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RM2 - OFICIAIS - 2020 - SIMULADO 03 - SÁBADO

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SIMULADO 3 – SMV–RM2-OF/2020 
TURMA SÁBADO 
 
Nome: ________________________________________________________ 
 
1. Você receberá o material descrito abaixo: 
a) este Caderno com o enunciado das 50 questões, sem repetição ou falha, 
contendo 25 questões de Português e 25 de Formação Militar Naval; e 
b) uma Folha de Respostas destinada às respostas das questões formuladas 
na prova. 
2. Verifique se o material está em ordem. 
3. Ao receber a Folha de Respostas, é obrigação do aluno: 
a) preencher o espaço destinado ao seu nome; e 
b) preencher de caneta azul ou preta a opção correta para cada questão. 
4. As questões são identificadas pelo número que se situa ao lado de seu 
enunciado. 
5. Reserve 10 (dez) minutos para marcar a Folha de Respostas. 
6. O rascunho de Caderno de Questões não será levado em consideração. 
7. Quando terminar, entregue somente a Folha de Respostas. 
8. O tempo disponível para esta prova é de três horas. 
 
 (corte aqui) 
 
FOLHA DE RESPOSTAS – SMV–RM2–OF/2020 – SIMULADO 3 
 
NOME COMPLETO: __________________________________________________________ 
 
TURMA CPF 
SEM SAB EAD 
 
 
 
CG - ACERTOS MÉDIA FINAL 
 
 
01 A B C D E 11 A B C D E 21 A B C D E 31 A B C D E 41 A B C D E 
02 A B C D E 12 A B C D E 22 A B C D E 32 A B C D E 42 A B C D E 
03 A B C D E 13 A B C D E 23 A B C D E 33 A B C D E 43 A B C D E 
04 A B C D E 14 A B C D E 24 A B C D E 34 A B C D E 44 A B C D E 
05 A B C D E 15 A B C D E 25 A B C D E 35 A B C D E 45 A B C D E 
06 A B C D E 16 A B C D E 26 A B C D E 36 A B C D E 46 A B C D E 
07 A B C D E 17 A B C D E 27 A B C D E 37 A B C D E 47 A B C D E 
08 A B C D E 18 A B C D E 28 A B C D E 38 A B C D E 48 A B C D E 
09 A B C D E 19 A B C D E 29 A B C D E 39 A B C D E 49 A B C D E 
10 A B C D E 20 A B C D E 30 A B C D E 40 A B C D E 50 A B C D E 
 
 
 
 
 
 
SIMULADO 3 – SMV–RM2–OFICIAIS/2020 - CURSO ASCENSÃO 
SIMULADO 3 SMV–RM2–OF/2020 1
TEXTO I 
Texto para as questões de 01 a 05 
 
 A língua inglesa nunca teve academias para 
formular gramáticas oficiais e certamente seria 
afogado no Tâmisa ou no Hudson o primeiro que se 
atrevesse a tentar impor normas de linguagem 
estabelecidas pelo governo. Sua ortografia, que 
rejeita acentos e outros sinais diacríticos, é um caos 
tão medonho que Bernard Shaw deixou um legado 
para quem a simplificasse e lhe emprestasse alguma 
lógica apreensível racionalmente, legado esse que 
nunca foi reclamado por ninguém e certamente 
nunca será, apesar de algumas tentativas patéticas 
aqui e ali. Ingleses e americanos dispõem de 
excelentes manuais do uso da língua, baseados na 
escrita dos bons escritores e jornalistas e, quando 
um americano quer esclarecer alguma dúvida 
gramatical ou de estilo, usa os manuais de redação 
de seus melhores jornais. 
 A segregação racial nos Estados Unidos produziu 
um abismo linguístico entre a língua falada pelos 
negros e a usada pelos brancos. Durante muito 
tempo, a língua dos negros foi vista como uma forma 
corrompida ou degenerada da norma culta do inglês 
americano. Mas já faz tempo que essa visão 
subjetiva e etnocêntrica foi substituída e o inglês 
falado pelos negros passou a ser visto pela Ciência 
linguística como "Black English", uma língua 
perfeitamente estruturada, com morfologia e sintaxes 
próprias, com sua gramática e sua funcionalidade 
autônoma, não mais como inglês de quinta 
categoria. E essa visão não foi acatada "de favor" ou 
para fazer demagogia com a coletividade negra, mas 
porque se tornou inescapável a existência de uma 
língua falada por ela, eficaz na comunicação de 
informação e emoção e que prescindia, sem que isso 
fizesse falta, de determinados recursos do inglês 
dominante. 
 Todos nós, com maior ou menor habilidade, 
falamos várias línguas, ou dialetos, dentro da, 
digamos, língua-mãe. Falamos língua de criança, 
língua chula, língua de solenidade. Podemos não 
chegar a falar todas as muitas línguas à disposição, 
mas geralmente as entendemos, como, por exemplo, 
quando ouvimos um caipira. Essas línguas, em 
padrões de variedade quase infinita, são todas 
legítimas, não são "erradas", pois, em rigor, 
nenhuma língua que funcione realmente como tal é 
"errada". E, muitas vezes, ao falarmos "certo", 
estamos na realidade falando inadequadamente, 
como um orador que, num comício no Mercado 
de Itaparica, se esbaldasse em proparoxítonas, 
polissílabos e mesóclises. Eu mesmo falo itapariquês 
de Mercado razoavelmente bem e alguns entre 
vocês, se me ouvissem lá, talvez tivessem 
dificuldade em entender algo que eu dissesse, por 
exemplo, a meu amigo Xepa. 
 Cientificamente, a neutralidade quanto a línguas, 
dialetos ou usos subsiste. Mas não socialmente, e é 
isso o que me parece ainda estar sendo discutido em 
torno da propalada aceitação, pelo MEC, de erros de 
português. "Erro de português "é uma expressão que 
desagrada o linguista, porque ele não vê o fenômeno 
sob essa ótica. No entanto, é assim que o enxerga o 
público, mesmo o analfabeto, que aprende pelo 
ouvido a distinguir o certo do errado. Isto porque 
sempre se entendeu no Brasil que ensinar português 
é ensinar a norma culta, que, durante muito tempo, 
foi até mesmo ditada pelos usos de Portugal. 
 Quer se queira quer não - e há séculos de 
formação por trás disso - a norma culta é tida como a 
correta e a única que representa verdadeiramente 
nossa língua. Sua violação é tolerada em 
manifestações literárias e artísticas de modo geral - 
e, assim mesmo, funciona mais quando o intuito é 
obter efeitos cômicos, ou ''folclóricos'', com essa 
violação. As pessoas costumam observar a adesão à 
norma culta no que ouvem e leem. Falar e escrever 
de acordo com ela é socialmente muito valorizado e 
resulta num poder de que a maioria não se sente 
boa detentora e ao qual todos aspiram. Não é 
questão linguística, é questão política. Não se trata 
de dizer aos que desconhecem a norma culta que a 
fala deles tema mesma legitimidade, porque não 
adianta, não "cola" na sociedade. Trata-se de 
ensinar a esse praticante o pleno domínio da norma 
culta, a qual, mesmo tendo que absorver mudanças, 
nunca abdicará de sua hegemonia e é a de que 
elevai precisar para subir na vida. 
 Advertir contra o preconceito sofrido por quem 
"fala errado" também não adianta nada, diante da 
força onipresente da norma culta. (Aliás, no Brasil 
estamos sempre à frente e agora legislamos sobre 
preconceitos e tornamos ilegal ter preconceitos, 
quando isto é praticamente impossível, pois o 
possível é apenas tornar ilegal a manifestação do 
preconceito.) A fala é dos mais importantes recursos 
para o que se poderia chamar de reconhecimento 
social da pessoa. Vendo alguém pela primeira vez, 
fazemos, conscientemente ou não, um julgamento 
automático. Aprontamos uma ficha mental, 
avaliamos a roupa, a idade, o estado dos dentes e, 
inevitavelmente, a fala, através da qual é 
frequentemente possível saber a origem e a extração 
social de um interlocutor eventual. A norma culta, a 
dominante, a que é ensinada como correta, mostra 
sua cara imediatamente e se reflete logo na maneira 
pela qual o sujeito é percebido e tratado. Ferreira 
Gullar tem razão, a crase não foi feita para humilhar 
ninguém. Mas humilha o tempo todo. 
 E agora, pensando aqui nessa tirania da norma 
culta, fico imaginando se ela não é empregada com 
esse fim, por certos fiscais dogmáticos. Não devia 
ser, porque, afinal, ela é necessária para preservar e 
 
 
 
 
 
 
SIMULADO 3 – SMV–RM2–OFICIAIS/2020 - CURSO ASCENSÃO 
SIMULADO 3 SMV–RM2–OF/2020 2
aprimorar a precisão da linguagem científica e 
filosófica, para refinar a linguagem emocional e 
descritiva, para conservara índole da língua, sua 
identidade e, consequentemente, sua originalidade. 
Ao contrário do que entendi de certas opiniões que li 
sobre o assunto, a norma culta não tem nada de 
elitista,é ou devia ser patrimônio e orgulho comuns a 
todos. Elitismo é deixá-la ao alcance de poucos, 
como tem sido nossa política. 
(RIBEIRO, João Ubaldo. Observações de um usuário. O 
Globo, 29 mai. 2011 1 p. 7.) 
 
1 - Em “E, muitas vezes, ao falarmos 'certo', 
estamos na realidade falando inadequadamente, 
como um orador que, num comício no Mercado de 
Itaparica, se esbaldasse em proparoxítonas, 
polissílabos e mesóclises.” (3º§), o autor lança 
mão de que estratégia para aumentar sua eficácia 
argumentativa? 
A) Lexicalização. 
B) Pragmatismo. 
C) Analogia. 
D) Simplificação. 
E) Retorsão. 
 
2 - Os verbos transitivos destacados estão 
seguidos de complementos, que podem ser 
substituídos por pronomes oblíquos. 
 Qual a única substituição que respeita o padrão 
prestigiado de linguagem? 
A) “A língua gramática inglesa oficial nunca teve 
academias para formular [ ... ].” (1º§) / A língua 
inglesa nunca teve academias para formular-
las. 
B) “[ ... ] mas geralmente as entendemos, como, 
por exemplo, quando ouvimos um caipira.” (3º§) 
/ Mas geralmente as entendemos, como, por 
exemplo, quando ouvimo-lo. 
C) “[ ... ] o primeiro que se atrevesse a tentar impor 
normas de linguagem [ ... ].” (1º§) / O primeiro 
que se atrevesse a tentar lhes impor. 
D) “[ ... ] porque ele não vê o fenômeno sob essa 
ótica.” (4º§) / Porque ele não lhe vê sob essa 
ótica. 
E) “[ ... ] e que prescindia, sem que isso fizesse 
falta, de determinados recursos [ ... ].” (2º§) / E 
que prescindia deles sem que isso fizesse falta. 
 
 
 
 
 
 
 
3 - A forma verbal “lêem” (5º§) é um dos vocábulos 
cuja grafia foi alterada pelo novo acordo 
ortográfico (lêem > leem). Em relação às normas 
estabelecidas pelo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa, assinado em 1990 e promulgado, no 
Brasil, em 2008, qual a afirmativa correta? 
A) Os acentos diferenciais foram totalmente 
abolidos, criando ambiguidade entre palavras 
como forma /ô/ (tipo de recipiente) e forma /ó/ 
(formato, feitio; 3º pessoa do singular do 
presente do indicativo do verbo formar). 
B) o trema foi suprimido na maioria das palavras 
portuguesas ou aportuguesadas, exceto em 
algumas formas verbais (todas as pessoas do 
plural do presente do indicativo do verbo arguir, 
por exemplo) . 
C) As letras k, y e w foram incluídas no nosso 
alfabeto, que passou a ter 26 letras, e a grafia 
de algumas palavras foi alterada para 
começarem com essas letras (palavras que 
nomeiam unidades de medida, por exemplo). 
D) Os acentos gráficos dos ditongos ei e oi da 
sílaba tônica das palavras paroxítonas e 
oxítonas foram abolidos, já que há oscilação em 
muitos casos entre timbre aberto e fechado 
(baia /ói/ como boina /ói/ ou /ôi/). 
E) O hífen foi suprimido em diversas palavras 
compostas ligadas por preposição que não 
designam espécies botânicas ou zoológicas, 
mas foi mantido em outras, consideradas 
consagradas pelo uso, como pé-de-meia. 
 
4 - “[ ... ] a crase não foi feita para humilhar 
ninguém. Mas humilha o tempo todo.” (6º§). Em 
que opção o emprego do acento grave indicativo 
de crase é facultativo de acordo coma norma 
padrão? 
A) Procurou questões que correspondessem à 
toda matéria. / Procurou questões que 
correspondessem a toda matéria. 
B) Trata-se de uma alternativa às ponderações 
feitas. / Trata-se de uma alternativa as 
ponderações feitas. 
C) Deu importância às minhas lamentações. / Deu 
importância as minhas lamentações. 
D) Preocupado, andou até à porta e parou. / 
Preocupado andou até a porta e parou. 
E) Os navegantes foram à terra dos ancestrais. / 
Os navegantes foram a terra dos ancestrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIMULADO 3 – SMV–RM2–OFICIAIS/2020 - CURSO ASCENSÃO 
SIMULADO 3 SMV–RM2–OF/2020 3
5 - Algumas vezes, os verbos terminados em “-ear” 
e “-iar”, como lisonjear e vadiar, suscitam dúvidas 
quanto ao seu uso. Em que opção o verbo 
sublinhado NÃO está empregado de acordo com a 
forma recomendada pela norma padrão vigente? 
A) Freamos o carro bruscamente, pois não 
tínhamos visto a criança. 
B) Todos os meses, ele espera ansioso que as 
novas séries estréiem logo. 
C) A modelo se maquia sempre que participa dos 
desfiles da empresa. 
D) Anseio por fazer esta viagem desde que eu era 
adolescente. 
E) É preciso que remedie a questão criada pelos 
jovens com sabedoria. 
 
TEXTO II 
Texto para as questões de 06 e 07 
 
 Em matéria de leitura eu sou onívoro, ou polífago, 
se preferem. Leio tudo o que aparece na minha 
frente. Mas as duas leituras preferidas por mim são, 
respectivamente, poesia e bula de remédio. Guardo, 
ou guardava todas as bulas dos remédios que eu 
consumia (mas não sou hipocondríaco), e fiquei 
muito desgostoso quando a caixa cheia delas sumiu. 
Até hoje não sei se alguém a furtou (havia bulas não 
apenas em português, mas em inglês, francês, 
espanhol e alemão; muitas vezes eu comprava um 
remédio só para ter uma bula, mesmo se fosse em 
uma língua com a qual eu estivesse pouco 
familiarizado) ou se foi uma vingança soez de algum 
inimigo, ou excesso de zelo de alguma faxineira ao 
limpar o chamado Quarto dos Macacos, um cômodo 
que tenho na minha casa. O que aconteceu, o 
sumiço da caixa de bulas, é um mistério. Ela não 
possuía qualquer valor de mercado, e eu não tenho 
inimigos, ainda mais tão terríveis a ponto de fazer 
um agravo dessa natureza, roubar um bem que me 
era tão precioso. E as faxineiras estão proibidas de 
entrar no Quarto dos Macacos, a não ser 
acompanhadas por mim. A minha empregada fixa é 
maníaca por limpeza e sempre diz palavras 
desanimadoras sobre a bagunça do Quarto dos 
Macacos. Mas não obstante ela seja obrigada a ler 
uma hora por dia - em qualquer um das centenas de 
livros que tenho na minha estante - sob pena de eu 
torcer o braço dela, eu nunca a obriguei a ler bula de 
remédio. Ela não pode ser a responsável. Mas o 
certo é que aquele acervo fantástico de mais de mil 
bulas desapareceu, para meu profundo desgosto. 
 A bula, da mesma forma que a poesia, tem as 
suas metáforas, os seus eufemismos, os seus 
mistérios, e as partes melhores são sempre as que 
vêm sob os títulos "precauções" e/ou "advertências" 
e "reações adversas". Essa parte da bula certamente 
é produzida por uma equipe da qual fazem parte 
cientistas, gramáticos, advogados especializados em 
ações indenizatórias, poetas, criptógrafos, 
advogados criminalistas, marqueteiros, financistas e 
planejadores gráficos. Você tem que alertar o 
usuário dos riscos que ele corre (e não se iludam, 
todo remédio tem um potencial de risco), ainda que 
eufemicamente, pois se o doente sofrer uma reação 
grave ao ingerir o remédio, o laboratório, através dos 
seus advogados, se defenderá dizendo que o doente 
e o seu médico conheciam esses riscos, 
devidamente explicitados na bula. 
 Vejam esta maravilha de eufemismo, de figura de 
retórica usada para amenizar, maquiar ou camuflar 
expressões desagradáveis empregando outras mais 
amenas, ou incompreensíveis. Trecho da bula de um 
determinado remédio: "Uma proporção maior ou 
mesmo menor do que 10% de ..." (não cito o nome 
do remédio, aconselhado pelo meu advogado) "pode 
causar uma toxidade que pode evoluir para exitus 
letalis". (o itálico é da bula). 
 Qual o poeta, mesmo entre os modernos, os 
herméticos ou os concretistas, capaz de eufemizar, 
camuflando, de maneira tão rica, o risco de morte - 
"evoluir para exitus letalis"? 
 Ao criar essa bula, seus autores precisavam evitar 
qualquer dos vocábulos que poderiam dizer 
diretamente, em bom vernáculo, o que significa esse 
risco – exitus letalis – que o usuário do remédio 
enfrenta: falecer, morrer, expirar, perecer. Mas isso 
tem que ser evitado, é assustador, muito mais do 
que as gírias bem-humoradas do cotidiano, como 
abotoar o paletó, apagar, bater as botas, comer 
capim pela raiz, embarcar deste mundo para um 
melhor, empacotar, entregar a rapadura, esticar a 
canela, ir para a cidade dos pés juntos, ir para a 
cucuia, vestir o pijama de madeira, virar presunto. 
(Eles, os autores da bula, evidentementenão 
poderiam dizer, como deviam, para que a choldra os 
entendesse: "Se você tomar este remédio pode bater 
as botas" ou "ir para a cu cuia" . O departamento 
jurídico não deixaria.) 
(Fonseca, Rubem. Exitus letalis. www.literal.eom.br/acervo do 
portal/exitusletalis-6476 - com adaptações.) 
 
6 - Em que opção o verbo haver como em: “[ ... ] 
havia bulas não apenas em português, mas em 
inglês, francês, espanhol e alemão [ ... ] .” (1º§) 
NÃO admite a forma plural? 
A) Mais bulas houvessem sido colecionadas, mais 
Fonseca sentiria prazer. 
B) Aqueles que se consideram onívoros ou 
polífagos haveriam de ler algo nas bulas? 
C) Que haverão os amigos encontrado nas bulas 
do Quarto dos Macacos? 
D) Não haveriam meios de encontrar as bulas 
perdidas pelo autor no passado. 
E) Não imaginava a quem haveriam os amigos 
polífagos de culpar pelo sumiço da bula. 
 
 
 
 
 
 
SIMULADO 3 – SMV–RM2–OFICIAIS/2020 - CURSO ASCENSÃO 
SIMULADO 3 SMV–RM2–OF/2020 4
7 - Em que opção o termo sublinhado tem o 
mesmo valor sintático do termo destacado em “[ ... 
] e fiquei muito desgostoso quando a caixa cheia 
delas sumiu.” (1º§)? 
A) “[ ... ] ou excesso de zelo de alguma faxineira ao 
limpar o chamado Quarto dos Macacos [ ... ].” 
(1º§) 
B) “[ ... ] das centenas de livros que tenho na 
minha estante - sob pena de eu torcer o braço 
dela [ ... ].” (1º§) 
C) “Você tem que alertar o usuário dos riscos que 
ele corre [ ... ].” (2º§) 
D) “Essa parte da bula certamente é produzida por 
uma equipe da qual fazem parte [ ... ].” (2º§) 
E) “[ ... ] figura de retórica usada para amenizar, 
maquiar ou camuflar expressões desagradáveis 
[ ... ] .” (3º§) 
 
 
TEXTO III 
Texto para as questões de 08 e 16 
 
 
Agronegócio e a morte da Amazônia 
 É comum ver nos discursos de empresários e 
políticos o pensamento ufanista sobre as maravilhas 
de nosso agronegócio, dizendo que a produção 
brasileira “alimenta o mundo” e que nosso gado é 
“verde”. É um discurso que lembra a propaganda do 
Brasil Grande, de triste memória, e tenta pôr uma 
grande sujeira para baixo do tapete. 
 Os estrangeiros já sabem: nossa exploração 
agrícola, soja à frente, já destruiu 4 de cada 10 
hectares de cerrado. Nesse ritmo, esse ecossistema 
estará extinto em 20 anos. Não é à toa, visto que o 
nosso gado tem a pior produtividade do mundo: uma 
vaca ocupa, para engordar, um hectare de terra, 
cada vez mais frequentemente roubado à Amazônia. 
Com os mesmos metros quadrados, um agricultor 
europeu produz alimentos nobres e caros, para 
alimentar e enriquecer seres humanos. Enquanto 
isso, nossa soja alimenta porcos na China. 
 Se computarmos o dano irreversível ao meio 
ambiente, bem público que destrói com a devastação 
da terra, e o somarmos aos subsídios e às 
generosas rolagens de dívidas dos grandes 
produtores, o cálculo revelará um agronegócio 
insustentável. Em vez de alimentar o mundo e 
enriquecer os brasileiros, ele se tornou uma 
destrutiva usina de insumo industrial barato. 
 É um modelo que ameaça (ao invés de garantir) o 
objetivo de dobrar a produção mundial de alimentos 
em 35 anos para receber 2 bilhões de novas bocas. 
Para fazer sua parte, alimentar os brasileiros e 
ganhar dinheiro exportando comida de gente, não de 
suínos, é necessário mudar a escandalosa cultura de 
desperdício do campo brasileiro. 
 Quando se trata de plantar para dar de comer a 
rebanhos, a chamada “taxa de conversão” é muito 
baixa: uma vaca dá três calorias de carne para 
cada cem calorias de grãos que come para 
engordar (sim, 3%); o porco produz dez calorias, e 
o frango, 12, para cada cem que consome. É 
melhor o aproveitamento da vaca leiteira (40 
calorias no leite) e da galinha poedeira (12 no ovo, 
para cada cem consumidas). Em outras palavras, 
gerar proteína animal é sempre um péssimo 
negócio, e o boi é o pior de todos. 
 E como funciona o agronegócio brasileiro? 
Metade de nossa produção agrícola é ração de 
animais a preços irrisórios. E a estrela de nossa 
pecuária é exatamente a carne de vaca. Enquanto 
isso, importamos feijão e outros alimentos 
pagando mais caro. 
 O Brasil viveu até hoje com a falsa impressão 
de que a água e a terra eram bens infinitos. Essa 
visão está em xeque com a crise hídrica, causada 
em parte pelo desmatamento da Amazônia e do 
cerrado. Num país em que a água escasseia, 
quase 70% de seu consumo é para irrigação de 
áreas de cultivo. A pecuária é um mata-borrão: 
suga 11% de nossa água - mesmo consumo dos 
200 milhões de humanos do Brasil. 
 Com o desmatamento para abrir pastos, fontes 
de água são destruídas e o regime de chuvas 
muda. O gado não somente consome verdadeiras 
cachoeiras em seu processo de engorda, como já 
produz escassez antes mesmo de ocupar os 
extensos hectares de floresta que destrói. 
 Gastamos água, que falta a humanos, para 
matar a sede infinita das vacas e regar a soja que 
vai ser exportada a preços irrisórios. Enquanto 
isso, continuamos a nos ufanar de uma opção 
econômica que está nos consumindo a todos, com 
a água e a terra fartas que um dia este Brasil 
ganhou de presente. 
(SERVA, Leão. Agronegócio e a morte da Amazônia. Folha de 
São Paulo, São Paulo, 24 nov. 2014. Cotidiano.) 
 
8 - Assinale a opção que explícita a tese do texto. 
A) O agronegócio tem o apoio de grandes 
empresários e políticos. 
B) Os estrangeiros já conhecem nossa produção 
agrícola. 
C) O modelo do agronegócio brasileiro está 
superado há décadas. 
D) As maiores ameaças à Amazônia são a 
pecuária e a soja. 
E) A atividade agrícola brasileira tem baixa 
lucratividade. 
 
 
 
 
 
 
 
SIMULADO 3 – SMV–RM2–OFICIAIS/2020 - CURSO ASCENSÃO 
SIMULADO 3 SMV–RM2–OF/2020 5
9 - Considerando a teoria dos elementos da 
comunicação e das funções da linguagem, é 
possível afirmar que o texto “Agronegócio e a 
morte da Amazônia” 
A) é centrado no emissor, por isso predomina a 
função expressiva; apresenta também marcas 
do canal utilizado. 
B) possui como centro o receptor, daí a função 
conativa; é possível ainda identificar marcas de 
emotividade. 
C) centra-se no código, então a função é 
metalinguística, porém, com traços de 
linguagem referencial. 
D) centra-se no assunto e no ponto de vista do 
autor, as funções predominantes são a 
referencial e a emotiva. 
E) possui duas funções predominantes, por causa 
das intenções comunicativas do texto: a 
referencial e a fática. 
 
10 - Assinale a opção em que a relação 
significativa está corretamente indicada entre 
parênteses. 
A) “Não é à toa, visto que o nosso gado tem a pior 
produtividade [ ... ].” (2º§) - (consequência) 
B) “Em vez de alimentar o mundo e enriquecer os 
brasileiros [ ... ].” (3º§) - (oposição) 
C) “Quando se trata de plantar para dar de comer a 
rebanhos [ ... ].” (5º§) - (simultaneidade) 
D) “Essa visão está em xeque com a crise hídrica, 
causada em parte [ ... ].” (7º§) - (meio) 
E) “Com o desmatamento para abrir pastos, fontes 
de água são destruídas [ ... ].” (8º§) - (favor) 
 
11 - Assinale a opção em que o termo destacado 
exerce função sintática idêntica a “É um modelo 
que ameaça (ao invés de garantir) o objetivo de 
dobrar a produção mundial [ ... ]” (4º§). 
A) “O Brasil viveu até hoje com a falsa impressão 
de que a água e a terra [ ... ].” ( 7º§) 
B) “Num país em que a água escasseia, quase 
70% de seu consumo [ ... ].” (7º§) 
C) “[ ... ] para cada cem calorias de grãos que 
come [ ... ].” (5º§) 
D) “[ ... ] nos ufanamos de uma opção econômica 
que está nos consumindo a todos [ ... ].” (9º§) 
E) “[ ... ] antes mesmo de ocupar os extensos 
hectares de floresta que destrói.” (8º§) 
 
 
 
 
 
12 - Em “O Brasil viveu até hoje com a falsa 
impressão de que a água e a terra eram bens 
infinitos. Essa visão está em xeque com a crise 
hídrica, causada em parte pelo desmatamento da 
Amazônia e do cerrado.” (7º§), é possível afirmar 
que o autor usou a estratégia argumentativa de 
A) exemplificação. 
B) comprovação. 
C) contraposição. 
D) generalização. 
E) comparação. 
 
13 - Assinale a opção em que aforma verbal em 
destaque evidencia que há a construção de uma 
ideia hipotética. 
A) “Enquanto isso, continuamos a nos ufanar [ ... 
].” (9º§) 
B) “Quando se trata de plantar para dar de comer [ 
... ].” (5º§) 
C) “Se computarmos o dano irreversível ao meio 
ambiente [ ... ].” (3º§) 
D) “O gado não somente consome verdadeiras 
cachoeiras [ ... ].” (8º§) 
E) “E como funciona o agronegócio brasileiro?” 
(6º§) 
 
14 - Leia o trecho a seguir. 
“Com os mesmos metros quadrados, um agricultor 
europeu produz alimentos nobres e caros, para 
alimentar e enriquecer seres humanos.” (2º§) 
 Em qual opção a reescrita da sentença acima 
resguardou o significado original e manteve as 
exigências da norma padrão? 
A) Nobres e caros alimentos produzidos, um 
agricultor europeu, enriquece e alimenta seres 
humanos com os mesmos metros quadrados. 
B) Alimentos nobres e caros para alimentar e 
enriquecer seres humanos, com os mesmos 
metros quadrados, produzem-se um europeu 
agricultor. 
C) São produzidos, com alimentos nobres e caros 
para um agricultor europeu; os mesmos metros 
quadrados para alimentar e enriquecer seres 
humanos. 
D) Para alimentar e enriquecer seres humanos, 
são produzidos, com os mesmos metros 
quadrados, por um agricultor europeu, 
alimentos nobres e caros. 
E) Um agricultor europeu, para alimentar e 
enriquecer seres humanos com os mesmos 
metros quadrados, produz alimentos nobres e 
caros. 
 
 
 
 
 
 
 
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15 - Em “[ ... ] é necessário mudar a escandalosa 
cultura de desperdício do campo brasileiro.” (4º§) a 
oração em destaque é subordinada substantiva 
A) objetiva direta. 
B) completiva nominal. 
C) predicativa. 
D) subjetiva. 
E) indireta. 
 
16 - Marque a opção em que o termo apresentado 
retoma corretamente o segmento destacado no 
trecho entre aspas. 
A) “Nesse ritmo” (2º§) - “[ ... ] dizendo que a 
produção brasileira 'alimenta o mundo' e que 
nosso gado é 'verde'.” (1º§) 
B) “O cálculo” (3º§) - “Se computarmos o dano 
irreversível ao meio ambiente, bem público que 
destrói com a devastação [ ... ].” (3º§) 
C) “Taxa de conversão” (5º§) -“Para fazer sua 
parte, alimentar os brasileiros e ganhar dinheiro 
exportando comida [ ... ].” (4º§) 
D) “Mais caro” (6º§) - “Metade de nossa produção 
agrícola é ração de animais a preços irrisórios.” 
(6º§) 
E) “Essa visão” (7º§) - “O Brasil viveu até hoje com 
a falsa impressão de que a água e a terra eram 
bens infinitos.” (7º§) 
 
TEXTO IV 
Texto para as questões de 17 e18 
 
A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO 
 Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou 
em casa dizendo que vira no campo dois dragões 
da independência cuspindo fogo e lendo 
fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na 
semana seguinte ele veio contando que caíra no 
pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de 
buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha 
gosto de queijo. Desta vez, Paulo não só ficou sem 
sobremesa, como foi proibido de jogar futebol 
durante quinze dias. Quando o menino voltou 
falando que todas as borboletas da Terra 
passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam 
formar um tapete voador para transportá-lo ao 
sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após 
o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: 
“Não há nada a fazer, Dona Colá. Este menino é 
mesmo um caso de poesia”. 
(Carlos Drummond de Andrade, Histórias para o Rei - 10a 
ed. - Rio de Janeiro: Record, 2007) 
 
17 - No título do conto de Drummond, aparece 
uma figura de linguagem chamada 
A) Paradoxo. 
B) Metáfora. 
C) Preterição. 
D) Eufemismo. 
E) Antífrase. 
 
18 - No texto, ao se observar as relações 
gramaticais, identifica-se um desvio de: 
A) Concordância. 
B) Pontuação. 
C) Acentuação. 
D) Regência. 
E) Colocação Pronominal. 
 
TEXTO V 
Texto para as questões de 19 a 25 
 
REUNIÃO DE MÃES 
 Na reunião de pais só havia mães. Eu me sentiria 
constrangido em meio a tanta mulher, por mais 
simpáticas me parecessem, e acabaria nem 
entrando – se não pudesse logo distinguir, 
espalhadas no auditório, duas ou três presenças 
masculinas que partilhariam de meu ressabiado zelo 
paterno. 
 Sentei-me numa das últimas filas, para não 
causar espécie à seleta assembleia de progenitoras. 
Uma delas fazia tricô, e várias conversavam, já 
confraternizadas de outras reuniões. O Padre-Diretor 
tomou assento à mesa, cercado de professoras, e 
deu início à sessão. 
 Eu viera buscar Pedro Domingos para levá-lo ao 
médico, mas desta vez cabia-me também participar 
antes da reunião. Afinal de contas andava mesmo 
precisando de verificar pessoalmente a quantas o 
menino andava. 
 O Padre-Diretor fazia considerações gerais sobre 
o uniforme de gala a ser adotado. A gravatinha é 
azul? – perguntou uma das mães. Meia três-
quartos? – perguntou outra. E o emblema no 
bolsinho? – perguntou uma terceira. Outra ainda, à 
minha frente, quis saber se tinha pesponto – mas 
sua pergunta não chegou a ser ouvida. 
 Invejei-lhes a desenvoltura. Tive vontade de 
perguntar também alguma coisa, para tornar mais 
efetivo meu interesse de pai - mas temi aquelas 
mães todas voltando a cabeça, curiosas e 
surpreendidas, ante uma destoante voz de homem, 
meio gaguejante talvez de insegurança. Poderia 
também não ser ouvido - e se isso me acontecesse 
eu sumiria na cadeira. Além do mais, não me ocorria 
nada de mais prático para perguntar senão o que 
vinha a ser pesponto. 
 
 
 
 
 
 
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 Acabei concluindo que tanta perguntação 
quebrava um pouco a solene compostura que 
devíamos manter, como responsáveis pelo destino 
de nossos filhos. E dispensei-me de intervir, 
passando a ouvir a explanação do Padre-Diretor: 
 – Chegamos agora ao ponto que interessa: o 
quinto ano. Depois de cuidadosa seleção, foi dividido 
em três turmas – a turma 14, dos mais adiantados; a 
turma 13, dos regulares; e a turma 12, dos 
atrasados, relapsos, irrequietos, indisciplinados. Os 
da 13 já não são lá essas coisas, mas os da 12 
posso assegurar que dificilmente irão para frente, 
não querem nada com estudo. 
 Fiquei atento: em qual delas estaria o menino? 
Pensei que o Diretor ia ler a lista de cada turma – o 
meu certamente na 14. Não leu, talvez por 
consideração para com as mães que tinham filhos na 
12. Várias, que já sabiam disso, puseram-se a falar 
ao mesmo tempo: não era culpa delas; levavam 
muito dever para casa, não se habituavam com o 
semi-internato. Uma – a do tricô, se não me engano 
– chegou mesmo a se queixar do ensino dirigido, 
que a seu ver não estava dando resultado. Outra 
disse que tinha três filhos, faziam provas no mesmo 
dia, como prepará-los de uma só vez? O Padre 
Diretor sacudiu a cabeça, sorrindo com simpatia – 
não posso nem ao menos lastimar que a senhora 
tenha tanto filho. E voltou a falar nos relapsos, um 
caso muito sério. Não vai esse Padre dizer que meu 
filho está entre eles, pensei. Irrequieto, 
indisciplinado. Ah, mas ele havia de ver comigo: 
entre os piores! 
 E por que não? Quietinho, muito bem-mandado, 
filhinho do papai, maria vai com as outras ele não 
era mesmo não. Desafiei o auditório, acendendo um 
cigarro: ninguém tinha nada com isso. Criança ainda, 
na idade mesmo de brincar e não levar as coisas tão 
a sério. O curioso é que não me parecesse assim tão 
vadio – jogava futebol na rua, assistia à televisão, 
brincava de bandido, mas na hora de estudar o 
rapazinho estudava, então eu não via? Quem sabe 
se procurasse ajudá-lo, dar uma mãozinha ... Mas 
essas coisas que ele andava estudando eu já não 
sabia de cor, tinha de aprender tudo de novo. Outro 
dia, por exemplo, me embatucou perguntando se eu 
sabia como se chamam os que nascem na Nova 
Guiné. Ninguém sabe isso, meu filho, respondi 
gravemente. Ah, não sabe? Pois ele sabia: guinéu! 
Não acreditei, fui olhar no dicionário para ver se era 
mesmo. Era. Talvez estivesse na turma 13, bem que 
sabia lá uma coisa ou outra, o danadinho. 
 Agora o Diretorfalava na comida Da melhor 
qualidade, mas havia um que serviam problema - ao 
almoço. os meninos se recusavam a comer verdura, 
ele fazia questão que comessem, para manter dieta 
adequada. No entanto, algumas mães não 
colaboravam. Mandavam bilhetinhos pedindo que 
não dessem verdura aos filhos. 
 Eis algo que eu jamais soube explicar: por que 
menino não gosta de verdura? Quando menino eu 
também não gostava. 
 – Pedem às mães que mandem bilhetinhos, e não 
é só isso: usam qualquer recurso para não comer 
verdura. Hoje mesmo me apareceu um com um 
bilhete da mãe dizendo: não obrigar meu filho a 
comer verdura. Só que estava escrito com a letra do 
próprio menino. 
 Chegada era a hora de levá-lo ao médico - uma 
professora amiga foi buscá-lo para mim. 
 – Meu filho – perguntei, ansioso, assim que 
saímos: – Em que turma você está? Na 12 ou na 13? 
 – Na 14 – ele respondeu, distraído. Respirei com 
alívio: e nem podia ser de outra maneira, não era 
isso mesmo? 
 – Fico satisfeito de saber – comentei apenas. 
 Ele não perdeu tempo: 
 – Então eu queria te pedir um favor – aproveitou-
se logo: – Que você mandasse ao Padre-Diretor um 
bilhete dizendo que eu não posso comer verdura. 
(SABINO, Fernando. O homem nu Record, 2009.) 46ª ed. Rio de Janeiro. 
 
19 - Nos trechos “Depois de cuidadosa seleção, foi 
dividido em três turmas – a turma 14, dos mais 
adiantados; a turma 13, dos regulares; e a turma 
12, dos atrasados, relapsos, irrequietos, 
indisciplinados.” (7º§) e “Várias, que já sabiam 
disso, puseram-se a falar ao mesmo tempo: não 
era culpa delas [ ... ].” (8º§), os recursos coesivos 
em destaque classificam-se, respectivamente, 
como referenciais 
A) anafórico, catafórico e catafórico. 
B) catafórico, catafórico e anafórico. 
C) anafórico, anafórico e catafórico. 
D) catafórico, anafórico e anafórico. 
E) catafórico, catafórico e catafórico. 
 
20 - Em “Sentei-me numa das últimas filas, para 
não causar espécie à seleta assembleia de 
progenitoras.” (2º§) o termo destacado 
corresponde semanticamente a 
A) descontentamento. 
B) estranheza. 
C) dissimulação. 
D) algazarra. 
E) grosseria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 - Assinale a opção em que o comentário sobre 
o uso do sinal de pontuação está adequado ao 
contexto. 
A) “[ ... ] na turma 13, bem que sabia lá uma coisa 
ou outra, o danadinho.” (9º§) - As virgulas 
separam o aposto. 
B) “Uma - a do tricô, se não me engano chegou 
mesmo [ ... ].” (8º§) - Os travessões enunciam o 
discurso indireto livre. 
C) “[ ... ] muito bem mandado, filhinho de papai, 
maria vai com as outras [ ... ].” (9º§) - As 
virgulas separam termos de mesma função 
sintática. 
D) “[ ... ] Ninguém sabe isso, meu filho [ ... ].” (9º§) - 
A virgula separa o predicativo. 
E) “[ ... ] perguntei, ansioso, assim que saímos: - 
Em que turma [ ... ].” (14º§) - Os dois-pontos 
foram usados para anunciar uma citação. 
 
22 - Marque a opção em que o termo destacado 
exerce a mesma função sintática que o termo 
sublinhado no trecho a seguir: “Eu viera buscar 
Pedro Domingos para levá-lo ao médico, mas 
desta vez cabia-me também participar antes da 
reunião.” (3º§) 
A) Algum de vocês deve chegar mais cedo para a 
reunião. 
B) Outra pessoa qualquer poderia vir pegar o 
envelope. 
C) O caminho para a felicidade está dentro de nós. 
D) Ela, Antônia, foi muito solícita naquela situação. 
E) Aquele a quem me dirigi no jogo de futebol é 
meu irmão. 
 
23 - Assinale a opção em que o termo destacado 
faz o plural da mesma forma que bem-mandado. 
A) Grão-duque. 
B) Banana-maçã. 
C) Puro-sangue. 
D) Ar-condicionado. 
E) Arco-íris. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 - Assinale a opção em que a reescritura do 
trecho NÃO contraria a norma culta quanto à 
colocação pronominal. 
A) “Eu me sentiria constrangido em meio a tanta 
mulher [ ... ].” (1º§) - Eu sentir-me-ia 
constrangido em meio a tanta mulher [ ... ]. 
B) “[ ... ] e se isso me acontecesse eu sumiria na 
cadeira.” (5º§) - [ ... ] e se isso acontecesse-me 
eu sumiria na cadeira. 
C) “[ ... ] faziam provas no mesmo dia, como 
prepará-los de uma só vez?” (8º§) - [ ... ] faziam 
provas no mesmo dia, como os preparar de 
uma só vez? 
D) “O curioso é que não me parecesse assim tão 
vadio [ ... ].” (9º§) - O curioso é que não 
parecesse-me assim tão vadio [ ... ]. 
E) “[ ... ] uma professora amiga foi buscá-lo para 
mim.” (13º§) - [ ... ] uma professora amiga o foi 
buscar para mim. 
 
25 - Assinale a opção em que predomina o 
discurso indireto livre. 
A) “A gravatinha é azul? - perguntou uma das 
mães. Meia três-quartos? - perguntou outra. E o 
emblema no bolsinho? - perguntou uma 
terceira.” (4º§) 
B) “Várias, que já sabiam disso, puseram-se a falar 
ao mesmo tempo: não era culpa delas; levavam 
muito dever para casa, não se habituavam com 
o semi-internato.” (8º§) 
C) “Outra disse que tinha três filhos, faziam provas 
no mesmo dia, como prepará-los de uma só 
vez? O Padre-Diretor sacudiu a cabeça, 
sorrindo com simpatia [ ... ].” (8º§) 
D) “O curioso é que não me parecesse assim tão 
vadio - jogava futebol na rua, assistia à 
televisão, brincava de bandido, mas na hora de 
estudar [ ... ].” (9º§) 
E) “– Então eu queria te pedir um favor – 
aproveitou-se logo: – Que você mandasse ao 
Padre-Diretor um bilhete dizendo que eu não 
posso comer verdura.” (18º§) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 - De acordo com a Política Nacional de Defesa, 
em relação ao item “5 - O BRASIL”, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
A) A Amazônia brasileira, com seu grande 
potencial de riquezas minerais e de 
biodiversidade, é foco da atenção internacional. 
A garantia da presença do Estado e a 
vivificação da faixa de fronteira são dificultadas, 
entre outros fatores, pela baixa densidade 
demográfica e pelas longas distâncias. 
B) As dimensões continental, marítima e 
aeroespacial, esta sobrejacente às duas 
primeiras, são de suma importância para a 
Defesa Nacional. O controle do espaço aéreo e 
a sua boa articulação com os países vizinhos, 
assim como o desenvolvimento de nossa 
capacitação aeroespacial, constituem objetivos 
setoriais prioritários. 
C) O Brasil atribui prioridade aos países da 
América do Sul e da África, em especial aos da 
África Ocidental e aos de língua portuguesa, 
buscando aprofundar seus laços com esses 
países. 
D) A Constituição tem como um de seus princípios, 
nas relações internacionais, o repúdio ao 
antiterrorismo. 
E) A intensificação da cooperação com a 
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, 
integrada por oito países distribuídos por quatro 
continentes e unidos pelos denominadores 
comuns da história, da cultura e da língua, 
constitui outro fator relevante das nossas 
relações exteriores. 
 
27 - Na Marinha do Brasil é mantida, 
tradicionalmente, a antiga importância dos navios 
para o combate, os quais recebiam sua 
classificação de acordo com 
A) o número de conveses e canhões que 
dispunham. 
B) o efetivo de militares que compunham a 
guarnição. 
C) o número de cavernas existentes desde a proa 
até a popa. 
D) o material utilizado na construção dos 
compartimentos abaixo d'água do navio. 
E) a velocidade de cruzeiro. 
 
 
 
 
 
28 - Segundo o Estatuto dos Militares (Lei n° 6880, 
de 9 de dezembro de 1980), a ______ é a 
ordenação da autoridade, em níveis diferentes, 
dentro da estrutura das Forças Armadas. A 
ordenação se faz por postos ou graduações: 
dentro de um mesmo posto ou graduação se faz 
______ no posto ou na graduação. 
A) disciplina / pela antiguidade 
B) hierarquia naval / pelo tempo 
C) ética / pela antiguidade 
D) ética militar naval / pelo tempo 
E) hierarquia militar / pela antiguidade 
 
29 - De acordo com as Normas a Respeito das 
Tradições Navais, as fainas de bordo, ainda hoje, 
em especial as manobras que exigem 
coordenação e ordens contínuas de um Mestre ou 
Contramestre, são conduzidasA) somente com toques de apito. 
B) pela comunicação padrão utilizada na Marinha. 
C) pelos sinais padronizados pela Organização 
Marítima Internacional (OMI). 
D) pelos sinais de alarme, fonoclama, sino ou 
mesmo viva voz. 
E) somente por sinais de alarme ou sino. 
 
30 - Leia o extrato da Estratégia Nacional de 
Defesa (END) abaixo. 
I - Refere-se à reorganização da Base Industrial de 
Defesa, para assegurar que o atendimento às 
necessidades de tais produtos por parte das 
Forças Armadas apoie-se em tecnologias sob 
domínio nacional, preferencialmente as de 
emprego dual (militar e civil). 
II - Versa sobre a composição dos efetivos das 
Forças Armadas e, consequentemente, sobre o 
futuro do Serviço Militar Obrigatório. Seu propósito 
é zelar para que as Forças Armadas reproduzam, 
em sua composição, a própria Nação – para que 
elas não sejam uma parte da Nação, pagas para 
lutar por conta e em benefício das outras partes. 
 A END organiza-se em torno de três eixos 
estruturantes e os itens acima, tratam-se de 2 
(dois) desses 3 (três) eixos. Respectivamente, 
quais são eles? 
A) 1º e 2º 
B) 1º e 3º 
C) 2º e 3º 
D) 2º e 1º 
E) 3º e 2º 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 - A negação do uso do mar, do controle de 
áreas marítimas e a projeção do poder devem ter 
por foco, sem hierarquização de objetivos e de 
acordo com as circunstâncias, EXCETO: 
A) Criar e manter um controle aéreo, marítimo e 
terrestre na faixa que vai de Santos a Vitória e a 
área em torno da foz do Rio Amazonas. 
B) Capacidade de participar de operações 
internacionais de paz, fora do território e das 
águas jurisdicionais brasileiras, sob a égide das 
Nações Unidas ou de organismos multilaterais 
da região. 
C) Defesa proativa das plataformas petrolíferas. 
D) Defesa proativa das instalações navais e 
portuárias, dos arquipélagos e das ilhas 
oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras. 
E) Prontidão para responder a qualquer ameaça, 
por Estado ou por forças não convencionais ou 
criminosas, às vias marítimas de comércio. 
 
32 - De acordo com as diretrizes da Estratégia 
Nacional de Defesa, assinale a opção 
INCORRETA. 
A) Fortalecer três setores de importância 
estratégica: o espacial, o cibernético e o 
nuclear. Esse fortalecimento assegurará o 
atendimento ao conceito de 
monitoramento/controle. 
B) Estimular a integração da América do Sul. 
C) Dissuadir a concentração de forças hostis nas 
fronteiras terrestres, nos limites das águas 
jurisdicionais brasileiras, e impedir-lhes o uso do 
espaço aéreo nacional. 
D) Estruturar o potencial estratégico em torno de 
capacidades. 
E) Preparar as Forças Armadas para 
desempenharem responsabilidades crescentes 
em operações de manutenção de paz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 - De acordo com as Normas a Respeito das 
Tradições Navais, em relação aos Alamares e as 
Condecorações e medalhas, marque ( V ) para 
verdadeiro ou ( F ) para falso nas afirmativas 
abaixo e assinale a alternativa correta. 
 
ALAMAR 
 
(....) Teve sua origem nos primórdios da marinha a 
vela. 
(....) É constituído por um pequeno cabo (cordel) 
dos ajudantes dos cavaleiros medievais, e pela 
corrente, que as autoridades navais usavam para 
pendurar os apitos. 
(....) Os Oficiais Chefes de Estado-Maior e Oficiais 
do Gabinete de uma autoridade naval também 
usam esse símbolo, por serem seus ajudantes 
mais diretos. 
 
CONDECORAÇÕES E MEDALHAS 
 
(....) São usadas no lado direito do peito pelos 
oficiais do Gabinete Militar da Presidência da 
República. 
(....) O costume, que não é apenas naval, vem do 
tempo das cruzadas, quando os cavaleiros traziam 
a insígnia de sua Ordem (Ordens da Cavalaria). 
A) ( F ) ( F ) ( V ) ( F ) ( V ) 
B) ( V ) ( F ) ( V ) ( V ) ( F ) 
C) ( V ) ( V ) ( F ) ( V ) ( F ) 
D) ( F ) ( V ) ( V ) ( F ) ( V ) 
E) ( F ) ( V ) ( F ) ( F ) ( F ) 
 
34 - Para priorizar a região amazônica, qual órgão 
deverá atuar integradamente com as Forças 
Armadas, a fim de fortalecer o monitoramento, o 
planejamento, o controle, a logística, a mobilidade 
e a presença na Amazônia brasileira? 
A) SISDABRA. 
B) COMDABRA. 
C) CENSIPAM. 
D) SEPROD. 
E) SISBIN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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35 - De acordo com a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, o tempo de duração 
do estado de defesa não será superior a trinta 
dias, podendo ser prorrogado uma vez se 
persistirem as razões que justificaram a sua 
decretação, por 
A) período igual ou superior. 
B) por 10 dias. 
C) por 15 dias. 
D) por 2 meses. 
E) período igual. 
 
36 - “As Forças Armadas são Instituições 
Nacionais, _______ e _______, organizadas com 
base na hierarquia e na disciplina, sob a 
autoridade suprema do Presidente da República e 
destinam-se _______, à garantia dos poderes 
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, 
da lei e da ordem. 
A) Temporárias / irregulares / ao controle do 
estado 
B) Temporárias / regulares / à defesa dos estados 
C) Permanentes / irrestritas / á defesa das cidades 
D) Permanentes / irregulares / ao combate 
iminente 
E) Permanentes / regulares / à defesa da Pátria 
 
37 - De acordo com a Lei Complementar nº 97, de 
9 de junho de 1999, a Marinha, o Exército e a 
Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar 
e civil, fixados em lei, e dos meios orgânicos 
necessários ao cumprimento de sua destinação 
constitucional e atribuições subsidiárias. 
 Constituem reserva das Forças Armadas o 
pessoal sujeito a incorporação, mediante 
mobilização ou convocação, pelo 
A) pelo Ministério da Defesa, por intermédio da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem 
como as organizações assim definidas em lei. 
B) Estado-Maior de cada Força Armada. 
C) Conselho Militar de Defesa. 
D) Congresso Nacional. 
E) Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. 
 
 
 
 
 
 
 
38 - De acordo com as Tradições Navais na 
Marinha do Brasil, em relação à Hierarquia Naval, 
assinale a alternativa correta. 
A) As funções internas nos navios cabem aos 
tenentes (em hierarquia ascendente: 2° 
Tenente, 1° Tenente e Capitão-Tenente) e 
praças (em hierarquia ascendente: Marinheiro, 
Cabo, 3º Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento e 
Suboficial). 
B) No Brasil, o estabelecimento de formação de 
oficiais do Corpo da Armada, de Intendentes e 
de Fuzileiros Navais é a Colégio Naval. Seus 
alunos são Aspirantes e dela saem, ao 
concluírem o curso, como Guardas-Marinha. 
C) A formação de praças é realizada pelas Escolas 
de Aprendizes-Marinheiros. Os alunos dessas 
Escolas, após o término do curso, são 
nomeados Marinheiros Especializados. 
D) Almirantes, precipuamente, comandam Forças 
Navais, grupamentos de navios. Sua hierarquia 
deve definir a importância funcional do 
grupamento. Os postos de Almirantes, em 
sequência ascendente são: Vice-Almirante, 
Contra-Almirante e Almirante de Esquadra. 
E) Nos navios de maior importância há, ainda, 
oficiais superiores que exercem funções 
internas, geralmente na chefia de 
Departamentos. Navios menores que as 
corvetas, em geral, são comandados por 
Capitães de Corvetas. 
 
39 - De acordo com a Lei Complementar nº 97, de 
9 de junho de 1999, a quem compete assessorar o 
Ministro de Estado da Defesa na condução dos 
exercícios conjuntos e quanto à atuação de forças 
brasileiras em operações de paz, além de outras 
atribuições que lhe forem estabelecidas pelo 
Ministro de Estado da Defesa. 
A) O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. 
B) O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças 
Armadas. 
C) O Conselho Nacional de Defesa. 
D) O Conselho Militar de Defesa. 
E) Os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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40 - Leia o texto abaixo. 
“No hemisfério sul, a estrela Polar, que marca o 
pólo norte celeste, não é visível e a estrela Alfa do 
Cruzeirodo Sul (a mais brilhante desta 
constelação), que ocupa a posição no céu mais 
próxima do pólo sul celeste, não está 
suficientemente próxima para ser uma referência 
para a navegação. A melhor forma de calcular a 
latitude nesse hemisfério era observando o Sol em 
sua passagem meridiana, ou seja, medindo em 
graus sua altura, quando ele passa pelo ponto 
mais alto do céu, no local onde se está. Os 
navegadores da época das Grandes Navegações 
faziam isto muito bem, utilizando instrumentos 
náuticos.” 
 De acordo com o enunciado acima, qual dos 
equipamentos abaixo, servia para medir o ângulo 
entre o Sol em sua passagem meridiana e a 
vertical e foi considerando o mais importante a 
bordo. 
A) O quadrante. 
B) O sextante. 
C) O astrolábio. 
D) A bússola. 
E) O cronômetro. 
 
41 - Permanece, no Cerimonial da Bandeira, o 
costume dos sete vivas, pelo apito do marinheiro. 
Durante o içar ou arriar da Bandeira, o Mestre ou 
Contramestre, dependendo da ocasião, faz soar 
sete vezes o apito, correspondendo aos sete vivas, 
que é a maior saudação por apito. Qual das 
alternativas abaixo apresenta a origem desta 
honra? 
A) É a lembrança dos antigos sete tiros das 
fragatas e navios menores, que constituíam a 
maior salva. 
B) Teve origem na Real Marinha espanhola. 
C) É uma reminiscência da antiga forma de 
recepção a uma autoridade a bordo dos navios. 
D) Sinais para indicar a substituição da Bandeira 
Nacional inglesa nos seus navios. 
E) Utilizados antigamente no navios a vela, para a 
coordenação da troca de armação do seu 
velame. 
 
 
 
 
 
 
42 - Leia o texto a abaixo. 
 “Conhecido outrora pelo nome de Lusitânia, a 
região que hoje é Portugal foi originalmente 
habitada por populações iberas de origem indo-
européia. Mais tarde, foi ocupada, 
sucessivamente, por fenícios (século XII a.C.), 
gregos (século VII a.C.), cartagineses (século III 
a.C.), romanos (século II a.C.) e, posteriormente, 
pelos visigodos (povo germânico, convertido ao 
cristianismo no século VI), desde do ano de 624. 
 Em 711, a região foi conquistada pelos 
muçulmanos, impulsionados por sua política de 
expansionismo, tendo como base uma coligação 
formada por árabes, sírios, persas, egípcios e 
berberes, estes em maioria, todos unidos pela fé 
islâmica e denominados mouros. Quase a 
totalidade da península caiu em mãos dos mouros 
que, em seu avanço, só foram bloqueados quando 
tentaram invadir a França. 
 A resistência aos invasores só ganhou força a 
partir do século XI, após a formação dos reinos 
cristãos ao norte, como Leão, Castela, Navarra e 
Aragão. A guerra deflagrada contra os mouros 
contou com o apoio de grande parte da 
aristocracia européia, atraída pelas terras que a 
conquista lhes proporcionaria. 
 A origem do próprio Estado português se deu 
com a formação do Condado Portucalense, sob o 
domínio de um Nobre. Este nobre, tendo o 
senhorio de ampla região entre os rios Minho e 
Mondengo, procurou reforçar, através da luta 
contra os mouros, seu poderio sobre os demais 
senhores de terras daquela área, bem como 
conseguir autonomia frente aos interesses do 
vizinho reino de Leão, a cujo soberano, com já foi 
dito, devia vassalagem.” 
 O enunciado acima, refere-se à origem da 
Lusitânia, sob o domínio de 
A) Afonso VI. 
B) Dom João VI. 
C) Raimundo de Borgonha. 
D) Dom Afonso Henriques. 
E) Dom Henrique de Borgonha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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43 - “Os luso-espanhóis conseguiram, desta vez, 
ficar prontos antes dos holandeses e, em 22 de 
novembro, partiu de Lisboa uma armada composta 
por 25 galeões, dez naus, dez urcas, seis 
caravelas, dois patachos e quatro navios menores, 
tendo a bordo 12.500 marinheiros e soldados. 
Como comandante-geral, ia D. Fradique de Toledo 
Osório, Marquês de Villanueva de Valdueza. 
A armada luso-espanhola chegou a Salvador 
em 29 de março de 1625. Era a maior força naval 
que até aquela data atravessara o Atlântico. 
Cerca de 20 navios holandeses se abrigavam sob 
a proteção dos fortes e a cidade estava defendida 
pelas tropas holandesas. Logo, iniciou-se o ataque 
luso-espanhol, que, pela superioridade de forças, 
não poderia encontrar muita resistência.” 
“Introdução à História Marítima Brasileira” 
 A expedição acima, foi composta de vários 
fidalgos, tanto portugueses quanto espanhóis, 
voluntários para defender a causa da coroa ibérica 
e foi denominada de Jornada 
A) Ibérica. 
B) luso-espanhola. 
C) do Galeão. 
D) dos Vassalos. 
E) das Canoas. 
 
44 - Analise o texto abaixo. 
 “A fronteira do Sul do Brasil demorou a ser 
definida devido à ferrenha disputa travada entre 
Portugal e Espanha, que tinham interesse em 
dominar a estratégica região platina. Para 
consolidar o domínio da região, os dois reinos 
travavam diversas batalhas - nas quais o poder 
naval de ambos os lados foi muito empregado - e 
vários acordos foram firmados.” 
 Qual foi o tratado assinado entre Portugal e 
Espanha que estabeleceu a restituição a Portugal 
da ilha de Santa Catarina, porém os lusos 
perderam a Colônia do Santíssimo Sacramento e a 
região dos Sete Povos das Missões, deixando os 
espanhóis com o domínio exclusivo do Rio da 
Prata? 
A) Tratado de Lisboa (1681). 
B) Tratado de Utrecht (1715). 
C) Tratado de Madri (1750). 
D) Tratado de Santo Ildefonso (1777). 
E) Tratado de Badajós (1801). 
 
 
 
45 - Segundo o Estatuto dos Militares (Lei n° 6880, 
de 9 de dezembro de 1980), coloque F (falso) ou V 
(verdadeiro) nas afirmativas abaixo, em relação à 
precedência entre as praças especiais e as demais 
praças, assinalando a seguir a opção correta. 
(.....) Os Guardas-Marinha e os Aspirantes a Oficial 
são hierarquicamente superiores às demais 
praças. 
(.....) Os Aspirantes, alunos da Escola Naval, e os 
alunos da AMAN e da Academia da FA (Cadetes), 
bem como os alunos da Escola de Oficiais 
Especialistas da Aeronáutica, são 
hierarquicamente superiores aos 
Suboficiais/Subtenentes. 
(.....) Os alunos do Colégio Naval e da Escola 
Preparatória de Cadetes têm precedência sobre os 
Sargentos, aos quais são equiparados. 
(.....) Os alunos dos órgãos de formação de oficiais 
da reserva, têm sempre precedência sobre os 
Cabos, aos quais são equiparados. 
(.....) Os CB têm precedência sobre os alunos das 
Escolas ou dos Centros de Formação de 
Sargentos, que a eles são equiparados, 
respeitada, no caso de militares, a antiguidade 
relativa. 
A) ( V ) ( F ) ( V ) ( V ) ( F ) 
B) ( V ) ( V ) ( F ) ( F ) ( V ) 
C) ( F ) ( F ) ( V ) ( F ) ( V ) 
D) ( F ) ( V ) ( F ) ( F ) ( V ) 
E) ( V ) ( V ) ( F ) ( V ) ( F ) 
 
46 - De acordo com as Normas a Respeito das 
Tradições Navais, uniformes e seus acessórios, os 
Cabos e Marinheiros usam uniformes, brancos ou 
azuis, de gola, e na cabeça, bonés sem pala. Os 
de trabalho são de cor mescla, com chapéus 
redondos típicos, de cor branca, chamados 
A) caxambá. 
B) capanga. 
C) caranga. 
D) caxangá. 
E) carandá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIMULADO 3 – SMV–RM2–OFICIAIS/2020 - CURSO ASCENSÃO 
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47 - Analise o texto abaixo. 
“A SITUAÇÃO EM 1940 
 O nosso Poder Naval possuía limitações 
operacionais importantes. 
 A verdade é que não se equipam e treinam 
forças navais sem verbas condizentes que eram 
seguidamente preteridas pelo governo getulista. 
 As grandes preocupações do nosso Estado-
Maior da Armada eram defesa de nossa enorme e 
desprotegida costa marítima e fundamentalmente 
a proteção das linhas de comunicação, vitais para 
a conservação de nossas artérias comerciais com 
o exterior e para manutenção das linhas de 
cabotagem. Devemos observar que no ano de 
1940 esse tipo de transporte era fundamental, pois 
não existia uma única comunicação terrestre entre 
Belém e São Luís, entre Fortaleza e Natal e entre 
Salvador e Vitória. 
 “Introdução à História Marítima Brasileira” 
Linhas de cabotagem - Linhas de comunicação marítima ao 
largo da costa, geralmente ligando portos nacionais. 
 
 De acordo com o textoacima, no início da 
guerra na Europa, o Brasil contava com 
A) praticamente os mesmos navios da Primeira 
Guerra Mundial. 
B) navios modernos adquiridos dos EUA e 
Inglaterra. 
C) navios modernos adquiridos dos EUA e 
Inglaterra e com os navios modernizados após 
a Primeira Guerra Mundial. 
D) uma Esquadra altamente equipada e 
modernizada. 
E) uma Esquadra ultrapassada, porém, com a 
aviação naval e a Força de Submarino 
altamente modernizadas e equipadas. 
 
48 - Com relação ao cargo militar, consideram-se 
também vagos os cargos militares cujos ocupantes 
tenham, com exceção: 
A) falecido. 
B) sido considerados extraviados. 
C) sido feitos prisioneiros. 
D) sido feitos presos de comando (administrativos). 
E) sido considerados desertores. 
 
 
 
 
 
49 - Os valores militares influenciam, de forma 
consciente ou inconsciente, o comportamento e, 
em particular, a conduta pessoal de cada 
integrante das Forças Armadas. De acordo com o 
disposto no artigo nº 27 do Estatuto dos Militares 
(lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980), assinale 
a opção que apresenta manifestação essencial do 
valor militar. 
A) A probidade e a lealdade em todas as 
circunstâncias. 
B) O rigoroso cumprimento das obrigações e das 
ordens. 
C) O culto das tradições históricas e o civismo. 
D) A disciplina e o respeito à hierarquia. 
E) O culto aos Símbolos Nacionais. 
 
50 - De acordo com VIDIGAL em “A Evolução 
tecnológica no setor naval na segunda metade do 
século XIX e as consequências para a Marinha do 
Brasil”, a última grande batalha naval envolvendo 
apenas navios a vela ocorreu 
A) em 1862, na Batalha de Hampton Roads, entre 
o Monitor e o Virgínia (ex-Merrimack), na 
Guerra de Secessão nos Estados Unidos (1861-
65). 
B) em 1866, na Batalha de Lisa durante a Guerra 
Austro-Prussiana, a Esquadra italiana – a Itália 
era aliada da Prússia –, sob o comando do 
Almirante Conde Carlo de Persano, e a 
Esquadra austríaca, sob o comando do 
Almirante Von Tegeuhoff. 
C) em 1853, na Batalha naval de Sinop, na cidade 
de Sinope, um porto marítimo, no norte da 
Turquia, localizada ao lado do Mar Negro, onde 
os navios da Marinha Imperial Russa em 
patrulha, destruíram as fragatas da Marinha 
Otomana ancorados no porto. 
D) em 1759, na Batalha da Baía de Quiberon, onde 
assegurou o êxito anglo-saxão na luta com a 
França pelo domínio da América do Norte e da 
Índia. 
E) em 1827, na Baía de Navarino, quando uma 
força naval combinada da Inglaterra, França e 
Rússia, destruiu a Esquadra turco-egípcia, 
assegurando a independência da Grécia, 
liberada então do domínio turco (Guerra da 
Independência da Grécia; 1821-27). 
 
 
 
 
 
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