Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AGLOMERADO, MDP E OSB. Daniele Cerqueira Gilvânia Bispo Igor Lopes Rafaela gusmão introdução As chapas de madeira aglomerada surgiram na Alemanha no início da década de 40; Como forma de viabilizar a utilização de resíduos de madeira, face a dificuldade de obtenção de madeiras de boa qualidade para produção de painéis compensados; Devido ao isolamento da Alemanha durante a 2ª guerra mundial. A produção foi paralisada logo a seguir, devido a redução na disponibilidade de matéria-prima para fabricação de resina, tendo em vista a prioridade de uso do petróleo para finalidade militar. 2 conceitos As chapas de madeira aglomerada, comercialmente denominado de “aglomerado” no Brasil, é um painel produz ido com pequenas partículas de madeira; Com a incorporação de um adesivo sintético e reconstituídos numa matriz randômica e consolidados através de aplicação de calor e pressão na prensa quente; Outros materiais lignocelulósicos podem ser utilizados na fabricação de aglomerados; O princípio de fabricação de painéis aglomerados, faz com que este produto apresente uma série de vantagens em relação aos painéis compensados e madeira serrada, tais como: 3 Menor custo de produção, relacionado principalmente a qualidade da madeira e mão de obra; Menores exigências em termos de matéria-prima como diâmetro, forma do fuste, defeitos, etc.; Possibilidade de adequação das propriedades físico-mecânicas da chapa através do controle das variáveis de processo como resina, geometria de partículas, grau de densificação, etc.; A resistência da chapa nos sentidos da largura e comprimento são similares; Eliminação de efeitos da anisotropia da madeira – as alterações dimensionais nas direções longitudinal e transversal da chapa são iguais; 4 Classificação das chapas de madeira aglomerada As chapas de madeira a glomerada podem ser classificadas com base na densidade da chapa, tipos de partículas e sua distribuição. DENSIDADE: baixa densidade: até 0,59 g/cm3; média densidade: de 0,59 a 0,80 g/cm3; alta densidade: acima de 0,80 g/cm3. 5 Tipos de partículas Aglomerado “convencional” – partículas tipo “sliver”; Chapas de partículas do tipo “flake – flakeboard”; Chapas de partículas do tipo “wafer” – waferboard”; Chapas de partículas do tipo “strand – strandboard”. 6 distribuição das partículas na chapa Chapas homogêneas; Chapas de múltiplas camadas; Chapas de camadas graduadas; Chapas de partículas orientadas “oriented strand board”. 7 Matéria-prima Os componentes básicos utilizados na produção de chapas de madeira aglomerada são: Madeira, resina e catalisador. Outros materiais como emulsão de parafina, retardantes de fogo, Repelentes de fungos e insetos, podem ser adicionados para melhorar algumas propriedades das chapas para usos mais específicos. 8 Madeira A espécie de madeira é um fator importante no processo de produção de chapas de madeira a glomerada. As variáveis mais importantes relacionadas a espécie são: densidade, acidez, extrativos e materiais estranhos. As espécies de coníferas são as mais empregadas na produção de chapas de madeira aglomerada, devido a baixa densidade da madeira. 9 Madeira No Brasil, a madeira de pinus é a mais utilizada, por ser espécie de baixa densidade e devido a sua disponibilidade em grandes áreas de reflorestamentos; A acidez da madeira é outra característica importante e tem influência sobre a cura da resina e escolha do tipo de catalisador a ser utilizado. 10 Adesivo Os principais tipos de adesivos utilizados na produção de chapas de madeira aglomerada são: Uréia-formaldeído: é o adesivo mais utilizado na produção de aglomerados que se destinam ao uso interno; Fenol-formaldeído: é utilizado em menor escala, sendo destina para produção de chapas estruturais que requerem alta resistência à umidade, tais como chapas “OSB” e “waferboard”; Melamina-formaldeído: em função do alto custo, pode ser utilizada como “fortificantes”, em mistura com a uréia-formaldeído, na proporção de 10 a 40 %; 11 ADESIVOS QUÍMICOS Catalisador ou endurecedor; Emulsão de parafina; Retardantes de fogo; Repelentes de fungos e insetos. 12 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CHAPAS DE MADEIRA AGLOMERADA Envolvem as seguintes etapas: geração de partículas; Secagem; Classificação; aplicação de adesivo e aditivos químicos; formação do colchão; 13 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CHAPAS DE MADEIRA AGLOMERADA pré-prensagem; prensagem a quente; resfriamento/acondicionamento; acabamento ; classificação ; Armazenagem. 14 Cadeia produtiva de chapas de madeira aglomerada 15 Geração de partículas os materiais utilizados para obtenção de partículas podem ser da mais variadas fontes: Toretes provenientes de florestas plantadas; Resíduos de indústrias madeireiras. 16 Geração de partículas Algumas indústrias de aglomerados, têm adotado linhas de produção integrada com serrarias, visando a produção de cavacos, utilizando toras com diâmetros maiores e de melhor qualidade; As indústrias podem optar também, pelo fornecimento terceirizado de cavacos de outras serrarias. 17 fatores de grande importância no processo de geração de partículas Umidade da madeira: A umidade da madeira no pátio de armazenamento da indústria pode variar n a faixa de 35 a 120%; O teor de umidade dos toretes abaixo de 35%, dificulta o controle da geometria das partículas; A literatura menciona como faixa adequada de umidade da madeira de 35 a 50%, no entanto, o controle da umidade no pátio de armazenamento é de difícil praticidade. 18 fatores de grande importância no processo de geração de partículas Remoção da casca é primordial na fabricação de aglomerados tendo em vista sua influência negativa sobre as propriedades das chapas; Dependendo da espécie, a quantidade de casca pode representar de 10 a 15% do volume dos toretes; podem acarretar em problemas de estocagem e remoção, além de problemas ambientais. 19 descascador 20 21 22 23 equipamentos para geração de partículas a partir de toretes Equipamento para redução primária; Equipamento para redução secundária; Além destes equipamentos convencionais, existem outros, como picadores em anel e de disco. 24 Secagem de partículas O teor de umidade das partículas exerce grande influência sobre: a cura da resina; tempo de prensagem; pressão necessária para a consolidação do colchão de partículas até a espessura final da chapa. 25 Secagem de partículas No processo industrial, as partículas devem ser secas ao teor de umidade abaixo de 3%; de forma homogênea; ao menor tempo e custo possíveis e, ainda, prevenindo contra problemas de combustão e explosão no secador. 26 Secagem de partículas Tempo de secagem será maior nas condições a seguir: Maior densidade da madeira; Maior espessura das partículas; Maior umidade inicial das partículas; Menor umidade final das partículas. 27 28 Classificação das partículas Os sistemas utilizados para a classificação das partículas são: Peneira vibratória: classificam as partículas em função das dimensões; Pneumático: classificam as partículas em função do seu peso; 29 Classificação das partículas Classificador de peneiras 30 31 32 APLICAÇÃO DE ADESIVOS Dois fatores importantes devem ser considerados na aplicação de adesivo: Controle da quantidade de adesivo a ser aplicado, que é normalmente de 6 a 12% em relação ao peso seco das partículas; Homogeneidade quanto a distribuição de adesivo sobre a superfície das partículas, de forma a assegurar propriedades uniformes sobre toda a extensão da chapa 33 APLICAÇÃO DE ADESIVOS Basicamente, ex istem dois sistemas de aplicação de adesivo, cujo equipamento é denominado também de “encoladeira”: Sistema de aplicação por rolos; Sistema de aplicação por atomização; 34 APLICAÇÃO DE ADESIVOS Sistema de aplicação por rolos Sistema de aplicação por atomização – vista geral 35 36 Formação do colchãoÉ o processo de deposição de partículas com adesivo sobre uma esteira móvel, em quantidade pré-determinada em função da densidade e espessura da chapa. 37 Formação do colchão Os fatores a serem considerados na formação são: Densidade e espessura desejada da chapa; Uniformidade de distribuição das partículas para assegurar a densidade; Propriedades homogêneas sobre toda a extensão da chapa; Arranjo do material que pode ser em matriz randômica ou orientada. 38 Formação do colchão A altura do colchão está em função: Da densidade da chapa; Da densidade d a madeira ; Da espessura da chapa : 39 Formação do colchão Os métodos empregados na formação do colchão podem ser: Formação contínua; Formação descontínua; 40 Prensagem das chapas Os objetivos básicos da prensagem a quente são: a cura da resina; densificação; consolidação do colchão até a espessura final da chapa. As variáveis do ciclo de prensagem são: Pressão; Temperatura; Tempo de prensagem. 41 Prensagem das chapas Prensa de pratos múltiplos Prensa contínua plana Prensa contínua de calandra 42 43 Pressão A aplicação da pressão na prensagem das chapas tem a função de densificação e consolidação do material até a espessura final. 44 Temperatura de prensagem A temperatura de prensagem das chapas tem a função de processar a polimerização e cura da resina e de plasticização da madeira, reduzindo a resistência da madeira a compressão e facilitar a consolidação do colchão até a espessura final da chapa. 45 Tempo de prensagem O tempo de prensagem é mensurado a partir do momento da consolidação do colchão de partículas à espessura final da chapa, até o momento da abertura dos pratos da prensa; O tempo de prensagem deverá ser o suficiente para que o centro da chapa atinja temperatura suficiente para a cura da resina. 46 Tempo de prensagem O tempo de prensagem pode variar de 4 a 8 minutos e depende das seguintes variáveis: Espessura da chapa; Umidade do colchão:; Temperatura de prensagem; 47 Acabamento das chapas Após a prensagem, as chapas são colocadas num sistema de garfos giratórios para um período de resfriamento. As chapas acondicionadas, seguem para o esquadrejamento para ajustes dos comprimentos e larguras de acordo com os padrões comerciais. O lixamento é a última fase do processo de produção, e consiste em padronizar a espessura e conferir melhor acabamento superficial às chapas, assegurando melhores condições de revestimento superficial. 48 49 50 51 Acabamento das chapas A aplicação de materiais de revestimentos em chapas vis a elevar o valor agregado e facilitar a sua utilização, principalmente pelas indústrias de móveis; O tipo de material de revestimento utilizado, depende naturalmente da finalidade a que se destinam as chapas; Os procedimentos empregados no armazenamento e embalagem das chapas são também aspectos de muita importância; 52 53 Controle de qualidade O controle de qualidade na indústria de aglomerados é um processo contínuo e feito desde a entrada da matéria-prima até a saída do produto final. 54 Controle de qualidade Os principais fatores controlados no processo são: Geometria das partículas nos picadores; Monitoramento do teor de umidade das partículas nos silos, na entrada e saída do secador; Controle da quantidade de resina e aditivos químicos na encoladeira; 55 Controle de qualidade Controle da deposição de partículas na estação formadora; Controle das variáveis do ciclo de prensagem; Dimensões das chapas nas operações de esquadrejamento e lixamento; 56 Controle de qualidade No final do processo produtivo, as chapas são classificadas de acordo com os padrões de qualidade comercial pré-estabelecidas. As indústrias de aglomerados mantém um laboratório de controle d e qualidade para o monitoramento das fases do processo produtivo e qualidade do produto final. 57 Osb (“Oriented Strand Board”) 58 Osb Aglomerado de partículas de madeiras longas e orientadas. É um importante desenvolvimento na indústria dos derivados de madeira nos últimos anos. As excelentes características das placas OSB resultam diretamente da especificidade do seu processo de fabrico. 59 Osb Depois de revestidas com cola, as partículas de madeira são dispostas em camadas. Cada camada é orientada de forma diferente, de modo a maximizar a resistência e a estabilidade do painel. Este colchão é, então, submetido a condições de pressão e temperatura muito elevadas; 60 Osb 61 OSB Obtendo-se um painel estruturalmente denso, muito resistente, dimensionalmente estável e muito durável. Outra vantagem das placas OSB é que têm um impacto ambiental reduzido já que não são utilizadas árvores adultas no fabrico do OSB. A sua matéria-prima é constituída unicamente por madeira de pequena dimensão, Proveniente de florestas geridas de forma sustentável e além disso, o OSB é totalmente reciclável. 62 Osb 63 Osb 64 Processo de fabricação - osb 1º Passo: DESCASCAMENTO O descascamento das toras é indispensável, pois contribui para uma superfície visualmente mais agradável da placa OSB, e aumenta o volume do painel em torno de 10 a 15%. 2º Passo: FRAGMENTAÇÃO Para obter uma qualidade de placa muito boa, as partículas de madeira devem ter apenas pequenas variações de espessura, comprimento, largura e conteúdo de cavacos finos. Para a produção são usados picadores especiais de facas circulares, também chamados fragmentadores. 65 Processo de fabricação - osb 66 Estação formadora 67 Processo de fabricação - osb 3º Passo: SECAGEM Estas tiras são secas, classificadas por granulometria e misturadas com uma composição de resinas de colagem à prova de água, emulsão parafínica e inseticidas. A partir dos silos de cavacos úmidos os cavacos são suministrados continuamente aos secadores. Um gerador de gás quente normalmente fornece a energia necessária para a secagem. 68 Processo de fabricação - osb 4º Passo: CLASSIFICAÇÃO – TRIAGEM As partículas são selecionadas e classificadas por geometria para uso na camada média ou espessa. Geralmente são usadas peneiras de tambor. 69 PRENSADO Aplicação de cola As partículas de madeira chegam na passadeira de cola através de balanças de correia. Estes asseguram que a quantidade correta de cavacos esteja disponível para a produção respectiva e ao mesmo tempo mantido o grau de colagem. Adesivo: Fenol-formaldeído e Isocianato Mistura Os cavacos são distribuídos em liquidificadores de grande volume. Atomizadores (também: pulverizadores rotativos, atomizadores) pulverizam simultaneamente cola, parafina, endurecedor e água. 70 PRENSADO Esta composição segue para as formadoras onde serão produzidas as camadas orientadas, formando o colchão. 71 PRENSADO O colchão entra na prensa contínua de alta temperatura (200 – 220ºC) e pressão, onde será formado o master painel. O tempo de prensagem varia de acordo a espessura da chapa e tipo de resina, sendo geralmente de 3 a 6 min. 72 DESPACHO Seccionado das placas Na saída os painéis são cortados com o seu tamanho comercial. Todo este processo é totalmente automatizado, com a monitorização de câmaras e computadores. 73 PRENSADO 74 Aplicações de osb 75 OBRIGADA! 76
Compartilhar