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Caso Concreto 1 QUESTÃO DISCURSIVA: a) É certo que o princípio da boa-fé objetiva se encontra na definição de cláusula geral, uma vez que seus efeitos são capazes de atingir relações contratuais, extra-contratuais e pós-contratuais, assim como qualquer relação jurídica retradada no Código Civil. b) Nesse caso levado em consideração o princípio da eticidade, que determina a observância do princípio da boa-fé em toda e qualquer relação jurídica, exigindo das partes envolvidas o dever da lealdade, probidade, informação, cooperação e a moral social, afim de evitar a prática de condutas contraditórias que possam frustar a real expectativa. QUESTÃO OBJETIVA: Letra C Caso Concreto 2 QUESTÃO DISCURSIVA: De acordo com a Teoria Natalista, ao nascer com vida, Mariza, além de adquirir personalidade jurídica, assumiu também capacidade jurídica, razão pelo qual passou a titular não só os direitos subjetivos de carácter existencial, mas também de natureza patrimonial. Assim sendo, conforme disposição do art. 1798 combinado com o art. 1845, CC/02, seria ela considerada herdeira necessária, levando em consideração o fato já ter sido concebida a morte do pai. Por outro lado, se Mariza tivesse nascido morta, apesar de ter a garantia dos direitos da personalidade tais como: o nome, a imagem, a sepultura; não sucederia a herança de seu pai, pois o nascituro tem mera expectativa de direito. Com isso, Renata herdaria todo o patrimônio se no caso concreto ela fosse casada ou convivesse em união estável com o pai de Mariza. Isso posto, não assiste a razão do advogado de Mariza. Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. QUESTÃO OBJETIVA: Letra C Art. 5° A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I. pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II. pelo casamento; III. pelo exercício de emprego público efetivo; IV. pela colação de grau em curso de ensino superior; V. pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Caso Concreto 3 QUESTÃO DISCURSIVA: a) De acordo com o Código Civil brasileiro, o referido médico tem múltiplos domicílios, conforme disposição do art. 72, P. Único, isso porque o desempenho da atividade de servidor público de lecionar na Universidade Rural torna Seropédica seu domicílio necessário e em paralelo, em exercício do poder da medicina no hospital localizado em Piraí, tem neste local domicílio profissional. Tem ademais atividade médica exercida em seu consultório na cisade de Simão Pereira, local que também será considerado seu domicílio profissional. Outrossim , a que se levar em consideração o seu domicílio pessoal, que sera compreendido na forma do art. 70, CC/02, no baixo da Tijuca - RJ, local que tem fixada sua residência em ânimo definitivo. Assim sendo, seria correto afirmar que Dr. Carlos Henrique teria outro domicílio. b) O caso concreto retrata duas situações que são consideradas domicílios necessários: uma delas decorre das condições de servidor público e a outra está relacionada com os filhos, sendo um deles absolutamente incapaz (8 anos) e o outro relativamente capaz (17 anos), diante da regra destacada no art. 76 e P. Único combinado com os artigos 3º e 4º, ambos do Código Civil, dessa forma é considerada como domicílio necessário do servidor público a cidade de Seropédica onde está localizada a Universidade. Por outro lado, em relação ao filho incapaz, quaisquer daqueles domicílios elencados acima, relacionados aos seus representantes legal, será definido como domicílio dos seus filhos. Art. 3° São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Art. 4° São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I. os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II. os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III. aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV. os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. QUESTÃO OBJETIVA: Letra D Caso Concreto 4 QUESTÃO DISCURSIVA: a) A morte simultânea é reconhecida como comoriência nos casos casos em que não for possível identificar entre os mortos qual deles veio primeiro a óbito. O Código Civil de 2002 trata a matéria no seu art. 8°. b) A comoriência produzirá efeitos jurídicos na esfera do direito sucessório somente se houver vínculo de parentesco entre os comorientes ou ainda se um for herdeiro do outro (herdeiros necessários, facultativos e testamentários). Vale ressaltar que os herdeiros facultativos aproveitarão os efeitos da morte se não houver herdeiros necessários (conjugês, ascendente, descendente, companheiro ou companheira) na forma dos artigos 1.783, 1.829, 1845, 1.883 e 1.889 do Código Civil de 2002. Art. 7° Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I. se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II. se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Art. 8° Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Art. 1.783. Quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for de comunhão universal, não será obrigado à prestação de contas, salvo determinação judicial. Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I. aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares II. aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III. ao cônjuge sobrevivente; IV. aos colaterais. Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal. Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros. Art. 1.889. Quem estiver em viagem,a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente. QUESTÃO OBJETIVA: Letra D Caso Concreto 5 QUESTÃO DISCURSIVA: a) A relação contratual tem natureza patrimonial, exigindo portanto que em regra o objeto além de valor jurídico tenha valor econômico, significa dizer que os bens jurídicos de natureza existencial em regra não pode ser objeto dos contratos, exceto no que se refere a parcela disponível dos direitos da personalidade. Assim sendo, a venda de órgãos é considerada ilícita com base no art. 199, parágrafo 4°, CF/ 88, dispositivo que veda a comercialização de órgãos, tecidos e substâncias humanas. Entretanto, o art. 9° da lei 9.434/97 autoriza a pessoa capaz de dispor gratuitamente de tecidos, órgãos, e partes do corpo vivo para fins terapêuticos ou para transplantes. Ante o exposto, compreende-se que o contrato de compra e venda pretendido por Roberto é considerado nulo em razão da ilicitude do objeto, nos temos dos artigos 104 combinado com 166 do CC/02. Isto posto, Roberto não pode efetuar a referida venda. b) De acordo com a primeira parte do art. 11 do CC/ 02, entende-se que a característica da indisponibilidade alusiva aos direitos da personalidade tem natureza relativa, já que o legislador admite exceções, dessa forma é reconhecido do direito da pessoa através de contrato ceder o uso do seu direito de imagem, do seu direito de autor, assim como autorizar o emprego do seu nome para fins comerciais. Ademais, é possível que o corpo morto seja disponível de forma gratuita com o objetivo científico ou altruístico conforme exposto no art. 14 do CC/ 02. Da mesma forma, admite-se a doação de sangue, órgãos e tecidos gratuitamente para fins terapêuticos ou transplantes. Não menos importante, a pessoa pode admitir intervenção médica sobre a sua integridade física para fins estéticos ou ainda a realização de tatuagem sobre a sua pele sem que haja prescrição ou autorização médica. Nesse sentido a característica da indisponibilidade se apresenta de forma relativa, não podendo se afirmar pela sua natureza absoluta. Art. 11, CC/02. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Art. 14, CC/02. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 104, CC/02. A validade do negócio jurídico requer: I. agente capaz; II. objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III. forma prescrita ou não defesa em lei. Art. 166, CC/02. É nulo o negócio jurídico quando: I. celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II. for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III. o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV. não revestir a forma prescrita em lei; V. for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI. tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII. a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. Art. 199, CRFB/88. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Art. 4°, lei n° 9.434/97. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. QUESTÃO OBJETIVA: Letra B. Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. Caso Concreto 6 QUESTÃO DISCURSIVA: a) A Desconsideração da personalidade jurídica da pessoa jurídica consiste em um direito subjetivo do credor quando uma vez demonstrado fraude, desvio de finalidade ou confusão patrimonial, será possível requerer ao juiz que a responsabilidade recaia sobre o patrimônio dos sócios ou administradores que tiverem proveito direita ou indiretamente em decorrência dessas condutas nos termos do art. 50 do código civil, dispositivo que regulamenta a Teoria Maior da desconsideração da personalidade jurídica. Vale ressaltar que nas hipóteses que envolver relação de consumo, créditos trabalhistas, créditos tributários ou responsabilidade por crime ambiental, será admitido o emprego da Teoria Menor da desconsideração da personalidade jurídica. Nesses casos caberá ao credor demonstrar apenas o prejuízo, sendo a pessoa jurídica um obstáculo para que possa receber o seu crédito (ver arts. 28, §5° do Código de Defesa do Consumidor art. 55-a da CLT, art. 135 do Código Tributário Nacional e art. 4° da lei 9.605). Outrossim, o legislador brasileiro reconhece a aplicação da desconsideração inversa da personalidade jurídica conforme exposto no art. 133, §2° do Código de Processo Civil o qual pode ser aplicado nos casos em que um dos cônjuges oculta o patrimônio do casamento através da pessoa jurídica, da mesma forma, se admite a sua aplicação nas situações em que os sucessores utilizam a pessoa jurídica para esconder o patrimôniodos demais herdeiros. b) Levando em consideração o fato de não ter ficado evidenciado confusão patrimonial, desvio de finalidade ou atos fraudulentos, não existe razão para reconhecer o direito do credor que pretende atingir o patrimônio dos sócios ou administradores. Ademais, é relatado no caso concreto que os sócios em nome da pessoa jurídica indicaram de forma voluntária bem destinado a penhora, com o objetivo de garantir a execução da dívida. Por outro lado, não haveria justificativa para admitir a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica com apoio na Teoria Menor, uma vez que os serviços prestados pelo engenheiro não eram objeto de contrato trabalhista, configurando apenas um contrato de prestação de serviços. Diante das considerações acima descritas não é cabível no caso concreto a desconsideração pleiteada por Eduardo. Art. 50, CC/02. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. § 1° Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. § 2° Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: I. cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; II. transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e III. outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. § 3° O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. § 4° A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. § 5° Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. Art. 133, CPC/2015. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. § 1° O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. § 2° Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art. 28, lei n° 8.078. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Art. 135, Código Tributário Nacional. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I. as pessoas referidas no artigo anterior; II. os mandatários, prepostos e empregados; III. os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7 Art. 4°, lei n° 9.605. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. QUESTÃO OBJETIVA: Letra E Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I. a União; II. os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III. os Municípios; IV. as autarquias, inclusive as associações públicas; V. as demais entidades de caráter público criadas por lei. Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I. as associações; II. as sociedades; III. as fundações. IV. as organizações religiosas; V. os partidos políticos. VI. as empresas individuais de responsabilidade limitada. § 1° São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. § 2° As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. § 3° Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. Caso Concreto 7 QUESTÃO DISCURSIVA: a) De acordo com as circunstâncias do caso concreto, o objeto descrito no enunciado é compreendido como bem imóvel, infungivel e indivisível por determinação legal, nos termos do art. 4°, inciso II da lei n° 6.766/79, razão pela qual é inviável o fracionamento do terreno, uma vez que seria necessário uma dimensão mínima de extensão de 250 m2 para fins de divisibilidade. b) De acordo com a previsão normativa acima mencionada, compreende-se que não há espaço para dispor através da autonomia privada sobre a divisibilidade ou fracionamento do referido imóvel, pois estamos diante de uma norma de ordem pública que deve ser observada em qualquer hipótese sob pena de nulidade. Outrossim, no que se refere ao registro do imóvel, cabe ao oficial do cartório recusar o referido pedido alusivo ao parcelamento da área correspondente a 210 m2, em razão do princípio da legalidade administrativa, o que significa dizer que o agente público só está autorizado a praticar os atos previamente permitidos na lei. Assim sendo, uma vez realizado o registro será considerada a ilicitude da conduta do agente cartorial e a nulidade do registro, por inobservância da determinação legal, com isso, para que fosse possível o fracionamento do terreno a extensão mínima teria que ser de 250 m2. Art. 4°, lei n° 6.766/79. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: II. os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; QUESTÃO OBJETIVA: Letra E Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Caso Concreto 8 QUESTÃO DISCURSIVA: a) Os bens acessórios descritos na questão são compreendidos como benfeitorias na forma do art. 96, CC/02, uma vez que foram colocados no bem imóvel por ação dos possuidores. Dessa forma, o conserto das infiltrações se enquadra na definição de benfeitorias necessárias, levando em consideração o fato da finalidade de conservar o bem, ou evitar a sua deterioração. Por outro lado, a aplicação de papel de parede em todos os quartos pode ser conceituada como benfeitoria voluptuária, levando em consideração a finalidade de mero embelezamento. Por fim, no que se refere a colocação do forno a lenha inamovível tem-se a definição de benfeitoria útil, tendo em vista o propósito de aumentar ou facilitaro uso do bem. Nesses termos, a que se levar em consideração a previsão normativa do art. 96, §§ 1°, 2° e 3°, CC/02. b) Inicialmente, é necessário registrar que a relação jurídica em questão envolve o contrato de comodato, uma vez que o objeto é considerado bem infungivel conforme previsão do art. 579, CC/02. Assim sendo, conclui-se que a regra a ser aplicada as benfeitorias acima descritas encontra assento no art. 584, CC/02. Dessa forma, os artigos 1219 e 1220, CC/02, tem aplicação subsidiária no que se refere as benfeitorias do contrato de comodato. Por outro lado, o exposto no art. 35 da lei n° 8.245/91, aplica-se exclusivamente aos contratos de locação de imóvel urbano e em especial naquilo a que se refere as benfeitorias voluptuárias vale destacar a previsão do art. 36 da lei n° 8.245/91. Ante o exposto, é certo que será reconhecido ao casal o direito de indenização alusivo a benfeitoria necessária (conserto das infiltrações), assim como o correspondente direito de retenção sem que haja direitos subjetivos sobre as benfeitorias úteis e voluptuárias. Art. 96, CC/02. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Art. 584, CC/02. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. Art. 1.219, CC/02. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Art. 1.220, CC/02. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. Art. 35, lei n° 8.245. Salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção. Art. 36, lei n° 8.245. As benfeitorias voluptuárias não serão indenizáveis, podendo ser levantadas pelo locatário, finda a locação, desde que sua retirada não afete a estrutura e a substância do imóvel. QUESTÃO OBJETIVA: Letra C Caso Concreto 9 QUESTÃO DISCURSIVA: a) em razão de não haver a possibilidade de manejar os efeitos por força da vontade, compreende-se que o reconhecimento de paternidade se enquadra no conceito de ato jurídico em sentido estrito. Ademais, há de se considerar que os efeitos do reconhecimento da paternidade decorrem diretamente da lei. b) por se tratar de um ato jurídico em sentido estrito não há espaço para a variação de efeitos através da autonomia privada. Assim sendo, a inclusão do sobrenome do pai é um direito que decorre da lei conforme disposição do art. 54 da lei 6.015/73, bem como das regras previstas da lei 8.560/82 que tem por finalidade reger a investigação de paternidade. QUESTÃO OBJETIVA: Letra B Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. § 1° A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: I. for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; II. corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; III. corresponder à boa-fé; IV. for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e V. corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração. § 2° As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei. Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. Caso Concreto 10 QUESTÃO DISCURSIVA: O caso concreto retrata uma hipótese de cláusula puramente potestativa, a qual estabelece uma condição exclusivamente vantajosa para uma das partes, dessa forma, tomando como fundamento o art. 122, parte final do CC/02, conclui-se que a referida condição tem natureza ilícita, razão pela qual é direito da parte interessada exigir a repartição dos lucros conforme previsão contratual sem que haja a incidência da cláusula quinta prevista no negócio jurídico, pois do contrário a transação violaria/afrontaria o disposto no art. 884 do CC/02. Dispositivo que veda o enriquecimento sem causa. Ante o exposto, assiste razão ao clube ituano futebol clube. Não menos importante, vale ressaltar que a ilicitude da cláusula que estabelece uma condição puramente potestativa não afeta a validade do contrato como um todo, atingindo apenas o seu dispositivo (princípio da conservação dos contratos). Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. QUESTÃO OBJETIVA: Letra B. Caso Concreto 11 QUESTÃO DISCURSIVA: Levando em consideração o fato de Maria Sofia ter sido induzida a erro, fica configurado a hipótese do art. 145 do Código Civil que destaca o dolo com justificativa para a anulação do negócio jurídico. Assim sendo, a invalidade do contrato de sessão de direitos atinge o interesse privado de Maria Sofia cabendo a ela ingressar com a ação anulatória no prazo decadencial de 4 anos a contar da data do contrato nos termos do arts. 171, II e 178, II sob pena de perda do direito potestativa de desfazer o negócio. Caso o prazo não seja observado o negócio será convalidado no tempo. Vale destacar que o analfabetismo de Maria Sofia não atinge não afeta sua capacidade civil, motivo pelo qual não pode-se dizer que o negócio jurídico é nulo já que Maria Sofia é considerada absolutamente capaz. Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I. por incapacidade relativa do agente; II. por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I. no caso de coação, do dia em que ela cessar; II. no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III. no de atos de incapazes, do dia em que cessara incapacidade. QUESTÃO OBJETIVA: Letra B. Art. 46. O registro declarará: I. a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II. o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III. o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV. se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V. se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI. as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. Caso Concreto 12 QUESTÃO DISCURSIVA: a) Por se tratar de um caso de estado de perigo no qual a pessoa assume uma obrigação com a finalidade de salvar sua vida sendo tal fato conhecido pela outra parte é certo que o negócio jurídico poderá ser anulado. Em razão do vício de vontade que torna a caução/contrato inválida. Entretanto, é necessário que a parte interessada ingresse com ação anulatória no prazo de 4 anos sob pena de decadência, conforme exposto no art 178, II, CC/02. b) Apesar de ficar identificado a invalidade da caução em decorrência do estado de perigo na forma do art. 156, CC/02 as despesas hospitalares poderão ser cobradas válidamente, desde que não sejam excessivamente onerosas pois do contrário a recusa dos pagamentos poderia dar ensejo ao enriquecimento sem causa, ver art. 884 do CC/02. QUESTÃO OBJETIVA: Letra E (art. 157, 156, CC/02). Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. § 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. § 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Caso Concreto 13 QUESTÃO DISCURSIVA: O código civil descreve as espécies de prova admitidas no direito nas regras previstas entre os artigos 212 e 232, entre elas a prova que decorre da presunção. Assim sendo, no caso em análise, diante da recusa do suposto pai em realizar o exame de DNA e da impossibilidade do juiz impor por sentença o exame de forma compulsória é assegurado nos termos do art. 2-A da lei 8.560/92 o reconhecimento da paternidade presumida, bem como disposição da súmula 301 do STJ. Com isso, conclui-se que o juízo procedeu de forma correta. Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante: I. confissão; II. documento; III. testemunha; IV. presunção; V. perícia. Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame. Art. 2°-A, lei n° 8.560/92. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos. Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. Súmula 301, STJ. Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade. QUESTÃO OBJETIVA: Letra C. Caso Concreto 14 QUESTÃO DISCURSIVA: a) o prazo prescricional para a propositura da ação de cobrança corresponde a 1 ano na forma do art. 206, §1°, I, a partir do momento em que o pagamento não foi realizado. b) tomando com preferencial do art. 202, VI do código civil, compreende-se que prescrição não está consumada, pois o pagamento espontâneo interrompe a contagem do prazo. Portanto, a cobrança do valor restante poderá ser proposta no prazo de 1 ano a contar da data do pagamento. QUESTÃO OBJETIVA: Letra C. Poder Familiar e Prescriação contra o absolutamente incapaz( art. 197, II, 198, I e art. 206, §3°, V, CC/02). Art. 197. Não corre a prescrição: I. entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II. entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III. entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 198. Também não corre a prescrição: I. contra os incapazes de que trata o art. 3 o ; II. contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III. contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art. 206. Prescreve: § 1° Em 1 ano: I. a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art3 § 3° Em 3 anos: V. a pretensão de reparação civil; Caso Concreto 15 QUESTÃO DISCURSIVA: Diante da prática do ato ilícito na forma do art. 186 e o consequente dano surge para a família da vítima o direito subjetivo de pretender indenização pelos danos morais e reparação pelos danos materiais, com fundamento no art. 927 do código civil. Ademais, o filho menor impúbere represetando pelo seu pai tem direito a requerer o pagamento de alimentos até atingir a maior idade levando em consideração a presunção de dependência econômica. Vale salientar que no caso conceto a responsabilidade civil tem natureza objetiva, conforme exposto no art. 25 da lei n° 8.987/95 . Outrossim, pode-se fazer menção ao art 17 do código de defesa do consumidor que cuida do consumidor por equiparação combinado com o art 14 da referida norma. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Art. 25, lei n° 8.987/95. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. § 1° Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados. (Vide ADC 57) § 2° Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros a que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder concedente. § 3° A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento das normas regulamentares da modalidade do serviço concedido. Art. 14, Código de Defesa do Consumidor. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração ascircunstâncias relevantes, entre as quais: I. o modo de seu fornecimento; II. o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III. a época em que foi fornecido. § 2° O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5511026 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I. que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II. a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. Art. 17, Código de Defesa do Consumidor. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. QUESTÃO OBJETIVA: Letra B.
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