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ASPECTOS DO TREINAMENTO E DA PERIODIZAÇÃO Fundamentos Princípios Científicos Unidade Estrutural Qualidades Físicas Efeitos Fisiológicos Treinamento Cardiopulmonar Treinamento Neuromuscular Periodização Prof.Ms. Jurandir F. Cavalcante Jurafisio@hotmail.com 88788018 FUNDAMENTOS Conceito Pode-se dizer que treinamento desportivo é um conjunto de métodos e estratégias usadas para que um atleta atinja a sua plenitude física, técnica e psicológica visando executar uma performance máxima num período determinado. “É a forma fundamental de preparação, baseada em exercícios sistemáticos, representando um processo organizado pedagogicamente com o objetivo de direcionar a evolução do desportista” (Matveiev, 1983). FUNDAMENTOS Definições Técnica É um conjunto de procedimentos e conhecimentos capazes de propiciar a execução de uma atividade específica, de complexidade variável, com o mínimo de desgaste e o máximo de performance. Preparação técnica É um conjunto da atividades e ensinamentos que o atleta assimila, visando a execução do movimento desportivo com um máximo de eficiência e um mínimo de esforço. FUNDAMENTOS Definições Tática É a arte de dispor nossos recursos (atletas, técnicos, materiais,etc) de maneira a explorar ao máximo os pontos fracos do adversário, ao mesmo tempo que se minimizam as nossas próprias deficiência. Preparação Tática É o conjunto de procedimentos que irá assegurar ao atleta ou equipe a utilização dos princípios técnicos mais adequados a cada situação da competição ou do adversário. FUNDAMENTOS Definições Preparação Psicológica É a parte do treinamento desportivo que trabalha com as características individuais hereditárias (genótipo) e influências assimiladas do meio (fenótipo) de forma que interfiram positivamente na performance do atleta. Preparação Física Constitui-se pelos métodos e processos de treinamento, utilizados de forma seqüencial em obediência aos princípios da periodização e que objetivam levar o atleta ao ápice de sua forma física específica a partir de uma base geral dada previamente. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Individualidade Biológica É a capacidade única dos seres vivos de responder ao agente estressor. É influenciado pela união do Genótipo + Fenótipo Consiste em mudanças estruturais, funcionais e biológicas, geralmente irreversíveis, que passam de gerações para gerações. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Individualidade Biológica Qualquer ser vivo, é o resultado da interação do meio ambiente com o Genótipo. Que é expressado no Fenótipo. FENÓTIPO = GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Adaptação É a famosa genética, alguns têm maior facilidade de desenvolver uma capacidade física em comparação a outros mesmo ambos desenvolverem o mesmo princípio de treinamento desportivo. Devemos entender que homeostase é o estado de equilíbrio instável mantidos entre os sistemas constitutivos do organismo, e o existente entre este e o meio ambiente PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS O Desenvolvimento da condição de treinamento é muito rápida no início, tornando-se cada vez mais lenta PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação Endógenos Idade Sexo Hereditariedade Condição de treinamento Condição de saúde Perfil psicológico (motivação) etc... PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação Exógenos Qualidade e quantidade da sobrecarga Alimentação Meio social Clima Recuperação etc... PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação Os Estímulos Hans Selye estudou os efeitos que os estímulos causavam nos seres humanos chamando-os de estímulos de STRESS e aos Efeitos SAG - Síndrome de Adaptação Geral Os estímulos (STRESS) podem ser: 1 Débeis ou fracos => Não implicam em modificações; 2 Médios => Apenas excitam ou provocam pequenas alterações 3 Fortes => Provocam Adaptações; 4 Muito Fortes => Provocam Danos. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação Cuidado: É muito comum associar-se ESTRESSE a estresse mental. Portanto é muito importante para o profissional conscientizar seus atletas do real significado. O STRESS EUSTRESS - quando é assimilado DISTRESS - quando não é assimilado STRESS É SINÔNIMO DE ESTÍMULO PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação O Estresse pode ocorrer de diferentes formas: Stress Físico => Exercícios Físicos, Dor. Stress Bioquímico => Substâncias Químicas, como Álcool, Fumo, drogas, etc. Stress Mental => Ansiedade, Angústia, etc. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação Capacidade de Adaptação ou Adaptabilidade É a denominação das diferentes formas de assimilação de estímulos, frente à mesma quantidade e qualidade de sobrecarga de treinamento. Síndrome de Adaptação Geral (SAG) Existem várias formas de reagir frente a um estímulo muito forte e dentre eles estão: PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Fatores que influenciam na Adaptação 1 - Cansaço => Sensação subjetiva de desgaste. 2 - Fadiga => Depleção das reservas energéticas aliada ao acumulo de catabólitos provocando diminuição grave da performance ou ainda incapacidade temporária. 3 - Exaustão => Profundo desgaste orgânico com características progressivas que pode levar o atleta não só à incapacidade temporária como também a problemas graves de ordem médica. 4 - Sobretreinamento => Resultado do acúmulo de um estado de recuperação incompleta podendo levar o indivíduo a um estado de incapacidade crônica. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga Diz respeito à capacidade do exercício de ultrapassar as demandas fisiológicas, ou seja, os limites do corpo, obrigando o organismo a uma nova aclimação. Sabe-se que imediatamente após uma carga de trabalho, há uma recuperação ou reação do organismo, visando restabelecer a homeostase. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga A aplicação de um esforço específico visa estimular uma resposta adaptativa desejada, sem produzir um processo de desgaste físico exagerado. Pontos fundamentais: Superar o limite inferior de esforço. Não atingir o limite superior de esforço. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS 1 - Diminuição da capacidade de performance 2 - Elevação da capacidade de Performance 3 - Supercompensação PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga É aqui que existe o período da supercompensação ou de restauração ampliada. Com a aplicação de estímulos de treinamento, produz-se alterações estruturais, tanto somática como funcionais, provocando no período de recuperação o retorno aos níveis iniciais e inclusive de melhora. Se encaixa logo após a recuperação indicando o nível de melhora. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga Teoria do estímulo - compensação Supercompensação destreino catabolismo anabolismo PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga Involução PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga Evolução PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Sobrecarga O tempo necessário para a recuperação é proporcional ao nível de treinamento do indivíduo e à qualidade da sobrecarga a que se submeteu. Para que um novo grupo de estímulos possam ter eficácia, deverão ser maiores que o anterior. A Supercompensação é gerada pela aplicação correta de cargas e ciclos de recuperação. Quando as cargas são aplicadas sem a recuperação devida, após algum tempo pode aparecer a condição de SOBRETREINAMENTO. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Interdependência Volume - Intensidade Para se obter melhora de performance é importante o aumento no trabalho durante a preparação. Este aumento de sobrecarga pode ser através do volume ou intensidade de trabalho. Para escolher qual incidência de sobrecarga melhor deve-se levar em conta dois fatores: A qualidade física visada O período de treinamento PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS VOLUME INTENSIDADE Número de Repetições Kilagem Número de Séries Intervalo de descanso Distância Angulação ou Amplitude Tempo Inclinação Velocidade de movimentos PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Continuidade Este princípio baseia-se em todos relatos citados até agora, desta maneira, fica claro que para se realizar um treinamento com qualidade, além de elevar as cargas de trabalho gradualmente, precisa-se de uma continuidade a fim de que estas qualidades físicas se mantenham em evolução. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Continuidade Reza que o resultado desportivo só se faz com perseverança. São necessários meses e muitas vezes anos para se desenvolver as capacidades físicas. Apesar de se fazerem necessárias interrupções nos treinamentos para se permitir a devida recuperação, toda a quebra do treinamento acima das necessidades fisiológicas traduz-se em queda de desempenho. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Continuidade Um dos grandes problemas do treinamento é o da readaptação de atletas após longos períodos afastados do treinamento, pois existe uma tendência em se acreditar que ainda se conserva a forma desportiva. A) Força dinâmica e hipertrofia = obtida após 12 microciclos B) Força explosiva e estática = após 6 microciclos C) Resistência anaeróbia = após 7 microciclos D) Resistência aeróbia = após 10 microciclos E) Resist.muscular localalizada = após 8 microciclos F) Velocidade de movimentos e flexibilidade = após de 16 microciclos PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Continuidade Deste princípio ressaltam dois aspectos: A interrupção controlada do treinamento Pode variar de poucos minutos até 48hs A duração do período de treinamento Vai depender do atleta e do desporto O grande segredo deste princípio é a aplicação de nova carga de trabalho durante o período de recuperação ampliada, ou seja, antes que o organismo volte ao seu nível de homeostase inicial. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Continuidade Observe que o limiar do aluno vai aumentando Catabolismo Anabolismo Supercompensação PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Especificidade Este princípio veio a completar os anteriores. Diz que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva. Isso quer dizer que o treinador deve enfatizar no treino do seu atleta as qualidades físicas intervenientes, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações necessárias a fim de que ele atinja uma melhor performance. Qualidade Física Característica Sistema Energético Via Energética Velocidade Altíssima intensidade Curtíssima duração Anaeróbico Alático ATP-CP Resistência Anaeróbia Alta intensidade Curta duração Anaeróbico Lático Ácido lático Resistência Aeróbia Baixa intensidade Alta duração Aeróbio Oxidativa PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Especificidade Um estímulo só é eficaz quando é específico para o desporto ou ato motor a que se destina O organismo dispõe de uma capacidade muito pequena de transferir a especificidade de estímulos provocados por cargas com diferentes finalidades. Isto faz necessário determinar-se com precisão as qualidades físicas envolvidas no desporto, metabolismo energético, segmentos corporais, gesto desportivo. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Adaptações funcionais e orgânicas relacionadas com cada componente da aptidão física, serão produzidas somente por meio de esforços físicos específicos para cada indivíduo. O organismo sempre se adapta de forma específica ao esforço que lhe é oferecido. Exercícios aeróbios deverão provocar adaptações no sistema cardiorrespiratório. Princípio da Especificidade PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Especificidade Desta forma devem ser descartadas formas de treinamento que não tenham um alto índice de afinidade com a modalidade desportiva. Na fase específica deve-se criar condições de treinamento próximas das condições de competição. Um treinamento de Resistência Aeróbia para natação não deverá melhorar significativamente a capacidade de desempenho de um corredor, podendo ao contrário piorá-la. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Especificidade O tempo necessário para reverter os efeitos do treinamento é proporcional ao tempo de treinamento. Quanto maior for a base de treinamento, mais lenta será a queda de performance. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Reversibilidade As adaptações e benefícios são transitórios. As adaptações orgânicas provocadas pelo organismo tendem a voltar aos estados iniciais após a paralisação, ou longas interrupções nos treinamentos. Os benefícios para a saúde dos programas de atividade física permanecem somente enquanto a pessoa permanece ativa. “estilo de vida ativo”. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Princípio da Reversibilidade É muito importante conscientizar o praticante que os efeitos do treinamento são totalmente reversíveis (Robergs e Roberts, 2002) UNIDADE ESTRUTURAL Propriedades Neurofisiológicas A Unidade Motora É a unidade funcional do movimento. Constituída no Neurônio Motor anterior e nas fibras musculares específicas que inerva. As contrações musculares resultam da ação destas unidades individuais ou combinadas. O Motoneurônio anterior (alfa) Consiste de um corpo celular, um axônio e dendritos. Transmite o impulso eletroquímico da medula para o músculo. UNIDADE ESTRUTURAL Unidade Motora UNIDADE ESTRUTURAL Motoneurônio Alfa UNIDADE ESTRUTURAL Propriedades Neurofisiológicas Junção Neuromuscular ou Placa Motora Não é nada mais que o espaço entre a extremidade de um motoneurônio mielinizado e uma fibra muscular. Serve para transmitir o impulso nervoso (acetilcolina) que irá desencadear o processo de contração muscular. Observar a Membrana pré-sináptica. Observar a Membrana pós-sináptica. Observar a Junção Neuromuscular e Fenda Sináptica. UNIDADE ESTRUTURAL Junção Neuromuscular ou Placa Motora UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura do Músculo Esquelético É formado por feixe de células cilíndricas muito longas, multinucleadas e com estriações transversais Podem ter contrações rápidas ou lentas Apresentam contrações voluntárias São tão diferenciadas que seus componentes apresentam nomes específicos: Sua membrana é chamada de Sarcolema Seu citoplasma é chamado de Sarcoplasma Seu retículo endoplasmático é chamado de Retículo Sarcoplasmático Suas mitocôndrias são chamadas de Sarcossomas UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético É formado por fibras longas, finas e multinucleadas em paralelo umas as outras. O Epimísio é uma fáscia de tecido conjuntivo fibroso que circunda o músculo inteiro e se afunila para formar o que conhecemos como tendões. O Perimísio circunda um feixe de até 150 fibras denominado de fascículo. UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético O Endomísio envolve cada fibra muscular e separa as fibras vizinhas. Debaixo do Endomísio e circundando cada fibra muscular única existe o Sarcolema, uma membrana fina e elástica que envolve o conteúdo celular da fibra (é a membrana plasmática da célula muscular). UNIDADE ESTRUTURAL Camadas de proteção de um músculo UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético Seguindo dentro de cada fibra muscular única existem Fibrilas ou Miofibrilas. Estas Miofibrilas são formadas por unidades ainda menores, os Filamentos ou Miofilamentos, paralelos ao eixo longitudinal da Miofibrila. Estes Miofilamentos consistem principalmente de conjuntos ordenados de duas proteínas, Actina e Miosina, que perfazem cerca de 85% do complexo Miofibrilar. UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético Os outros 15% são formados com proteínas como a tropomiosina, troponina, proteína M e C. O Sarcômero constitui a unidade estrutural de uma fibra muscular, ou unidade básica de repetição entre duas linhas Z. Entre estas duas linhas Z, com uma faixa M no meio, estão os filamentos espessos de Miosina e os filamentos finos de Actina , deslizando entre si contribuindo para o processo de contração muscular. UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético Proteínas das Miofibrilas Actina Tem o formato de estruturas longas e fibrosas em hélice dupla. Sua unidade é conhecida como Actina G (Globular) A união das Actinas Gs formam a Actina F habitualmente chamada de Actina. Cada monômero de Actina G tem uma região específica onde a miosina pode se combinar A Actina se inicia na linha Z. As que se aproximam e vão para lados opostos são de polaridades diferentes. UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético Tropomiosina É uma molécula longa e fina, polarizada, estruturada em alfa-hélice uma enrolada a outra. Se enrolam sobre a Actina na fenda que existem entre seus dois filamentos. Cobre sete moléculas de Actina F e tem uma subunidade de Troponina preso a sua superfície. Troponina É um complexo de três subunidades globulares. Tnt - se liga fortemente a miosina. TnC - tem grande afinidade pelos íons Cálcio. TnI - inibe a interação entre a Actina e a Miosina. UNIDADE ESTRUTURAL Estrutura de um Músculo Esquelético Miosina É uma molécula que tem forma de bastão enrolados em hélice ao longo de toda sua extensão. Numa extremidade a Miosina apresenta uma saliência globular ou cabeça que tem capacidade de se ligar a Actina. Na cabeça há locais específicos para combinação com ATP. O restante na Miosina tem formato de bastão. A zona H, mais especificamente a faixa M, é constituída exclusivamente de cabeças de Miosina (encaixe). A cabeça com uma pequena porção de bastão forma pontes transversas ligando a Miosina a Actina. Estas ligações são conhecidas como Pontes cruzadas. UNIDADE ESTRUTURAL Miofilamentos Musculares UNIDADE ESTRUTURAL Fibra ou Célula Muscular UNIDADE ESTRUTURAL Sarcômero UNIDADE ESTRUTURAL A Fisiologia da Contração Muscular Quando numa necessidade de contração muscular haverá liberação de acetilcolina no final da fibra do motoneurônio alfa (próximo a junção neuromuscular ou placa motora). A acetilcolina atravessa a fenda sináptica (passando da fenda pré-sináptica para pós-sináptica). Desta maneira a acetilcolina entra pelos túbulos T, vai até o Retículo Sarcoplasmático despolarizando-os e liberando Ca+ para o Sarcoplasma. UNIDADE ESTRUTURAL A Fisiologia da Contração Muscular O CA+ liberado para o sarcoplasma se liga ao complexo troponina- tropomiosina dos filamentos de Actina. Desta forma é eliminada a inibição que havia entre a ligação de actina e miosina. Há, portanto, a ligação de actina e miosina. Desta maneira a miosina puxa a actina através da sua ligação ocorrendo o Processo de Contração Muscular. Após este processo a liberação do CA+ deve ser inibida para ocorrer o relaxamento muscular. UNIDADE ESTRUTURAL Fisiologia da Contração Muscular UNIDADE ESTRUTURAL Postura do Sarcômero e suas Miofibrilas durante o movimento UNIDADE ESTRUTURAL Tipos de Fibras Musculares Fibras Tipo I ou de Contração Lenta Conhecidas como Aeróbias. Possuem altos níveis de mioglobina por isso apresentam-se mais avermelhadas Compostas por mitocôndrias grandes e numerosas. São muito resistentes à fadiga. Apropriadas para exercícios aeróbios prolongados. UNIDADE ESTRUTURAL Tipos de Fibras Musculares Fibras Tipo II ou Contração Rápida Conhecidas como Anaeróbias. Possuem baixos níveis de mioglobina por isso apresentam-se mais brancas. São pouco resistentes à fadiga. Apropriadas para exercícios anaeróbios de alta velocidade. UNIDADE ESTRUTURAL Subtipos de Fibras Tipo II Fibras Tipo IIa intermediária Possui alto potencial anaeróbio. Alta velocidade de encurtamento. Capacidade moderadamente bem desenvolvida para transferência de energia das fontes aeróbias e anaeróbias. São conhecidas como fibras rápidas-oxidativas-glicolíticas (ROG). UNIDADE ESTRUTURAL Subtipos de Fibras Tipo II Fibras Tipo IIb Possui o maior potencial anaeróbio Contém a maior velocidade de encurtamento Capacidade moderadamente bem desenvolvida para transferência de energia das fontes aeróbias e anaeróbias São conhecidas como as “verdadeiras” fibras rápidas-glicolíticas (RG) UNIDADE ESTRUTURAL Tipos de Contração Muscular Isotônico Concêntrica Isotônica Excêntrica Isométrica Combinado ou Auxotônico Isocinético UNIDADE ESTRUTURAL Isotônico Concêntrico É o movimento em que o músculo ao trabalhar, se contrai aproximando a origem da inserção. Desta forma o torque muscular supera o torque da carga. É conhecido como trabalho positivo pois o trabalho realizado segue o mesmo sentido do vetor desejado superando a resistência. UNIDADE ESTRUTURAL Isotônico Excêntrico É o movimento em que o músculo ao trabalhar, se estende, afastando a origem da inserção. Desta forma o torque muscular é menor que o torque da carga. É conhecido como trabalho negativo, pois a distância percorrida é oposta ao sentido do vetor desejado sendo superado pela resistência. UNIDADE ESTRUTURAL De acordo com os exercícios a seguir localize a região do corpo onde se encontra a musculatura que está realizando uma Contração Isotônica Concêntrica e Contração Isotônica Excêntrica. UNIDADE ESTRUTURAL 1. 2. 3. 4. UNIDADE ESTRUTURAL 5. 6. 7. 8. UNIDADE ESTRUTURAL 9. 10. 11. 12. UNIDADE ESTRUTURAL 13. 14. 15. 16. UNIDADE ESTRUTURAL Isométrica Esta contração ocorre quando a força muscular se equipara à resistência e o comprimento do músculo permanece relativamente constante. Neste caso o torque muscular é igual ao torque da carga. Não existe movimento articular. UNIDADE ESTRUTURAL De acordo com o movimento abaixo localize a região do corpo onde se encontra a musculatura que está realizando uma Contração Isométrica. UNIDADE ESTRUTURAL De acordo com o movimento abaixo localize a região do corpo onde se encontra a musculatura que está realizando uma Contração Isométrica. UNIDADE ESTRUTURAL Combinado ou Auxotônico É a combinação dos trabalhos concêntricos, excêntricos e isométricos devido um objetivo ou uma fase do movimento difícil de ser vencida devido uma desvantagem mecânica. Observa-se esta dificuldade quando há uma perca de postura ou equilíbrio. UNIDADE ESTRUTURAL Isocinético: É quando o trabalho muscular é caracterizado por velocidade angular constante em toda amplitude de movimento. É realizado em aparelhos próprios como o dinamômetros isocinéticos. Muito utilizado para avaliação de força muscular entre flexores e extensores do joelho. UNIDADE ESTRUTURAL Dinamômetro Isocinético UNIDADE ESTRUTURAL A Freqüência Cardíaca É a quantidade de batimentos que o coração bate a cada minuto. Desta maneira a cada batida o coração bombeia uma determinada quantidade de sangue para a corrente sanguínea, visando nutrir e oxigenar todo o corpo. Com o hábito de praticar exercícios, você faz com que o seu coração se desenvolva, ficando maior(volume) e mais forte (intensidade) do que o coração de uma pessoa sedentária. Com isso, ele bombeia o sangue com maior eficiência e isso faz com que a sua freqüência cardíaca seja menor para movimentar um mesmo fluxo sanguíneo a cada minuto. Consequentemente o indivíduo passará a correr, andar ou pedalar mais para um mesmo número de batimentos cardíacos UNIDADE ESTRUTURAL A Freqüência Cardíaca Sua importância se dá quando: No cálculo da zona alvo No monitoramento de um indivíduo antes, durante ou após atividade física Na análise do nível de condicionamento de um indivíduo Na análise da reação do indivíduo a mudanças de um determinado volume ou intensidade Cálculo da Zona Alvo A intensidade pode definida pela fórmula de Karvonen sempre entre dois limiares de acordo com os objetivos; Fc(máxima) = 220 – idade ou Fc(submáxima) = 195 – idade. Fc(repouso)- medida após acordar ou pelo menos 20 minutos de repouso com o cliente deitado. Fc(reserva)= Fc(máxima/submáxima) - Fc(repouso) Cálculo de Zona Alvo Analise suas zonas alvo de acordo com objetivos: Zona de atividade moderada - 50 a 60% da Fc (máxima ou submáxima). Zona de controle de peso (lipolítica) - 60 a 70% da Fc (máxima ou submáxima). Zona aeróbia (glicolítica) - 70 a 80% da Fc (máxima ou submáxima). Zona anaeróbia - 80 a 90% da Fc (máxima). Zona de esforço máximo - 90 a 100% da Fc (máx). Cálculo da Zona Alvo Agora pegue a Fc(reserva), multiplique pelo limite inferior e some com a Fc(repouso). Depois faça o mesmo, multiplique pelo seu limite superior e some com a Fc(repouso). Se você não tiver freqüencímetro divida o resultado obtido de cada limite por 4 para verificar esta freqüência em 15 segundos. Pronto, acompanhe seu cliente com segurança e anote suas evoluções para futuros aumentos de volume e intensidade. UNIDADE ESTRUTURAL A Freqüência Cardíaca e Zona Alvo Tabela de Freqüência Cardíaca Geral Para Homens Idade F.C. Máxima Zona Cardíaca de Controle de Peso (60% a 75% da F.C. Max.) Zona Cardíaca de Treinamento Aeróbio (75% a 85%) 20 200 120-150 150-170 25 195 117-146 146-166 30 190 114-142 142-162 35 185 111-138 138-157 40 180 108-135 135-153 45 175 105-131 131-149 50 170 102-127 127-145 55 165 99-123 123-140 60 160 96-120 120-136 65 155 93-116 116-132 70 150 90-112 112-127 75 145 87-108 108-125 80 140 84-105 105-119 UNIDADE ESTRUTURAL A Freqüência Cardíaca e Zona Alvo Tabela de Freqüência Cardíaca Geral Para Mulheres Idade F.C. Máxima Zona Cardíaca de Controle de Peso (60% a 75% da F.C. Máx.) Zona Cardíaca de Treinamento Aeróbio (75% a 85% da F.C. Máx.) 20 206 123-154 154-175 25 201 120-150 150-170 30 196 117-147 147-166 35 191 114-143 143-162 40 186 111-139 139-158 45 181 108-135 135-153 50 176 105-132 132-149 55 171 102-128 128-145 60 166 99-124 124-141 65 161 96-120 120-136 70 156 93-117 117-132 75 151 90-113 113-128 80 146 87-109 109-124 QUALIDADES FÍSICAS Divisão Velocidade Força Resistência Flexibilidade QUALIDADES FÍSICAS Velocidade Qualidade física que permite um indivíduo realizar uma ação no menor espaço de tempo possível. Tipos - velocidade de reação - velocidade de movimento É uma habilidade motora, dependente da genética para firmar sua capacidade. Depende de três fatores: Amplitude de movimento Força do grupo muscular empregado Eficiência neuromuscular QUALIDADES FÍSICAS Velocidade A amplitude influenciará na velocidade através do aumento da capacidade de repetição de movimentos cíclicos de membros. A força influenciará em movimentos que precisem de explosão na sua execução. A eficiência neuromuscular influenciará em atividades que exijam coordenação através da velocidade de reação. QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Velocidade de Movimentos Teste - de campo Corrida - de 50 metros Finalidade - avaliar a potência anaeróbia alática Material - Cronômetro, folha de anotação, pista de 100 metros marcada para os 50 metros Execução - partida só após o sinal Precauções - aquecimento adequado e explicar o teste ao avaliado Veja as tabelas a seguir: QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Velocidade de Movimentos Para Moças Para Rapazes Rocha & Caldas, 1978 CLASSIFICAÇÃO DO TESTE DE CORRIDA DE 50 METROS (Johson&Nelson, 1979) Velocistas Fraco Regular Bom Muito bom Excelente EXPERIENTES 5,7 5,6 5,5 5,4 < 5,4 NOVATOS 6,1 6,0 5,9 5,8 < 5,8 QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Velocidade de Reação Conhecido também com tempo de reação Finalidade - avaliar a velocidade de reação Material - barra metálica de 60 cm Objetivo - verificar o tempo para segurar a barra após ter sido largada Precauções - explicar o teste ao avaliado Execução - avaliado sentado com o braço apoiado e mão fora do apoio. A barra ficará na linha da mão. Haverá um sinal “atenção” “já” para largar a barra e a medição será em cm e mm O tempo de reação será calculado da seguinte formula: TR = d X 0,0313 onde d é a distância e TR é em seg QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Velocidade de Reação QUALIDADES FÍSICAS Força É a qualidade que permite a um músculo ou grupo muscular opor-se ou vencer uma resistência Tipos - Força Dinâmica - Força Explosiva - Força Estática QUALIDADES FÍSICAS Força Dinâmica É a força na qual se vence uma resistência por aumento da intensidade de sua execução e não pela velocidade. Depende da sua secção transversa, do sexo e da idade. Inicialmente a força será ganha por adaptações neuromusculares, ou seja, devido uma melhor sincronização muscular. Posteriormente haverá um aumento de força pelo aumento da secção transversal de um músculo, ou seja, hipertrofia. QUALIDADES FÍSICAS Força Dinâmica QUALIDADES FÍSICAS Força Dinâmica e Densidade Óssea QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Dinâmica Conhecido como teste de carga máxima Finalidade - verificar a força máxima de um determinado movimento. Material - máquina de musculação. Objetivo - o avaliado deverá realizar uma repetição em toda sua amplitude contra uma maior resistência que puder. Precauções - aquecer bem e explicar como será o teste ao avaliado. Existe hoje em dia como forma de precaução o teste de repetições máximas como mostrado a seguir: 1 1 2 1,07 3 1,10 4 1,13 5 1,16 6 1,20 7 1,23 8 1,27 9 1,32 10 1,36 QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Dinâmica Teste de carga máxima - Equações Preditivas Brzvcki 1RM = 100 x carga / (102,78 – 2,78 x repet.) Epley 1RM = (0,0333 x carga) x repet. + carga Lander 1RM = 100 x carga / (101,3 – 2,67123 x repet.) O’Connor 1RM = carga (1 + 0,025 x repet.) Todas estas equações devem usar de 7 a 10 repetições QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Dinâmica Teste de carga máxima - Equações Preditivas Epley 1RM = carga (1,149) + 0,7119 (SEE = 1,915) 1RM = carga (1,175) + repet. (0,839) – 4,2978 (SEE = 0,728) Todas estas equações devem usar de 4 a 8 repetições QUALIDADES FÍSICAS Força Explosiva Alguns autores consideram que juntamente com a resistência aeróbia ou anaeróbia, ela seja uma das qualidades mais importantes para a prática desportiva. É também conhecida como Potência Desta maneira para se obter esta valência física une-se o trabalho de força dinâmica ao trabalho de velocidade. (P = Fd X V) QUALIDADES FÍSICAS Força Explosiva Pode ser trabalhada de duas maneiras: Método direto - através de trabalhos com maior carga possível sem variações de velocidade. Método indireto – através de treinos compostos pela associação de força dinâmica seguida de atividades com velocidade de movimento. QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Explosiva Teste de impulsão horizontal Objetivo - avaliar a capacidade de impulsão horizontal dos membros inferiores. Material - solo quadrado em centímetros. Procedimento - atleta se posiciona no ponto de origem da escala com os pés em paralelo. Salta o mais distante que puder podendo auxiliar. com os membros superiores. São três tentativas sendo anotada a melhor marca. Precaução - se possível um tatame à frente da fita e explicar ao avaliado sobre o teste. QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Explosiva Teste de impulsão horizontal QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Explosiva Teste de impulsão vertical Objetivo - avaliar a capacidade de impulsão vertical dos membros inferiores Material – tábua de 30cm de largura por 1,50 m de comprimento graduada em centímetros e milímetros fixada em uma parede a partir de 2 metros de altura. Procedimento – o atleta com os pés juntos, se posiciona atrás de uma linha traçada a 30 cm da tábua. Com magnésio na ponta dos seus dedos salta o mais alto que puder. São três tentativas partindo da posição agachada. O resultado é avaliado pelo índice de eficiência abaixo: peso(kg) x altura alcançada(cm) x 0,4263 IE=____________________________________ estatura (cm) QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Força Explosiva Teste de impulsão vertical QUALIDADES FÍSICAS Força Estática É uma valência física que usa a contração isométrica como principal suporte de treino Lembramos que na contração isométrica não há movimento, mas há uma deformidade dos componentes elásticos do músculos em série devido à contração da suas miofibrilas QUALIDADES FÍSICAS Força Estática Vantagens Não precisam de material específico Execução simples Menos riscos de lesões musculares Trabalha grupos musculares específicos em angulações escolhidas Requer pouco tempo de treinamento QUALIDADES FÍSICAS Força Estática Desvantagens Surgimento precoce da fadiga Não melhora velocidade ou coordenação Não provoca capilarização no músculo Trabalha poucos grupos musculares por vez Não permitem trabalhos em diversos ângulos Provocam aumento da tensão arterial QUALIDADES FÍSICAS Resistência É a qualidade física que permite o corpo suportar um esforço com determinada intensidade durante um certo tempo Tipos - Resistência Aeróbia - Resistência Anaeróbia - Resistência muscular localizada QUALIDADES FÍSICAS Resistência Aeróbia Qualidade física caracterizada por necessitar do uso do oxigênio e apresentar pequena ou moderada intensidade e grande volume. É a atividade física onde você obtém energia através do oxigênio a fim de produzir energia para os músculos. Requisitada em atividades com caráter cíclico como caminhada, corrida, pedalada ou qualquer atividade com estas características. QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Aeróbia Teste de 12 minutos (Cooper) Consiste em percorrer a maior distância possível em 12 minutos de corrida leve, moderada ou rápida; Com a distância percorrida realiza-se a estimativa do consumo de Oxigênio; VO²máx= D(em metros) – 504 / 45 O valor é em ml (kg.min)-¹ QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Aeróbia Teste de 2400 metros Consiste em percorrer correndo ou caminhando leve, moderado ou rápido a distância de 2400 metros no menor tempo possível; Com o tempo percorrido realiza-se a estimativa do consumo de Oxigênio; O tempo deve ser em segundos; VO²máx= (2400 X 60 X 0,2) + 3,5 / t em seg. O valor é em ml (kg.min)-¹ QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Aeróbia QUALIDADES FÍSICAS Resistência Anaeróbia Qualidade física caracterizada por apresentar grande intensidade e pequeno volume Dependendo da atividade não é necessário o oxigênio para o organismo produzir energia para os músculos Requisitada em atividades com caráter acíclico como tiros de velocidade, arranque no levantamento de peso ou qualquer outra atividade com estas características QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Anaeróbia Teste - de campo Corrida - de 40 segundos Finalidade - avaliar a resistência anaeróbia Material - pista de atletismo demarcada metro a metro, dois cronômetros, prancheta e apito. Execução - percorrer a maior distância possível em 40 segundos. Precauções - Aquecimento prévio Devem existir dois avaliadores A e B. O B deverá ficar a uma distância de 200 a 300 metros do avaliado e marcar o ponto exato ao final dos 40 segundos. Após o teste manter um corrida leve QUALIDADES FÍSICAS Resistência Muscular Localizada É a capacidade de um músculo ou grupo muscular suportar repetidas contrações Conhecido como trabalho resistido Requisitada em atividades que o músculo precise vencer uma resistência como levantar uma barra com anilha, esticar um tubo elástico ou mola e realizar movimentos com caneleiras dentre outros QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Muscular Localizada Força de Membros Superiores(MMSS) Contar o número de flexões de MMSS, sendo que para mulheres é com o joelho apoiado, até cansar. Objetivo - verificar o maior número de repetições de membros superiores, sendo que para mulheres é com o joelho apoiado no colchonete. O teste deve ser realizado até cansar ininterruptamente. Finalidade - analisar a resistência muscular localizada de membros superiores. QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Muscular Localizada Masculino Feminino QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Muscular Localizada Teste de Resistência Abdominal Posição - Deitado em decúbito dorsal, com as mãos atrás da nuca, joelhos e quadril em flexão com os pés afastados cerca de 70 centímetros um do outro. Material - colchonete Objetivo - realizar o máximo de flexões de tronco possível em 1 minuto. QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Resistência Muscular Localizada Teste de Resistência Abdominal Masculino Feminino QUALIDADES FÍSICAS Flexibilidade É a capacidade expressa por uma maior amplitude possível de movimento voluntário de uma articulação ou combinação de articulações. Deve ser trabalhada dentro de um limite morfológico sem provocar lesões. É necessária em quase todos os desportos QUALIDADES FÍSICAS Fatores que influenciam na Flexibilidade Idade Sexo Hora do dia Temperatura ambiente Estado de treinamento Situação do atleta QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Flexibilidade - Banco de Wells QUALIDADES FÍSICAS Avaliação da Flexibilidade - Banco de Wells Testes Angulares Escápulo-Umeral (Ombro) Normal- 0 a 180° Dorso-Lombar (Tronco) Normal- 0 a 95° Demais Medidas Articulares Material utilizado- Flexímetro ou Goniômetro QUALIDADES FÍSICAS Aspectos fisiológicos da Flexibilidade O Fuso Muscular São as estruturas que proporcionam as informações sensoriais acerca das modificações no comprimento e tensão das fibras musculares. São proprioceptores controlando a pressão, a tensão e a distensão muscular. É envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo. QUALIDADES FÍSICAS Aspectos fisiológicos da Flexibilidade O Fuso Muscular Contém dois tipos de Fibras Intrafusais: Nuclear tipo bolsa- volumosa e com mitos núcleos aglomerados. Nuclear em cadeia- também contém muitos núcleos ao longo do seu comprimento e se adere a tipo bolsa(mais longas). A extremidade destas fibras contém actina e miosina e apresentam capacidade de contração. QUALIDADES FÍSICAS Aspectos fisiológicos da Flexibilidade O Fuso Muscular É controlado por duas Fibras Aferentes sensoriais(saem do fuso) e uma Eferente motora(chega ao fuso). A primeira aferente é a fibra nervosa anuloespiralada que se entrelaça ao redor da fibra tipo bolsa. A outra é tipo raminho de flores se conecta as fibras em cadeia, mas se fixa também a tipo bolsa. Existe ainda um terceiro tipo de fibra, a eferente y inervando as intrafusais e mantendo a sensibilidade ideal a todos os comprimentos do músculo. QUALIDADES FÍSICAS Fuso Muscular QUALIDADES FÍSICAS Aspectos fisiológicos da Flexibilidade Órgãos Tendinosos de Golgi (OTG) Ao contrário dos fusos musculares os OTG ficam paralelos às fibras musculares extrafusais próximo da junção do tendão do músculo. São responsáveis por detectar a tensão gerada pelo músculo ativo em vez do comprimento (intrafusais). Isso quer dizer que os OTG protegem os músculos e seu envoltório de possíveis lesões provindas de uma sobrecarga excessiva. QUALIDADES FÍSICAS Aspectos fisiológicos da Flexibilidade Órgãos Tendinosos de Golgi (OTG) Uma mudança brusca na tensão muscular aumenta a descarga dos OTG deprimindo a atividade dos motoneurônios e reduzindo a força excessiva. Por outro lado se esta contração produz pouca tensão os OTG permanecem inativos facilitando o movimento. QUALIDADES FÍSICAS Órgãos Tendinosos de Golgi (OTG) QUALIDADES FÍSICAS Resposta Neurofisiológica do músculo ao Alongamento Ao se alongar o músculo de forma brusca ou muito rapidamente se estimula os motoneurônios alfa estimulando desta forma a contração das fibras extrafusais(OTG) e aumentando a tensão do músculo (reflexo de estiramento monossináptico). Se esta força for aplicada de forma lenta, o Orgão Tendinoso de Golgi(OTG) dispara e inibe a tensão muscular, facilitando o trabalho do componente elástico em paralelo (sarcômero) e o alongamento se torna fácil e seguro. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR “Capacidade de realizar um exercícios dinâmico de intensidade moderada a alta com grandes grupos musculares por longos ou curtos períodos de tempo” (ASCM, 2003) Sistema Sistema Sistema respiratório cardiovascular músculoesquel. DEPENDE TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Finalidades Profilática - prevenir hipocinesias Terapêutica - buscar cura ou reabilitação (cardíacos) Estabilização - controle de doêncas (diabetes) Estética - diminuição da gordura corporal (emagrecimento) Treinamento - finalidades competitivas (provas de velocidade, meio-fundo e fundo) TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Finalidades Baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão associadas com maior risco por morte prematura de todas as causas, principalmente cardiovascular. Os aumentos nos níveis de aptidão cardioopulmonar estão associadas com redução de mortes por todas as causas. Os altos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão associadas níveis mais altos de atividade física habitual, que por sua vez estão associados aos vários benefícios para promoção da saúde. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Os sistemas cardiovascular e respiratório estão intimamente correlacionados aos processos exercícios aeróbios, ocorrendo alterações tanto a nível funcional quanto morfológicos; A resposta cardiovascular aos exercícios dinâmicos dependem da intensidade, freqüência e duração. (Guedes, 1995) Portanto para desenvolver um trabalho cardiopulmonar não esqueça de guiar-se pelo quadro a seguir: Qualidade Física Característica Sistema Energético Via Energética Velocidade Altíssima intensidade Curtíssima duração Anaeróbico Alático ATP-CP Resistência Anaeróbia Alta intensidade Curta duração Anaeróbico Lático Ácido lático Resistência Aeróbia Baixa intensidade Alta duração Aeróbio Oxidativa TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Benefícios Diminuição significativa da FC de repouso e nos exercícios de intensidade submáxima. Essa informação é importante na medida em que se pode utilizar a FC como meio de avaliação e controle do condicionamento fisiológico. Aumento no significativo do volume de ejeção (atletas de endurance). Devido ao aumento do ventrículo, melhor contratibilidade do miocárdio. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Benefícios Aumento do Débito Cardíaco sendo a alteração mais importante. Permite distinguir uma pessoa treinada de uma destreinada. Aumento do Volume Cardíaco e do seu peso. A hipertrofia é caracterizada pelo aumento da cavidade ventricular esquerda e um leve espessamento de suas paredes. Aumento do volume sanguíneo (plasma em relação a hematócritos). TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Benefícios Melhor e maior captação de O2. Aumento da diferença arteriovenosa. Maior facilidade da distribuição do DC aos músculos ativos. Maior capacidade das células musculares treinadas captarem e utilizarem o O2. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Benefícios Melhora da circulação sanguínea. A reserva de O2 no organismo varia de 1500 a 3000 ml (músculo, sangue e pulmões). Os aumentos de captação, distribuição e utilização dependem de alguns mecanismos, como: Vaso constrição ativa Vaso dilatação DC aumentado Aumento do % de hemoglobina total do sangue TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Benefícios Melhora da PA. Atividades aeróbias tem efeito crônico positivo na diminuição da PAS e PAD, tanto no repouso como em atividades aeróbias submáximas. O efeito massageador da contração muscular, auxilia no retorno do sangue dos MI, reduzindo assim a hipertensão venosa periférica “ bomba venosa de panturrilha” para posição ortostática. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Benefícios Melhoria da função Respiratória. Atividades aeróbias tem efeito positivo na melhora da capacidade fisiológica respiratória às solicitações tanto em repouso como em exercícios moderados a fortes. Na fase compensatória a função respiratória aumenta a atividade a fim de se adaptar a crescente necessidade de O2 por parte do organismo. “bomba venosa diafragmática” para posição em decúbito, auxilia o retorno venoso. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Normas e Recomendações para Prescrição de Exercícios Cardiorrespiratório Exame médico preliminar Teste ergométrico sempre que possível Avaliação das habilidades motoras básicas Avaliação física, antropométrica, etc. Aquecimento e alongamento O programa deve desenvolver mais de uma habilidade motora básica TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Temos Métodos em função do tipo de atividade: Contínua Intervalado ou Intermitente Fracionados, Circuitos e Adaptativos TREINAMENTO CARDIOPULMONAR E também maneiras para se prescrever exercícios aeróbios (cardiorrespiratório), entre elas aqueles que utilizam parâmetros fisiológicos: Os percentuais da freqüência cardíaca máxima estimada (FCmáx). Os percentuais da freqüência cardíaca de reserva (FCR). O consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Os percentuais do consumo de oxigênio de reserva (VO2R). O índice de percepção de esforço (IPE)*. A seguir são apresentados alguns modelos. Você pode optar por aquele que mais atende sua necessidade e praticidade. Lembre-se que só se pode comparar resultados para os mesmos métodos. O mais importante é se trabalhar nos valores de segurança para pessoa, isso vai depender dos resultados dos testes. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Componentes de uma sessão de treino TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Recomendações para prescrição TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos de Treinamento Contínuos Intervalados Fracionados Circuito Adaptativos TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos Contínuos São aqueles que envolvem a aplicação de cargas contínuas caracterizadas pelo predomínio do volume sobre a intensidade. Priorizam basicamente o desenvolvimento da resistência aeróbia. Exemplos: Cerutty - Zona-alvo Marathon-Training - Fartlek Cross-Promenade - Corrida contínua Aeróbio TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos Contínuos Cerutty - criado para corridas de meio-fundo e fundo. Realização de treinos longe das pistas e em contato com a natureza. Marathon-Training - criado para treino de fundistas e maratonistas. Exige volumes maiores que o anterior e intensidades mais fortes. Cross-Promenade - excelente numa quebra de rotina ou perído de transição para recuperação básica. Incorpora exercícios de flexibilidade, RML, e Força Explosiva sempre realizada em deslocamento. Aeróbio - tem a finalidade de treinamento cardiopulmonar de atletas de desporto coletivo e não-atletas. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos Contínuos Zona-alvo - para treinamento de resistência aeróbia através de diversos tipos de atividade física mas dentro de uma zona pré-estabelecida. Fartlek - normalmente em fundistas e meio-fundistas mas cabe a todos os desportos que necessitam de resistência aeróbia. É o próprio atleta quem estipula a intensidade de treino. Corrida contínua – treinar resistência aeróbia de desportos cíclicos (corrida, caminhada, natação, ciclismo, remo, orientação, etc.). Baseia-se em um estrito controle fisiológico e seus percentuais de trabalho nos limites superiores de consumo de oxigênio. Acima de 85% da FCmáx e 75% do VO²máx. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Zona Alvo Pela Freqüência Cardíaca É o mais fácil, porém podemos superestimar os valores, não sendo muito seguro nem recomendado quando se deseja respeitar a individualidade. Inicialmente determina-se a FC máxima(FCM) (220 – idade) Exemplo: Determina o limite superior FC 85% da FCmáx Determina o limite inferior 70% da FCmáx idade TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Zona Alvo ACSM FC máx = 210 – (0,65 x idade) Limite Inferior (LI) = FC Basal + 0,6 (FC máx – FC Basal) Limite Superior (LS) = LI + 0,675 (Fcmáx – LI) FC Basal = medida ao acordar, usar a média de três dias consecutivos FC Recuperação = FC Basal + 0,56 (FC máx – FC basal) Há algumas variáveis que interferem nestes cálculos como sexo, nível de condicionamento, peso, mas a principal é a idade TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Zona Alvo Pela Reserva de Freqüência Cardíaca O procedimento de maior conveniência na monitorização da intensidade de esforços físicos em atividades que envolvam a resistência. cárdio-respiratória é o controle da Freqüência Cardíaca (FC) , antes, durante e após sua realização. Situação problema Qual a intensidade de esforço ou zona alvo para o desenvolvimento da resistência cárdio-respiratória de um indivíduo de 30 anos com FCrep = 70 bpm ? TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Zona Alvo Pela Reserva de Freqüência Cardíaca São quatro etapas: Calculem Etapa 1- medição da FCmáx ->(220 – idade) Etapa 2- medição da RFC -> (FCmáx – FCrep) Etapa 3- medição da FC de esforço inferior FCEinf = (RFC x 0,50) + FCrep Etapa 4- medição da FC de esforço superior FCEsup = (RFC x 0,60) + FCrep A intensidade de esforço para o desenvolvimento da resistência cárdio-respiratória do indivíduo ficará entre x bpm e esta mesma zona para 15 segundos será? TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Corrida Contínua 1º passo - determinação do Vo²máx VO²máx = Distância em metros – 504,1/ 44,8 O resultado é em ml.kg-¹.min-¹ 2º passo – determinação da intensidade do trabalho (VO²t) Deve definir a percentagem de intensidade como por exemplo 65% ou 0,65. VO²t = [(%I X 350) + VO²máx / 350] X VO²máx TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Corrida Contínua 3º passo - determinação do tempo de duração Determinar a faixa de volume indicada na figura de acordo com a intensidade. Intensidade (%VO²máx) Volume tempo de duração/ min 0,45 – 0,5 0,51 – 0,7 0,71 – 0,85 0,86 – 1,0 61 a 90 41 a 60 25 a 40 15 a 25 TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Corrida Contínua Por exemplo para uma sessão de treino com uma intensidade de 0,65 a faixa selecionada será a segunda (0,51 a 0,7) e o volume variará entre 41 a 60 minutos. Como o Limite inferior = 60 min e o Limite superior = 41 min teremos variância de 19 minutos entre os dois. Pegamos esta variância e calculamos o tempo exato da seguinte maneira: VP (variância proporcional) Assim 19 min - 100% VP - 74% (exemplo de % de volume para sessão entre 41 e 60 minutos) TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Corrida Contínua Teremos um VP de 74X19/100 = 14 minutos Finalmente o tempo ideal será: T = Linf + VP sendo T = 41+14 = 55min. 4º passo - cálculo da distância a ser percorrida Através da seguinte fórmula: D(m) = VO²t – 3,5/0,2 X T TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Método Intervalado Método que surgiu para treinamentos de meio-fundo mas com o aperfeiçoamento passou a ser utilizado para provas de fundo. Passou a ser o principal instrumento para treinamento de velocidade e resistência anaeróbia em todas as modalidades. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Método Intervalado Parâmetros Estímulo (E) - No interval-training, o parâmetro é a distância(d), mas em treinos com bicicletas, esteira e outros a proposta é que não ultrapasse 1 minuto. Tempo(T) - Fruto da velocidade desenvolvida. Repetições(R) - Número de vezes que se repetirá o estímulo. Intervalo(I) - Período de tempo entre dois estímulos subseqüentes. Deve permitir que a freqüência baixe até a FC de recuperação. Visa recuperar o organismo até 70% da sua capacidade máxima. Pode ser calculado pela seguinte fórmula FCrecuperação= FCrepouso + 0,56 (FCmáx – FCrepouso) TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Método Intervalado Parâmetros Ação no intervalo(A) - o atleta não deve parar de forma súbita e sim manter uma atividade de acordo com o sistema energético trabalhado. Tipos: Intervalo recuperador - para treinamento em sistema anaeróbio alático ou aeróbio. Consiste em andar lentamente movimentando braços e pernas Intervalo ativador - para treinamento em sistema anaeróbio lático. Consiste em andar rapidamente ou trotar TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos Intervalados Interval-training lento Interval-training rápido Interval sprint Acceleration sprint Hollow Sprint Todos estes treinamentos serão explicados na figura a seguir: Nome Estímulo Tempo Repetições Intervalo Objetivo IT Lento 300 a 600 m 60 a 80% 15 a 30 Ativador Resist. Aeróbia e anaer. IT Rápido 100 a 300 m 80 a 95% 30 a 45 Recuper. Resist. Anaer. lática IntervalSprint 50 m 95 a 100% 30 a 60 25 m Lentos Resist. Anaer. alática Aceleration Sprint 25 m 95 a 100% 30 a 60 50 m andando 25 m lento e 25 m aceler. Velocidade pura Hollow Sprint Duas de 50 m separados por 50 m 95 a 100% no 1º sprint Até o t do 2º sprint ser 80% Recuper. Resist. de Velocid. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos Fracionados Tem como princípio a aplicação de um segundo estímulo somente após a neutralização quase total dos efeitos do primeiro, num tempo de recuperação compatível 1º - Foi observado que, quando o substrato energético consumido foi o ATP, a reposição deste se faz prontamente. 2º - Se este esforço foi de maior duração e depletou também a fosfocreatina, a recuperação será de forma exponencial. Desta maneira 70% da CP será restaurada em 30 segundos, ao passo que a reposição total será de 3 a 5 minutos. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Métodos Fracionados 3º - Se esta atividade requisita ao máximo do sistema anaeróbio lático haverá depleção do glicogênio e o acúmulo de ácido lático Uma vez depletado este glicogênio muscular precisará de 5 a 24 horas, se originado de exercícios curtos ou intensos, e de 24 a 48 horas se decorreu de exercícios prolongados Quanto ao ácido lático exige-se um tempo consideravelmente menor para sua recuperação ou remoção principalmente se durante esta recuperação se mantiver um nível de atividade correspondente a 44 a 45% do VO²máx. Desta maneira a recuperação ou remoção do ácido lático será me torno de 30 a 60 minutos. TREINAMENTO CARDIOPULMONAR Método Fracionados Tipos Sprints repetidos - são corridas curtas de 100 a 400 metros seguida de um intervalo quatro vezes superior ao tempo da performance (relação de 1:4). São de 12 a 24 repetições Utiliza 90% do sistema anaeróbio alático, 6% do anaeróbio lático e 4% do oxidativo ou aeróbio Corridas repetidas - são corridas de 800 a 3000 metros seguidas de um tempo de recuperação três vezes superior ao tempo de estímulo(relação de 3:1) Utiliza 10% do sistema anaeróbio alático, 50% do anaeróbio lático e 40% do aeróbio TREINAMENTO NEUROMUSCULAR É um conjunto de métodos e procedimentos que visam treinar o aparelho locomotor do indivíduo e a interação neuromuscular, de forma a provocar adaptação a nível muscular permitindo uma melhor performance. TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Finalidades Profilática - prevenir hipocinesias em especial osteoporose Terapêutica - buscar cura ou reabilitação de algum segmento corporal Estética - mudança de status de peso em geral ganho Treinamento - fator integrante na preparação física ou como fator básico, em provas de levantamentos olímpicos Psicológica - redução de desníveis de ansiedade e agressividade TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Os sistemas nervoso e muscular estão intimamente correlacionados aos processos exercícios resistidos, ocorrendo alterações tanto a nível funcional quanto morfológicos. A resposta neuromuscular aos exercícios resistidos dependem da intensidade, freqüência e duração. Portanto para desenvolver um trabalho neuromuscular não esqueça de guiar-se pelos quadros a seguir: TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Qualidade Física RML Força Dinâmica Força Explosiva Força Estática Principais Efeitos Fisiológicos Aumento da capacidade aeróbia melhor capilarização Hipertrofia muscular Melhora reservas de ATP Melhora capacidade recrutam. e estím. nerv. Duração mínima do Treinament 8 microciclos 12 microcic. 8 microcic. 8 microciclos TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Métodos de Treinamento Neuromuscular Circuit Training (CT) Isometria Power trainning(PT) Treinamento de Flexibilidade Pliometria Musculação TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Métodos de Treinamento Neuromuscular Circuit Training (CT) - método que pode ser utilizado tanto no treinamento cardiopulmonar como neuromuscular. Consiste numa série de exercícios dispostos seqüencialmente e realizados sucessivamente sem interrupção (não há intervalos) Isometria - visa desenvolver a força estática. Muito utilizado na reabilitação. Power trainning(PT) - Constitui-se de quatro tipos de exercícios sendo eles o halterofilismo, o medicinibol, a acrobacia e exercícios abdominais. Visa desenvolver potência generalizada, localizada, explosiva e controlada. TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Métodos de Treinamento Treinamento de Flexibilidade - Pode ser trabalhado de duas maneiras, através do alongamento e do flexionamento. No alongamento o objetivo é alongar a musculatura em toda sua amplitude e não há riscos ao músculo No flexionamento há o método ativo, passivo e de facilitação muscular proprioceptiva Pliometria - tem origem na palavra grega “plethyein” que significa: plio (aumentar) e metria (medidas). Desta maneira pliometria é a obtenção de maiores distâncias através do salto. Objetiva desenvolver a força explosiva principalmente de membros inferiores. TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Métodos de Treinamento Musculação - 10 aspectos pedagógicos 1 - Repetições Representa a unidade estrutural de um programa Consiste na execução em números de determinado movimento sem intervalo. Eemplos: 5, 10 ou 15 Repetições Existe uma correlação entre o número de repetições, o percentual de carga a ser movido e a valência de força treinada. A determinação do número de repetições e o peso caracterizam o tipo de trabalho e o objetivo no treinamento da musculação.(Matveiev 1991, citado por Zakharov, 1992) TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 2 - Série , grupo ou set Representa o conjunto de repetições realizadas de um determinado movimento (exercício). Conssenza 1990. Exemplo: 3 séries ou grupos de 10 repetições 4 séries ou grupos de 15 repetições A quantidade de séries de um exercício, está relacionado com o nível de condicionamento físico do aluno e com o objetivo do treinamento. Exemplo: Iniciantes - 1 a 2 séries Intermediários - 2 a 3 séries Avançados - >3 séries TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Relação entre valência de força, repetições e carga VALENCIA DE FORÇA NUMERO DE REPETIÇÕES % DA CARGA F. PURA F. DINAMICA F. RESISTÊNCIA F. EXPLOSIVA 1 a 5 6 a 12 15 a 30 Até 10 > 85 a 100% 70 a 85 % 40 a 65 % 30 a 90 % TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 3 - Sessão de Treino Representa uma sessão de treinamento, é o conjunto de todos os exercícios a serem realizados em um dia.(MICROCICLO) TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 4 - Intervalo (recuperação) É o tempo de recuperação (descanso) que deve ser dado entre as séries, os exercícios e as sessões de treinamento; com objetivo de restauração parcial ou total das fontes energéticas gastas. Exemplos: Tempo de recuperação do sistema ATP-PC 1 Minuto 80 % 2 a 3 Minutos 90 % 5 a 10 Minutos 100 % Restauração do Glicogênio 10 horas 60 % 24 a 48 horas 100 % TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 4 - Intervalo (recuperação) Relação entre recuperação e valência de força treinada VALENCIA DE FORÇA SESSÃO SÉRIES F. PURA F. DINAMICA F. RESISTÊNCIA F. EXPLOSIVA 48 a 72 hs 48 a 72 hs 24 a 48 hs 48 a 72 hs 3 a 5 min. 1 a 2 min. 30´´a 2´ 3 a 5 min TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Relação entre recuperação e grupos musculares GRUPOS MUSCULARES TREINO LEVE TREINO MEDIO TREINO FORTE GRANDES COXAS E PARAVERTEBRAIS 3 A 5 DIAS 4 A 6 DIAS 5 A 7 DIAS MÉDIOS PEITORAIS, DORSAIS, BICEPS, TRICEPS E DELTOIDES 2 A 4 DIAS 3 A 5 DIAS 4 A 6 DIAS PEQUENOS ABDOMINAIS, PANTURILHA, ANTEBRAÇO 1 A 3 DIAS 2 A 4 DIAS 3 A 5 DIAS TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 5 - Freqüência de treino Corresponde a quantidade de dias de treino Vai depender do nível de condicionamento físico e dos objetivos do treino Exemplos: Alunos iniciantes, devem realizar o treinamento de musculação 2 a 3 vezes na semana em dias alternados Alunos bem condicionados normalmente tem maior freqüência nos treinos, ou seja, mais de 3 vezes TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 6 - Quantidade de exercícios Corresponde ao número de exercícios prescritos no programa de treino Depende do nível de condicionamento do aluno e dos objetivos a serem alcançados no treino Exemplos: Alunos iniciantes - Devem realizar entre 1 a 2 exercícios por grupo muscular Alunos mais condicionados - Podem realizar 3 ou mais exercícios por grupo muscular Alunos iniciantes e/ou com objetivo de RML, maior gasto calórico realizam maior quantidade de exercícios, distribuídos pelos segmentos corporais TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 7 – Escolha dos exercícios Depende também do nível de condicionamento do aluno e dos objetivos do treino Exercícios para alunos iniciantes: Tem que ser de fácil execução, multiarticulares, grandes grupos musculares e exercícios básicos em máquinas de preferência Exercícios para alunos mais condicionados: Maior grau de dificuldade, multiarticulares, exercícios que isolem os grupos musculares e exercícios gerais com pesos soltos Escolha segundo os objetivos:Reabilitação ou Grupo muscular alvo TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 8 – Divisão Anatômica Depende também do nível de condicionamento do aluno e dos objetivos do treino Podem ser: Alternado por seguimento ou simples Continuada, bombeada ou localizada por articulação como: Agonista X Antagonista, Pré-Exautão, Locaizada por grupo muscular, série tripla, série gigante ou completa e muitos outros tipos de treinos Alternada por origem ou inserção muscular como: Mista TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 9 - Formas de execução do exercício Simples Roubada Ajudada Parcial Concentrado Repetição forçada Positivo / Negativo Rápida, lenta e moderada Tipos de respiração TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação - 10 aspectos pedagógicos 10- Métodos de Treinamento Sobrecargas Metabólicas Sobrecargas Tensionais 1-Pirâmide Decrescente 1- Tensional 2-Série Decrescente 2- Pirâmide Crescente 3-Repetições Forçadas 3- Repetições Forçadas 4-Supersérie 4- Série Negativa 5-Contração de Pico 5- Série Gigante 6-Pausa-Descanso 6- Pausa-Descanso 7-6/20 7- 6/20 8-Repetições Parciais 8- 8/12 TREINAMENTO NEUROMUSCULAR Musculação – Periodização Relação entre valência de força, recuperação, repetições e % de carga VALÊNCIA DE FORÇA Recuperação REPETIÇÕES PAUSA % CARGA F. PURA F. DINAMICA F.RESISTÊNC. F. EXPLOSIVA 48 a 72 h 48 a 72 h 24 a 48 h 48 a 72 h 1 A 5 6 A 12 1 A 30 Até 10 3 a 5 min. 1 a 2 min. 30´´a 2´ 3 a 5 min > 85 a 100 % 70 a 85 % 40 a 65 % 30 a 90 % PERIODIZAÇÃO “É o planejamento geral e detalhado do tempo disponível para treinamento, de acordo com objetivos intermediários perfeitamente estabelecidos, respeitando-se os princípios científicos do exercício desportivo.” (Dantas, 1998) PERIODIZAÇÃO Planos de Expectativa Individual - é uma política de governo que envolve todas as manifestações da educação física e dos desportos de um país. Desportivo - é o período que tem por objetivo planificar o treino de uma massa crítica de atletas, de uma determinada modalidade, visando a alcançar vitórias desportivas. PERIODIZAÇÃO Planos de Expectativa Individual Etapas: Formação Básica- em nível escolar infantil Especialização- do fundamental ao EM Performance- período produtivo do atleta em que ele se especializa em uma atividade x Manutenção- período em que o atleta perdeu sua performance e realiza um trabalho com caráter eminentemente higiênico PERIODIZAÇÃO Planos de Expectativa Desportivo Abrangerá diversas temporadas, cada uma delas constituídas de um, dois ou três macrociclos. Assim podemos dizer que os macrociclos podem ser: Anuais- com um peak por ano, predominante em desportos de resistência aeróbia como maratona e ciclismo. Semestrais- com dois peaks por ano, predominante em desportos de resistência anaeróbia e força máxima. Quadrimestrais- com três peaks por ano, para atletas iniciantes em fase de formação precisando de maior número de competições. PERIODIZAÇÃO Macrociclo É uma parte do plano de expectativa desportiva composto por períodos de treino, competição e recuperação executados dentro de uma temporada visando levar o atleta aos níveis de performance desejada. Objetivo - conduzir o atleta a atingir seu peak ou ápice da forma técnica, física, tática e psicológica. PERIODIZAÇÃO Macrociclo É importante esclarecer que o macrociclo de uma periodização pode ser simples ou múltiplo (duplo ou triplo). Além de apresentarem um , dois ou três peaks como já citado tem uma estrutura bastante. flexível atendendo as necessidades do treinador Esta flexibilidade se reflete da seguinte forma: Peaks acentuados - 10 a 15 dias com performance marcante. Peaks extensos – duram 15 a 45 dias e apresentam uma performance discreta. PERIODIZAÇÃO Macrociclo De acordo com as qualidades físicas temos: Resistência Aeróbia- têm 1 peak por ano, portanto terá 1 macrociclo por temporada. Força dinâmica- têm 2 peaks por ano, portanto terá 2 macrociclos por temporada. Velocidade com alta complexidade técnica- pode ter 1, ou de 3 a 4 peaks por ano, portanto tem macrociclos variáveis. Força explosiva tecnicamente simples- têm 1 ou 3 peaks por ano com macroclico variável. PERIODIZAÇÃO Macrociclo Alta complexidade técnica, coordenação motora acurada e renovação dos objetivos- têm 1, ou de 2 a 3 peaks com macrociclo variável. Iniciação esportiva- têm três peaks por ano, portanto apresenta 3 macrociclos. PERIODIZAÇÃO Divisão do Macrociclo de Treinamento A - Período Pré-preparatório B - Período Preparatório C - Período Competitivo D - Período de Transição PERIODIZAÇÃO A - Período Pré-preparatório Importante para iniciar corretamente um programa plurianual de treino através do levantamento dos fatores que influenciam na performance. Fases: Anteprojeto - onde serão reunidas todas as informações necessárias à montagem do programa de treinamento. Diagnóstico - fase de testes técnicos, físicos, fisiológicos, psicológicos e médicos. Planejamento - montagem do plano de treino. PERIODIZAÇÃO B - Período Preparatório Período que levará o atleta a condição competitiva na temporada considerada. Visa desta maneira aprimorar o nível técnico, tático, físico e psicológico a fim de atingir uma melhor performance. Divide-se em duas fases: Fase Básica - preparação geral Fase Específica - preparação específica ou especial PERIODIZAÇÃO B - Período Preparatório A duração destas fases varia de acordo com o tipo de periodização escolhido, com a modalidade e com seu calendário desportivo. Mesmo sabendo que sempre deve existir um período básico e específico não adianta dividir este período preparatório de o tempo disponível for inferior a três meses. Salvo algumas exceções a fase básica deverá ser aproximadamente o dobro da fase específica. Observe a figura a seguir: PERIODIZAÇÃO B - Período Preparatório Periodização-> Fase Ciclo anual Ciclo Semestral Básica 4 a 5 meses 2 a 2¹/² meses Específica 2 meses 1¹/² mês PERIODIZAÇÃO B - Período Preparatório Durante a fase básica: Primordial é o treino físico e técnico. Ênfase sobre a preparação física. Nesta fase, predomina o volume de treino embora não se deva esquecer da intensidade. O ideal é que não haja competições para o atleta, mas houver deve ser encarado como meio de auxiliar na preparação. Visa preparar para o treino. Dura aproximadamente o dobro da específica. PERIODIZAÇÃO B - Período Preparatório Durante a fase específica: Primordial é transferir o treino físico, técnico e psicológico para parte específica. Ênfase sobre a preparação técnico-tática Nesta fase, predomina a intensidade sobre o volume. Visa preparar para a competição. O atleta apresenta condição competitiva insipiente. PERIODIZAÇÃO C - Período de Competição Neste período os atletas deverão atingir seu peak, atingindo na competição alvo sua performance máxima. Nesta fase a carga aplicada deve ser reduzida de 20 a 30%, sendo incrementada a preparação técnica em detrimento da preparação física. É aconselhável que nenhuma alteração seja feita ou introduzida na performance evitando comprometer todo trabalho anterior. Observe a figura a seguir: PERIODIZAÇÃO C - Período de Competição e Transição Ciclo Anual Ciclo Semestral Competição 3 a 5 meses 1¹/² à 2 meses Transição 4 a 6 semanas 2 a 3 semanas PERIODIZAÇÃO D - Período de Transição Visa proporcionar ao atleta uma recuperação física e mental após extremos esforços durante toda periodização. Sua duração será em torno de 1 mês como mostra a figura anterior. É importantíssimo para o sucesso do plano de expectativa, pois se os atletas ficassem um mês totalmente sedentários a retomada deveria ser em níveis baixíssimos. Fisiologicamente este período torna-se imprescindível para que o atleta se livre de um período de conversão cumulativa da sua forma física, que seria negativo ao seu rendimento, e sem um processo de fadiga ao reiniciar seus treinos. PERIODIZAÇÃO Mesociclo É o elemento estrutural da periodização que possibilita a homogeneização do trabalho executado. Caracteriza-se da seguinte forma: Pode apresentar-se com preponderância no volume ou na intensidade. Pode ter uma qualidade física mais visada. Pode apresentar característica deferente das demais adaptando-se ao esporte em questão. PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo de Incorporação É utilizado no início do período de preparação visando passar o atleta ou aluno de uma situação de repouso para o de treinamento. Lembramos que as percentagens apresentadas no mesociclo são utilizadas para manter um padrão de controle. Exemplo: se no primeiro microciclo ele percorreu 12.000, 14.500 e 16.000 metros (percentagem de 26%) perfazendo 42,5km, no segundo ele vai aumentar para 28%, ou seja, percorrer um total de 45,8km e no terceiro 49 km que corresponde a 30%. PERIODIZAÇÃO Mesociclo de Incorporação PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo Básico É o mesociclo empregado no miolo das fases básicas e específicas. Na periodização poder-se-á incluir tantos mesociclos básicos quantos forem possíveis ou necessários. Visa propiciar adaptação fisiológica do organismo à carga aplicada. Possui duas variantes: figura a seguir Mesociclo básico da fase básica Mesociclo básico da fase específica PERIODIZAÇÃO Mesociclo Básico Da fase básica Da fase específica PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo Estabilizador É apto a consolidar, estabilizar, e fixar as adaptações orgânicas que foram obtidas nos mesociclos anteriores. Veja na figura a seguir: PERIODIZAÇÃO Mesociclo Estabilizador PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo de Controle É sempre colocado após um meso estabilizador para indicar o grau de treinamento alcançado e possibilitar a transferência do condicionamento obtido para performance competitiva. Veja na figura a seguir: PERIODIZAÇÃO Mesociclo de Controle PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo Pré-competitivo É empregado antes de competições muito importantes e apenas para atletas altamente qualificados. Têm aplicação maciça de cargas e períodos relativamente amplos de recuperação, mas se o atleta tiver num nível mais baixo deve-se evitar dois microciclos de choques juntos. Veja na figura a seguir: PERIODIZAÇÃO Mesociclo Pré-competitivo PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo Competitivo Não possui estrutura pré-estabelecida, pois depende das exigências da periodização ligadas à performance PERIODIZAÇÃO Tipos de Mesociclo Mesociclo Recuperativo Utilizado no período de transição, visando a propiciar a recuperação metabólica e psicológica adequada, por meio de uma recuperação ativa. Cuidados devem se ter para não provocar uma diminuição demasiada da carga de treinamento utilizada, evitando comprometer o grau de preparação do atleta. Veja na figura a seguir: PERIODIZAÇÃO Mesociclo Recuperativo PERIODIZAÇÃO Microciclo É a menor fração do processo de treinamento. É a própria sessão ou treino. Se bem empregado cria condições para que ocorra a supercompensação, melhorando assim a condição do atleta. Fisiologicamente se pudéssemos colocar microciclos de estímulo por 3 dias consecutivos para 1 de recuperação seria o ideal, perfazendo 4, 8 ou 12 dias. Só que socialmente isto se torna inviável devido a semana civil (7 dias) PERIODIZAÇÃO Microciclo Um erro comum é programar em um único microciclo, dois ciclos semanais sendo seg, qua e sexta um treino e ter, quin e sábado outro desenvolvendo qualidades físicas distintas. Exemplo- resistência aeróbia/ resistência anaeróbia, RML/ Força. PERIODIZAÇÃO Microciclo Lembramos que a partir do quinto dia de treino por semana o risco de lesão sofre um brusco aumento, ao passo que o ganho de treinamento cresce pouquíssimo. Em atletas isso muitas vezes é desprezado, pois um ganho mínimo faz muita diferença. Treino de seis dias por semana sem perigo de lesão pode ser encontrado para indivíduos que precisam perder peso já que as sobrecargas são mais leves. PERIODIZAÇÃO Tipos de Microciclo Microciclo de Incorporação É o microciclo utilizado para promover a adaptação do indivíduo. Tem como objetivo possibilitar a passagem gradual de uma situação de transição para a realidade de treino. Apresenta a seguinte estrutura a seguir: PERIODIZAÇÃO Microciclo de Incorporação PERIODIZAÇÃO Tipos de Microciclo Microciclo Ordinário É o microciclo encontrado mais comumente no treinamento. Objetiva provocar adaptações orgânicas desejáveis, capazes de melhorar o nível de condicionamento do atleta ou aluno. Sua característica é apresentar na fase de estímulos cargas homogêneas. Apresenta a seguinte estrutura a seguir: PERIODIZAÇÃO Microciclo Ordinário PERIODIZAÇÃO Tipos de Microciclo Microciclo de Choque Caracteriza-se por trabalhar o ápice de aplicação da sobrecarga e um mesociclo. Este ápice pode ser de volume se o meso for da fase básica ou de intensidade se o meso for da fase específica. Cuidado:Não deve ser realizado antes da competição Deve ser sucedido por um microciclo de recuperação. Possui duas estruturas:figuras a seguir Uma para o período de preparação Outra para o período de competição PERIODIZAÇÃO Microciclo de choque Fase de Preparação Fase de Competição PERIODIZAÇÃO Tipos de Microciclo Microciclo de Recuperação Objetiva a restauração ampliada da homeostase do atleta. Tem o intuito de acumular reservas para se preparar a futuras exigências de treino. Caracteriza-se por apresentar estímulos reduzidos e maior dias de repouso. Normalmente se utiliza um treinamento aeróbio de baixa intensidade. Deve ser utilizado após uma competição ou após um microciclo de choque. Veja na figura a seguir: PERIODIZAÇÃO Microciclo de Recuperação PERIODIZAÇÃO Tipos de Microciclo Microciclo Pré-competitivo Tem por objetivo fazer a transferência, em situação ideal, das valências obtidas com o treinamento preparando para o período seguinte. Tenta adaptar o atleta as condições climáticas, geográficas, de horário. Existem duas estruturas: figuras a seguir Microciclo pré-competitivo para competição duradoura Microciclo pré-competitivo para competição curta PERIODIZAÇÃO Microciclo Pré-competitivo Para competição Para competição duradoura curta PERIODIZAÇÃO Tipos de Microciclo Microciclo Competitivo Não possui estrutura pré-determinada. Depende da forma e do regulamento da competição. A performance passa a ter prioridade absoluta nesta fase. PERIODIZAÇÃO Montagem de Macrociclo Para esta montagem deve-se seguir vários passos: 1º - Colocação de um Calendário 2º - Lançamento da datas relevantes 3º - Determinar o grau de importância das competições que irá participar 4º - Divisão em períodos e fases 5º - Divisão destas fases e e períodos em mesociclos PERIODIZAÇÃO 1º passo - Colocação de um Calendário Semana 1 7 8 14 15 21 22 28 29 4 5 11 12 18 19 25 26 ... Mês Janeiro Fevereiro PERIODIZAÇÃO 2º e 3º passos Semana 1 7 8 14 15 21 22 28 29 4 5 11 12 18 19 25 26 ... Mês Janeiro Fevereiro Eventos Apresentação Campeonato Cearense dia 10 PERIODIZAÇÃO 4º passo - Colocação dos mesos e microciclos para formação de um Macrociclo de 1 peak Período de preparação - fase básica 1º mês - Mesociclo de incorporação com: 1 micro de incorporação na 1ª semana 1 micro ordinário na 2ª semana 1 micro ordinário na 3ª semana 1 micro de recuperação na 4ª semana PERIODIZAÇÃO 4º passo - Colocação dos mesos e microciclos para formação de um Macrociclo de 1 peak Período de preparação - fase básica 2º mês - Mesociclo básico “I” com: 1 micro ordinário na 1ª semana 1 micro ordinário na 2ª semana 1 micro de choque na 3ª semana 1 micro de recuperação na 4ª semana * As cargas do mesociclo básico da fase básica são diferentes da fase específica PERIODIZAÇÃO 4º passo - Colocação dos mesos e microciclos para formação de um Macrociclo de 1 peak Período de preparação - fase básica 3º mês - Mesociclo básico “II” com: 1 micro ordinário na 1ª semana 1 micro ordinário na 2ª semana 1 micro de choque na 3ª semana 1 micro de recuperação na 4ª semana PERIODIZAÇÃO
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