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ANESTESIA 1

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08/05/2018 ANESTESIA 1
http://www.hs-menezes.com.br/anestesia_1_32.html 1/40
helion@hs-menezes.com.br
 
 
 
ANESTESIA
Pequena história da Anestesia
 
E aí? Vamos ao den�sta dar uma geral naquele dente que dói há tempos? Não? Por
quê? Medo do motorzinho? Acha que vai doer? Vai não. Já temos anestesia. Abra a
boca, relaxe e imagine como seria pouco menos de 200 anos atrás. Imaginou? Pois
bem, nós lhe contamos: doía pra valer. E isso para uma simples extração de dente.
Para abrir a barriga, então, nem perca seu tempo imaginando. Era um �po de
cirurgia raramente pra�cado até o século 19. “Operar dentro do crânio, do tórax ou
mesmo do abdome era pra�camente impossível”, conta o médico Moacyr Scliar
(h�p://www.releituras.com/mscliar_bio.asp) em seu texto na revista Aventuras na
História. E era impossível simplesmente porque não havia anestesia. Ou melhor,
nenhum método anestésico conhecido até então era eficiente o bastante para
permi�r tal intervenção. “A qualidade básica do cirurgião era a rapidez”, prossegue
Scliar. “Ele �nha de lutar com a agitação dos pacientes, muitos dos quais eram
amarrados. Os mais sortudos desmaiavam.” 
 
Embriagar o paciente ou deixá-lo drogado!
 
Médicos, den�stas e pacientes tentaram quase tudo para aliviar a dor da cirurgia.
Médicos chineses e indianos usavam maconha e haxixe. O ópio era também
amplamente u�lizado em diversas partes do mundo, assim como bebidas alcoólicas.
Dioscórides , médico grego da an�guidade - pelo que se sabe o primeiro a usar a
palavra "anestesia" - atribuiu poderes anestésicos a poções feitas com mandrágora
e vinho. Anos depois, alguns médicos experimentaram até a hipnose.
 Ainda assim, isso não era o suficiente para aliviar a dor. Por esse mo�vo, cirurgiões e
den�stas trabalhavam o mais rápido possível; na verdade, eles eram avaliados de
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http://www.hs-menezes.com.br/page_2.html
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http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2918.html
http://www.hs-menezes.com.br/contato_22.html
http://www.hs-menezes.com.br/aftas_37.html
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http://www.hs-menezes.com.br/page_26.html
http://www.hs-menezes.com.br/anatomia_2_23.html
http://www.hs-menezes.com.br/anatomia_6.html
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http://www.hs-menezes.com.br/dor_orofacial_44.html
http://www.hs-menezes.com.br/page_15.html
http://www.hs-menezes.com.br/endodontia_9.html
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08/05/2018 ANESTESIA 1
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acordo com a sua rapidez. Mas mesmo que trabalhassem rápido, o sofrimento
ainda era enorme. Por isso, era comum as pessoas preferirem sofrer todos os �pos
de padecimentos - de tumores a dentes podres - a ter de enfrentar a agonia duma
cirurgia ou a extração dum dente.
 
Vitríolo doce e gás hilariante
 
Em 1275, o médico espanhol Raimundo Lúlio - enquanto fazia experiências com
produtos químicos - desenvolveu um líquido volá�l e inflamável, que chamou de
vitríolo doce. No século 16, um médico nascido na Suíça e conhecido como
Paracelso fez galinhas inalarem vitríolo doce e percebeu que elas não apenas
adormeciam, mas também não sen�am dor. Assim como Lúlio, ele não fez
experiências com seres humanos. Em 1730, o químico alemão Frobenius deu a esse
líquido o seu nome atual - éter - que em grego significa "celes�al". Mas ainda
passariam 112 anos até que as propriedades anestésicas do éter fossem
plenamente reconhecidas.
 Nesse meio-tempo, em 1772, o cien�sta inglês Joseph Priestley descobriu o gás
óxido nitroso. No começo, as pessoas pensavam que esse gás era letal, mesmo em
pequenas doses. Mas, em 1799, o químico e inventor britânico Humphry Davy
decidiu verificar se isso era verdade testando-o em si próprio e, para sua surpresa,
ele descobriu que o óxido nitroso o fazia rir. Foi por isso que o apelidou de gás
hilariante. Davy escreveu a respeito das propriedades anestésicas do óxido nitroso,
mas ninguém daquela época levou o assunto adiante.
 
Festas com éter e gás hilariante
 
O comportamento estranho de Davy quando estava sob a influência do gás
hilariante - no qual ficou temporariamente viciado - tornou-se bem conhecido.
Logo, �nha-se tornado moda inalá-lo apenas por diversão. Até sal�mbancos
conseguiam, como parte da apresentação, voluntários para subirem ao palco e
esperarem sua vez de inalar o óxido nitroso. O gás descontraía e, pouco depois, o
comportamento estranho dos voluntários arrancava gargalhadas do público.
 Quase na mesma época, o uso do éter como diver�mento também se tornou
popular. Certo dia, um jovem médico norte-americano chamado Crawford W. Long
percebeu que seus amigos, ao cambalearem por causa do efeito do éter, não
sen�am dor quando se machucavam. Ele pensou de imediato na possibilidade de
usá-lo em intervenções cirúrgicas. Convenientemente, um aluno chamado James
Venable - par�cipante numa dessas "travessuras etéreas" - queria ex�rpar dois
pequenos tumores, mas como temia a dor da cirurgia, sempre adiava a operação.
Por isso, Long sugeriu que ele fosse sedado com éter. Venable concordou e, em 30
de março de 1842, fez a cirurgia e não sen�u dor nenhuma. No entanto, Long só
anunciou sua descoberta em 1849.
 
Den�stas também descobrem a anestesia
 
Em dezembro de 1844, o den�sta americano Horace Wells assis�a a uma
apresentação de sal�mbancos quando Gardner Colton fez a demonstração do óxido
nitroso. Wells se ofereceu como voluntário para experimentar o gás, mas ficou
suficientemente consciente para perceber que quando as pernas de outro
voluntário se chocaram com um banco de madeira maciça ele não sen�u dor,
mesmo sangrando. Naquela noite, Wells decidiu usar o óxido nitroso nas suas
a�vidades profissionais, mas só depois de testá-lo em si próprio. Ele conseguiu o gás
com Colton e pediu para que John Riggs, seu colega de profissão, extraísse um
dente de siso, que o estava incomodando muito. A extração foi um sucesso.
 Wells decidiu tornar pública a sua descoberta demonstrando-a aos seus colegas. No
entanto, ele estava tão nervoso que não administrou gás suficiente, de forma que o
paciente gritou quando o dente foi extraído. Na mesma hora, as pessoas na platéia
vaiaram, mas deviam ter entrevistado o paciente, porque mais tarde ele confessou a
Wells que apesar de ter gritado, ele não havia sen�do quase nenhuma dor.
 
Em 30 de setembro de 1846, o den�sta americano William Morton extraiu o dente
de um paciente anestesiado com éter - a mesma substância u�lizada por Long em
1842 - sem que o paciente sen�sse dor alguma. Morton preparou o éter com a
ajuda do célebre químico Charles Thomas Jackson. Diferentemente de Long, Morton
programou uma demonstração para o público sobre as propriedades anestésicas do
éter num paciente que ia ser operado. Em Boston, Massachuse�s, no dia 16 de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Priestley
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humphry_Davy
http://www.hs-menezes.com.br/page_31.html
http://www.hs-menezes.com.br/links_3.html
http://www.hs-menezes.com.br/page_25.html
http://www.hs-menezes.com.br/page_36.html
http://www.hs-menezes.com.br/odontopediatria_20.html
http://www.hs-menezes.com.br/ortodontia_13.html
http://www.hs-menezes.com.br/periodontia_14.html
http://www.hs-menezes.com.br/page_41.htmlhttp://www.hs-menezes.com.br/selante_17.html
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outubro de 1846, Morton anestesiou o paciente. Daí, um cirurgião - para ser mais
exato, o Dr. Warren - fez a re�rada de um tumor abaixo da mandíbula do paciente. A
operação foi um sucesso e a no�cia logo se espalhou em todos os Estados Unidos e
na Europa.
 Portanto, os pacientes só deixaram de ser amarrados e desmaiar durante as
intervenções cirúrgicas graças a dois den�stas norte-americanos: Horace Wells e
William Thomas Green Morton. O primeiro ficou conhecido por u�lizar o óxido
nitroso– também chamado de gás hilariante – como anestésico. O segundo entrou
para a história da medicina por protagonizar a primeira demonstração pública do
éter numa cirurgia.
 Wells trabalhava em Har�ord, Connec�cut. Em 11 de dezembro de 1844, aos 29
anos, sentou-se na cadeira de den�sta de seu próprio consultório e ordenou a um
colega que extraísse um dente siso que o incomodava. O procedimento não doeu
nada. “Começou uma nova era na extração dentária!”, exclamou Wells já com um
dente a menos na boca. A nova era fora anunciada por conta do gás hilariante que
ele inalara. Além de deixá-lo imune à dor, causou-lhe tremenda euforia e bem-estar.
 O gás foi descoberto em 1776 pelo cien�sta e ministro presbiteriano inglês Joseph
Priestley, o mesmo que já havia iden�ficado e produzido o oxigênio em laboratório.
Cerca de 20 anos depois, Humphry Davy, conterrâneo de Priestley e aprendiz de
farmácia, testou em si próprio os efeitos da inalação do óxido nitroso. Teve uma
sensação muito agradável. Sua dor de cabeça passou e sen�u um desejo incon�do
de rir – daí o nome gás hilariante. “Já que o gás hilariante parece possuir a
propriedade de acalmar as dores �sicas, seria recomendável empregá-lo contra as
dores cirúrgicas”, escreveu Davy.
A idéia de Horace Wells de usá-lo em extrações dentárias surgiu na noite anterior ao
bem- sucedido 11 de dezembro de 1844. Wells atendia a uma animada palestra
sobre os efeitos hilariantes do óxido nitroso quando, a certa altura, um dos alegres
convidados – que havia inalado o gás – começou a correr feito doido entre os
bancos do auditório. Suas canelas e joelhos ficaram ensangüentados, mas nenhuma
dor lhe acometeu. Foi aí, então, que o astuto den�sta percebeu a importância do
que estava diante de seus olhos e decidiu ser sua própria cobaia na manhã seguinte.
Durante um mês, Wells fez fama e dinheiro na cidade com suas prá�cas indolores.
Dezenas de clientes bateram à sua porta. Depois, rumou para Boston para realizar
uma demonstração a um importante grupo de cirurgiões de Harvard. A
apresentação fora acertada graças ao seu conhecido William Thomas Green
Morton. Mas transformou-se num fracasso grandiloqüente. O den�sta deveria
extrair o dente de um aluno da universidade. A quan�dade aplicada de óxido
nitroso, porém, não foi suficiente. O voluntário gritou de dor (deve ter soltado
vários impropérios também) e Wells foi posto para fora como charlatão e impostor.
De volta a Har�ord, quase matou um paciente. Caiu em descrédito, foi humilhado e
terminou por abandonar a odontologia.
Já William Morton, seu colega, persis�ria na idéia – só que, aconselhado por seu ex-
professor de química Charles Thomas Jackson, subs�tuiu o óxido nitroso pelo éter.
O elemento era mais poderoso que o anterior e oferecia menos risco de causar
asfixia. Morton u�lizou-o com sucesso em animais, nos seus aprendizes e, não
sa�sfeito, testou em si mesmo. Chegou também a realizar uma extração de dente.
 
Paciente Pronto
Em 16 de outubro de 1846, ele protagonizou – como já foi dito acima - uma
demonstração pública durante uma importante cirurgia de pescoço no mesmo
hospital onde Horace Wells fora execrado. Em seu livro ‘A Assustadora História da
Medicina’, Richard Gordon conta que Morton entrou apressado na sala, “com seu
novo inalador, um globo de vidro contendo uma esponja embebida em éter, com
válvulas de couro para garan�r o fluxo unidirecional para os pulmões do paciente”.
Quando o paciente ficou inconsciente, Morton se dirigiu a John Warren, o cirurgião,
e disse: “Doutor, o paciente está pronto”. A intervenção transcorreu sem nenhuma
reação de dor por parte do enfermo. Ao término do feito histórico, Warren voltou-
se para o auditório e afirmou: “Senhores, aqui não há truques”. E mais: “Daqui a
muitos séculos, os estudantes virão a este hospital para conhecer o local onde se
demonstrou pela primeira vez a mais gloriosa descoberta da ciência.”
Depois desse dia, o den�sta assegurou para si a paternidade da anestesia – o termo
foi sugerido pelo médico e poeta americano Oliver Holmes, mas já havia sido
empregado por volta do ano 50 pelo grego Dioscórides. Sua invenção correu o
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2211.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Thomas_Green_Morton
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humphry_Davy
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mundo. Chegou à Europa no fim de 1846 e, no ano seguinte, aportou no Brasil,
onde foi u�lizada numa cirurgia feita pelo médico Roberto Jorge Haddock Lobo no
Hospital Militar do Rio de Janeiro.
A epopéia, entretanto, não termina aqui. Morton queria royal�es sobre o invento.
Patenteou o éter – chamado por ele de letheon –, confeccionou panfletos e
“contratou vendedores para vender o anestésico de costa a costa”, como conta
Richard Gordon. Seu plano de enriquecimento fácil, porém, fracassou. Charles
Jackson, seu ex-professor, reivindicou uma parte nos lucros e os médicos de Boston
ficaram fulos com a patente de uma substância capaz de aliviar o sofrimento
humano. Para completar, relata Gordon, em 1852 o médico americano Crawford
Williamson Long “anunciou calmamente que desde março de 1842 realizava
cirurgias superficiais usando o éter como anestésico, quase cinco anos antes de
Morton”. “Depois de oito operações, ele abandonou o método com medo de ser
linchado caso algum paciente morresse”, conta Darcy Lima, professor de
farmacologia e história da medicina na UFRJ. 
Embora Crawford Long tenha sido o primeiro a pra�car a anestesia geral pelo éter,
nunca entrou na disputa direta pela autoria do procedimento e o mérito ficou com
William Morton. Os dois, de qualquer maneira, revolucionaram a medicina e deram
uma nova dimensão às cirurgias. Antes deles – e de Horace Wells também –, os
tratamentos eram feitos à base de plantas e seus derivados, como as cascas de
mandrágora, as sementes de meimendro, o ópio e a maconha (Cannabis), além de
muita embriaguez pelo vinho. Eram métodos bastante precários e um tanto quanto
ineficazes. Mas, ao menos, não havia o aterrador motorzinho...
 
 
Outras descobertas
Outras descobertas Em conseqüência dessas emocionantes descobertas, as
experiências com diversos gases con�nuaram. O clorofórmio, descoberto em 1831,
foi usado com êxito em 1847 e rapidamente se tornou o anestésico preferido em
alguns lugares. Ele era administrado em mulheres na hora do parto - uma delas foi a
Rainha Vitória da Inglaterra, em abril de 1853.
Infelizmente, a história da anestesia geral também é marcada por polêmica. Surgiu
uma grande controvérsia sobre quem - Long, Wells, Morton, ou Jackson, o célebre
químico que ajudou Morton - deveria receber o maior crédito pela descoberta da
anestesia (não das substâncias químicas, é claro). Nunca chegou-se a um consenso,
mas acalmados os ânimos, muitos reconheceram a contribuição dos quatro
homens.
Houve avanços nesse meio-tempo no campo da anestesia regional, que costuma ser
chamada de anestesia local. Os anestésicos possibilitam que o paciente con�nue
lúcido enquanto uma parte do seu corpo fica anestesiada ou sem sensibilidade.
Hoje em dia, cirurgiões-den�stas normalmente usam anestésicos locais quando
tratam dos dentes ou da gengiva e os médicos os u�lizam em pequenas cirurgias e
ferimentos. Os anestesiologistas fazem uso deles em partos.
Com o tempo, a anestesiologia passou a ser uma especialidade médicaseparada. Os
anestesiologistas modernos par�cipam na preparação do paciente para a cirurgia e
u�lizam equipamentos sofis�cados e anestésicos complexos que são uma mistura
de diversas substâncias químicas junto com oxigênio. Na verdade, muitos pacientes
talvez nem se dêem conta de que o médico usou gases anestésicos, visto que são
administrados em geral apenas depois da primeira anestesia ter sido aplicada por
via intravenosa. O anestesiologista também trata da dor pós-operatória.
Então, se um dia você precisar de cirurgia, tente não ficar ansioso demais. Imagine-
se deitado numa rús�ca mesa de cirurgia do século 19. A porta se abre e lá vem o
cirurgião com duas garrafas de uísque. Pensando bem, os equipamentos modernos
e sofis�cados dos anestesiologistas não são tão assustadores, não é mesmo?
 
ACUPUNTURA - ANESTÉSICO DO ORIENTE
A acupuntura é uma an�ga terapia chinesa e é considerada como tendo
propriedades anestésicas. Os pra�cantes inserem agulhas em pontos específicos do
corpo, muitas vezes bem distantes da área com problema. Já no corpo do paciente,
as agulhas podem ser giradas ou conectadas a uma corrente elétrica de baixa
voltagem. A Encyclopædia Britannica comenta que a acupuntura "é usada
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ro�neiramente na China como anestésico durante a cirurgia. Visitantes do Ocidente
presenciaram intervenções cirúrgicas audaciosas (e que normalmente seriam
dolorosas) feitas em chineses plenamente conscientes apenas com anestesia local
conseguida por meio da acupuntura".
Apenas um terapeuta habilitado e treinado deve pra�car a acupuntura. De acordo
com a Encyclopedia Americana, "já aconteceram acidentes graves em que agulhas
de acupuntura perfuraram o coração ou os pulmões e podem ocasionar hepa�te,
infecção local e complicações similares se não forem u�lizadas agulhas
esterilizadas". É claro que a anestesia geral também tem os seus riscos, assim como
as próprias cirurgias.
 
PERGUNTAS E RESPOSTAS
 Afinal, o que é anestesia?
É o ato de suprimir os es�mulos dolorosos através de um
medicamento anestésico.
 
O que são anestésicos locais?
Os anestésicos locais são substâncias capazes de bloquear a
propagação ou a geração do potencial de ação em tecidos
eletricamente excitáveis. Claro que isso tudo de forma
totalmente reversível. Vocês já �veram farmacologia, não já?!
Então, estudaram anestésicos locais pra caramba! Agora nós
vamos tentar juntos trocar algumas informações sobre
anestésicos locais.
 
Qualquer pessoa pode tomar anestesia?
Antes disso, a pessoa deve responder a um breve ques�onário
de saúde, padronizado pela ASA (Sociedade Americana de
Anestesiologia), que determina o risco anestésico e cirúrgico.
Com base em suas respostas, o profissional terá condições de
informar se ela está apta a submeter-se a tratamento
odontológico com anestesia. Mas, para seu conforto, já lhe
adianto que esse procedimento é muito seguro e que a
variedade de medicamentos disponíveis proporciona muita
segurança.
 
Por que tenho que ser subme�do à anestesia local?
Porque existem procedimentos odontológicos que, com
grande probabilidade, irão gerar incômodo (dor), o que causa
um desconforto considerável no cliente, gerando stress,
dificultando seriamente o andamento do tratamento. O tempo
de efeito anestésico varia muito para cada indivíduo, além de
depender também do �po de anestésico que vai ser u�lizado.
Nos anestésicos mais u�lizados, o efeito anestésico dura , em
média, 2 a 3 horas. Porém, há anestésicos que perduram por
mais tempo seu efeito, podendo chegar passar de 10 horas.
 
Por que a agulha da seringa incomoda tanto?
Essa é a grande questão. É muito comum o cliente relacionar a
dor à agulha. Entretanto, a agulha apresenta um diâmetro
extremamente fino, e ainda seu desconforto pode ser
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minimizado pelo uso de anestésico tópico (pomada que é
aplicada no local da infiltração).
O que o cliente não sabe é que o desconforto maior é causado
pelo líquido anestésico. Ele provoca uma distensão dos tecidos
adjacentes e, por apresentar um conteúdo rela�vamente
ácido, causa uma “queimação” no momento da injeção.
Além disso, há outras técnicas que o Den�sta pode fazer uso,
como por exemplo, infiltrar o anestésico lentamente, ir
conversando com o cliente para desviar o foco de atenção
daquele momento e o anestésico tópico, mencionado acima.
 
Todos os procedimentos odontológicos são realizados sob
anestesia local?
Não. Inúmeros procedimentos odontológicos podem ser
realizados sem anestesia. Cabe ao Den�sta discu�r com o
cliente, para que não se u�lizem anestésicos locais sem
necessidade. Lembre-se que o anestésico também é um
fármaco e pode causar efeitos colaterais.
 
Existe contra-indicação em anestesia odontológica?
Sim, e elas podem estar relacionadas ao agente anestésico ou
ao vasoconstritor. Com relação ao vasoconstritor, os pacientes
com pressão alta não tratada ou não controlada, doenças
cardíacas graves, diabetes mellitus não controlada,
hiper�reoidismo, feocromocitoma, sensibilidade aos sulfitos e
usuários de an�depressivos tricíclicos, compostos
feno�azínicos, cocaína e “crack”, têm limitações no uso de
anestésicos.
 
Uma pessoa com 70 anos também pode tomar anestesia?
Com o passar da idade, muitas alterações podem aparecer, as
quais podem contra-indicar ou não o procedimento. Como foi
explicado no item acima, se o paciente apresentar algumas
dessas alterações, o uso do anestésico pode estar
temporariamente contra-indicado. Nesse caso, ele é
encaminhado ao profissional médico habilitado e, após a sua
liberação, o procedimento de anestesia é realizado.
 
Gestantes podem tomar anestesia?
Sim, o estado de gravidez não contra-indica o procedimento
anestésico. Porém, se for possível, é mais aconselhável o uso
da anestesia entre o terceiro e o sexto mês de gestação.
 
Existe o risco de choque anafilá�co?
Sim, porém é muito pequeno, uma vez que as respostas ao
ques�onário de saúde orientam o profissional sobre o possível
risco de choque anafilá�co.
 
Quais são os �pos de anestesia?
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De uma maneira bem abrangente, a anestesia pode ser local
ou geral. A anestesia local é administrada pelo cirurgião-
den�sta no próprio consultório. A geral deve ser feita pelo
médico anestesista em hospital ou clínicas apropriadas.
 
O que é sedação consciente?
É um procedimento realizado pelo cirurgião-den�sta e pelo
médico anestesista, a fim de proporcionar maior conforto ao
paciente, em casos de pacientes ansiosos ou com medo de ir
ao den�sta. Esse procedimento é realizado combinando-se a
ação terapêu�ca pré-anestésica (através de medicamentos
relaxantes) com a do cirurgião-den�sta (por meio de
anestésicos locais), proporcionando conforto e eficiência
anestésica em grandes procedimentos ambulatoriais.
 
Por que, às vezes, a anestesia demora mais para passar?
Provavelmente devido ao �po de tratamento realizado. O
profissional irá escolher o �po de técnica, a quan�dade e o
medicamento. Nesse caso, quando o procedimento é simples,
geralmente a anestesia passa rapidamente, ao contrário do
que acontece em procedimentos longos, nos quais o
profissional necessita de maior quan�dade de anestésico.
 
Já ouvi falar em casos de super dosagem de anestésicos. Qual
o limite de tubetes?
Quanto a isso, não há problema. Para cada �po de sal
anestésico, existe um cálculo que se faz para saber o nº
máximo de tubetes que pode usar sem haver problemas. Este
cálculo leva em conta a concentração do sal anestésico, do
vasoconstrictor e o peso do cliente. Isso deve ser levado
u�lizado em clientes com estado de saúde geral bom. Em
clientes com alguma alteração sistêmica, deve-se colocar uma
margem de erro por segurança. Geralmente, os medicamentos
são feitos para, em média, serem administrados 10 tubetes de
anestésico em dose de segurança. Deve-se lembrarque o
medicamento é composto pelo agente anestésico e pelo
vasoconstritor. Em alguns casos em que está contra-indicado
ou restrito o uso do vasoconstritor, a quan�dade deve ser
diminuída.
 
Como eu posso tomar uma anestesia sem dor?
Quando se pensa em anestesia, a primeira lembrança é o
desconforto devido à picada da agulha, mas isso não mais
ocorre. Hoje, com os cuidados pré-anestésicos que envolvem
desde a u�lização de medicamentos tranqüilizantes até o uso
de anestésicos tópicos fortes (géis e pomadas), o incômodo do
procedimento de anestesia diminuiu muito, chegando a não
ser notado, dependendo da relação de confiança entre o
paciente e o profissional.
 
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TÉCNICAS ANESTÉSICAS PARCIAIS EM ODONTOLOGIA
Denomina-se anestesia parcial, em odontologia, todas as
vezes que o cirurgião-den�sta u�liza solução anestésica, com a
finalidade de tornar insensível uma ou várias áreas,
possibilitando a realização de qualquer trabalho odontológico,
sem que o paciente sinta a mínima dor. A anestesia parcial se
divide em periférica, terminal ou infiltra�va e regional,
bloqueio, condução ou troncular.
Quando da execução de quaisquer técnicas a primeira coisa a
considerar é observar os princípios básicos a seguir.
 
Princípios básicos para a anestesia parcial
1. An�-sepsia da mucosa na área de puntura da agulha.
2. Observar clinicamente, mediante palpação, os pontos de
reparo anatômicos.
3. Fazer uso de anestésico tópico (pode ser aplicado com
cotonete esterilizado ou gaze estéril).
4. Distensão da mucosa na região da puntura, para que a
agulha não desvie da mucosa e a penetração seja a mais
indolor possível.
5. Durante a realização de diversas técnicas anestésicas locais
maxilares e mandibulares, torna-se necessária a palpação
digital de pontos de reparo para a introdução da agulha.
6. É fundamental que, após a iden�ficação desses pontos de
reparo, o cirurgião-den�sta afaste e retraia os tecidos labiais
para facilitar a penetração da agulha evitando dessa forma
acidentes pérfuro-cortantes durante a injeção anestésica.
7. Empunhadura adequada da seringa.
8. Posição ergonômica adequada do operador.
9. A penetração nos tecidos e a re�rada da agulha deverão ser
feitas em uma única direção, de forma a não desenvolver
pressões de lateralidade (exceção a essa regra é, como
veremos, na técnica ptérigo-mandibular na anestesia do nervoptérigo
alveolar inferior). Se for necessário, a injeção em mais de uma
direção, devemos retornar a agulha em sua posição inicial e
então introduzi-la novamente em sua nova direção.
10. O bisel da agulha deverá estar voltado para o tecido ósseo.
11. A injeção da solução anestésica deverá ser lenta,
u�lizando-se seringa anestésica que permita a realização de
aspiração ou refluxo.
12. Durante toda a injeção o cirurgião-den�sta deve manter-se
atento a qualquer possível reação do paciente, interrompendo
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de imediato a anestesia e es�pulando, se necessário,
tratamento imediato das alterações.
 
ANESTESIA PERIFÉRICA, TERMINAL OU INFILTRATIVA
A anestesia periférica, terminal ou infiltra�va, se obtém
quando a solução anestésica se põe em contato com as
terminações nervosas periféricas sensi�vas, provocando
insensibilidade em uma área limitada. Subdivide-se em:
1. Mucosa superficial
2. Submucosa
3. Subperiós�ca
4. Peridentária, intra-ar�cular ou intraligamentosa.
 
As anestesias mucosa superficial e submucosa só
insensibilizam tecidos moles, estando, portanto, contra-
indicada todas as vezes que o cirurgião-den�sta intervir em
tecidos ósseos e dentes. Os anestésicos mais u�lizados
neste caso de anestesia mucosa superficial encontram-se
em diversas especialidades farmacêu�cas. A apresentação
comercial de tais anestésicos podem ser na forma de gel,
pomada ou spray.
 
 
ANESTESIA INFILTRATIVA MUCOSA SUPERFICIAL
 
TÉNICA DE APLICAÇÃO DA ANESTESIA INFILTRATIVA MUCOSA
SUPERFICIAL:
Após secagem perfeita do campo operatório, ficando este
insento de mucosidade para facilitar a absorção da solução
anestésica, após sua aplicação, fazemos massagem com a
polpa do dedo ou mesmo com um cotonete embebido no
anestésico na região a ser anestesiada. Esperamos alguns
minutos para que se processe a absorção anestésica a fim de
que se obtenha a anestesia desejada.
 
 
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Indicações da anestesia mucosa superficial:
1. Evitar dor durante a punção da agulha (vide mais acima o
tópico 3 dos princípios básicos para a anestesia parcial).
2. Extrações de dentes temporários com raízes totalmente
reabsorvidas, presos somente por fibromucosa.
3. Aliviar a dor nos pontos dolorosos ocasionados por
próteses totais (‘dentaduras’) mal adaptadas, logo após o
alívio nas partes proté�cas, que estavam ocasionando
aqueles trauma�smos.
4. Evitar reflexos no palato mole (náuseas), ocasionados pelo
contato das películas radiográficas.
5. Abertura ou drenagem de abscessos submucosos.
6. Evitar ânsia ou náusea durante a realização de moldagem.
7. Extração de dentes acome�dos de paradentose cuja
afecção já tenha destruído todo o tecido ósseo que atua
como elemento de suporte dos dentes.
8. Extrações de dentes decíduos ou temporários, com rizólise
parcial, porém, abalados.
9. Para evitar dor provocada por bandas ortodôn�cas que
penetram subgengivalmente.
 
 
Contra-indicações da anestesia mucosa superficial:
Tais contra-indicações são feitas sempre que se deseja
anestesiar estruturas profundas e também causas locais e
periféricas cruentas que favoreçam a sua absorção,
provocando, no paciente, acidentes desagradáveis.
 
 
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ANESTESIA SUBMUCOSA
 
 
A ANESTESIA SUBMUCOSA de pouca u�lização em odontologia, só é
indicada em remoção de fibroma,
lipoma e cirurgia de tecidos moles.
Contra indica-se também quando
se deseja anestesiar estruturas
profundas, pois a solução
anestésica, sendo depositada
entre a mucosa e o periósteo, fica
aí confinada, somente anestesiando tecidos moles.
 
 
ANESTESIA SUBPERIÓSTICA 
 
A ANESTESIA SUBPERIÓSTICA utiliza-se de uma solução
anestésica que é depositada entre o periósteo e o osso,
infiltrando-se por difusão e anestesiando as lâminas ósseas
vestibular (mandíbula ou maxila) e palatinas das maxilas
através das foraminas aí existentes. Utiliza-se nesta técnica
seringa carpule e agulha curta na região anterior da maxila.
 
 
 
O ponto de punção é feito no limite da mucosa móvel inserida,
introduzindo-se a agulha em sen�do ver�cal até que
encontre resistência óssea oferecida pela lâmina ves�bular
da maxila, local onde será injetada a solução anestésica.
 
Na região posterior da maxila, emprega-se seringa carpule em intermediário e
agulha longa para facilidade de realização da técnica. Após proporcionar à
agulha, a primeira posição, damos a ela uma segunda posição, formando com a
lâmina óssea externa da maxila um ângulo de 45º e introduzimos em direção ao
ápice dos dentes.
 
 
 
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Quando se realiza anestesia subperiós�ca no palato, o local de
eleição para o ponto de punção se situa 10 mm distante do
colo dos dentes. Nesta região a submucosa é menos
espessa, facilitando a introdução da agulha e da solução
anestésica.
Indica-se este �po de anestesia na maxila, principalmente nos
casos de trabalhos odontológicos de pequena duração e, na
mandíbula, somente na região anterior, devido à pequena
espessura das lâminas ósseas ves�bular. Nessas regiões
(maxilar e mandibular anterior) existem foraminas que
facilitam a absorção da solução anestésica.
Contra indica-se em pacientes hipertensos, diabé�cos,
tuberculosos e sifilí�cos, devido ao vasoconstrictor presente
nosanestésicos.
Uma variação desta técnica muito usada em odontologia
poderia ser chamada de SUPRAPERIÓSTICA. Consiste em se
puncionar a mucosa, fazendo com que a ponta da agulha
penetre até a região submucosa, junto ao periósteo, mas sem
a�ngi-lo ou penetrá-lo.
 
 
 
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Indicações: Pode ser u�lizada para intervenções em dente
superior, tanto em adultos como em crianças. Pode ser
u�lizada na região anterior da mandíbula de crianças, devido
ao fato dessa região ser mais porosa.
 Técnica: Pode ser u�lizada para intervenções em dente
superior, tanto em adultos como em crianças. Pode ser
u�lizada na região anterior da mandíbula de crianças, devido
ao fato dessa região ser mais porosa.
 
ANESTESIA PERIDENTÁRIA
A anestesia peridentária, intra-ar�cular ou ligamentosa só é
u�lizada como complemento de uma anestesia regional ou
infiltra�va perfeita. Realizada a an�-sepsia perfeita dos colos
dos dentes a serem anestesiados, introduz-se agulha carpule
nas faces mesial e distal dos dentes, injetando-se solução
anestésica que se difunde pelo pericemento interno,
provocando anestesia da polpa e também dos tecidos ósseos
ves�bular e lingual (ou pala�no).
 
 
Esta anestesia é contra-indicada em pacientes portadores de
infecção da membrana peridentária (ligamento dento-
alveolar), pois existe a possibilidade de disseminar a infecção
além do forame periapical. Em pacientes idosos torna-se di�cil
essa técnica devido ao tecido ósseo se apresentar compacto,
dificultando a introdução da agulha. 
 
INTRASEPTAL
A anestesia intraseptal é técnica e conceitualmente
semelhante à anestesia peridental, isto é, um caso especial
desta. É também uma alterna�va quando as condições dos
tecidos periodontais nos sulcos gengivais impedem o uso da
anestesia peridental.
 
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A técnica consiste em depositar-se o anestésico no septo de dois dentes
con�guos. Usa-se com referência o triângulo papilar, 2 mm abaixo do topo,
equidistante aos dentes.
Esta é rapidamente absorvida pela estrutura esponjosa óssea, avança pelas lacunas
e canalículo.
A difusão do anestésico é através da medular do osso, a�ngindo os ramos
terminais dos nervos. Abrange o osso, tecido mole, membrana peridental e
câmara pulpar. 
Indica-se esta técnica em casos de gengivectomia ou qualquer cirurgia de
natureza semelhante devido ao alto grau de hemostasia e tratamento
periodontal, den�s�ca, endodon�a, periodon�a e odontopediatria. 
 
 
TÉCNICA TRONCULAR
A anestesia parcial denomina-se regional, troncular ou de
condução, quando o cirurgião-den�sta, depositando solução
anestésica nas imediações de um tronco nervoso, insensibiliza
várias áreas, impedindo que os impulsos sensi�vos periféricos
sejam transmi�dos ao centro nervoso e transformados em
sensações dolorosas. Toda área, situada anterior ao local onde
foi depositada a solução anestésica, torna-se insensível,
possibilitando ao cirurgião-den�sta executar qualquer trabalho
odontológico em que o paciente sinta a mínima dor.
INDICAÇÕES DA ANESTESIA TRONCULAR
a. Em pacientes que não toleram de forma alguma a se
submeter à anestesia geral.
b. No caso de cirurgia de pequena duração ou trabalho
odontológico, de modo que o paciente coopere com o
cirurgião-den�sta.
c. Em tratamento de nevralgia, provocando dores rebeldes
que cedem temporariamente, quando o cirurgião-
den�sta coloca, nas imediações do tronco nervoso uma
mistura de álcool absoluto e solução anestésica em partes
iguais.
d. Para elucidar dores vagas ao redor da face, o cirurgião-
den�sta próximo ao suposto tronco nervoso que esteja
ocasionando a dor, se houver persistência da mesma, esta
é provocada por outro tronco nervoso.
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e. Em pacientes portadores de bócio ou hiper�reoidismo
devido a dificuldade de passagem da cânula pela traquéia,
que se acha comprimida pela �reóide, nos casos de
anestesia geral.
f. Em preparações cavitárias, pulpectomias, extrações em
série, sinusectomias, apicetomias, remoção de dentes
inclusos, odontomas, osteomas, rânulas, mucoceles,
aprofundamentos de sulcos tanto na mandíbula como na
maxila. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES DA ANESTESIA TROCUNLAR
a. Em pacientes psicopatas, rebeldes, pusilânimes, nos
quais o cirurgião-den�sta não consegue mínima
cooperação no desenvolvimento de qualquer trabalho
odontológico.
b. Em pacientes que não suportam anestesia parcial porque
percebem toda manobra e ruídos ao seu redor, quando
subme�dos a esse �po de anestesia.
c. Em cirurgia de grande duração: progna�smo, remoção do
côndilo, correção do lábio leporino e goela de lobo que
exigem máxima cooperação do paciente.
d. Na presença de infecções supuradas agudas, quando está
tomada a zona de inserção da agulha.
 
ANESTESIA DOS NERVOS ALVEOLAR INFERIOR, LIGUAL E BUCAL
(HEMIARCO INFERIOR)
Observação: é aconselhável, para o leitor que não se recorda
da distribuição dos ramos do quinto par de nervos cranianos,
a leitura da aba ‘anatomia 01’ onde está descrito a
anatomia dos nervos mandibular e maxilar – ramos do
trigêmio – cujo conhecimento é essencial para se
compreender os textos seguintes.
 
 
Dentista 3d Anestesia Pterigomandibular
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=vgh1KGV1bis
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Esta técnica clássica é empregada em pacientes que
possuem os dentes posteriores ou todos os dentes.
 
A técnica anestésica deverá ser escolhida de acordo com o
trabalho que se pretende executar. Assim, para um trabalho de
den�s�ca ou para um tratamento de canal - a não ser que a
colocação do grampo, da matriz ou das cunhas exigirem –
basta a anestesia do nervo alveolar inferior. Mesmo neste caso
se o trabalho vai ser executado nos dentes anteriores a
anestesia do nervo mentoniano é o suficiente. Naturalmente
que para um tratamento periodontal (mesmo que seja apenas
raspagem e polimento) a anestesia dos nervos bucais (que
inervam a gengiva ves�bular na região de molares) e do lingual
(que inervam a gengiva do mesmo nome) se fará necessário.
Lembremos que a inervação da gengiva ves�bular de molar a
incisivo é feita pelo nervo alveolar inferior (portanto a gengiva
ves�bular na região de molar possui inervação mista já que é
inervada pelo nervo bucal - ou bucinador) e pelo alveolar
inferior.
 
Vamos supor, por exemplo, que o profissional irá executar
trabalhos periodontais em toda hemi-arcada mandibular.
Neste caso, como vimos, será necessário anestesiar os nervos
bucal, lingual e alveolar inferior.
 
O bloqueio do alveolar inferior e do lingual processa-se em
uma mesma manobra
clínica. Esta consiste
em localizar-se com o
dedo indicador da
mão oposta à que
segura a seringa o
arco existente na
borda interna do
ramo ascendente da
mandíbula.
Aproximadamente na
altura da metade
desse arco, é que o nervo alveolar inferior emerge do canal
mandibular através do forame do mesmo nome.
 
A metade do arco formado pelo ângulo ascendente e
horizontal da mandíbula equivale aproximadamente à
distância de um cen�metro acima do plano oclusal do terceiro
molar inferior. Com o próprio dedo indicador, os tecidos moles
são distendidos em direção à bochecha e a agulha é
introduzida na altura da porção média da unha do indicador,
mantendo-se a seringa sempre paralela ao plano oclusal.
Logo após ter percorrido meio cen�metro, a agulha ultrapassa
a linha milohidéia, local de passagem do nervo lingual. Aí
infiltram-se algumas gotas de solução anestésica e con�nua-se
a penetração da agulha por mais um cen�metro, quando
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então giramos a seringa do lado oposto, até a altura dos pré-
molares e injetamos o anestésico para bloquear o nervo
alveolar inferior antes de sua entrada no canal mandibular.Nesta etapa
encontram-se,
portanto,
anestesiados os
nervos alveolar
inferior e lingual.
 
 
 
Para anestesiarmos, como vimos, a mucosa ves�bular na área
de molares inferiores há necessidade de bloquear o nervo
bucal, o que é conseguido introduzindo-se a agulha na prega
mucosa existente imediatamente acima do terceiro molar
inferior, no lado da bochecha (próxima figura).
 
 
 
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Caso existam apenas alguns dentes anteriores, podemos
anestesiar o nervo mentoniano na sua emersão do forame
mentoniano, que fica localizado na altura distal do primeiro
pré-molar inferior.
 
 
 
 
 
Os ramos que vão até o incisivo, denominado nervos incisivos,
podem ser bloqueados injetando-se anestésico no periósteo
correspondente ao dente a ser anestesiado (técnica supra-
periós�ca).
É de boa norma, ao pretender-se fazer uma cirurgia de todo o
hemiarco, anestesiar os ramos anteriores do nervo alveolar
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inferior, bloqueando suas terminações não só na área que está
sendo operada, mas também processar-se da mesma forma
nos ramos do hemiarco oposto, para trabalharmos com
tranqüilidade na linha média. Aliás, o nervo lingual pode ser
bloqueado infiltrando-se anestésico na mucosa lingual nas
áreas correspondentes às raízes de cada dente.
 
Como reconhecer se a anestesia ‘pegou’
Os sintomas são fornecidos pelos pacientes 5 a 10 minutos
após a anestesia, dependendo da situação da agulha em
relação ao forame mandibular; quanto mais próximo se situa a
agulha, em relação a este forame, menor será o tempo de
latência. O paciente apresenta os 2/3 anteriores da língua,
adormecidos ou insensíveis, metade do lábio inferior, devido à
anestesia respec�vamente dos nervos lingual e alveolar
inferior.
O sintoma obje�vo que caracteriza a anestesia perfeita do
nervo alveolar inferior é o amortecimento dos dentes
inferiores, como se os mesmos fossem acome�dos de uma
pericemen�te. 
Podemos, com um instrumento rombo, fazer punções na
fibromucosa ves�bular, na região que vai de terceiro molar
inferior a canino inferior. A falta de sensibilidade comprova
anestesia perfeita dos nervos sensi�vos bucal e alveolar
inferior, respec�vamente. U�liza-se o mesmo procedimento na
região de fibromucosa lingual do terceiro molar inferior e
canino inferior. A falta de sensibilidade comprova anestesia do
nervo lingual, responsável pela sensibilidade desta região e dos
2/3 anteriores da língua. A sensibilidade que se pode observar
na fibromucosa tanto ves�bular quanto lingual, na região dos
incisivos é devido à anastomose dos nervos lingual e alveolar
inferior do lado oposto, não anestesiados.
 
 
Sobre a difusão da solução anestésica
A solução anestésica, sendo depositada no espaço ptérigo-ptérigo
mandibular, próximo ao sulco mandibular, por difusão, sempre
anestesia os nervos sensi�vos alveolar inferior e lingual,
independente da largura do ramo da mandíbula. A anestesia
do nervo bucal (ou bucinador) só se verifica quando o
anestesista injetar a solução anestésica, logo que introduzir a
agulha no músculo bucinador que protege o triângulo
retromolar.
Se após essa anestesia dos nervos alveolar inferior e lingual,
não se observar a anestesia da fibromucosa ves�bular do
terceiro ao primeiro molar inferior, inervada pelo nervo bucal,
deve-se anestesiá-lo no triângulo retromolar com uma única
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punção.
 
 
Duração da anestesia
Varia de acordo com o volume da solução anestésica, u�lizado
corretamente e também da relação da agulha com o sulco e
forame mandibular, quando mais próximo a agulha do referido
sulco ou forame, maior será a duração da anestesia. Esta
anestesia, feita seguindo os preceitos da técnica, dura duas
horas ou mais.
 
 
 
Tempo de espera para que se produza a anestesia
Geralmente de 5 a 10 minutos. Quando a agulha a�nge em
cheio o nervo alveolar o paciente sente um “choque”
instantâneo e o efeito é imediato.
 
Tipo se seringa e agulha.
Seringa carpule com agulha longa padronizada.
 
 
Indicações da técnica
Principalmente para intervenções na região posterior da
mandíbula onde as tábuas ósseas são espessas e compactas.
Na região de primeiro e segundo pré-molares inferiores pode-
se empregar a técnica da anestesia mentoniana. Na região de
incisivos laterais e centrais, tanto por causa da pouca
espessura das tábuas quanto pela existência de foraminas que
facilitam a difusão do anestésico, pode-se empregar a técnica
subperiós�ca.
São indicadas, estas técnicas, em cirurgias de alveolectomias
corretoras, extrações em série de terceiro molar à canino,
remoção de dentes inclusos, apicetomias, osteomas,
odontomas, cistos residuais, preparação de cavidades,
pulpectomias, enfim, todos os trabalhos odontológicos de
demandam longa duração da anestesia, possibilitando a
mínima dor ao paciente durante a realização dos mesmos.
 
 
Contra-indicações
As contra-indicações desta técnica são para pacientes
acome�dos de trismos mandibulares, impossibilitados de abrir
a boca devido à contração das fibras musculares dos músculos
mas�gadores, masseter e pterigoideo medial e também parapterigo
aqueles casos que apresentam infecção no local de punção da
agulha, podendo provocar sep�cemias ou abscesso no espaço
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ptérigo-mandibular, que é de di�cil solução.ptérigo
 
 
Possíveis acidentes
1. Se a agulha penetrar profundamente e o ponto de
punção for muito alto em relação à linha oblíqua interna,
podem se verificar os seguintes erros:
a. A anestesia do nervo aurículo-temporal, provocando
insensibilidade do ouvido da região temporal.
b. Anestesia do músculo pterigoideo externo, ocasionandopterigo
trismo, dor e falta de anestesia, devido a solução
anestésica ter sido depositada longe do forame
mandibular.
c. Anestesia do músculo masseter, provocando trismo, dor,
em pacientes portadores de chanfraduras sigmóide baixa
e molares inferiores em extrusão.
2. Se a agulha penetrar pouco e o ponto de punção for alto
em relação à linha oblíqua interna, verifica-se anestesia
do músculo temporal, ocasionando trismo, dor e falta de
anestesia.
3. Ponto de punção sendo demasiado baixo em relação à
linha milohidéia e se a agulha penetrar pouco, não se
verifica anestesias dos nervos alveolar inferior e lingual.
4. Ponto de punção sendo demasiado baixo em relação à
Lina milohidéia e se a agulha penetrar profundamente,
verifica-se os seguintes erros:
a. A agulha penetrando no músculo pterigoideo internopterigo
provoca trismo, dor e falta de anestesia.
b. A agulha penetrando na glândula paró�da, situada no
bordo posterior da mandíbula, pode provocar paro�dite,
c. A agulha poderá alcançar o nervo facial, dentro da
glândula paró�da, provocando o relaxamento de todos os
músculo da face do lado anestesiado, ocasionando
paralisia facial que perdura enquanto a solução anestésica
permanecer no local.
5. A penetração da agulha no ligamento ptérigo-mandibularptérigo
provoca nos pacientes dor e dificuldade de deglu�r.
6. A solução anestésica sendo depositada no músculo
constritor superior da faringe, ocasiona insensibilidade
profunda da garganta, incomodando demais o paciente.
IMPORTANTE: dos acidentes que se verificam, o que mais
impressiona tanto os pacientes como o cirurgião-den�sta é
a fratura da agulha no espaço ptérigo-mandibular. Esteptérigo
acidente só se verifica quando se u�liza agulha adaptada em
seringa metálica na parte da agulha junto a seringa. É de boa
norma, quando se realiza a técnica, deixar uma porção da
agulha fora dos tecidos, o que facilita a re�rada em caso de
fraturas.
 
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QUEBRA DA AGULHA
Desde a introdução das agulhas descartáveis, a quebrae a
perda da agulha nos tecidos tornaram-se extremamente
raras, mas ainda há relatos de quebra de agulha em alguns
casos.
A causa primária de quebra da agulha é o movimento
inesperado do paciente no momento da penetração da
agulha. Agulhas mais finas são mais propensas a quebrar
que agulhas mais grossas. Agulhas curvadas ficam
enfraquecidas e mais propensas a quebrar do que agulhas
não curvadas. As agulhas podem vir com defeito de
fabricação.
A quebra da agulha em si não é considerada um problema
significa�vo. O grande problema em questão é a remoção
do fragmento. As agulhas que se quebram nos tecidos e não
podem ser re�radas facilmente em geral não migram mais
que alguns milímetros. São envolvidas por tecido fibroso em
poucas semanas. Casos de infecção localizada ou sistêmica
por agulhas deixadas no local são extremamente raros.
Muitas vezes, deixar o fragmento no local pode ser menos
problemá�co do que sua remoção.
Como prevenção devemos usar agulhas de maior calibre em
injeções que exijam penetração de profundidades
significa�vas dos tecidos moles. Agulhas longas
padronizadas são apropriadas para bloqueio dos nervos
alveolares inferior, alveolar superior posterior, alveolar
superior anterior e maxilar. Sempre que possível u�lizar
agulhas longas para injeções que exijam penetração de
profundidades significa�vas, casos maiores do que 18 mm
nos tecidos. Evitar introduzir a agulha até o canhão sempre
que possível, pois essa é a parte mais fraca da agulha e o
local onde geralmente ocorre sua quebra.
Como tratamento devemos sempre seguir as seguintes
recomendações: se a agulha quebrou, permaneça calmo;
instrua o paciente a não se movimentar; não re�re sua mão
da boca do paciente e mantenha-a aberta; se o fragmento
for visível, tente removê-lo com uma pinça hemostá�ca. Se a
agulha es�ver perdida e não puder ser removida
imediatamente nunca faça uma incisão ou sondagem;
informe calmamente ao paciente e tente reduzir tremores e
apreensão; anote o incidente na ficha do paciente e guarde
o fragmento remanescente; encaminhe o paciente para um
cirurgião bucomaxilofacial.
Quando uma agulha se quebra, deve-se considerar sua
remoção imediata. Se es�ver superficial e for facilmente
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localizada diante exame radiológico e clínico, nesse caso é
possível a remoção por um cirurgião den�sta competente.
Se, apesar de sua localização superficial, a tenta�va de
re�rada for mal sucedida durante tempo razoável, desista e
permita a permanência do fragmento de agulha. Se es�ver
localizada em tecidos mais profundos ou se sua localização
for di�cil, permita que o fragmento permaneça sem tentar
removê-lo.
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O bloqueio do nervo alveolar inferior é a técnica de bloqueio
regional mais comumente u�lizada em Odontologia,
apresentando, todavia, insucessos freqüentes.
 
De fato. Os dentes póstero-inferiores são talvez os mais
di�ceis de alcançar um bloqueio anestésico adequado,
principalmente quando se obje�va o tratamento
endodôn�co. As razões ainda não estão claramente
entendidas, apontando para um conjunto de situações que,
atuando simultaneamente, definem a dificuldade de
anestesia desta região.
 
 
Devem ser consideradas como razões para o mau resultado:
1. A ansiedade do paciente, que diminui consideravelmente
o limiar de dor, alterando a percepção dolorosa;
2. A grande incidência de inervação acessória da região
mandibular; neurônios e correspondentes axônios
inervando um tecido inflamado possuem alterações em
seu limiar de excitabilidade e capacidade de condução do
es�mulo nervoso;
3. A ação específica de alguns mediadores químicos
presentes no processo inflamatório afetam as fibras
nervosas, diminuindo consideravelmente a ação do
anestésico.
4. A qualidade e validade do anestésico, o equipamento
u�lizado, a condição fisiológica do paciente, as variações
da anatomia e o erro técnico.
5. É necessário um perfeito conhecimento anatômico da
região envolvida para a correta execução desta técnica.
No entanto, em certos casos, a técnica pode falhar, mesmo
quando realizada por clínicos experientes. Resumidamente,
pode-se recomendar a seguinte seqüência em caso de
fracasso da técnica convencional:
a. Repe�r a técnica cuidadosamente, cer�ficando-se de que
os efeitos esperados, principalmente o “formigamento” do
lábio inferior do lado anestesiado, estão presentes;
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b. Anestesia infiltra�va, no fundo de sulco, adjacente ao
dente em tratamento;
c. Anestesia intraligamentar;
d. Anestesia intrapulpar;
e. Interromper o procedimento e con�nuar em outra sessão.
Pesquisas futuras, elucidando as mudanças no tronco
nervoso frente à inflamação, e o desenvolvimento de novos
agentes anestésicos poderão, certamente, melhorar a
eficácia da técnica de bloqueio do nervo em questão.
 
 
VEJA NA FIGURA ABAIXO UM RESUMO DAS ANESTESIAS DA
ARCADA INFERIOR
 
 
 
 
 
 
ANESTESIA DO HEMIARCO SUPERIOR
No hemiarco superior, os nervos a serem anestesiados são:
nervo alveolar póstero-superior que inerva os molares
superiores e a mucosa ves�bular correspondente (vide
figura abaixo).
 
Os nervos alveolares superiores médios e vários ramos
alveolares superiores anteriores – que inervam os pré-
molares, caninos e incisivos superiores e mucosa ves�bular
correspondente (figuraabaixo).
 
 
 
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Os pala�nos anteriores – que inerva a mucosa da região e a
gengiva na face pala�na.
Nervo nasopala�no - que inerva a porção mais anterior do
palato duro e gengiva que rodeia os incisivos anteriores.
(figura abaixo).
 
 
 
ANESTESIA DO NERVO ALVEOLAR PÓSTERO-SUPERIOR
(APS).
É uma técnica muito u�lizada em odontologia por possuir
altos índices de sucesso. Quando u�lizada para anestesia
pulpar, o bloqueio do nervo APS é eficaz para o terceiro,
segundo e primeiro molar. Como a raiz mesioves�bular do
primeiro molar é inervada pelo alveolar superior médio,
torna-se então necessária uma segunda injeção
supraperiosteal (ou infra-orbitária) para que ela seja
anestesiada efe�vamente.
 
O risco de complicação também deve ser considerado
quando se realiza a técnica APS. A penetração da agulha
muito distalmente poderá produzir a formação de
hematoma local, devendo-se considerar sempre o tamanho
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do paciente para se analisar a quan�dade de penetração nos
tecidos moles.
Deve-se sempre realizar aspiração ou refluxo durante esta
injeção anestésica, a fim de evitar injeção intravascular
inadver�da.
Nervo anestesiado: nervo alveolar superior posterior.
 
Áreas anestesiadas: molares superiores, com exceção da raiz
mesioves�bular do primeiro molar; também são
anestesiados o tecido periodontal, o osso, o periósteo, o
tecido conjun�vo e a membrana mucosa ves�bular
adjacente a região.
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
a. Recomenda-se agulha padronizada longa que é a mais
comumente encontrada.
b. Afastar a bochecha do paciente do lado que será
anestesiado. Para a anestesia do lado direito, o operador
deverá colocar-se ao lado direito o paciente para o lado
esquerdo, o operador posiciona-se ao lado direito do
paciente e o seu braço esquerdo é passado sobre a cabeça
do paciente, de modo que a área possa ser palpada com o
indicador esquerdo.
c. O paciente deverá estar posicionado de forma a que o
plano oclusal da arcada superior forme um ângulo de 45°
com o solo.
d. Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico
tópico.
e. Área de introdução é a prega muco-jugal acima do
segundo molar maxilar.
f. Bisel da agulha voltado para a super�cie óssea.
g. Tensionar os tecidos no local da injeção.
h. Introduz-se a agulha avançando lentamente para cima,
para dentro e para trás em um só movimento, formando um
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ângulo de 45° com o plano oclusal.
 
 
 
 
 
i. A profundidade da injeção da agulha é de
aproximadamente 16mm (adulto de tamanho normal)
j. Injetar o anestésico lentamente (realizando refluxo ou
aspiração) na quan�dade de aproximadamente 0,9 a 1,8ml
de solução anestésica.
k. Re�rar a agulha cuidadosamente.
l. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico.
 
 
SINAIS E SINTOMAS
O paciente tem dificuldades em relatar sintomas de
anestesia local, a eficácia da anestesia e aferida por meio de
ausência de dor durante o tratamento.
 
 
BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR
MÉDIO (ASM)
Este �po de anestesia tem uma u�lidade clínica limitada,
pelo fato de o nervo alveolar superior médio estar presente
em apenas 28% da população.
 
Nervo anestesiado: alveolar superior
médio
Áreas anestesiadas: primeiro e
segundo pré-molares, raiz
mesioves�bular do primeiro molar
superior, tecidos periodontais, osso,
periósteo e mucosa ves�bular
adjacente à região anestesiada.
 
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
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a. Recomenda-se uso da agulha curta padronizada.
b. Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico
tópico.
c. Bisel da agulha voltado para a super�cie óssea.
d. Introduzir a agulha até que a mesma alcance o ápice
segundo pré-molar superior.
 
 
 
 
e. Injetar o anestésico lentamente (realizando refluxo ou
aspiração) na quan�dade de aproximadamente 0,9 a 1,2ml
de solução anestésica.
f. Re�rar a agulha cuidadosamente.
g. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico.
 
 
SINAIS E SINTOMAS
Parestesia do lábio superior e ausência de dor durante o
tratamento.
 
 
Bloqueio do nervo alveolar superior
anterior (ASA)
 
Esse �po de anestesia tem uma
u�lidade clínica para
procedimentos que envolvem
dentes anteriores maxilares
(incisivo central, incisivo lateral
e canino).
Nervo anestesiado: alveolar superior anterior
Áreas anestesiadas: Incisivo central, incisivo lateral e canino,
maxilar, tecidos periodontais, osso, periósteo, mucosa
ves�bular adjacente à região anestesiada e lábio superior.
 
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TÉCNICA
a. Recomenda-se o uso de
agulha curta padronizada.
b. Área de puntura da agulha na
prega muco-jugal acima do
canino superior.
c. Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico
tópico.
d. Bisel da agulha voltado para a super�cie óssea.
e. Introduzir a agulha até que alcance uma posição acima do
ápice do canino superior.
f. Injetar o anestesio lentamente
(realizando refluxo ou aspiração) na
quan�dade de aproximadamente
0,9 a 1,2ml de solução anestésica.
g. Re�rar agulha cuidadosamente.
h. Aguardar 3 a 5 minutos para o
efeito anestésico.
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS
Parestesia do lábio superior e ausência de dor durante a
manipulação da região de incisivos e caninos superiores.
 
 
 
BLOQUEIO DO NERVO INFRA-ORBITAL
 
 
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O nervo infra-orbital é o ramo terminal do nervo maxilar
superior, que caminha em direção à face, depois de
percorrer o canal infra-orbital, de onde saem seus ramos
alveolares médio e anterior. O nervo infra-orbital emerge
pelo forame de mesmo nome e divide-se em ramos
palpebral inferior, nasal lateral e labial superior.
 
Esta técnica, apesar de menos u�lizada
pelos profissionais da área de odontologia,
devido provavelmente à menor
experiência com ele, mostra-se uma
técnica extremamente segura e eficaz. O
bloqueio do nervo intra-orbital produz
anestesia pulpar e dos tecidos moles
bucais, desde o incisivo central superior
até os pré-molares, em cerca de 72% dos pacientes.
Para que ocorra o bloqueio de todos os ramos
mencionados é necessário que a solução anestésica seja
depositada na entrada do forame infra-orbital e caminhe
para o seu interior, anestesiando desta forma os ramos
alveolar superior anterior e médio. Quando a solução não
penetra dentro do canal infra-orbital ocorre bloqueio
apenas dos ramos nervosos terminais do nervo infra-orbital
(palpebral inferior, nasal lateral e labial superior), dando a
sensação de anestesia dos tecidos moles locais, porém sem
o bloqueio pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares.
Para a injeção intra-orbital há duas formas de abordagem:
pela técnica intra-bucal e pela técnica extra-bucal, sendo a
úl�ma pouco u�lizada em odontologia pelas desvantagens
da realização de penetração cutânea e por ser uma técnica
mais dolorosa e traumá�ca ao paciente.
 
O bloqueio do nervo infra-orbital está indicado para os
casos de procedimentos odontológicos que envolvem os
dentes e tecidos locais, nos casos de infecções localizadas
na região maxilar como forma de um bloqueio mais
distante e quando as injeções supraperiosteais locais foram
ineficazes devido a um osso cor�cal extremamente denso.
 
Deve-se sempre haver em consideração a possibilidade de
superposição da inervação ou de a mesma cruzar a linha
média, sendo necessário bloqueio complementar
contralateral.
 
Nervos anestesiados: Nervos alveolar superior anterior,
alveolar superior médio e infra-orbital (ramos palpebral
superior, nasal lateral e labial superior).
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Áreas anestesiadas: Incisivo central, incisivo lateral, canino,
primeiro e segundo pré-molares e raiz mesioves�bular do
primeiro molar superior; tecido gengival ves�bular;
periósteo; osso alveolar da região; pálpebra inferior, asa
do nariz e lábio superior.
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
A. Paciente colocado na cadeira de forma a que seu plano
oclusal forme 45° com o plano horizontal (solo).
 
Localização do forame infra-orbital.
B. Para localização do forame infra-orbital existem
algumas técnicas conhecidas. O paciente deve estar
olhando para frente enquanto palpamos a região do
rebordo infra-orbital. Uma linha reta imaginária é
traçada ver�calmente, passando pelo centro pupilar,
foram infra-orbital, pré-molares e forame mentoniano.
Quando o rebordo infra-orbital é palpado pode-se
observar uma saliência, que corresponde a sutura
maxilozigomá�ca; deslizando o indicador
aproximadamente 1 cm para baixo, comprimindo
suavemente os tecidos, observaremos uma depressão
rasa, onde está localizado o forame infra-orbital. Para
cer�ficar-se da localização adequada, aplique uma
pressão local e sinta os contornos do forame infra-
orbital. Neste momento o paciente terá uma pequena
sensibilidade quando o forame for palpado.
C. Recomenda-se a u�lização de agulha longa padronizada.
 
Local de penetração da agulha.
 
D. A agulha poderá ser
introduzida na altura prega
muco-jugal, acima de qualquer
dente, desde o segundo pré-
molar até o incisivo central
superior.
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O trajeto a ser orientado deverá
ser sempre em direção ao forame
infra-orbital que foi iden�ficado.
Aconselha-se a puntura da agulha
em direção ao pré-molar, visto ser
esta região a que proporciona o
menos trajeto até a área alvo.
 
E. Secar a mucos com gaze estéril e
aplicar anestésico tópico.
F. Pontos de reparo: os pontos de reparo para esta técnica
são prega muco-jugal, incisura infra-orbital e forame infra-
orbital.
G. Posição do profissional: para o bloqueio do nervo infra-
orbital direito ou esquerdo, o profissional manidestro deve
assumir a posição 10 horas na frente do paciente ou
voltado para o mesmo lado do paciente. Palpa-se o forame
infra-orbital com dedo indicador e afasta-se o lábio
superior do paciente com o dedo polegar, tencionando-se
os tecidos e expondo a prega muco-jugal.
H. Introduz-se a agulha na prega muco-jugal, sobre:
primeiro pré-molar superior, com bisel da agulha voltado
para o osso.
I. Avance a agulha lentamente até que toque suavemente o
osso, sendo o ponto de contato a borda superior do forame
infra-orbital e a profundidade de penetração da agulha deaproximadamente 16 mm.
J. A agulha deverá ser man�da paralela ao longo eixo do
dente enquanto é avançada para evitar contato prematuro
com o osso. Caso ocorra tal problema, deve-se recuar a
agulha e introduzi-la na direção correta.
K. Injetar o anestésico lentamente (realizando refluxo ou
aspiração) na quan�dade de aproximadamente 1 tubete de
solução anestésica.
L. Re�rar a agulha cuidadosamente.
 
IMPORTANTE: O bloqueio do nervo infra-orbital para
produzir anestesia dos tecidos moles do lábio superior,
pálpebra inferior e asa do nariz está completo com a
injeção do anestésico apenas na saída do forame; porém,
para conseguir-se o bloqueio dos nervos alveolar superior
e médio e anterior, é necessário realizar as seguintes
manobras:
 
1. Manter pressão firme com o dedo sobre o local da
injeção de forma a aumentar a difusão da solução
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anestésica para o forame infra-orbital.
2. Manter a pressão digital direta sobre o local da injeção
durante 1 a 2 minutos após a aplicação do anestésico.
3. Aguardar 3 a 5 minutos para efeito anestésico.
 
 
Sinais e Sintomas
Paciente relata anestesia, mediante a sensação de
dormência de lábio superior, pálpebra inferior e asa do
nariz. Anestesia dos dentes maxilares (incisivos até a raiz
mesioves�bular do primeiro molar), osso, periósteo e
mucosa ves�bular do lado anestesiado.
 
 
 
 
A possibilidade complicações pode ocorrer, nos casos
penetração insuficiente ou exagerada da agulha. Quando a
penetração da agulha torna-se insuficiente pode não haver
a penetração da solução anestésica no interior do canal
infra-orbital e, conseqüentemente, a inadequada anestesia
pulpar dos dentes maxilares da região.
Nos casos de penetração excessiva da agulha pode ocorrer
a difusão do anestésico para o interior da cavidade orbital
ocorrendo assim a paralisia de nervos motores extrínsecos
do olho. Este �po de complicação, apesar de pouco
freqüente e geralmente não trazer seqüelas, representa
uma experiência bastante traumá�ca para o paciente.
Outro �po de complicação pode ser a formação de
hematoma local por lesão vascular causada por
trauma�smo durante a penetração da agulha.
 
 
 
BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR (ou
ANTERIOR)
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A anestesia da porção posterior do palato duro é
necessária para procedimentos odontológicos que
envolvam a manipulação dos tecidos pala�nos, como
exemplo, as exodon�as. Outro nome u�lizado para esta
técnica é o bloqueio do nervo pala�no anterior. As injeções
na região pala�na são procedimentos traumá�cos para
muitos pacientes, sendo impera�vo que o profissional
u�lize técnicas para que este procedimento torne-se o mais
atraumá�co possível e diminua o desconforto do paciente.
 
A anestesia tópica eficaz é o primeiro passo para uma
técnica indolor, e deve ser realizada de forma a que o
anestésico tópico permaneça em contato com a mucosa
por no mínimo 2 minutos.
 
 
 
 
 
Outra manobra é a u�lização da compressão local antes,
durante e depois da injeção da solução anestésica, que
pode ser ob�da com a u�lização de cotonete (o mesmo
u�lizado para a anestesia tópica). O cotonete deve ser
pressionado firmemente, o suficiente para produzir uma
leve isquemia dos tecidos pala�nos. Apoio firme da mão
durante a injeção leva a um melhor controle sobre a
agulha, associado também a uma injeção da solução
anestésica lentamente, o que deve ser realizado em
qualquer procedimento anestésico. Deve-se injetar
pequena quan�dade de solução anestésica, a fim de evitar
isquemia local.
 
Nervo anestesiado: nervo pala�no maior.
Áreas anestesiadas: porção posterior do palato duro e
tecidos moles sobrejacentes, limitando-se anteriormente a
área do primeiro pré-molar e medialmente pela linha
média.
 
 
TÉCNICA
1. Recomenda-se a u�lização de agulha curta padronizada.
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2. Secar a mucosa pala�na e aplicar anestésico tópico.
3. Ponto de reparo: forame pala�no maior e junção do
processo alveolar maxilar e osso pala�no.
4. Área de introdução da agulha: região do forame pala�no
maior; o forame pala�no maior fica localizado entre os
segundos e terceiros molares superiores,
aproximadamente a 1cm da margem gengival pala�na, no
sen�do da linha média.
5. Posicionar a agulha de forma a que faça um ângulo reto
com a região pala�na, para isto é importante que o corpo
da seringa esteja direcionado do lado oposto ao que será
anestesiado.
6. Introduzir a agulha lentamente na profundidade média
de 4mm.
7. Bisel orientado em direção aos tecidos pala�nos.
8. Injeta-se a solução lentamente na quan�dade 0,25 a
0,5ml de anestésico.
9. Re�rar a agulha cuidadosamente.
10. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico.
 
 
SINAIS E SINTOMAS
Sensação de torpor na região do palato, porém para
avaliação obje�va do sucesso anestésico é necessária
manipulação local.
Uma complicação importante associada a esta técnica
anestésica é a isquemia e necrose dos tecidos moles
pala�nos, causadas geralmente pelo excesso da solução
anestésica injetada ou também por soluções com
concentrações altas de vasoconstritor.
 
 
 
BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO
Pode ser denominado também de bloqueio do nervo
incisivo ou bloqueio do nervo esfenopala�no. Esta técnica
está indicada quando da necessidade de manipulação dos
tecidos pala�nos da região anterior maxilar durante
tratamentos odontológicos, como nas exodon�as.
 
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Nervos anestesiados: nervos nasopala�nos bilaterais.
Áreas anestesiadas: porção anterior do palato duro desde a
face medial do primeiro pré-molar superior esquerdo ao
primeiro pré-molar superior direito.
 
 
 
Técnica
1. Recomenda-se agulha curta padronizada.
2. Pontos de reparo: papila incisiva e incisivos centrais
superiores.
3. Posicionar o paciente de forma a que fique com a boca
aberta e a cabeça ligeiramente inclinada para uma melhor
visualização da papila incisiva.
4. Secar a mucosa pala�na e aplicar anestésico tópico.
5. Pode-se nessa técnica também u�lizar a compressão
local mencionada na técnica do bloqueio do nervo pala�no
maior.
6. A área de introdução inicial é a mucos a pala�na
imediatamente lateral à papila incisiva. Esta área é menos
sensível que a região da papila incisiva, e esta manobra
visa à promoção de uma leve isquemia local com o obje�vo
de diminuir a dor durante a inserção da agulha.
7. Introduzir a agulha lateralmente à papila incisiva,
depositar uma pequena quan�dade de anestésico,
remover a agulha e observar a isquemia na região da
papila incisiva. Reintroduzir imediatamente a agulha, agora
direcionada para a papila incisiva. A agulha deverá
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penetrar formando um ângulo de aproximadamente 45°
em direção à papila pala�na.
8. Penetrar a agulha na profundidade de 5mm.
9. Injetar lentamente uma pequena quan�dade de solução
anestésica.
10. Re�rar a agulha cuidadosamente.
11. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico.
 
 
SINAIS E SINTOMAS
Sensação de torpor na região anterior do palato pelo
paciente e ausência de sensibilidade dolorosa durante o
tratamento.
Nessa técnica pode também ocorrer isquemia e necrose
dos tecidos moles da região anterior do palato, causadas
pelo excesso de solução anestésica injetada ou soluções
com concentrações altas de vasoconstritor.
 
 
ABAIXO UM RESUMO DAS ANESTESIAS DA ARCADA
SUPERIOR
 
 
 
 
Por que a anestesia local demora a "pegar"?
Cada região da boca tem um nervo ou grupo de nervos
fazendo o controle sensi�vo, ou seja, controlando os
impulsos que levam a dor. As técnicas anestésicas
procuram injetar o anestésico local mais próximo do nervo
que se quer "adormecer", ou melhor, interromper
temporariamente a condução dos es�muloselétricos para
o cérebro. Todavia, em algumas pessoas a disposição dos
nervos é diferente da maioria. Em outras palavras, as
terminações nervosas passam por outros caminhos
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diferentes da maioria das pessoas. No momento em que o
den�sta vai anestesiar, ele não tem como saber se aquela
pessoa tem uma inervação que passa pelo lugar que a
maioria das pessoas tem ou se é por outro caminho. Se for
por outro caminho, o den�sta vai ter que usar outros
tubetes anestésicos variando de lugar até a�ngir a
inervação desejada. Isso pode ser rápido ou pode demorar,
depende do paciente.
Outra situação que pode fazer com que a anestesia local
demore a fazer efeito é quando a região a ser anestesiada
esteja sobre efeito doloroso de longa duração. É aquela dor
de dente que está se manifestando há vários dias. Neste
caso a região fica hipersensível e o anestésico demora a
a�ngir toda a região hipersensível.
 
Por que a anestesia local demora a passar o efeito?
Pode ser por duas razões. A primeira é o �po de anestésico
local u�lizado. Existem anestésicos que o efeito que pode
durar até 12 horas. Esse �po de anestésico geralmente é
usado em cirurgias. A segunda é quando o nervo é
lesionado pela agulha que aplica o anestésico. É raro
acontecer isso, mas quando acontece provoca um efeito
anestésico que pode durar meses. Esse efeito é chamado
de parestesia. Apesar de preocupante e indesejável ele é
reversível. O núcleo da célula nervosa não é lesionado e
sim o axônio, que é uma estrutura que pode se regenerar e
voltar a normalidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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