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Resumo Anestesiologia Odontológica

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1 
 
 
 
 
 
 
 
Índice: 
 
1. Tipos de Anestésicos – Pag. 2 
2. Vasoconstritores – Pag. 3 
3. Como calcular a dose anestésica para o meu paciente – Pag. 4 
4. Como realizar a anestesia local ? – Pag. 6 
5. Técnicas Anestésicas (maxila e mandíbula) – Pag. 7 
6. Nervo Trigêmeo – Pag. 7 
7. Inervação Maxilar – Pag. 8 
I. NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR – ASP – Pag. 8 
II. NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO – ASM – Pag. 9 
III. NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR – ASA (infraorbitário) – Pag. 10 
IV. NERVO NASOPALATINO – Pag. 12 
V. NERVO PALATINO MAIOR – Pag. 12 
8. Inervação mandibular – Pag. 13 
I. Nervo alveolar inferior – Pag. 14 
II. Nervo Lingual – Pag 15 
III. Nervo bucal – Pag 16 
IV. Nervo Mentual/mentuniano – Pag 16 
9. Técnicas Infiltrativas – Pag. 17 
10. Instrumentação – Pag. 18 
11. Farmacologia (PACIENTES COM COMPROMETIMENTO SISTÊMICO) – Pag. 19 
 
 
 
Anestesiologia 
Virgínia Pisetta – Odontologia – 4º Período 
2 
 
 Os anestésicos locais podem ser classificados de acordo com a sua 
função orgânica em ésteres e amidas (Quadro 1). Os anestésicos locais mais 
utilizados em odontologia são do tipo amida: lidocaína, mepivacaína, articaína, 
prilocaína e bupivacaína. 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO - pacientes renais crônicos: 
Doenças renais significativas (ASA 4 ou 5) constituem contraindicação relativa a 
administração de anestésicos locais. Isso inclui pacientes que se submetem à 
diálise e aqueles portadores de glomerulonefrite ou pielonefrite crônica. 
 
 
3 
 
Importante: 
O pH do tecido também influencia muito sua ação no bloqueio do nervo. A 
acidificação do tecido diminui a eficácia do anestésico local e resulta em 
anestesia inadequada quando os anestésicos locais são infiltrados em áreas 
com infiltrado inflamatório ou infectadas. Portanto, a realização de 
procedimentos odontológicos em regiões afetadas deve ser postergada em 
detrimento do tratamento medicamentoso, quando possível, para que a 
anestesia tenha o efeito desejável. 
 
Vasoconstritores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para inibir esses efeitos, agentes vasoconstritores são adicionados ao 
tubete anestésico. 
 
 
 Estes contraem os vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo de sangue e a 
difusão de sangue pelos tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 - Principais anestésicos e seus respectivos tempos de ação. 
 
Todos os anestésicos locais injetáveis clinicamente eficazes são 
vasodilatadores, trazendo maior aporte sanguíneo à região e 
dissolução mais rápida dessas substâncias. 
Ao reduzir o fluxo sanguíneo, 
temos maior hemostasia local 
e menor sangramento 
transoperatório. 
Ao reduzir a perfusão tecidual, temos menor 
dissolução do anestésico local tanto para os 
órgãos que irão degradar esta substância (como 
fígado e rim) quanto para o sistema cardiovascular. 
Desta forma, o vasoconstritor mantém o anestésico 
local na região de aplicação por mais tempo 
(aumentando o tempo de ação do anestésico) e 
reduz o encaminhamento desta substância para 
vasos maiores, inibindo efeitos indesejados ao 
sistema cardiovascular. 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
São 03 etapas, o menor valor das 3 etapas é o valor que posso aplicar no 
paciente. 
 
1 ETAPA: Calcular a dose máxima de anestésico local (mg/kg) para o paciente 
com base na tabela abaixo. 
 
 
5 
 
2 ETAPA: observar a tabela de quantidade máxima de tubetes para o 
anestésico local. 
 
 
 
3 ETAPA: conferir a tabela de quantidade máxima de tubetes para o 
vasoconstritor. 
 
 
 
EXEMPLO: 
 
Vou anestesiar um paciente ASA 1 de 50kg com lidocaína 2% associada ao 
vasoconstritor adrenalina 1:200.000. 
 
1 ETAPA 
Dose máxima da solução anestésica (lidocaína): 7,0mg/kg = 
6 
 
7,0mg x 50kg = 350mg 
Quantidade de mg em 1 tubete: 36mg 
350mg/36mg = 9,7 tubetes 
 
2 ETAPA 
Dose máxima de tubetes de solução anestésica (lidocaína): 
13 tubetes 
 
3 ETAPA 
Dose máxima de tubetes de vasoconstritor (adrenalina 
1:200.000): 22,2 tubetes 
 
O MENOR VALOR DAS 3 ETAPAS É O VALOR QUE POSSO APLICAR NO 
PACIENTE. NESTE CASO, 9,7 TUBETES. 
 
 
 
 COMO SELECIONAR O ANESTÉSICO LOCAL? 
 
Considerar 6 fatores: 
1 – Duração do controle da dor necessária; 
2 – Necessidade de controle analgésico pós-operatório; 
3 – Possibilidade de automutilação pós-operatória; 
4 – Necessidade de hemostasia; 
5 – Contraindicação relativa a alguma droga; 
6 – Condição clínica do paciente. 
 
 USO DO ANESTÉSICO TÓPICO: 
 
Antes de iniciarmos a injeção anestésica, é recomendada a aplicação de 
um anestésico tópico para alívio da sintomatologia associada à 
introdução da agulha anestésica. 
 
- BENZOCAÍNA: pode ser encontrada em aerossol, gel, gel adesivo, 
pomada ou solução. 
- LIDOCAÍNA: pode ser encontrada em aerossol, pomada, adesivo ou 
solução. 
 
 COMO APLICAR O ANESTÉSICO TÓPICO? 
7 
 
 
Previamente à aplicação, devemos secar a mucosa com o uso de uma 
gaze, algodão ou com a seringa tríplice. Após a secagem, o anestésico 
tópico de escolha deve ser aplicado somente no local da penetração da 
agulha. A aplicação é feita através da colocação de uma pequena 
quantidade de anestésico tópico em um pedaço pequeno de algodão e 
aplicada diretamente no local da injeção. Idealmente, o anestésico tópico 
deve permanecer em contato com o tecido por 2 minutos para assegurar 
sua eficácia. 
 
Técnicas Anestésicas (maxila e mandíbula) 
Tem como objetico bloquear a transmissão dos impulsos nociceptivos (dor) através do 
nervo, possibilitando a realização de procedimentos odontológicos. 
 
Inervação sensitiva geral da cabeça 
 
 
Vem do nervo trigêmeo 
 
 Nervo Trigêmeo 
Ele é o quinto nervo craniano, é um nervo misto, ou seja, ele tem função tanto motora, 
quanto sensitiva (sendo esta a predominante). 
 
Ele possui três ramos/nervos calibrosos: 
1. Nervo Oftálmico (Sensitivo) 
2. Nervo Maxilar (Sensitivo) 
3. Nervo Mandibular (Sensitivo e motor) 
 
 
 
8 
 
Ele inerva os músculos da mastigação, os dentes, 2/3 anteriores da língua e gengiva. 
 
Função Sensitiva: 
Responsável pela sensibilidade geral de tato, pressão, dor e temperatura. 
Responsável pela sensibilidade profunda da ATM e dos receptores dos músculos da 
mastigação. 
 
Função Motora: 
 
Inerva os músculos da mastigação. 
 
 
RAIZ SENSITIVA N. OFTÁLMICO (S) 
 N. MAXILAR (S) 
RAIZ MOTORA N. MANDIBLAR (M) 
 
 
 
 Inervação Maxilar 
O Nervo Maxilar é essencialmente sensitivo e é responsável pela inervação da maxila. 
 
 
 
 
 
- Também pode ser chamado de bloqueio da tuberosidade; bloqueio zigomático. 
 
- Nervos anestesiados: Alveolar superior posterior e seus ramos. 
 
- Áreas anestesiadas: 
 Polpas do terceiro, segundo e primeiro molar superiores (no caso do primeiro 
molar, em 28% dos casos pode haver necessidade de um bloquei complementar 
do nervo alveolar médio); 
9 
 
 Ligamento periodontal vestibular; 
 Osso adjacente a esses dentes. 
 
- Indicações: Tratamento de dois ou mais molares superiores; Anestesia pulpar para o 
terceiro, segundo e primeiro molar em 77%-100% dos pacientes, por isso quando for1º 
molar uma segunda injeção é indicada. 
- Sinais e sintomas: Paciente tem dificuldade em perceber dormência nessa região. 
- Técnica: agulha calibre 25 ou 27; inserção da agulha na altura da prega muco-
labial (ou muco-vestibular) acima do segundo molar superior; 45° para cima, para 
dentro e para trás; INTRODUZIR 16MM. 
 
 
 
 
 
 
- O ASM está presente em apenas 28% da população. Quando ausente, a inervação 
pode ser feita pelo nervo Alveolar Superior Anterior (ASA). 
 
- Inerva a polpa, osso e tecidos moles vestibulares de pré-molares e raiz mésio 
vestibular do 1º molar superior. 
OBS: Isso acontece porque em algumas pessoas a raiz mésio-vestibular do 1º MS pode 
não ser inervada pelo ASP, mas sim por ramos do ASM. Por isso temos que anestesiaros 
dois nervos em procedimentos em 1º MS. 
 
- Para evitar dor, não introduzir a agulha muito próximo do periósteo. 
10 
 
 
- Técnica: 
1. Agulha curta ou longa, calibre 27; 
2. Secar com gaze e aplicar anestésico tópico; 
3. Afastar a mucosa para melhor visibilidade; 
4. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-
molar superior; 
5. Bisel voltado para o osso; 
6. Avançar a agulha lentamente até que sua extremidade esteja localizada acima 
do ápice do segundo pré-molar; 
7. Aspirar; 
8. Depositar a solução; 
9. Aguardar 3 a 5 minutos antes do procedimento. 
 
 
 
- O bloqueio do ASA é um tipo de anestesia que tem uma utilidade clínica indicada 
para procedimentos que envolvam dentes anteriores maxilares (incisivo central, incisivo 
lateral e canino). 
 
- Áreas anestesiadas: 
 Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção; 
 Em 72% dos pacientes: polpas dos pré-molares superiores e a raiz 
mesiovestibular do primeiro molar superior; 
 Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes; 
 Pálpebra inferior; 
 Lateral do nariz; e 
 Lábio superior. 
 
- Sinais e Sintomas: Dormência na pálpebra inferior, na lateral do nariz, no lábio 
superior e nos tecidos moles. 
 
11 
 
- Técnica: 
1. Agulha longa, calibre 25 ou 27. 
2. Localização do forame infraorbitário em relação a incisura infraorbitária (Fig. 1 e 
2); 
3. Com o dedo sobre o forame, levante o lábio e mantenha os tecidos tensionados 
(Fig. 3); 
4. Secar a mucosa com gaze e aplicar anestésico tópico; 
5. Afastar a mucosa para melhor visibilidade; 
6. Introduzir a agulha na prega mucovestibular acima do 1º pré molar superior (Fig. 
4); 
7. Bisel voltado para o osso; 
8. Orientar a agulha em direção ao forame infraorbitário (Fig. 5); 
9. Vá depositando a solução enquanto a agulha avança pelos tecidos moles; 
10. Avançar a agulha lentamente até que toque no osso; 
11. A profundidade da penetração será 16mm; 
12. Depositar lentamente 0,9 a 1,2 ml de solução (1/2 à 2/3 do tubete) em 
aproximadamente 30 à 40 segundos; 
13. Manter pressão digital durante a injeção; 
14. Retirar a seringa lentamente 
15. Aguardar 3 a 5 min antes de iniciar o procedimento. 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
- Também pode ser chamado de nervo incisivo ou nervo esfenopalatino. 
- Inerva a porção anterior do palato duro, tecidos moles e duros de canino a canino, 
superiores. 
- Indicações: Restaurações subgengivais e procedimentos periodontais ou cirúrgicos 
envolvendo tecidos moles e duros do palato. 
- O ponto de punção é lateralmente à papila incisiva, 1 cm atrás dos incisivos 
centrais, na linha mediana. Posicionar a agulha a 45°, utilizar agulha curta ou extra 
curta. 
- Não inserir a agulha diretamente na papila incisiva e nem dentro do canal incisivo 
(muito doloroso); e não injetar muita solução. 
 
 
 
 
- Inerva a porção posterior do palato duro e mucosa palatina de tecidos 
sobrejacentes até o 1º PMS. 
13 
 
- A anestesia da porção posterior do palato duro é necessária para procedimentos 
odontológicos que envolvam a manipulação dos tecidos palatinos, como por exemplo, 
as exodontias. 
- As anestesias no palato são conhecidas pelo seu desconforto, portanto, uma das 
formas de reduzir o desconforto é utilizando ANESTÉSICOS TÓPICOS de forma 
adequada, deixando agir nos tecidos por pelo menos 2 minutos. Ou pressão no local 
da injeção com objeto firme, pressionando até o anestésico ser injetado por inteiro. 
 
 
 
 
 
Técnica para anestesiar esse nervo: 
 
 
 
Inervação Mandibular 
 Infiltrações na mandíbula possuem uma taxa MENOR de êxito que na maxila, isto 
porque, a lâmina óssea cortical sobrejacente aos dentes mandibulares é normalmente 
mais grossa, principalmente nos adultos, e o osso é mais denso, dificultando que o 
anestésico se difunda. 
Área alvo para o 
bloqueio do nervo. 
 
14 
 
 
 
 - Nervos anestesiados: Alveolar inferior, incisivo, mentual e lingual (comumente). 
 - Áreas anestesiadas: 
 Dentes mandibulares até a linha média; 
 Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula; 
 Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo 
mentual); 
 Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual); 
 Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual); 
 
 - Desvantagens: Não indicada para procedimentos localizados; alta frequência 
de insucesso (31% a 81%); referências intraorais não consistentemente confiáveis; 
aspiração positiva maior de todas as técnicas de injeção intraoral. 
 - Precauções: Não depositar o anestésico local se não houver o contato com o 
osso pois a agulha pode estar no interior da glândula parótida, próximo ao nervo 
facial e um bloqueio transitório (paralisia) do nervo facial pode ocorrer. Não fazer 
contato com o osso com muita força. 
 A técnica anestésica desse nervo se inicia com a palpação da maior 
concavidade da linha oblíqua. Coloca o polegar ou indicador sobre o plano oclusal, 
gira o dedo para o lado, buscando apalpar a borda oclusal. Na altura da metade 
da unha, é a altura aproximadamente onde vamos introduzir a agulha. 
 Então, repousamos a seringa carpule na comissura labial do lado oposto 
(aproximadamente entre os pré-molares inferiores) e, em um movimento contralateral, 
introduzimos nossa agulha até tocar no osso. Quanto tocar no osso, recuamos 1mm e 
começa a injeção da solução anestésica. A agulha penetrará 20mm e, assim, 
depositaremos 2⁄3 do tubete anestésico. A injeção é de forma lenta. Quando a gente 
colocar a primeira gota (para saber se não atingimos um vaso sanguíneo) folgamos um 
pouco a mão, se quando folgar, tiver um pequeno refluxo de sangue (na seringa), 
estamos em um vaso. Se isso acontecer, tiramos, trocamos o tubete e faremos 
novamente. 
15 
 
 
 
 
OBS: Existem outras duas técnicas para bloqueio deste nervo. 
 Técnica Vazirani Akinosi: é feita nos casos em que o paciente apresenta 
limitação de abertura de boca, impedindo a realização da técnica do Alveolar 
Inferior. É feita com uma agulha de calibre 25 ou 27. 
 Técnica Gow-Gates: a terceira técnica de injeção que proporciona 
anestesia pulpar aos dentes mandibulares, é a técnica de Gow- Gates. Em 1973, 
George Albert Edwards Gow-Gates (1910- 2001), um dentista clínico geral na 
Austrália, descreveu uma nova abordagem à anestesia mandibular. 
 
 Guardamos 1/5 do tubete para o nervo lingual. é feita na sequência do Nervo 
Alveolar Inferior. Então, a partir da posição final da técnica do Alveolar Inferior, 
devemos recuar a agulha cerca de 1 centímetro e deslocar a seringa da comissura 
labial do lado oposto para a linha média mandibular. Confirmamos se a agulha segue 
em um ponto equidistante dos dois planos oclusais e, então, injetamos o restante do 
tubete. 
16 
 
 
 
 Também pode ser chamado de nervo bucinador. 
 
 - Técnica: Ponto de referência – Molares inferiores. 
1. Afastar os tecidos para melhor visibilidade; 
2. Secar com gaze e aplicar anestésico tópico; 
3. Bisel Voltado para o osso; 
4. Inserir a agulha paralelamente ao plano oclusal, e distalmente e bucalmente ao 
último molar; 
5. Injetar anestésico a cada camada que a agulha avança; 
6. Introduzir até tocar o osso (aproximadamente 2 a 4mm); 
7. Aspirar; 
8. Depositar 0,3ml de solução lentamente; 
9. Não deixar os tecidos inflarem como umbalão; 
10. Aguardar 3 a 5 minutos antes do procedimento. 
 
 O nervo mentual é um ramo terminal do nervo alveolar inferior, e se 
localiza entre o ápice do primeiro e do segundo pré-molares inferiores. 
 - Precauções: Evitar tocar no periósteo com a agulha (doloroso). O 
contato da agulha com o nervo mentual pode ocasionar uma sensação de 
“choque”. 
 - Técnica: Iremos afastar o lábio inferior e a mucosa jugal, expondo a 
região de fundo de sulco junto aos pré- molares inferiores. A introdução daagulha será feita de superior para inferior entre os dois pré-molares inferiores. 
Após introduzirmos cerca de 6mm da agulha, injetaremos 2⁄3 de tubete 
anestésico. 
17 
 
 
 
SUBMUCOSA: infiltração no plano mais superior da camada submucosa, 
sem atingir tecido ósseo. 
 
 
TRANSSEPTAL: infiltramos no centro da papila dentária até atingirmos o 
septo interdentário. 
 
 
18 
 
- INTRALIGAMENTAR: punção diretamente no espaço periodontal do dente 
a ser anestesiado. Essa técnica, por vezes, requer maior pressão durante a 
infiltração devido à resistência do ligamento periodontal. 
 
- INTRAPULPAR: punção diretamente na câmara pulpar do dente. Para 
realizarmos essa técnica, a câmara pulpar deve estar exposta, ou seja, 
durante tratamento endodôntico ou durante odontossecção para 
exodontia. 
 
 
 
 
- Seringa Carpule 
- Agulha gengival para Seringa Carpule (curta ou longa) 
- Tubete anestésico 
 
As agulhas gengivais estão disponíveis em três comprimentos: longas 
(30mm), curtas (22mm) e extracurtas (15mm). 
 
As extracurtas são indicadas para anestesia de pacientes pediátricos. 
 
19 
 
As curtas podem ser usadas em toda e qualquer anestesia em que não 
haja necessidade da penetração em uma profundidade significativa. Ou 
seja, praticamente todas técnicas anestésicas. 
 
As longas são utilizadas quando é necessária a penetração de 
espessuras significativas de tecidos moles (p. ex.: bloqueios do nervo 
alveolar inferior, mandibular de Gow-Gates, mandibular de Akinosi) 
 
 
 
 
 
 
 
 
PACIENTES COM COMPROMETIMENTO SISTÊMICO 
 
- Hipertensos: Deve-se aferir a pressão antes de iniciar o procedimento e 5 
minutos após a anestesia, não podendo exceder 160/100. Para pacientes 
hipertensos, a dose de vasoconstritor por consulta deve ser controlada (4,4 
tubetes de adrenalina 1:200.000, 2,2 tubetes de adrenalina 1:100.000 ou 1 
tubete de adrenalina 1:50.000). 
 
- Angina pectoris: esses pacientes podem sentir dor no peito em exercícios leves 
ou intensos. No caso de dor ao realizar exercícios leves ou se o paciente relatar 
que a angina está instável, devemos adiar a cirurgia eletiva. Para pacientes 
controlados, devemos limitar a dose de vasoconstritor (como descrito acima) e 
ter disponível comprimidos de dinitrato de isossorbida ou spray de nitroglicerina. 
 
- Infarto e AVC há menos de 6 meses: cirurgias eletivas devem ser adiadas. Após 
os 6 meses, utilizar dose controlada de vasoconstritor. 
 
- Diabetes: realizar apenas se a diabetes estiver controlada. Se controlada, 
agendar a consulta para o período da manhã e evitar consultas longas. Além 
disso, devemos orientar o paciente a tomar seu café da manhã e suas 
medicações. 
 
- Hipertireoidismo: pacientes com evidência clínica de hipertireoidismo ou com 
hipertireoidismo não tratado, possuem contraindicação no uso de adrenalina. 
 
DICA: Não se recomenda massagear a área após a introdução do 
anestésico, já que não há comprovação de que tenha funcionalidade. 
Essa manobra estimula a vasodilatação, o que não é desejável para o 
melhor efeito e duração da anestesia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
- Asma: o principal aliado durante o atendimento do paciente asmático é o 
controle da ansiedade. Devemos conversar continuamente com o paciente e 
realizar um atendimento humanizado para que a ansiedade não seja o ponto 
gatilho para o início de uma crise asmática. Além disso, a bomba de inalação 
pessoal deve sempre estar presente e o uso de AINES deve ser evitado. 
 
- Gestantes: a primeira opção é sempre adiar qualquer procedimento para 
depois do parto, mas se for necessário, dar preferência ao segundo trimestre de 
gravidez. As dicas são: evitar a posição supina, interromper o atendimento 
corriqueiramente para que a gestante possa ir ao banheiro (a pressão fetal na 
bexiga é bastante comum), evitar o uso dos anestésicos prilocaína e articaína 
(pois poderão estimular o desenvolvimento de metahemoglobinemia) e evitar o 
uso dos vasoconstritores noradrenalina e felipressina (a primeira poderá causar 
diminuição da irrigação placentária e a segunda poderá aumentar ocitócicas/ 
aumento das contrações uterinas). Por isso, indica-se a anestesia local com 
lidocaína associada à adrenalina. 
 
- Pacientes com necessidades especiais: esses pacientes possuem 
particularidades de cada doença e condição no qual estão associados. A 
dica é: sempre contate o médico de referência antes de realizar algum 
procedimento que envolva anestesia local, ele irá orientar corretamente o uso de 
fármacos para o paciente. 
 
- Pediátricos: a principal dica para o atendimento desses pacientes é o controle 
da dose anestésica. Para isso, temos uma tabela abaixo que relaciona o 
anestésico com o peso do paciente. 
 
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