Aula_A_-_Teoria_da_norma

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A teoria da norma
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A teoria da norma jurídica
Textos normativos e normas 
Imprecisão no uso:
Por vezes há o entedimento segundo o qual uma norma expressa uma regra de comportamento, outras vezes é utilizado como sinônimo de certo texto ou documento legislativo, ou, mesmo, de parte desse texto ou documento legislativo.
“Os cidadãos têm o direito de se reunirem para fins pacíficos”; “A Constituição da República é uma norma”; “O legislador produz normas”; “Leia a norma 128 do Código Civil”.
Um artigo, uma alínea, um inciso não podem ser compreendidos como sinônimos de norma. E isso porque são apenas registros contidos nos textos normativos (nos artigos, nas alíneas, nos incisos da legislação), ao passo que as normas são o sentido desse texto ou textos, o resultado, enfim, de interpretação.
Teoria da norma jurídica
Caráter contrafático do direito
As normas jurídicas de conduta, por serem prescritivas, cumprem importante papel de estabilização. Essa estabilização é reconhecida como “contrafática”. Contráfatica porque as normas jurídicas de conduta atuam contrariamente aos fatos reais:
Uma norma N pode não estar sendo obedecida que ela continuará sendo uma norma jurídica N da ordem jurídica OJ (ou seja, a norma permanece válida);
A norma N, quando instituída, o foi para atuar em determinado comportamento da comunidade C com vistas a mudá-lo.
Ex.: proclamação da igualdade dos sexos, penalização da tortura, racismo.
A teoria da norma
Tipos de normas jurídicas:
a) Normas de conduta (ou primárias):
Normas de conduta são determinações de comportamento, ou seja, preceitos que geram obrigações, proibições e permissões.
Às normas de conduta comumentes são agregadas sanções jurídicas com vistas a reforçar sua obediência.
A teoria da norma
a.1) Normas que impõem obrigações de fazer algo ou alguma coisa
É obrigatório que se faça p.
Uma norma de obrigação é uma norma cuja finalidade é estabelecer que algo deve ser feito.
Exemplos: LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
A teoria da norma
a.2) Normas que proíbem 
É obrigatório que não se faça p.
São as normas que estabelecem o dever de não fazer algo que é, por ela própria, especificado.
Nem sempre as proibições são diretamente apontadas. Porque quando as autoridades normativas qualificam comportamentos às vezes elas especificam o devido de modo indireto.
Ex.: Art. 121, CP: Matar alguém. Pena: Reclsuão de 6 (seis) a 12 (doze) anos.
A teoria da norma
a.3) Normas que permitem
Uma norma de permissão basicamente institui que algo “pode ser feito”.
Ex.: “É permitido aos candidatos fazer propaganda eleitoral três meses antes das eleições”.
Art. 5º, IX, CF.
A teoria da norma
b) Normas de estrutura (normas que estabelecem poderes e procedimentos)
Normas de estrutura são as normas que cumprem a tarefa de regular o uso de outras normas, de modo que são elementos essenciais à dinâmica normativa.
Ex.: art. 44, CF, art. 84, CF.
A teoria da norma jurídica
Norma e Proposição jurídica
Com tais categorias pretendeu-se acentuar a diferença entre a atividade de aplicação do direito e a desenvolvida pelo cientista do direito.
a) A norma jurídica, editada pela autoridade, tem caráter prescritivo, enquanto a proposição jurídica, emanada da doutrina, tem natureza descritiva.
b) A norma jurídica resulta de um ato de vontade (da autoridade competente), ao passo que a proposição jurídica resulta de um ato de conhecimento. 
A teoria da norma
c) As normas, como variações de ato de vontade, não são verdadeiras ou falsas, mas válidas ou inválidas.
As proposições jurídicas, como juízo hipotético, são verdadeiras se descrevem fielmente a norma em foco, ou falsas, na hipótese contrária.