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Psicologia Jurídica - Aula 1 - O papel do Psicólogo no contexto jurídico

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19
Psicologia Jurídica (SDE 4019)
Conteúdo online
PSICOLOGIA JUDICIÁRIA / Aula 1 – O papel do Psicólogo no contexto jurídico
Introdução
A Psicologia no contexto jurídico fundamenta-se no percurso histórico de um conjunto de intervenções especializadas no âmbito das necessidades do Estado de Direito, por meio da aplicação de determinados princípios psicológicos e métodos periciais na investigação de testemunhos, avaliação de perfis e processos psicopatológicos e no entendimento de fenômenos psicológicos instalados ou manifestados nas relações das pessoas com a Justiça e com as instituições judiciárias.
Dar relevância a esses dados históricos é importante para desenvolvermos uma reflexão sobre a prática profissional da Psicologia junto às instituições do Direito e sobre as mudanças que têm ocorrido, principalmente, após 1980, indicando novas perspectivas para o decorrer do século XXI.
Destaca-se a necessidade de conhecer determinadas terminologias da área jurídica e a importância de um trabalho interdisciplinar, junto a advogados, juízes, promotores, assistentes sociais e sociólogos. Esse é o grande desafio da psicologia jurídica: não ficar limitada aos conhecimentos advindos da ciência psicológica e trocar conhecimentos com ciências afins, buscando redimensionar a compreensão do agir humano, considerando os aspectos legais, afetivos e comportamentais.
Nesta aula, estudaremos a inserção do psicólogo no contexto jurídico. A Psicologia é de grande relevância ao ordenamento jurídico brasileiro, pois visa obter maior compreensão do comportamento do ser humano, para melhorar a solução dos litígios no contexto jurídico. Apresentaremos a história da inserção da Psicologia junto ao Direito, de uma forma geral e contextualizada no Brasil. Serão abordadas as atribuições do psicólogo nesta área, determinadas pelo Conselho Federal de Psicologia e que não mais estão restritas à avaliação psicológica.
Objetivos
Compreender a história da inserção da Psicologia junto ao Direito.
Conhecer o percurso da Psicologia jurídica no Brasil.
Identificar as atribuições do psicólogo jurídico, determinadas pelo Conselho Federal de Psicologia.
Primórdios da Psicologia Jurídica
Vamos relembrar um pouco de História. Da Idade Média ao século XVIII vão sendo construídos os ideais liberais da sociedade burguesa, que vão constituir os princípios do Direito Moderno - homem, sujeito da razão, livre e igual aos demais.
Fonte: Maisei Raman / Shutterstock, Denis Cristo / Shutterstock e MarijaPiliponyte / Shutterstock
O processo de fragmentação desse mundo, processo específico das sociedades ocidentais - constrói novas explicações para o mundo que vão superar os significados dados pela religião. Surge o mundo moderno que quebra a tradição que se fundamenta na religião e nas posições estáveis. O mundo é dinâmico, é um mundo em movimento. O homem é, agora, um ser moral, independente, autônomo, senhor do livre-arbítrio. Ele é um sujeito jurídico, portador da razão, que estabelece suas relações com os outros a partir de contratos sociais. A visão de mundo tem como eixo central o individualismo.
O Homem Vitruviano - Leonardo da Vinci - Acervo da Galeria Accademia – Veneza
A obra de Leonardo da Vinci “Homem Vitruviano”, é considerada 
um símbolo dohumanismo pois valoriza o homem em primeiro 
lugar, e isso é uma característica muito importante do 
humanismo, e também retrata como o homem é puro..
O indivíduo-cidadão é sujeito da razão. Livre-arbítrio e razão se interligam. No entanto, a afirmação da igualdade, que é parte da natureza humana redescoberta, produz a necessidade de pensar as diferenças. Mesmo que a igualdade jurídica esteja garantida, a diferença entre os indivíduos reside na sua interioridade. Portanto, temos dois entendimentos da natureza humana. Um, como razão, que afirma a igualdade entre os homens, possibilitando a vida em sociedade; outro, aponta uma desigualdade que está fora da sociedade, é biológica.
Sentavio / Shutterstock, etraveler / Shutterstock e Michele Paccione / Shutterstock
Com a primazia do conhecimento biológico, busca-se explicar aquilo que está além da sociedade, possibilitando até explicar os comportamentos humanos. Nesta época, aparecem estudos importantes como a Frenologia de Gall e a Antropologia Criminal de Cesare Lombroso, afirmando que a criminalidade era um fenômeno hereditário.
A Psiquiatria, estudo sobre a loucura, com Pinel (foto), no século XVIII, ganha um espírito iluminista que, ao longo do século XIX, agrega o seu conhecimento às teorias da degenerescência, que ligam a loucura individual à degeneração racial.
Fonte: Wikipedia
Nesse contexto científico, surgem algumas ciências, entre elas, a Psicologia, que apresenta fronteiras entre a Filosofia e a Biologia.
Tetiana Savaryn / Shutterstock
Nesse contexto científico, surgem algumas ciências, entre elas, a Psicologia, que apresenta fronteiras entre a Filosofia e a Biologia.
Para ler mais sobre a trajetória científica da psicologia, clique aqui. Anexo texto em PDF 1p.
Psicologia do Testemunho
Nenhum testemunho é perfeito, mas por meio dos instrumentos de análise psicológica é possível avaliar certo grau de fidedignidade do relato da testemunha através dos seguintes fatores:
Percepção
Abert / Shutterstock, WEB-DESIGN / Shutterstock, Fomalgaut / Shutterstock, vladwel / Shutterstock, siridhata / Shutterstock e Design Seed / Shutterstock
Memória
Decorrente de condições orgânicas, estado do observador, crenças, novas informações, emoções dolorosas e repressão. O estado emocional interfere na lembrança da memória da seguinte maneira
LighteniR / Shutterstock, e EgudinKa / Shutterstock
Outros fatores dizem respeito à expressão dos fatos que podem estar ligados à falta de inteligência verbal, ao ambiente da sala de audiência, aos tipos de perguntas e à linguagem usada pelo interrogador. Embora a testemunha não deva fazer juízos de valor sobre os fatos, vários processos, na maioria inconscientes, interferem na percepção, armazenamento e exteriorização das informações.
Esses diversos fatores, entre outros que não foram contemplados aqui, de ordem psicológica, influenciam diretamente na qualidade do testemunho. Todo evento presenciado passa pelo filtro interpretativo de cada pessoa e é composto por seus conhecimentos prévios, sentimentos e expectativas. E as interferências não param por aí.
De acordo com o que você acabou de ler, responda:
Os comentários de outras pessoas sobre o acontecimento, a mídia e/ou novas informações podem interferir na qualidade do testemunho de uma pessoa?
GABARITO
No processo de armazenamento dessas lembranças, também atuam fatores de ordem interna e externa, como os comentários de outras pessoas sobre o acontecimento, a mídia, novas informações. Por fim, na reconstrução do fato a testemunha tende a preencher eventuais lacunas com informações já existentes em seu psiquismo e que podem não estar relacionadas à realidade dos acontecimentos.
Ao Direito interessa a realidade efetiva dos fatos, mas nem sempre ocorre uma relação direta com a realidade psíquica das testemunhas. Um mesmo fato pode gerar diferentes interpretações, porque cada indivíduo possui uma forma particular de entender o mundo. O que a mente percebe e retém dos acontecimentos depende de fatores internos e externos, que são:
FATORES INTERNOS
FATORES EXTERNOS
Estudos acerca dos sistemas de interrogatório, os fatos delitivos, a detecção de falsos testemunhos, as amnésias simuladas e os testemunhos de crianças impulsionaram a ascensão da então denominada Psicologia do Testemunho (GARRIDO, 1994).
É importante entender que esses fatos não invalidam a utilização dos instrumentos de análise psicológica para que possam favorecer a compreensão da verdade perseguida pelo Direito. Embora a prova testemunhal seja o meio mais inseguro, em muitos processos ela se constitui o principal fundamento da decisão que resolve a controvérsia.
Nesse sentido, é fundamental que os profissionais do Direito possam entendera extensão com que ocorrem as interferências emocionais sobre o testemunho, aumentando as chances de melhor atuação com as testemunhas, obtendo delas um relato que seja mais próximo possível da realidade.
Psicologia Jurídica no Brasil
Andrew Krasovitckii / Shutterstock
Fonte: Cozy nook / Shutterstock
Atribuições do Psicólogo Jurídico no Brasil
Para que você conheça o trabalho do psicólogo jurídico no Brasil é preciso entender que nesta área há uma predominância das atividades de confecções de laudos, pareceres e relatórios, pressupondo-se que compete a essa Psicologia uma atividade primordialmente avaliativa e de subsídio aos magistrados.
Agora, responda:
O psicólogo, ao concluir o processo da avaliação, pode levantar propostas para os conflitos apresentados?
 Sim
Não
O psicólogo pode determinar os procedimentos jurídicos que deverão ser tomados?
Sim
Não
O psicólogo pode sugerir e/ou indicar possibilidades de solução da questão apresentada pela situação judicial?
Sim
Não
GABARITO
É importante que você saiba que o psicólogo, ao concluir o processo da avaliação, pode levantar propostas para os conflitos apresentados, mas jamais determinar os procedimentos jurídicos que deverão ser tomados. Ao juiz cabe a decisão judicial. Não compete ao psicólogo realizar esta tarefa. É preciso esclarecer essa situação, reforçando a ideia de que o psicólogo não decide, apenas conclui a partir dos dados levantados mediante a avaliação e pode, assim, sugerir e/ou indicar possibilidades de solução da questão apresentada pela situação judicial.
Entretanto, nem sempre o trabalho do psicólogo jurídico está ligado à questão da avaliação e consequente elaboração de documentos, conforme é estabelecido pelo documento denominado Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil que foi uma contribuição do Conselho Federal de Psicologia ao Ministério do Trabalho para integrar o Catálogo Brasileiro de Ocupações, enviado em 17 de outubro de 1992 e válido até hoje. Vejamos:
	
Psicólogo Jurídico
Atua no âmbito da Justiça, nas instituições governamentais e não governamentais,
 colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos 
e prevenção da violência. Para tanto, sua atuação é centrada na orientação do dado psicológico 
repassado não só para os juristas como também aos sujeitos que carecem de tal intervenção.
Contribui para a formulação, revisões e interpretação das leis.
	
Detalhamento das Atribuições
	
	
	
	
	
1. Asseora na formulação, revisão e execução de leis.
	
	
	
	
	
	
2. Colabora na formulação e implantação das políticas de cidadania e direitos humanos.
	
	
	
	
	
	
3. Realiza pesquisa visando a construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito.
	
	
	
	
	
	
4. Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes 
e adultos em conexão processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, 
testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças ou 
determinação da responsabilidade legal por atos criminosos.
	
	
	
	
	
	
5. Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, 
da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias a 
serem anexados aos processos.
	
	
	
	
	
	
6. Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre que solicitar alguma 
providência, ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz, durante a execução 
da perícia.
	
	
	
	
	
	
7. Eventualmente participa de audiência para esclarecer aspectos técnicos em 
Psicologia que possam necessitar de maiores informações a leigos ou leitores 
do trabalho pericial psicológico (juízes, curadores e advogados).
	
	
	
	
	
	
8. Elabora laudos, relatórios e pareceres, colaborando não só com a ordem 
jurídica como com o indivíduo envolvido com a Justiça, através da avaliação
 das personalidades destes e fornecendo subsídios ao processo judicial quando 
solicitado por uma autoridade competente, podendo utilizar-se de consulta aos 
processos e coletar dados considerar necessários a elaboração do estudo psicológico.
	
	
	
	
	
	
9. Realiza atendimento psicológico através de trabalho acessível e comprometido 
com a busca de decisões próprias na organização familiar dos que recorrem a 
Varas de Família para a resolução de questões.
	
	
	
	
	
	
10. Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às 
Instituições de Direito, visando a preservação de sua saúde mental, bem como
 presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares.
	
	
	
	
	
	
11. Participa da elaboração e execução de programas sócio educativos 
destinados a criança de rua, abandonadas ou infratoras.
	
	
	
	
	
	
12. Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob
 o ponto de vista psicológico, quanto as tarefas educativas e profissionais 
que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais.
	
	
	
	
	
	
13. Assessora autoridades judiciais no encaminhamento à terapias 
psicológicas, quando necessário.
	
	
	
	
	
	
14. Participa da elaboração e do processo de Execução Penal e assessorar a 
administração dos estabelecimentos penais quanto a formulação da política 
penal e no treinamento de pessoal para aplicá-la.
	
	
	
	
	
	
15. Atua em pesquisas e programas de prevenção à violência e desenvolve 
estudos e pesquisas sobre a pesquisa criminal, construindo ou adaptando 
instrumentos de investigação psicológica.
	
Documentos elaborados pelo Psicólogo
Para finalizarmos nosso conhecimento da Psicologia aplicada ao Direito, muito falamos sobre as avaliações que se tornaram, durante muito tempo, uma prática extremamente valorizada em relação ao trabalho do psicólogo.
O processo de avaliação psicológica utiliza-se dos instrumentais técnicos:
Artistdesign13 / Shutterstock
A Resolução 007 de 2003, do Conselho Federal de Psicologia, instituiu o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo. É claro que o profissional ligado à área do Direito não terá de saber sobre a elaboração destes documentos, no entanto é recomendado que tenha conhecimento da existência destes documentos e sua utilização, para que possa, nos casos em que atua e se for necessário, solicitar ao psicólogo o documento mais pertinente. Vamos estudar, resumidamente, cada um destes documentos.
DECLARAÇÃO
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário;
b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários).
ATESTADO PSICOLÓGICO
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução;
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na afirmação.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo documento, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
PARECER
É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
O parecer tem como finalidade apresentar respostaesclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
Doutora em Psicologia Elsa.
Atividade
Concurso de Provas e Títulos para Concessão do Título de Especialista em Psicologia e seu respectivo registro - CFP - 2010
Psicologia e Direito, apesar de terem um mesmo objeto de interesse, divergem quanto aos métodos de aproximação e compreensão do comportamento humano (Rovinski, 2007).
Avalie as seguintes afirmativas quanto às diferenças de paradigmas entre estas duas disciplinas.
I. O Direito necessita trabalhar com o conceito de livre-arbítrio, enquanto a Psicologia estuda os determinismos da conduta.
II. Juristas necessitam trabalhar com graus de certeza sobre a previsibilidade de conduta que a Psicologia não consegue oferecer.
III. O pluralismo das teorias psicológicas favorece a integração com o Direito, pois possibilita diferentes opções de interpretação da conduta.
IV. Psicologia e Direito diferem em relação a seus propósitos, cabendo ao Direito a proteção da ordem pública.
Assinale a resposta correta:
Todas as afirmações.
Apenas as afirmações I, II e III.
Apenas as afirmações I, II e IV.
Apenas as afirmações I e II.
Nenhuma das afirmações.
Resumo do conteúdo
· Primórdios da Psicologia Jurídica;
· Psicologia do testemunho;
· Psicologia Jurídica no Brasil;
· Atribuições do Psicólogo Jurídico no Brasil;
· Documentos elaborados pelo Psicólogo.
Referências da Aula 1
· ALTOÉ, S. Atualidade da psicologia jurídica. Psibrasil Revista de Pesquisadores da Psicologia no Brasil, 2. Disponível em: http://www.saladedireito.com.br/2010/03/texto-atualidade-da-psicologia-juridica.html Acesso em: 11 mar. 2017.
· BRITO, L. M. T. Reflexões em torno da psicologia jurídica. In: CRUZ, R. M.; MACIEL S. K.; RAMIREZ, D. C. O trabalho do psicólogo no campo jurídico. São Paulo: Casa do Psicólogo,2005. p.9-17.
· CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico - V. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
· FERNANDES, M. A. O trabalho do psicólogo junto ao sistema penitenciário: tratamento penal. Aletheia, 7, 1998, p. 41-49.
· FOUCAULT, M. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU, 1996.
· GARRIDO, E. M. Relaciones entre la psicologia y la ley. In: SOBRAL, R. ; ARECE, R.; PRIETO, A. L. Manual de psicologia jurídica. Barcelona: Paidós, 1994.
· JACÓ-VILELA, A.M. Os primórdios da Psicologia Jurídica. In: BRITO, L. M. T.de (Org.). Temas de Psicologia Jurídica. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
· MIRA Y LOPEZ, E. Manual de Psicologia Jurídica. Campinas: Servanda, 2013.
· ROVINSKI, S. L. R. La psicologia jurídica em Brasil. In: URRA, J. Tratado de Psicología Forense Madrid. Espanha: Siglo Veintiuno de España Editores, 2002, p.661-665.
· TABAJASKI, B.; GAIGER, M.; RODRIGUES, R. B. O trabalho do psicólogo no juizado da infância e da juventude de Porto Alegre/RS. Aletheia, 7, 1998. p. ode não estar relacionadas à realidade dos acontecimentos.
Explore +
• Leia os artigos:
- BRITO, L. M. T. de. Anotações sobre a Psicologia Jurídica. Psicologia: ciência e profissão, 2012, 32(num. esp.), 194-205. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pcp/v32nspe/v32speca14.pdf. Acesso em: 11 mar. 2017
- FREITAS, M. de A. Psicologia forense e Psicologia jurídica: aproximações e distinções. Disponível em: https://aplicacao.mpmg.mp.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1137/R%20DJ%20Psicologia%20juridica%20-%20marcel.pdf?sequence=1 Acesso em: 11 mar. 2017
- SILVA, M. C. R. da; FONTANA, E. Psicologia Jurídica: caracterização da prática e instrumentos utilizados. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 2, n. 1, p. 56-71, jun. 2011. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/eip/article/viewFile/10646/9335 Acesso em: 11 mar. 2017.
• Acesse os links:
- Associação Brasileira de Psicologia Jurídica. Disponível em: http://www.abpj.com.br/?cd=1810
- Atribuições profissionais do psicólogo. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo.pdf
- Resolução 007/2003 - Conselho Federal de Psicologia. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf
• Assista ao vídeo:
CRP SP - Entre o direito e a Lei: uma História da Psicologia Jurídica em São Paulo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8aOfdiuHn14

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