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Seminário 3
Renata Borges Juliano 
Questões:
1. Quanto à ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária, pergunta-se: 
a) Quando nasce o interesse processual para a propositura? O manejo do referido instrumento processual em momento anterior à constituição do crédito configura questionamento de “lei em tese”? 
Levando em conta que a ação declaratória de inexistência de relação jurídica, é a ação proposta pela constituinte para buscar a declaração da inexistência do vínculo jurídico com a Fazenda Pública, o interesse processual nasce, quando do nascimento da relação jurídica, leia-se, do lançamento tributário. 
O manejo da ação de inexistência de relação jurídica, antes mesmo da constituição do crédito tributário, configuraria questionamento de “lei em tese”, uma vez que nesse caso inexiste pretensão jurisdicional, vale dizer, não tem como declarar a inexistência de uma relação jurídica, sendo que ela ainda não existe.
b) Há interesse jurídico na sua propositura após a expedição do ato constitutivo do crédito tributário? Em caso afirmativo, quais seriam os efeitos da referida tutela jurisdicional? 
Nesse caso, haveria interesse jurídico, pois, constituído o crédito tributário, há uma relação jurídica entre o contribuinte e a Fazenda Pública. O efeito seria a declaração da inexistência da relação jurídica, tornando assim inexigível o tributo. 
2. Quanto a ação anulatória de débito fiscal, pergunta-se:
a) É viável a propositura de ação anulatória para desconstituição de relação jurídica constituída pelo próprio contribuinte por meio de DCTF, cujo recolhimento do tributo ainda não tenha ocorrido? 
A ação anulatória de débitos fiscais tem como objetivo modificar ou extinguir obrigações tributárias já formalizadas, seja por ato administrativo ou um ato pelo feito pelo próprio contribuinte (exemplo: autolançamento). Nesse viés, caberia ação anulatória para desconstituir relação jurídica que nasceu em virtude de DCTF (ato do contribuinte). 
b) E para a desconstituição de crédito tributário inserido em parcelamento, onde houve confissão de dívida por parte do contribuinte? Em caso de resposta positiva, indaga-se: qualquer tipo de questão poderá ser objeto desta ação anulatória (questão de fato e\ou questões de direito)? 
Sim, na ação anulatória pode se discutir qualquer tipo de questão. Como o que se busca é a nulidade do ato, a demonstração do vício pode se valer do fato em si, ou de seu significado jurídico. Assim, se discute questões substanciais (exemplo- existência ou não de obrigações), quanto questões formais (questões de direito, como por exemplo incompetência). 
c) Qual o prazo prescricional para a ação anulatória de débito fiscal? É possível ingressar com ação anulatória de débito após a propositura da ação executiva fiscal? E após a transcuro do prazo para apresentação dos embargos à execução?
Conforme decreto 20.910/32 o prazo prescricional é de 5 anos. 
d) O depósito do valor do débito fiscal discutido na ação anulatória é condição dessa específica ação? 
O deposito integral suspende a exigibilidade do crédito tributário, conforme art. 151, II CTN, no entanto ele não é condição da ação, é uma faculdade do contribuinte que pretende a suspensão da exigibilidade da execução fiscal. 
Exigir o deposito iria contra o acesso à justiça consagrado na Constituição Federal. 
3. Que relações podem existir entre as ações anulatória de débito, executiva
fiscal e embargos à execução: conexão, continência ou prejudicialidade (ou
nenhuma das alternativas)? Qual o juízo competente para julgá-las?
Deverão ser reunidas para julgamento conjunto? Responder a essa
pergunta, com base nas disposições do código de processo civil de 2015 que
tratam da modificação da competência. (Vide anexos III e IV – aplicam-se
tais precedentes?)
Entre elas pode haver conexão, pois elas possuem a mesma causa de pedir remota. Quem será competente para julgá-las será o juízo prevento, conforme art. 292, 2º CPC, no entanto, havendo juízo com competência absoluta- juízo federal das execuções fiscais- neste deverão ser reunidos os autos. 
4. Você é procurado pela empresa AZT Foods do Brasil Ltda. em função do
seguinte caso que lhe foi colocado por ela: CASO CONCRETO – Em função de sua atividade a empresa AZT Foods do Brasil Ltda. está sujeita ao pagamento de determinado tributo pela venda de seu produto. Nos últimos 3 anos, em função de algumas dificuldades financeiras, ela não o pagou (e sequer informou seus débitos ao Fisco), pretendendo fazê-lo agora por se encontrar em melhores condições
financeiras. Contudo, em função do inadimplemento, a confissão do débito
para fins “denúncia espontânea” está sujeita a multa de 45%, cuja
instituição por ato normativo infralegal, de 45% do valor da operação (venda de seu produto).
A AZT solicita um parecer em que você deverá apontar: (a) a estratégia
processual (a medida judicial ou medidas judiciais) a ser adotada para a defesa
dos seus interesses, devendo ser justificada a opção da(s) medida(s), com a
indicação do dispositivo de lei que determina o seu cabimento; (b) o(s)
fundamento(s) jurídico(s) que poderá(ão) ser(em) utilizado(s) para afastar a
exigência dessa multa – causa de pedir; (c) o pedido da ação (ou ações); (c) o
pedido da ação (ou ações); (d) o efeito da sentença pretendido com a ação (ou
ações).
A melhor opção nesse caso seria uma declaratória de inexistência de relação jurídica, com base no art. 38 da Lei de Execuções Fiscais, pleiteando a não incidência das multas, uma vez que se tratou de denúncia espontânea, e nesses casos exclui qualquer multa tributária. 
5. Quanto à exceção de pré-executividade, pergunta-se: (a) Em que consiste a
exceção de pré-executividade? É uma ação ou meio de defesa? (b) Qual seu
fundamento legal? (c) Há limite temporal no processo executivo para o seu
oferecimento? (d) E limite lógico-processual para o seu oferecimento? (e)
Quais matérias são passíveis de arguição? (f) A oposição de exceção de pré-
executividade tem o condão de suspender o trâmite do processo de
execução? (g) A oposição de exceção de pré-executividade impede o
ajuizamento de embargos à execução fiscal? Ao responder justifique suas
respostas.
A exceção de pré- executividade é um meio de defesa do executado, quando da execução fiscal, mesmo não tendo uma previsão expressa, ela é fruto da doutrina e amplamente admitida nos nossos Tribunais. 
É usada para discutir questões de ordem pública- que poderiam ser conhecidas de ofício pelo Juiz, ou que são provadas de plano- que não demandam dilação probatória, como por exemplo, inexistência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido do processo, quando faltar certeza e liquidez do crédito tributário, causas extintivas do crédito tributário, etc. 
Pode ser arguida em qualquer fase do processo, não tem prazo certo para a sua interposição, pois como dito anteriormente, é um meio de defesa relacionado a matéria que poderiam até mesmo serem suscitadas de ofício. 
A oposição da exceção de pré- executividade não suspende o trâmite do processo de execução, mas a sua análise é fundamental para o prosseguimento do feito, uma vez que, com a exceção de pré- executividade, o crédito tributário pode ser considerado extinto, e assim, consequentemente a execução fiscal perde seu objeto. 
A oposição de exceção de pré-executividade não impede o
ajuizamento de embargos à execução fiscal, uma vez que a primeira versa somente de matérias que não precisam de dilação probatória, nesse sentido, caso haja algum fato que não pode ser ajuizado na exceção, necessita dos embargos. Outrossim, caso julgada improcedente a exceção, o contribuinte ainda pode se valer dos embargos. 
6. Na ação de consignação em pagamento, o que extingue a obrigação
tributária: (i) a consignação em pagamento; (ii) a conversão em renda do
valor consignado; (iii) a sentença que julga procedente a ação de
consignação em pagamento; (iv) a decisão judicial de procedência da ação
transitada em julgado? Fundamente sua resposta.
Conforme art. 164, §1º CTN, o contribuinteconsigna o valor do tributo devido, ou seja, aquele pleiteado pela Fazenda Pública. Desse modo, extingue a obrigação tributária com a consignação em pagamento. Vale dizer, se o contribuinte não concorda com o valor atribuído pelo fisco, a ação de consignação em pagamento, não é a ação cabível, devendo se valer, por exemplo, da ação anulatória. 
Trocando em miúdos, ou o contribuinte consigna todo o valor atribuído aquela dívida, ou se vale de outra ação. 
7. Contribuinte sediado no Estado de São Paulo tem lavrado em seu desfavor auto de infração de ICMS pelo Estado do Mato Grosso (problemas atinentes à
documentação fiscal que acompanhava a mercadoria, bem como ao não
destaque do diferencial de alíquotas supostamente devido ao Estado do Mato
Grosso). Inconformado com essa situação, referido contribuinte lhe procura
para que ajuíze ação anulatória, questionando-se acerca do foro competente no
qual deva ser processada a referida ação. Apresente, de forma fundamentada,
sua resposta a esse questionamento, analisando a redação do parágrafo único
do artigo 52 do Código de Processo Civil.
Com base no parágrafo único do art. 52 CPC, o contribuinte, autor da demanda, poderá ajuíza-la em seu domicílio, São Paulo, ou no lugar onde originou o fato, qual seja Mato Grosso. 
8. Observadas as situações concretas abaixo descritas, identifique o(s)
instrumento(s) processual(is) judicial(is) adequado(s) para a defesa dos
interesses do sujeito passivo da obrigação tributária:
a) Exercício da competência tributária pelo ente político com a edição e
publicação da regra-matriz de incidência tributária, mas antes da
constituição da obrigação tributária- Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária.
b) Constituição da obrigação tributária sem que tenha havido a intimação
do sujeito passivo da obrigação tributária- Ação anulatória de débito fiscal.
c) Dúvida a respeito do sujeito ativo da obrigação tributária- Ação em consignação em pagamento. 
d) Inscrição do crédito tributário em dívida ativa- Ação anulatória de débito fiscal ou Ação em consignação em pagamento. 
e) Constituição da obrigação tributária com a intimação do sujeito passivo
da obrigação tributária- Ação anulatória de débito fiscal
f) Ajuizamento de execução fiscal cobrando crédito tributário prescrito- Exceção de pré- executividade. 
g) O sujeito ativo da obrigação tributária está condicionando o pagamento
do tributo ao pagamento de uma multa instituída por instrução normativa- Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária. 
h) Intimação de penhora de bens nos autos de execução fiscal- Exceção de pré- executividade ou Embargos à Execução.

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