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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL
Punibilidade
Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro-
vado em 6º lugar no concurso realizado em 
2013. Aprovado em vários concursos, como Po-
lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-
te), PRF (Agente), Ministério da Integração, 
Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 
2012 e Oficial – 2017).
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Punibilidade
Prof. Douglas Vargas
Introdução ................................................................................................5
1. Extinção da Punibilidade ..........................................................................6
1.1. Morte do Agente ..................................................................................9
1.2 Anistia, Graça e Indulto ......................................................................12
1.3. Decadência, renúncia, perdão e perempção ...........................................13
1.4. Abolitio Criminis .................................................................................21
1.5. Retratação ........................................................................................22
1.6. Perdão Judicial ...................................................................................23
2. Prescrição ............................................................................................25
2.1. Espécies ...........................................................................................27
Resumo ...................................................................................................39
Questões de Concurso ...............................................................................44
Gabarito ..................................................................................................48
Gabarito Comentado .................................................................................49
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Punibilidade
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Introdução
E aí, guerreiros!
Na aula de hoje, vamos tratar de dois assuntos chatos, que envolvem muita 
leitura da legislação vigente, mas que são absolutamente importantes para fins de 
prova: a PRESCRIÇÃO e as demais causas de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
Você verá que, em alguns casos, mesmo praticando um fato típico, ilícito e 
culpável, o autor não poderá ser punido. Como e quando isso pode acontecer, no 
entanto, depende de uma série de circunstâncias, as quais também estudaremos 
de forma detalhada.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
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Punibilidade
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1. Extinção da Punibilidade
Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas 
que o aluno aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decorrer da 
história, monopolizado pelo Estado. 
Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança pri-
vada”, como ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros 
exploravam e disputavam áreas da Europa.
Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe 
dá o caráter de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário – em alguns casos, 
mesmo diante de uma situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa 
exercer o seu direito de punir.
Nesse sentido, abre-se a possibilidade de que um determinado indivíduo prati-
que um crime, e que mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito 
e culpável, não possa ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de 
extinguir o direito de punir do qual o Estado é detentor.
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A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste 
último não depende da conduta ser de fato, punível.
Previsão Legal
Inicialmente, as causas extintivas de punibilidade estão arroladas no CP, em seu 
artigo 107:
Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
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O rol acima eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental.
Uma vez que você já foi apresentado ao rol acima, é essencial entender o se-
guinte: 
O art. 107 apresenta um rol exemplificativo de causas extintivas de punibilidade!
Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar 
arroladas em outros pontos da legislação, como por exemplo o que ocorre com o 
delito de peculato culposo, que possui uma previsão específica de causa extintiva 
de punibilidade para a sua conduta.
Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas 
(ao menos em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo 
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dos diplomas legais e artigos que apresentam tais especificidades, e não podem 
ser cobradas se o examinador não mencionar tais pontos da legislação no conteúdo 
programático do edital.
Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das 
causas extintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar 
pela primeira delas: A morte do agente.
1.1. Morte do Agente
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CF/88 – Art. 5º:
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de re-
parar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas 
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio trans-
ferido;
O Juiz federal Sérgio Moro decretou a extinção da punibilidade da ex-primeira-
-dama Marisa Letícia em uma das ações que tramitavam sob sua jurisdição. Marisa 
Letícia, como foi amplamente noticiado, faleceu em 03/02/2017 no Hospital Sírio-
-Libanês, vítima de um AVC. 
Por expressa previsão do art. 107 do CP, o falecimento gera a extinção da puni-
bilidade do agente, haja vista que a pena não poderá passar da pessoa do conde-
nado, excetuada a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de 
bens, que podem ser estendidas aos sucessos nos termos do art. 5º da CF.
Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia sol-
vit”. Uma vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, 
cessa a persecução penal: A ação penal não se instaura, se estiver instaurada ela 
cessa, e se já finalizada não se executa a pena aplicada!
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Pontos relevantes sobre a morte
Existem alguns pontos bastante importantes quanto aos efeitos da morte no 
âmbito penal:
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1.2 Anistia, Graça e Indulto 
A próxima hipótese de extinção da punibilidade são a graça, a anistia e o in-
dulto. São institutos parecidos, mas que possuem algumas peculiaridades. Vamos 
esquematizar!
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1.3. Decadência, renúncia, perdão e perempção
A seguir, temos a decadência, a renúncia, o perdão e a perempção, que 
embora sejam institutos diferentes, todos tem o mesmo condão (de extinguir a 
punibilidade).
Estudaremos cada um deles separadamente, pois são tópicos um pouco mais 
abrangentes do que a graça, a anistia e o indulto. Comecemos pela decadência!
1.3.1. Decadência
“Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, 
estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.” 
Guilherme Nucci
Ou seja: o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública 
condicionada à representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), 
motivo pelo qual o direito de agir se esvaiu, e cessou a existência do direito de punir.
Este instituto também está previsto no CPP, em seu art. 38, que merece ser lido:
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá 
no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis me-
ses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 
29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
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Os prazos em questão estão relacionados com a representação ou queixa do 
ofendido não ser intentada no prazo legal, de modo que, via de regra, é de 6 me-
ses, a contar da data do conhecimento da autoria. 
Outra consequência importante da vinculação da decadência aos prazos de re-
presentação ou queixa é a seguinte:
Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada!
Se a ação penal pública incondicionada não necessita de representação ou quei-
xa do ofendido, não há que se falar em decadência!
Observações Importantes sobre a Decadência
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1.3.2. Renúncia
Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: A renún-
cia é um instituto que só se aplica na ação penal privada. 
Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie! 
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O que acontece na renúncia é o seguinte: Uma vez que a ação penal é privada, 
o ofendido decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo.
Tendo em vista que neste caso temos um direito disponível, o ofendido pode 
optar por renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi 
seja exercido em desfavor do acusado.
Existem duas modalidades de renúncia:
Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos acima (a renúncia expressa ou 
tácita), ocorrerá, assim como na decadência, a extinção da punibilidade do autor. 
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Características da Renúncia
1.3.3. Perdão
Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, temos 
o instituto do perdão.
Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidindo, por-
tanto, não renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da ação penal. 
Mesmo nesse caso, ainda assim será possível que o ofendido não veja o autor 
do delito ser punido pelo Estado.
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Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a 
queixa-crime já foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, 
portanto, não se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.
Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável 
somente à ação penal privada.
O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o inte-
resse de ver o autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a 
extinção da punibilidade. Além disso, também pode ser expresso ou tácito, nos 
mesmos moldes da renúncia.
Características Peculiares do Perdão
São características do perdão que divergem daquelas previstas para a renúncia:
Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não acei-
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tar o perdão! Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar 
que o julgamento vá até o final, se acreditar por exemplo que é inocente e que 
poderá ser absolvido! 
Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para 
se manifestar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão 
como aceito!
Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, à todos os 
acusados. Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que 
decidirem não aceitá-lo. Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão con-
cedido por uma das vítimas não afeta o direito das outras de continuarem com o 
processo!
1.3.4. Perempção
E para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é 
aplicável apenas à ação penal privada: A perempção.
Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece 
a queixa no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor 
processado antes mesmo do início da ação penal, e no perdão, o ofendido decide 
perdoar o autor durante o processo.
Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelan-
te (ofendido), que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de 
cumprir suas obrigações processuais!
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Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade que 
ocorre nos seguintes casos:
Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio – é impor-
tante revisar esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol des-
penca em provas!!
Apenas uma observação: Na hipótese em que o querelante deixa de formular 
o pedido de condenação nas alegações finais, não temos um mero esqueci-
mento do querelante. 
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Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais DEIXEM 
CLARO que o querelante não quer mais ver o acusado punido.
Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do quere-
lado, e que apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não 
deverá ser declarada a perempção!
1.4. Abolitio Criminis
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Outra causa extintiva de punibilidade a abolitio criminis, ou seja, o surgimento 
de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime. 
Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da Lei n. 
11.106/2005, que revogou o crime de adultério. 
A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz 
cessar os efeitos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por 
exemplo, permanecerão.
Observação Importante
É importante ainda observar que não basta a revogação formal de uma nor-
ma incriminadora para que ocorra a abolitio criminis. É necessário que ocorra a 
chamada descontinuidade normativo-típica!
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Em alguns casos, o legislador elabora uma lei que, embora revogue formal-
mente um tipo penal, mantém a punibilidade da conduta em outro artigo. Se isso 
acontecer, não houve a descontinuidade normativo-típica, e consequentemente, 
não houve abolitio criminis!
Veja um exemplo para simplificar:
O legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor (Art. 
214 CP). Entretanto, o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser 
considerado como uma modalidade de estupro (Art. 213 CP). 
Na situação acima, que realmente aconteceu em nosso ordenamento jurídico, o 
legislador revogou o art. 214 CP, mas não ocorreu a abolitio criminis, haja vista 
que a conduta continuou a ser punida nos termos do art. 213 do Código Penal!
1.5. Retratação
Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi 
dito). E, ao permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado.
São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país:
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1.6. Perdão Judicial
O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do agente 
que iremos estudar na aula de hoje é o perdão judicial.
Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal 
ao autor de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) 
é de que ocorre a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade.
No entanto, se o examinador perguntar apenas segundo o Código Penal, a pre-
visão do art. 120 é de que estamos diante de sentença CONDENATÓRIA sem 
efeito de reincidência:
Perdão judicial
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos 
de reincidência.
Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobran-
do o assunto na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou 
apenas a letra da lei), pode optar pela resposta correta.
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Um exemplo de extinção da punibilidade pelo perdão judicial está no art. 121 do 
Código Penal (homicídio):
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária.
E assim, caro aluno, terminamos a exposição das principais causas extintivas 
de punibilidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que embora também 
seja causa extintiva de punibilidade, merece um capítulo à parte, haja vista 
sua maior complexidade e nível de detalhamento em face das outras hipóteses que 
acabamos de estudar.
Vamos em frente!
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2. Prescrição
A prescrição é a perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia. 
Ou seja: O Estado não exerceu o jus puniendi no prazo legal, de forma que ocorreu a 
extinção da punibilidade do agente. 
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Punibilidade
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Caso notório foi o que ocorreu com o jogador Edmundo, condenado em 1999 
por acidente que matou 3 pessoas e teve declarada a extinção da punibilidade pela 
prescrição quando o caso chegou ao STF. 
O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa 
de extinção da punibilidade. Entretanto, o problema são as nuances que envol-
vem a prescrição, as quais passaremos a estudar desde momento em diante.
Comecemos com uma afirmação básica:
Existem casos em que a prescrição de um delito é inadmissível em nos-
so ordenamento jurídico!
Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte, e 
estão arrolados como tal na própria CF/88. São os seguintes casos:
Delitos Imprescritíveis
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei; 
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Não há previsão de imprescritibilidade de delitos no Código Penal – apenas 
na Constituição Federal. A doutrina majoritária inclusive defende que existe 
uma vedação implícita na criação de hipóteses de imprescritibilidade em legis-
lação infraconstitucional, visto que a prescrição dos delitos seria um direito 
fundamental.
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Entretanto, de forma divergente, cabe observar que já houve posicionamento 
do STF, em sede de Recurso Extraordinário, no sentido de que a CF não veda que a 
legislação infraconstitucional crime novas hipóteses de delitos imprescritíveis. Esse 
assunto é polêmico, mas é importante que você conheça as duas vertentes!
A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis 
em nosso ordenamento jurídico: O racismo e a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos 
para os quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar 
as espécies de prescrição existentes em nosso ordenamento!
2.1. Espécies
Basicamente, a prescrição se divide em duas modalidades:
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A diferença entre ambas é simples: A PPP ocorre antes do trânsito em julgado, 
e a PPE, depois.
PPP
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a 
doze;
III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois;
VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em rela-
ção à pena cominada?
Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja reco-
mendável, recomendo que o aluno não se esforce demais tentando decorar esses 
seis incisos. Dedique-se a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria.
Dito isso, é importante observar o seguinte sobre a PPP:
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Efeitos
A prescrição da pretensão punitiva tem o condão de excluir tanto os efeitos 
secundários como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa forma, 
remove tanto efeitos penais quanto extrapenais!
Categorias
A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora 
em diante:
Vamos começar pela prescrição propriamente dita.
Prescrição propriamente dita
A prescrição propriamente dita é a primeira espécie de PPP (prescrição da pre-
tensão punitiva), e ocorre antes da sentença condenatória.
Você já conhece a previsão do art. 109 CP (que trata da proporção entre o pra-
zo prescricional e a pena). Entretanto, é importante observar que, enquanto não 
se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricional pela pena máxima 
cominada ao delito.
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Vejamos um exemplo para compreender melhor o cálculo da prescrição:
Para verificar se houve a extinção da punibilidade pela prescrição do delito na 
situação acima, primeiro devemos nos perguntar o seguinte: 
Quando se inicia contagem do prazo prescricional?
A resposta está no art. 111 do CP:
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a cor-
rer: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I – do dia em que o crime se consumou. 
II – no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, 
da data em que o fato se tornou conhecido. 
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V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste 
Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, 
salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. 
Certo. A contagem do prazo prescricional deve se iniciar em 01/01/2001, data 
em que Danny praticou o delito de furto simples (Art. 111, inciso I). 
É importante observar que os prazos de prescrição devem ser contados como 
prazos penais, pois influem diretamente na liberdade do acusado, de modo que 
está incluído o dia do começo na contagem do prazo. 
Sabendo disso, precisamos então analisar o art. 109 do CP para saber qual o 
prazo prescricional para o delito de furto simples:
 
Agora ficou fácil. Temos o seguinte:
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O exemplo acima foi bastante simplificado – não estamos consideramos as 
causas de interrupção ou de suspensão da prescrição, por exemplo – mas o ob-
jetivo é que você entenda a formula básica sobre a prescrição punitiva propria-
mente dita.
Com base apenas nos dados acima, note que o IP só foi entregue ao Ministério 
Público 8 anos após a prescrição do delito, de modo que o agente delitivo já teve 
extinta sua punibilidade em relação àquele fato delituoso. Danny, portanto, se deu 
bem com a demora do Estado para apurar o delito de furto.
Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente 
A segunda espécie de PPP é a da prescrição superveniente.
Primeiramente, vamos ler o que diz o Código Penal:
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Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu-
la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se 
aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 
§ 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acu-
sação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, 
em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. 
Traduzindo: O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena 
máxima cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta 
cominada ao delito.
Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da 
pretensão punitiva que ocorre entre dois momentos: A publicação da sentença 
condenatória recorrível e o trânsito em julgado da sentença!
Vejamos uma situação hipotética para melhor compreensão:
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Na situação acima, note que não há mais a possibilidade de que a pena comina-
da se torne maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reforma-
tio in pejus quando o Tribunal competente avaliar a causa).
Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas 
que serve como parâmetro para fins de cálculo de prescrição (1 ano e meio de re-
clusão).
Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 
ano e 2 anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, 
ocorrerá a prescrição superveniente!
No caso da prescrição superveniente, inicia-se a contagem do prazo pres-
cricional a partir da publicação da sentença condenatória recorrível, e não 
da consumação do delito!
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Por esse motivo, na situação hipotética acima, o Tribunal teria até o ano de 2007 
para julgar o caso antes que ocorresse a prescrição superveniente!
Prescrição Retroativa
A última modalidade de PPP é semelhante à prescrição superveniente, no entan-
to, como o próprio nome diz, é contada de forma retroativa, tomando como base o 
termo inicial (publicação da sentença recorrível) e a data de recebimento da 
denúncia.
Vejamos:
Na situação acima, note que houve uma dilatação temporal grande entre o rece-
bimento da denúncia e a publicação da sentença penal recorrível.
O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), entretanto, devemos tomar por 
base o prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da denúncia:
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Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem 
nesse cálculo (como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do 
júri).
Prescrição da Pretensão Executória
Finalizadas as hipóteses de PPP (prescrição da pretensão punitiva), temos fi-
nalmente a prescrição da pretensão executória, que ocorre depois de transitar 
em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação quanto para a 
defesa.
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu-
la-se pela penaaplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se 
aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
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Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada 
com trânsito em julgado. Basta calcular a prescrição com base na pena aplicada, e 
de acordo com o art. 109. 
A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de 
prescrição previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3).
Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição
Para finalizar o assunto, devemos fazer a leitura dos arts. 116 e 117 do CP, que 
tratam das causas interruptivas e impeditivas de prescrição. Vejamos:
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconheci-
mento da existência do crime; 
II – enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição 
não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. 
Causas interruptivas da prescrição
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984)
II – pela pronúncia; 
III – pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV – pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V – pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI – pela reincidência. 
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição 
produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que 
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sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qual-
quer deles. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo 
começa a correr, novamente, do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984)
Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol acima. Você precisa 
conhecê-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em cima 
dessas hipóteses, simplesmente cobrando a literalidade dos artigos acima.
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RESUMO
Extinção da punibilidade
• A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não 
deste último não depende da conduta ser de fato, punível.
• Hipóteses (Art. 107):
 – I - pela morte do agente;
 – II - pela anistia, graça ou indulto;
 – III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como crimi-
noso;
 – IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
 – V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de 
ação privada;
 – VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
 – IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
• O rol do art. 107 é exemplificativo!
Espécies:
• Morte do Agente
 – Não impede que a vítima intente ação civil para reparação de dano contra 
os herdeiros do autor.
 – Mesmo com a morte do agente delitivo, os familiares podem intentar ação 
de revisão criminal.
 – A extinção da punibilidade de um dos agentes que tenha falecido não irá se 
estender aos coautores e partícipes.
 – Se a morte for presumida, a posição majoritária dos doutrinadores é que 
não ocorre a extinção da punibilidade.
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• Anistia, Graça e Indulto 
 – Anistia é um “perdão” oferecido pelo CONGRESSO NACIONAL. 
 - Atinge um FATO e não uma PESSOA. 
 – Graça é um “perdão” oferecido pelo Presidente da República.
 - Atinge uma PESSOA e não um FATO.
 – Indulto é uma graça em sua modalidade coletiva.
• Decadência, renúncia, perdão e perempção
 – Decadência:
 - É a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, 
estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.
 - Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada!
 - O prazo de decadência não pode ser suspenso, prorrogado ou interrom-
pido.
 - Nos casos de dúvida se houve ou não o fim do prazo e ocorreu a deca-
dência, deve-se decidir EM FAVOR DO OFENDIDO, permitindo-se que ele 
ajuíze a ação penal!
 – Renúncia
 - Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie! 
 - O ofendido decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo.
 - Renúncia Expressa:
- O ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer 
mais ver processado o autor do delito.
 - Renúncia Tácita
- O ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado.
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 - Características da Renúncia:
- Unilateral
- Pré-Processual
- Indivisível
- Irretratável
 – Perdão
 - Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicá-
vel somente à ação penal privada.
 - A principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime já 
foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não 
se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.
 - Características Peculiares do Perdão
- Bilateral 
- Pós-Processual
 – Perempção
 - É aplicável apenas à ação penal privada
 - É uma negligência do querelante (ofendido), que ingressa em juízo para 
ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações processuais
- Abolitio Criminis
 – Surgimento de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato 
como crime. 
 – Não faz cessar os efeitos extrapenais da sentença
 – É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica!
• Retratação– A lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao 
permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado
 - Exemplos: Delitos de Injúria e Difamação
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• Perdão Judicial
 – Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção 
penal ao autor de um delito. 
 – O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que 
ocorre a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade.
Prescrição
• Perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia. 
Delitos Imprescritíveis
• Racismo; 
• Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e 
o Estado Democrático;
• Segundo o STF, a CF não impede a criação de novos delitos imprescritíveis por 
legislação infraconstitucional;
• Segundo a Doutrina, existe uma vedação implícita à criação de delitos im-
prescritíveis em legislação infraconstitucional, haja vista que o direito a pres-
crição é verdade direito fundamental.
Espécies de Prescrição
• PPP: Prescrição da pretensão punitiva.
• PPE: Prescrição da Pretensão Executória
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Categorias de PPP
• Prescrição propriamente dita
 – Ocorre antes da sentença condenatória.
 – Enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricio-
nal pela pena máxima cominada ao delito
• Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente 
 – O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima 
cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta 
cominada ao delito.
 – Categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre 
dois momentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o trân-
sito em julgado da sentença!
 – Inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da publicação da sen-
tença condenatória recorrível, e não da consumação do delito!
• Prescrição Retroativa
 – É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publi-
cação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia.
PPE
• Ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a 
acusação quanto para a defesa.
• Caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 
109 aumentam (são aumentados de 1/3).
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Sendo a punibilidade requisi-
to do crime sob o aspecto formal, excluída a pretensão punitiva, não estará carac-
terizado o crime.
Questão 2 (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A possibilidade de ocorrência 
da decadência, causa de extinção da punibilidade com efeito ex tunc, subsiste após 
o início da ação penal condicionada ou da ação penal privada.
Questão 3 (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)O instituto da abolitio criminis 
refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material, en-
quanto o princípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão 
formal.
Questão 4 (FUNIVERSA/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) 
A abolitio criminis constitui uma situação de lei penal posterior mais benigna, que 
deve alcançar, inclusive, fatos definitivamente julgados, ainda que em fase de exe-
cução.
Questão 5 (CESPE/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO) A revogação expressa de 
um tipo penal incriminador conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos 
passem a integrar outro tipo penal, criado pela norma revogadora.
Questão 6 (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) As causas extintivas da punibilida-
de relacionadas no artigo 107 do Código Penal Brasileiro são exemplificativas, po-
dendo serem encontradas diversas outras, tanto no mesmo ordenamento jurídico, 
como na legislação especial esparsa.
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DIREITO PENAL
Punibilidade
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Questão 7 (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) A 
anistia, causa de extinção da punibilidade, consiste em ato de clemência cuja con-
cessão cabe ao presidente da República, por meio de decreto.
Questão 8 (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) Por 
ser um ato unilateral, o perdão do ofendido não pode ser recusado pelo ofensor.
Questão 9 (CESPE/PGE-BA/PROCURADOR DO ESTADO) Em se tratando de abo-
litio criminis, serão atingidas pela lei penal as ações típicas anteriores à sua vigên-
cia, mas não os efeitos civis decorrentes dessas ações. 
Questão 10 (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Não se admite a prescrição 
da pretensão executória antes do trânsito em julgado da sentença para ambas as 
partes.
Questão 11 (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Mesmo que ocorra a pres-
crição da pretensão executória, a sentença condenatória poderá ser executada no 
juízo cível para efeito de reparação do dano.
Questão 12 (CESPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) A abolitio criminis faz cessar 
todos os efeitos penais, principais e secundários, subsistindo os efeitos civis.
Questão 13 (CESPE/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Na contagem dos prazos de 
prescrição e decadência, e assim também na contagem do prazo de cumprimento 
da pena privativa de liberdade, deve-se incluir o dia do começo.
Questão 14 (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) A contagem do prazo 
para efeito da decadência, causa extintiva da punibilidade, obedece aos critérios 
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processuais penais, computando-se o dia do começo. Todavia, se este recair em 
domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente.
Questão 15 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) Su-
ponha que, no curso de determinado inquérito policial, tenha sido editada nova lei 
que, então, deixou de tipificar o fato, objeto da investigação, como criminoso. Nes-
se caso, o inquérito policial deve ser imediatamente encerrado, porquanto se opera 
a extinção da punibilidade do autor.
Questão 16 (FCC/PGE-SE/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição não é inter-
rompida pela sentença absolutória recorrível.
Questão 17 (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição deve sercalculada pelo 
total da pena no caso de concurso de crimes.
Questão 18 (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição admite a interrupção, mas 
não a suspensão do respectivo prazo.
Questão 19 (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição é interrompi-
da pelo acórdão condenatório recorrível.
Questão 20 (FCC/SEFAZ/AUDITOR/ADAPTADA) A chamada prescrição retroativa 
concerne à prescrição da pretensão punitiva, gerando futura reincidência.
Questão 21 (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescri-
ção NÃO é interrompido pela publicação da sentença absolutória recorrível.
Questão 22 (FCC/PGE-SP/PROCURADOR/ADAPTADA) A “prescrição retroativa” 
baseia-se na pena cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal.
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Questão 23 (CESPE/TJBA/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/ADAPTADA) As 
causas interruptivas da prescrição incluem o recebimento da queixa.
Questão 24 (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) É correto afirmar que a li-
citude da conduta não exclui o crime, interferindo tão-somente na pena.
Questão 25 (MPE-RS/MPE-RS/SECRETÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescrição 
interrompe-se pelo oferecimento da denúncia.
Questão 26 (FUNDEP/TJMG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADAPTADA) Analisando as 
causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que não se inclui entre elas a 
doença grave do agente.
Questão 27 (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL) No que concerne às cau-
sas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que a sentença que concede o 
perdão judicial será considerada para efeito de reincidência.
Questão 28 (CESPE/TJ-RN/JUIZ/ADAPTADA) A perempção constitui a perda do di-
reito de representar ou de oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para o seu 
exercício.
Questão 29 (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL/ADAPTADA) Cabe perdão 
do ofendido na ação penal pública condicionada. 
Questão 30 (FCC/TCE-RO/AUDITOR/ADAPTADA) No tocante às causas de ex-
tinção da punibilidade, é correto afirmar que a concessão de anistia é atribuição 
exclusiva do Presidente da República, e que é cabível o perdão judicial em qualquer 
crime.
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GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. C
5. E
6. C
7. E
8. E
9. C
10. E
11. C
12. E
13. C
14. E
15. C
16. C
17. E
18. E
19. C
20. E
21. C
22. E
23. C
24. E
25. E
26. C
27. E
28. E
29. E
30. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Sendo a punibilidade requisi-
to do crime sob o aspecto formal, excluída a pretensão punitiva, não estará carac-
terizado o crime.
Errado.
Nada disso. Punibilidade não é requisito do crime sob o aspecto formal! Uma vez 
configurado o fato típico, antijurídico e culpável, estaremos diante de um delito. Se 
não mais existe possibilidade de punir o autor, isso vedará meramente o exercício 
do jus puniendi pelo Estado, mas não se pode dizer que o crime não se caracteri-
zou!
Questão 2 (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A possibilidade de ocorrência 
da decadência, causa de extinção da punibilidade com efeito ex tunc, subsiste após 
o início da ação penal condicionada ou da ação penal privada.
Errado.
A decadência realmente é um instituto que pode causar a extinção da punibilidade, 
conforme estudamos na aula de hoje. Entretanto, sua aplicação só se dá ANTES do 
oferecimento da denúncia ou queixa, motivo pelo qual o item está errado!
Questão 3 (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)O instituto da abolitio criminis 
refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material, en-
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quanto o princípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão 
formal.
Certo.
Exatamente! Se o legislador revogar o tipo penal (supressão formal), mas a con-
duta continuar sendo crime através da previsão de outro tipo penal, ocorrerá a 
chamada continuidade normativo-típica.
Já, se a supressão for no aspecto formal (revoga-se o artigo) e material (e a condu-
ta não se mantem criminalizada em outro tipo penal), estaremos diante da abolitio 
criminis!
Questão 4 (FUNIVERSA/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) 
A abolitio criminis constitui uma situação de lei penal posterior mais benigna, que 
deve alcançar, inclusive, fatos definitivamente julgados, ainda que em fase de exe-
cução.
Certo.
Exatamente. Se ocorrer a abolitio criminis, tal situação favorável deverá alcançar 
mesmo ao réu definitivamente julgado, que, se estiver preso unicamente por aquele 
fato, deve ser imediatamente colocado em liberdade!
Questão 5 (CESPE/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO) A revogação expressa de 
um tipo penal incriminador conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos 
passem a integrar outro tipo penal, criado pela norma revogadora.
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Errado.
Esta é mais uma questão sobre a continuidade normativo-típica! 
Como você já sabe, se os elementos do tipo penal revogado passarem a integrar 
outro tipo penal, não estaremos diante da abolitio criminis, haja vista que a con-
duta continua a ser considerada como crime (meramente sua previsão muda para 
outro artigo). 
Questão 6 (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) As causas extintivas da punibilida-
de relacionadas no artigo 107 do Código Penal Brasileiro são exemplificativas, po-
dendo serem encontradas diversas outras, tanto no mesmo ordenamento jurídico, 
como na legislação especial esparsa.
Certo.
Conforme estudamos, o rol do art. 107 do CP é sim EXEMPLIFICATIVO, de modo 
que podem existir outras causas extintivas de punibilidade em nosso ordenamento 
jurídico. 
Questão 7 (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) A 
anistia, causa de extinção da punibilidade, consiste em ato de clemência cuja con-
cessão cabe ao presidente da República, por meio de decreto.
Errado.
A anistia é um ato de clemência do LEGISLATIVO, e não do EXECUTIVO, sendo de 
responsabilidade do Congresso Nacional – e não do Presidente da República, como 
afirma a questão!
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Questão 8 (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) Por 
ser um ato unilateral, o perdão do ofendido não pode ser recusado pelo ofensor.
Errado.
O perdão, conforme ressaltamos em nossa aula, é um ato BILATERAL, e depende 
da aceitação do ofensor (que pode desejar recusá-lo para se ver absolvido).
O ato unilateral é a renúncia!
Questão 9 (CESPE/PGE-BA/PROCURADOR DO ESTADO) Em se tratando de abo-
litio criminis, serão atingidas pela lei penal as ações típicas anteriores à sua vigên-
cia, mas não os efeitos civis decorrentes dessas ações. 
Certo.
Exatamente. A abolitio criminis atinge apenas os efeitos penais da sentença conde-
natória – não possuindo o condão de anular também os efeitos civis da condenação.
Questão 10 (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Não se admite a prescrição 
da pretensão executória antes do trânsito em julgado da sentença para ambas as 
partes.
Errado.
Essa questão é difícil, embora seja bastante sucinta. O erro do item está em afirmar 
que a PPE não é admitida antes do trânsito em julgado para AMBAS as partes, vis-
to que o termo inicial da prescrição, após a sentença condenatória irrecorrível, se 
conta do dia em que transita em julgado a sentença APENAS PARA A ACUSAÇÃO, 
e não para a defesa!
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Questão 11 (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Mesmo que ocorra a pres-
crição da pretensão executória, a sentença condenatória poderá ser executada no 
juízo cível para efeito de reparação do dano.
Certo.
Exatamente! Assim como ocorre no caso da abolitio criminis, por exemplo, a ex-
tinção da punibilidade não irá afetar os efeitos civis da sentença condenatória. Há, 
inclusive, previsão expressa no CP:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
II – a decisão que julgar extinta a punibilidade;
Questão 12 (CESPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) A abolitio criminis faz cessar 
todos os efeitos penais, principais e secundários, subsistindo os efeitos civis.
Certo.
Veja como a abolitio criminis não cai em prova, simplesmente despenca! 
Como você já está cansado de saber, tal instituto faz cessar apenas os efeitos pe-
nais, não fazendo cessar os efeitos civis da sentença condenatória!
Questão 13 (CESPE/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Na contagem dos prazos de 
prescrição e decadência, e assim também na contagem do prazo de cumprimento 
da pena privativa de liberdade, deve-se incluir o dia do começo.
Certo.
Com certeza! Os prazos de prescrição e decadência tem natureza híbrida, pois, 
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embora processuais, interferem diretamente no direito material à liberdade do acu-
sado, de modo que devem ser contados em seu benefício (ou seja, incluindo o dia 
do começo, como se prazo penal fossem)!
Questão 14 (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) A contagem do prazo 
para efeito da decadência, causa extintiva da punibilidade, obedece aos critérios 
processuais penais, computando-se o dia do começo. Todavia, se este recair em 
domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente.
Errado.
Essa questão é sensacional. Se você não estiver atento, cai fácil na pegadinha ela-
borada pelo examinador.
A contagem de prazo para efeito de decadência realmente deve computar o dia do 
começo. Entretanto, isso se dá pois aqui obedecemos aos critérios PENAIS, e não 
PROCESSUAIS PENAIS, como afirma a questão!
Erro muito sutil. Parabéns para você se tiver acertado de primeira!
Questão 15 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) Su-
ponha que, no curso de determinado inquérito policial, tenha sido editada nova lei 
que, então, deixou de tipificar o fato, objeto da investigação, como criminoso. Nes-
se caso, o inquérito policial deve ser imediatamente encerrado, porquanto se opera 
a extinção da punibilidade do autor.
Certo.
Com certeza! A situação narrada pelo examinador é a de abolitio criminis, cujos 
efeitos irão ensejar o arquivamento do inquérito policial por atipicidade do fato!
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Questão 16 (FCC/PGE-SE/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição não é inter-
rompida pela sentença absolutória recorrível.
Certo.
Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas in-
terruptivas de prescrição do art. 117 CP, e estar atento às pegadinhas elaboradas 
pelo examinador.
O curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão con-
denatórios recorríveis (art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador trocou o 
termo condenatório por absolutório, de modo que realmente a sentença absolutória 
recorrível não interrompe o prazo prescricional!
Questão 17 (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição deve ser calculada pelo 
total da pena no caso de concurso de crimes.
Errado.
Nada disso. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (art. 
119 CP).
Questão 18 (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição admite a interrupção, mas 
não a suspensão do respectivo prazo.
Errado.
Opa! Cuidado: a prescrição admite tanto a interrupção quanto a suspensão!
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Questão 19 (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição é interrompi-
da pelo acórdão condenatório recorrível.
Certo.
Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é sim inter-
rompida, por expressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível. 
Questão 20 (FCC/SEFAZ/AUDITOR/ADAPTADA) A chamada prescrição retroativa 
concerne à prescrição da pretensão punitiva, gerando futura reincidência.
Errado.
A prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão punitiva), no 
entanto, não gera reincidência, ao contrário do que afirma o item! 
Questão 21 (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescri-
ção NÃO é interrompido pela publicação da sentença absolutória recorrível.
Certo.
Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo os dizeres sen-
tença condenatória por sentença absolutória. A publicação de sentença absolutória 
recorrível, como vocêjá sabe, realmente não integra o rol de causas de interrupção 
da prescrição!
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Questão 22 (FCC/PGE-SP/PROCURADOR/ADAPTADA) A “prescrição retroativa” 
baseia-se na pena cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal.
Errado.
Nada disso. Lembre-se que a prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição 
da pretensão PUNITIVA). Além disso, ela é cabível após a publicação da sentença 
e antes do trânsito em julgado, de modo que seu cálculo é realizado com base em 
uma pena fixada em concreto.
Questão 23 (CESPE/TJBA/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/ADAPTADA) As 
causas interruptivas da prescrição incluem o recebimento da queixa.
Certo.
À essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interrup-
tivas da prescrição, que simplesmente despenca em provas.
Dito isso, é claro que, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou 
da queixa interrompem a contagem de prazo prescricional.
Questão 24 (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) É correto afirmar que a li-
citude da conduta não exclui o crime, interferindo tão-somente na pena.
Errado.
Oras, se o fato é lícito (estando de acordo com o ordenamento jurídico vigente), 
não há que se falar em crime. Para a configuração de um delito, lembre-se que é 
necessário um fato típico e ilícito!
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Questão 25 (MPE-RS/MPE-RS/SECRETÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescrição in-
terrompe-se pelo oferecimento da denúncia.
Errado.
Como acabamos de observar, o curso da prescrição interrompe-se pelo RECEBI-
MENTO da denúncia, e não pelo seu oferecimento!
Questão 26 (FUNDEP/TJMG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADAPTADA) Analisando as 
causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que não se inclui entre elas a 
doença grave do agente.
Certo.
Doença grave do agente não é causa de extinção da punibilidade. Imagine só essa 
possibilidade! O que ia ter de réu adoecendo não é brincadeira...
Questão 27 (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL) No que concerne às cau-
sas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que a sentença que concede o 
perdão judicial será considerada para efeito de reincidência.
Errado.
Pelo contrário! A sentença que concede o perdão judicial não será considerada para 
efeitos de reincidência.
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Questão 28 (CESPE/TJ-RN/JUIZ/ADAPTADA) A perempção constitui a perda do 
direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para o 
seu exercício.
Errado.
Calma aí! A perda do direito de representar pelo decurso do prazo é caso de renún-
cia, e não de perempção!
Questão 29 (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL/ADAPTADA) Cabe perdão 
do ofendido na ação penal pública condicionada. 
Errado.
Negativo! Conforme estudamos, o perdão do ofendido é um instituto aplicável ape-
nas à ação penal PRIVADA!
Questão 30 (FCC/TCE-RO/AUDITOR/ADAPTADA) No tocante às causas de ex-
tinção da punibilidade, é correto afirmar que a concessão de anistia é atribuição 
exclusiva do Presidente da República, e que é cabível o perdão judicial em qualquer 
crime.
Errado.
Item duplamente errado! Em primeiro lugar, a anistia é atribuição do Congresso 
Nacional – e não do Presidente da República. Além disso, o perdão judicial não é 
cabível em qualquer crime, se restringindo aos delitos previstos em lei!
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	Introdução
	1. Extinção da Punibilidade
	1.1. Morte do Agente
	1.2 Anistia, Graça e Indulto 
	1.3. Decadência, renúncia, perdão e perempção
	1.4. Abolitio Criminis
	1.5. Retratação
	1.6. Perdão Judicial
	2. Prescrição
	2.1. Espécies
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 61:

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