nesse caso, o crescimento do hematoma é mais lento e a sintomatologia aparece 
mais tardiamente.OBS: hemorragias no espaço subaracnóideo não formam hematomas, uma vez 
que o sangue se espalha no líquor, podendo ser observado em uma punção 
lombar.  quadro clínico é agudo, com cefaleia muito intensa. 
 
 CÓRTEX CEREBRAL: ÁREAS 1ª, 2ª E 3ª. 
 
 CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA DO CÓRTEX 
- ARQUICÓRTEX  hipocampo 
- PALEOCÓRTEX  úncus + giro para-hipocampal 
- NEOCÓRTEX  restante do córtex 
 
 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX 
 
 
 ÁREAS SENSITIVAS 
- As áreas sensitivas do cótex estão disribuídas nos lobos parietal, temporal e 
occipital. 
- As áreas sensitivas são divididas em áreas primárias e áreas secundárias. 
 
A. ÁREA SENSITIVA PRIMÁRIA 
- Áreas de projeção. 
- Sensação do estímulo recebido. 
 
B. ÁREA SENSITIVA SECUNDÁRIA 
- Áreas de associação unimodal.  conectam-se com áreas primárias de 
mesma função. 
- Percepção de características específicas do estímulo recebido pela área primária. 
 
 
I) ÁREA SOMESTÉSICA PRIMÁRIA (S1) 
 
- Localizada no giro pós-central (3, 1, 2) 
 
 
- Relacionada com a sensibilidade somática geral: 
 1. Temperatura (percepção da temperatura do ambiente e de objetos); 
 2. Nocicepção; (percepção da dor/estímuos nocivos) 
3. Propriocepção consciente (localizar a posição e movimento das diferentes 
partes do corpo sem usar a visão); 
4. Estereognosia (conhecer a conformação espacial dos objetos, identificar o 
seu formato a partir do tato). 
5. Sensibilidade vibratória 
 
- ACHADOS CLINICOS DAS LESÕES (MANIFESTAÇÃO 
CONTRALATERAL):  lesões podem ocorrer nessa área em consequência de 
AVCs que comprometem a artéria cerebral média e anterior. 
 
1. Perda da capacidade de distinuir graus de temperatura  Todavia, o 
indivíduo sente a temperatura (tato protopático permanece) 
2. Incapaz de localizar a parte o corpo tocada 
3. Incapacidade de discriminar dois pontos  perda do tato epicrítico  
perda da sensibilidade profunda. 
4. Perda da esteriognosia (fica incapacitado de reconhecer/identificar a 
forma/contornos dos objetos através do tato) 
 6. Perda da propriocepção conscinete. 
 5. Perda da sensibilidade vibratória. 
 
- SOMATOTOPIA: é a correspondência entre entre partes do corpo com 
determinadas áreas do córtex. Nesse caso, a somatotopia vai ser a correspondência 
entre partes do copro com a área somestésica no córtex. 
Tato protopático 
 
 
II) ÁREA SOMESTÉSICA SECUNDÁRIA (S2) 
 
- Localizada no lobo parietal superior, logo atrás da área somestésica primária 
(5, 7). 
 
 
 
- ACHADOS CLINICOS DAS LESÕES (MANIFESTAÇÃO 
CONTRALATERAL): 
 1. Agnosia tátil (incapacidade de reconhecer/identificar o objeto pelo tato). 
 
 
III) ÁREA VISUAL PRIMÁRIA (V1) 
 
- Localizada nos lábios do sulco calcarino (17) ou córtex estriado. 
- As fibras nervosas que chegam nessa área do córtex partem do corpo geniculado 
lateral. 
- METADE SUPERIOR DA RETINA PROJETA-SE NO LÁBIO SIPERIOR DO 
SULCO CALCARINO. 
- METADE INFERIOR DA RETADE PROJETA-SE NO LÁBIO INFERIOR DO 
SULCO CALCARINO. 
- PARTE PORTERIOR DA RETINA (região da mácula) PROJETA-SE NA PARTE 
POSTERIOR DO SULCO CALCARINO. 
- PARTE ANTERIOR DA RETINA PROJETA-SE NA PARTE ANTERIOR DO 
SULCO CALCARINO. 
 
- FUNÇÃO DA ÁREA VISUAL PRIMÁRIA: 
1. Mostrar o contorno dos objetos, uma espécie de esboço primitivo que é 
aperfeiçoado nas áreas visuais secundárias. 
 
- ESTIMULAÇÃO DA ÁREA VISUAL PRIMÁRIA: 
1. Alucinações visuais  o indivíduos vê círculos brilhantes, nunca vê objetos 
bem definidos. 
 
- LESÃO DA ÁREA VISUAL PRIMÁRIA: 
1. Ablação (retirada) bilateral da área 17 = cegueira total (amaurose) 
 
2. Lesão no lábio superior do sulco calcarino = perda da visão na metade superior 
 da retina. 
 
3. Lesão no lábio inferior do sulco calcarino = perda da visão na metade inferior 
retinotopia 
 da retina. 
 
4. Lesão na parte posterior do sulco calcarino = perda da visão na parte posterior 
da retina (região da mácula)  
vai enxergar um ponto preto 
central. 
 
5. Lesão na parte anterior do sulco calcarino = perda da visão na parte anterior da 
 retina. 
 
 
IV) ÁREA VISUAL SECUNDÁRIA (V2) 
 
- Existem várias áreas visuais secundárias: V2, V3, V4, V5. 
- Essas áreas são unidas por duas vias corticais que se originam em V1 (área primária 
da visão): via dorsal e via ventral. 
 
i) Via ventral  determinar o que o objeto é 
 
- Une as áreas visuais do lobo temporal. 
 
- RESPONSÁVEL POR: 1. percepção de cores 
 2. reconhecimento de objetos 
 3. reconhecimento de faces. 
 
- LESÕES: 1. Perda da capacidade de reconhecer/nomerar/ objetos e 
desenhos  agnosia visual. 
EX: uma pessoa está enxergando perfeitamente uma colher. 
Ela vai conseguir descrever a colher, dizer que ela tem uma 
haste, uma região arredondada convexa etc. Todavia, se 
pedirmos para pessoa dizer o nome do objeto que está 
vendo e descrevendo ela não vai saber dizer que aquilo é 
uma colher, ou seja, ela são sabe interpretar/associar as 
características que ela está vendo com o nome do objeto. 
Nesse caso, ela só saberia dizer que é uma colher por meio 
de outro sentido, no caso, o tato. 
Gnosia 
visual 
 2. Perda da capacidade de identificar a cor dos objetos; 
 3. Perda da capacidade de identificar faces (prosopagnosia) 
 
 
 
 
ii) Via dorsal  determinar onde o objeto está, se está parado ou em 
movimento. 
- Dirigida ao lobo parietal posterior; 
 
- RESPONSÁVEL POR: 1. percepção do movimento 
 2. percepção da velocidade 
 3. representação espacial dos objetos. 
 
- LESÕES: 1. Perda da capacidade de perceber, visualmente, o 
movimento das coisas (acinetopsia)  logo, o paciente tem dificuldade 
em atravessar uma rua movimentada ; para ele as águas de uma cachoeira 
estão sempre paradas. 
 
 
 
 
V) ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA (A1) 
- Localizada giro temporal transverso anteior (41, 42). 
 
 
 
- As fibras nervosas que chegam nessa área do córtex partem do corpo 
geniculado medial. 
 
- ESTIMULAÇÃO DA ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA: 
1. Alucinações auditivas  zumbidos; 
 
- LESÃO DA ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA: 
 1. Lesão bilateral do giro temporal transverso anterior = surdez completa. 
2. Lesão unilateral do giro temporal transverso anterior = déficits auditivos 
pequenos  ao contrário das outras vias de sensibilidade, as fibras auditivas não 
são totalmente cruzadas. Assim, cada cóclea está representada nos dois 
hemisférios do córtex, ou seja, cada cóclea recebe fibras dos dois hemisférios. 
 
 
 
 
VI) ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA (A2) 
- Localizada no lobo temporal, adjacente à área auditiva primária (22). 
 
- É UMA ÁREA POUCO CONHECIDA, MAS, POSSIVELMENTE, ESTÁ 
ASSOCIADA A ALGUNS TIPOS ESPECIAIS DE INFORMAÇÕES AUDITIVA. 
- LESÃO DA ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA: 
1. Agnosia auditiva = é a incapacidade de reconhecer sons (sem haver déficit 
auditivo). Por exemplo: o indivíduo não vai conseguir reconhecer, sons musicais 
(diferenciar notas, melodias, harmonias, ritmo). O indivíduo vai escutar um cachorro 
latir, mas não vai saber reconhecer que aquilo é um latido de cachorro. 
 
 
 
 
VII) ÁREA GUSTATIVA PRIMÁRIA 
- Localizada na parte posterior da ínsula. 
- UMA SIMPLES VISÃO OU O PENSAMENTO EM UM ALIMENTO 
SABOROSO ATIVA A ÁREA GUSTATIVA DA ÍNSULA. 
 
 
 
VIII) ÁREA GUSTATIVA SECUNDÁRIA 
- Localizada na região orbitofrontal da área pré-frontal. 
- Recebe aferências da ínsula. 
 
 
 
IX) ÁREA VESTIBULAR 
 - Localizada no lobo parietal, próximo à áerea somestésica correspondente à face  
Logo, a área vestibular tem uma relação maior com a área somestésica primária (relação 
com a propriocepção consciente) do que com a sensibilidade auditiva. 
- Os receptores da área vestibular foram classificados como PROPRIOCEPTORES 
ESPECIAIS, pois informam sobre a posição e o movimento dacabeça 
 
- FUNÇÃO: importante para a apreciação consciente da orientação no espaço  
propriocepção consciente da cabeça. 
 
X) ÁREA OLFATÓRIA 
- Localizada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal. 
- LESÃO DO ÚNCUS: 
 1. Anosmia 
 2. Hiposmia 
 3. Cacosmia 
4. Fantosmia = crises uncinadas (alucinações olfatórias), em que doentes 
queixam-se de cheiros, normalmente desagradáveis, que na realidade não existem. 
 
- HERNIAÇÃO DO ÚNCUS: 
1. Quando o úncus hernia, ele acaba puxando o NC III, lesando-o. Logo, pode 
ocorrer ptose palpebral, midríase e estrabismo divergente. 
 
 
 ÁREAS MOTORAS 
 
OBS: 1. o objetivo do movimento/decisão é determinado pelo córtex pré-frontal 
 2. o córtex pré-frotal passa a decisão para as áreas motoras do córtex, 
que são: área motora primária e as áreas motoras secundárias pré-
motora e motora suplementar. 
 
 
I) ÁREA MOTORA PRIMÁRIA (M1) 
 
- Localizada no giro pré-central (4). 
- FUNÇÃO: execução do movimento. 
 
- Apresenta ujm limiar baixo para desencandear movimentos com a estimulação 
elétrica, ou seja, uma baixa estimulação elétrica já pode desencandear o movimento. 
- Determina movimentos de grupos musculares do lado oposto. 
- ESSA ÁREA DÁ ORIGEM A GRANDE PARTE DAS FIBRAS DO TRATO 
CORTICOESPINHAL E COSTICONUCLEAR, RESPONSÁVEIS PELA 
MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA. 
 
- SOMATOTOPIA: 
 
 
- LESÕES: 
 
Síndrome do primeiro neurônio motor 
 
 
 
 
OBS: SÍNDROME DO PRIMEIRO NEURÔNIO MOTOR E AVC 
AVC na artéria cerebral anterior  s. do primeiro neurônio motor no 
membro inferior contralateral. 
 
AVC na artéria cerebral média  s. do primeiro neurônio motor no 
membro superior contralateral 
 
 
II) ÁREAS MOTORA SECUNDÁRIA (M2) 
- FUNÇÃO: planejamento do movimento. 
 
i) ÁREA PRÉ-MOTORA 
 
- Localizada no lobo frontal (6  face lateral), adiante da área motora 
primária (giro pré-central). 
- Paresia muscular (músculo perde a força)  
impede o paciente de elevar completamente o braço 
ou a perna. 
- Hipertonia 
- Hiperreflexia 
-Atrofia muscular (menor que na s. do 2º neurônio 
motor) 
- Sinal de Babinsk positivo 
 
 
 
 
- É menos excitável que a área motora primária. Logo, exige correntes 
elétricas mais intensas para que haja respostas motoras. 
 
- Realiza conexões com a área motora primária e recebe aferências do 
cerebelo (essa conexão com o cerebelo permite à área pré-motora colocar 
o corpo em postura para a realização de movimentos mais delicados). 
 
 
ii) ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR 
 
- Localizada na região medial do giro frontal superior. 
 
- Realiza conexões com a área motora primária, com a área pré-frontal, 
corpo estriado etc. 
 
- FUNÇÃO: planejamento motor. 
 
 LESÃO NAS ÁREAS MOTORAS SECUNDÁRIAS (pré-motora e 
suplementar) 
1. APRAXIAS = por praxia entende-se a capacidade de realizar atos, movimentos 
e gestos habilidosos e/ou aprendidos. Logo, apraxia é a impossibilidade ou 
dificuldade em realizar atos intencionais, gestos complexos, voluntários, 
conscientes, sem que haja paralisias, paresias ou ataxias (perda do controle 
muscular) e sem que faltem também o entendimento da solicitação para fazê-lo 
ou a decisão de fazê-lo. 
 
 Apraxia ideativa (lesão na área motora secundária esquerda): é um 
distúrbio evidente na seqüência dos atos necessários para a utilização 
de um objeto, a forma como ele cumpre o ato parece distração ou 
demência, mas não o é (ex.: se for pedido ao paciente que fume um 
cigarro, pode-se observar que irá acender o fósforo com o cigarro, ou que 
leva o cigarro aos lábios e fuma sem tê-lo acendido. 
 
 
 Apraxia ideomotora (lesão na área motora secundária esquerda): é um 
distúrbio na realização dos gestos simples ou simbólicos, sem a 
utilização de objetos. Embora o paciente saiba o que fazer, ele é 
incapaz de fazê-lo com intenção (voluntária), sob um comando 
externo, mas pode executá-los automaticamente (ex.: ordena-se que o 
paciente faça o sinal-da-cruz, ele não o faz, mas realiza-o automaticamente 
ao entrar em uma igreja). 
 
 Apraxia construtiva (lesão na área motora secundária direita): é a 
incapacidade de construir figuras geométricas, montar quebra-
cabeças ou desenhar um cubo ou outras figuras geométricas, como 
fazia anteriormente à lesão neurológica, sem dificuldade. 
 
 Apraxia dinâmica: é a incapacidade de manter um planejamento motor 
evidenciado pela impossibilidade de realizar três gestos em uma mesma 
ordem ou de realizar ações contrárias (ex: pedir pro paciente fazer soco, 
bate, vira ; uma mão com punho serrado e a outra mão com a palma para 
cima). 
- Percebemos que nas apraxias a capacidade motora de executar o movimento 
(área motora primária) está intecta. Porém, a capacidade de planejar o movimento 
(área motora secundária) foi afetada. Em síntese, a área motora primária está 
pronta para realizar o movimento, mas não sabe como fazê-lo 
 
 
 PLANEJAMENTO MOTOR 
- Para um moviemento ser realizado, primeiro é necessário TOMAR A 
DECISÃO/INICIATIVA.  Essa decisão é feita na ÁREA PRÉ-
FRONTAL. 
 
- Em seguida, essa decisão é passada para as ÁREAS PRÉ-MOTORA OU 
MOTORA SUPLEMENTAR, as quais irão planejar como o moviemento 
será realizado obs: as áreas motoras secundárias nunca são ativadas 
conjuntamente. Acredita-se que a área motora suplementar é ativada 
quando a iniciativa do movimento é do próprio córtex pré-frontal. 
Quando a iniciativa do movimento parte de uma influência externa, como 
o comando de alguém para pegar alguma coisa, a ativação será da área 
pré-motora. 
 
- Após o planejamento de como o movimento será realizado, é passada a 
informação para a ÁREA MOTORA PRIMÁRIA, a qual irá executar o 
movimento, uma vez que é dela que partem as fibras do trato 
costicoespinhal, principal responsável pelo movimento voluntário. 
 
-EXEMPLO PARA RESUMIR O MOVIMENTO: 
- Imagine um indivíduo entado em uma mesa e que deve decidir se vai tomar 
vinho ou cerveja.  Essa decisão é feita na ÁREA PRÉ-FRONTAL. 
- A área pré-frontal vai analisar todas as circustância (gosto mais de cerveja 
ou de vinho / o vinho é mais caro que a cerveja / já começou a se embriagar o 
com o vinho e misturar bebida não é bom). Após analisar as circunstâncias, 
a área pré-central decide tomar o vinho. 
- Esta decisão é então passada para a ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR, 
onde irá ocorrer planejamento/plano motor para realizar o movimento: 
quais músculos devem ser acionados para realizar o moviemnto e o grau 
de contração de cada um.  a área motora suplementar também também 
recebe informações do cerebrocerebelo, através da via dento-talâmico-cortical 
e dos núcleos da base. 
- Após realizar o plano motor, a informação é passada para a REGIÃO 
MOTORA PRIMÁRIA, que dá origem às fibras do trato corticoespinhal, 
e consequentemente, ocorre a execução do movimento planejado. 
 
 ÁREAS DE ASOCIAÇÃO TERCIÁRIAS 
- As áreas terciárias são áreas de associação multimodal, ou seja, realizam 
conexões com áreas de associação unimodal e com outras áreas de 
associação multimodal. 
- Não se ocupam do processamento motor ou sensitivo, mas sim de 
atividades psíquicas superiores, como memória, pensamentos abstratos, 
processos simbólicos etc. 
- As áreas de associação terciária são quatro: área pré-frontal, área parietal 
posterior, córtex insular anterior e as áreas límbicas. 
 
 
 
I. ÁREA PRÉ- FRONTAL 
- É a parte anterior não motora do lobo frontal, ou seja, é a área frontal tirando as áreas 
motora primária e motora secundária (pré-motora e motora suplementar), o resto é 
tudo córtex pré-frontal. 
 
 
- A área pré-frontal realiza conexões com várias regiões corticais: hipocampo, 
cerebelo, amígdala, núcleos talâmicos, núcleos da base, tronco encefálico etc. 
- CASO PHINEAS GAGE: destruição do córtex pré-frontal 
- CASO DAS MACACAS CHIMPANZÉ: tiveram suas áreas pré-frontaisremovidas. 
Depois da operação, as macacas passaram a não resolver mais certos problemas 
simples, como achar o alimento escondido pouco tempo antes. Sabe-se, hoje, que isso 
foi devido à perda da memória operacional, que é função da área pré-frontal. 
- A área pré-frontal é dividida em área pré-frontal dorsolateral e área pré-frontal 
orbitofrontal 
 
 
 
 
 
 
A) ÁREA PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL 
- Ocupa a superfície anterior e dorsolateral do lobo frontal. 
 
 
- FUNÇÕES: 
1. Escolha das estratégias comportamentais mais adequadas à cada situação 
física e social do indivíduo (ex: em um velório o indivíduo adota um 
comportamento mais discreto, não faz barulho, piadas). 
2. Planejamento e tomada de decisões/ações 
3. Avaliação das consequências de determinadas decisões/ações 
4. Solução de problemas 
5. Memória de trabalho/operacional: que é um tipo de memória de curto prazo, 
temporária e suficiente para manter na mente as informações relevantes para a 
conclusão de uma atividade que está em andamento. 
 
 
- LESÕES: 
1. Perda da capacidade de decidir sobre comportamentos adequados diante 
de cada situação 
2. Dificuldade ou impossibilidade de tomar decisões 
3. Impossibilidade ou dificuldade de avaliar consequências 
4. Imposibilidade ou dificuldade de solucionar problemas 
5. Perda da memória de trabalho 
 
 
B) ÁREA PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL 
- Ocupa a parte ventral do lobo frontal adjacente às órbitas compreendendo os giros 
orbitários. 
- FUNÇÕES: 
1. Controle do comportamento emocional  permite o indivíduo modular suas 
reações emocionais às determinadas situações que se encontra. 
2. Manutenção da atenção 
3. Supressão de comportamentos indesejáveis (ex: um homem que sente uma 
atração sexual por uma mulher e não a estupra) 
 
 
- LESÕES: 
1. Tamponamento psíquico: o paciente fica apático, ou seja, deixa de reagir às 
situações que normalmente resultam em alegria ou tristeza. 
2. Défcit de atenção 
3. Comportamentos inadequados/indesejáveis: o indivíduo pode, por exemplo, 
com maior naturalidade, urinar, defecar ou masturbar-se em público.  
LOBOTOMIA E PHIINEAS GAGE. 
 
II. ÁREA PARIETAL POSTERIOR 
- Compreende todo o lóbulo parietal inferior, ou seja os giros supramarginal e angular. 
 
- FUNÇÕES: 
1. Itegrar informações recebidas das áreas secundárias visual, auditiva e 
somestésica. (ex: ver uma xícara caindo no chão e escutar o barulho da xícara 
quebrada). 
2. Também pode reunir informações já processadas de diferentes 
modalidades para gerar uma imagem mental completa: aparência do objeto, 
cheiro do objeto, som do objeto, tato do objeto, nome do objeto. 
3. Atenção seletiva 
4. Percepção espacial: permite o indivíduo determinar as relações entre os objetos 
no espaço extrapessoal. 
5. Percepção espacial do próprio corpo: permite o indivíduo ter a noção da 
relação do próprio corpo com o espaço onde ele se encontra. 
 
- LESÕES: 
1. Síndrome da negligência: é uma síndrome resultante da lesão do lóbulo parietal 
posterior direito com manifestação contralateral, ou seja, no lado esquerdo. Nessa 
sínidrome pode ocorrer uma negligência em relação ao próprio corpo ou em 
relação ao espaço exterior. 
 Síndrome da negligência em relação ao próprio corpo 
- O paciente perde a noção do seu esquema corporal, deixa de 
perceber a metade esquerda de seu corpo como fazendo parte do 
seu "eu", e passa a negligenciá-la. Assim, ele deixa de se lavar, 
fazer a barba ou calçar os sapatos do lado esquerdo, não porque 
não possa fazê-lo, mas simplesmente porque, para ele, a metade 
esquerda do corpo não lhe pertence. Alguns doentes com 
hemiplegia esquerda sequer reconhecem que seu lado esquerdo 
está paralisado. 
 
 Síndrome da negligência em relação ao expaço exterior. 
- O paciente passa a agir como se do lado esquerdo o mundo 
deixasse de existir de qualquer forma significativa para ele. Assim, 
ele só escreve na metade direita do papel, só lê a metade direita das 
sentenças e só come o alimento colocado no lado direito do prato. 
- Pode ocorrer concomitante à negligência com o próprio corpo. 
 
 
III. ÁREA DO CÓRTEX INSULAR ANTERIOR 
 
- A ínsula tem duas partes, anterior e posterior, que são separadas pelo sulco central. 
 
- FUNÇÃO DO CÓRTEX INSULAR POSTRIOR: o córtex insular posterior é a área 
gustativa primária. 
 
- FUNÇÃO DO CÓRTEX INSULAR ANTERIOR: 
1. Empatia: capacidade de se identificar com algumas pessoas, se sensibilizar 
com o estado emocional dessa pessoa. Uma pessoa que vê um aimagem dolorosa, 
como um dedo preso na porta, por exemplo, tem a área do córtex anterior da ínsula 
ativada. 
2. Conhecimento da própria fisionomia como diferente das dos outros: 
quando uma pessoa se observa no espelho e se reconhece ; quando se reconhece 
em uma fotografia. Enquanto o reconhecimento da fisionomia dos outros é feita 
pela área visual secundária (via ventral; reconhecimento de faces). 
3. Sensação de nojo em situações consideradas nojentas: como a presença ou a 
imagem de fezes, vômitos, carniça etc. 
4. Percepção de componentes subjetivos das emoções: permite ao indivíduo 
sentir emoções. Essa função também é exercida por algumas estruturas do sistema 
límbico. 
 
IV. ÁREAS LÍMBICAS 
- São áreas relacionadas com a memória e as emoções. 
- AS ÁREAS LÍMBICAS SÃO: 
 1. Hipocampo 
2. Giro para-hipocampal 
3. Giro do cíngulo 
4. Córtex insular anterior 
5. Área pré-frontal orbitofrontal 
 
V. ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM 
- As duas áreas principais para a linguagem, área anterior e posterior, são de 
associação terciária: área de Broca e área de Wernicke. 
 
A) ARÉA DE BROCA (área anterior da linguagem): 
- Situa-se na área opercular e trinagular do giro frontal inferior (normalmente do lado 
esquerdo). 
- FUNÇÃO: 
 1. Programação motora da linguagem. 
- LESÃO: 
1. Afasia de Broca (afasia não fluente / afasia motora / afasia de expressão) = o 
indivíduoé capaz de compreender a linguagem falada ou escrita, mas tem 
dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou escrevendo. Nos casos 
mais comuns, ele consegue apenas produzir poucas palavras com dificuldade e de 
maneira monótona, e tende a produzir as frases, seja falando ou escrevendo, de 
maneira telegráfica (agramatismo) que é uma forma de comunicação caracterizada 
pela eliminação de certas partículas (conjunções, preposições, artigos).  “Eu 
querer isso”; “Gostar água” 
 
 
B) ARÉA DE WERNICKE (área posterior da linguagem): 
- Situa-se na área do giro supramarginal e angular. 
- FUNÇÃO: 
 1. Percepção/entendimento da linguagem. 
- LESÃO: 
1. Afasia de Wernicke (afasia sensitiva) = o indivíduo é capaz de falar, mas tem 
dificuldade em compreender a linguagem, tanto falada como escrita. O discurso é 
fluente e bem estruturado, entretanto, faz pouco ou nenhum sentido, pois as 
palavras e o significado não estão corretamente ligados.  Já escovou os dentes 
hoje? Rapaz, estou nervoso, de vez em quando sou pego e depois ponho um ovo 
na geladeira”. Deficiências de leitura ou escrita, alexias e agrafias, são distúrbios 
separados, que se originam de áreas encefálicas relacionadas, porém distintas. 
 
 
C) FASCÍCULO ARQUEADO 
- O fascículo arqueado é uma área que conecta a região de Broca com a de Wernicke. 
 
- FUNÇÃO: 
1. Graças ao fascículo arqueado, o indivíduo consegue compreender a fala e 
realizar respostas coerentes. 
 
- LESÃO: 
1. Afasia de condução: o indivíduo consegue compreender e tem uma fala 
fluente, já que as respectivas áreas responsáveis, Wernicke e Broca, estão íntegras. 
Todavia, o indivíduo terá dificuldade na repetição de palavras e irá realizar 
parafasias, as quais podem ser parafasia fonêmica (o paciente fala “cameila” em 
vez de cadeira, “ibro” em vez de livro) e/ou parafasia semântica ( o paciente fala 
“porta” em vez de janela ). 
 
 SISTEMA LÍMBICO 
- O sistema límbico é formadopelas áreas específicas do cérebro que se relacionam com 
as emoções. 
- Algumas dessas áreas relacionadas com as emoções também podem se relacionar com 
a motivação primária, que é o estado de desejo/necessidade essencial à sobrevivência do 
indivíduo, como fome, sede, sexo etc. 
 
A) O GRANDE LOBO LÍMBICO 
- Acreditava-se que as emoções eram processadas e se relacionavam com as seguintes 
estruturas: hipocampo, giro para-hipocampal, giro do cíngulo. 
- Essas três estruturas formariam então um lobo independente: o grande lobo 
límbico. 
 
B) CIRCUITO DE PAPEZ 
- Com o progresso das pesquisas, uma nova teoria para explicar o processamento das 
emoções foi formulada: circuito de Papez  acreditava-se que o centro das 
emoções era o circuito de Papez. 
- Nesse circuito eram envilvidas as seguintes estruturas: 
 1. Hipocampo 
 2. Fórnix 
 3. Corpo mamilar 
 4. Trato mamilo-talâmico 
 5. Núcleos anteriores do tálamo 
 6. Cápsula interna 
 7. Giro do cíngulo 
8. Giro para-hipocampal  volta novamente para o hipocampo e recomeça o 
circuito. 
 
 
 
- O avanço nas pesquisas mostrou que o circuito de Papez, com exceção da porção 
anterior do giro do cíngulo (córtex cingular anterior), está relacionado com a memória e 
não com as emoções. 
- Logo, o centro do sistema límbico, ou responsável pelas emoções, era a amígdala. 
Enquanto o hipocampo era responsável pela memória. 
 
I. COMPONENTES DO SISTWMA LÍMBICO RELACIONADO COM 
AS EMOÇÕES: 
 
A) CÓRTEX CINGULAR ANTERIOR 
- FUNÇÃO: a parte anterior do giro do cíngulo tem função de processamento de 
emoções. 
- LESÃO/ABLAÇÃO: domesticação, ou seja, perda da agressividade  por isso 
que a cingulectomia (retirada cirúrgica da área do cíngulo) era feita em pacientes 
que tinham psicoses agressivas fortes. 
 
B) CÓRTEX INSULAR ANTERIOR 
- A ínsula tem duas partes, anterior e posterior, que são separadas pelo sulco central. 
 
- FUNÇÃO DO CÓRTEX INSULAR POSTRIOR: o córtex insular posterior é a área 
gustativa primária. 
 
- FUNÇÃO DO CÓRTEX INSULAR ANTERIOR: 
1. Empatia: capacidade de se identificar com algumas pessoas, se sensibilizar 
com o estado emocional dessa pessoa. Uma pessoa que vê um aimage dolorosa, 
como um dedo preso na porta, por exemplo, tem a área d córtex anterior da ínsula 
ativada. 
2. Conhecimento da própria fisionoia como diferente das dos outros: quando 
uma pessoa se observa no espelho e se reconhece ; quando se reconhece em uma 
fotografia. Enquanto o reconhecimento da fisionomia dos outros é feita pela área 
visual secundária (via ventral; reconhecimento de faces). 
3. Sensação de nojo em situações consideradas nojentas: como a presença ou a 
imagem de fezes, vômitos, carniça etc. 
4. Percepção de componentes subjetivos das emoções: permite ao indivíduo 
sentir emoções. Essa função também é exercida por algumas estruturas do sistema 
límbico. 
 
C) CÓRTEX PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL 
- Ocupa a parte ventral do lobo frontal adjacente às órbitas compreendendo os giros 
orbitários. 
- FUNÇÕES: 
 1. Controle do comportamento emocional 
2. Manutenção da atenção 
3. Supressão de comportamentos indesejáveis (ex: um homem que sente uma 
atração sexual por uma mulher e não a estupra) 
 
- LESÕES: 
1. Tamponamento psíquico: o paciente fica apático, ou seja, deixa de reagir às 
situações que normalmente resultam em alegria ou tristeza. 
2. Défcit de atenção 
3. Comportamentos inadequados/indesejáveis: o indivíduo pode, por exemplo, 
com maior naturalidade, urinar, defecar ou masturbar-se em público.  
LOBOTOMIA E PHIINEAS GAGE. 
 
 
D) HIPOTÁLAMO 
 
 
E) ÁREA SEPTAL 
 
 
F) NÚCLEO ACCUMBENS 
- Situado próximo à cabeça do núcleo caudado, o núcleo accumbens faz parte do corpo 
estriado ventral. 
- Recebe aferências dopaminérgicas principalmente da área tegmentar ventral do 
mesencéfalo, e projeta eferências para a parte orbitofrontal da área pré-frontal. 
- O núcleo accumbens é o mais importante componente do sistema mesolímbico, 
que é o sistema de recompensa ou do prazer do cérebro. 
 
 Sistema de recompesa: ativação do sistema dopaminérgico 
mesolímbico 
 
- O sistema recompensa está relacionado a estimulação da via 
mesolímbica, liberando dopamina e ocasionando o prazer. 
- A ativação da via dopaminérgica mesolímbica ocorre na 
seguinte sequência: 
1) Os neurônis dopaminérgicos da área tegumentar ventral 
do mesencéfalo são estimulados; 
 2) O estímulo vai chegar até os núcleos accumbens. 
3) Dos núcleos accumbens, o estímulo segue para o córtex 
pré-frontal orbitofrontal. 
4) Há também projeções diretas da área tegmentar ventral 
para a área pré-frontal , sem passar pelos núcleos 
accumbens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
G) HABÊNULA 
- Regulação dos níveis de dopamina no sistema mesolímbico ? 
 
H) AMÍGDALA 
- A amígdala é uma complexa estrutura anterior ao hipocampo. 
- Apresenta 12 núcleos, todos eles realizando conexões com diferentes áreas corticais. 
Logo, dependendo de qual núcleo será estimulado, a amígdala manifestar´´a 
diferentes funções. 
- FUNÇÕES: 
 1. Reações de medo e fuga 
 2. Reações de agressão/ataque e de defesa 
3. Controle do comportamento sexual, devido à quantidade de receptores para 
hormônios sexuais. 
4. Reconhecimento de emoções expressadas na face  um indivíduo vai 
conseguir reconhecer, pela face/semblante da pessoa, quando esta estiver com 
medo, alegria, raiva etc. Pacientes com perda da capacidade de reconhecer faces 
por lesões das áreas visuais secundárias (prosopagnosia), continuam a reconhecer 
expressões faciais de emoção, já que esta função é da amígdala e não da via ventral 
da área secundária da visão. 
 Entenda como o medo é ativado: 
- Uma pessoa está em um campo e vê um leão ou ecuta o rugido do 
leão. 
- A informação visual (imagem do leão) é levada ao tálamo por meio 
do corpo geniculado lateral, depois até à via primárias da visão e em 
seguida para as vias secundárias da visão. 
- Se for uma informação auditiva (rugido do boi), a informação é 
levada ao tálamo por meio do corpo geniculado medial, depois até à via 
primária da audição e em seguida pra a via secundária da audição. 
- A partir desse ponto, a informação pode seguir dois caminhos: uma 
via direta e outra indireta. 
- Na via direta, a informação visual é levada diretamente para a 
amígdala, disparando imediatamente o sistema simpático (noradrenalina), 
estimulando o medo e a fuga. A via direta é mais rápida e permite 
resposta imediata 
- Na via indireta, a informação passa ao córtex pré-frontal e depois à 
amígdala. É uma via mais lenta, mas permite que o córtex pré-frontal 
analise as informações recebidas e seu contexto. Assim o indivíduo vai 
analisar se é necessário fugir/ter medo ou não. 
 
- LESÃO DA AMÍGDALA: 
 1. Perda do medo 
 2. Domesticação  perda da agressividade 
 3. Tendência hipersexual 
4. Perda da capacidade de reconhecer as emoções expressadas nas faces dos 
indivíduos. 
 
 
 
 
II. COMPONENTES DO SISTEMA LÍMBICO RELACIONADO COM A 
MEMÓRIA: 
 
A) HIPOCAMPO: FUNÇÕES E LESÕES 
- O hipocampo é uma estrutura alongada e curva situada no assoalho do corno inferior 
do ventrículo lateral, acima do giro para-hipocampal. 
- Seu papel na memória foi elucidado pelo estudo de pacientes nos quais os 
hipocampos foram retirados cirurgicamente na tentativa de tratamento de casos graves 
de epilepsia do lobo temporal. 
- Nesses pacientes, a memória motora/operacional é mantida, pois não há 
comprometimento da área pré-frontal, mas o paciente perde definitivamente a 
capacidade de lembrar eventos ocorridos depois da cirurgia (amnésia 
anterógrada). Perde também a memória de eventos ocorridos pouco tempo antes 
da cirurgia (amnésia retrógrada), mas curiosamente, depois de um certo ponto no 
passado, todos os fatos podem ser lembrados sem problemas, ou seja, a memória de 
longo prazo permanecenormal. 
- Casos como estes levam à conclusão de que a memória de longo prazo não é 
armazenada no hipocampo, já que permanecem depois de sua remoção cirúrgica. 
- O grau de consolidação da memória pelo hipocampo é modulado pelas 
aferências emocionais que ele recebe da amígdala: esta consolidação é maior 
quando a informação a ser memorizada está associada a um episódio de grande 
impacto emocional, que pode ser uma emoção positiva, como a vitória de seu time, 
ou negativa como a morte de um parente.  tentar entender melhor isso! 
 
 
B) CÓRTEX PARA-HIPOCAMPAL POSTERIOR 
- Ocupa parte posteiror do giro para-hipocampal. 
- Continua-se com o córtex cingular posterior. 
- FUNÇÕES: 
1. Memorização de cenários novos (se o cenário já for conhecido, não ocorre 
ativação dessa região). 
 - LESÕES: 
1. Incapacidade de memorizar cenários novos, embora consigam lembrar de 
cenários já conhecidos. Isto mostra que a memória destes cenários já conhecidos 
(memória de longo prazo) não é armazenada no córtex para-hipocampal. 
 
C) CÓRTEX CINGULAR POSTERIOR 
- Ocupa a região posterior ao esplênio do corpo caloso. 
- Integra o circuito de Papez 
- FUNÇÕES: 
1. Memória topográfica  capacidade de se orientar no espaço e memorizar 
caminhos e cenários novos, bem como lembrar dos já conhecidos 
 
- LESÕES: 
1. Desorientação e incapacidade de encontrar caminhos anteriormente 
memorizados 
2. Amnésias 
 
D) ÁREA PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL 
- Ocupa a superfície anterior e dorsolateral do lobo frontal. 
- FUNÇÕES: 
1. Escolha das estratégias comportamentais mais adequadas à cada situação 
física e social do indivíduo (ex: em um velório o indivíduo adota um 
comportamento mais discreto, não faz barulho, piadas). 
2. Planejamento e tomada de decisões/ações 
3. Avaliação das consequências de determinadas decisões/ações 
4. Solução de problemas 
5. Memória de trabalho/operacional: que é um tipo de memória de curto prazo, 
temporária e suficiente para manter na mente as informações relevantes para a 
conclusão de uma atividade que está em andamento. 
 
- LESÕES: 
1. Perda da capacidade de decidir sobre comportamentos adequados diante 
de cada situação 
2. Dificuldade ou impossibilidade de tomar decisões 
3. Impossibilidade ou dificuldade de avaliar consequências 
4. Imposibilidade ou dificuldade de solucionar problemas 
5. Perda da memória de trabalho 
 
 
 
 
 SÍNDROMES/DOENÇAS DO SISTEMA LÍMBICO 
 
 
I. SÍNDROME DE KLÜVER E BUCY 
- Ocasionada pela lesão dos dois lobos temporais, ou seja, tem que ser uma lesão 
bitemporal. 
- Observa-se um maior modificação do comportamento quando lesionada essas áreas. 
 
- QUADRO SINDRÔMICO: 
1. Agnosia visual: o indivíduo torna-se incapaz de reconhecer objetos e animais 
pela visão;  lesou a região ventral da área secundária da visão. 
 
2. Domesticação completa: o indivíduo perde a agressividade  lesão da 
amígdala. 
 
3. Perversões do apetite: o indivíduo passa a alimentar-se de coisas que antes não 
comiam  lesão da amígdala. 
 
4. Perda do medo: o indivíduo perde o medo de coisas que antes lhe dispertavam 
essa emoção, como cobras e escorpiões  lesão da amígdala. 
 
5. Tendência oral: o indivíduo tende a levar à boca todos os objetos que encontra 
 lesão da amígdala. 
 
6. Tendência hipersexual: o indivíduo é tentado a relaizar continuamente o ato 
sexual ou a se masturbarem coninuamente  lesão da amígdala. 
 
- A LESÃO BITEMPORAL PODE SER CAUSADA POR: 
1. Encefalite herpética, quando o vísrus da herpes acometer os dois lobos 
temporais  em uma RM, os lobos bitemporais estarão hipointensos/hiposinal 
por causa do edema causado pela inflamação, já que é uma encefalite. 
 
 
II. DOENÇA DE ALZHEIMER 
 
III. SÍNDROME DE KORSAKOFF

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