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Fichamento 6 - LILIENTHAL, L A ; MORATO, H T P Metodologia utilizada em uma Oficina de recursos expressivos

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REFERÊNCIA: LILIENTHAL, L. A.; MORATO, H. T. P. Metodologia utilizada em uma Oficina de recursos expressivos. In: CUPERTINO, C. M. B. (Org.). Espaços de Criação em Psicologia: oficinas na prática. 1 ed. São Paulo: Annablume, 2008. p. 95-122.
	 Texto 6
Nome: 
RA: 
Data: Mar/2020
Sob a perspectiva da Fenomenologia Existencial e a narrativa, norteia-se a construção de uma Oficina de Criatividade, de forma que a compreensão fenomenológica, com o convívio entre entes, permite a criação de sentido e conhecimento, incluindo como participante nesse espaço de intersubjetividade.
No tocante à narrativa, fica em destaque que o relato carrega a história no participante, seus significados tanto de si como na relação com os demais, sendo o pesquisador um destes, do enfoque da pesquisa interventiva, deve ter atenção e cuidado enquanto recolhedor da experiência.
A metodologia do depoimento como registro da experiência embasa a análise de uma pesquisa interventiva, no qual permite que o recolhedor envolvido com a busca da alteridade e comprometido realize o registro da experiência, buscando ainda compreendê-la.
A adoção de um modo fenomenológico de pesquisa implica na compreensão de que o que acontece durante a pesquisa é constituição da relação sujeito-mundo e sujeito-sujeito. A compreensão se dará pela mútua afetação, de modo que o pesquisador se torna narrador da experiência entre ele e o grupo.
A comunicação interdisciplinar entre saúde e educação indica mais possibilidades rumo à compreensão e apoio em um espaço próximo à supervisão, sendo que a narrativa se inclui como metodologia de relato da experiência como uma via de acesso à compreensão ao articular a teoria com a vivência, pois conhecer a prática desses profissionais vai além de conceitos técnicos, partindo para um espaço de fala com o cuidado desses profissionais, oportunidade essa oferecida pela Oficina, afim de gerar reflexão quanto à prática, o que também contribui para o sentido da prática oficineira em instituições, bem como seu sentido socioeducativo, ético e político do fazer psicológico.
O planejamento da oficina é importante, mas deve estar aberto para às possibilidades do grupo, de modo que no planejamento também se enquadre improviso, adequação e diversidade.
No planejamento deve-se questionar para que a oficina pode ser aplicada, de modo que a demanda ou queixa na instituição pode direcionar para a escolha dos recurso expressivos, afim de compreender como a atividade pode contribuir para a articulação do grupo e apreensão de novas possibilidades. Atentar-se ao perfil do grupo também é importante, dados como idade, nível de instrução e número de participantes colabora para a definição da atividade.
O roteiro das atividades deve ser elaborado com antecedência, definindo o tema a ser trabalhado. Elege-se nessa etapa também a forma de registro podendo ser escrito, gravado, recolhido o material produzido, ou até filmado.
Mesmo seguindo o roteiro é necessário que os facilitadores estejam atentos às necessidades de situações emergentes, para isso a afinidade e cumplicidade entre os oficineiros pode contribuir. O desenvolvimento da primeira oficina gira em torno de uma atividade mais aberta, lúdica, visando aproximação entre os participantes e uma nova forma de se conhecerem, sendo assim o roteiro entra como um mapa para guia da proposta.
Na execução da atividade inicia-se com a preparação do local, disposição do material e recepção dos participantes. A apresentação dos facilitadores e do tema principal da solicitação da instituição também deve ser apresentado, afim de contextualizar o grupo. Propor um aquecimento, para quebra da tensão para com o novo é uma opção, gerando descontração, antes que elejam seus lugares. Durante a atividade é necessário que os oficineiros tenham a sensibilidade de observar a congruência do grupo, caso ocorra, como oportunidade de adequação e trabalho, seguindo a dinâmica grupal, para a oficina, podendo inserir novos elementos enquanto recursos expressivos. O fechamento da atividade vivencial abre espaço para expressão do apreendido na experiencia e de ressignificação do que for preciso, possibilitando a compreensão de novas possibilidades.
A atividade realizada em grupo, apesar de vista, geralmente como beneficio direto para a instituição, com frequência, por parte dos participantes é mais relacionada às questões particulares. Este fato poderia ser relacionado à necessidade de resgate de si mesmo em primeiro lugar, refletindo na vida pessoal e profissional, dando-se uma aprendizagem significativa.

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