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Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional 2 Anamnese I - Identificação Nome: Data Nasc: / / Idade: Sexo: ( ) Fem ( ) Masc Endereço: Nome da mãe: Naturalidade: Estado Civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Divorciado Nacionalidade: Renda familiar Escolaridade Profissão/Ocupação: Local de Trabalho: Contatos de Emergência: Quem o encaminhou? Por qual motivo? II - Anamnese QP: Relato do pct daquilo que o mais incomoda HMA: Como ta o sintoma hoje, o que melhora e o que piora, caracteristicas dos sintomas, como surgiu HMP: quando e como começou, evolução Sinais e Sintomas: Histórico Familiar: Antecedentes Pessoais: Patológicos e cirúrgicos, atividade física (há quanto tempo e freq - sedentário = + de 30 dias parado) e Hábitos (tabagismo, etilismo, alimentares) III - Exame Físico PA: FC: FR: Peso: Altura: IMC: Inspeção: Palpação: Goniometria: Ativa e passiva Prova de força mm: Testes especiais: Avaliação postural: Avaliação da marcha: Reflexos: Sensibilidade: Térmica, tátil e dolorosa Testes funcionais: Diagnóstico físico funcional: Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional 2 Exame físico Postura É a relação que existe entre os diferentes segmentos do corpo e em sua totalidade em uma certa posição. É o alinhamento das estruturas corporais sem que haja em maior gasto energético. Subjetividade – relato do pct Objetividade – dá para quantif a sintomatologia Avaliação estão diretamente Plano de tratamento relacionados a sintomat *sempre olhar na altura da estrutura que está avaliando Roteiro – Fio de prumo ➱Plano Sagital (2 vistas) - Através do lóbulo da orelha - Alinhamento das vértebras cervicais - Um pouco anterior a articulação do ombro e segue na linha axilar - Passa através do trocânter do fêmur - Passa anterior a articulação do joelho (linha média) - Passa ao anterior ao maléolo lateral *L5 está mais anteriorizada do que a S1 (angulação de 32º) *Há autores que fixam os pés (pés alinhados com leve RL) outros não. ↳ quando fixado as alterações ficam mais evidentes (quando uma mesma pessoa é avaliada com pé livre e pé fixado pode haver alterações) ✓Objetivos: - Diagnóstico; - Controle de deformidades. ✓Paciente: - Vestimenta (a mínima possível); - Postura. ✓Condições: - Local iluminado; - Ambiente iluminado e limpo. ✓Examinador: - Conhecer as deformidades posturais; - Conhecer os pontos de referência e demarcá- los; - Mover ao redor do paciente durante a análise dos planos ✓Materiais: - Lápis dermatográfico; - Prumo; - Fita métrica; - Simetógrafo. Teste Postural Feito na postura habitual com pés fixos, angulados a 30º onde marca-se os seguintes pontos de verificação: -EIAS -Processos Espinhosos -EIPS -Ângulo inferior da escapula ➱Plano Frontal Vista Anterior: -Centro do Nariz -Processo Xifoide -Cicatriz Umbilical -Púbis -Entre MMII Vista Posterior: -Centro do Occipital -Processos Espinhosos -Cóccix -Linha Interglútea vertical -Entre MMII Observações: -Joelhos: Flexo ou hiperextensão/Vago ou Varo -Comprimento MMII -Coluna Vertebral – Escoliose -Ângulo Braquitorácico -Ângulo de Charpy (esterno e costelas) -Ângulo de Tales -Pés – Planos I, II, II graus -Abdômen – Flácido ➱Plano Transverso Observa-se lateralidades – projetar o corpo para o lado do membro dominante. Avaliação Postural Não Clássica Avaliação que se inicia da análise pélvica e detecta as origens dos sintomas ascendentes e descendentes. ➱Avaliação da Pelve Desequilíbrio nos planos: -Frontal -Sagital -Horizontal Constituído em 2 etapas: 1º Ortostatismo 2º Decúbito Dorsal ➱1º Etapa – Ortostatismo *Fixar os pés do pct *Verificar antes do teste se há discrepância de MMII -Plano Frontal-> Altura das cristas ilíacas (uma mais alta do que a outra) -Plano Horizontal-> Rotações EIAS Visualiza por cima (olhando em direção aos pés) verificando se há rotações EIPS *Pés e calcanhares alinhados *Palpação da EIAS e se houver dúvida: EIPS *O polegar mais posterior que o outro -> rotação para esse lado -Plano Sagital-> Alinhamento entre as EIAS e EIPI (se localiza 3 dedos do pct abaixo da EIPS) *Realizar dos dois lados *Sempre colocar o olhar na altura *Avalia retro e Anteversão pélvica *Na Retroversão a EIPI está mais baixa *Na Anteversão a EIPI está mais alta *Se ambos os indicadores estiverem em um mesmo plano horizontal -> equilíbrio *Indicador mais caudal à frente e mais cefálico atrás -> Anteversão pélvica (na mulher tolera 1 cm) *Indicador mais cefálico à frente e mais caudal atrás -> Retroversão pélvica (no homem tolera 1 cm) ➱2º Etapa – Decúbito Dorsal *Alinha-se primeiro os maléolos -Plano Frontal-> Cristas Ilíacas – Inclinações -Plano Horizontal-> EIAS – Rotações (polegar mais a frente que o outro) *O polegar mais posterior que o outro -> rotação para esse lado -Plano Sagital-> Relação entre EIAS com a coluna lombar *Hiperlordose *Lordose lombar fisiológica *Retificação ->Palpa-se processos espinhosos; realiza flx passiva de quadril e joelho se em > 45º tende a diminuir é fisiológica, se não tende a diminuir -> hiperlordose ➱Conclusão Diagnóstico cinesiológico da pelve para cada plano: A- Quando o transtorno que encontrou em pé se mantém em DD, o diagnóstico cinesiológico da pelve é descendente (causa está no troco e MMSS) B- Quando o transtorno que encontrou em pé se modifica em DD, o diagnóstico cinesiológico da pelve é ascendente (causa está nos MMII) Roteiro de Avaliação do Tronco -Avaliação de gibosidade: ¹Teste de Adam’s ²Rotação da Vértebra -Teste de flexão de joelho: realizar a semi-flexão de um joelho sem retirar o pé do chão Resultado: Surgimento de uma concavidade lombar contralateral (as concavidades devem ser idênticas bilateralmente) Testes Especiais Compressão-> Realiza compressão axial ↓ e foraminal com a cabeça inclinada ↳Positivo - Dor cervical que irradia para os braços Distração-> Segura mandíbula e occiptal, realiza tração da cabeça ↳Positivo - Se a dor diminui ou desaparece Os testes de compressão e distração são testes complementares, que testam a pressão intratecal e dão positivos em patologias que aumentam a pressão intratecal (hérnia, fraturas, tumores, osteófitos – dependendo do sentido) Valsalva-> Paciente realiza a manobra de valsava ↳Positivo - Paciente sente dor onde há aumento da pressão intratecal Teste de deglutição-> Paciente sentado com MMSS relaxados, puxa o ar e realiza a deglutição (sensação de engolir bola de ar) ↳Positivo - Paciente sente dor onde há aumento da pressão intratecal (cervical e torácica alta) Adson-> Palpa artéria radial com braço em abdução e extensão e o pct gira a cabeça para os dois lados (Adson Wright) ↳Positivo - Se houver diminuição da pulsação é positivo para aumento de pressão intratecal (teste comum para síndrome do desfiladeiro torácico) Lasegue-> Paciente em dd eleva a perna acometida até 45º ↳Positivo - Paciente sente dor lombar irradiada para mmii afetado Lasegue Sensibilizado-> Quando lasegue positivo paciente em dd elevaa perna até onde o pct sente dor, volta um pouco e realiza dorsiflexão ↳Positivo - exacerbação da dor Teste da perna sã-> Realiza a elevação do teste de lasegue na perna boa ↳Positivo - Paciente sente dor irradiada na outra perna, a acometida. Kerning-> Paciente em dd com mmii alinhados, mmss podem estar alinhados ao lado do corpo ou auxiliando a cabeça, realiza a flx da cervical e depois o terapeuta termina passivamente (em algumas literaturas o fisioterapeuta realiza o teste todo passivamente) ↳Positivo - Paciente sente dor onde há aumento da pressão intratecal (cuidado com fraturas que podem afetar medula) Hoover-> Paciente em dd e terapeuta com as mãos apoiadas na maca, segura os calcanhares do paciente e solicita para que eleve uma das pernas e depois a outra. Quando há disfunções há aumento da pressão sobre a mão quando a perna acometida é levantada. ↳Positivo - Quando paciente está simulando os sintomas na perna, ou seja, quando o terapeuta não percebe diferença nas pressões do calcâneo sobre a mão Milgram-> Paciente em dd eleva os mmii de 5 a 10 cm da maca e sustenta por 5 segundos (pode ser realizado com um mi de cada vez) ↳Positivo - Quando paciente não consegue manter e a dor é na lombar podendo ter dor irradiada (↑ pressão intratecal) (dor no quadríceps – teste negativo) Teste de mobilidade total da coluna (stibor)-> Marca-se no paciente o processo espinhoso de c7 e a transição entre L5-S1 e medir com a fita. Pct irá realizar flx máx do tronco com os braços e a cervical pendente e medir novamente. ↳Resultado: > 10 cm – dentro do parâmetro de normalidade < 10 cm – com restrição da mobilidade da coluna Teste de Shober (mobilidade da lombar) -> Marca-se a transição entre L5-S1 e 10 cm acima. Solicita a flx máx do tronco com os braços e a cervical pendente e medir novamente ↳Resultado: > 5 cm – dentro do parâmetro de normalidade < 5 cm – com restrição da mobilidade da coluna lombar Testes de discrepância de MMII (até 1 cm de ≠ na fita n se considera discrepância) ↳Medida real – mede-se da EIAS até o maléolo medial de ambos os mmii (normalmente soma-se com o galeazzi) ↳Medida aparente – mede-se da cicatriz umbilical até o maléolo medial de ambos os mmii (constata desnível pélvico) Sinal de Galeazzi-> Paciente em dd com flx de quadril e pés apoiados na maca com maléolos alinhados. Terapeuta observa altura/posicionamento do fêmur e da tíbia ↳Resultado: Quando se tem fêmur mais alto do que o outro -> tíbia maior Quando se tem fêmur mais a frente que o outro -> fêmur maior Mobilidade lateral da coluna -> Paciente de pés juntos, realiza inclinação da coluna e mede-se a distância dedo médio chão Distância dedo-solo-> Paciente de pé realiza flx máx do tronco com os braços e a cervical pendente mede-se a distância dedo médio chão. O teste verifica a interferência de posteriores de coxa e perna na mob da coluna Teste de Patrick Fabere-> Paciente em dd com um mi estendido e o outro em FLX AD e RL (faz o 4). Com uma mão no joelho da perna flx e a outra na crista ilíaca contra lateral e pressiona ↳Positivo - Dor na sacro iliaca Testes de Força Muscular Extensores das costas (Paraverterbrais) – iliocostal, dorsal longo e espinhal-> Paciente em DV com pés para fora da maca, terapeuta estabiliza o tornozelo e paciente realiza extensão da coluna. Grau3-mãos ao lado do corpo Grau4-mãos atrás da cabeça Grau 5-superman (braços acompanham a orelha) Fraqueza-> Apresentação/aumento de cifose ou curvatura lateral com convexidade para o lado fraco Contratura-> Bilateral ocasiona lordose lombar, unilateral ocasiona escoliose com convexidade para lado oposto Reto abdominal superior-> Paciente em DD com pés apoiados sobre a maca, terapeuta estabiliza MMII e paciente realiza flexão de tronco (tira o ângulo inf da escapula da maca) Grau3- mãos ao lado do corpo Grau 4- braços cruzados no tronco Grau 5- mãos atrás da cabeça Reto abdominal inferior-> Paciente em DD com braços flx sobre o tórax, encosta a lombar na maca e realiza flx de quadril com mmii estendidos, se o paciente conseguir voltar com os mmii até a maca sem perder o contato da lombar com a maca possui grau de força mm 5. Oblíquos-> Paciente em DD com pés apoiados sobre a maca, terapeuta estabiliza MMII e paciente realiza flexão de tronco (tira o ângulo inf da escapula da maca) com rotação do mesmo. Grau3- mãos ao lado do corpo Grau 4- braços cruzados no tronco Grau 5- mãos atrás da cabeça Testes de Retração Muscular Sóleo e Poplíteo: Paciente sentado ou em DD com flx de joelho e quadril paciente realizará flexão dorsal sem retirar o calcanhar do chão (ADM normal – 20º) Gastrocnêmio e Plantares: Paciente de pé ou sentado com joelhos estendidos realiza-se dorsiflexão (ADM normal – 10º) Flexores de quadril: Paciente DD na extremidade da mesa com metade das pernas para fora (nível joelho) abraça uma das pernas sem retirar lombar da maca. Se ao abraçar a perna e com lombar e sacro encostados a maca houver elevação da perna contralateral há encurtamento mono e bi art, se a perna não se eleva mas há extensão de joelhos -> encurtamento de bi articulares. Se ocorrer Abd RL Flx de quadril e joelho -> encurtamento sartório. Posteriores de coxa: Paciente em DD com MMII estendidos com região lombar e sacral encostados na maca. Paciente eleva uma das pernas com joelho estendido e pé relaxado (pé relaxado para que gastrocnêmio n estenda o joelho) Paciente sentado com joelhos totalmente extendidos e pés relaxados. Pede-se pra que o pct toque os dedos do pé Teste de Ober: Paciente em DL com corpo todo alinhado, estabiliza-se a pelve do paciente faz uma hiperextensão do mi que está por cima e leva-o ↓ relaxado ao máximo ( normal -> ultrapassa a maca) Teste de Adams Paciente em quadrilátero de sustentação, realiza flexão de tronco deixando mmss e cervical pendente/ o mais relaxado possível Terapeuta olha na altura das estruturas tanto anteriormente quanto posteriormente, a procura de gibosidades. Se encontrada demarcar o início e o fim da gibosidade, pode-se utilizar os dedos deslizando sobre a coluna para saber onde a gibosidade começa e termina (dedo levanta com gibosidade). Marca-se as vértebras apical, basal e ápice da curvatura escoliótica, depois realiza palpação para saber quais delas estão em maior sofrimento, ou se outras além delas estão em sofrimento. Lembrando que: Nomeia-se a escoliose pelo tipo da curva, a região em que se localiza, o lado da convexidade e a vértebra apical e basal. Ex.: Escoliose em C toracolombar destroconvexa de T10 à L2. Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional 2 Patologias Hipercifose É um aumento da curvatura cifótica acima de 40º (ângulo traçado acima de t1 e abaixo de t12) As curvaturas fisiológicas da coluna dão mobilidade e flexibilidade e também diminuem a sobrecarga. Coluna lombar -> flx-ext e inclinações Coluna torácica -> rotações A retificação é uma redução da curvatura cifótica torácica patológica e pode ocorrer em uma área específica ou em toda torácica A hipercifose pode compensar e gerar uma hiperlordose e vice-versa (a patologia secundária responde mais rápido ao tratamento) Na hipercifose há ↓ da expansividade do tórax, encurtamento de peitoral >, peitoral <, intercostal e gerar abdômen flácido (varia para cada paciente as alterações) ↳detectar em cada paciente o que pesa mais, quais são as causas individuais Ocorre uma projeção de c7 devido à sobrecarga, pois, há muita mobilidade neste local. ➱Classificação -Postural mais comum na adolescência , em meninos devido a grandes alturas e meninas a grandes mamas. Nas outras idades se mantem por manutençãopostural incorreta (encurtamentos) -Congênita corre por: má formações no disco; hemivertebras (alteração no tubo neural, alteração anterior -> não foi formado completamente); sheuermann (osteocondrose espinhal) -> acunhamento anterior dos corpos vertebrais (normalmente descoberta na adolescência) -> formato de cunha, caixa torácica restrita. -Traumática Paciente dorsocurvo -> apresenta gibosidade bilateral no teste de adams Escoliose É uma curvatura não fisiológica no plano frontal que é tridimensional (3 planos) São alterações ou desvios laterais assimétricos da coluna vertebral que geralmente envolvem regiões torácicas e lombar Toda curvatura no plano frontal há rotação + inclinação *teste de flexão de joelhos com pés fixos Compensada ≠Descompensada Quando ocorre a curvatura Acontece a curvatura no plano frontal, mas e não volta para o consegue voltar para o eixo eixo (relacionada com manutenção da postura) Escolioses não estruturais -> não há problemas na estrutura da vértebra (pode virar estrutural) *Postural *Compensatória: -Ciática: irritação nervosa (hérnia de disco, tumor) -Inflamatória: Apendicite -Discrepância de MMII Escolioses estruturais *Idiopática: causa desconhecida, 85% é infantil, juvenil e adolescentes (exceção NÃO ACOMETE ESTRUTURA) *Neuromuscular: Poliomelite, PC, distrofia muscular *Congênita: malformação no desenvolvimento vertebral (hemivertebras) -> alterações laterais -> má formação vertebral: A. vertebra em cunha B. hemivertebra C. hemivertebras dupla imbalanceada D. dupla hemivertebra Curvas únicas -> C Curvas Combinadas -> S Vertebra apical-> 1º vertebra cranial que desviou do eixo Vertebra basal-> A última vertebra caudal que ainda está fora do eixo Vertebra ápice -> Vertebra mais longe do eixo (normalmente a que tem mais sintomas) Em escolioses em S normalmente a vertebra basal é a mesma da apical da curvatura de baixo Concavidade -> Convexidade-> O lado da escoliose é definido pela convexidade Destroconvexa Sinistroconvexa O lado da convexidade é o lado que apresenta a gibosidade A vertebra roda para o lado da convexidade Normalmente em escoliose em S, a curva primária é a curva de maior magnitude, onde o paciente vai apresentar vertebras mais sofridas. As curvas secundárias, normalmente, são as de menor magnitude e tem uma melhor e mais rápida resposta ao tratamento. Hérnia Discal O disco tem função de amortecimento e trazer maior mobilidade a coluna. O núcleo pulposo recebe as pressões, o anel fibroso tem elasticidade contendo as pressões e há também a cartilagem hialina terminal. Na hérnia discal há diminuição na quantidade de proteoglicanos (responsáveis pela hidratação do núcleo pulposo) no disco intervertebral. Uma maior pressão é exercida nas fibras do anel fibroso. O disco então perde sua propriedade de amortecimento de pressões. As fibras do anel fibroso tornam susceptíveis a rotura. Há maior incidência entre 30 e 50 anos devido a fase de degeneração discal. ➱Mecanismo de Lesão O núcleo/disco possui uma posição de posteriorização para favorecer os movimentos diários. Os movimentos lesivos (mecanismo de trauma) são os movimentos de rotação + flexão de tronco podendo gerar uma hérnia discal póstero lateral (são mais comuns pelo mecanismo de trauma ser comum e pela própria anatomia do disco) ➱Níveis susceptíveis -> C5/C6 – área de maior mobilidade -> 1/3 inferior da coluna torácica – sobrecarga -> L4/L5 e L5/S1 – mobilidade de flexo- extensão e sobrecarga ➱Exames Complementares Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética -> consegue ver a hérnia e avaliar Raio x -> consegue ver apenas diminuição dos espaços articulares ➱Hérnias mais comuns: 01 – Lombar 02 – Cervical 03 – Torácica (a ADM é limitada pelo gradio costal) ➱Caracterização da hérnia Protusão – O disco salienta-se posteriormente sem ruptura do anel fibroso Prolapso – Somente as fibras mais externas retém o núcleo, as internas já se romperam Extrusão – O anel fibroso é perfurado e parte do núcleo pulposo move-se para dentro do espaço epidural Sequestro – Fragmentos do anel fibroso e núcleo pulposo se dirigem para fora do disco. O tecido fica livre no canal medular, podendo migrar caudalmente, cranialmente ou lateralmente. Obs.: O núcleo não é líquido ➱Nódulo de Schmorl Normalmente acomete a região torácica, ocorre o extravasamento superior ou inferior do núcleo. Normalmente é assintomático, só há sintomas quando lesiona o periósteo da outra vértebra. Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional 2 Intervenções Fisioterapêuticas Mobilização Articular A mobilização são movimentos lentos, suaves e passivos realizados, em relação à velocidade do movimento, de forma que o paciente pode evitar o movimento. Já a manipulação são movimentos passivos, rápidos e bruscos com velocidade tal que o movimento ocorre antes que o paciente seja capaz de evitá-lo. ->Mobilização do segmento articular dentro do limite do movimento acessório e no final da ADM ➱Objetivos -Alongar o tecido conectivo -Liberar aderências -Estimular os receptores cutâneos e articulares com consequente diminuição da dor ➱Avaliação do Paciente -Método SOAP Subjetividade Objetividade Avaliação Plano de tratamento -Comportamento da dor (tipo de dor), da resistência (sentir com as polpas dos dedos a resistência do tecido) e do espasmo muscular (normalmente o espasmo acompanha o quadro de dor) ➱Dor X Rigidez 01 -> Quando a rigidez é dominante – a resistência surge antes da dor ↳Identificar o déficit de mob, testar com ADM adicional e avaliar a ausência de espasmo. Ex.: corrigir a rotação com manobra (vertebra rodada para direita mobiliza-se processo transverso direito para corrigir a rotação) Lembrete: Corpo vertebral dita o lado da rotação 02 -> Quando a dor é dominante – dor surge antes da resistência ↳Identificar o movimento que minimiza a dor, testar com ADM mínima e avaliar a presença de espasmo. Pode ter associado a dor a restrição. ➱Maitland Grau I – Executado no início da ADM acessória sem resistência com pouca amplitude (mãos em pinça) Grau II – ADM média existente na articulação sem resistência (mãos em pinça) Grau III – Maior ADM que chega ao limite anatômico ou patológico articular (resistência) – (região hipotênar da mão) Grau IV – Pequena amplitude no final da ADM patológica ou anatômica (no ponto da resistência) – (região hipotênar da mão) Grau V – Manipulação – Thrust na barreira patológica da adm acessória (↑ velocidade) – não foi feito na aula prática. Quando a dor é dominante -> Grau I e II Quando a resistência é dominante -> Grau III e IV Para ganho de flexo e extensão -> mobiliza-se AP ou CC Para ganho de rotação ou inclinação -> mobiliza- se LL Cinesioterapia Clássica A cinesioterapia clássica são exercícios mantidos por no mínimo 30 segundos que foca o seu tratamento na curvatura primária, com a primícia de alongar o lado convexo e fortalecer o lado côncavo, através das posturas: ➱Long Sitting Paciente sentado com as pernas esticadas e pés em dorsiflexão, coluna ereta e crescendo para cima com os braços na posição anatômica (Utiliza-se bastão para correção da postura e propriocepção da área corrigida) Se o paciente consegui executar o movimento, realiza a progressão. Durante a progressão, continuar realizando a correção postural. Progressão: Paciente pega o bastão e flexiona a 180º os braços e realiza inclinação para a direita e esquerda e observa-se qual dos dois lados mais corrigiu a curvatura escoliótica do paciente (normalmente é o lado da gibosidade) ➱Side Sitting Paciente sentadode lado, para o lado que melhor corrigiu a curvatura escoliótica, costuma ser o lado mais desconfortável de se sentar (lado da gibosidade). Paciente com coluna ereta e crescendo para cima com os braços em posição anatômica (Utiliza-se bastão para correção da postura e propriocepção da área corrigida) Se o paciente consegui executar o movimento, realiza a progressão. Durante a progressão, continuar realizando a correção postural. Progressão: Paciente pega o bastão e flexiona a 180º os braços e realiza inclinação para a direita e esquerda e observa-se qual dos dois lados mais corrigiu a curvatura escoliótica do paciente (normalmente é o lado da gibosidade) Observações Gerais: Lembre-se sempre de corrigir a postura pedindo a contração da musculatura, pois é um método ativo. Progrida sempre de acordo com o paciente, não extrapole os limites dele. Vá aos poucos. Método Klapp Visa o trabalho de mobilidade e força através das posturas: ➱Posição Inicial ➱Gato Paciente fica de quatro apoios e são realizados “arcos” na coluna, visando a mobilidade na mesma, sempre com a mão na região em que eu quero trabalhar. ➱Maomé/deslizar ➱Maomé em diagonal /deslizar em diagonal Realiza para o lado que corrige a curvatura escoliótica. ➱Cachorro Frequentemente utilizado em curvas em S, aonde frequentemente fortalece o lado contralateral ao da convexidade. ➱Virando o Braço Utilizada quando tem-se uma curvatura torácica, ou utiliza-se a postura de quatro apoios com inclinação de um MMSS. Mckenzie Trabalha posturas de extensão, onde os processos espinhosos se aproximam e os corpos vertebrais se afastam. Trabalha o alívio e centralização da dor (quando a dor é irradiada) e também trabalha a mobilidade. Indicado para hérnias discais e ganho de mobilidade, onde o paciente é beneficiado em DV e extensão. Cuidado com grandes ADM’s para não pinçar a extrusão/sequestro da herniação do paciente, nunca extrapole no exercício. 1º postura – Paciente em DV braços ao longo do corpo realiza apenas extensão cervical. 2º postura - Paciente em DV braços ao longo do corpo realiza extensão cervical e levanta os ombros. 3º postura - Paciente em DV braços ao longo do corpo realiza extensão cervical e levanta os ombros a 90º com cotovelos também a 90º. 4º postura - Paciente em DV braços ao longo do corpo realiza extensão cervical e levanta os ombros a 90º com cotovelos estendidos. Evolui-se as posturas de acordo com a dor e sintomatologia do paciente. 1 – 3 minutos mantido (se não conseguir, mantenha o máximo que o paciente conseguir) Williams Trabalha posturas de flexão, onde os processos espinhosos se afastam e os corpos vertebrais se aproximam. Recomendado para hérnias discais anteriores, ganho de mobilidade de quadril e pelve, alongar a coluna lombar. Postura de repouso-> Paciente em DD com MMSS ao lado do corpo e MMII estendidos. Se o paciente sentir algum desconforto na posição supra citada ele pode utilizar duas posições alternativas: 1 – pés apoiados na maca 2 – pés apoiados na parede 1º postura – Abraça uma perna alternadamente 2º Postura – abraça as duas pernas Variações: Manter isometria de MMSS Arrastar o MMII próximo a maca Alternações OBS.: O membro inferior que realiza o movimento, os MMSS não vão até eles. Princípios do RPG Individualidade – mesmo que eu utilize a mesma postura em pacientes parecidos as respostas vão ser diferentes. Casualidade – Quando coloco o paciente alinhado ele relata queixas em outro lugar – onde é mais acometido Globalidade – Trabalho muscular em cadeias e não individual. Autoposturas do RPG Primeiro avalia-se qual cadeia mestra é mais encurtada, a anterior ou a posterior. ➱Cadeia Posterior Cadeia posterior se encontra encurtada quando o ângulo tibiotársico e o quadril, ao realizar alongamento máximo, são maiores que 90º Quando a cadeia posterior está encurtada realiza posturas de fechamento da articulação coxofemoral. -Sentado (ideal para quem tem escoliose e desvios posturais) -Rã no ar -Bailarina ➱Cadeia Anterior Cadeia anterior se encontra encurtada quando ao realizar uma retroversão o joelho responde com uma flexão. Quando a cadeia anterior está encurtada realiza posturas de abertura da articulação coxofemoral. -Rã no chão -De pé no meio Avalia-se também qual cadeia de ombro está encurtada: ➱Cadeia Ântero Interna Observa o paciente nos três planos para ver qual das cadeias está encurtada. Quando a cadeia ântero interna está encurtada realiza a postura de abertura de membros superiores durante a realização da outra postura da cadeia mestra. ➱Cadeia Superior Observa o paciente nos três planos para ver qual das cadeias está encurtada. Quando a cadeia superior está encurtada realiza a postura de fechamento de membros superiores durante a realização da outra postura da cadeia mestra. Obs.: sempre parte de uma posição de máximo encurtamento para uma posição de máximo alongamento. Obs.: é um método ativo, então há sempre contração muscular do paciente e é através dela que controlamos a dor e o tremor. Dica de ouro-> As posturas com carga não possuem apoio no tronco e as posturas sem carga possuem apoio no tronco.
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