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PDF_Assistência em UTI à Criança e ao Adolescente_A4_alt

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ASSISTÊNCIA EM UTI À 
 
CRIANÇA E AO ADOLESC ENTE 
 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof . a Vanessa Bertoglio Comassetto Antunes de Oliveira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A aula 4 abordará as doenças prevalentes, mencionando aspectos 
clínicos e principais procedimentos de enfermagem para o tratamento e a 
manutenção da condição clínica da criança. Serão revisados aspectos 
referentes às principais disfunções respiratórias da criança em uma UTI neonatal 
e pediátrica, citando a pneumonia, a asma e as condições de insuficiência 
respiratória. Igualmente, serão vistos aspectos referentes à maior letalidade nas 
disfunções cardiovasculares, como as cardiopatias congênitas, a insuficiência 
cardíaca congestiva e o choque. As convulsões e as meningites aparecem como 
principais causas de distúrbios neurológicos que acometem as crianças 
internadas nas UTIs. O câncer infantil será mencionado como uma patologia 
cada vez mais comum e presente nas terapias intensivas infantis, destacando-
se aspectos de tratamento e manutenção da doença. Por fim, a aula trará a 
abordagem da dor na criança, considerada ultimamente como uma constatação 
do quinto sinal vital. 
Clique aqui e assista o vídeo 1 
CONTEXTUALIZANDO 
A mortalidade infantil em nível mundial sofreu uma redução acentuada nas 
últimas décadas. O Brasil também acompanhou essa diminuição e diversos 
fatores contribuíram para essa mudança no perfil de mortalidade infantil, entre 
os quais podem-se citar a melhoria do saneamento básico, a queda da taxa de 
fecundidade, a melhora geral das condições de vida, o aumento da escolaridade, 
o maior acesso aos serviços de saúde, entre outros. Não se observa, com a 
mesma frequência de três ou quatro décadas atrás, a quantidade de óbitos 
infantis por consequência de diarreia, por exemplo; entretanto, ainda é desafio a 
contingência de doenças que ainda são consideradas prevalentes na infância, 
como as infecções do trato respiratório (IRA), as doenças cardíacas (menos 
prevalentes, porém muito letais), as doenças neurológicas (geralmente 
provocadas por trauma), as convulsões, as meningites e o câncer. 
Logo, serão explorados os seguintes temas elementares: 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMUTZvb0NnM3BwMVk
 
 
3 
1. A criança grave com disfunções respiratórias 
2. A criança grave com disfunções cardiovasculares 
3. A criança grave com disfunções neurológicas 
4. A criança portadora de leucemia 
5. Abordagem e manejo da dor em crianças 
Clique aqui e assista o vídeo 2 
TEMA 1 – A CRIANÇA GRAVE COM DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS 
A disfunção respiratória deve ser entendida como a situação em que a 
respiração e a ventilação pulmonar ocorrem de maneira anormal. Ela está 
presente nas infecções respiratórias agudas (IRAs), que afetam frequentemente 
crianças menores de cinco anos. A criança, especialmente nos primeiros dois 
anos de vida, é a mais susceptível aos agravos infecciosos, devido a sua 
imaturidade anatômica e neurológica(1). 
As infecções respiratórias de origem viral causam, frequentemente, 
hospitalização durante os primeiros dois anos, com predominância do vírus 
sincicial respiratório em 53% dos casos. Relatórios apontam ainda a magnitude 
da mortalidade por IRA nas Américas, mostrando que os quadros pneumônicos 
pelo vírus influenza são a causa de até 33% das mortes totais de crianças com 
menos de 1 ano de idade, e de até 27% de crianças entre 1 e 4 anos. No Brasil, 
a pneumonia por influenza pode ser a causa de até 13% das mortes de crianças 
com menos de 1 ano, e de até 17% de crianças de 1 a 4 anos. A Previdência 
Social do Rio de Janeiro registrou uma incidência de 47,5% de IRA, com 
prevalência de 92,7% das infecções de vias aéreas superiores em crianças entre 
1 e 5 anos(2). 
De forma geral: 
as insuficiências respiratórias se dão por dois fatores: quando há o 
aumento do trabalho respiratório mas a troca gasosa está próxima do 
normal ou quando as tensões gasosas sanguíneas não podem ser 
mantidas dentro da normalidade, ocorrendo hipoxemia e acidose 
secundária a retenção de dióxido de carbono(1). 
As manifestações clínicas da IR são: inquietação, taquipneia, taquicardia, 
diaforese, cefaleia, alteração do padrão e da profundidade da respiração, 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMaERRMHZfRklEaFE
 
 
4 
hipertensão, dispneia, anorexia, aumento do débito cardíaco e urinário, 
batimento das asas nasais, retração da parede torácica, gemido expiatório, sibilo 
e respiração prolongada(1). Nos casos de hipoxia mais grave, os sinais são: 
hipotensão ou hipertensão, alteração visual, sonolência, estupor, coma, 
dispneia, depressão respiratória, bradicardia, cianose periférica ou central. 
Em relação aos dados epidemiológicos, informações referem que a 
pneumonia e a asma são doenças prevalentes em terapias intensivas infantis(2). 
Por isso, serão as referidas nesta aula. 
 Conceitualmente, a pneumonia é um processo inflamatório, geralmente 
infeccioso, que envolve o parênquima pulmonar e que pode ser associado a 
bactérias, vírus ou por aspiração. A infecção normalmente ocorre a partir das 
vias aéreas superiores e a via hematogênica é mais rara. É uma patologia que 
se manifesta por febre, prostração, taquipneia e esforço respiratório associada à 
presença de consolidação compatível no raio X de tórax(3). 
Os sinais gerais causados em pneumonias são: tosse (não produtiva a 
produtiva com secreção esbranquiçada), taquipneia, sons respiratórios de 
crepitações e diminuição dos sons respiratórios estertores, hipotimpânico à 
percussão, dor torácica, retrações, batimentos de aletas nasais, dependendo da 
gravidade, palidez e cianose. A criança tende a ter um comportamento de 
irritabilidade, inquietação, mal-estar e letargia. Além do mais, podem se 
manifestar sinais gastrointestinais, como anorexia, vômito, diarreia e dor 
abdominal(3). 
Os cuidados de enfermagem para a criança com pneumonia são 
primariamente de suporte e sintomáticos, mas necessitam de avaliação 
respiratória minuciosa e administração de oxigênio suplementar (quando 
necessário), líquidos e antibióticos”(1). “A frequência respiratória da criança, o 
ritmo e a profundidade, a oxigenação, a disposição geral e o nível de atividade 
devem ser avaliados com frequência. Para prevenir a desidratação, líquidos 
intravenosos são administrados na fase aguda”(2). 
Em algumas condições, é procedimento médico a implantação de drenos 
de tórax. Nesse caso, os cuidados de enfermagem requerem atenção contínua 
do padrão respiratório, conforme descrito no parágrafo anterior, e o dispositivo 
 
 
5 
de drenagem bem como o dreno devem ser monitorados quanto ao 
funcionamento adequado (permeabilidade, localização correta do vácuo, dreno 
livre de dobras, curativo intacto e manutenção do selo d’água)(1). A manutenção 
do leito e a deambulação são encorajadas de acordo com as condições 
respiratórias da criança, porém a criança necessita de analgesia para controle 
da dor(2). 
O oxigênio suplementar pode ser administrado por cateter nasal, máscara 
facial ou tenda. As crianças devem definir qual a posição mais confortável para 
isso. Deve-se lembrar que deitar sobre o lado afetado (caso a pneumonia seja 
unilateral) comprime o tórax daquele lado, gerando desconforto. Em algumas 
situações, o enfermeiro deve prescrever a aspiração para manter as vias aéreas 
desobstruídas. “A percussão torácica, a drenagem postural e a nebulização são 
tratamentos que podem ser prescritos dependendo das condições clínicas da 
criança”(3). 
Outra patologia que frequentemente acomete crianças a ponto de mantê-
las em UTI é a “asma, um distúrbio respiratório inflamatório crônico das vias 
aéreas caracterizado pela recorrência dos sintomas, obstrução das vias aéreas 
e hiper-responsividade brônquica”.(1) 
Nas crianças susceptíveis, a inflamação causa episódiosrecorrentes de 
sibilos, falta de ar, rigidez torácica e tosse. A prevalência de morbidade e 
mortalidade da asma tem aumentado devido à piora da poluição do ar, ao difícil 
acesso à saúde e aos subtratamentos. É considerada a terceira causa de 
internações de crianças menores de 15 anos de idade(2). 
No que se refere à sua fisiopatologia, a asma resulta de interações 
complexas entre células inflamatórias, mediadores e células e tecidos presentes 
nas vias respiratórias. Outros importantes componentes da doença são o 
broncoespasmo e a obstrução, causada por resposta inflamatória, edema das 
vias aéreas e acúmulo de muco e secreção(3). 
As manifestações clínicas da asma são: tosse seca, irritativa, não 
produtiva ou produtiva com secreção espumosa, clara e gelatinosa e ruidosa. A 
respiração é curta, fase expiratória prolongada, chiados audíveis, lábios de 
coloração vermelha escura, podendo evoluir para cianose, inquietação, 
 
 
6 
apreensão, sudorese intensa à medida que a doença evolui, fala curta e 
ofegante. Em decorrência de episódios repetidos, a criança pode apresentar 
tórax em barril, ombros elevados e utilização da musculatura acessória para a 
respiração(2). 
As principais intervenções de enfermagem nos casos de internamento por 
asma são: administrar oxigênio para manutenção da saturação de modo 
confortável para a criança, administrar medicamentos com cautela para os 
efeitos adversos (cardíacos), oferecer líquidos com frequência, nem que seja em 
pequenas quantidades, monitorar sinais vitais, atentando-se para os dados 
respiratórios, cardíacos e de dor(2). 
Em qualquer caso de internamento por distúrbios respiratórios, o 
enfermeiro precisa considerar a necessidade de repouso no leito para evitar 
gasto energético e esforço respiratório, isso pode causar estranhamento e 
inquietamento da criança. Uma boa alternativa é o uso da brinquedoterapia no 
leito, com suporte da família. 
Clique aqui e assista o vídeo 3 
TEMA 2 – A CRIANÇA GRAVE COM DISFUNÇÕES CARDIOVASCULARES 
A insuficiência cardíaca (IC) é a incapacidade do coração de bombear uma 
quantidade adequada de sangue para a circulação sistêmica, em pressões de 
enchimento normais, para atender a demanda metabólica do metabolismo(4). 
A IC em crianças ocorre basicamente por defeitos cardíacos congênitos, 
cardiomiopatias congênitas ou adquiridas e disfunção miocárdica após a 
correção de erros inatos do metabolismo. A incidência anual de insuficiência 
cardíaca em decorrência de defeitos congênitos é de aproximadamente 0,1% a 
0,2% dos nascidos vivos(4). 
A incidência das cardiopatias congênitas (CCs) está em torno de 6 a 8 
casos em cada 1.000 nascimentos, com uma taxa de mortalidade em torno de 
20% a 30%. As principais causas são alterações genéticas ou decorrem de 
fatores ambientais, entretanto, a maioria é proveniente de casos desconhecidos. 
As cardiopatias congênitas mais comuns são: 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMa0RhVzB5RUUwWm8
 
 
7 
 Comunicação interatrial (CIA): representa de 6% a 10% das CCs. Tratase 
de um defeito no septo atrial comunicando os dois átrios, que leva ao 
desvio de sangue da esquerda para a direita, ocasionando sobrecarga às 
câmaras cardíacas direitas e maior fluxo à circulação pulmonar(5). 
 Comunicação interventricular (CIV): representa 25% das CCs. 
Corresponde à comunicação entre os ventrículos devido à presença de 
defeito no septo ventricular, com passagem de sangue da esquerda para 
a direita(5). 
 Persistência do canal arterial (PCA): representa de 10% a 12% das CCs. 
É a comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar decorrente do não 
fechamento do ducto arterial, com passagem de sangue da aorta para a 
artéria pulmonar, levando à sobrecarga de câmaras direitas e ao 
hiperfluxo pulmonar(5). 
 Estenose pulmonar (EP): representa de 8% a 10% das CCs. É a obstrução 
da passagem de fluxo sanguíneo bombeado pelo ventrículo direito por 
estreitamento na valva pulmonar. Há aumento da pressão no ventrículo 
direito, que se hipertrofia(5). 
 Estenose aórtica (EA): representa de 3% a 6% das CCs. Refere-se à 
obstrução da passagem do fluxo de sangue que sai do ventrículo 
esquerdo por malformações na valva aórtica(5). 
 Coarctação da aorta (CoAo): é o estreitamento da aorta descendente, logo 
após o arco aórtico, podendo ser classificada como pré-ductal, justaductal 
e pós-ductal, dependendo da sua localização em relação ao ducto ou 
canal arterial(5). 
As CCs têm manifestações clínicas muito semelhantes, são elas: 
aumento da frequência cardíaca, fadiga e cansaço, dispneia, cianose, policitemia 
(aumento dos glóbulos vermelhos) e crise de hipoxia. 
 
 
8 
A enfermagem tem intervenções específicas para as crianças 
com cardiopatias congênitas, como: fletir os membros inferiores (MMII) 
sobre o abdome se a criança apresentar cianose e desconforto 
respiratório progressivo, queda do nível de consciência e má perfusão 
de extremidades; tranquilizar a criança e seus familiares, identificando 
pontos de angústia e desconforto; diluir morfina, dolantina e/ou hidrato 
de cloral (conforme prescrição médica) caso a crise de hipoxia não 
melhore; verificar com regularidade a frequência respiratória, a 
frequência cardíaca e a expansibilidade torácica a cada 15 minutos até 
que se estabilizem, espaçando o intervalo de verificação; observar a 
presença de batimentos das asas nasais, retração intercostal, piora da 
cianose e da dispneia, taquipneia e taquicardia; administrar oxigênio 
úmido e aquecido; elevar decúbito entre 30º a 45º se dispneia ou 
ortopneia; manter a criança aquecida; orientar a criança e seus 
familiares a registrar a quantidade de líquidos ingeridos e a diurese e 
realizar o balanço hídrico(1). 
Outra causa bastante comum em terapia intensiva infantil é o choque. O 
choque, ou também chamado de insuficiência circulatória, é uma síndrome 
clínica complexa caracterizada pela perfusão tecidual inadequada para suprir as 
demandas metabólicas do organismo, resultando na disfunção celular e na futura 
insuficiência orgânica. A insuficiência circulatória em crianças é resultado de 
hipovolemia, resistência vascular periférica alterada ou insuficiência da bomba(1). 
Os tipos de choque são: 
 Hipovolêmico: com características de redução no tamanho do 
compartimento vascular, queda na pressão arterial, enchimento capilar 
deficitário, pressão venosa central baixa. Suas causas mais frequentes 
são decorrentes de perda de sangue por traumas e hemorragias, de perda 
de plasma associada a sepse e acidose, hipoproteinemia, queimaduras e 
peritonite ou de perda do líquido extracelular, causada por vômito, 
diarreia, diurese glicosúrica e insolação. 
 
 
9 
 Distributivo: com propriedades de redução da resistência vascular 
periférica, inadequação profunda na perfusão tecidual, aumento da 
capacidade e no acúmulo venoso, débito cardíaco reduzido e redução 
aguda no fluxo sanguíneo de retorno para o coração. Suas causas mais 
frequentes são o choque anafilático, por extrema alergia ou 
hipersensibilidade a uma substância estranha, sepse extrema e toxinas 
bacterianas circulantes, perda do controle neuronal por interrupção nas 
comunicações neuronais (choque neurogênico) e depressão miocárdica e 
dilatação periférica, por exposição à anestesia ou ingestão de 
barbitúricos, opioides e agentes anti-hipertensivos. 
 Cardiogênico: definido pelo débito cardíaco diminuído. As causas mais 
frequentes são miocardites, trauma miocárdico, consequências negativas 
da cirurgia cardíaca, insuficiência cardíaca e arritmias. 
As principais manifestações clínicas do choque, quando compensado, são 
irritabilidade, apreensão, taquicardia inexplicável, pressão arterial normal, sede, 
palidez, débito urinário reduzido, perfusão de extremidades reduzida. Quando o 
choque estiver descompensado, causa confusão e sonolência, taquipneia, 
acidosemetabólica moderada, oligúria, extremidades pálidas e frias, redução do 
turgor da pele. Nos casos de choque irreversível, a criança apresenta pulso fraco 
e filiforme, hipotensão, apneia, anúria e estupor ou coma. 
A criança em choque requer observação e cuidados 
intensivos. A ação inicial é garantir a oxigenação tecidual adequada, e 
é necessário estabelecer a via ideal para isso. Outros procedimentos 
imediatos são: “estabelecer uma via de acesso venoso, pesar a 
criança, obter os sinais vitais, inserir um cateter vesical de demora, 
obter o valor de gasometria arterial”(1). A melhor posição para a criança 
é deitada com as pernas elevadas. Os cuidados mediatos e correntes 
são: monitorar a infusão intravenosa, controlar as ingestões e as 
eliminações, os sinais vitais e as avaliações gerais do exame físico 
completo(4). 
 
 
1
0 
 
Mesmo sabendo que os cuidados cardíacos demandam atividades 
intensas da enfermagem, não se pode negligenciar o apoio aos familiares da 
criança. Alguém deve entrar em contato com eles em intervalos regulares e 
frequentes para informar o que está sendo feito e qual o progresso clínico da 
criança(1). 
Clique aqui e assista o vídeo 4 
TEMA 3 – A CRIANÇA GRAVE COM DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS 
A meningite é a infecção comum do sistema nervoso central, caracterizada 
por inflamação aguda das meninges, manifestando-se por cefaleia, vômitos, 
febre alta, rigidez de nuca e, em alguns casos, rebaixamento do nível de 
consciência(6). A meningite pode ser causada por uma variedade de organismos, 
mas os três principais tipos são: meningite bacteriana, ou piogênica, causada 
pela formação de bactérias formadoras de pus, principalmente agentes 
meningocócicos, pneumocócicos e Haemophilus; viral, ou asséptica, causada 
por uma infinidade de agentes virais; e tuberculosa, causada pelo bacilo da 
tuberculose. A maioria das crianças com infecções intracranianas febris agudas 
tem ou a meningite bacteriana ou a meningite viral como a causa subjacente. A 
meningite bacteriana é considerada muito mais grave, pois a viral geralmente é 
de duração mais curta, autolimitada e seguida de cura total. Já as bacterianas 
podem ser seguidas de complicações, como choque, coma, convulsões, déficits 
intelectuais, perda de audição, perda de visão e morte(6). 
As manifestações clínicas da doença incluem convulsões, irritabilidade, 
fontanela abaulada, fotofobia, sonolência, torpor com possível evolução para o 
coma, exantema petequial ou purpúrico e sinais de Kernig e Brudzinski positivos. 
Para a avaliação do sinal de Kernig, a criança deve permanecer em decúbito 
dorsal e um dos membros inferiores deve ser flexionado na altura do joelho e do 
quadril, esticando depois o joelho. Na ocorrência de resistência ou de dor durante 
a manobra, o sinal é positivo. Já para a avaliação de Brudzinski, deve-se manter 
o paciente em decúbito dorsal e o enfermeiro deve colocar a mão por trás da 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMYy1KZ1RDcWxYQnM
 
 
1
1 
 
cabeça do paciente, fazendo uma flexão para frente até o queixo tocar o tórax. 
Caso haja dor ou resistência, a manobra tem sinal positivo(7). 
Os cuidados de enfermagem devem ser especificamente: 
 Precauções de isolamento respiratório até 24 horas após o início do 
tratamento por antibióticos, sendo necessários um quarto privativo, uso 
de máscara cirúrgica, lavagem das mãos com maior frequência e restrição 
de visitas. 
 Manutenção de hidratação com controle de ingestão e perdas hídricas, 
observar sinais de desidratação, estimular ingestão hídrica para criança 
consciente com dieta liberada. 
 Controle do débito urinário, com dispositivos como sonda vesical de 
demora, evitando que o paciente consciente levante da cama sozinho.  
Manutenção de repouso, principalmente após a punção lombar, em 
decúbito dorsal horizontal, evitando o uso de travesseiro e não levantando 
o paciente do leito. 
 Avaliação do VIII par do nervo craniano, devido à possibilidade de perdas 
auditivas. 
 Redução de ruídos ambientais, mantendo o quarto na penumbra por conta 
da fotofobia. 
 Observação frequente do nível de consciência. 
 Verificação do perímetro cefálico em lactentes uma vez ao dia com fita 
métrica que deve acompanhar as proeminências dos lobos occipital e 
frontal(7). 
Finalizando, o enfermeiro deve lembrar que a meningite é uma doença de 
notificação imediata à vigilância epidemiológica, já que a profilaxia deve ser 
iniciada para erradicação do agente etiológico. No caso de meningite 
 
 
1
2 
 
meningocócica, é recomendável o uso de rifampicina por dois dias em todos que 
tiveram contato íntimo e direto com a criança contaminada. 
Outra condição que geralmente é a causa de internamento das crianças 
por disfunções neurológicas são as crises convulsivas, que são caracterizadas 
por breves problemas do sistema elétrico-encefálico resultantes de descarga 
neural cortical. Cerca de 4% das crianças apresentam pelo menos uma 
convulsão ao redor dos 15 anos de vida(8). A convulsão é uma característica 
indispensável da epilepsia, contudo nem toda convulsão é epiléptica, pois a 
epilepsia é um distúrbio convulsivo crônico, em que as convulsões são 
recorrentes e não provocadas. 
Em crianças com idade inferior a 3 anos, são comuns os casos de 
convulsão por causa febril, em que a febre geralmente excede 38 ºC, sua 
natureza normalmente tem boa evolução e não progride para epilepsia ou lesão 
cerebral(7). 
As causas da convulsão são as mais diversas, como tumores, infecções, 
neoplasias, traumatismos, hipóxia, toxinas exógenas e endógenas, distúrbios 
bioquímicos, como hipoglicemia, hipocalemia, hemorragias intracranianas, 
meningites, erros inatos do metabolismo, acidentes vasculares cerebrais, além 
das causas idiopáticas(8). 
O enfermeiro tem o dever de realizar o histórico de enfermagem bem 
detalhado, pois essas informações auxiliarão para a classificação das 
convulsões, como parciais ou generalizadas. As primeiras limitam-se a uma 
descarga elétrica anormal em uma região circunscrita do córtex cerebral. 
Caracterizam-se por contrações em um membro do corpo. Já as convulsões 
generalizadas costumam se originar na formação reticular, atingindo ambos os 
hemisférios cerebrais e havendo, com frequência, a perda de consciência. 
Caracterizam-se por movimentos de pernas e braços, extensão rígida, 
movimentos dos olhos e, frequentemente, liberação dos esfíncteres(6). 
Na anamnese, o enfermeiro deve investigar a descrição da convulsão, a 
duração da crise, os fatores comportamentais que antecederam a crise, a 
alteração da consciência, a progressão da crise, a micção ou defecação 
 
 
1
3 
 
espontânea, as sensações e o comportamento após a crise, como confusão, 
incapacidade de falar, amnésia, cefaleia e sono(6). 
Os principais cuidados específicos de enfermagem para crianças com 
crises convulsivas são: 
 proteger a criança durante a crise (colocar travesseiro sob a cabeça da 
criança, remover óculos ou qualquer objeto que possa machucá-la); 
 não conter ou movimentar a criança durante a crise; 
 reduzir estimulação sensorial (diminuir a intensidade da luz e o barulho do 
ambiente); 
 manter a criança em decúbito lateral após a crise, pois facilita a drenagem 
e ajuda a manter a via aérea pérvia. 
 
O enfermeiro deve sempre se aproximar da família para compreensão das 
causas da crise, além de aliviar a ansiedade e a preocupação causadas pela 
internação da criança à sua família. 
Clique aqui e assista o vídeo 5 
TEMA 4 – A CRIANÇA PORTADORA DE LEUCEMIA 
No Brasil, ainda não é possível estimar a incidência de câncer na infância, 
pois os dados brasileiros não são representativos estatisticamente para a 
população total. O que se sabe é que as neoplasias malignas são raras na 
infância, embora representem a principal causa de mortalidade infantil por 
doença, ficando atrás somentede mortes violentas, como acidentes e 
homicídios(9). 
As condições ambientais, como a radiação, químicas, como os pesticidas, 
e os fatores genéticos, como a síndrome de Down, são considerados os 
principais elementos que levam às doenças neoplásicas acontecerem no período 
embrionário ou na infância(9). 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMc2N5STlRUi1oVWs
 
 
1
4 
 
O câncer infantil se difere do adulto pelas características histológicas, pelo 
comportamento biológico, pela evolução clínica e pela resposta terapêutica. Na 
infância, as neoplasias malignas correspondem principalmente às doenças 
sistêmicas, como a leucemia e os linfomas, seguidas de tumores sólidos, como 
blastomas e sarcomas(10). 
A leucemia, câncer dos tecidos formadores de sangue, é a forma mais 
frequente de câncer infantil. A nível mundial, a doença atinge 3 a 4 crianças a 
cada 100 mil. É mais comum em meninos brancos, com picos de início entre 2 e 
5 anos de idade. A doença pode ser caracterizada por uma proliferação anormal 
dos precursores das células brancas do sangue que se originam na medula 
óssea, estendendo-se para o sangue periférico, os órgãos reticuloendoteliais, 
linfonodos, baço e fígado, podendo também se infiltrar no sistema nervoso 
central (SNC)(11). 
De acordo com a linhagem celular predominante, as leucemias podem se 
classificar em linfoides e mieloides e, conforme a morfologia, em agudas e 
crônicas. As leucemias agudas são caracterizadas pela proliferação anormal de 
células precursoras linfoides ou mieloides imaturas, que levam ao acúmulo de 
células jovens denominadas blastos. Essas representam cerca de 95% dos 
casos. Já as leucemias crônicas são raras na infância, e apresentam proliferação 
de células maduras acompanhadas ou não por células em outros estágios de 
maturação(10). 
A seguir serão destacados os tipos de leucemia na infância e suas 
características(10): 
 Leucemia linfoide aguda (LLA) 
É o tipo mais comum, representando cerca de 80% dos casos. 
Corresponde à transformação maligna de um precursor da linhagem linfoide, que 
adquire a capacidade de autoproliferação, causando a interrupção do processo 
de maturação das células sanguíneas normais (granulócitos, trombócitos e 
eritrócitos) na medula óssea. 
Os sinais e sintomas apresentados pelas crianças portadoras de LLA são 
a anemia, podendo apresentar palidez, fadiga e mal-estar, febre, infecções 
recorrentes, principalmente ligadas ao trato respiratório, petéquias, equimoses, 
 
 
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hematomas e sangramento nasal ou gengival. Se houver infiltração linfoblástica, 
podem ocorrer dores ósseas ou articulares; se for infiltração no SNC, ocasionará 
cefaleia intensa acompanhada de vômitos e rigidez da nuca, além de paralisia 
de nervos cranianos. 
O tratamento é feito por quimioterapia em 4 fases: indução da 
remissão, terapia preventiva do SNC, consolidação, intensificação e 
manutenção, visando a cura. Atualmente, cerca de 70% das crianças 
tratadas adequadamente possuem chance de cura. 
 Leucemia mieloide aguda (LMA) 
Representa aproximadamente 15% a 20% das leucemias na infância, 
sendo sua incidência desde o nascimento até os 10 anos, com pequeno pico na 
adolescência. 
Os sinais e sintomas abrangem diferentes graus de anemia, 
hepato/esplenomegalia, adenomegalia e manifestações hemorrágicas. 
O tratamento é feito com poliquimioterapia, com drogas 
diferentes das de LLA, sendo mais intensivo e tóxico. Cerca de 70% a 
85% dos pacientes atingirão a remissão, no entanto, metade desses 
pacientes apresentará recidiva se tratados exclusivamente com 
quimioterapia. Grande parte dos casos de LMA exige a necessidade 
de transplante de medula óssea. “A sobrevida livre de doença em 
crianças com LMA submetidas ao transplante é próxima de 65%, 
porém apenas 20% a 30% dos pacientes possuem doadores 
compatíveis”(1). 
 Leucemia mieloide crônica (LMC) 
Corresponde a apenas 5% das leucemias infantis. É caracterizada por 
uma hiperplasia mieloide da medula óssea, com hematopoiese extramedular e 
expansão do pool leucocitário corpóreo. Geralmente ocorre em crianças após os 
4 anos de idade. 
Os sinais e sintomas incluem esplenomegalia acentuada, elevação da 
contagem de leucócitos e plaquetopenia(1). O transplante é a única forma de 
 
 
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tratamento curativo da doença, sendo o tratamento com quimioterapia apenas 
sintomático, levando a um controle transitório da doença. 
Os cuidados de enfermagem para qualquer tipo de leucemia estão 
diretamente relacionados com o protocolo e o tratamento da criança. De forma 
geral, é necessário preparar a criança e sua família para o diagnóstico e para os 
procedimentos terapêuticos, aliviar a dor, que costuma ser aguda na maioria dos 
casos, prevenir as complicações da mielossupressão (a criança está mais 
susceptível à infecção avassaladora durante as três fases da doença: no 
momento do diagnóstico e recaída quando o processo leucêmico substitui os 
leucócitos normais, durante a terapia imunossupressora e após a 
antibioticoterapia prolongada). Para evitar infecções, o enfermeiro precisa avaliar 
os possíveis focos de infecção na criança, compreender que a nutrição é um 
possível componente na prevenção de infecções e evitar hemorragias, evitar 
perfurações cutâneas, pois são possíveis entradas de infecções.(11) É relevante 
também atentar-se para casos de anemias, manter precauções de uso na 
administração e no manuseio de agentes quimioterápicos, lembrando que esses 
medicamentos devem ser administrados em vias de bom fluxo. A infusão do 
remédio deve ser imediatamente interrompida se o paciente relatar qualquer 
sinal de dor, sensação de picada, edema ou hiperemia no local da punção. A 
criança deve ser avaliada e observada por 20 minutos após a infusão do 
medicamento, atentando-se para sinais de anafilaxia, como cianose, hipotensão, 
dispneia e urticária intensa(11). 
Além disso, é responsabilidade do enfermeiro informar a criança e sua 
família acerca dos problemas no uso do quimioterápico. Os efeitos colaterais 
devem ser mencionados com antecedência à administração, informando 
principalmente sobre a possibilidade de ocorrência de náuseas e vômitos, 
inapetência, ulceração na mucosa, cistite hemorrágica, alopecia, face em lua 
cheia e mudanças de humor(11). 
Por se tratar de uma condição patológica em que o sistema emocional da 
criança e de toda sua família fica extremamente abalado, é fundamental que o 
enfermeiro encoraje os pacientes e os familiares através do apoio emocional(11). 
 
 
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Clique aqui e assista o vídeo 6 
TEMA 5 – ABORDAGEM E MANEJO DA DOR EM CRIANÇAS 
“A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada 
a lesões reais ou potenciais e descritas em termos de tais lesões. A dor é sempre 
subjetiva”(12). 
No que se refere ao contexto das crianças, a dor é uma sensação sempre 
muito temida, no entanto, há forte consenso popular de que elas não a sentem. 
Isso faz com que muitos enfermeiros e outros profissionais da saúde apresentem 
dificuldades em considerar sua existência, confundido-a com 
“manhas” e “chorações”. Esse fato permite que as dores nas crianças não sejam 
mensuradas e sejam subtratadas(12). 
Uma característica fisiológica particular da criança menor e que reflete 
diretamente na sensação dolorosa dela é o fato de que “as vias de recepção da 
dor são bem desenvolvidas, entretanto, as vias inibitórias da sensação da dor 
ainda estão em desenvolvimento, fazendo com que elas sintam dor por mais 
tempo”(13). 
Estudos relatam que a criança internada em terapia intensiva recebe em 
média de 50 a 150 procedimentos dolorosos por dia(14). Por isso, é fundamental 
o cuidado acerca da dor no processo de internamento hospitalar, pois há 
comprovação científica de que a dor sentida em hospitalizações na infância 
acarreta em reflexos no desenvolvimento da vida da criança,como mudanças 
comportamentais e reações exacerbadas a dor na vida adulta(13). As crianças 
maiores conseguem sinalizar a dor por meio de fala e choro. Já as menores 
manifestam por sinais biológicos (aumento da frequência cardíaca e diminuição 
da saturação de oxigênio) e sinais comportamentais (choro, mímica facial, 
postura do bebê). Por essa razão, a observação do enfermeiro é fundamental 
para que esses sinais não sejam confundidos com sinais referentes a outras 
manifestações clínicas decorrentes da internação(12). 
A dor precisa ser tratada em todos os momentos da internação da criança. 
Os profissionais precisam estar preocupados em tratar a dor, porque existe um 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMZTNjTjB6N24tTms
 
 
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afastamento entre saber que a criança pode estar sentindo dor e tomar alguma 
atitude em relação a isso(14). 
O enfermeiro precisa, inclusive, incorporar a dor como um quinto sinal 
vital, analisando e observando seus sinais com a mesma frequência que 
qualquer outro sinal vital. Para tanto, o profissional pode contar com apoio de 
instrumentos unidimensionais que avaliam dimensões e intensidades da dor. 
Geralmente são escalonados com figuras que indicam ausência total da dor até 
a dor mais intensa já sentida pela criança(13). 
No que se refere ao manejo da dor, existem os métodos farmacológicos, 
prescritos exclusivamente pelo médico, como opioides, analgésicos e 
anestésicos tópicos e locais (usados em caso de pacientes pós-cirúrgicos ou 
com tratamentos mais invasivos). Existem também os métodos não 
farmacológicos, que podem ser usados indiscriminadamente pelo enfermeiro e 
pela sua equipe, como: organizar o bebê em cueiro, limitando os movimentos e 
fornecendo segurança à criança; fixação de sondas e curativos com pouco 
esparadrapo e protegendo a pele com micropore ou hidrocoloide, e, ao retirar o 
curativo, pode-se usar o óleo mineral; uso de compressas mornas; a 
amamentação ao seio tem efeito analgésico, por isso, quando houver 
possibilidade, é importante orientar a mãe de que a sucção ao seio durante 
procedimentos dolorosos, como teste do pezinho, vacinação, punções, entre 
outras, pode aliviar a dor da criança; a sucção não nutritiva também pode auxiliar 
no alívio da dor, simulando a amamentação; a solução glicosada 25% pode ser 
administrada, desde que 2 minutos antes do procedimento(13-14). 
No contexto do processo de cuidar da criança que vivencia a dor, é 
necessário incluir os membros da família. “É importante que o enfermeiro auxilie 
a família a encontrar formas de manejar a dor da criança, tornando essa atitude 
parte da rotina dela, minimizando o sofrimento causado pela internação”(15). 
Clique aqui e assista o vídeo 7 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMR0dlTW5ldTh4QWc
 
 
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SÍNTESE 
As disfunções mencionadas na aula (respiratórias, cardíacas, 
neurológicas, hematológicas – leucemia) referem-se a uma grande parcela de 
causas de internações em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica, 
entretanto é necessário que você, aluno, compreenda que existem outras 
doenças que acometem a criança e são mais raras e complexas também. O 
fundamental é compreender que grande parte delas exige procedimentos 
semelhantes do enfermeiro, principalmente no que se refere ao manejo da dor, 
tão importante que já é considerado um quinto sinal vital. Além disso, é de suma 
importância a aproximação da família no processo de cuidado como um grande 
aliado para garantir um atendimento de excelência à criança. 
Clique aqui e assista o vídeo 8 
REFERÊNCIAS 
1. HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong – Fundamentos de 
enfermagem pediátrica. 9. ed. Mosby/Elsevier, 2014. 
2. OLIVEIRA, R. G. Blackbook pediatria: medicamentos e rotinas médicas. 
3. ed. Editora Blackbook, 2005. 
3. SANTOS, R. P. Disfunções respiratórias. In: ALMEIDA, F. A.; SABATÉS, 
A. L. Enfermagem pediátrica: a criança, o adolescente e sua família no 
hospital. Manole, 2008. 
4. AZEKA, E. et al. Insuficiência cardíaca congestiva em crianças: do 
tratamento farmacológico ao transplante cardíaco. Revista de Medicina, 
v. 82, n. 2, 2008. 
5. ALMEIDA, F. A. Disfunções cardiovasculares. In: ALMEIDA, F. A.; 
SABATÉS, A. L. Enfermagem pediátrica: a criança, o adolescente e sua 
família no hospital. Manole, 2008. 
6. WONG, D. L. A criança com disfunção cerebral. Whaley & Wong – 
Enfermagem pediátrica: elementos essenciais à intervenção efetiva. 5. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 
7. REGIS, F. A. Disfunções neurológicas. In: ALMEIDA, F. A.; SABATÉS, A. 
L. Enfermagem pediátrica: a criança, o adolescente e sua família no 
hospital. Manole, 2008. 
https://drive.google.com/open?id=0B0b6yxz-45pMVEh2LWQ3bVdsSFU
 
 
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8. GUERPELLI, J. L. D.; MAGALHÃES, M. D.; D’AGOSTINI, A. Convulsões 
no recém-nascido. In: KNOBEL, E. et al. Terapia intensiva: pediatria e 
neonatologia. São Paulo: Atheneu, 2005. 
9. CAMARGO, B.; LOPES, L. F. Pediatria oncológica: noções 
fundamentais para o pediatra. Marina, 2000. 
10. HOCKENBERRY-EATON, M. J. Essentials of Pediatric Oncology 
Nursing: a Core Curriculum. Association of Pediatric 
Hematology/Oncology Nurses, 1998. 
11. BRYANT, R. A criança com disfunção hematológica ou imunológica. In: 
HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D. Wong – Fundamentos de 
enfermagem pediátrica. 9. ed. Mosby/Elsevier, 2014. 
12. ROSSATO, L. M. Abordagem da dor na criança e no adolescente. In: 
ALMEIDA, F. A.; SABATÉS, A. L. Enfermagem pediátrica: a criança, o 
adolescente e sua família no hospital. Manole, 2008. 
13. PRESBYTERO, R.; COSTA, M. L. V.; SANTOS, R. C. S. Os enfermeiros 
da unidade neonatal frente ao recém-nascido com dor. Revista Rene, 
Fortaleza, v. 11, n. 1, 2010. 
14. CALASANS, M. T. A.; MAIA, J. M. A.; SILVA, J. F. A amamentação como 
método não farmacológico para o alívio da dor. Revista Enfermagem 
Contemporânea, v. 5, n. 2, 2016. 
15. ROSSATO, L. M. Dimensões do cuidado da criança com dor e de sua 
família. Reme – Revista Mineira de Enfermagem, v. 8, n. 4, 2009. 
LEITURAS OBRIGATÓRIAS DA DISCIPLINA 
 <www5.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/980/732> 
 <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=361047445004> 
 <http://stat.cbsm.incubadora.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/arti 
cle/view/3569> 
 
 
 
 
 
 
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