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resenha Christus Vivitt (2019_07_03 19_30_07 UTC)

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INSTITUTO DIOCESANO CORAÇÃO DE MARIA
São João da Vista, 30 de maio de 2019
Cainã Ferreira da Silva
Metodologias Científica e do Estudo – Pe. Carlos Eduardo Alves
Resenha: FRACISCO, Papa. Christus Vivit: Exortação Apostólica Pós-Sinodal. A Santa Sé, 2 de abr. de 2019. 74 pg. Disponível em: <https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/events/ event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2019/4/2/christus-vivit.html>. Acesso em: 11 abr. 2019. 
Jorge Mario Bergoglio, nasceu em Buenos Aires, Argentina, no ano de 1936, formado em filosofia e teologia no Colégio São José em São Miguel, Religioso Jesuíta desde de 1973 e sacerdote desde de 1969. Nomeado cardeal em 2001 e eleito Papa, por nome de Francisco, desde de 13 de março de 2013. É autor dos livros meditacionaes para religiosos (1982), reflexiones sobre la vida apostólica (1986) e reflexiones de esperanza (1992), e como Sumo Pontífice apresenta uma infinidade bibliográfica quanto pastor da Igreja Católica em que pode-se citar a Exortação Apostólico Gaudet et exsultat na qual faz referência neste documento.
Por nome de Christus Vivit (Cristo Vive) a Exortação Apostólica Pós-Sinodal é um documento que o Papa Francisco procura por meio de informações e discussões colhidas em um Sínodo, ocorrido em Roma, com um grande número de jovens cristãos e não cristãos e bispos do mundo todo, discutir sobre “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
O título da primeira parte é: “Que diz a Palavra de Deus sobre os Jovens”. O autor expõe algumas passagens bíblicas do novo e antigo testamento, que têm como personagens protagonistas os jovens, e como o Senhor relacionou com eles de forma misericordiosa e esperançosa em seus momentos de luta, apego, pecado, imprudência, chamado a uma missão, e complexo de inferioridade. O papa foi feliz em ilustrar estas figuras, pois mostra ao público a ação de Deus com sua bondade para com esta fase da vida.
 No segundo capítulo, que tem por tema: “Jesus Cristo Sempre Jovem”, o Papa diz de alguns pontos da Juventude Jesus, convidando levar este Cristo jovem por meio da igreja. Demonstra a suma importância desta promover a escuta da juventude para seu próprio bem e da humanidade. No fim deste capítulo cita a figura de Maria, como exemplo de mulher que soube escutar e responder com generosidade a Deus o seu chamando, assim como outros bons exemplos de santos. O autor ao discorrer sobre a juventude de Jesus, ele cativa o leitor a ler o documento ao demonstrar Jesus, que teve sua fase juvenil, assim como exemplos de santos e de Maria, trazendo a figura destes próximos ao público desejado da Exortação Apostólica.
No terceiro capítulo tem como temática: “ Vós Sois Agora de Deus”, o Romano pontífice expõe pontos positivos e necessários da igreja se abrir para uma escuta da juventude, por causa de diferentes contextos de juventude como o da globalização, história, por exemplo. Coloca também alguns problemas correntes na atualidade do jovem, por meio da coleta de informações obtidas no sínodo de um público juvenil católico e não católico. Este capítulo mostra-se de grande importância, para líderes e estudiosos que trabalham com jovens, em vista da exposição de realidades ocorrestes entre os jovens, e ganha-se valor o texto, ao dizer que se coletou opiniões de não católicos, no qual demonstra uma Igreja que escuta sustentando seu argumento anterior.
O Sumo Pontífice no quarto capítulo cativa o leitor por meio do título: O Grande Anúncio para Todos”, como uma notícia para trabalhar três verdades para o jovem: em que Deus ama-os, Cristo é o salvador e, Ele vive. Para quem lê o texto, sobretudo a este a quem se dirige, levanta a autoestima, e quebra paradigma de um Deus distante, ao expor que Ele é próximo e demonstra a dignidade do jovem por meio do Sacrifício de Cristo pagado na Cruz, que podem contar com Ele como amigo, luz, pois deu a palavra definitiva sobre a morte.
O Santo Padre no quinto capítulo inscrito sobre o “Percursos da Juventude” descreve-a como um tempo de bênçãos, mas também cheio de dificuldades. E pede para que este público fuja da tristeza e preocupações para viver o momento presente. Convida o jovem para que desenvolva uma amizade com Cristo para fortalecimento de sua própria identidade. E deixa explícito que o Crescimento está relacionado `a santidade e o maturação está em se desenvolver, mas sem deixar de lado valores essenciais construídos neste período da vida. Por fim, coloca a caridade como sinal do desenvolvimento espiritual, e por meio dela, demanda o engajamento do jovem na sociedade como uma atitude missionária para a própria realização. Em consonância com o quarto capítulo, é louvável a atitude do Papa ao expor conselhos práticos para o seu crescimento que firma sua coerência textual entre os capítulos.
No sexto capítulo, que se intitula: “ Jovem com Raízes”, Francisco explicita o perigo que certas ideologias que procuram destruir a identidade dos jovens por meio de manipulações para fins de interesses próprios, e chama a atenção de quem está lendo ao expressar-se pelo termo "adoração da juventude”. Ressalta a importância da bagagem histórica, carregada pelos mais velhos, como um alicerce para uma nova sociedade, e para a saúde pessoal da juventude. E caracteriza aquele grupo como "guardiões da memória”. Ao colocar expressões como estas, mostra um vocabulário que chama a atenção, e demonstra a preocupação do Sumo Pontífice, fazer-se próximo e claro à linguagem do jovem. Por fim ressalta a importância de os dois grupos caminharem juntos. 
O sétimo capítulo tem o título de: “A Pastoral dos Jovens, a Santidade declara que pessoas desta fase da vida não são atraídas mais por um esquema metódico, passivo, mas ativo na pastoral juvenil. E quando exorta sobre uma pastoral próxima à juventude, diz da criação de lares onde o jovem possa ser acolhido, sem fim pessoais, para poder encontrar-se com outros jovens que dividam suas experiências. Em vista disso declara num tipo de escola que preparem o jovem para o que irá viver em sociedade. Neste sentido, instiga a criação de uma pastoral juvenil popular, de cunho mais flexível. Por fim, pede uma ação missionário neste sentido de pastoreio pelos jovens para seu próprio desenvolvimento, finalizando com o pedido de acompanhamento deste grupo, por líderes capacitados, para o discernimento vocacional. Neste capítulo, é audacioso e ao mesmo tempo coerente com seu pensamento, pois pede uma “igreja em saída” em seus discursos para o Povo de Deus, e cai como uma exortação também para grupos rígidos em seus sistemas neste projeto juvenil. E ao falar sobre acompanhamento vocacional deixa uma linha de questionamento para quem busca orientação.
O capítulo oito, denominado “A Vocação”, o sucessor de Pedro comenta sobre a vocação em si. Declara que o chamado primeiro que o Senhor faz ao jovem é à amizade, usa de figuras bíblicas para reforçar seu argumento. Trata também da vocação no sentido específico do chamado a estar a serviço. Enfatiza que é importante reconhecer se é apto para ela e, desenvolvimento daquilo que já se possui para seu discernimento. Neste caminho de serviço, na vida do jovem, cita Francisco, estar muito relacionado à" formação duma nova família e o trabalho”. No fim do capítulo expõe positivamente a vocação à vida religiosa e sacerdotal. Ao colocar pontos reflexivos sobre o tema vocacional no capítulo, o Papa foi oportuno, pois leva quem o lê há um exame de consciência sobre o próprio chamado em si que o senhor faz individualmente, no qual poderia fomentar passos práticos para seu discernimento. 
 No capítulo nove que se intitula: “o discernimento” o Vigário de Cristo explica a importância da formação da consciência para o mesmo, expondo passos práticos como o silêncio e solidão, no intuito de disposição de escuta do senhor e sobre o que se pode oferecer ao mundo, reconhecendo a "chamada dum amigo". No que diz respeito da escuta e acompanhamento aconselha primeiramente o “ouvir” o outro, em seguida três sensibilidades para este fim: a primeira é a atenção à pessoa,segunda é no discernir, e a terceira em escutar os impulsos. Finaliza com maria como exemplo de trilhar estas vias. E desejo que o jovem busque Deus e o serviço ao que sofre. O Sucessor de Pedro é conveniente ao traçar passos funcionais no fim do documento, porque para quem o perscruta culmina para um processo de autorreflexão na vida vocacional e sem estes passos, poderia ficar incongruente o objetivo desta Exortação Apostólica.
Recomenda-se a leitura deste documento, sobretudo ao público juvenil e a líderes juvenis, pois apresenta tanto apresentação da realidade atual da juventude cristã, como também reflexões, exposições bíblicas sobre este grupo, e principalmente por ser um documento que é fruto da escuta da mesma em um sínodo, no qual coloca passos concretos de discernimento vocacional e argumentos cristocêntricos da dignidade do jovem que intercomunicam por meio de um vocabulário capaz de atingir grande público a mensagem desejada.

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