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Teoria dos Sistemas Familiares Teoria Geral dos Sistemas Elaborada, em 1937, por Ludwig Von Bertalanffy. Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. A família como um sistema Um sistema familiar é parte de um supra sistema mais amplo, composto de muitos subsistemas Uma mudança em um membro da família afeta todos os seus membros A família é capaz de criar um equilíbrio entre mudança e estabilidade O comportamento dos membros da família são mais bem compreendidos de um ponto de vista de casualidade circular em vez de linear. Teoria Geral dos Sistemas “a família pode ser considerada um sistema aberto, devido aos movimentos de seus membros dentro e fora de uma interação uns com os outros e com sistemas extra familiares (meio ambiente e comunidade)”. Teoria dos Sistemas Familiares A família é vista como um sistema que interage continuamente com seus membros e com o ambiente Teoria dos Sistemas Familiares A teoria de sistemas familiares é organizada em torno de alguns conceitos básicos: Globalidade Não-somatividade Homeostase Morfogênese Circularidade Retroalimentação Equifinalidade Globalidade O sistema se comporta como um todo coeso, o que implica que a mudança de uma parte altera todas as outras partes e todo o sistema. Nenhum outro sistema é mais conectado emocionalmente do que a família. Globalidade Ao considerarmos a família como um sistema, é útil compará-la a um móbile. Assim, quando uma brisa afeta apenas um segmento do móbile, influencia imediatamente o movimento de cada peça Não-somatividade Um sistema não pode ser considerado como a soma de suas partes. A totalidade da família é muito mais que a simples adição de seus membros. Ao estudar a família como um todo, é possível observar as interações de seus membros, o que em geral explica, na íntegra, o funcionamento individual de cada um deles. Não-somatividade Imagine a família como uma máquina complexa, contento uma série de engrenagens complicadas conectadas, que corresponde aos membros individuais de uma família. Algumas engrenagens são maiores, outras menores. Algumas parecem servir para funções mais importantes que outras, algumas parecem menos vitais. Quando muito bem ajustada, a máquina funciona maravilhosamente bem, cada engrenagem conectada à sua companheira com elegante precisão. A máquina funciona perfeitamente, acompanhando exatamente o serviço que era previsto para ser feito. Não-somatividade Periodicamente, as engrenagens precisam de óleo, e em algumas ocasiões, ela deve precisar de outros pequenos ajustes como resultado do uso a que ela foi destinada. Mas uma quebra em um único dente, mesmo sendo o menor ferimento possível, pode ter um efeito bem maior em todas as engrenagens e a máquina pode perder completamente sua habilidade de funcionar, até parar. A máquina permanecerá inoperante até que todos os dentes das engrenagens sejam reparados, e depois não irá operar com a mesma eficiência, a menos que a máquina inteira seja reconstruída e recalibrada. A máquina não tem habilidade para compensar um mau funcionamento em algum dos seus componentes. Ela funciona ou não. Este é o engano na metáfora da máquina: as famílias, diferente das máquinas, não interrompem seu funcionamento quando um de seus membros 'se quebra'. Ao invés disto, ela continua funcionando, porém, de outra forma. Homeostase Homeostase, literalmente, significa manter-se estável. No contexto de sistema familiar, ela agrega um significado um pouco mais complexo. Trata-se do processo de auto-regulação que mantém a estabilidade do sistema. Quando acontece uma mudança na família, ocorre alteração para uma nova posição de equilíbrio. A família reorganiza-se ou se reequilibra de modo diferente da organização familiar anterior. Portanto, homeostase, no contexto de sistema familiar, é um conceito dinâmico, e não estático. As famílias são capazes de mudar, em resposta a um desafio à integridade delas. Forças internas, como passagens normativas do ciclo vital, e forças externas, como a doença e a morte, estão constantemente desafiando a família a se adaptar. Morfogênese É a capacidade do sistema em absorver informações do meio e mudar sua organização. Refere-se aos sistemas abertos. Pode-se pensar na permeabilidade da família. Circularidade A relação entre quaisquer dos elementos do sistema é bilateral, o que pressupõe uma interação que se manifesta como sequência circular. Retroalimentação Garante o funcionamento circular pelo mecanismo de circulação de informação entre os componentes do sistema por princípio de feedback (é uma palavra inglesa que significa retroalimentar, realimentar ou dar resposta a uma determinado pedido ou acontecimento). O negativo funciona para a manutenção da homeostasia e o positivo responde pela mudança sistêmica. Equifinalidade Estado final que pode ser atingido com origem em condições iniciais diferentes e através de meios diversos. Independentemente de qual seja o ponto de partida, um sistema aberto apresenta uma organização que garante os resultados de seu funcionamento. Teoria dos Sistemas Familiares Estrutura familiar: Conjunto invisível de exigências funcionais que organizam as maneiras pelas quais os membros da família interagem, criando padrões transicionais que regulam o comportamento dos membros da família. Teoria dos Sistemas Familiares Subsistemas Familiares Unidades menores dentro do sistema: indivíduos, díades ou tríades: mãe/esposa/; pai/esposo; mãe-filho; pai-filha; mãe-pai-filho(s), nora-sogra; avô-neto; etc... O indivíduo pertence a diferentes subsistemas e em cada um tem diferentes papéis e níveis de poder. Cada subsistema tem funções específicas e faz exigências particulares a seus membros. Subsistemas Familiares 1 - Subsistema conjugal: Tem tarefas ou funções específicas e vitais para a funcionamento familiar. As habilidades necessárias para implementar estas tarefas são a acomodação e a complementariedade, que se baseiam no apoio emocional. Precisa ter uma fronteira que o proteja da interferência de outros subsistemas. Subsistemas Familiares 2 -Subsistema parental: diferencia-se do subsistema conjugal para desempenhar as tarefas de criação e socialização dos filhos, sem perder o apoio mútuo. Requer a capacidade de nutrir, guiar e controlar em medidas diferentes de acordo com as idades das crianças. No entanto este processo sempre vai requerer o uso da autoridade. Subsistemas Familiares 3 - Subsistema fraternal: é o primeiro laboratório social no qual as crianças podem experimentar as relações com iguais. No mundo dos irmãos as crianças aprendem a negociar, cooperar e competir. Contextos Familiares Protetor: Amparo, acolhimento, Identificação social, Socialização Flexibilidade. Papéis sociais definidos Expressão do afeto positivo, Carinho e proteção. Subsistência: satisfação das necessidades básicas Contextos Familiares Risco: Abandono. Rigidez. Desorganização familiar. Abuso, Violência. Dificuldades financeiras Sistemas Sistemas não familiares: relações são menos estáveis, substituindo-se aqueles que partem por alguma razão, o sistema se dissolve e as pessoas vão para outras organizações. Sistemas de famílias: papéis e funções, principal valor são relacionamentos, que são insubstituíveis. jamais será substituída em aspectos emocionais. Família e Doença Mudanças ocorrem na vida do doente Limitações, frustrações, perdas Essas mudanças serão definidas devido: Tipo de doença Significado que o paciente atribui à doença Significado que a família atribui à doença Sistema Familiar e Enfermagem Desde que se constitui como tal, o grupo familiar passa por diferentes etapas em sua vida, de complexidades diferentes, que podemvariar na dependência de suas características biológicas, sociais, culturais e econômicas. Nessas etapas mudanças são esperadas, quer na composição da família que pode aumentar ou diminuir, quer na sua forma de funcionamento, ou nos comportamentos de seus membros e nos sentimentos que essas mudanças – boas ou ruins - podem implicar. Sistema Familiar e Enfermagem Para os profissionais ou mesmo para os futuros profissionais da área da saúde, poder identificar os principais momentos do ciclo familiar pode ser um fator que ajude a proteger a integridade daquele grupo social: pode ajudá-la a se entender naquele momento de transição, de dor, de crise, de sentimentos de perda ou de um ganho que requer preparo para se assumir. Enfim pode apoiá-la nos momentos em que se encontra mais sensível no seu processo de desenvolvimento como grupo social, unido por laços de afeto ou de consanguinidade.