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O GÊNERO NARRATIVO

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A NARRATIVA
1
A centralidade cultural da narrativa
“As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo” (CULLER, 1999, p. 84)
“Entendemos os acontecimentos através de histórias possíveis. [...] As estruturas narrativas estão em toda parte” (CULLER, 1999, p. 84-85)
“Há um impulso humano básico de ouvir e narrar histórias. Muito cedo, as crianças desenvolvem o que se poderia chamar de uma competência narrativa básica [...]” (CULLER, 1999, p. 85)
As fontes do gênero narrativo
“Aristóteles, em sua Poética, opõe uma mímese na qual as personagens são representadas diretamente (o dramático), uma outra forma de imitação em que a ação é contada por um narrador (o narrativo)” (STALLONE, 2001, p, 73)
“A forma épica de narrar […] tem nas epopéias de Homero (meados do século IX a.C.) — a Ilíada e a Odisséia — as suas primeiras manifestações. Nelas situam-se também as fontes do gênero narrativo”. (SOARES, 2007, p. 39)
“Em qualquer dessas formas, ora perfeitamente delineados e identificáveis, ora desestruturados e camuflados, o enredo, as personagens, o espaço, o tempo, o ponto de vista da narrativa constituem os elementos estruturadores do romance”. (SOARES, 2007, p. 43)
Teoria da narrativa (narratologia)
“A teoria da narrativas (‘narratologia’) é um ramo ativo da teoria literária e o estudo literário se apoia em teorias da estrutura narrativa: em noções de enredo, de diferentes tipos de narradores, de técnicas narrativas. A poética da narrativa [...] tanto tenta compreender os componentes da narrativa quanto analisa como narrativas específicas obtêm seus efeitos” (CULLER, 1999, p. 85)
“A teoria da narrativa poderia ser concebida, então, como uma tentativa de explicar detalhadamente, tornar explícita, essa competência narrativa [...]” (CULLER, 1999, p. 85).
Quais os requisitos de uma história, do ponto de vista dos elementos?
“Aristóteles diz que o enredo é o traço mais básico da narrativa, que as boas histórias devem ter um começo, meio e fim e que elas dão prazer por causa do ritmo de sua ordenação” (CULLER, 1999, p. 85)
“[...] um enredo exige uma transformação. Deve haver uma situação inicial, uma mudança envolvendo algum tipo de virada e uma resolução que marque a mudança como sendo significativa. [...] Uma mera sequência de acontecimentos não faz uma história. Deve haver um final que se relacione com o começo [...]” (CULLER, 1999, p. 85-86)
“A teoria da narrativa postula a existência de um nível de estrutura – o que geralmente chamamos de ‘enredo’ – independentemente de qualquer linguagem específica ou meio representacional” (CULLER, 1999, p. 86)
Quem fala?
“Por convenção, diz-se que toda narrativa tem um narrador, que pode se colocar fora da história ou ser um personagem dentro dela” (CULLER, 1999, p. 87-88)
Narrador em primeira pessoa;
Narrador em terceira pessoa.
Quem fala para quem?	
“O autor cria um texto que é lido pelos leitores. Os leitores inferem a partir do texto um narrador, uma voz que fala. O narrador se dirige a ouvintes que às vezes são subentendidos ou construídos, às vezes explicitamente indicados [...]. O público do narrador é muitas vezes chamado de narratário.” (CULLER, 1999, p. 88)
Quem fala quando?
“A narração pode estar situada na época em que os eventos ocorrem [...] A narração pode se seguir imediatamente a acontecimentos específicos, como os romances epistolares [...]. Ou, como é mais comum, a narração pode ocorrer depois dos acontecimentos finais da narrativa, à medida que o narrador olha em retrospecto para a sequência inteira” (CULLER, 1999, p. 88-89)
Quem fala que linguagem?
As vozes narrativas podem ter sua própria linguagem distintiva, na qual narram tudo na história, ou podem adotar e relatar a linguagem de outros. [...] a essência do romance é sua encenação de diferentes vozes ou discursos e, portanto, do embate de perspectivas sociais e pontos de vista” (CULLER, 1999, p. 89)
Quem fala com que autoridade?
“Narrar uma história é reivindicar uma certa autoridade, que os ouvintes concedem. Os narradores são às vezes chamados de não confiáveis quando fornecem informações suficientes sobre situações e pistas a respeito de suas predisposições para nos fazer duvidar de suas interpretações dos acontecimentos, ou quando encontramos motivos para duvidar que o narrador partilha os mesmos valores que o autor. Os teóricos falam de narração auto-reflexiva quando os narradores discutem o fato de que estão narrando uma história, hesitam sobre como contá-la ou até mesmo ostentam o fato de que podem determinar como a história vai acabar” (CULLER, 1999, p. 89-90). 
Quem vê?
A questão “quem fala” é diferente da questão “quem vê”. O focalizador pode ou não ser o mesmo que o narrador. A focalização diz respeito a perspectiva de quem os acontecimentos são enfocados e apresentados. Há as seguintes variáveis:
Temporal;
Distancia e velocidade;
Limitações de conhecimento.
O que faz com que uma história “valha a pena”?
“Primeiro, elas dão prazer – prazer, nos diz Aristóteles, através da sua imitação da vida e de seu ritmo. O desenho narrativo que produz uma reviravolta, como quando quem morde é mordido ou vira-se a mesa, dá prazer em si mesmo e muitas narrativas têm essencialmente essa função: divertir os ouvintes dando uma virada em situações familiares” (CULLER, 1999, p. 92).
“O prazer da narrativa se vincula ao desejo [...]: queremos descobrir segredos, saber o final, encontrar a verdade” (CULLER, 1999, p. 92-93).
O que faz com que uma história “valha a pena”?
“[...] as histórias também têm a função, como enfatizam os teóricos, de nos ensinar sobre o mundo, nos mostrando como ele funciona, nos possibilitando – através dos estratagemas da focalização – ver as coisas de outros pontos de vista e entender as motivações dos outros que, em geral, são opacas para nós” (CULLER, 1999, p. 93).
GÊNEROS NARRATIVOS
O romance:
O romance, forma literária dominante hoje, é um gênero recente. Deve-se buscar sua origem nas vizinhanças da epopeia e das outras formas narrativas primitivas [...]” (STALLONE, 2001, p. 91)
A novela
“É a forma narrativa intermediária, em extensão, entre o conto e o romance. Sendo mais reduzida que o romance, tem todos os elementos estruturadores deste, em número menor. Por esse sentido de economia constrói-se um enredo unilinear, faz-se predominar a ação sobre as análises e as descrições e são selecionados os momentos de crise, aqueles que impulsionam rapidamente a diegese para o final. Note-se que clímax e desfecho coincidem na novela autenticamente estruturada” (SOARES, 2007, p. 55)
O conto:
“É a designação da forma narrativa de menor extensão e se diferencia do romance e da novela não só pelo tamanho, mas por características estruturais próprias. Ao invés de representar o desenvolvimento ou o corte na vida das personagens, visando a abarcar a totalidade, o conto aparece como uma amostragem, como um flagrante ou instantâneo, pelo que vemos registrado literariamente um episódio singular e representativo. (SOARES, 2007, p. 54)
Epopeia:
“Sendo a epopéia uma longa narrativa literária de caráter heróico, grandioso e de interesse nacional e social, ela apresenta, juntamente com todos os elementos narrativos (o narrador, o narratário, personagens, tema, enredo, espaço e tempo), uma atmosfera maravilhosa que, em torno de acontecimentos históricos
passados, reúne mitos, heróis e deuses, podendo-se apresentar em prosa (como as canções de gesta medievais) ou em verso (como Oslusíadas)” (SOARES, 2007, p. 39). 
Para pensar...
A narrativa é uma forma fundamental de conhecimento (dando conhecimento do mundo através de sua busca de sentido) ou é uma estrutura retórica que distorce tanto quanto revela?
A narrativa é uma fonte de conhecimento ou de ilusão?

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