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Evolução do Pensamento Administrativo - Teoria da administração

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
MARCUS VINICIUS SILVA DOS SANTOS
1104539
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Teoria da administração
RIO DE JANEIRO, 2019.
pág. 1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. INTRODUÇÃO
A Teoria Clássica da Administração (ou Fayolismo) é uma escola de pensamento administrativo idealizada pelo engenheiro francês Henri Fayol, a partir da década de 1910. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência. Também é caracterizada pelo olhar sobre todas as esferas da organização (operacionais e gerenciais), bem como na direção de aplicação do topo para baixo (da gerência para a produção). O modo como Fayol encarava a organização da empresa valeu à Teoria Clássica a impostação de abordagem anatômica e estrutural. 
2. DESENVOLVIMENTO
Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios.
Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade: 
· Obsessão pelo comando: 
Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.
· A empresa como sistema fechado: 
A partir do momento em que o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente.
· Manipulação dos trabalhadores: 
Bem como a Administração Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.
· A inexistência de fundamentação científica das concepções: 
Não existe fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol. Os princípios que este apresenta carecem de uma efetiva investigação, não resistindo ao teste de aplicação prática.
Todas as teorias administrativas assentaram-se na Teoria Clássica e segundo os artigos propostos pelo trabalho, a primeira Escola Administrativa foi a Clássica, responsável pela ênfase nas tarefas por Frederick Taylor e Henry Ford e fonte de embasamento de todas as outras teorias posteriores, seja como crítica aos pontos falhos dessa ou apropriando-se das vantagens oferecidas pela mesma. A Escola de Relações Humanas logo após a consolidação do pensamento clássico como uma espécie de crítica ao dito pelas teorias anteriores, que tinham o funcionário como recurso produtivo. Ainda depois das teorias Comportamentais, a Teoria Neoclássica surgiu unindo os pensamentos de quase todas as outras teorias posteriores. 
A administração atual é baseada em teorias e abordagens que buscam a eficiência e a eficácia da empresa, ela está dividida em três abordagens básicas: Humanísticas, Neoclássicas, Estruturalistas:
Abordagem Humanística
Os pensamentos administrativos são organizados em teorias que são agrupadas em Escolas que é o conjunto de autores que tem o mesmo enfoque. O artigo mostra as teorias clássicas da administração, tidas como mecanicistas e racionalistas.
As teorias foram fundamentas conforme as necessidades e problemas de cada época em que as mesmas foram criadas, a primeira escola foi a Clássica Cientifica com ênfase nas tarefas, composta por Frederick Taylor, Henry Ford e ênfase na estrutura organizacional com Henry Fayol e Max Weber.
A preocupação de Taylor era aumentar a produtividade da operação por meio da eficiência do nível operacional, deu ênfase na divisão das tarefas e do trabalho, olhando a empresa de baixo pra cima, supervisão das tarefas e controle do tempo de execução, estudou cada movimento, definiu padrões, para ele o funcionário trabalhava apenas 1/3 da capacidade que realmente poderia produzir.
Fayol adotou alguns princípios da administração cientifica, como a divisão do trabalho, abandonou alguns conceitos, acrescentou o espirito de equipe, iniciativa, responsabilidade entre outros.
Tendo como base o conteúdo apresentado no artigo e os estudos nas teorias clássicas da administração, as teorias não são antagônicas, mas sim se completam, pois Fayol utiliza a teoria cientifica de Taylor adotando e enfatizando outros princípios de acordo comas necessidades da época.
O método de Tylor de que o trabalho não precisava ser árduo, mas sim objetivo, fez com que ele se tornasse inimigo de muitos trabalhadores.
Sua teoria aplicada com sucesso foi na fábrica de automóveis de Henry Ford que adaptou o método de Taylor e conseguiu alcançar os objetivos da fabrica.
A primeira escola que deu enfoque comportamental foi a de Relações Humanas que surgiu por meio de consequências das conclusões de Experiência de Hawtorne, que foi desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. A escola surgiu devido a um movimento de opção a teoria clássica da Administração.
Segundo Morgan (1997) o uso das máquinas faria com que se reduzisse os trabalhadores, não sendo permitido o operário “humano”, ou seja, exercer sua capacidade de agir com o livre arbítrio, fazendo com que os trabalhadores não se adaptassem a diversas situações.
Todas as teorias têm como base a teoria clássica, que serviu de fundamente para todos os pensamentos posteriores.
A primeira escola clássica responsável pela ênfase nas tarefas, fonte de embasamento de todas as outras teorias posteriores.
As mudanças ocorridas no início do século XX em decorrência da revolução industrial. Fez com que as empresas aumentassem a produtividade e economizassem na mão de obra evitando desperdícios.
Fayol traz em sua teoria funcionalista a abordagem prescritiva e normativa uma vez que a ciência administrativa como toda a ciência, deve –se basear-se em leis ou princípios globalmente aplicáveis.
Suas principais funções administrativas: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
A função Administrativa nesse novo enfoque deixa de ser um enfoque gerencial, ficando assim difundida proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos.
Os executivos ficam com maior responsabilidade administrativa apareciam, mas ainda assim, o executivo tem maior.
Enquanto Ford e Taylor cuidaram da empresa de baixo para cima, Fayol cuidou da empresa de cima para baixo.
Abordagem Neoclássica
É o resgate da Teoria Clássica atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais, tem ênfase nos aspectos práticos da administração, em busca de resultados reais, nos objetivos, na eficiência. 
Realçamos que os marxistas e os institucionalistas, propõe uma abordagem sintética, onde a capitalização desenvolve os fatos sociais e históricos. Os marxistas tem como estrutura do seu trabalho baseia da na teoria do valor-trabalho. A teoria do valor-trabalho é o conceito de que todas as sociedades tem um método de produção, que pode ser analisado através de uma linha de esforços humanos, onde os seres humanos não criaram um método de sobrevivência onde pudesse se esforçar para alterar o ambiente natural. Onde a mercadoria tivesse valor econômico seria necessário que ela fosse fruto do trabalho humano e para se medir o valor desse produto na teoria objetiva, seriam seguidas duas linhas de pensamento:
A primeira seria relacionada ao custo da produção, chamada de valor natural, ou seja, era o preço ao qual a venda do produto fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura; e a segunda chamada de valor nominal ou valor de mercado, se observava como eramrealizadas as trocas dos bens materiais.
Desde que o homem passou a modificar a natureza, a partir do seu ato consciente que gera valores de uso, a sociedade mais primitiva, na medida em que os seus habitantes trabalhavam, produzia valores, por exemplo, materiais de uso para facilitar seu dia-a-dia podem ser úteis e produto do trabalho humano, sem ser mercadoria e sim alimentos produzidos pelos camponeses na Idade Média, que era entregue como pagamentos para os senhores feudais. A assimilação do excedente produtivo pode explicar o processo de acumulação e a evolução das relações entre classes sociais.
Para Marx, o capital aparece com a burguesia e que se apropria dos meios de produção. Já a classe do proletariado era obrigada a vender sua força de trabalho, pois não conseguiam produzir o necessário para sobreviver. Marx acreditava no trabalho como determinante do valor, mas não defendia o capitalismo competitivo e a livre concorrência, pois afirmava que a classe trabalhadora era explorada pelos capitalistas. Já os institucionalistas direcionam suas críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais. Consideram que as decisões econômicas das pessoas refletem muito mais as influências das instituições dominantes e do desenvolvimento tecnológico.
Abordagem Estruturalista
Surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas e também como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. Com a Abordagem Estruturalista da administração, as organizações começam a perceber que estão inseridas no meio-ambiente e que existem fatores externos que afetam seu desempenho. Tanto a organização formal quanto a informal, devem ser consideradas na gestão das pessoas, bem como as recompensas e sanções materiais e sociais devem ser consideradas no comportamento das pessoas. Temos um novo conceito de homem: homem organizacional, que desempenha papéis simultâneos em diversas organizações diferentes.
Teoria Clássica
Taylor e outros engenheiros americanos desenvolviam a chamada Administração Científica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na França, espraiando-se rapidamente pela Europa, a chamada Teoria Clássica da Administração. A Teoria Clássica partia do estudo do todo organizacional e da sua estrutura para garantir a eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos ou pessoas. Esta teoria surge como resposta ou solução a uma imensa variedade de empresas, com tamanhos diferenciados, problemas de baixos rendimentos dos recursos utilizados, desperdício, insatisfação generalizada entre os operários, intensa concorrência e ao alto volume de perdas por decisões mal formuladas.
Henri Fayol, o fundador da Teoria Clássica da Administração, nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, formou-se em engenharia de minas aos 19 anos e entrou para uma companhia metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu toda a sua carreira. A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da organização e da estrutura como um todo, para garantir a eficiência de todas as partes envolvidas, fossem elas departamentos, secções ou pessoas como executores de tarefas e ocupantes de cargos.
A análise das tarefas de cada individua cedeu lugar a uma visão global e universal da organização. A qual partia da estruturação de toda organização e chegava finalmente ao indivíduo. Henri Fayol o criador da Teoria Clássica, dividiu as funções da empresa e criaram os princípios gerais da administração, que são as bases da administração como ciência, estes princípios são úteis para estruturar qualquer organização seja qual for seu ramo de atividade e seu tamanho.
Teoria da Burocracia
Não havia regras específicas e definição dos Objetivos para com os colaboradores. Existia apenas a lei de: "fazer seu serviço, ganhar seu dinheiro e continuar trabalhando." As empresas precisavam ser geridas de forma impessoal e Racional, com isso, origina-se a Teoria da Burocracia. A Teoria da Burocracia vem da premissa de que a burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a burocracia explica nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. Atualmente Burocracia representa uma empresa lenta, com muitos processos, ineficiente e uma grande Rotina, quando na verdade deveria ser totalmente o contrário. Outro fator relevante na aplicação da Teoria da Burocracia é de que a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais. Contratações, Promoções ou transferências dos funcionários são baseadas em critérios, válidos para toda a organização, de avaliação e de classificação, e não em critérios particulares.
Teoria Estruturalista
A Teoria Estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do conceito de que a organização é um sistema aberto e em constante interação com o seu meio ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado.
Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.
Sua ênfase é na estrutura e seus principais enfoques são múltipla abordagem: organização formal e informal, análise infra organizacional e análise Inter organizacional.
Teoria das Relações Humanas
A proposta principal desta teoria circula ao redor do reconhecimento humano. Até então, visto como apenas um instrumento de produção, o homem passa a ter o seu lado pessoal contemplado como importante para o desenvolvimento organizacional.
O produto era o bem mais valioso da empresa. Neste novo contexto, o homem é visto como elemento chave de todo o processo organizacional. Portanto, as ações dentro das fábricas passam a ser voltadas para a satisfação dos operários.
Teoria Comportamental
A Teoria Comportamental da Administração trouxe uma nova direção e um enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento o abandono das posições normativas e prescritas das teorias anteriores, e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo. Marca a mais profunda influência das ciências do comportamento na administração.
Todo indivíduo é um tomador de decisão, baseando-se nas informações que recebe do seu ambiente, processando-as de acordo com suas convicções e assumindo atitudes, opiniões e pontos de vista em todas as circunstâncias.
A organização neste sentido é vista como um sistema de decisões.
3. CONCLUSÃO
Cada teoria administrativa surgiu em decorrência da necessidade que estão sendo vividas naquele momento. Por ser a primeira, a Teoria Clássica foi o ponto de partida para todas as outras teorias e abordagens. Vemos também que cada uma dessas escolas surgiu para solucionar problemas que surgiram em determinada época e que as práticas administrativas unem os pontos positivos de todas as antigas teorias para adaptar aos problemas atuais e solucioná-los da melhor forma possível. E que cada uma dessas teorias serviu para melhorar as formas de trabalho, como melhora até os dias atuais.
Fica claro quais focos foram prioridade nas teorias desenvolvidas, pois enquanto ocorriam a defesa da eficiência como prática lucrativa, existiam pessoas que refletiam um pouco além de máquinas, quantidades e lucros. 
Não fica difícil confrontar informações que compõem ainda hoje nosso cotidiano de forma aparentemente ajustáveis a nossa vida. Tornando-se mais do que possível afirmar que a evolução ocorreu por conta da necessidade, a capacidade de escolha alcançou maior númerode pessoas do que poderíamos imaginar. Será que alguém iria pensar sem a tal necessidade em: motivação, reconhecimento, regras e estímulos, se não se sentissem ameaçadas de alguma forma, sendo que ainda hoje convivemos com ameaças vindas da parte operacional?
Novas teorias foram criadas e não foram aplicadas simultaneamente, e considerando esta questão, podemos afirmar que, aqueles que se interessaram por uma teoria comportamental, estruturalista, das relações humanas, certamente confessaram que esse é o caminho para o desenvolvimento de uma organização.
Quem tenta usufruir dessas teorias, aguarda por resultados de uma necessária Revolução Emocional no mundo das organizações, regadas de bom senso e muitas atitudes que realmente possam fazer valer a pena para o progresso significativo daquele que é peça essencial para operar uma máquina. 
É interessante pensarmos se seria possível a aplicação de métodos científicos e limitadores da capacidade humana, já admitia que o trabalhador não era ignorante assumindo que as experiências de cada geração constroem melhores procedimentos e métodos práticos. Cada instabilidade encontrada tem sido aprimorada por novas teorias desenvolvidas até os dias atuais.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
JONES, Gareth R.; GEORGE, Jennifer M. Administração contemporânea. Tradução: Maria Lúcia G. L. Rosa. 4ª edição. São Paulo: McGraw-Hill, 2008.
Chiavenato, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração edição compacta. Rio de Janeiro: Campus, 1999
Maximiano, Antonio C. Amuru Teoria Geral Da Administração- Da Revolução Urbana à Revolução Digital. Editora Atlas S.A 2008 Sexta Edição
www.scribd.com/.../Material-Tga-Teoria-Humanista-Ate-Estruturalista 
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