Buscar

Penal Parte Especial - gabriel HABIB

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Penal – Parte Especial
Sanchez
Crimes contra a Vida
Homicídio Simples
Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum)
Sujeito passivo: qualquer pessoa. Se for contra presidente da republica, senado, câmara ou STF, por motivos políticos, será crime contra a segurança nacional, e não contra a vida. Vida extrauterina se inicia com o começo do parto (polemico).
Transmissão consciente de HIV: lesão corporal gravíssima e não tentativa de homicídio (STF).
O homicídio será́ hediondo quando qualificado (não importando a circunstância qualificadora) ou, mesmo que simples, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio (chacina, matança generalizada). 
Se for ao mesmo tempo privilegiado e qualificado, não se qualifica como hediondo (posição do STJ e do STF).
Privilegiado: relevante valor moral (individualidade), social (coletividade) ou sob o domínio de violenta emoção. 
CUIDADO! INFLUÊNCIA de violenta emoção = atenuante genérica. DOMÍNIO de violenta emoção = privilegiadora do homicídio
Qualificado: sete qualificadoras, objetivas e subjetivas. Cuidado: a vingança pode ou não ser torpe, mas nunca será fútil. Cuidado, pois a tortura pode ser qualificadora ou crime autônomo, qualificada pela morte.
Dolo eventual é incompatível com qualificadora de surpresa, mas compatível com domínio de violenta emoção. 
Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: o inciso V enuncia hipóteses de conexão (vínculo) entre o crime de homicídio e outros delitos.
A doutrina subdivide a conexão em teleológica (homicídio praticado para assegurar a execução de outro crime, futuro) e consequencial (quando o homicídio visa assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime, passado).
Feminicídio: qualificadora objetiva ou subjetiva? Para o Sanchez, subjetiva. Pressupõe motivação especial, não basta matar uma pessoa que seja mulher. Homicídio cometido em razão do sexo feminino. Pode ser em razão da violência doméstica ou menosprezo ou discriminação em relação à condição de mulher. Mulher: gênero feminino. Abarca transexual, mas não travesti. Aumento de pena no caso de gravidez ou nos três meses do pós parto, ou se na presença de ascendente ou descendente da vítima.
Contra autoridade ou agente de segurança pública, no exercício da função ou em razão dela. Norma penal em branco, pois procura guarita em outras normas, ou seja, os arts. 142 a 144 da CF. Também contra cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau desses agentes, se for praticado em razão da condição desse parente, em razão de sua função. Qualificadora subjetiva, não se coaduna com privilégio. 
Homicídio culposo do CP é diferente do CTB (maior desvalor da conduta). No CP, há quatro majorantes: inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; omissão de socorro (não é crime autônomo, mas causa especial de aumento de pena); não procurar diminuir as consequências do comportamento e fugir para evitar prisão em flagrante. A morte instantânea da vitima não afasta a omissão de socorro.
É pacífico, na jurisprudência do STJ, o entendimento acerca da possibilidade de homicídio privilegiado por violenta emoção ser qualificado pelo emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Causa de aumento de pena do doloso: contra menor de 14 ou maior de 60 anos, ou ainda se a pessoa é deficiente.
Majora ainda a pena a ação de milícia, grupos armados (justiceiros) e grupos de extermínio. Para o sanchez, pelo menos quatro pessoas.
Induzimento, instigação ou auxílio ao Suicídio.
No Brasil, a exemplo da maioria das nações modernas, a incriminação aqui estudada não pune o fato de uma pessoa matar-se (ou tentar fazê-lo), mas sim a conduta do terceiro que participa do evento, instigando, induzindo ou auxiliando aquela a eliminar a própria vida. Só a vida alheia é criminalmente protegida.
Admite coautoria e participação. Para se consumar, exige morte ou lesão corporal grave. Admite autoria comissiva e omissiva. Não admite a forma culposa, mas admite dolo eventual. Não admite tentativa!
Não haverá́ crime se o induzimento for genérico, dirigido a pessoas incertas (ex.: espetáculos, obras literárias endereçadas ao público em geral, discos etc.).
Pode ser por induzimento, instigação ou auxilio. Quem comete uma, duas ou três das ações ainda assim comete crime único.
Cuidado! Se a pessoa toma alguma atitude ativa, é homicídio, e não auxilio ao suicídio. Também configura homicídio se a pessoa for incapaz.
A pena será duplicada se o agente é movido por motivo egoístico (ex.: buscando receber a herança do suicida ou ocupar seu nobre cargo), ou se a vítima é menor ou diminuída sua capacidade de resistência.
Infanticídio
Crime próprio, só pode ser cometido pela mãe sob influencia do estado puerperal.
Concurso de agentes: a doutrina, em sua maioria, admite concurso de agentes: participação (quando há simples auxílio) e coautoria (quando outrem pratica, juntamente com a mãe, núcleo do tipo), concluindo que o estado puerperal é elementar subjetiva do tipo, comunicável nos termos do art. 30 CP.
Tratando-se de delito de infanticídio, dispensa-se a perícia médica caso se comprove que a mãe esteja sob a influência do estado puerperal, por haver presunção juris tantum de que a mulher, durante ou logo após o parto, aja sob a influência desse estado.
O infanticídio representa hipótese de homicídio privilegiado, contendo o tipo penal um elemento subjetivo personalíssimo, qual seja, a influência do estado puerperal.
ADMITE COAUTORIA E PARTICIPACAO. NÃO SEJA TONTA DE ERRAR AS MESMAS QUESTOES DE NOVO!	
Admite-se tentativa. 
Aborto
Início da gravidez se dá com a nidação.
Provocado pela gestante ou com o seu consentimento – punição da gestante. 
Punição somente e título de dolo, pois não existe aborto culposo. É compatível com o dolo eventual, como a mãe que tenta suicídio.
Aborto provocado por terceiro. Nesse caso, a gestante e o feto são considerados sujeitos passivos do delito. Se a gestante for menor de 14 anos, seu consentimento não é valido, configurando-se mesmo assim o crime, pois considera-se que não houve consentimento.
Punido apenas dolosamente.
Provocar aborto com o consentimento da gestante. Aplica-se a pena do aborto não consentido, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
A gestante que concedeu o aborto responde pelo art. 124 do CP e aquele que provocou o aborto responde pelo 126. Isso é uma exceção pluralística à teoria monista, pois eles responderam por crimes diferentes.
Forma qualificada do aborto. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. Figura do preterdolo. Não é necessário que o aborto se consume. No caso, se trata de uma hipótese de crime preterdoloso tentado.
Aborto necessário: em caso de risco de vida para a gestante e estupro. No primeiro caso, se for cometido por pessoa que não é medica, está acobertada pelo estado de necessidade. No segundo caso, não. 
Para praticar o aborto necessário, o médico não necessita do consentimento da gestante.
Aborto eugênico: caso de feto com graves anomalias físicas ou psíquicas. É púnico em nosso ordenamento.
Fetos anencefálicos. Possibilidade de aborto, segundo o STF.
Lesão Corporal
Ofender- direta ou indiretamente- a integridade corporal ou a saúde de outrem, quer causando uma enfermidade, quer agravando a que já existe. A dor é dispensável para a configuração do delito, mas influenciará na fixação da pena.
Pode ser punido a título de culpa, dolo ou preterdolo. 
Cuidado!! O crime de lesão corporal classifica-se como instantâneo.
Pode ser leve, grave, gravíssima, e seguida de morte.
Lesão leve: por exclusão, será́ lesão leve sempre que não for grave, gravíssima, ou seguida de morte (§§ 1°, 2" ou 3").. Trata-sede crime de menor potencial ofensivo.
Lesão grave. incapacidade para ocupações habituais para mais de trinta dias; perigo de vida (o local da lesão, por si só, não indica perigo de vida); debilidade permanente de membro, sentido ou função; aceleração de parto.
Lesão gravíssima. Incapacidade permanente para trabalho (para qualquer trabalho, não basta ser só para o trabalho habitualmente exercido); enfermidade incurável; perda ou utilização de membro, sentido ou função; deformidade permanente; aborto (não pode haver dolo no aborto, mas tão somente culpa).
Lesão corporal seguida de morte. Homicídio preterdoloso. Não se trata de crime contra a vida. O caso fortuito, ou a imprevisibilidade do resultado, elimina a configuração do crime preterdoloso, respondendo o agente apenas pelas lesões corporais.
Lesão dolosa privilegiada: igual ao homicídio privilegiado.
Substituição da pena(§ 5°): não sendo graves as lesões e presente qualquer das hipóteses relacionadas no § 4° (se o agente comere o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima), a pena de detenção poderá ser substituída por multa. O mesmo acontece quando as lesões forem mútuas.
Lesão corporal culposa. O grau das lesões não interfere no tipo, mas apenas na fixação da reprimenda base. Se for em direção de veículo automotor, então aplica-se.o CTB.
Lesão corporal majorada. no caso de lesão corporal culposa, aumenta a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do arr. 121, § 4°, 1ª parte (se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, náo procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante), exatamente da mesma forma do homicídio culposo.
Aplica-se também as majorantes de violência doméstica e contra autoridade ou agente de segurança pública (aumento de 1 a 2/3).
Acao penal: em regra, incondicionada. Se a lesão for leve, somente se processa mediante representação, salvo no caso de violência doméstica contra a mulher, quando será também incondicionada.
STJ. Súmula 542. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Lembrar que é possível a violência doméstica contra homem, mas os institutos da lei maria da penha somente são aplicáveis na violência contra mulher.
Perigo de Contágio Venéreo
O sujeito ativo é qualquer pessoa portadora de moléstia venérea. Qualquer pessoa pode ser vítima, independente de consentimento.
Não se pune o contágio venéreo, mas a própria relação sexual perigosa, expondo a vítima a contágio de moléstia venérea, quando o autor sabe ou deveria saber da doença (deveria saber configura dolo eventual, e não culpa).
Não se admite forma omissiva.
Caso se consume o contágio, vindo a causar lesões, responde o agente por lesão corporal, que poderá ainda ser seguida de morte, no caso.
Consuma-se com a pratica do ato sexual perigoso, ou seja, crime formal. Se a pessoa com quem houver relação sexual já for contaminada, configura-se crime impossível.
Ação pública condicionada à representação do ofendido.
Perigo de contágio de moléstia grave
Não apenas moléstias venéreas, mas todas as moléstias graves. Qualquer um pode ser sujeito ativo (tem que estar contaminado), e qualquer um pode ser sujeito passivo, desde que não possua a referida moléstia.
Aqui se enquadra a transmissão de HIV, e não em perigo de contágio venéreo.
A moléstia deve ser grave (curável ou não) e contagiosa. Norma penal em branco.
Pune-se o dolo direto de dano, sendo incompatível com o dolo eventual. Exige-se que o agente queira transmitir a doença. Se trata de crime formal. Se causar ainda lesão grave ou morte, responderá pelos dois crimes em concurso formal impróprio. É possível tentativa.
A ação é publica incondicionada.
Perigo para a vida ou saúde de outrem
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, sendo o sujeito passivo qualquer pessoa determinada (pois se atingir numero indeterminado de pessoas, haverá crime de perigo comum).
Pune-se aquele que, de qualquer forma (crime de ação livre), coloca pessoa certa e determinada em perigo de dano direto, efetivo e iminente.
Crime de perigo concreto.
A conduta pode ser comissiva ou omissiva.
Trata-se de delito subsidiário, configurando-se quando não se consumar delito mais grave.
Consuma-se com o surgimento do risco. Se advier dano, será por ele absorvido. Admite a forma tentada.
Ação penal publica e incondicionada.
Abandono de incapaz
Sujeito ativo: trata-se de crime próprio, pois só pode ser cometido por aquele que tem a vítima sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade (garantidor do incapaz).
Dolo de perigo, direto ou eventual. Não admite modalidade culposa.
Sujeito passivo: somente a pessoa assistida, ou seja, incapaz de defender-se dos riscos decorrentes do abandono, pode ser sujeito passivo.
Deve resultar de perigo concreto para o abandonado.
Se entre agente e vítima não há qualquer relação de dependência, o crime poderá ser o de omissão de socorro (art. 135 do CP).
Consuma-se quando, em razão do abandono, a vítima sofre concreta situação de risco (crime de perigo concreto). E crime instantâneo, logo o arrependimento do responsável não desnatura o delito.
Para a caracterização do delito de abandono de incapaz, impõe-se, além da existência de transgressão da relação particular de assistência entre o agente e a vítima, a presença, ainda que por certo lapso temporal, de perigo concreto para esta, sendo prevista, para o delito, tanto a forma comissiva quanto a omissiva.
São majorantes da pena: se o abandono ocorre em local ermo, ou se o agente é descendente, cônjuge irmão, tutor ou curador do abandonado, ou se a vítima é maior de 60 anos.
Ação penal publica incondicionada.
Exposição ou abandono de recém nascido
Prevalece na doutrina que apenas os pais do recém nascido podem praticar o crime.
O sujeito passivo pode ser somente o recém nascido.
Expor (ação) ou abandonar (omissão) recém-nascido, colocando-o em perigo concreto (real), visando ocultar desonra própria. Deve haver dolo de ocultar a desonra própria. Sem essa finalidade especial, incide o artigo antecedente.
Não se pune a forma culposa. Admite tentativa.
Omissão de socorro
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo.
O sujeito ativo deve ser pessoa que necessite de assistência: a criança abandonada ou extraviada; o inválido ou ferido desamparado; e o que se achar em grave e iminente perigo. 
É uma imposição que recai, indiferentemente, sobre qualquer um. Não nasce de prévia relação jurídica entre o omitente e a vítima, da qual decorra um dever particular de vigilância e assistência. É uma obrigação que os fatos criam para cada um com imperiosa necessidade.
Não se admite coautoria. Se apenas uma pessoa socorre a vítima necessitada, não o fazendo as outras, desaparece o delito, sendo a obrigação de natureza solidária.
No caso, o autor não deve ser o próprio causador das lesões. 
Não se admite a forma culposa. Como se trata de crime omissivo próprio, não admite tentativa.
Rixa
Crime presumido ou abstrato, punindo-se a simples troca de agressões. Participação de no mínimo três pessoas. Sujeito ativo é ao mesmo tempo passivo. Delito de concurso necessário.
Crime de mera conduta, consuma-se com o inicio do conflito. Não admite tentativa.
Rixa qualificada: se ocorre morte ou lesão grave.
A ocorrência de lesão corporal de natureza grave ou morte qualifica o delito de rixa, respondendo por ela, inclusive, a vítima da lesão grave.
Calúnia
Imputar a alguém fato definido como crime. Não se admite a exceção de verdade se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n2 I do art. 141; se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvidopor sentença irrecorrível.
No crime de calúnia, a procedência da exceção da verdade é causa de exclusão de crime, porque, se o fato imputado for verdadeiro, não haverá crime, já que nunca existiu a falsidade da imputação.
Consuma-se no momento em que a imputação chega ao conhecimento de terceira pessoa. A tentativa é admitida quando a calúnia for proferida por escrito e este não chega a terceira pessoa por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Imputar a alguém, implícita ou explicitamente, mesmo que de forma reflexa, determinado fato criminoso, sabidamente falso. O agente, para tanto, pode utilizar-se de palavras, gestos ou escritos. A falsa imputação de contravenção penal não caracteriza calúnia (inventiva imputação de crime), mas difamação.
Haverá calúnia quando o fato imputado jamais ocorreu (falsidade que recai sobre fato) ou, quando real o acontecimento, não foi a pessoa apontada seu autor (falsidade que recai sobre a autoria do fato).
Imputação de fato determinado.
O consentimento da vítima, e somente desta, exclui o delito.
Exceção de notoriedade. Oportunidade facultada ao réu de demonstrar que suas afirmações são do domínio público. Admitido tanto na calúnia quanto na difamação.
Cuidado!! O advogado ou as partes não estão imunes à calúnia, mas tão somente à injúria e à difamação.
Durante o julgamento de um homicídio consumado, o assistente de acusação Paulo afirmou para os jurados que o promotor fora subornado pela família do réu para pedir sua absolvição. Nessa situação, Paulo não deve responder por crime contra a honra, pois a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pelas partes e pelos procuradores, não constitui crime contra a honra punível.
FALSA! O assistente de acusação na Ação Penal Publica é o querelante, ou seja, é parte sim!!O erro da questão está no Art. 142 - Não constituem INJÚRIA ou DIFAMAÇÃO punível: I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. Ou seja, o fato imputado ao promotor constitui crime de CALÚNIA, pois se ele fosse subornado, seria o crime de CORRUPÇÃO PASSIVA, não sendo compreendida pela liberdade na discussão da causa.
Súmula 396. STF. Para a ação penal por ofensa à honra, sendo admissível a exceção da verdade quanto ao desempenho de função pública, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que já tenha cessado o exercício funcional do ofendido.
Difamação
Imputar fato ofensivo à reputação de alguém.
A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Quem imputa a alguém uma contravenção penal, incorre em difamação, pois para configurar calúnia, é preciso que o fato esteja definido como crime.
o crime se consuma quando terceiro (ainda que um só) conhecer da imputação desonrosa. É fundamental que a ofensa seja comunicada a terceiro. Trata-se de crime formal, consumando-se independentemente do dano à reputação do imputado.
Imputação de fato determinado.
Cabe tentativa em caso de carta difamatória.
Injúria
Honra subjetiva. Não é possível contra pessoas jurídicas e nem contra mortos.
No crime em tela não há imputação de fatos criminosos (calúnia) ou desonrosos (difamação), mas emissão de conceitos negativos sobre a vítima (fatos vagos, genéricos ou difusos).
Imputação de fato desonroso genérico, vago, impreciso e indeterminado caracteriza o crime de injúria (ex.: fulano é assaltante de bancos), pois a calúnia e a difamação pressupõem a imputação de fato determinado.
Consuma-se com a chegada da informação ao conhecimento da pessoa à qual o agente queria ofender. A maioria da doutrina admite a tentativa apenas na forma escrita.
Não se admite exceção de verdade nem notoriedade.
O perdão judicial, no primeiro caso (provocação), aproveita apenas àquele que revidou; Já no segundo (retorsão), aproveita a rodos os envolvidos (quem primeiro ofendeu e aquele que revidou).
Injúria real: quando se chegam às vias de fato.
Injúria qualificada pelo preconceito. Não se confunde com racismo. Injuriar pessoa determinada (e não discriminar grupo), sendo a ação condicionada à representação. Para o STJ, seria imprescritível.
Nos crimes contra a honra perpetrados contra pessoa maios de sessenta anos incidirá a agravante de um terço da pena, exceto no caso de injúria.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
 Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
 I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
 Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015)
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
 Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
 Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
Causas de exclusão de crime (e não de excludente de ilicitude) não abrangem a calunia, mas apenas injúria ou difamação.
Retratar-se, no entanto, não significa apenas negar ou confessar a prática da ofensa. É muito mais. É escusar-se, retirando do mundo o que afirmou, demonstrando sincero arrependimento. É essa uma causa de extinção da punibilidade, tornando o ofensor imune à pena (nada obsta a ação cível). Em regra, dispensa a concordância do ofendido. Se a calunia ou difamação ocorreu nos meios de comunicação, o ofendido pode optar que a retratação se de através do mesmo meio. Não cabe retratação na injúria.
Pode haver retratação em relação a alguns dos fatos criminosos.
A retratação de um dos querelados não se estende aos demais. 
Deve ocorrer antes da sentença de primeiro grau, e não antes do trânsito em julgado.
Sobre os crimes contra a honra: regra é a ação penal privada.
Injuria racial: ação publica condicionada à representação.
Se resultar lesão corporal leve, publica condicionada.
Será́ penal pública condicionada a representação no caso de o delito ser cometido contra funcionário público, no exercício das suas funções (art. 141, II), no caso de injúria qualificada pelo preconceito (art. 140, § 3°), e condicionada a requisição do Ministro da Justiça no caso do n. I do arr. 141 (contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro).Súmula 714. STF. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
Crimes contra a liberdade individual
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
O núcleo do tipo é constranger. Coação ilegal imposta à liberdade moral ou psíquica de alguém para fazer algo ilícito. Violência física, grave ameaça, violência moral, qualquer meio capaz de reduzir a resistência.
O sujeito passivo deve ter capacidade de autodeterminação.
Consiste no dolo de coagir alguém a fazer o que a lei proíbe ou deixar de fazer o que a lei não manda. É irrelevante o motivo que animou o crime. Não há forma culposa.
Consuma-se no momento em que a vítima age ou deixa de agir, independente do tempo da coação. Admite a tentativa.
É crime subsidiário, só se consuma quando não configura crime mais grave.
Ação penal pública incondicionada.
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
O sujeito passivo deve ser pessoa física certa e determinada. Consiste na promessa de causar mal injusto e grave. A ameaça pode ser de qualquer forma, explicita, direta, verbal, implícita. 
Delito formal, consuma-se no momento que a vítima toma ciência da ameaça. Admite-se tentativa na forma escrita.
Ação pública condicionada à representação.
Sequestro e Cárcere Privado
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Se for perpetuado por funcionário publico no exercício de suas funções, será crime de abuso de autoridade.
O consentimento da vitima exclui o crime, se válido.
Consuma-se com a restrição ou privação da liberdade da vítima. Admite tentativa.
Mudança em relação ao crime de rapto (que possuía pena menor que o sequestro para fins libidinosos).
Na doutrina, distinguem-se as figuras sequestro e cárcere privado, afirmando-se que o primeiro é o gênero do qual o segundo é espécie. A figura cárcere privado caracteriza-se pela manutenção de alguém em recinto fechado, sem amplitude de locomoção, definição esta mais restrita que a de sequestro.
Cuidado!! Não é crime de ação múltipla, apenas uma ação (privar). Ele tem dois meios para ser praticado (sequestro ou cárcere), mas continua sendo crime de ação única, apenas uma conduta.
Se a autoridade policial apreende criança ou adolescente e o encarcera, sem que estes estejam em flagrante de ato infracional ou não se tenha contra eles ordem judicial de apreensão, comete crime do art. 148 do cp: sequestro ou cárcere privado.
se a autoridade policial só apreende criança ou adolescente, sem que estes estejam em flagrante de ato infracional ou não se tenha contra eles ordem judicial de apreensão, comete crime do art. 230 do eca.
Redução análoga à condição de escravo
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente 
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Incide a competência federal somente naqueles casos em que esteja patente a ofensa a princípios básicos sobre os quais se estrutura o trabalho em todo o país. Não é um crime que atinge abstrata e automaticamente a organização do trabalho.
A liberdade humana é bem disponível. Contudo, no caso presente, salienta a doutrina que a liberdade da vítima é inalienável, comovida pelo grau de submissão (domínio) a que fica sujeito o "trabalhador", de nada representando ou valendo o seu consentimento, que não tem o condão de excluir o delito.
Não admite a forma culposa.
Ação penal pública incondicionada.
Para configuração do delito de "redução a condição análoga à de escravo" (art. 149 do CP) de competência da Justiça Federal, é desnecessária a restrição à liberdade de locomoção do trabalhador.
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
 § 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
O sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, desde que esteja na posse do imóvel.
Pune-se o entrar ou permanecer contra a vontade do morador.
Admite-se a tentativa.\
Crimes contra o patrimônio
Furto
Alterações legislativas!
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
 § 2º - Se o criminosoé primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
 Furto qualificado
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
 I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
 III - com emprego de chave falsa;
 IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
 § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
 § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
 § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
 § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Possibilidade de reconhecimento do estado de necessidade no furto famélico.
Consumação: quando a coisa passa ao poder do agente, mesmo que não configure posse mansa e pacífica.
Majorante do roubo noturno: mesmo que a casa não esteja habitada ou que o crime ocorre no meio da rua.
Furto privilegiado: pequeno valor da coisa. Não se confunde com insignificância. Réu primário.
FURTO só tem uma causa de aumento que é o PRATICADO EM REPOUSO NOTURNO. O resto são todas qualificadoras.
ROUBO só tem uma qualificadora que é LESÃO GRAVE OU MORTE. O resto são todas causas de aumento.
Súmula 511. STJ. É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
Roubo
Alterações legislativas!
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
– se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Súmula 582-STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
Roubo próprio: admite violência própria ou impropria. 
Roubo impróprio. Após subtrair a coisa, o agente constrange a vítima para assegurar impunidade ou detenção do bem. 
Roubo no mesmo contexto contra mais de uma pessoa: concurso formal.
Para o STJ o uso da arma desmuniciada tem o condão de configurar GRAVE AMEAÇA, mas NÃO tem o condão de fazer incidir a Majorante do roubo.
Para o STF o uso da arma desmuniciada configura GRAVE AMEAÇA E FAZ INCIDIR a majorante do roubo; 
Apropriação indébita previdenciária
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 13.606, de 2018)
Cuidado com esse! Está sendo muito cobrado.
Sujeito passivo não pode ser a empresa, mas apenas o responsável tributário.
Sujeito passivo é a própria previdência, podendo com ela concorrer os segurados lesados.
Pode ser contra previdência publica ou privada.
“deixar de repassar”.
Considerado pela doutrina como comissivo omissivo. Primeiro pega os valores, e depois deixa de repassar. Para o STJ, é crime instantâneo e unisubsistente. Cespe: As figuras assemelhadas à apropriação indébita previdenciária constantes do CP são todascondutas omissivas relacionadas à ausência de recolhimento ou repasse de importâncias relacionadas à previdência social.
Não é necessário dolo específico, mas tao somente genérico. Para a configuração de apropriação indébita de contribuição previdenciária, não há necessidade da comprovação do dolo de se apropriar dos valores destinados à previdência social.
É adotado pelos tribunais o entendimento de que é necessário o lançamento definitivo do tributo.
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
Estelionato contra idoso
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. 
Trata-se de crime material. É necessário auferir o benefício para que consume (ao contrário do abuso de incapaz). Vantagem indevida e prejuízo patrimonial.
É necessário que a vítima seja pessoa certa e determinada. Moeda falsa de falsificação grosseira: crime de estelionato, competência da justiça estadual.
Não é necessária a boa fé da vítima. A torpeza bilateral não afasta o estelionato.
Se for acompanhado de documento falso: o STJ considera que o estelionato absorve o falso, se esse se esgota no estelionato. Se não, responde pelos dois em concurso material, já que há pluralidade de bens protegidos. 
Súmula 17. STJ. Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, e por este absorvido.
Para o STF, o falso não é absorvido, respondendo o agente em concurso formal.
Já se o falso for de documento público, o crime de falso absorve o estelionato, pois sua pena é mais severa.
Privilégio: primariedade e pequeno valor do prejuízo. 
No crime de estelionato, a fraude, ou ardil, é usada pelo agente para que a vítima, mantida em erro, entregue espontaneamente o bem, enquanto, no furto mediante fraude, o ardil é uma forma de reduzir a vigilância da vítima, para que o próprio agente subtraia o bem móvel.
Súmula 24. STJ. Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º, do Art. 171 do Código Penal.
Estelionato previdenciário. 
No caso em que o benefício é fraudulento na origem (sem atender aos requisitos legais), para o STF, pode ser instantâneo ou permanente. Será instantâneo quando cometido por terceiro não beneficiário (por exemplo um funcionário da previdência que autoriza benefício não devido). Já no caso do terceiro beneficiário, será crime permanente, se renovando a cada parcela recebida.
Já se o benefício é devido, mas alguém, após a morte do beneficiário, faz inúmeros saques em sua conta, aplica-se o instituto da continuidade delitiva.
A tipicidade está sempre presente, mesmo que o prejuízo seja diminuto.
A devolução da vantagem pecuniária, mesmo antes da denuncia, não extingue a punibilidade, podendo caracterizar arrependimento posterior.
Estelionato Previdenciario : 
1° Se praticado pelo Próprio Beneficiário: CRIME PERMANTE
2° Se praticado por 3° Beneficiario: CRIME INSTANTÂNEO, mas, com EFEITOS PERMANENTES 
3° Se praticado apos o OBITO do beneficiario: CRIME É DE CONTINUIDADE DELITIVO/CRIME CONTINUADO.
Se for cometido por terceiro (exemplo: funcionário do INSS) para beneficiar um cidadão:
O crime será instantâneo de efeitos permanentes, já que foi praticado uma vez pelo funcionário e o que é permanente são seus efeitos.
O terceiro que praticou a fraude em regra não tem condições de interromper a conduta criminosa, já o cidadão beneficiário pode fazer cessar a conduta criminosa a qualquer momento.
Se for cometido pelo cidadão que obterá a vantagem ilícita:
Os tribunais superiores, aqui, consideram haver a figura do crime permanente, já que se recebe mês a mês o benefício previdenciário ou assistencial - a conduta criminosa é prorrogada no tempo.
Se um terceiro o cartão de segurado falecido para sacar o valor mensal do benefício: 
Nesse caso, entende o STJ se tratar de crime continuado. Vale a pena consultar o REsp 1.282.118.
Súmula 107. STJ. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente lesão a autarquia federal.
 Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 
Art. 181: escusas absolutórias. Imunidade absoluta, não importando a natureza do crime patrimonial (mesmo se for qualificado por exemplo). Casados ou separados de fato. Tem natureza de excludente de punibilidade.
À separação judicial se aplica o 182.
Aos divorciados não há escusa absolutória.
Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho
Art. 204 - Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à nacionalização do trabalho:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
Aliciamento para o fim de emigração
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 8.683, de 1993)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.683, de 1993)
Cuidado*. Ação penal no estupro no caso de vulnerabilidade transitória. Para questões de prova hj atualmente prevalece a da 5 ª turma do STJ!!! Vulnerabilidade no tempo do cirme é pública incondicionada! Obs: a doutrina amplamente majoritária defende a posição adotada pela 5ª Turma do STJ, ou seja, pouco importa a natureza da incapacidade (permanente ou transitória). A vulnerabilidade deve ser aferida no momento da conduta criminosa. Se a vítima estava vulnerável no momento do ato, deve-se considerar a ação penal como pública incondicionada. Nesse sentido: MASSON, Cleber. Direito Penal. SãoPaulo: Método, 2017, p. 74).
Crimes contra a Fé Pública
Moeda Falsa
Incompatível com a insignificância. Também não se aplica o arrependimento posterior.
Competência da JF. 
Pode ser moeda nacional ou estrangeira. 
Deve ser falsificação convincente. Se for grosseira, estelionato, de competência da justiça estadual. A ofensividade mínima no caso do crime de falsificação de moeda, que leva à aplicação da medida descriminalizadora, não está diretamente ligada ao montante total contrafeito, mas sim à baixa qualidade do produto do crime.
O fato de guardar apetrechos capazes de falsificar moeda também constitui crime. 
Em crimes de moeda falsa, a jurisprudência predominante do STF é no sentido de reconhecer como bem penal tutelado não somente o valor correspondente à expressão monetária contida nas cédulas ou moedas falsas, mas a fé pública, a qual pode ser definida como bem intangível, que corresponde, exatamente, à confiança que a população deposita em sua moeda.
Falsificação de documento público
Cuidado! Nem sempre a competência é da justiça federal. Não basta que o documento seja emanado de órgão federal.
Caso haja falsificação de documentos previdenciários (paragrafo 3 e 4 do art. 296), atrai a competência da JF. 
Pode ser documento nacional ou estrangeiro.
Documento em branco: 
1. possui autorização para preencher, mas o faz com omissão ou inserção diversa do que deveria constar: Falsidade ideológica
2. não possui autorização para preencher: Falsidade material
Diversa é a situação, segundo nossa posição, quando o documento falso é encontrado em poder do agente, sem que este, efetivamente, o tenha utilizado. Assim, imagine-se a hipótese em que o agente venha a sofrer uma revista pessoal, por parte de alguns policiais, oportunidade em que retiram do seu bolso a sua carteira de documentos, encontrando, no meio deles, um que havia sido falsificado. Se, no caso concreto, o agente não foi o autor do crime de falso (material ou ideal), o fato deverá ser considerado atípico, haja vista não existir no tipo penal que prevê o delito em estudo o núcleo portar. Assim, aquele com quem é encontrado o documento falsificado não pratica o delito de uso de documento falso, havendo necessidade, outrossim, que o agente, volitivamente, o utilize, apresentando-o como se fosse verdadeiro. Nesse caso não há flagrante delito, pois não houve uso de documento falso. Mas pode ser instaurado inquérito para analisar a falsificação de documento.
A falsa identidade só ocorre se o agente se faz passar por outra pessoa, sem utilizar documento falso. Se o agente se vale de um documento falso para se fazer passar por outra pessoa, neste caso, teremos o uso de documento falso. No entanto, como no caso em questão o agente é o próprio falsificador do documento público, ele responderá por falsificação de documento público, sendo o uso do documento falso um mero exaurimento do crime de falsificação.
Súmula 104. STJ. Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
Súmula 107. STJ. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente lesão a autarquia federal.
Falsificação de documento militar que não atente contra a ordem militar é competência da justiça comum. Falsificação de titulo de eleitor sem fins eleitorais é competência da justiça federal e não eleitoral.
Equiparados a documento público: emanados de entidades paraestatais, títulos de crédito, documentos de sociedade comercial, livros mercantis, testamento particular.
Para efeitos penais do crime de falsificação de documento público, constitui documento cópia autenticada em cartório. Segundo a doutrina (Victor Eduardo Rios Gonçalves), a fotocópia não autenticada não tem valor probatório, por isso não é documento. Se for autenticada, sim (art. 232, PU, CPP). Logo, quem usa algo que não é documento não comete o crime do art. 304 do CP (Uso de documento falso).
Todos os crimes contra a Fé Pública só admitem a modalidade dolosa.
Falsidade ideológica
Alterar o documento com o fim prejudicar direito, ou criar obrigação, ou alterar verdade.
A falsificação de moeda e a falsificação de documento particular, bem como a falsidade ideológica e a falsidade de atestado médico, são crimes contra a fé pública. Os dois primeiros dizem respeito à forma do objeto falsificado, que é criado ou alterado materialmente pelo agente; os dois últimos referem-se à falsidade do conteúdo da declaração contida no documento, que, entretanto, é materialmente verdadeiro.
Súmula Vinculante 36. Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.
Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
Súmula 200. STJ. O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.
Súmula 522. STJ. A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.
Crimes contra a ADM pública
Muito importante!!
Considera-se crime funcional próprio aquele em que a qualidade de servidor público é essencial à sua configuração, e crime funcional impróprio, aquele que tanto pode ser cometido por servidor público como por quem não detém essa condição.
Peculato.
Crime próprio. É possível ocorrer por representantes de conselhos de fiscalização profissional.
A posse deve vir em razão do cargo, ou poderá configurar outro crime. Se for mera detenção, e não posse, configura-se peculato furto.
Na primeira parte do caput, pune-se o peculato apropriação, e na segunda parte pune-se o peculato desvio. É necessário animus especial de apropriar, para si ou para outrem.
Constitui pressuposto material dos crimes de peculato-apropriação e peculato-desvio, em suas formas dolosas, a anterior posse do dinheiro, do valor ou de qualquer outro bem móvel, público ou particular, em razão do cargo ou função.
Não existe furto de uso, assim como não existe peculato de uso. 
Não interessa se a vantagem visada foi ou não atingida.
Não se admite insignificância nos crimes contra a adm. A reparação do dano antes da denúncia também não exclui o crime, quando doloso.
Paragrafo primeiro: peculato furto ou impróprio. O funcionário não tem a posse da coisa, mas se vale da facilidade como funcionário publico para dela apropriar-se ou desvia-la.
A incidência da agravante genérica relativa à prática de delito com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão é incompatível com o peculato, pois este pressupõe abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo.
O peculato é conceituado doutrinariamente como crime funcional impróprio ou misto, porquanto na hipótese de não ser praticado por funcionário público, opera tipicidade relativa, passando a constituir tipo penal diverso.
Próprio. É aquele onde a qualidade de funcionário é retirada e o crime deixa de existir. Impróprio é aquele em que se retira a expressão "funcionário público" e o crime se desclassifica para outro.
A circunstância de o sujeito ativo ser funcionário público ocupante de cargo de elevada responsabilidade justifica a majoração da pena-base aplicada em decorrência da condenação pela prática do crime de peculato.
Súmula 599 STJ.O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. 
Peculato mediante erro de outrem
Apropriar-se de qualquer dinheiro ou utilidade que no exercício do cargo receba por erro de outrem. Somente doloso.
O peculato medianteerro de outrem (CP, art. 313) é doutrinariamente conhecido como peculato-estelionato.
Inserção de dados falsos em sistemas de informações
Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.
Crime próprio, cometido pelo funcionário encarregado de cuidar de sistemas informatizados. Apenas funcionário autorizado.
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações 
Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente.
Não confundir com o crime anterior. Não se limita ao servidor autorizado, qualquer servidor pode cometer. É possível ainda a participação do particular. Nesse não se pune a alteração de informações, mas a alteração do próprio sistema informatizado. É como se o primeiro se aproximasse da falsidade ideológica, e o segundo da adulteração material do sistema.
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente. Apenas doloso. É subsidiário em relação ao crime do 305, que exige dolo específico.
 Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. Detenção de Um a três meses ou multa. Somente o funcionário com o poder de administrar as verbas ou rendas publicas. Não interessa se os tribunais de contas aprovaram as contas, o ilícito penal fica intocado.
Concussão
 Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos. Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Funcionário publico, mesmo aquele que ainda não foi nomeado, mas exige vantagem em razão da função. Forma especial de extorsão, praticada por funcionário publico. Se o agente não tiver competência para o mal prometido, aplica-se a extorsão. Se o agente apenas simula a qualidade de funcionário publico, trata-se também de extorsão. 
Não pode haver violência ou grave ameaça, ao contrario da extorsão. Se houver violência ou grave ameaça, mesmo que o agente se utilize do cargo publico, haverá extorsão. 
É possível a exasperação da pena se a autoridade for mais “importante”, mesmo que funcionário publico seja o núcleo do tipo.
A percepção do proveito do crime é mero exaurimento.
No excesso de exação, o sujeito ativo é o funcionário publico, mesmo que não seja o encarregado de recolher o tributo ou a contribuição. Mesmo se o proveito for revertido em nome da administração, há crime. Mas o crime será ainda mais grave se o proveito for revertido para ele próprio. 
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Solicitar, receber ou aceitar promessa de vantagem. 
Nexo entre a vantagem e a atividade exercida.
É impropria a corrupção de visa a consumação de ato legitimo, e própria a que visa ato ilegítimo.
O funcionário que retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício não se trata mais de mero exaurimento, mas causa de aumento de pena.
Corrupção privilegiada se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. Aqui, não há promessa de vantagem indevida.
Conforme é possível verificar na redação do artigo 317 do Código Penal, a conduta só estaria caracterizada se o policial tivesse recebido dinheiro da vítima para utilizar para fins particulares, o que configuraria a vantagem indevida prevista no dispositivo legal. Se a vantagem for revertida para a própria adm, não há crime.
Facilitação de contrabando ou descaminho 
Apenas o funcionário responsável pode cometer. Seria participe de contrabando ou descaminho, mas passa a ter crime próprio (exceção à teoria monista). O crime será de competência da justiça federal, mesmo que o funcionário seja da justiça estadual, pois os bens são da união. 
Prevaricação
Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Art. 319-A. 
Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
A doutrina chama de prevaricação imprópria.
Crime omissivo puro, não impedir o acesso ou uso ao aparelho.
Condescendência criminosa
Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Funcionário publico hierarquicamente superior ao servidor infrator, ou hierarquicamente igual. Deve ser por sentimento de indulgencia. 
Incorrem na prática de condescendência criminosa tanto o servidor público hierarquicamente superior que deixe, por indulgência, de responsabilizar subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo quanto os funcionários públicos de mesma hierarquia que não levem o fato ao conhecimento da autoridade competente para sancionar o agente faltoso.
Advocacia Administrativa 
Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo. Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Patrocínio de causa de terceiro perante a administração. Em causa própria não configura crime.
Violência arbitrária 
Violência arbitrária desacompanhada de razoes que a justifiquem.
Abandono de função
Somente funcionário ocupante de cargo publico pode faze-lo. Admite ainda duas formas qualificadas, se trouxer prejuízo à adm ou se ocorrer em faixa de fronteira.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Exercer funções antes de entrar no cargo ou depois de desligado. Não se pune de forma culposa, sendo que o funcionário deve ter sido inequivocamente notificado.
Violação de sigilo funcional
Tutela do sigilo das informações inerentes à adm publica. Mesmo o funcionário afastado ou aposentado pode cometer. A informação deve ter chegado ao conhecimento do funcionário através de seu cargo.
Crimes cometidos por particular contra a adm publica em geral
Usurpação de função pública
Pode ser cometido inclusive por funcionário publico. Qualificado se o agente aufere vantagem.
Consuma-se o delito com a pratica de ato exclusivo, que só poderia ser feita pelo legitimo titular do cargo.
Resistencia 
Opor-se a realização de ato legal mediante ou ameaça a funcionário. Qualificadose a violência impede o ato legitimo de ser executado.
Desobediência
Desobedecer à ordem legal de funcionário publico. 
Deve ser ordem, e não simples pedido ou solicitação.
Pode ser realizado inclusive por funcionário publico. Deve ser ainda individualizada, substancial e formalmente legal (ainda que injusta), e executada por funcionário competente.
Cuidado! Descumprir medida protetiva da maria da penha agora é crime de desobediência. 
Pedro se opôs à execução de diligência policial cujo objetivo era investigá-lo e recusou-se a colaborar com os agentes que a realizaram, razão por que a diligência não pôde ser executada. Nessa situação, Pedro não pode ser responsabilizado criminalmente por não ter atendido às ordens policiais, uma vez que o sistema penal brasileiro não pune a resistência passiva, tampouco a caracteriza como delito de desobediência. A chamada Resistência Passiva, ou seja, sem emprego da violência ou ameaça, não é crime. Ex: Segurar-se em um poste para não ser conduzido, jogar-se no chão para não ser preso, sair correndo, etc. A propósito: “A simples fuga do infrator, ao ser preso, não configura o delito de resistência, que exige para sua caracterização a presença dos requisitos da violência ou ameaça contra funcionário”. 
O funcionário público pode cometer crime de desobediência, se destinatário de ordem judicial, e, considerando a inexistência de hierarquia, tem o dever de cumpri-la.
Desacato
Somente o funcionário publico poderá ser vítima, não abrangendo o equiparado. Desacatar funcionário publico no exercício da função, ou em razão dela.
Foi considerado constitucional em 2016, destarte não ser compatível com a convenção de direitos humanos e ir na contramão de diversas garantias.
Consuma-se no momento em que o funcionário publico toma ciência dos atos ofensivos.
Deve estar um na presença do outro, não adianta ser por telefone.
Desacato e ofensa dirigida a vários funcionários públicos: Se, em um mesmo contexto fático, uma pessoa ofende vários funcionários públicos, cometerá um só crime de desacato, pois o bem jurídico terá sido atingido uma única vez. Entretanto, a maior reprovabilidade da conduta deve ser utilizada pelo magistrado na dosimetria da pena-base, como circunstância judicial desfavorável (art. 59, caput, do CP). Entretanto, estará caracterizado o concurso de crimes (concurso material ou crime continuado, dependendo da situação concreta) se os funcionários públicos forem ofendidos em contextos fáticos diversos.
Tráfico de influencia 
Influencia simulada. Se a influencia for real, poderá configurar outro crime. Simula, para obter vantagem, ter poder sobre atos de determinado servido público. A pena se aumenta de um terço se ficar implícito ou explicito que parte da vantagem também se destina ao servidor.
Corrupção ativa
Crime praticado por qualquer pessoa, particular ou funcionário publico. Crime de ação múltipla, oferecer ou prometer.
Forma escrita, oral, gestos etc.
A corrupção passiva independe da ativa, podem ocorrer de forma isolada e independente.
A simples entrega de vantagem solicitada anteriormente não configura corrupção ativa, pois deve haver oferecimento ou promessa anterior. 
Aumenta-se de 1/3 a pena se o funcionário efetivamente realiza a pretensão do corruptor, se esta for de natureza ilícita. 
Não pratica crime de corrupção ativa, definido como crime contra a administração pública, aquele que, sem ter oferecido ou prometido anteriormente vantagem indevida a um funcionário público, dá-lhe essa vantagem, cedendo a seu pedido.
Descaminho
Iludir o pagamento de imposto ou importância devida pela entrada, saída ou pelo consumo de mercadoria. Tutela do erário publico. O bem é licito, mas não paga os impostos devidos.
O esgotamento da via administrativa é dispensável, não é necessário a consumação da divida ativa. Se trata de crime formal.
Prevenção do juízo de apreensão dos bens. 
Súmula 151 STJ. A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
Admite-se o principio da insignificância. Hoje, considerada seu teto como 20 mil. 
Se for precedido de falsidade ideológica, é absorvida pelo descaminho.
Também é crime expor à venda produto que sabe ser fruto de descaminho, ou que descaminhou por conta própria. 
Tambem se pune aquele que adquire, recebe ou oculta mercadoria com procedência clandestina ou fraudulenta.
O parcelamento ou pagamento do tributo não extingue a punibilidade, ao contrário da sonegação fiscal, da apropriação indébita previdenciária e da sonegação de contribuições previdenciárias.
O pagamento do tributo devido NÃO extingue a punibilidade do crime de descaminho.
STJ. 5ª Turma. RHC 43.558-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 5/2/2015 (Info 555).
Atenção! Não confundir com a recente decisão do STF:
O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, é causa de extinção da punibilidade do acusado.
STJ. 5a Turma. HC 362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611).
STF. 2a Turma. RHC 128245, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2016.
 
Essa recente decisão não se aplica para o descaminho uma vez que esse delito não foi previsto no rol de crimes das Leis n.° 9.430/96 e 10.684/2003 que preveem as seguintes condutas onde será possível ocorrer a extinção da punibilidade pelo pagamento da dívida:
• arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137/90;
• art. 168-A do CP (apropriação indébita previdenciária);
• Art. 337-A do CP (sonegação de contribuição previdenciária).
Portanto, é possível perceber que o descaminho ficou de fora dessa lista.
(http://www.dizerodireito.com.br/2015/03/se-o-denunciado-pelo-crime-de.html?m=1)
 
Letra E: errada. A Súmula Vinculante nº 24 não é aplicável neste caso uma vez que, embora não seja consenso nos tribunais superiores, o STF tem decidido que o descaminho é um crime formal, não se exigindo, portanto, o esgotamento da via administrativa para a persecução penal (que só se aplica aos crimes materiais), neste sentido: RHC 119.960/SP.
Contrabando
Importar ou exportar mercadoria proibida.
Norma penal em branco.
Não se aplica o principio da insignificância, mas o STJ já aplicou em casos de medicamentos de uso pessoal, em pequena quantidade.
É inadmissível a aplicação do princípio da insignificância para o crime de contrabando, uma vez que o bem jurídico tutelado não possui caráter exclusivamente patrimonial, mas envolve a vontade estatal de controlar a entrada de determinado produto em prol da segurança e da saúde públicas. Conforme jurisprudência consolidada nesta Corte Superior, é inaplicável o princípio da insignificância quando configurado o crime de contrabando, uma vez que, por se tratar de delito pluriofensivo, não há como excluir a tipicidade material do referido delito à vista apenas do valor da evasão fiscal.
A importação de colete à prova de balas sem a prévia autorização do órgão público competente configura crime de contrabando.
Importação de cigarro sem autorização do órgão competente configura contrabando, e não descaminho.
Sonegação de contribuição previdenciária
Não necessita de nenhum dolo específico. Crime material, depende de prejuízo para a previdência. 
Assim como a apropriação indébita previdenciária, depende de constituição definitiva do débito tributário. 
Se houver falsificação, a crime contra a fé publica é absorvido pela sonegação.
No caso, aqui basta a confissão dos valores devidos de forma espontânea antes da do inicio da execução fiscal, não necessitando pagamento (ao contrario da apropriação indébito). Nesse caso, ocorrerá extinção da punibilidade. Se ele paga tudo antes da denuncia (mesmo que depois da execução fiscal), fica extinta a punibilidade.
Se o pagamento do tributo ocorre depois da denuncia, incide circunstancia atenuante.
O parcelamento também extingue a punibilidade.
Se o réu for primário e de bons antecedentes, sendo a dívida pequena, pode haver perdão judicial ou apenasmulta.
Crimes de particulares contra a administração publica estrangeira
Corrupção ativa em transação comercial internacional
Regular andamento das relações comerciais entre brasil e exterior. Afeta o comércio internacional.
Oferecer vantagem ilícita a funcionário estrangeiro para retardadar ato ou fazer ato ilícito. A vantagem sempre será futura, mas deve ser indevida.
A pena é aumentada de um terço se o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou pratica infração funcional. Seria mero exaurimento, mas virou aumento de pena.
Trafico de influencia em transação comercial internacional
Mesma histórica do trafico de influencia, mas relativo a servidor publico internacional, e o ato se refere a transação comercial internacional.
Aumento de pena se insinua que a vantagem também se dará para o servidor publico.
Definição de funcionário publico estrangeiro
Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. 
Reingresso de estrangeiro expulso
Após a efetivação do ato administrativo de expulsão, o mero reingresso em território nacional já configura o delito de reingresso de estrangeiro expulso, previsto no art. 338 do Código Penal, independente de qual seja a motivação para o seu retorno. Sendo assim, são elementares do tipo penal em questão a edição do ato de expulsão pelo Estado Brasileiro e a posterior entrada em território nacional.
Para a doutrina, crime de mão própria.
Denunciação caluniosa
Dar causa aos procedimentos oficiais em virtude de denunciação caluniosa. Calúnia qualificada. Protege o regular andamento da administração da justiça.
Imputar a alguém inocente a pratica de um crime.
Dar causa a processo judicial penal, inquérito ou até investigação administrativa, inquérito civil (procedimento de ação civil), improbidade administrativa,
Crime progressivo, começa com calúnia e depois evolui para denunciação caluniosa, que a absorve.
O investigado que aponta outra pessoa como culpada falsamente comete o crime se efetivamente se inicia alguma providencia administrativa ou judicial.
Não se pune investigação caluniosa contra os mortos.
Se o fato imputado for contravenção e não crime, a pena é diminuída da metade.
Admite dolo eventual.
Aumento de pena se o agente se usa de anonimato ou nome falso.
Pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive funcionário publico.
Praticará o crime de denunciação caluniosa quem der causa à instauração de investigação policial contra alguém, imputando-lhe contravenção penal de que o sabe inocente.
Comunicação falsa de crime ou contravenção 
Aqui não se imputa a alguém inocente algum fato. O problema é contar um fato que não ocorreu, ou que ocorreu de outra forma. O fato pode ser crime ou contravenção.
Consuma-se no momento em que a autoridade toma alguma providencia. Não precisa ser nem inquérito.
Pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive funcionário publico.
Como podemos observar, para configurar o art. 340, CP ou seja, a COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO, basta provocar qualquer tipo de ação da autoridade, não sendo necessariamente um inquérito policial. Assim, no ensinamentos do professor Rogério Greco: "Não há necessidade de que tenha sido formalizado inquérito policial, ou mesmo que tenha sido oferecida denúncia em juízo, pois que o tipo penal faz referência tão somente à ação, ou seja, qualquer comportamento praticado pela autoridade destinado a apurar a ocorrência do crime ou da contravenção penal, falsamente comunicado(a)."
Auto acusação falsa
Acusar-se perante autoridade de crime inexistente ou praticado por outrem. Só pode crime, não conta contravenção.
Falso testemunho ou falsa perícia
Crime de mão própria ou atuação infungível. Testemunha, perito, contador, tradutor, intérprete. 
A vítima ou ofendido, por não ser testemunha, não se submete a esse crime. 
O assistente técnico não pode ser autor. 
O concurso de agentes se limita à participação, não existe coautoria. Na falsa pericia, no entanto, é possível o concurso de agentes.
Somente dois crimes do Código Penal podem ocorrer em juízo arbitral: coação no curso do processo e falso testemunho ou falsa perícia.
Se ocorrer perante a justiça do trabalho, é competência da justiça federal, pois ofende um bem da união. 
Aumento de pena: mediante suborno, com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da adm publica direta ou indireta.
Extinção da punibilidade: retratação.
Não é preciso esperar o trânsito em julgado em que se deu o falso testemunho.
o fato deixará de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, Martim se retratar e declarar a verdade a respeito do laudo pericial.
Nos crimes de falso testemunho ou falsa perícia, o legislador entendeu configurar causa extintiva da punibilidade do agente o fato de ele retratar-se (ou dizer a verdade) em juízo, antes de proferida a sentença.
A retratação deverá ser feita no processo em que se prestou o falso testemunho, e não em um outro processo em que se imputará este o cometimento deste crime (§2º do art. 342/CP).
Agente que orienta testemunha a mentir responderá junto a este em concurso de agentes pelo crime de falso testemunho, sendo este crime de mão própria o agente que influenciou responde como partícipe, pois não executou o núcleo verbal da ação, tendo participação secundária. O STF decidiu que advogado pode ser coautor no crime elucidado quando orienta testemunha a mentir, mas para a doutrina advogado que incorre nesta ação apenas responde como partícipe. Desta forma se a questão solicitar o entendimento do STF o advogado poderá ser coautor; se não mencionar o tribunal entende-se que o advogado responderia como partícipe.
Súmula 165 STJ. Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista.
Subornar testemunha, perito etc
Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação. Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa. Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. 
Modalidade especial de corrupção ativa. Se houver violência ou grave ameaça, trata-se de coação no curso do processo. 
Aumento de pena: com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da adm publica direta ou indireta.
Coação no curso do processo
Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitra. Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Pode decorrer também em procedimento criminal instaurado pelo MP.
Somente dois crimes do Código Penal podem ocorrer em juízo arbitral: coação no curso do processo e falso testemunho ou falsa perícia.
Exercício arbitrário das próprias razões 
Tutela-se a administração da justiça, evitando que as pessoas se substituam ao juiz. Seno agente for funcionário publico, o crime poderá ser abuso de autoridade. 
A pretensão deverá ser legítima.
Art. 346
Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção. Pena - detenção,

Outros materiais