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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 
LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
UNIRIO/CEDERJ 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1 
EXTREMO ORIENTE NA ANTIGUIDDE 
 
 
 
 
MARCELLO PROCÓPIO ALVES 
 
COORDENADORA: Profa. Dra. Juliana Bastos 
Marques 
CURSO: HISTÓRIA 
POLO: PIRAÍ 
MATRICULA: 18116090190 
Volta Redonda, RJ – Brasil 
Março de 2020 
 
 
Orientalismo é um termo comumente utilizado para definir o estudo por cientistas e 
intelectuais das culturas eurocêntricas do conjunto histórico e cultural teoricamente constituído 
por todas as sociedades "fora" do contexto ocidental da cultura europeia. O termo é também 
utilizado para designar a utilização por artistas e criadores ‘ocidentais de elementos, descrições 
ou imitações culturalmente conotadas com as culturas ditas orientais. Popularizado como um 
campo de estudo desde o século XVIII, mas tendo adquirido particularidades institucionais a 
partir do colonialismo moderno do século XIX, o "orientalismo" estudava, sem distinções, um 
vasto grupo de civilizações que incluem o Extremo Oriente, a Índia, a Ásia Central, o Médio 
Oriente e mesmo a África, em alguns casos. O orientalismo serviu com uma ferramenta 
legitimadora da exploração colonial através de um trabalho de pesquisa pautado, antes de tudo, 
na hipótese da inferioridade racial e cultural de todas as civilizações não europeias. O seu 
objetivo, não assumido, foi a busca da justificação do processo imperialista através do discurso 
de redenção dos "primitivos, inferiores e subdesenvolvidos". Tal prática mostrou-se 
amplamente nociva e eficaz em criar um desinteresse absoluto em conhecer mais 
profundamente as civilizações asiáticas e africanas, bem como de trabalhar o medo e a 
desconfiança em relação aos dominados, cujas sociedades eram tidas como "incultas, 
irracionais e perigosas". Pode-se, portanto, afirmar que o orientalismo – em sua tendência 
ortodoxa – foi uma das teorias criadas em meio as ciências humanas que maior êxito obtiveram 
em deturpar a mentalidade ocidental sobre o que seria o "oriente", tornando-o exótico, 
misterioso, problemático e perigoso, também possível alvo de guerras ocidentais. 
“Said define o orientalismo em três planos distintos. Em primeiro lugar, o orientalismo é 
uma disciplina acadêmica do Ocidente que estuda o que define como Oriente. Esta disciplina 
cria, então, um corpo de conhecimentos que - articulando conhecimento e poder -, nas mãos 
dos agentes imperiais, lhes permite conquistar poder. O terceiro plano é aquele que codifica 
aquelas análises e esta ação política no esquema Ocidente/ Oriente, recobrindo as outras 
bipolaridades que lhe dão sentido: desenvolvido/ bárbaro, avançado/ primitivo, novo/ antigo, 
superior/ inferior, racional/ irracional, pacífico/ violento, progresso/ atraso. O Oriente é 
criado pelo Ocidente e instituído como ente com características do “outro” do Ocidente, 
portador de traços desqualificados, degradados: crueldade, decadência, ignorância, traição, 
brutalidade.” (SADER, 2005) 
 
“Contra a China, o preconceito tem particularidades. “Esses malditos chineses comem 
tudo”, reclamou o prefeito de uma cidade italiana: cachorro, morcego, besouro… No país do 
espaguete (mas as massas não foram trazidas da China por Marco Polo?), há algo de quase 
religioso nos preceitos alimentares.”: escreveu o jornalista Paulo Coelho, no jornal Folha de 
São Paulo. O que se comprova, em sua fala, é a existência do discurso orientalista, que nos 
leva ao preconceito e à xenofobia em relação ao mundo oriental. 
Quando se fala em China, a partir de uma perspectiva ocidental, a primeira coisa que se 
pensa é em relação ao seu “exotismo” culinário. Por exemplo, de acordo com um jornalista 
brasileiro que visitou a China “estômago de porco, cabeça de peixe (com olhos, que são, 
evidentemente, comidos), lagartas fritas, escorpiões, gafanhotos, bichos-de-seda e cavalos-
marinhos” fazem parte da culinária chinesa. E, no dia 21 de junho, acontece o tão famoso 
festival de carne de cachorro. Tudo isso desperta estranheza e preconceito no povo ocidental. 
Ora, o próprio coronavírus, fez despertar antigos preconceitos em nós, do ocidente. A foto 
de uma oriental consumindo uma sopa de morcego viralizou na internet, como uma forma de 
reafirmação da suposta “normalidade” ocidental. 
 
 
De acordo com Rosana Machado, o coronavirus fez retornar dois estereótipos que os 
ocidentais têm a respeito dos orientais: seu exotismo e sua capacidade produtiva. Afinal, 
assim como o consumo de morcego foi visto com estranheza, a construção de um hospital em 
10 dias, fez com que as pessoas louvassem os Chineses. 
 
É possível concluir que, como dito por Rosana Machado e muitos outros autores citados 
neste texto, o oriente cria o ocidente. E, ao criar o ocidente, o oriente tem como intenção 
reforçar seu discurso que os coloca como superior. Tal como feito na época colonial, o 
ocidente segue busca motivos para criar estereótipos que nos afastem da cultura ocidental. E, 
com o coronavírus não foi diferente. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MACHADO, Rosana. Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China, o maior 
fenômeno econômico dos nosso tempo. The Intercept Brasil, 20 de Janeiro de 2020, 
Disponível em: https://theintercept.com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china/. 
Acessado: 04/02/2020. 
 
COELHO, Marcelo. Fortalecido pelo coronavírus, preconceito contra os chineses tem 
longa história. Folha de São Paulo, 26 de Fevereiro, Disponível em: 
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelocoelho/2020/02/fortalecido-pelo-coronavirus-
preconceito-contra-os-chineses-tem-longa-historia.shtml Acessado: 29/02/2020 
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelocoelho/2020/02/fortalecido-pelo-coronavirus-preconceito-contra-os-chineses-tem-longa-historia.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelocoelho/2020/02/fortalecido-pelo-coronavirus-preconceito-contra-os-chineses-tem-longa-historia.shtml