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VIVIANELORENA_MONOGRAFIA_ARQUITETURA2018 2

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VIVIANE LORENA DA SILVA 
NOVEMBRO 2018 
Centro Universitário Facex 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Trabalho de Conclusão de Curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LAÇO: 
LAZER E CULTURA PARA A ZONA NORTE DE NATAL/RN 
 
 
 
 
 
ORIENTANDO: Viviane Lorena da Silva 
ORIENTADORA: Prof.: Mª Emanuelle Albuquerque de Oliveira Souza 
 
 
 
NATAL/ RN 
NOVEMBRO – 2018 
 
3 
 
ORIENTANDO: VIVIANE LORENA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
LAÇO: 
LAZER E CULTURA PARA A ZONA NORTE DE NATAL/RN 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à disciplina Trabalho 
de Conclusão de Curso II, como requisito para 
conclusão do curso de Arquitetura e 
Urbanismo do Centro Universitário FACEX 
 
 
 
 
 
NATAL 
NOVEMBRO – 2018 
 
4 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SILVA, Viviane Lorena da. 
 Laço: Lazer e cultura para a Zona Norte de Natal, RN / Viviane Lorena da Silva. – Natal, RN, 2018. 
 98 f. 
 
 Orientador: Prof. Mª Emanuelle Albuquerque de Oliveira Souza. 
 
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Centro Universitário Unifacex. Curso de Graduação em 
Arquitetura e Urbanismo. 
 
 1. Centros culturais – Monografia. 2. Lazer – Monografia. 3. Espaços públicos – Monografia. 4. Zona Norte de 
Natal – Monografia. I.SOUZA, Emanuelle Albuquerque de Oliveira. II. Centro Universitário Unifacex. III. Título. 
 
 
 
 
5 
 
Viviane Lorena da Silva 
 
LAÇO: 
LAZER E CULTURA PARA A ZONA NORTE DE NATAL/RN 
 
 
Monografia apresentada ao Curso Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro 
Universitário Unifacex, como requisito para conclusão do curso. 
 
APROVADA EM: / /2018 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________________________________________ 
Prof. Mª Emanuelle Albuquerque de Oliveira Souza - UNIFACEX 
(ORIENTADORA) 
 
______________________________________________________________ 
Prof. Mª. Eriem Allyne Medeiros Azevedo - UNIFACEX 
(MEMBRO INTERNO) 
 
______________________________________________________________ 
Flávio Rodrigo de Araújo Bulhões – Arquiteto e Urbanista 
(MEMBRO EXTERNO) 
 
 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus, primeiramente, por ter me dado a oportunidade, a força e sabedoria para 
chegar até aqui. 
A minha mãe, que é meu porto seguro, quem sempre faz e fez tudo por mim. 
Obrigada por toda paciência, apoio e amor incondicional durante toda a minha vida e, 
principalmente, durante esses 5 anos. 
A minha orientadora, Emanuelle Albuquerque, pela paciência, incentivos e 
orientações. 
A Fenea, por ter me proporcionado viagens e momentos incríveis ao longo dessa 
jornada e me apresentado pessoas maravilhosas do mesmo curso tanto de Natal, quanto 
de outros estados, bem como ter aberto os meus horizontes de pensamento. 
Aos meus amigos de curso, em especial os quais dividi noites de trabalho e 
desespero em claro. Aos que não são da minha turma, mas, também estiveram 
presentes e, principalmente a quem esteve comigo nessa reta final, tornando a 
caminhada do TCC menos solitária: Dallyana, Evellyn, Carol, Amanda e Joyce. 
Agradeço também aos amigos de fora da universidade, por aguentarem meus 
estresses, ausências e reclamações durante os 5 anos. E, a todos que direta ou 
indiretamente contribuíram na minha formação. 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Será possível amar a coletividade sem nunca ter 
amado profundamente criaturas humanas 
individuais? 
(Antonio Gramsci) 
 
 
 
 
8 
 
RESUMO 
Este trabalho consiste no produto final apresentado como Trabalho de Conclusão de 
Curso de Arquitetura e Urbanismo no Unifacex e tem como objetivo apresentar a proposta 
de um anteprojeto de um centro cultural e de lazer de uso público, para a Zona Norte de 
Natal/RN. A escolha do tema se justifica pela observação da deficiência de espaços 
culturais e de lazer públicos de qualidade na cidade do Natal em sua totalidade, no 
entanto, as áreas mais carentes economicamente são as mais afetadas, como é o caso 
da Zona Norte. Neste volume monográfico estão apresentados: os estudos relativos ao 
referencial teórico, que expõem a importância dessas atividades na sociedade, assim 
como, os referenciais projetuais - diretos e indiretos, os condicionantes projetuais que 
lastreiam a proposta e, por fim, o memorial descritivo da proposta. Como resultado 
desses estudos, temos um anteprojeto que teve como ponto de partida a integração de 
múltiplos usos em um único equipamento com estrutura permeável, que oferece aos 
usuários um espaço de qualidade. 
Palavras-chave: Centros culturais; Lazer; Espaços públicos; Zona Norte de Natal. 
Número de páginas: 98 
 
 
9 
 
ABSTRACT 
This work consists of the final product presentes as work of conclusion of Architecture and 
Urbanism course at Unifacex, which aims to present the proposal of a preliminary project 
of a cultural and leisure center of public use, for the North Zone of Natal/RN. The choice 
of theme is justified by the observation of the deficiency of quality public cultural and 
leisure spaces in the city of Natal in its entirety, however, the most economically 
disadvantaged areas are the most affected, as is the case of the Northern Zone. In this 
monographic volume are presented the studies related to the theoretical reference, which 
expose the importance of these activities in society, as well as the direct and indirect 
projects references, the projects conditioning that supports the proposal and, finally, the 
descriptive memorial of the proposal. As a result of these studies, we have a preliminary 
project that had as a starting point the integration of multiple uses into a single equipment 
with permeable structure, which offers users a space of quality. 
Keywords: cultural centers; leisure; Public spaces; North Zone of Natal. 
Number of pages: 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Localização do parque das dunas (Em destaque)...................................... 3 
Figura 2: Localização do Parque da Cidade (Em destaque)........................................3 
Figura 3: Localização do Ginásio Arena do morro.....................................................11 
Figura 4: Plano uma visão para Mãe Luiza................................................................12 
Figura 5: Estacionamento.......................................................................................... 13 
Figura 6: Planta Baixa – Ginário arena do morro...................................................... 14 
Figura 7: Sanitário Aessível....................................................................................... 14 
Figura 8: lavatório sem acessibilidade...................................................................... 14 
Figura 9: Cobertura geral do Ginásio.........................................................................15 
Figura 10: Laje com furos para entrada de iluminação natural..................................15 
Figura 11: Parede em blocos de concreto..................................................................16 
Figura 12: Blocos de concreto sendo moldados in-loco............................................ 16 
Figura 13: Sala Multiuso – vista externa................................................................... 17 
Figura 14: Sala multiuso mobiliada............................................................................18 
Figura15: Arquibancadas...........................................................................................18 
Figura 16: Quadra Poliesportiva................................................................................19 
Figura 17: Localização do Centro Cultural e Biblioteca.............................................20 
Figura 18: Fachada com pintura danificada...............................................................21 
Figura 19: Vegetação em crescimento.......................................................................21
Figura 20: Bancos em concreto (Em destaque).........................................................22 
 
11 
 
Figura 21: Entrada de pedestres, rampa em destaque..............................................23 
Figura 22: Circulação interna - Acesso ao auditório...................................................23 
Figura 23: Cabine ......................................................................................................24 
Figura 24: Cabine de maiores dimensões................................................................. 24 
Figura 25: Cabine interditada.................................................................................... 24 
Figura 26: Bancada com cubas - BWC Fem............................................................ 24 
Figura 27: Bancada com cubas - BWC Mas............................................................. 25 
Figura 28: Jardim de inverno no refeitório................................................................. 25 
Figura 29: Mobiliário do refeitório.............................................................................. 25 
Figura 30: Prateleiras................................................................................................ 26 
Figura 31: Mesas e cadeiras..................................................................................... 26 
Figura 32: Janelas da biblioteca................................................................................ 27 
Figura 33: Iluminação artificial na biblioteca...............................................................27 
Figura 34: Prateleiras: Espaço infanto- juvenil.......................................................... 28 
Figura 35: Cadeiras e mesas: Espaço infanto – juvenil............................................ 28 
Figura 36: Cadeiras: Espaço infanto – juvenil........................................................... 28 
Figura 37: Janelas do espaço infanto – juvenil......................................................... 29 
Figura 38: Mobiliário da gibiteca............................................................................... 30 
Figura 39: Janelas da gibiteca.................................................................................. 30 
Figura 40: Sala de aula de braile.............................................................................. 31 
Figura 41: Platéia do auditório.................................................................................. 32 
 
12 
 
Figura 42: Janelas e ar – condicionados.................................................................. 32 
Figura 43: Cobertura geral do CCHC....................................................................... 34 
Figura 44: Entre - Espaço; Representação de uso 01.............................................. 35 
Figura 45: Entre - Espaço; Representação de uso 02...............................................35 
Figura 46: Planta Baixa 01- CCHC............................................................................ 36 
Figura 47: Planta Baixa 02 – CCHC.......................................................................... 37 
Figura 48: Setorização de usos................................................................................. 38 
Figura 49: Eixo central do CEU Pimentas................................................................. 39 
Figura 50: Praças existentes em Natal - destaque para a zona Norte e bairro 
Potengi...................................................................................................................... 42 
Figura 51: Localização - área de lazer do panatis e ginásio Nélio Dias.................... 43 
Figura 52: Banco quebrado....................................................................................... 44 
Figura 53: Trave enferrujada..................................................................................... 44 
Figura 54: Situação atual do ginásio......................................................................... 45 
Figura 55: Figura 1: Cidade de Natal; sendo: A - Pontes em destaque; B - Ponte Newton 
Navarro; C - Ponte de Igapó....................................................................... 46 
Figura 56: Localização, onde: A - Cidade de Natal com destaque do Bairro Pajuçara 
....................................................................................................................................47 
Figura 57: Localização do terreno no Bairro..............................................................48 
Figura 58: Praça com quadra.................................................................................... 49 
Figura 59: Dimensões do terreno.............................................................................. 50 
Figura 60: Topografia do terreno............................................................................... 51 
 
13 
 
Figura 61: Vegetação do terreno............................................................................... 51 
Figura 62: Testada do terreno com capim em crescimento...................................... 52 
Figura 63: Zoneamento Bioclimático do Brasil.......................................................... 53 
Figura 64: Rosa dos ventos (Velocidade) – Natal..................................................... 54 
Figura 65: Rosa dos ventos (Frequência) – Natal..................................................... 54 
Figura 66: Fachadas Norte e Sul - Insolação............................................................ 55 
Figura 67: Fachada Leste e Oeste - Insolação.......................................................... 56 
Figura 68: Tabela de relação das edificações que geram tráfego............................ 59 
Figura 69: Fluxograma inicial.....................................................................................68 
Figura 70: Fluxograma final....................................................................................... 69 
Figura 71: Zoneamento - Térreo e primeiro pavimento, respectivamente................ 70 
Figura 72: Laço.......................................................................................................... 71 
Figura 73: Proposta 01 - Planta baixa térreo............................................................. 72 
Figura 74: Proposta 01 - Segundo pavimento........................................................... 73 
Figura 75: Proposta 01 - Estudo formal..................................................................... 74 
Figura 76: Proposta 02 - Estudos iniciais.................................................................. 74 
Figura 77: Proposta 02 - Planta Baixa....................................................................... 75 
Figura 78: Proposta 02 - Estudos volumétricos 01.................................................... 75 
Figura 79: Proposta 02 - Estudos volumétricos 02.................................................... 76 
Figura 80: Proposta 02 - Estudos volumétricos 03.................................................... 76 
Figura 81: Proposta 02 - Estudos volumétricos 04.................................................... 77 
 
14 
 
Figura 82: Implantação do edifício............................................................................ 77 
Figura 83: Classificação de riscos e vazões..............................................................81 
Figura 84: Sistema de nó metálico.............................................................................82 
Figura 85: Piso intertravado colorido......................................................................... 82 
Figura 86: Cortina rolô branca....................................................................................84 
Figura 87: Espécie tuia holandesa............................................................................. 85 
Figura 88: Espécie Palmeira imperial......................................................................... 85 
Figura 89:
Espécie Ipê amarelo.................................................................................. 86 
Figura 90: Espécie Palmeira cica................................................................................ 86 
Figura 91: Espécie espada de São Jorge....................................................................87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
LISTA DE MAPAS 
 
Mapa 1: Mapa de uso do solo ........................................................................................ 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///D:/Downloads/Monografia_2018.2_viviane_rev11_11.docx%23_Toc530591407
 
16 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Características socioespaciais e disponibilidade de espaços públicos de lazer 
por Região Administrativa de Natal ................................................................................ 16 
Tabela 2: Quadro resumo - estudos de referência ......................................................... 40 
Tabela 3: Índices urbanísticos ........................................................................................ 58 
Tabela 4: Resumo dos parâmetros da NBR 9050 .......................................................... 61 
Tabela 5: Programa de necessidades e pré-dimensionamento ..................................... 68 
Tabela 1: Horários de insolação......................................................................................57 
 
 
 
 
 
file:///D:/Downloads/Monografia_2018.2_viviane_rev11_11.docx%23_Toc530591569
file:///D:/Downloads/Monografia_2018.2_viviane_rev11_11.docx%23_Toc530591569
file:///D:/Downloads/Monografia_2018.2_viviane_rev11_11.docx%23_Toc530591570
file:///D:/Downloads/Monografia_2018.2_viviane_rev11_11.docx%23_Toc530591574
file:///D:/Downloads/Monografia_2018.2_viviane_rev11_11.docx%23_Toc530591579
 
17 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 1 
2 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL ..................................................................................... 6 
2.1 Centros culturais: cultura como instrumento de desenvolvimento social .............................. 6 
2.2 Lazer no espaço urbano ............................................................................................................. 9 
3 ESTUDOS DE REFERÊNCIA ....................................................................................................... 11 
3.1.1 Ginásio Arena do Morro ................................................................................................. 11 
3.1.2 Centro Cultural e Biblioteca Escolar Prof. Américo de Oliveira Costa (Biblioteca 
do Santarém) .............................................................................................................................. 20 
3.2.1 Centro Cultural a História que eu Conto (CCHC) ...................................................... 33 
3.2.2 Centro de Artes e Educação dos Pimentas ................................................................ 38 
3.3 QUADRO RESUMO ................................................................................................................. 40 
4 ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................................................................................ 41 
4.1 Conhecendo a realidade .......................................................................................................... 41 
4.2 O Bairro..................................................................................................................................... 47 
4.3 O Terreno .................................................................................................................................. 48 
4.3.1 Dimensões e topografia.................................................................................................. 50 
4.3.2 Vegetação .......................................................................................................................... 51 
4.3.3 Condicionantes climáticas ............................................................................................. 53 
4.4 Condicionantes urbanísticas/ legislativas ............................................................................... 58 
4.4.1 Plano diretor ..................................................................................................................... 58 
4.4.2 Código de obras ............................................................................................................... 59 
4.4.3 ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos ............................................................................................................ 60 
4.4.4 Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio 
Grande do Norte ........................................................................................................................ 65 
5 ESTUDOS PRELIMINARES .......................................................................................................... 67 
 
18 
 
5.1 Definição do Conceito .............................................................................................................. 67 
5.2 Programa de Necessidades e Pré-Dimensionamento........................................................... 67 
5.3 Relações Programáticas .......................................................................................................... 69 
6 A PROPOSTA .................................................................................................................................. 72 
6.1 Conceito e partido arquitetônico .............................................................................................. 72 
6.2 Evolução da proposta ............................................................................................................... 73 
6.2.1 Proposta 01 ....................................................................................................................... 73 
6.2.2 Proposta 02 ....................................................................................................................... 75 
6.3 Proposta final ............................................................................................................................ 78 
6.4 Memorial descritivo ................................................................................................................... 80 
6.4.1 Reservatórios ................................................................................................................... 80 
6.4.2 Estrutura geral e cobertura ............................................................................................ 81 
6.4.3 Materiais ............................................................................................................................ 82 
6.4.4 Recomendações paisagísticas ..................................................................................... 84 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 88 
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 89 
9 APÊNDICES ..................................................................................................................................... 93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Trabalho ora apresentado consiste em uma monografia, desenvolvida ao longo 
das disciplinas Trabalho de Conclusão de Curso I e II, do curso Arquitetura e Urbanismo, 
ao longo dos semestres 2017.2 e 2018.1, que tem como tema projetos de espaços 
culturais e de lazer de uso público. 
Dentro dessa temática, definiu-se como objeto de
estudo um “Espaço público 
cultural e de lazer” e envolve as áreas de concentração: Projeto Arquitetônico, Projeto 
Urbano e projeto de paisagismo. Com relação ao Universo de estudo, este compreende 
o terreno localizado na Av. Dr. João Medeiros Filho, no Bairro Pajuçara, situado na zona 
administrativa Norte em Natal/RN. 
A cidade do Natal, em sua totalidade, sofre com a ausência tanto de espaços 
públicos de qualidade que estimulem atividades de lazer e cultura, como de políticas que 
incentivem essas atividades, com excessão de ações pontuais, voltada a alguns 
segmentos em particular como, por exemplo, o Natal em Natal e o Carnaval Multicultural 
de Natal, onde acontecem shows musicais e feiras de artesanato. No entanto, o Lazer e 
a Cultura vão muito além disto, envolvem inifinitas possibilidades de atividades e são 
hábitos que não se separam da vida cotidiana, pelo contrário, devem fazer parte da 
mesma. 
(...) As atividades de lazer podem aumentar a nossa rede de relacionamentos e 
nossas conexões sociais. Esses fatores estão diretamente associados a uma 
menor concentração de hormônios do estresse. E ficar estressado também faz 
mal à saúde, principalmente a do coração. (GAÚCHAZH, 28/10/2013) 
 
Além de proporcionarem melhor qualidade de vida e bem - estar, como afirmado 
acima, estas atividades funcionam como meios de inclusão social, de superação dos 
problemas das grandes cidades, tais como, violência, depredação urbana e, até mesmo 
problemas individuais de saúde. 
 Acerca de espaços de uso público em Natal, Dália Lima (2005, p. 5) observa que 
esses locais são insuficientes, em quantidade e qualidade e, ainda, que não existe 
variedade, com relação às demandas da população. 
 
2 
 
Atualmente, na cidade de Natal, entre os equipamentos de cultura e lazer de uso 
público identificados, encontram-se 246 praças de acordo com dados da SEMURB. 
Destas, 58 estão localizadas na Zona Norte, 87 na Zona Sul, 74 na Zona Leste e 27 na 
Zona Oeste. Nota-se que esses equipamentos concentram - se, em sua maior parte, nas 
Zonas Sul e Leste. Sendo as Zonas Norte e Leste as que apresentam maior proporção 
entre número de habitantes e estes espaços (Tabela 1)1, apesar de se tratarem das mais 
populosas e com menor poder aquisitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Além das praças, a cidade conta com dois parques urbanos, sendo o Parque das Dunas 
(Bosque dos namorados), localizado no Bairro do Tirol, Zona Leste da cidade (Figura 1). 
No parque, encontram-se trilhas, pistas para caminhada, unidade mostra de vegetação 
nativa, centro de pesquisa com laboratórios de botânica e zoologia, anfiteatro, folha das 
artes; oficina de educação ambiental e artes, viveiro de mudas, área de piquenique, 
tabuleiro de xadrez gigante, restaurante, área de descanso e parque infantil. 
 
 
 
 
1 * Nota: São considerados equipamentos públicos de lazer para essa pesquisa as praças e parques, campos e 
quadras, teatros, museus e sedes comunitárias mantidas pelo poder público. 
Tabela 2: Características socioespaciais e disponibilidade de espaços 
públicos de lazer por Região Administrativa de Natal 
Fonte: Dália Lima, 2005. 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O segundo, se trata do Parque da Cidade, localizado no bairro do Pitimbú, Zona 
Sul de Natal (Figura 2). o parque conta com unidades de descanso, pistas para 
caminhada, trilha, biblioteca, auditório, centro de educação ambiental, 
um monumento com 45 metros de altura, que constitui o memorial da cidade de Natal 
e mirante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Também são encontrados em Natal, museus que contam a história da cidade em 
diversos aspectos, são estes: Museu de arte sacra, memorial Câmara Cascudo, casa de 
Fonte: https://bit.ly/2RwPS1F. Acesso em: 10. Out. 2018. 
Figura 2: Localização do Parque da Cidade (Em destaque) 
Fonte: https://bit.ly/2EbFSZk. Acesso em: 10. Out. 2018. 
Figura 1: Localização do parque das dunas (Em destaque) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Audit%C3%B3rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mirante
https://bit.ly/2RwPS1F
https://bit.ly/2RwPS1F
https://bit.ly/2RwPS1F
https://bit.ly/2RwPS1F
https://bit.ly/2EbFSZk
https://bit.ly/2EbFSZk
https://bit.ly/2EbFSZk
 
4 
 
Câmara Cascudo, Câmara Cascudo, museu da cultura popular, museu Café Filho, 
fundação cultural capitania das artes, instituto histórico e geográfico do Rio Grande do 
Norte, Espaço Cultural Palácio do Potengi (Pinacoteca), museu do brinquedo popular, 
solar João Galvão de Medeiros, que ficam localizados no principal corredor cultural, o 
eixo Cidade Alta – Ribeira, Zona Leste de Natal, sendo na sua maioria de entrada gratuita, 
com exceção da Casa de Câmara Cascudo, que tem custo de 3 reais para entrada 
(estudantes pagam meia). 
 Além destes, também existem a Barreira do inferno, localizada no bairro de Ponta 
Negra, Zona Sul da cidade, que se trata do maior e mais importante monumento histórico 
do estado e representação a fundação da cidade do Natal, localizado na praia do meio. 
Por fim, são encontrados 3 teatros públicos em Natal: Teatro da cultura popular, no Bairro 
do Tirol, Zona Leste, casa da Ribeira e teatro Alberto Maranhão, ambos localizados no 
bairro da Ribeira, também na Zona Leste. 
 Na Zona Norte de Natal, foram contabilizados atualmente, 4 equipamentos básicos 
de lazer e cultura, sendo estes: 
(1) O Centro Cultural e Biblioteca Escolar Prof. Américo de Oliveira Costa (Biblioteca 
do Santarém), que, de acordo com Amaral (2015), tem capacidade de atendimento 
de 1.500 pessoas por dia, e também funciona como palco para atividades culturais 
como exposições; 
(2) O ginásio esportivo (Nélio Dias), sendo também um complexo, que conta com o 
(3) espaço cultural Jesiel figueiredo, onde se encontram um anfiteatro, que possui 
1200 lugares, pistas de skate e campo de futebol, e por último: 
(4) O Espaço Cultural Francisco das Chagas Bezerra de Araújo, também conhecido 
como área de lazer do Panatis, O local conta com campo de futebol, pista de 
cooper, academia da terceira idade e um prédio onde seriam realizados cursos na 
área artística. 
Destacamos ainda a “intenção” de instalação do Complexo Cultural da UERN, que, 
inicialmente contava com teatro, galeria para exposições, praça de alimentação, salas 
para a realização de oficinas e de trabalhos manuais, sala para inclusão digital, lojas de 
 
5 
 
artesanato, dois miniauditórios, sala de administração, quatro salas de música e uma sala 
de dança. No entanto, em 2014, devido ao abandono da gestão pública, o espaço passou 
a ser administrado pela UERN, que funciona em prédio vizinho e, desde então, parte dos 
espaços foram destinados as instalações da universidade. 
Dessa forma, observa-se que, se em Natal já é nítida a carência de espaços 
públicos destinados à lazer e cultura, isso se mostra de maneira ainda mais evidente na 
zona administrativa Norte, que necessita de equipamentos que proporcionem lazer e 
cultura aos seus habitantes de forma contínua e não apenas em períodos específicos do 
ano. 
Assim, esse trabalho tem como objetivo geral propor um anteprojeto arquitetônico 
de um Centro cultural e de lazer de uso público, que possua qualidade e funcionalidade, 
em uma área mais esquecida da cidade, como é caso da Zona Norte de Natal/RN. 
O trabalho se trata de uma pesquisa aplicada e de abordagem qualitativa e os 
procedimentos técnicos que orientam a execução do mesmo, são: pesquisas 
bibliográficas, pesquisas de levantamento de dados e informações e estudos de caso de 
referências projetuais, diretos e indiretos. 
A estrutura da pesquisa divide-se em principais 6 capítulos, sendo estes: 
Referencial teórico-conceitual, que apresenta os conceitos estudados a partir de outras
monografias, livros e teses, para o desenvolvimento do trabalho; Os estudos de 
referência, que mostra os projetos utilizados como base para a elaboração do produto 
final desta monografia, sendo diretos os que foram visitados e indiretos os que não foram 
visitados; Área de intervenção, que apresenta os estudos realizados para a elaboração 
do projeto, envolvendo o local onde será implantado e seu entorno, condicionantes legais 
e físicas; Estudos preliminares, que expõe os primeiros estudos realizados para a 
elaboração do anteprojeto, programa de necessidades, zoneamento e primeiras ideias e, 
por fim, o capítulo que descreve a proposta final. 
 
 
 
6 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL 
 
Este capítulo tem como objetivo apresentar o embasamento teórico acerca do 
tema em questão. Aqui são apresentados os conceitos utilizados e definições, dados 
coletados e analisados para o desenvolvimento do anteprojeto. 
2.1 Centros culturais: cultura como instrumento de desenvolvimento social 
Cultura é uma palavra de origem latina e em seu significado original está ligada às 
atividades agrícolas. Vem do verbo latino colere, que quer dizer cultivar (SANTOS, 1994) 
e pode ser entendida como um conjunto de tradições, crenças e costumes de 
determinado grupo social. Assim, a mesma representa o patrimônio social de 
determinados grupo, assim como, a soma de padrões dos comportamentos humanos. 
Canedo (2007, p. 1), diz que definir o que é cultura não é uma tarefa fácil. Pois, a 
mesma evoca interesses multidisciplinares e, é campo de estudo em diversas áreas, 
como sociologia, antropologia, história, comunicação, administração, economia, entre 
outras. Entretanto, em cada uma dessas áreas, é trabalhada partindo de diferentes 
enfoques e usos. 
Diante disto, baseado em Canedo (2007, p. 5), adotou-se para este trabalho, uma 
concepção de cultura como um instrumento de desenvolvimento social. Ainda de acordo 
com a autora, a partir deste ponto de vista, as atividades culturais são realizadas com 
objetivos sócio-educativos diversos: estimular o pensamento crítico; ocupação de 
horários livres; apoio ao desenvolvimento cognitivo de portadores de necessidades 
especiais ou em atividades terapeutas para pessoas com problemas psicológicos; como 
ferramenta do sistema educacional, a fim de aumentar o interesse dos alunos e incentivá-
los; no auxílio ao enfrentamento de problemas sociais, como: violência, vandalismo, a 
ressocialização de presos ou de jovens infratores e, para melhoria das relações 
humanas, como criação de laços afetivos e sentimento de pertencimento a um lugar e/ou 
grupo da sociedade. 
A ideia de desenvolvimento social por muitos anos foi diretamente entendida como 
crescimento econômico da sociedade, atualmente, vem sendo percebido que apenas o 
 
7 
 
crescimento econômico não gera melhoria na qualidade de vida da população, ao 
contrário, diminui essa qualidade, com a correria da vida moderna, a fim de produzir e 
gerar lucros, as pessoas vem se afastando cada vez mais de sua vida pessoal e deixando 
de lado atividades que possam lhe proporcionar bem-estar. 
Acerca disto, Alem (2017) diz que, os estudos sobre o desenvolvimento social 
começaram a englobar outras questões em suas análises. Principalmente a partir da 
década de 1960, a cultura passa a ser um tema recorrente no debate acadêmico e político 
sobre o desenvolvimento. 
Para Aline do Valle (2016, p. 25) A cultura não é algo independente da vida social. 
Pelo contrário, é algo que está extremamente ligado a realidade onde existe. O contexto 
sempre deve ser levado em consideração no entendimento da variedade de expressões 
culturais que existem mundo afora. A produção cultural de um determinado grupo da 
sociedade cria uma identidade, um marco, que reforçam os laços existentes. 
A partir daí, entende-se que cultura é algo produzido por todos os grupos da 
sociedade, no entanto, na prática, não é o que acontece. Principalmente para os grupos 
menos favorecidos financeiramente na sociedade, o acesso à tais atividades é dificultado, 
apesar do direito à cultura ser garantido pela constituição federal Brasileira, como ressalta 
Maurício Lima, que faz parte do observatório da diversidade cultural: 
 (...) Nesse sentido, com o intuito de garantir o direito à cultura, assim diz a 
Constituição: “Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e 
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das 
manifestações culturais. § 1.º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, 
indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório 
nacional. § 2.º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para 
os diferentes segmentos étnicos nacionais.” Conforme verifica-se, o constituinte mostrou-se 
preocupado em garantir a todos os cidadãos brasileiros o efetivo exercício dos direitos 
culturais, o acesso às fontes da cultura nacional e a liberdade das manifestações culturais. 
(LIMA, 2011) 
 
Na prática, observa-se que Cultura não é algo que seja continuamente fornecido 
a população pelo poder público, tendo em vista que existem apenas ações pontuais que 
 
8 
 
são de acesso a população em geral, no mais, as pessoas que tem como parte do dia-a-
dia essas atividades é a parcela da população que pode pagar caro pelas mesmas. 
Diante das reflexões acima, é possível perceber como a cultura contribui 
positivamente para a sociedade e, por isso, destaca-se a importância de equipamentos 
e atividades culturais que atendam a toda a população, independentemente de seu 
potencial econômico, entendendo que todos possuem esse direito garantido. 
Estes equipamentos, denominados centros culturais são espaços que tem o intuito 
de conservar e difundir as artes produzidas pelo homem, de informar e discutir, bem como 
permitir que a população desenvolva um olhar crítico sobre a cultura e seus aspectos. 
No mundo, estes espaços começaram a surgir a partir do século XIX, com os 
primeiros centros culturais ingleses, seguindo para a França, onde no final da década de 
1950, estes espaços surgiram com o objetivo de opção de lazer e convivência para os 
operários franceses, a fim de obter-se a melhorias das relações entre os operários. Já no 
Brasil, de acordo com Milanesi (2003), o interesse por esses espaços surgiu a partir da 
década de 1960, no entanto, o centro cultural surge por volta dos anos 1980, com a 
criação do Centro Cultural do Jabaquara e do Centro Cultural São Paulo, localizados no 
estado de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.2 Lazer no espaço urbano 
Ao pesquisar o conceito de lazer, o resultado mais recorrente é o de que o lazer é 
sinônimo de ócio, ou seja, é o tempo livre de que dispõe uma pessoa. Trata-se dos 
momentos em que não se trabalha/estuda ou, pelo menos, não de forma obrigatória. No 
entanto, no contexto deste trabalho, o lazer é entendido como parte da vida cotidiana e, 
não só como ocupação para horários livres. Acerca da importância das atividades de 
lazer, Raquel Borges (2015), no site temporada livre, afirma que: 
 
O lazer é uma área que vem crescendo em estudos e em investimentos também. 
É uma ideia advinda dos fins do século XIX e início do XX, quando momentos de 
trabalho e de lazer puderam ser aliados. Uma grade indústria em torno das 
atividades de lazer é construída a cada dia que passa, mas o fato é que ter 
momentos de lazer contribuem para a qualidade de vida e, principalmente, para 
s saúde. A preocupação com o trabalho e com a correria do dia a dia faz com que 
muitos imaginem que momentos de lazer são somente quando realmente saímos 
da rotina, viajamos, mas eles podem estar em todos os momentos do dia a dia. 
(BORGES, 2015) 
 
 
Ao trazer a discussão sobre lazer nos espaços urbanos e sua importância, é 
importante refletir sobre as classes
socioeconômicas da nossa sociedade, onde, observa-
se que a maior parcela da população tem grandes carências no âmbito econômico, o que 
acaba sendo rebatido no pensamento de que: existem necessidades mais urgentes das 
quais essa população necessita, tais como: saúde e educação. Devido à pensamentos 
como este, os outros aspectos que também deveriam fazer parte da vida dessas pessoas, 
como o Lazer, acabam sendo negligenciados, ficando cada vez mais distantes da 
população com menores recursos econômicos. Acerca destas reflexões, Melo diz que: 
 
“o lazer, numa suposta escala hierárquica de necessidades humanas , 
seria menos importante que a educação, a saúde e o saneamento (com certeza 
tidas essas dimensões humanas são fundamentais, mas por que seria o lazer 
menos importante? Além disso, existe relação direta entre lazer e saúde, lazer e 
 
10 
 
educação, lazer e qualidade de vida, as quais não podem ser negligenciadas)”. 
(MELO, 2003) 
 
Melo (2003), faz ainda um vínculo entre o lazer e a cultura, onde ele ressalta que 
a cultura não pode ser limitada a penas a atividades como arte, teatro, música, entre 
outros. O autor ressalta que as mesmas possuem, sim, grande importância, no entanto, 
para ele, quando definimos cultura, podemos afirmar que estamos nos referindo a um 
“conjunto de hábitos, normas e valores que regem a vida humana em sociedade” e, 
assim, quando falamos em cultura estamos nos referindo a hábitos que mexem com a 
vida das pessoas, que transformam e formam opiniões. Dessa forma, não podemos 
deixar de lado atividades como lazer e esportes, que também fazem parte da cultura e 
são elementos de extrema importância. 
A partir disto, entende-se que o lazer e a cultura não são elementos distintos, estão 
vinculados. Portanto, o anteprojeto aqui proposto, consiste num equipamento de múltiplo 
uso, que se propõe a abrigar as atividades de leitura, exibição de filmes, apresentações, 
atividades manuais e esportes, entendendo que as atividades culturais e de lazer 
caminham lado a lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3 ESTUDOS DE REFERÊNCIA 
3.1 Estudos de Referência Direta 
 Os estudos de referência diretos têm como principal característica a visita aos 
locais de estudo, com o objetivo de observar aspectos de funcionalidade, programa de 
necessidades, soluções de conforto ambiental, dimensões de ambientes, acessibilidade 
e materiais construtivos e, posteriormente, promover o rebatimento destas observações 
– seja agregando pontos positivos ou evitando os negativos – na proposta desenvolvida.
 A seguir, serão apresentados os dois estudos desenvolvidos, a saber: 
3.1.1 Ginásio Arena do Morro 
O ginásio poliesportivo Arena do Morro, foi inaugurado em 09.04.2014, com o 
intuito de realizar o sonho da comunidade, de ter um equipamento social capaz de 
contribuir para a construção de um futuro melhor para seus moradores. Está localizado 
junto a Escola Estadual Dinarte Mariz, no Bairro de Mãe Luiza, Zona Leste de Natal/RN 
(Figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Localização do Ginásio Arena do Morro 
 
Fonte: https://bit.ly/2MpWX5s. Acesso em: 22 Ago. 2018. 
Adaptado pela autora, 2018. 
 
12 
 
 O projeto faz parte da proposta para o plano urbano intitulado “ Uma visão para 
Mãe Luiza” (Figura 4), onde são sugeridas algumas intervenções no bairro, sendo o 
Arena do morro a primeira e até então a única etapa realizada. Também fazem parte do 
plano, os espaços: praça das dunas, oficinas, lojas, escola, um corredor de ligação, 
espaço cultural, parque, passarela do mar e espaço verde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por ser fruto de um sonho em comum, o projeto deu origem a uma parceria entre 
o governo do Estado do Rio Grande do Norte, a Prefeitura do Natal, o Centro sócio-
pastoral da comunidade, fundação Ameropa, professores e alunos da escola Dinarte 
Mariz e moradores. Além da comunidade em geral, a construção do ginásio foi também 
uma doação da fundação Ameropa ao governo do estado, que pode fazer uso das 
instalações através da escola Dinarte Mariz, onde os alunos praticam atividades 
esportivas e de educação física. Em suma, foi um projeto que beneficiou a todos. 
O projeto arquitetônico foi feito gratuitamente pelo escritório de arquitetura suíço 
Herzog & de Meuron, sendo localmente gerido pela Plantae, do arquiteto Lúcio Dantas e 
executado pela AR engenharia. Para a equipe do centro sócio-pastoral de Mãe Luiza 
(2014), o ginásio integra o plano urbano “visão” e possibilitará a realização de atividades 
desportivas, culturais e de lazer, permitindo ocupar o tempo dos jovens e retirá-los das 
ruas. Além disso, também possibilitará a realização de atividades físicas para outros 
Figura 4: Plano uma visão para Mãe Luiza 
Fonte: Foto feita pela autora. Informativo Arena do Morro. Herzog & 
de Meuron. 
 
13 
 
grupos da comunidade, como idosos e portadores de necessidades especiais. No 
entanto, o desafio era de fazer com que o ginásio funcionasse completamente e essa 
agenda comunitária fosse viabilizada. 
O estudo urbano do escritório Herzog & de Meuron identificou atividades pouco 
desenvolvidas ou não existente no bairro, mostrando espaços disponíveis em meaio a 
malha construída e distribuiu novas atividades nos espaços identificados com potencial 
de desenvolvimento. Sendo o ginásio o projeto pioneiro, ele conta com uma quadra 
poliesportiva com capacidade para 420 pessoas na arquibancada, 3 salas multiuso e um 
mirante com vista para o mar, além de banheiros e vestiários. 
Ao chegar no local, além do estacionamento que conta com poucas vagas, que 
não atendem a capacidade do edifício e estão localizadas na parte externa (Figura 5), 
encontram-se também duas entradas, uma pública e uma interna àa escola, que podem 
ser visualizadas na planta baixa geral, bem como a disposição dos demais ambientes 
(Figura 6). 
As entradas são acessíveis no aspecto dimensional, no entanto, ao acessar 
através da entrada interna à escola, nos deparamos com degraus e uma rampa que 
possibilita o acesso à portadores de necessidades especiais apenas à parte superior das 
arquibancadas, de modo que, o acesso à quadra, banheiros e mirantes só é possível 
através da entrada pública na área externa. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://bit.ly/2N77DSz. Acesso em: 23 Jun. 2018. 
Figura 5: Estacionamento 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda acerca da acessibilidade, existem banheiros parcialmente acessíveis, não 
atendendo completamente a norma NBR 9050. Apenas os sanitários se enquadram na 
mesma (Figura 7); os lavatórios, são de banheiros convencionais, não possuem barras 
de apoio ou qualquer outro acessório (Figura 8). Também não existe sinalização 
suficiente, apenas tátil e, visual, somente nos banheiros, indicando feminino/masculino e 
acessível. No mais, os espaços de circulação são bem dimensionados, permitindo a 
circulação livre de obstáculos. 
 
 
 
 
 
 
Com relação ao conforto ambiental, nos aspectos de iluminação e ventilação 
naturais o edifício se destaca, possuindo sua cobertura geral feita de telhas onduladas 
Figura 7: Sanitário Acessível Figura 8: lavatório sem acessibilidade 
Fonte: Acervo da autora, 2018. Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Fonte: https://bit.ly/2NdkN0m. Acesso em: 23 Ago. 2018. 
Figura 6: Planta Baixa – Ginário arena do morro 
 
15 
 
de alumínio com isolamento, distribuídas como painéis soltos (Figura 9), dessa forma, 
permite-se que a ventilação circule pelo espaço e, que durante o dia, a iluminação natural 
adentre completamente o local, enquanto à a noite, a luz artificial saia, tornando o edifício 
uma espécie de farol. Já os outros ambientes, que possuem laje abaixo da cobertura 
geral, recebem a iluminação natural através de furos na laje (Figura 10). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além disso, a parede principal do edifício, bem como as salas multiusos, são feitas 
em
blocos de concreto (Figura 11) que foram desenvolvidos especialmente para esse 
projeto e moldados in-loco (Figura 12), cada bloco possui lâminas verticais dispostas na 
Figura 9: Cobertura geral do Ginásio 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 10: Laje com furos para entrada de iluminação natural 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
16 
 
diagonal, permitindo também a entrada de ventilação e iluminação naturais. Desse modo, 
o edifício é completamente permeável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Parede em blocos de concreto 
Fonte: Foto feita pela autora. Informativo Arena do Morro. Herzog & 
de Meuron. 
Figura 12: Blocos de concreto sendo moldados in-loco 
Fonte: Foto feita pela autora. Informativo Arena do Morro. Herzog & 
de Meuron. 
 
17 
 
Em contrapartida à avaliação positiva a respeito da ventilação e iluminação 
naturais, observa-se que as paredes em bloco de concreto que cercam as salas multiuso 
(Figura 13), acabam interferindo negativamente no conforto acústico das mesmas, uma 
vez que os ruídos provenientes da quadra poliesportiva, quando em uso, acabam por 
interferir nas atividades dentro das salas, que necessitam de maior privacidade. 
 
Figura 13: Sala Multiuso - vista externa 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
18 
 
Com relação ao layout e mobiliário dos ambientes, observa-se que as salas 
dispões de poucos equipamentos, sendo, basicamente, cadeiras em plástico – que, 
ergonomicamente, não são confortáveis – e existem em pequena quantidade (Figura 
14), não atendendo à demanda quando as salas são utilizadas para atividades da escola 
ou maiores eventos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já as arquibancadas, se configuram no modo “padrão” de arquibancadas, com assentos 
em formato de degraus, feitos em alvenaria e revestidos em granilite, assim como o piso 
geral (Figura 15). 
 
Figura 14: Sala multiuso mobiliada 
 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 15: Arquibancadas 
Fonte: Foto feita pela autora. Informativo Arena do Morro. Herzog & de Meuron. 
 
 
19 
 
Com relação à segurança, o edifício conta com sistema de prevenção contra 
incêndios. No entanto, oferece risco de acidentes aos usuários na parte da arquibancada, 
devido à falta de proteção na quadra (Figura 16), demarcada apenas por uma rede, 
instalada muito próxima às arquibancadas, de modo que bolas e/ou outros instrumentos 
podem acabar sendo arremessados para fora do perímetro. 
 O local encontra-se em bom estado de preservação geral, passando por 
manutenção de 2 em 2 anos e por limpeza diariamente. 
 
 
 
 
 
Figura 16: Quadra Poliesportiva 
 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
20 
 
3.1.2 Centro Cultural e Biblioteca Escolar Prof. Américo de Oliveira Costa 
(Biblioteca do Santarém) 
 Localizado na Avenida Itapetinga, uma das vias mais movimentadas da zona Norte 
de Natal (Figura 17), o espaço foi fundado no ano de 2000, com capacidade para atender 
1.500 pessoas por dia. Inicialmente funcionava nos três turnos, no entanto, por motivos 
se segurança, seu funcionamento se limita atualmente, aos turnos matutino e vespertino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O local conta com 1.650m² de área coberta e, dentro de suas dependências, 
encontram-se um auditório, um espaço infanto-juvenil, uma biblioteca, uma gibiteca, sala 
de aula de braile, refeitório e, um espaço vazio que em breve se tornará um atêlie de 
pintura, além dos espaços de circulação e banheiros. 
Logo ao chegar no local, percebe-se a falta de cuidados em sua parte externa, 
onde a pintura da fachada se encontra danificada (figura 18), a vegetação se encontra 
em estado já avançado de crescimento, necessitando de corte (Figura19) e também 
pode-se observar a falta de segurança e controle na entrada tanto de veículos, como de 
pedestres. 
Figura 17: Localização do Centro Cultural e Biblioteca 
Fonte: https://bit.ly/2LOkis6. Acesso em: 01. Ago. 2018. 
Adaptado pela autora, 2018. 
https://bit.ly/2LOkis6
https://bit.ly/2LOkis6
https://bit.ly/2LOkis6
https://bit.ly/2LOkis6
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ainda na parte externa da edificação, encontram-se alguns bancos feitos em 
concreto (Figura 20), no entanto, seu uso acaba por ser impossibilitado pela vegetação 
que cresce em volta e, alguns se encontram expostos ao sol. 
Figura 18: Fachada com pintura danificada 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 19: Vegetação em crescimento 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
22 
 
 
 
 
 
Figura 20: Bancos em concreto (Em destaque) 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
23 
 
Com relação à acessibilidade, logo na entrada encontra-se rampa para facilitar o 
acesso de pessoas com mobilidade reduzida, entretantono entanto, observa-se a 
ausência de corrimãos (Figura 21). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na parte interna do edifício, as circulações gerais possuem dimensões amplas, 
que permitem um deslocamento livre e satisfatório (Figura 22). 
 
 
Figura 21: Entrada de pedestres, rampa em destaque 
Fonte: https://bit.ly/2NabGRe. Acesso em: 31. Ago. 2018. 
Figura 22: Circulação interna - Acesso ao auditório 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
https://bit.ly/2NabGRe
https://bit.ly/2NabGRe
https://bit.ly/2NabGRe
https://bit.ly/2NabGRe
 
24 
 
3.1.2.1 Banheiros 
 Não existem banheiros acessíveis, apenas uma cabine em maior dimensão que 
as demais (Figuras 23 e 24), no entanto, não se enquadra nas dimensões exigidas pela 
NBR: 9050 para banheiros acessíveis, e também não possui equipamentos (barras, 
dispositivos e acessórios) além de uma bacia sanitária comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No banheiro feminino, existe uma cabine interditada, por estar com a bacia 
sanitária quebrada (Figura 25), e existem três cubas de uso comum fora das cabines 
(Figura 26). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23: Cabine comum 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 24: Cabine de maiores dimensões 
 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 25: Cabine interditada 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 26: Bancada com cubas - BWC Fem. 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
25 
 
Já no masculino, existe apenas uma cuba de uso comum, uma segunda foi retirada 
e não foi reposta, restando apenas o espaço na bancada (Figura 27). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No geral, os dois banheiros são satisfatoriamente limpos e possuem aberturas 
para iluminação e ventilação. 
3.1.2.2 Refeitório 
 O refeitório do local é pequeno, não atendendo a demanda em caso de maiores 
eventos. No entanto, possui um bom aproveitamento de iluminação e ventilação naturais, 
através de jardim de inverno e, também possui mobiliário em quantidade de acordo com 
o espaço, podemos observar nas figuras abaixo. 
 
 
 
 
 
Figura 27: Bancada com cubas - BWC Mas. 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 28: Jardim de inverno no refeitório 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 29: Mobiliário do refeitório 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
 
26 
 
3.1.2.3 Biblioteca 
 O espaço da biblioteca, de modo geral, é bem organizado. Conta com prateleiras 
para armazenamento do acervo, sinalização visual (Figura 30) e também possui controle 
do uso e do empréstimo de material. 
 Os espaços para circulação são satisfatórios e existe mobiliário para os usuários, 
no entanto, estes são mesas e cadeiras (Figura 31) ergonomicamente desconfortáveis, 
principalmente para jovens e adultos, por serem baixas e estreitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30: Prateleiras 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 31: Mesas e cadeiras 
 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
27 
 
Quanto à ventilação natural, é satisfatória a circulação de ar dentro do ambiente, 
possibilitada pelas janelas e portas (Figura 32), no entanto, não existe nenhum 
mecanismo de ventilação artificial. Por ser uma biblioteca, a falta de controle da 
ventilação pode acabar sendo prejudicial,
uma vez que o manuseio dos livros pelo usuário 
pode ser dificultado pela entrada dos ventos, dependendo da posição em que este se 
encontra. 
 
 
 
 
 
 
 
Pelas mesmas janelas mostradas na figura 32, também ocorre a entrada de 
iluminação natural no ambiente, que é complementada por iluminação artificial (Figura 
33) por ser insuficiente. No entanto, mesmo com a junção dos dois tipos de iluminação, 
ainda nota-se um certo desconforto no uso, concluindo-se então que a iluminação não se 
adequa ao uso de leitura/escrita perfeitamente. Além disso, o ambiente é silencioso, o 
que é um ponto positivo para seu uso. 
 
Figura 32: Janelas da biblioteca 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 33: Iluminação artificial na biblioteca 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
28 
 
3.1.2.4 Espaço infanto – Juvenil 
 No espaço juvenil encontram-se as prateleiras que guardam o acervo (Figura 34), 
espaço para leitura, atividades infantis e reuniões. Quanto ao mobiliário, encontram-se 
as mesmas mesas e cadeiras que estão na biblioteca, no entanto, suas dimensões são 
adequadas para crianças (Figura 35) e, assim como nos demais ambientes, não existe 
mobiliário adequado para portadores de necessidades especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Já o espaço para reuniões, é mobiliado com cadeiras de dimensões confortáveis, 
no entanto, encontram-se em estado de degradação (Figura 36). 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 34: Prateleiras: Espaço infanto- juvenil 
 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 35: Cadeiras e mesas: Espaço infanto - juvenil 
 
Figura 36: Cadeiras: Espaço infanto - juvenil 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
29 
 
 
Quanto à ventilação natural, existe uma boa quantidade de janelas (Figura 37) que 
permitem uma ótima circulação do ar, assim como permitem entrada da iluminação 
natural, porém, assim como na biblioteca, não existe ventilação artificial. E a iluminação 
artificial também não é confortavelmente adequada ao uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 37: Janelas do espaço infanto - juvenil 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
30 
 
3.1.2.5 Gibiteca 
A gibiteca possui mobiliário que atende a sua demanda (Figura 38), que não é 
muito alta, no entanto, também não existe conforto no mobiliário e, os espaços de 
circulação são apertados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por estar localizado em uma parte mais reservado do edifício, a entrada de 
iluminação e ventilação naturais pelas janelas (Figura 39) não é satisfatória. Também não 
existe ventilação artificial, no entanto, a iluminação artificial é satisfatória. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 38: Mobiliário da gibiteca 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 39: Janelas da gibiteca 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
31 
 
3.1.2.6 Sala de aula de Braile 
 A sala (Figura 40) é um espaço pequeno, que comporta até dois alunos por vez, 
no entanto, percebe-se que não é plenamente adequada ao uso, por não possuir 
sinalização tátil, assim como o restante do edifício. A iluminação e ventilação natural na 
sala também não são suficientes, já os recursos artificiais não puderam ser avaliados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.2.7 Auditório 
 O auditório do local comporta 120 pessoas sentadas (Figura 41), o mobiliário na 
plateia se encontra em bom estado de conservação e adequado ao uso, no entanto, não 
existem espaços reservados para portadores de necessidades especiais. 
 
 
Figura 40: Sala de aula de braile 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A iluminação e ventilação natural são satisfatórias e o local possui grande 
quantidade de janelas. Também constata-se a existência de ventilação artificial, sendo o 
único ambiente que possui, através de ar-condicionados (Figura 42). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 41: Platéia do auditório 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
Figura 42: Janelas e ar - condicionados 
Fonte: Acervo da autora, 2018. 
 
33 
 
3.2 Estudos de Referência Indireta 
Estes estudos tiveram como objetivo observar os mesmos aspectos dos estudos 
direto: funcionalidade, programa de necessidades, soluções de conforto ambiental, 
dimensões de ambientes, acessibilidade e materiais construtivos, visando o rebatimento 
na proposta dos pontos positivos observados e evitando os negativos. No entanto, 
diferenciam-se dos estudos diretos por não haver visita aos locais, sendo estudados 
apenas por fontes confiáveis. 
3.2.1 Centro Cultural a História que eu Conto (CCHC) 
 O CCHC é uma instituição fundada por três moradores na comunidade de Vila 
Aliança, Zona Oeste do Rio de Janeiro, com o objetivo de “promover o acesso à cultura, 
resgatar o sentimento de pertencimento e principalmente evidenciar a valorização 
histórica da região” A instituição ocupava as antigas instalações de uma escola municipal 
feita em madeira, que foi fechada no ano de 2007 devido a ocorrência de episódios de 
violência no entorno. 
 Em 2010, a instituição obteve seu reconhecimento e concessão do uso do espaço 
da escola, além disso, a prefeitura se comprometeu com a construção de uma nova e 
adequada sede. A nova sede, faz parte de um complexo que conta também com uma 
quadra poliesportiva, um skate park e uma “Nave do Conhecimento” (centro multimídia). 
 A partir disso, o projeto para a nova sede foi elaborado. Com o intuito de integrar 
os usuários e também a edificação ao seu entorno, o edifício foi implantado em um único 
pavilhão com cobertura geral em concreto – material construtivo que predomina sobre o 
projeto – a cobertura tem o intuito de gerar sombra e proporcionar contato entre interior 
e exterior, pois funciona também como teto verde com aberturas internas no edifício. 
Além de auxiliar no conforto dentro do espaço, o teto verde abriga atividades como hortas, 
áreas e estar, pipódromos e chuveirões (Figura 43). 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além do teto verde, a permeabilidade da estrutura também favorece a ventilação 
cruzada e iluminação natural no espaço. Para contemplar o programa de necessidades 
dinâmico, foram criados os ENTRE-ESPAÇOS ( Figuras 44 e 45), que são áreas abertas, 
porém cobertas, localizadas entre os espaços definidos, que permitem usos futuros, 
como rodas de leitura, de capoeira, aulas, ensaios abertos, reuniões e etc. O programa 
fixo de necessidades do centro cultural, pode ser visualizado nas plantas baixas, nas 
figuras 46 e 47. 
Figura 43: Cobertura geral do CCHC 
Fonte: https://bit.ly/2PRZyC8. Acesso em: 07. Out. 2018. 
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
 
35 
 
 
 
Figura 45: Entre - Espaço; Representação de uso 02 
Fonte: https://bit.ly/2PRZyC8. Acesso em: 07. Out. 2018. 
Figura 44: Entre - Espaço; Representação de uso 01 
Fonte: https://bit.ly/2PRZyC8. Acesso em: 07. Out. 2018. 
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
 
36 
 
 
 
Figura 46: Planta Baixa 01- CCHC 
Fonte: https://bit.ly/2PRZyC8. Acesso em: 07. Out. 2018. 
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
 
37 
 
 
 
Figura 47: Planta Baixa 02 - CCHC 
 
Fonte: https://bit.ly/2PRZyC8. Acesso em: 07. Out. 2018. 
https://bit.ly/2PRZyC8
https://bit.ly/2PRZyC8
 
38 
 
3.2.2 Centro de Artes e Educação dos Pimentas 
 O centro de Artes e Educação dos Pimentas está localizado na cidade de 
Guarulhos, São Paulo. O projeto foi elaborado pelo escritório Biselli & Katchborian e 
financiado pela secretaria municipal de educação. 
 O partido para o projeto foi o terreno, extenso e linear, por onde se estende uma 
cobertura metálica de 250m de comprimento por 30m de largura, que possui como 
principal função proteger a circulação central, que interliga todos os usos do edifício,
criando uma espécie de rua coberta. Todos os usos do espaço são distribuídos em 
blocos, onde o principal elemento construtivo é o concreto. De um lado da cobertura, 
estão localizados os equipamentos culturais (biblioteca, auditórios e salas de música e 
de dança), já do lado oposto, estão localizados os usos esportivos (ginásio, quadras e 
piscinas), estes estão separados através da circulação central o que permite reduzir a 
propagação do ruído gerado por esses usos para área cultural e de educação. Essa 
setorização pode ser observada na figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 48: Setorização de usos 
Fonte: https://bit.ly/2IMJEa0. Acesso em: 11. Out. 2018. 
Circulação central 
https://bit.ly/2IMJEa0
https://bit.ly/2IMJEa0
https://bit.ly/2IMJEa0
 
39 
 
A fim de impedir que o extenso eixo central (Figura 49) se tornasse um espaço 
inutilizado, foram distribuídos percursos sugeridos no térreo com rampas cercadas por 
bancos e pontes no primeiro pavimento, que articulam todos os usos, tanto nos 
equipamentos, quanto nas fachadas internas, foram trabalhadas cores que tornassem o 
espaço lúdico, que variam entre as matizes de verde e amarelo. Além disso, também 
existe vegetação de pequeno porte no térreo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 49: Eixo central do CEU Pimentas 
Fonte: https://bit.ly/2IZ5kjv. Acesso em: 13. Out. 2018. 
 
https://bit.ly/2IZ5kjv
https://bit.ly/2IZ5kjv
https://bit.ly/2IZ5kjv
https://bit.ly/2IZ5kjv
 
40 
 
3.3 QUADRO RESUMO 
O quadro resumo reúne os principais pontos observados nos estudos de 
referência: os negativos, que foram evitados na proposta aqui apresentada e os positivos, 
que buscou-se empregar. 
 
 
 
Tabela 3: Quadro resumo - estudos de referência 
Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
41 
 
4 ÁREA DE INTERVENÇÃO 
4.1 Conhecendo a realidade 
Ao chegarmos até a Zona Norte de Natal, a área foco de estudo, nos deparamos 
com a maior zona administrativa entre as quatro zonas existentes da cidade do Natal, 
tanto em extensão, quanto em população, de acordo com o censo 2010 do IBGE, neste 
ano a região apresentava 303.543 habitantes, o que correspondia a 37,77% da 
população da cidade na época. Ainda de acordo com o censo, a população estimada na 
área em 2017/atualmente era de 360.122 habitantes. 
 Em contrapartida, apesar de ser a maior área, a Zona Norte é a mais pobre 
economicamente. A mesma está inserida na mancha de interesse social definida pelo 
plano diretor de Natal, onde predominam famílias com renda de até 3 salários mínimos. 
No entanto, na Zona Norte, o rendimento médio mensal é de 0,92 salários mínimos por 
pessoa. Todos os bairros se encontram abaixo da média de renda da cidade, que é de 
1,78 salários mínimos. Comparativamente, temos a Zona Oeste, com média de 0,99 
salários mínimos por pessoa; Zona Leste, com 2,86 e Zona Sul, com 3,45. 
 Retornando ao foco do trabalho, os equipamentos culturais e de lazer, nessa zona, 
são listados pela SEMURB (2017): 95 equipamentos de uso público, dentre eles, 
encontram-se praças, campos, mini-campos e quadras. Além destes, existe um 96º não 
contabilizado no documento conheça seu bairro, a biblioteca do Santarém. Cruzando 
esses dados, obtém-se a média de 3.791 habitantes por equipamentos de lazer e cultura 
atualmente na zona Norte, enquanto nas zonas Leste e Sul, com menor quantidade de 
habitantes e de maior poder aquisitivo, a média é de 1.367, 3 e 1.027,4 respectivamente, 
de acordo com Dália Lima (2005). 
 Além da quantidade, a distribuição destes equipamentos também é feita de forma 
injusta entre os bairros e, sem considerar a real necessidade dos usuários. Na zona 
Norte, observa-se que, no bairro Potengi, onde encontram-se o melhor índice de 
qualidade de vida da zona Norte, sendo o único a não ficar abaixo da média, de acordo 
com Barroso (2003) e, também os maiores rendimentos mensais nominais, com média 
de 1,23 salários mínimos, é também onde existe maior concentração de equipamentos, 
 
42 
 
sendo, das 58 praças encontradas na zona Norte, listadas pela SEMURB (2017), 27 se 
encontram no bairro Potengi (Figura 50). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dália Lima (2005), observa também a falta de qualidade nos espaços culturais e 
de lazer públicos, que não possuem manutenção e segurança, principalmente nos bairros 
onde se concentra a população desprivilegiada. Com isto, os espaços acabam se 
tornando obsoletos e a tendência é de que a população procure usar espaços em bairros 
mais privilegiados, onde existam melhor infraestrutura e segurança. 
Figura 50: Praças existentes em Natal - destaque para a zona Norte e bairro Potengi 
 
Fonte: https://bit.ly/2xIDqpA. Acesso em: 18 Mar. 2018. 
 Adaptado pela autora, 2018. 
 
43 
 
Para exemplificar esta falta de qualidade, são tomados 2 exemplos próximos: o 
Espaço Cultural Francisco das Chagas Bezerra de Araújo, conhecido também como área 
de lazer do Panatis, localizado no bairro Potengi e o ginásio Nélio Dias, localizado no 
bairro Lagoa Azul (Figura 51). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ginásio Nélio Dias 
Área de lazer do Panatis 
Figura 51: Localização - área de lazer do panatis e ginásio Nélio Dias 
Fonte: https://bit.ly/2JqitEF. Acesso em 22. Out. 2018. 
https://bit.ly/2JqitEF
https://bit.ly/2JqitEF
https://bit.ly/2JqitEF
https://bit.ly/2JqitEF
 
44 
 
O espaço da área de lazer do Panatis, conta com campo de futebol, pista de 
cooper, academia da terceira idade e um prédio onde eram realizados cursos na área 
artística, mas, que se encontra em situação de abandono e falta de estrutura para a 
realização dessas atividades. O mobiliário do local se encontra em estado de degradação 
(Figura 52), as traves do campo estão enferrujadas, aumentando o risco de acidentes no 
uso (Figura 53). De acordo com a tribuna do Norte (2010), as pessoas que ainda 
frequentam o local, relatam também a falta de segurança, sendo o espaço alvo de 
vandalismo frequente, assaltos e até tráfico de drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já o ginásio Nélio Dias, inaugurado no ano de 2008, exatamente 10 anos atrás, 
encontra-se interditado há três anos, desde o ano de 2015. A interdição ocorreu devido 
ao não enquadramento nas novas normas de prevenção contra incêndio e devido à falta 
de manutenção, o espaço passa por problemas em sua estrutura, tendo portas e janelas 
quebradas e paredes tomadas por pichações (Figura 54) e também não se enquadra nas 
normas de prevenção contra incêndio. De acordo com reportagem do AGORA RN 
(19/09/2017), o local também passou a ser ponto para uso e revenda de drogas, 
principalmente à noite. 
 
 
Fonte: https://bit.ly/2OLsrUz. 
Acesso em: 23. Out. 2018. 
Figura 52: Banco quebrado 
Fonte: https://bit.ly/2EBK9oL. 
Acesso em: 23 Out. 2018. 
Figura 53: Trave enferrujada 
https://bit.ly/2OLsrUz
https://bit.ly/2OLsrUz
https://bit.ly/2OLsrUz
https://bit.ly/2OLsrUz
https://bit.ly/2EBK9oL
https://bit.ly/2EBK9oL
https://bit.ly/2EBK9oL
https://bit.ly/2EBK9oL
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como agravante, além do fato da zona ser mais carente economicamente, a 
locomoção da zona Norte até outros pontos da cidade também não é fácil. Além do 
transporte público de má qualidade, observa-se que os moradores levam de 1 até 2 horas 
para se deslocar até outros pontos da cidade, como Zona sul e Centro, visto que o trânsito 
é caótico, a espera pelos transporte coletivo é longa e são encontrados 
congestionamentos diariamente nas saídas da Zona Norte, seja pela Ponte de Igapó, a 
mais utilizada, ou pela segunda opção de saída, a Ponte Newton Navarro (Figura 55) – 
inaugurada em 2007 com o intuito de resolver o problema do tráfego na Ponte de Igapó, 
mas que não conseguiu atingir este objetivo, como observa Simone Costa (2016), autora 
do texto ‘’Zona Norte de Natal: em busca da mobilidade perdida’’:
Figura 54: Situação atual do ginásio 
 
Fonte: https://bit.ly/2R63QXp. Acesso em: 23. Out. 2018. 
https://bit.ly/2R63QXp
https://bit.ly/2R63QXp
https://bit.ly/2R63QXp
https://bit.ly/2R63QXp
 
46 
 
Contudo, apesar do novo acesso, o problema do tráfego na ponte de Igapó não 
foi resolvido. Na verdade, a Newton Navarro garante maiores fluxos destinados 
ao capital imobiliário e turístico em detrimento da população mais pobre, tendo 
em vista dar acesso às praias urbanas (praia dos artistas, praia do meio e praia 
do forte) e a monumentos como o Forte dos Reis Magos e o Farol de Mãe Luiza. 
(COSTA, 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Essa dificuldade de locomoção acaba por gerar desinteresse em procurar por 
atividades de lazer e cultura por parte da população em locais distantes da sua 
residência. E, por não contar com equipamentos em condições de serem utilizados 
Fonte: https://glo.bo/2JlcvoH. 
Acesso em 11 Mar. 2018 
Fonte: https://bit.ly/2JqitEF. Acesso em 11. 
Mar. 2018. Adaptado pela autora, 2018 
Fonte: https://bit.ly/2Jp2WVK. Acesso em 
11 Mar. 2018. 
Figura 55: Figura 1: Cidade de Natal; sendo: A - Pontes em destaque; B - Ponte Newton Navarro; 
C - Ponte de Igapó 
 
47 
 
próximos, acabam, lamentavelmente, por se distanciar completamente dessas 
atividades. 
4.2 O Bairro 
Para a implantação do equipamento, foi escolhido o bairro Pajuçara, localizado no 
Zona Norte de Natal (Figura 56), com área de 776,43 hectares e limites: ao Norte pelo 
município de Extremoz, ao sul pelo Bairro da Redinha, ao leste também pelo município 
de Extremoz e ao Oeste pelos bairros Potengi e Lagoa Azul. A população do Pajuçara é 
de 19.865 habitantes e a formalização do local como bairro ocorreu em 1993, por meio 
da lei nº 4.328/93. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B 
 
Figura 56: Localização, onde: A - Cidade de Natal com destaque do Bairro Pajuçara 
Fonte: https://bit.ly/2JqitEF. Acesso em: 14 Jul. 2018. Adaptado pela autora, 2018 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/1993
 
48 
 
Com relação a infraestrutura, de acordo com a SEMURB (2012), o bairro possui 98,38% 
de água encanada, 98,43% de coleta regular de lixo, 45% de drenagem das aguas 
pluviais e 55% de pavimentação. 
4.3 O Terreno 
 O terreno para implantação da proposta se encontra na Av. Dr. João Medeiros 
Filho (Figura 57), que se encaixa no sistema viário como via arterial I, na categoria de 
vias de estruturação. 
 
 
 
A escolha do terreno se seu pela sua localização privilegiada com relação a Zona 
Norte, sendo uma das principais vias que permite acesso a todos os Bairros da Zona 
Norte e as outras zonas administrativas da cidade, bem como as praias do litoral Norte. 
Nesta via, o acesso é facilitado através das 46 linhas de ônibus que trafegam por lá, 
dentre estas, 6 são intermunicipais. O entorno do terreno conta com 4 pontos de ônibus, 
que irão dar suporte ao tráfego no novo equipamento. 
Figura 57: Localização do terreno no Bairro 
 
Fonte: https://bit.ly/2MvDPCW. Acesso em: 25 Ago. 2018 
Adaptado pela autora, 2018. 
https://bit.ly/2MvDPCW
https://bit.ly/2MvDPCW
https://bit.ly/2MvDPCW
 
49 
 
 A partir de análises feitas no entorno, constata-se que o terreno está inserido em 
uma área de grande incidência de uso comercial, no entanto, é predominantemente 
residencial, como é identificado no mapa 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar do entorno ser predominantemente residencial, observa-se a existência de 
uma quantidade insuficiente de equipamentos urbanos de uso público, ainda no Mapa 1, 
é possível perceber a existência de um único, em um raio de 300, que se trata de uma 
praça com quadra poliesportiva, em estado de degradação (Figura 58). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 58: Praça com quadra 
poliesportiva 
Fonte: https://bit.ly/2okYdrY. Acesso em: 29. Ago. 2018. 
Mapa 1: Mapa de uso do solo 
Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
https://bit.ly/2okYdrY
https://bit.ly/2okYdrY
 
50 
 
4.3.1 Dimensões e topografia 
 
O lote possui testadas e laterais de variadas dimensões, totalizando uma área de 
10.836m², de formato retangular (Figura 59) e topografia levemente acentuada, 
apresentando um desnível aproximado de 6 metros, onde cada cota de nível apresenta 
variação de 1 metro (Figura 60). 
 
 
 
 
 
Figura 59: Dimensões do terreno 
Fonte: https://bit.ly/2P6dyIc. Acesso em: 26 Ago. 2018. 
Adaptado pela autora, 2018. 
https://bit.ly/2P6dyIc
https://bit.ly/2P6dyIc
https://bit.ly/2P6dyIc
https://bit.ly/2P6dyIc
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.2 Vegetação 
 
Atualmente, o terreno se encontra fechado e sem uso, portanto, acabou sendo 
tomado por uma cobertura vegetal, no geral, composta por árvores de grande porte e 
algumas espécies de pequeno porte, identificadas na (Figura 61). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 60: Topografia do terreno 
Fonte: Elabora pela autora, 2018. 
Figura 61: Vegetação do terreno 
Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
52 
 
Além disso, também é observado o crescimento contínuo de capim dentro do 
terreno (Figura 62). 
 
 
Figura 62: Testada do terreno com capim em crescimento 
 
Fonte: https://bit.ly/2PVO8hB. Acesso em: 31. Ago. 2018. 
https://bit.ly/2PVO8hB
https://bit.ly/2PVO8hB
https://bit.ly/2PVO8hB
https://bit.ly/2PVO8hB
 
53 
 
4.3.3 Condicionantes climáticas 
 
De acordo com Zoneamento Bioclimático Brasileiro, da NBR 15220 (Figura 63), a 
cidade do Natal está inserida na Zona Bioclimática 08. No Clima Tropical (As') do 
Nordeste Oriental com chuvas de inverno-outono, caracterizado por ser um clima 
megatérmico (altas temperaturas) com verão seco e temperatura média mensal acima 
de 18°C em todos os meses do ano (IBGE, 1997; VIANELLO e ALVES, 2004; SILVA et 
al., 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As recomendações para construções na Zona Bioclimática 8, de acordo com o site 
Projeteee2, são ventilação natural, sombreamento e resfriamento evaporativo. 
Deste modo, o terreno em questão foi estudado para a melhor a aplicação dessas 
estratégias projetuais. Na cidade do natal, a incidência de ventilação durante o ano tem 
maior velocidade e maior duração (horas) entre o Nordeste e o Sul (Figura 64). 
 
2 http://projeteee.mma.gov.br/ 
 
Figura 63: Zoneamento Bioclimático do Brasil 
 
Fonte: https://bit.ly/2MzdsMB. Acesso em: 26 Ago. 2018. 
http://projeteee.mma.gov.br/
https://bit.ly/2MzdsMB
https://bit.ly/2MzdsMB
https://bit.ly/2MzdsMB
https://bit.ly/2MzdsMB
 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já a frequência, é predominante entre Leste e Sul, como é possível observar na 
rosa dos ventos (Figura 65). 
 
 
Figura 64: Rosa dos ventos (Velocidade) - Natal 
 
Fonte: Softwarer Sol-Ar. Acesso em: 31. Ago. 2018. 
Figura 65: Rosa dos ventos (Frequência) - Natal 
Fonte: Softwarer Sol-Ar. Acesso em: 31. Ago. 2018. 
 
55 
 
Com relação a incidência do solar, observa-se a que o sol nasce no lado Leste e 
se põe no lado Oeste. Para o melhor entendimento de como acontece a insolação no 
terreno em estudo, foram realizados os estudos em suas quatro testadas (Figuras 66 e 
67), a partir da carta solar de Natal/RN. 
 
 
 
 
Figura 66: Fachadas Norte e Sul - insolação 
 
Fonte: https://bit.ly/2Cc42i7. Acesso em: 02 Set. 2018. 
Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 67: Fachadas Leste e Oeste - insolação 
Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
 
57 
 
 Na tabela abaixo, é possível observar os horários de maior incidência dessa 
insolação em cada fachada, de acordo com os solstícios e equinócio. 
 
 
 
 
 
A partir deste estudo, conclui-se que para o anteprojeto aqui proposto, a ventilação 
natural deve ser privilegiada principalmente nas fachadas Sul e Leste, com aberturas 
direcionadas para as mesmas. Além disso, é necessário proteger as fachadas da 
insolação direta, deixando

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