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Conteúdo da prova Psicologia escolar

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Conteúdo da prova – Psicologia escolar 
A construção da relação psicologia-educação 
A partir da emergência da Psicologia enquanto área de conhecimento, pesquisa, 
produção de conhecimento e prática profissional, sua articulação com a Educação 
passou a se configurar como um dos campos de atuação dos psicólogos. A inserção 
da Psicologia nas escolas foi marcada por objetivos fortemente adaptacionistas, nos 
quais predominava a necessidade de corrigir e adaptar, à escola, o aluno portador de 
um problema de aprendizagem. Esta adaptação se realizava, no passado, a partir da 
aplicação de recursos psicométricos, entendidos como função do psicólogo. O 
psicodiagnóstico e a avaliação psicológica, dotados de aplicações e técnicas próprias, 
foram atividades consideradas inerentes e exclusivas do psicólogo, prevalecendo, 
prioritariamente, nos seus diversos contextos de atuação, inclusive no educacional. 
 
Migração do modelo clínico e médico para o interior da escola 
A aplicação desse modelo médico de intervenção na escola conduziu à patologização 
e psicologização do espaço escolar por atribuir ao próprio aluno a culpa por suas 
dificuldades de aprendizagem e por isentar outras instâncias das suas 
responsabilidades educativas 
 
A psicologia escolar nos dias atuais 
Com o passar dos anos e com a revisão crítica acerca da formação e atuação do 
psicólogo, reformulações e avanços foram dando contorno à área, de forma que os 
profissionais procuraram não mais harmonizar “à descontextualização e fragmentação 
do indivíduo.” As mudanças vêm ocorrendo de forma que se encontram, cada vez 
mais, relatos de experiências de psicólogos que se preocupam em não culpabilizar o 
aluno pelas dificuldades que enfrenta e tentam conscientizar os demais profissionais 
de que a problemática do aluno está inserida em uma gama maior de determinantes 
que não apenas os individuais, os familiares ou os psico-afetivos. 
 
Diferença entre Psicologia escolar e Psicologia educacional? 
O termo Psicologia Escolar se confunde, muitas vezes, com Psicologia Educacional ou 
Psicologia da Educação. Acredita-se que a Psicologia Escolar define-se como um 
campo de produção de conhecimentos, de pesquisa e de intervenção e que, entre 
outras atribuições, assume um compromisso teórico e prático com as questões 
relativas à escola e a seus processos e sua dinâmica. Enquanto a Psicologia da 
Educação ou Educacional a função da construção de conhecimentos que possam ser 
úteis ao processo educacional. 
 
Quais são as implicações dessa divisão? 
Dicotomia - Divisão de um conceito cujas partes, geralmente, são opostas. 
Dissociação entre o exercício profissional do psicólogo na escola e as elaborações 
teóricas necessárias a tal exercício. 
Para Oliveira e Araújo (2009): Trabalho profissional e produção científica no contexto 
escolar (psicologia na escola). 
Objetivo principal: mediar os processos de desenvolvimento humano e de 
aprendizagem, contribuindo para sua promoção. 
Otimizar o processo educativo, entendido como um complexo processo de 
transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade (Mitjáns 
Martinez) 
 
Qual é o local de trabalho do Psicólogo Escolar? 
Não se reduz à escola, apesar de ser o espaço fundamental da atuação profissional. A 
aplicação dos conhecimentos da psicologia à educação efetiva-se menos pela 
ocupação da escola do que pela definição de objetivos e finalidades. 
É possível ao psicólogo escolar fazer intervenções preventivas na escola? 
Não se trata de promover a adaptação, mas evidenciar as contradições entre as 
práticas educativas e as demandas dos sujeitos nesse contexto. 
- Contribuindo para a promoção de reformulações pessoais e institucionais para 
incentivar transformações qualitativas aos autores envolvidos. 
- Intervindo sobre as concepções de natureza determinista e reducionista dos 
professores. 
- Reflexão e mudança de conceitos e práticas dos professores 
- Compreensão e intervenção nas relações interpessoais que permeiam a construção 
do conhecimento e da ação pedagógica. 
- Foco da atenção e da intervenção do psicólogo escolar são as relações interpessoais 
que permeiam a construção do conhecimento e da ação pedagógica 
 
Atuação preventiva da Psicologia escolar: 
1- Facilitar e incentivar a construção de estratégias de ensino diversificadas 
2- Promover a reflexão e a conscientização de funções, papéis e responsabilidades 
dos sujeitos 
3- Superar, junto com a equipe escolar, os obstáculos à apropriação do conhecimento 
 
Proposta contemporânea de atuação do psicólogo escolar 
Uma das propostas contemporâneas de atuação da área refere-se à inclusão do 
professor como co-participante das atuações em Psicologia Escolar. Nesta proposta, 
acredita-se que a inclusão de diferentes atores na intervenção de um problema escolar 
é a maneira mais adequada de se promover o desenvolvimento e a aprendizagem. 
Nesse sentido, ao se colocar o professor como co-participante no processo de 
atendimento a seus alunos, por exemplo, emerge um espaço de interlocução que 
possibilita ao professor refletir sobre sua prática e assumir uma postura mais crítica 
diante das queixas escolares. 
 
Atenção ao professor. Em que consiste? 
A qualidade de suas atividades depende de seu bem-estar – responsabilidade também 
do psicólogo escolar trabalhar a promoção da saúde mental dos docentes. 
 
Síndrome de burnout 
Por esse motivo, ao se trabalhar junto com os professores é preciso levar em conta 
diferentes questões que dificultam a atuação adequada destes profissionais, refletindo 
e discutindo sobre alguns aspectos que afetam a saúde e a qualidade de vida do 
professor e da sua profissão. Um desses aspectos refere-se ao burnout, síndrome 
vivenciada por muitos professores em decorrência da natureza da atividade que 
realizam. 
A síndrome é multidimensional e envolve três componentes inter-relacionados: 
1- Exaustão emocional 
2- Despersonalização (desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas em 
relação aos alunos) 
3- Falta de envolvimento pessoal no trabalho 
 
Psicologia escolar 
Intervenção do psicólogo escolar não é clínica, mas na perspectiva preventiva, 
privilegiando as contradições entre as demandas dos sujeitos e as práticas e rotinas 
institucionais definidas no contexto escolar. 
Possibilita a circulação de necessidades, exigências, incertezas, expectativas, 
angústias, possibilidades, limitações (não é muro de lamentações) 
Criação de um espaço de interlocução mediado pelo psicólogo escolar: circulação de 
sentidos, compartilhamento de vivências 
 
As implicações do fazer pedagógico: 
1.1- Uma reunião inicial com a equipe pedagógica (explicitar qual visão de sujeito, do 
processo de ensinagem e quais estratégias diferenciadas tem a oferecer além do 
esperado atendimento individual na sala do psicólogo) 
1.2- Conhecer o Projeto Político Pedagógico da Escola e participar da sua atualização. 
1.3- Trabalhar junto à equipe pedagógica em espaços semanais ou quinzenais de 
diálogo com os professores a fim de juntos criar novos significados as situações 
cotidianas de sala de aula, eliminando a possibilidade de estigmatizar os alunos com 
dificuldade de aprendizagem 
1.4- Criar espaços de discussão acerca das teorias de aprendizagem 
 
O envolvimento de pais e educadores no processo de formação e educação das 
crianças e adolescentes: 
2.1- Em entrevista com a família levantar dados acerca das seguintes questões: 
autonomia X dependência; limites; autoritarismo X autoridade; relacionamento 
cognitivo e emocional na família, com o objetivo de resignificar os relacionamentos 
intra-familiar 
2.2- Junto com a família, refletir sobre a função da dificuldade de aprendizagem neste 
momento do ciclo de vida familiar, criando estratégias com pais e cuidadores que 
possibilitem o sucesso escolar da criança. 
2.3- Confrontar família e professor quando necessário, criando um espaço de dialogo 
franco acerca das dificuldades de todos, não só do aluno, diluindo no s sistemasa 
“culpa” pelo fracasso escolar. 
2.4- Unir pais e professores no processo educacional das crianças em estratégias 
cognitivas que contem com a participação de ambas as partes. 
2.5- O Psicólogo Escolar pode criar junto à equipe uma estratégia de intervenção 
colaborativa, na qual todos têm influência sobre o aluno, assim como sofrem influência 
mutuamente 
 
O esclarecimento das dimensões psicológicas implicadas no processo de 
ensino e aprendizagem. 
3.1- Diagnóstico e encaminhamento das crianças com suspeita de dificuldades de 
aprendizagem para especialistas da área. 
3.2- Acompanhamento do processo de aprendizagem dos alunos com dificuldades de 
aprendizagem. 
3.3- Criação de estratégias psicopedagógicas junto à equipe escolar e professores 
envolvidos. 
3.4- Ouvir os professores, suas demandas e fazê-los participar em alguns dos 
atendimentos com as crianças, repensando novas práticas e novos olhares sobre o 
aluno que chama de “problema”. 
3.5- Participar das reuniões e conselhos de classe, nas quais o psicólogo poderá 
estabelecer novas maneiras de perceber o processo educacional dos alunos, evitando 
rótulos, diagnósticos imprecisos e hipóteses únicas e fechadas. 
 
Os sistemas de interações existentes no interior da Escola. 
4.1- Criar espaços para escutar as demandas dos sujeitos da escola e pensar 
maneiras de lidar com situações que são cotidianas. Faz-se necessário circular pelos 
corredores, estar atento aos movimentos dos sujeitos. 
4.2- Criar formas de reflexão em conjunto com todos os sujeitos (alunos, professores e 
especialistas) para que se possa trabalhar com suas relações e paradigmas. 
4.3- Faz-se necessário ouvir os alunos, o que pensam sobre sua escola e sua turma. 
Isso pode ser feito através de desenhos, entrevistas, ou mesmo que escrevam o que 
pensam, sentem, como percebem sua turma e sua escola. 
 
 
Saber do Psicólogo Escolar: 
Dimensão subjetiva do processo ensino-aprendizagem. 
Temáticas: desenvolvimento, relações afetivas, prazeres e sofrimentos, 
comportamentos, ideias e sentimentos, motivação e interesse, aprendizagem, 
socialização, significados 
 
Possibilidades de intervenção do psicólogo escolar: 
1- A (o) psicóloga (o) e o projeto político-pedagógico : participação 
Refere-se a valores e metas que permeiam o conjunto de práticas na escola. É função 
da (o) psicóloga (o) participar do trabalho de elaboração, avaliação e reformulação do 
projeto, destacando a dimensão psicológica ou subjetiva da realidade escolar. 
 
2- A intervenção da (o) psicóloga (o) no processo de ensino aprendizagem: 
determinações socio-históricas 
Processo de ensino-aprendizagem como uma síntese de múltiplas determinações: 
pedagógicas, institucionais, relacionais, políticas, culturais e econômicas. Análise das 
práticas escolares centra-se nas relações institucionais, considerando o contexto 
social e histórico em que é produzido o processo de escolarização 
Possibilidades de intervenção do psicólogo escolar: 
2- A intervenção da (o) psicóloga (o) no processo de ensino aprendizagem: 
dificuldades de ensino aprendizagem 
Prática que conduza a criança e o jovem a descobrir o seu potencial de aprendizagem, 
auxiliando na utilização de mediadores culturais que possibilitam expressões da 
subjetividade. 
Avaliar o aluno prospectivamente, naquilo que ele pode se desenvolver, e não se 
restringir àquilo que o aluno não consegue realizar, ou mesmo centrar-se somente no 
aluno, sem refletir sobre a produção social do fracasso escolar. 
2- A intervenção da (o) psicóloga (o) no processo de ensino aprendizagem: com 
os familiares ou responsáveis 
Refletir sobre o papel social da escola e da família, assim como sobre as 
problemáticas que atravessam a vida de pais e filhos. A discussão coletiva pode 
facultar novas ideias e ações favorecedoras de uma prática compartilhada que 
contribua para a qualidade do processo ensino e aprendizagem. 
2- A intervenção da (o) psicóloga (o) no processo de ensino aprendizagem: 
parceria com educadores 
Desenvolver ações que contribuam para uma compreensão dos elementos 
constituintes do processo ensino e aprendizagem em suas dimensões subjetivas e 
objetivas, coletivas e singulares. Enfrentamento de situações naturalizadas no 
contexto escolar, superando explicações que culpabilizam ora estudantes, ora 
familiares, ora professores. Mediador fortalecendo o papel do professor como agente 
principal do processo de ensino e aprendizagem 
 
3- O trabalho na formação de Educadores: dimensão subjetiva 
Dar visibilidade à presença do sujeito, destacando a subjetividade que acompanha e 
caracteriza o processo educativo. 
Trabalhar conteúdos sobre o desenvolvimento e aprendizagem (como o aluno 
aprende) e também questões sobre relações interpessoais que permeiam o processo 
educativo. 
Prática pedagógica voltada à humanização. 
 
4-O trabalho da (o) psicóloga (o) e a educação inclusiva 
Grupos com professores, estudantes, familiares, equipe técnica, gestores e 
funcionários possibilitando que a temática do preconceito seja abordada, promovendo 
a reflexão coletiva sobre barreiras atitudinais e arquitetônicas. 
Identificar, primeiramente, concepções “de sociedade, de educação, de grupo, de 
indivíduo, de coletividade” dos professores, estudantes e familiares, assim como as 
suas próprias concepções. 
Focalizar as potencialidades que o estudante possui para criar condições para o 
enfrentamento de sua deficiência e expansão de seus limites, que tem como objetivo 
buscar uma posição social mais valorizada pela sua comunidade. 
Acompanhamento do aluno de inclusão no contexto escolar; participação na 
articulação de serviços para o atendimento do estudante com deficiência, na busca da 
garantia de atendimentos em outras áreas; mobilização de encontros e participação 
em reuniões com os profissionais que atendem esse aluno, auxiliando a compreensão 
dos professores acerca das necessidades especiais; reflexão e adequação do 
processo de avaliação psicopedagógica. 
 
5- O trabalho da (o) psicóloga (o) com grupos de alunos 
Orientação profissional 
Temas como adolescência, sexualidade, valorização da escola, disciplina e 
indisciplina, violência na escola, questões de gênero, raça, etnia, desigualdade social, 
direitos humanos, preconceito e discriminação, dentre outras. 
Grupos de apoio psicopedagógicos com alunos que apresentam dificuldades no 
processo de escolarização. 
Parceria com pais, professores e equipe pedagógicas, com atividades que colaborem 
para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, enfocando a relação 
entre cognição e afeto. 
 
Passa e repassa 
1- O conhecimento da Psicologia nas questões da Educação devem pautar-se: 
a) em formas efetivas de acompanhamento do processo de escolarização e que considere, 
sobretudo, os estudantes da escola; 
b) saber que considere todos os agentes que participam da comunidade escolar, e de formas 
efetivas de acompanhamento do processo de escolarização. 
 
2- Para esse documento do CFP, o processo de ensino-aprendizagem fundamenta-se: 
a) na dimensão objetiva do processo, lidando com questões como índice de aprovação ou 
reprovação e formas de avaliação, métodos de aprendizagem. 
b) na dimensão subjetiva do processo, abordando temáticas como relações afetivas, prazeres e 
sofrimentos, comportamentos, ideias e sentimentos, motivação e interesse. 
 
3- O psicólogo não participa do trabalho de elaboração, avaliação e reformulação do Projeto 
Político-pedagógico da escola, pois esse já é dado pelo Ministério da Educação e da Cultura 
para todas as instituições de ensino. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
4- Ao se deparar com o contexto escolar para elaborar planos de intervenção, levando em 
conta o projeto político pedagógico, é necessário compreender e conhecer a organização 
escolar, como o número de estudantes, de turmas, de professores, serviços prestados à 
comunidade, reuniões que estão planejadas; índice de aprovação, reprovação e evasão; o 
perfil socioeconômico da comunidade escolar;informações sobre características do 
território em que a escola está localizada, bem como sua história. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
5- As práticas de intervenção no processo de ensino-aprendizagem decorrem de concepções 
higienistas, em detrimento daquelas que analisam tal processo como síntese de múltiplas 
determinações: pedagógicas, institucionais, relacionais, políticas, culturais e econômicas. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
6- A superação de problemas de ensino aprendizagem: 
a) depende de ações que envolvam os diferentes aspectos do processo de escolarização: relações 
familiares, grupos de amigos, práticas institucionais e contexto social 
b) independe da desigualdade social, pois essa dimensão é um elemento acessório da subjetividade 
humana, não base social de sua constituição 
 
7- A (ao) psicóloga (o) cabe uma prática que conduza a criança e o jovem a descobrir o seu 
potencial de aprendizagem. Para tanto, pode utilizar-se de: 
a) avaliar o aluno retroativamente, naquilo que o aluno não consegue realizar. 
b) mediadores culturais (música, teatro, desenho, dança, literatura, cinema, grafite, e tantas outras 
formas de expressão artísticas) que possibilitam expressões da subjetividade. 
 
8- No caso da avaliação das dificuldades no processo de escolarização, é fundamental avaliar 
o aluno prospectivamente, naquilo que ele pode se desenvolve e centrar-se somente no 
aluno, sem refletir sobre a produção social do fracasso escolar. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
9- Com pais, familiares ou responsáveis, a (o) psicóloga (o) pode refletir sobre o papel social 
da escola e da família, assim como sobre as problemáticas que atravessam a vida de pais e 
filhos. Frente a possíveis dificuldades escolares, a discussão coletiva pode facultar novas 
ideias e ações favorecedoras de uma prática compartilhada que contribua para a qualidade 
do processo ensino e aprendizagem. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
10- No diálogo com os educadores, as (os) psicólogas (os) podem desenvolver ações que 
busquem o enfrentamento de situações naturalizadas no contexto escolar, culpabilizando ora 
estudantes, ora familiares, ora professores. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
11- Dar visibilidade à presença do sujeito como uma totalidade, destacando a subjetividade 
que acompanha e caracteriza o processo educativo é tarefa específica das (os) psicólogas 
(os). Para efetivar essa dimensão subjetiva, suas ações são: 
a) trabalhar conteúdos sobre o desenvolvimento e aprendizagem, assim como questões sobre 
relações interpessoais que permeiam o processo educativo. 
b) a busca de uma prática pedagógica voltada à humanização é desconsiderada, já que pesquisas 
comprovaram sua ineficácia. 
 
12- A (o) psicóloga (o) pode atuar junto aos professores por meio de formação continuada, 
trabalhando conteúdos relacionados ao desenvolvimento e aprendizagem, tendo como norte 
fornecer subsídios que contribuam para o entendimento de como o aluno aprende. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
13- A prática psicológica na educação inclusiva deve ser o de encaminhar jovens e crianças 
para as escolas especiais, realizar de anamnese com os responsáveis e a avaliação do nível 
intelectual e emocional. A partir dessas avaliações, elaborar laudos psicológicos constando 
aquilo que as crianças e jovens não possuem em função de suas deficiências, não 
orientando informações que possam auxiliar os professores em sua prática pedagógica. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
14- Sobre as práticas de exclusão do deficiente na escola, o psicólogo deve: 
a) desenvolva grupos de trabalhos com professores, estudantes, familiares, equipe técnica, gestores 
e funcionários abordando temáticas várias, não abordando, de forma direta, o tema preconceito 
b) promover a reflexão coletiva sobre barreiras atitudinais e arquitetônicas presentes no cotidiano 
escolar e suas formas de enfrentamento. 
 
15- Para Vygotski, o desenvolvimento do psiquismo ocorre a princípio em um nível 
intrapsicológico, internamente, para depois se tornar interpsicológico, em que as normas de 
comportamento, a ética, os ideais, as convicções e os interesses são repassados para o 
outro depois de constituídas internamente. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
16- Para promover condições para que a relação social entre o estudante com deficiência e o 
ambiente escolar, são necessária situações desafiadoras que “empurram a criança para a via 
da compensação” no sentido de desenvolver potencialidades que auxiliem na superação da 
deficiência. Para tanto, faz-se necessário: 
a) focalizar a força que esse estudante possui para criar condições para o enfrentamento de sua 
deficiência e expansão de seus limites 
b) buscar uma posição social mais valorizada pela sua comunidade, tendo comportamentos que 
mostram o quanto vítima é da sociedade que o exclui. 
 
17- O psicólogo pode desenvolver ações como: acompanhamento do aluno de inclusão no 
contexto escolar; participação na articulação de serviços para o atendimento do estudante 
com deficiência; mobilização de encontros e participação em reuniões com os profissionais 
que atendem esse aluno; reflexão e adequação do processo de avaliação psicopedagógica 
dentre outros. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
18- Um trabalho que geralmente obtém bons resultados é aquele que envolve as turmas de 
alunos, trabalhando no sentido de promover orientação em relação a temáticas que 
circunscrevem o espaço escolar. Nesse sentido é correto afirmar: 
a) Propostas de trabalho em grupo abordando temas como adolescência, sexualidade, valorização 
da escola, disciplina e indisciplina, violência na escola, questões de gênero, raça, etnia, 
desigualdade social, direitos humanos, preconceito e discriminação. 
b) Grupos de apoio psicopedagógicos com alunos que apresentam dificuldades no processo de 
escolarização devem ser realizados para profissional específico, no serviço de apoio 
psicopedagógico da escola ou fora dela. 
 
19- É importante considerar que na intervenção na escola é preciso que a(o) psicóloga (o) 
identifique, primeiramente, concepções “de sociedade, de educação, de grupo, de indivíduo, 
de coletividade” dos professores, estudantes e familiares, não as suas próprias concepções. 
É preciso compreender a constituição histórica do psiquismo humano e resgatar propostas 
de ações societárias e coletivas. 
a) falso 
b) verdadeiro 
 
20- Compreendermos como se constitui a subjetividade e trabalhar em prol do 
desenvolvimento da humanidade de cada indivíduo. Esta compreensão também demanda 
muito esforço, muito aprofundamento teórico e muita sensibilidade, assim como 
solidariedade para se colocar no lugar do outro, e contribuir para que ele consiga enxergar 
outras facetas da sua vida, de forma que possa tomar consciência do seu lugar, nesta 
sociedade dividida em classes, e possa ter o desejo e condições de transformar essa 
sociedade. Essa afirmação de Facci está: 
a) correta 
b) incorreta 
 
Orientação à queixa escolar 
Artigo: “Orientação à queixa escolar”, 2001 Freller et al. 
Perguntas: 
1- Por que as autoras criticam os modelos tradicionais de atendimento psicológico às 
queixas escolares? 
Porque o modelo tradicional leva em conta a natureza escolar da queixa, ao invés de deixa-lá 
de lado e partir para explorar conflitos intrapsíquicos e familiares. 
2- Como se realiza a proposta de atendimento das autoras, denominada “Orientação à 
queixa escolar”? 
- Escutar as versões apresentadas pelos diversos personagens envolvidos no problema; 
- proporcionar a circulação dessas informações, facilitando a comunicação entre os diversos 
personagens; 
- Facilitar a utilização, por pais, professores e alunos, de dados e informações para 
reapresentar e refletir sobre suas questões, que antes apareciam de forma sintomática, sem 
encontrar registro no código lingüístico; 
 - Propiciar para a criança oportunidade para expressar, formular e se apropriar de suas 
questões, falando e conversando abertamente sobre os problemas que enfrenta, sobre suas 
angústias e defesas (outros canais, além da palavra,também são considerados instrumentos 
valiosos de expressão, simbolização, reorganização, abertura de novos sentidos, de questões 
fundamentais para a criança; isso facilita a transformação da angústia em pensamento, na 
relação com o outro, de forma criativa); 
- Apresentar aos pais, criança e escola, idéias sobre a problemática apresentada, recortes 
insuspeitos, orientação para a vida cotidiana. 
- Potencializar à Escola a assunção de seu papel, o uso de seus recursos para lidar com a 
criança e o conhecimento do que a problemática apresentada revela do funcionamento escolar 
e do que deve ser mudado para o benefício da qualidade de ensino. 
3- Como se estrutura o trabalho proposto pelas psicólogas escolares autoras do artigo? 
Após a inscrição no Serviço de Orientação em Queixa Escolar, o processo de atendimento 
inicia-se. É realizada a Triagem, em seguida Encontros com a criança, Contato com a escola, 
Novo contato com pais/responsáveis, Contato com outros profissionais, Entrevista devolutiva, 
Acompanhamento. 
 
Os adolescentes 
Por que não são um grupo homogêneo? Diferentes vivências e culturas impõem 
necessidades e formas particulares de experimentar a adolescência. 
 
Qual a função da Psicologia? 
Contato com as singularidades dos adolescentes com os quais estamos trabalhando. 
 
O ambiente escolar dos adolescentes 
1.1- Políticas públicas em Educação e a produção de dificuldades de escrita 
Progressão Continuada (decreto-lei) 
Não é possível a retenção dos alunos a não ser por número excessivo de faltas. 
Quais são suas consequências? 
A Progressão Continuada tornou-se mera promoção automática. 
 
1.2- Submissão 
Invisibilidade em classe: objetivo de ocultar seu não saber. Quando esse ocultamento 
falha, são chamados de copistas. 
Descrença em sua capacidade geral de aprender. 
A introjeção da ideia de “burrice” embota o pensamento e defasagens reais instalam-
se perigosamente, assim como a ojeriza ao mundo das letras, anteriormente desejado. 
 
1.3- Rebeldia 
Motivadas por chacotas, ofensas, cobranças e apelidos jocosos. 
Se protegem por medo e intensifica-se a exclusão 
Círculo vicioso (bullying) 
Judicialização da educação (Cons. Tutelar) 
 
1.4- Outros modos de funcionamento escolar produtores de um ambiente 
conturbado 
Professores? Sobrecarregam-se com um número excessivo de aulas com pouca 
qualidade, improvisadas. 
O 6º ano (primeiro ano do Ensino Fundamental II) 
Passagem para a adolescência, novidades no modo de comportar-se, apresentar-se e 
relacionar-se, inclusive com autoridades. 
 
2- Orientação à queixa escolar com adolescentes 
Qual é a metodologia principal dessa forma de abordagem à queixa escolar? 
Problematizar e ressignificar o processo de escolarização com os atores pertencentes 
aos contextos escolar, familiar e social do adolescente em questão 
 
2.1- O estigma da incompetência escolar 
Pressuposto que dificuldades escolares são sintomas de problemas familiares, e 
portanto, falam desses problemas. Estratagema da Psicologia para escapar ao tema 
da vida escolar. 
Intensifica a compreensão equivocada de que dificuldades escolares costumam ser 
sintomas de problemas da dinâmica familiar. 
Estudantes: recusa explícita a falar sobre a escola. 
Acostumados a viver histórias de insucesso e sofrimento. 
Situações de humilhação e exclusão que vivenciaram e/ou vivenciam no contexto 
escolar. 
Defasagens e dificuldades pedagógicas são expostas e ridicularizadas por colegas e 
até por professores. 
O que a Psicologia deve fazer? Atenção e sensibilidade para escolher o momento e 
a maneira de abordar assuntos relativos à escolarização do adolescente. 
 
2.2 - O lugar da fala e de outras linguagens no atendimento a adolescentes 
Propiciam a emergência, problematização e elaboração de conteúdos relevantes para 
questões educacionais e outras que necessitem comunicar. 
Pode-se oferecer materiais gráficos, jogos, brinquedos, livros, gibis, instrumentos 
musicais e outros objetos e atividades. 
 
2.3 - Autoria do adolescente no processo de atendimento 
Autonomia e postura ativa. 
Apropriação de sua história escolar e reflexão sobre o processo de produção de 
queixas acerca de sua escolarização. 
Em pauta os fatores que contribuíram para a construção das dificuldades. 
Reflexão sobre a culpabilização (pode ser revertida). 
Reapropriação de sua capacidade de aprender, pensar e ser sujeito, restabelecendo-
se a esperança tantas vezes perdida de um futuro digno, criativo e pleno de sentidos. 
 
2.4 - Projeto de vida 
Pensar e investir na escolarização costuma ganhar sentido (ou não) quando no bojo 
de um projeto de futuro. 
O que valorizam, buscam, quais são seus sonhos, anseios e planos de vida: reflexão 
sobre sentidos de seguir (ou não) em seu processo de escolarização. 
 
2.5 - Algumas especificidades da intervenção na escola 
Interlocução com a escola: consiste de um pequeno questionário e de uma 
visita/reunião com educadores no local. 
Enviado apenas após conquistar uma relação de confiança com o adolescente e 
mediante sua autorização. 
Relação reassegurada e que o questionário adquira um significado de instrumento de 
ajuda e superação. 
As respostas da escola são inseridas nos encontros com o jovem, mediada pelo 
psicólogo, buscando a potencialização das relações.

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