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WEINERSMITH, Kelly; WEINERSMITH, Zach. Logo, logo: Dez novas tecnologias que vão melhorar e/ou arruinar tudo. Tradução de Bruno Casotti. Brasil: Editora Intrínseca, 2018. Resenhado por Gabriel da Silva Souza1 Kelly Weinersmith, americana, é professora que auxilia o Departamento de Ciências Biológicas da Rice University, onde faz estudo de parasitas que manipulam o comportamento de seus hospedeiros. Além disso, é uma pesquisadora renomada, e é co-apresentadora do Science… Soft Of, uns dos maiores podcasts da área de ciências naturais atualmente. Já teve seus trabalhos divulgados nos veículos como The Atlantic, Science, Nature, National Geographic e BBC World. Também foi palestrante do The Future is Here de 2015, realizado pela revista Smithsonian Institution. Já Zach Weinersmith, americano, é o premiado cartunista do webcomic geek Saturday Morning Breakfast Cereal, que soma milhões de acessos todos os meses. Suas obras já apareceram em diversos veículos, como The Economist, The Wall Street Journal, Slate, Forbes, Entertainment Weekly, CNN e Discovery Magazine. Em Logo, logo: Dez novas tecnologias que vão melhorar e/ou arruinar tudo, esses dois autores têm o dever e o objetivo de mostrar e prever o que irá acontecer no futuro. O livro é dividido por doze capítulos, começando pelo capítulo introdutório. Na seção 1: O universo, logo, logo, que contém o segundo capítulo eleito Acesso barato ao espaço e o terceiro Mineração em asteroides. Já na seção 2: Coisas, logo, logo, o capítulo quarto nomeado de Energia de fusão, o quinto identificado por Matéria programável, o sexto intitulado Construção robótica, o sétimo é Realidade ______________ 1 Cursando Licenciatura em Computação na Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Porto Seguro aumentada e o oitavo capítulo identificado por Biologia sintética. A terceira e última seção: Você, logo, logo, com o nono capítulo denominado Medicina de precisão, o décimo chamado de Bioimpressão e o décimo primeiro cujo título é Interfaces Cérebro-Computador. E por fim o décimo segundo capítulo concluindo e fechando a obra. Na introdução eles falam que é bem fácil acertar o que vai acontecer no futuro, o que é realmente difícil é acertar tal previsão. Eles apresentam algumas previsões que se acontecerem, serão necessárias que essas tecnologias do futuro precisem de algumas tecnologias intermediárias. Um dispositivo que foi mencionado pelos escritores foram o SQUID, aparelho que detecta campos magnéticos sutis no cérebro, um dos avanços que não precisou furar o crânio de nenhuma cobaia para a realização de testes. O casal Weinersmith diz ainda que temos supercondutores pelo menos há cerca de duzentos anos, quando Michael Faraday sem querer transformou um gás em líquido ao mantê-lo em pressão no tubo de ensaio. Esse líquido ao tocar ou entrar em contato com qualquer outro material, o mesmo era resfriado até assumir a mesma temperatura que o líquido. E isso serviu para que os condutores pudessem ser mais úteis, pois ao usar seu notebook por um certo período, o carregador tende a esquentar, por isso o que Faraday descobriu ajudou a eliminar o atrito dos elétrons com os prótons na passagem da corrente. No segundo capítulo, os escritores mostram que enviar algo para o espaço já é bastante caro, e mencionam que por conta do custo alto, fez com que os seres humanos fossem na superfície da Lua em seis ocasiões. Portanto, lançar foguetes têm um custo muito alto, para diminuir esse preço precisa-se analisar fatos. Para isso acontecer é necessário recuperar os veículos lançados e usar menos propelente (combustível usado em foguetes). O casal mostrou que desde 2015 já se tornou possível recuperar o foguete lançado, a ideia a princípio seria a reutilização dos foguetes já lançados e com isso poupar dinheiro na fabricação de outros. Já em relação da utilização de menos propelente, os foguetes precisam levar o combustível para toda a viagem, o que faz aumentar o gasto. Por outro lado seria muito árduo construir postos de abastecimentos para foguetes no espaço. A obra cita o sr. Van Pelt, que fala sobre os danos ambientais “dependem do tipo de combustível. Por exemplo, os motores principais do ônibus espacial funcionavam com oxigênio e hidrogênio líquidos, sendo o escapamento resultante um vapor superaquecido. Portanto, no fim, é apenas água saindo dos motores. Mas os propulsores de foguetes de combustível sólido do ônibus (ou qualquer propulsor dessa natureza) são outra história, e ela não é bonita. E liberar vapor de água numa altitude muito elevada, como fazia o ônibus, pelo visto pode ser prejudicial também”. No terceiro capítulo, os escritores disseram que a Terra já foi muito mais quente, e é por isso que não existe casa feita de ouro, demonstrando o sistema solar, onde se tem uma enorme bola quente derretendo, e que a gravidade tende a deslocar os elementos mais pesados(ouro e platina) para o centro e, ao mesmo tempo enviar os elementos mais leves (elementos gasosos) para a superfície. Esse processo não é perfeito, por isso encontramos alguns desses metais pesados e minérios metálicos próximos à superfície. E é por esse motivo que a mineração em asteróides começa a ser interessante. O livro aponta muitas preocupações sobre minerar os asteroides. Precisa-se entender as particularidades da lei e da ordem do espaço. Ao ser explorado esse campo estamos mexendo em materiais, que podem ou não ter um risco para a vida humana e dos seres vivos, se não foram estudados antes de tal ato. Se isso for feito da maneira correta poderá mudar o mundo, mesmo que seja um cenário improvável de acontecer, mas se acontecer nos ajudaram a pesquisar mais, a explorar mais o espaço e até mesmo colonizar, isso se o ritmo de exploração aumentar no sistema solar. Já no quarto capítulo, o casal aponta que essa é a solução mais avançada para as necessidades energéticas da humanidade, além de ser uma fonte de energia limpa em considerações dos combustíveis que é conhecido e utilizado. A energia de fusão acontece quando dois átomos de hidrogênio se fundindo. E o hidrogênio tem no seu núcleo apenas uma partícula carregada (próton), além do próton esse elemento químico em grande maioria não possuem outras partículas, aproximadamente 0,02% dos hidrogênios possuem nêutron. Os escritores demonstram que quando ocorre a fusão dos dois átomos de hidrogênio, os isótopos desse elemento formam outro elemento. Claro que isso não é uma mera coincidência, quando cortamos um pão ao meio, temos dois pedaços de pão e isso forma uma coisa nova que conhecemos por sanduíche. Os autores falam ainda, que ao transitarem do hidrogênio para o hélio, os isótopos liberam uma enorme quantidade de energia. Portanto, nas configurações atômicas do hélio precisa-se de uma quantidade de energia menor para se manter unida em comparação a dois hidrogênios. E quando a fusão ocorre essa energiavai para algum lugar, é assim que temos a energia de fusão. Porém, não é viável, por que não é economicamente barata, mesmo gastando menos insumos e poluindo menos o ar. No quinto capítulo escritores americanos falam que a matéria programada poderia ser qualquer coisa que você poderia pensar, assim como em Transformers, um carro se transformando em um robô, ou uma esfera que se transformasse em algo que você precisasse, um notebook, celular, sofá e etc. O casal mostra que a preocupação dessa tecnologia é o hackeamento, pois poderá sofrer ajustes que causará danos perigosos. Caso coloque um botão físico para reprogramar o material não será perigoso, mas ninguém nunca lembra desse detalhe. Os autores mostram que no sexto capítulo a construção robótica poderia ter um ganho muito grande, com ela teria uma economia em construções a base de concreto. Seria bastante fácil, ao ser construído um local, o dono ou engenheiro poderia dar a forma para o qual o imóvel foi projetado, tudo isso em passe curto e rápido. Além disso os escritores mostraram que robôs poderiam fazer trabalhos perigosos, que os humanos não seriam capazes de realizar sem sofrer danos ou sem se prejudicar. Eles ainda dizem que os robôs fariam o serviço mais rápido, iria melhorar a qualidade, pois o padrão sempre seria o mesmo, e isso até poderia reduzir o preço de certo materiais. No capítulo sete os autores falam que ela pode ser uma alternativa para consertar a realidade, assim como Thanos usou a jóia da realidade quando os Guardiões da Galáxia chegaram para o derrotar, com isso ele usou a jóia para criar uma ilusão do que havia acontecido. Ainda falam que a grande ideia da realidade aumentada é sobrepor o elementos virtuais no mundo real, bem diferente da realidade virtual, que bloqueia toda a realidade real. Com o lançamento de Pokémon Go, podemos observar mais ou menos a ideia do que a realidade aumentada pode ajudar, não somente na hora de se divertir. O livro mostra que a RA (realidade aumentada) pode ajudar nos estudos, exemplificado com os conceitos tridimensionais da física, o aluno que não consegue entender o assunto, poderá ver de uma outra posição, visualizando ou se a RA já estiver muito avançada até mesmo tocá-la. No oitavo capítulo o casal fala sobre biologia sintética, e afirma que temos alterado a biologia, incluindo os alimentos. Ainda diz que é assim que os humanos controla a reprodução de vida ao redor, no intuito de ter mais qualidades do que gostamos e menos qualidades do que não gostamos. Fazendo isso estamos alterando o DNA, um humano que altera o DNA de qualquer coisa ele está colaborando para uma pequena mudança nas próximas gerações e criando novas características. Os escritores declaram que com isso doenças podem ser curadas, criação de novos combustíveis, entre outros, porém um problema que pode acontecer de fato com a utilização dessa nova tecnologia é que ao ser construído ou modificado um DNA, biohackers trabalham duro para fazer com que aquilo seja um desastre e até mesmo o reverso desse DNA poder gerar um surto, fazendo com que pessoas com restrições a determinado medicamento possa ficar doente e sem cura. No capítulo nove a obra mostra que todos tem medo de ir ao médico para fazer um tratamento, pois muitas das vezes o diagnóstico não é cem por cento correto, ou receitam remédio inadequados. Diz ainda que com o passar do tempo e com a tecnologia avançando foi gerado a medicina de precisão, que é a união de ciência e a prática médica. Com isso seria muito mais fácil e com chances de erro quase zero. Diagnóstico, tratamento de câncer seria possível ser detectado com algum aparelho que entraria em ação quando o sistema imunológico falharem. Esse possível novo sistema ele teria que está no organismo do humano e ao tempo todo monitorando, buscando alterações anormais no corpo humano. No décimo capítulo o livro mostra que com essa tecnologia é possível fazer a impressão de um órgão novo, assim substituindo aquele que não está funcionando perfeitamente. Ainda diz que existem muitos órgãos complicados, não dá para simplesmente pegar as informações do DNA, das células e transformar em um órgão. Para isso acontecer precisa-se imprimir ou modelar, e uma tecnologia que temos para esse serviço é a impressora 3D. O casal mostra que tem uma preocupação com essa tecnologia, pois além de tirar milhares na fila de espera por órgãos, existe também a preocupação com a biotecnologia, pois é importante tentar identificar problemas dessa tecnologia e também nos órgãos sintéticos ou materiais desenvolvidos por ela. No décimo primeiro capítulo os autores falam sobre o cérebro e que é onde guardamos gostos, consciência, identidade, entre outros. Bem algumas coisas nós queremos melhorar ou modificar, quem sabe queremos aumentar um pouco a nossa inteligência, tirar talvez algumas memórias que não queremos, é claro que as possibilidades são muitas. Será que é possível colocar um computador no corpo humano? Ou até mesmo aumentar a capacidade de memória ou agilidade. Será que podemos gerar sinais elétricos e com essa ligação conseguimos uma comunicação ou conseguir ler a mente do outro? No entanto, com isso podemos atualizar nosso cérebro. Um problema disso é que estamos mexendo com o cérebro e convenhamos que é uma coisa muito arriscada e que caso aconteça algum erro no processo de melhorar o cérebro ou no processo de colocar alguma habilidade no corpo humano podemos acabar danificando alguma coisa no procedimento ou até mesmo correndo risco de vida. No último capítulo os escritores falam do quanto foi importante juntar corretamente a informação e humor, e muitas dessas revoluções de propostas poderão mudar ou acontecer durante nossa vida. Ainda diz que o conteúdo do livro foi gerado a partir de conversas com pessoas que não eram famosas e pessoas que pensam muito, buscam e sondam. E o bom que muitas ideias apresentadas já estão em fases de desenvolvimentos, como extrair minerais de alienígenas distantes e como sondar pensamentos de um a um neurônio. O casal conta que estamos em uma pequena e isolada nação chamada presente, e até onde podemos ver é o fim da curva do futuro que dobra na faixa estreita do horizonte. Que horizonte!