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Documento (6)(1)

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A	obra	Antígona	retrata	o	eterno	embate		entre	a	justiça	e	a	lei.	A	história	começa	quando		
Antígona	fica		sabendo	que	um	dos	seus	irmãos	foram	mortos,	onde	ambos	lutarão	na	guerra	
civil	pelo	trono	de	tebas.	
Porèm		somente	um		teve	direito	à	sepultura	negado,	Creonte	,	que	tomou	o	poder,	decide	
que	Polenice	terá	o	seu	cadáver	exposto	ás	aves	de	rapina.	Antigona	se	revolta	-se	contra	o	
decreto		de		Creonte		e	decide		oferecer	um		sepultamento	digno	á	seu	irmão.	
Antígona	então	sepulta	o	irmão,	mas	logo	é	detida	pelos	guardas	de	Creonte.	Ela	é	levada	até	a	
presença	do	rei,	e	esse	a	interroga	para	saber	qual	o	motivo	dela	ter	agido	contra	uma	
determinação	do	próprio	rei.	É	aí	que	está	a	principal	questão	a	ser	debatida	no	livro.	Devemos	
obedecer	antes	à	lei	divina	ou	à	lei	dos	homens?	Antígona	sabe	que	não	havia	nenhuma	lei	por	
parte	dos	deuses	que	a	impedisse	de	agir	da	maneira	que	agiu,	e	que	havia	somente	um	
capricho	do	rei,	de	não	dar	sepultura	a	um	morto	que	não	o	agradava.	
			O	corpo	de	Polinices	era	vigiado	por	muitos	sentinelas	,	para		a	que	a	lei	fosse	cumprida,	mas	
um	dia	as	sentinelas	encontram	o	corpo	enterrado.	Hesitante	um	dos	guardas	acaba	por	
contar	o	sucedido	a	Creonte,	que	os	obriga	a	desenterrar	o	corpo	e	os	ameaça	de	morte	caso	
não	encontre	o	culpado,	acusando	de	terem	sido	subornados.	
E	os	guardas	apanham	Antígona	que,	entretanto,	está	noiva	de	Hémon	filho	de	Creinte,	o	qual	
está	completamente	apaixonado	por	ela.	Ismênia	irmã	de	Antígona	tentou	defendê-la,	tentou	
levar	a	culpa	e	ser	morta	no	lugar	da	irmã,	mas	foi	logo	desmentida	pela	mesma.	Antígona	
confessa	tudo	e	Creonte	acusa	sua	irmã	Ismenia.,	que	tenta	ficar	com	parte	da	culpa,	enquanto	
que	a	irmã	diz	que	tem	vergonha	dela	por	não	ter	honrado	os	mortos.	Creonte	acaba	perdoa	
Ismena	mas	condena	Antígona	a	ser	enterrada,	sem	falar	com	ninguém	e	nem	mesmo	ver	o	
sol,	somente	uma	brecha	pra	receber	comida.	Hémon	tenta	convencer	seu	pai	para	soltar	
Antígonas	porém	sem	sucesso.		
Mesmo	diante	de	um	presságio	de	uma	criança	para	aconselhar	o	rei	a	libertar	Antígona	e	
enterrar	Polinices,	com	recado	dizendo	que	partes	do	seu	corpo	estariam	se	espalhando	por	
toda	cidade,	e	trazendo	contaminações,	mesmo	assim	Creonte	se	recusa	a	acreditar.		
Creonte	então	em	sua	dúvida	vai	em	busca	de	conselhos	e	assim	decide	enterrar	Polenice	e	
soltar	Antígonas.		
Mas	ao	chegar	onde	Antígona	está	o	rei	ouve	gritos	do	filho	dentro	da	caverna	e	corre	
desesperadamente	e	se	depara	com		Antígona	enforcada,	por	suicídio,	e	Hémon	seu	filho	
chorando	junta	a	ela.	O	filho	cospe	em	sua	cara,	odiando-o,	e	mata-se	enterrando	a	sua	
própria	espada	no	peito	de	tanta	dor	e	decepção	pelo	próprio	pai.		
				A	moral	do	texto	é	que	o	povo	não	apenas	tem	o	direito	de	se	expressar,	mas	também	o	de	
ser	ouvido,	ter	direito	de	voz.:	o	governante	que	despreza	as	opiniões	do	povo	põe	em	risco	a	
cidade	e	a	si	próprio	também.	Muitas	pessoas	fazem	sim	a	total	diferença	quando	é	ouvido	
quando	se	expressa.		
Não	foi	o	direito	natural	que	venceu,	mas	o	direito	democrático.		A	obra	é	bastante	
emocionante	e	forte	ao	mesmo	tempo,	pois	trabalha	muito	bem	com	a	ideia	moral.	São	
traçados		entre	o	autoritarismo	inicial	de	Creonte	com	a	determinação	e	dignidade	moral	de	
Antígona.	Ressalta	a	importância	do	direito	natural	sobre	o	direito	positivo.	Outro	dado	
importante	que	se	retira	dessa	obra	é	a	luta	de	uma	única	mulher	contra	toda	uma	cidade.	Ela	
nos	mostra	sua	força,	seu	talento	em	executar	aquilo	que	é	digno	e	moral	sem	se	quer	
abandonar	todos	seus	direitos	como	mulher,	gente	e	cristã	,deixando-nos	como	lição	bem	
positiva	e	justa	que	nem	sempre	o	legal	é	moral	e	sim	a	realidade	de	conduzirmos	ao	direito	
ético	e	correto.

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