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INICIAÇÃO À PESQUISA I Prof. Nilton Luiz Souto nilton.souto@ifsuldeminas.edu.br SENSO COMUM Representa o conhecimento construído no cotidiano, fruto da experiência de vida Modelo de raciocínio de senso comum Repetição em situações similaresProblema Tentativa Acerto Erro Não proporciona sequência da investigação Compreender o princípio ativo da planta; Eventuais efeitos adversos; Entendimento da posologia mais adequada RACIOCÍNIO CIENTÍFICO Utiliza métodos rigorosos para compreender as causas dos fenômenos e correlacioná-las às sequências Modelo de raciocínio científico Observação do fenômeno Formulação de hipóteses Experimentação Generalização - Conhecimentos prévios que permitam a formulação de um problema. - Formulação racional de afirmações que respondam ao problema identificado. - Tentativa de se confirmar ou refutar uma hipótese. - Quando a hipótese é confirmada, deve ser testada em situações similares para que seja generalizada NEUTRALIDADE CIENTÍFICA Um texto científico jamais deverá conter impressões pessoais sobre um determinado assunto, a não ser que isso seja esclarecido. A ciência, ainda tem fortes raízes na corrente positivista, o que faz com que se acredite que a verdade não parte da impressão do sujeito, mas da experimentação controlada. CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA Objetividade Clareza Imparcialidade Racionalidade O que é pesquisa? Minayo (1993, p.23): “Atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente acabado e permanente. É uma atividade de aproximação excessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teorias e dados”. MINAYO, Maria Cecília de Souza Demo (1996, p.34): “Questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. DEMO, Pedro Gil (1999, p.42): “Processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. GIL, Antonio Carlos O PESQUISADOR E A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA DIFERENÇAS ENTRE OS ELEMENTOS FORMAIS E INFORMAIS DA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA COMUNICAÇÃO FORMAL COMUNICAÇÃO INFORMAL Pública. Privada. Informação armazenada de forma permanente, recuperável. Informação não-armazenada, não recuperável. Informação relativamente velha. Informação recente. Informação comprovada. Informação não comprovada. Disseminação uniforme. Direção do fluxo escolhida pelo produtor. Redundância moderada. Redundância às vezes muito importante. Ausência de interação direta. Interação direta Fonte: LE COADIC, Y-F. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996. CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS Segundo a área de conhecimento Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) 1 – Ciências Exatas e da Terra 2 – Ciências Biológicas 3 – Engenharias 4 – Ciências da Saúde 6 – Ciências Sociais e Aplicadas 7 – Ciências Humanas CLASSIFICAÇÕES DAS PESQUISAS Pesquisa Quantitativa Pesquisa Qualitativa Pesquisa Bibliográfica Pesquisa Documental Pesquisa Experimental Levantamento Estudo de caso Pesquisa-Ação Pesquisa Participante Uma mesma pesquisa pode estar, ao mesmo tempo, enquadrada em várias classificações. Método Tipo Técnicas Questionários Entrevistas Observação (Diário de campo) QUALIDADES PESSOAIS DO PESQUISADOR O êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de certas qualidades intelectuais e sociais do pesquisador: a) Conhecimento prévio do assunto a ser pesquisado; b) Curiosidade; c) Criatividade; d) Integridade intelectual; e) Atitude autocorretiva; f) Sensibilidade social; g) Imaginação disciplinada; h) Perseverança e paciência; i) Confiança na experiência. A IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO “PRÁXIS” A reflexão possibilita reconstruir a prática. Quem relata se coloca como sujeito que se auto interroga e deseja compreender a própria prática. A definição do tema da pesquisa pode surgir com base: • Nas suas vivências e observações do cotidiano; • Nas suas experiências pré-profissionais; • Nos contatos com os conteúdos das disciplinas estudadas; • Nas interações com professores; • Na leitura de pesquisas já realizadas. AS ETAPAS DA PESQUISA PLANEJAMENTO DA PESQUISA 1 – Escolha do tema; 2 – Formulação do problema; 3 – Determinação dos objetivos; 4 – Justificativa 5 – Revisão de literatura; 6 – Metodologia; 7 – Coleta de dados; 8 – Tabulação de dados; 9 – Análise e discussão dos resultados; 10 – Conclusão da análise dos resultados; 11 – Redação e apresentação do trabalho científico. ESCOLHA DO TEMA O tema é um aspecto ou uma área de interesse que se deseja desenvolver O que pretendo abordar? Quais os meus conhecimentos prévios a respeito do tema? Que aspectos da minha trajetória pessoal, profissional ou acadêmica motivaram a escolha do tema? Como vejo minha atuação no ambiente acadêmico? (analise crítica, destacando sua preferência e sua aptidão para lidar com o tema escolhido) O que me motiva a trabalhar com este tema? Que materiais, recursos humanos e físicos serão necessários para a execução da pesquisa? RECORTES: evita dispersão e perda de tempo OS CONTATOS COM O PROFESSOR ORIENTADOR E A ESCOLHA DO TEMA Leituras realizadas Conversações ou comentários A ESCOLHA DO TEMA Experiências pessoais (vivências) Curiosidade sobre determinado assunto Conteúdo abordado em uma disciplina Elaborar um trabalho sobre um tema que não desperta o interesse, pode transformar-se em tarefa demasiadamente pesada. Com base em suas experiências, o professor orientador é capaz de sugerir temas de pesquisa, indicar leituras e advertir quanto as dificuldades que poderão decorrer da escolha de determinados temas. ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA ALGUNS CRITÉRIOS: A acessibilidade a uma bibliografia sobre o assunto; A relevância (utilidade, importância prática ou teórica); A exequibilidade (possibilidade de desenvolver bem o assunto dentro dos prazos) Necessidade de reformular o cronograma. Delimitar o tema (selecionar aspectos, definir sua extensão, profundidade e abordagem). onde (no município, no estado, no país...) Ex: Evasão Escolar em que nível (no ensino fundamental, médio...) qual o enfoque (sociológico, psicológico...) ASSUNTO, TEMA E PROBLEMA Assunto – é uma grande área de estudo Tema – é um assunto específico dentro de uma área de estudo Problema – é uma questão a ser resolvida sobre um tema específico Assunto Tema Tema Problema Problema Problema Problema O tema precisa estar com os limites bem definidos. Delinquência Juvenil Delinquentes Juvenis Assunto População Os crimes cometidos por delinquentes juvenis Variável a ser observada População O efeito do uso de tóxicos nos crimes cometidos por delinquentes juvenis Relação de duas variáveis População A influência do uso de tóxicos em crimes de homicídio cometidos por delinquentes juvenis na cidade de São Paulo Relação de duas Tipo de População Local variáveis delinquência ESCOLHA DO TEMA: PROBLEMATIZANDO A PRÁTICA EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAIS Postura pedagógica adotada pelos professores influenciaram na minha escolha profissional: germinação do feijão; Aulas expositivas centradas no conteúdo e na memorização: sala da tabuada, educação física, classificação das turmas, disposição das carteiras e estratégias de avaliação. EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS Socialização com professores (individualismo docente) e alunos (pressuposto); Contato com as Diretrizes e Parâmetros Curriculares. Distanciamento entre a teoria e a prática. DEFINIÇÃO DO TEMA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E COMPETÊNCIASINTRODUÇÃO • Apresentação geral da proposta de trabalho, enfatizando: - Aspectos da trajetória pessoal e profissional que motivaram a escolha do tema; - As razões da escolha da temática; - A importância do trabalho; - A justificativa; - Questão/problema principal que orienta o estudo; - Questões secundárias; - Hipótese(s); - O objetivo geral e os objetivos específicos do trabalho; IMPORTANTE: Criar um link finalizando a Introdução e anunciando os próximos tópicos/capítulos. INTRODUÇÃO É adequado citar os autores mais importantes, no entanto, evite fazer citações na Introdução, deixando-as para a Revisão de Literatura. JUSTIFICATIVA Por que estudar esse tema (ordem teórica e/ou prática)? Quais as vantagens e benefícios que o TCC irá proporcionar? Qual a importância pessoal ou cultural do TCC? INTRODUÇÃO QUESTÕES NORTEADORAS FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Que pergunta estou disposto a responder? Definir claramente o problema Delimitá-lo em termos de tempo e espaço DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOS O que pretendo alcançar com o TCC? Objetivo geral: qual o propósito da pesquisa? Objetivos específicos: abertura do objetivo geral em outros menores DELIMITAÇÃO Restrição do campo de interesse REVISÃO DE LITERATURA Fundamentação teórica adotada para tratar o tema e o problema da pesquisa Quem já escreveu e o que foi publicado sobre o assunto? Que aspectos já foram abordados? Quais as opiniões similares e diferentes a respeito do tema? Quais as lacunas existentes na literatura? Quais os procedimentos estão sendo empregados no estudo do problema? Pesquisa bibliográfica é aquela baseada na análise de literatura já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas, imprensa escrita e disponibilizada na Internet. REVISÃO DE LITERATURA É de extrema importância e irá familiarizar o leitor com outros estudos Demonstra a necessidade da realização do estudo Obtenção de resultados expressivos por outros autores: Quem já pesquisou algo semelhante? Existem trabalhos semelhantes? Existem pesquisas e publicações na área? OBJETIVOS: - Fazer um histórico sobre o tema - Atualizar-se sobre o tema escolhido - Encontrar respostas aos problemas formulados - Levantar contradições sobre o tema - Evitar repetição de trabalhos já realizados PROJETO DE PESQUISA REFERENCIAL TEÓRICO DELINEAMENTO DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA LEITURA EXPLORATÓRIA Como se trata de um projeto de pesquisa, os referenciais teóricos para a análise dos dados deverão ser buscados por meio de uma leitura exploratória. Por serem essenciais para a realização da pesquisa, as produções levantadas através da leitura exploratória deverão ser inseridas logo abaixo do referencial teórico usado na elaboração do projeto de pesquisa: PRODUÇÕES A SEREM LIDAS REVISÃO DE LITERATURA • Neste momento, caracterizado pela elaboração do Projeto de Pesquisa, não existe a necessidade de um grande aprofundamento nos embasamentos teóricos, assim, procure esclarecer alguns conceitos e pressupostos teóricos que darão fundamentação ao Trabalho que será desenvolvido, bem como as contribuições sobre o tema proporcionadas por pesquisadores. • Procure demonstrar conhecimento de referenciais teóricos básicos anteriormente publicados, situando a evolução do tema. • Aponte às contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto. • A revisão de literatura não é constituída apenas por referências ou síntese, mas por discussão crítica das obras citadas. • Os autores mencionados no Projeto de Pesquisa deverão constar obrigatoriamente nas Referências Bibliográficas. FICHAMENTO A pesquisa bibliográfica não é um resumo dos trabalhos, mas um confronto de ideias que, ao final, fará com que você tire suas próprias conclusões. FICHAMENTO REFERÊNCIAS: dados da fonte consultada: autor, título, veículo de comunicação do trabalho, cidade onde foi publicado o trabalho, editora e ano. OBJETIVOS: explicite os objetivos do trabalho consultado. MÉTODO: Método de pesquisa utilizado. PRINCIPAIS RESULTADOS: resumo dos principais resultados da obra consultada. CITAÇÕES: Transcrição na íntegra dos trechos relevantes. Indique o número da página onde se encontra o trecho extraído. COMENTÁRIOS: Comentários sobre a obra consultada: como a literatura aborda a questão pesquisada? Quais os principais pontos de convergência e divergência com outras pesquisas? FICHAMENTO FICHAMENTO REFERÊNCIAS: PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. OBJETIVOS: Refletir o conceito de competência. MÉTODO: Pesquisa bibliográfica e documental. PRINCIPAIS RESULTADOS: Identificação do caráter polissêmico de competências. CITAÇÕES: Competência é “uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimento, mas sem limitar-se a eles” (PERRENOUD, 1999, p. 7). COMENTÁRIOS: Importância do desenvolvimento integral dos alunos (cognitivo, afetivo, emocional, atitudes e valores). CITAÇÃO É a “menção de uma informação extraída de outra fonte” (ABNT, 2002, p. 1). CITAÇÃO DIRETA: é quando transcrevemos o texto utilizando as próprias palavras do autor. A transcrição literal virá entre “aspas”. Exemplo: Segundo Vieira (1998, p. 5) o valor da informação está “diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a atingirem as metas da organização.” CITAÇÃO INDIRETA: é uma citação livre, usando as suas palavras para disser o mesmo que o autor disse no texto. Contudo, é necessário dar crédito ao autor da ideia. Exemplo: O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos tomadores de decisões a atingirem os objetivos da empresa (VIEIRA, 1998). METODOLOGIA • Conjunto de métodos (caminhos) utilizados para a condução da pesquisa. • Respeite a sequência cronológica em que as ações serão desenvolvidas. • Questões norteadoras que poderão contribuir para a escrita: - A pesquisa envolve aspectos qualitativos, quantitativos ou ambos? - Você irá desenvolver uma pesquisa bibliográfica? - Você irá fazer análise documental? - Quais serão às contribuições da pesquisa bibliográfica e/ou da análise documental? - Que critérios você utilizará para a escolha da instituição ou outro contexto como foco de estudo? - Qual o cenário da pesquisa e os sujeitos pesquisados? - Que instrumentos serão utilizados para fazer os registros? - Em quais meses as ações serão executadas? - Serão feitas transcrições? -Serão aplicados questionários? - Como os dados coletados serão analisados? METODOLOGIA: COLETA DE DADOS Quais os instrumentos de coleta de dados (observação, entrevista, questionário aberto, fechado e/ou de múltipla escolha)? Como e através de que meios será o processo de coleta de dados? Por quem? Quando? Onde? Como foram construídos os instrumentos de pesquisa? METODOLOGIA: TABULAÇÃO DOS DADOS De que forma ocorrerá a tabulação dos dados? Como organizar os dados obtidos? Quais os recursos: índices, cálculos estatísticos, tabelas, quadros e/ou gráficos? METODOLOGIA: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Como os dados coletados serão analisados? Pesquisa de campo ou de laboratório? Como pretende acessar suas fontes de consulta (fichá-las, lê-las, resumi-las, construir seu texto, etc.)? AÇÕES 2015 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Levantamento bibliográfico e documental X X Revisão de literatura e análise documental X X X X X Elaboração de um questionário e aplicação em um grupo piloto X Aplicação do questionário X Análise dos questionários X X Elaboração das questões que serão utilizadas nas entrevistas. X Realização das entrevistas X Análise das entrevistas X X Articulação das análises dos questionários e entrevistas X X Elaboração dos produtos finais do TCC X X Conclusão, impressão e entrega do TCC X Apresentação do TCC X CRONOGRAMA RECURSOS HUMANOS MATERIAIS E FINANCEIROS Qualquer empreendimento de pesquisadeve considerar os recursos humanos, materiais e financeiros a sua efetivação. ORÇAMENTO DA PESQUISA MATERIAL PERMANENTE (máquinas, equipamentos, computadores, impressoras, livros, etc.) ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO TOTAL MATERIAL DE CONSUMO (papel, tinta para impressora, canetas, material de limpeza) ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO TOTAL DESPESAS COM LOCOMOÇÃO (transportes) ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO TOTAL Elabore um orçamento com a estimativa dos investimentos necessários REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA A SER UTILIZADA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Lidas para a elaboração do projeto de pesquisa. BIBLIOGRAFIA A SER UTILIZADA: Deverão ser lidas para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Ex: AFONSO, Natércio; CANÁRIO, Rui. Estudos sobre a situação da formação inicial de professores. Porto: Porto Editora, 2002. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Todos e, somente, os autores citados no corpo do projeto de pesquisa devem aparecer nas referências bibliográficas e vice-versa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Dispor os autores em ordem alfabética. CORTELLA, Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez, 2008. CORTELLA, M. S. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez, 2008. Documentos: BRASIL. Decreto n° 6.096, de 24 de Abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Brasília: 2007. Disponível em: <http://www.uftm.edu.br/upload/REUNI/Decreto%20n6096.pdf>. Acesso em: 28 de maio de 2010. ANEXOS Tabelas com dados suplementares; Leis; Pareceres; Cartas com informações consultadas; Textos originais. ERRATA Correções tipográficas anexadas a um livro, manual ou publicação. Página Linha Onde se lê Leia-se 40 2 Meodologia Metodologia RELATANDO OS RESULTADOS DA PESQUISA: ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS Prof. Nilton Luiz Souto nilton.souto@ifsuldeminas.edu.br O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NORMAS PARA REDAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) RESULTADOS E DISCUSSÃO: Onde devem ser apresentados, de forma precisa e clara, os resultados obtidos e a comparação dos resultados alcançados pelo estudo com aqueles descritos na revisão de literatura. Em alguns casos a discussão pode ser reunida aos resultados. CONCLUSÃO: A conclusão é a parte onde o autor se coloca com liberdade científica, avaliando os resultados obtidos e propondo soluções e aplicações práticas. RESULTADOS Para maior clareza, os resultados podem ser acompanhados de tabelas, figuras, gráficos ou quadros com estatísticas obtidas com a aplicação e desenvolvimento do(s) método(s). RESULTADOS EVITE: • Figura e/ou tabela com legenda fora do lugar, cortada (com título numa página e o corpo na seguinte); • Figura ou tabela incompleta (não se esqueçam que devem ser autoexplicativas); • Figuras e tabelas que mostram a mesma coisa (verifique a que for mais interessante do ponto de vista didático); • Excesso ou tamanho inadequado de tabelas e figuras, e ainda, vários gráficos numa única página sem explicações. DISCUSSÃO: PARTE DO TRABALHO QUE PERTENCE REALMENTE AO AUTOR • Uma discussão bem feita dá sentido e interpretação aos dados apresentados na seção de Resultados. • Articula os elementos que compõem o Trabalho: concorda ou discorda, debate dúvidas e certezas. • Não enfatiza somente os resultados, mas o trabalho como um todo: discussão das hipóteses, dos métodos, dos resultados. • Evite o uso de gírias e frases pessoais: eu acho, eu penso, eu acredito, eu imagino, eu entendo, eu sugiro, etc. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS • O pesquisador interpreta os dados colhidos na pesquisa. • Os dados devem ser interpretados e não recapitulados. • A discussão sempre remete ao problema, aos objetivos e à hipótese que foram apresentados na Introdução. • A capacidade de interpretar criticamente os resultados é a melhor demonstração de que o autor conhece o assunto e o método que empregou. DISCUSSÃO: COMPARANDO ESTUDOS SIMILARES • Verificar se os estudos são mesmos comparáveis: quais os pontos de semelhanças/diferença metodológica?. • Expor contradições e buscar explicações: até que ponto os resultados da pesquisa estão de acordo com os resultados de outros trabalhos publicados? • Os resultados respondem a pergunta de pesquisa formulada? • Quais as inferências podem ser levantadas a partir dos resultados? DISCUSSÃO: COMPARANDO ESTUDOS SIMILARES • Qual a importância dos resultados encontrados? • Quais são os fatos que indicam que o resultado da pesquisa corroboram determinada teoria? • Há resultados inesperados? • É possível fazer generalizações? • Os resultados não confirmam a hipótese? • Quais as limitações do estudo? CONSIDERAÇÕES FINAIS/ CONCLUSÕES • Uma discussão bem fundamentada facilita as Conclusões. • Concluir com base no que se discutiu. • Não podem ir além do que os resultados encontrados permitem. • Devem ser breves e claras. • Podem ser descritas sob a forma de um “texto corrido” ou apresentadas em uma sequência de tópicos. • Deve ser uma resposta clara ao problema de pesquisa. • Contribuições do estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES • Tome muito cuidado para não ficar repetindo o que foi apresentado em Resultados e Discussão (nestes deve-se evitar inserir conclusões). • Utilize “Considerações Finais”, em vez de Conclusão(ões) se o trabalho não é conclusivo. ÉTICA NA REALIZAÇÃO DE UMA PESQUISA O CASO TUSKEGEE Em 1932, pesquisadores americanos ligados ao centro de Saúde Tuskegee selecionaram alguns pacientes negros com sífilis. O objetivo do estudo era traçar a história natural da doença. Nessa pesquisa os pacientes não foram informados corretamente sobre sua doença e ainda recebiam compensações financeiras para serem tratados como cobaias. Na década de 1950 foi descoberto o tratamento da doença, mas os médicos que conduziam os estudos não iniciaram a terapia nos pacientes, pois isso prejudicaria o andamento da pesquisa. ÉTICA NA REALIZAÇÃO DE UMA PESQUISA • Guardar sigilo sobre os dados que foram fornecidos sob a condição de não serem divulgados; • Não alterar ou induzir os resultados; • Não publicar trabalhos que não deem crédito a todos os participantes da pesquisa; • No caso de entrevistas, fornecer com antecedência ao entrevistado a transcrição da coleta de dados; • Não citar ideias ou transcrever textos de terceiros sem a devida referência. CAPA NOME COMPLETO DO ALUNO TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA INCONFIDENTES – MG FEVEREIRO – 2019 FOLHA DE ROSTO NOME COMPLETO DO ALUNO TÍTULO DO TRABALHO INCONFIDENTES – MG FEVEREIRO – 2017 Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para a aprovação na disciplina de Iniciação de Pesquisa I do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Inconfidentes. Orientador(a): FOLHA DE APROVAÇÃO NOME COMPLETO DO ALUNO TÍTULO DO TRABALHO Data de aprovação: ___ de __________ de 2019 _________________________________________ Orientador (Instituição) _________________________________________ Membro 1 (Instituição) _________________________________________ Membro 2 (Instituição) Dedicatória (opcional) Agradecimentos (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo (ao final do projeto) Sumário (ao final do projeto) Listas de ilustrações (opcional) Listas de abreviações (opcional) METODOLOGIA: DELINEAMENTO DE UMA PESQUISA EXPERIMENTAL A pesquisa experimental se caracteriza pela clareza, precisão e parcimônia CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES Se alunos forem elogiados pelo professor por estarem indo bem na leitura, sua produtividade aumenta? Se alunos forem elogiados pelo professor por estarem indo bem na leitura,sua produtividade aumenta Problema: forma interrogativa Hipótese: forma afirmativa METODOLOGIA: DELINEAMENTO DE UMA PESQUISA DOCUMENTAL FONTES DOCUMENTAIS CLÁSSICAS • Arquivos públicos e documentos oficiais; • Imprensa; • Arquivos privados (igrejas, empresas, associações de classe, partidos políticos, sindicatos associações científicas, etc. FONTES DOCUMENTAIS CONTEMPORÂNEAS • Fotografias • Filmes • Gravações sonoras • CD-ROM, DVD • Arqueologia e Paleontologia: artefatos e fósseis • Antropologia: cartas, bilhetes, fotografias, pichações em prédios públicos Seleção dos documentos a serem analisados Definição de unidades de análise: palavras, frases, temas, personagens, acontecimentos, etc. Tratamento dos dados: verificação da frequência das palavras e combinação das palavras. OBSERVAÇÃO Objetivo: mensurar uma determinada realidade. Procedimento: observar o fenômeno que investiga e registrar a quantidade de vezes que ele se repete em um dado período de tempo. Pode ser registrado no momento do acontecimento ou registrado em vídeo para posterior levantamento. Exemplo: transformar as reações das pessoas em números: Curiosidade Surpresa Medo Interesse A coleta de dados não inclui a análise destes. Na fase da coleta é preciso relatar a realidade como ela é. ENTREVISTA Objetivo: mensurar uma determinada realidade, enfatizando a contagem de determinado evento, o que pode ser acompanhado por dados complementares, como a expressão daquele que fala. Em uma abordagem quantitativa, a entrevista é realizada utilizando-se um roteiro previamente estabelecido. Vantagem: o pesquisador é capaz de observar a reação dos sujeitos da pesquisa, possibilitando dar profundidade à sua análise. QUESTIONÁRIOS QUESTIONÁRIOS São formados por um conjunto de questões agrupadas que trazem as possíveis respostas (hipóteses) previstas por quem desenvolveu. Vantagem: pode ser feito por correio eletrônico, mala direta tradicional, elaborado na internet. Quizz: questionário de perguntas simples e curtas que visa fazer uma rápida avaliação sobre um assunto bem delimitado. Sondagens: são pesquisas rápidas que têm o objetivo de retratar um determinado contexto com rapidez. QUESTIONÁRIOS Moreira e Caleffe (2008) dão destaque a quatro grandes benefícios no uso de questionários: Uso eficiente do tempo Anonimato do respondente Possibilidade de alto retorno Padronização das perguntas Possibilita adequar o tempo disponível ao tipo de pergunta que se busca responder. Evita a intimidação e garante que os dados coletados serão genuínos. Possibilita ter um grande número de sujeitos participantes. Traz respostas padronizadas, facilitando a análise. Por princípio um questionário não pode ter seus enunciados alterados após o início da coleta de dados, porque é preciso que todos os respondentes recebam o mesmo estímulo. ESTUDO-PILOTO É o trabalho realizado com um grupo menor do que o grupo final objetivando compreender se os recursos estão adequados para o propósito do projeto. Elaboração do questionário Realização do teste piloto Adequação do questionário Aplicação do questionário MÉTODOS DE COLETA DE DADOS QUANTITATIVOS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A ENTREVISTA E O QUESTIONÁRIO ENTREVISTA QUESTIONÁRIO Em geral realizada presencialmente. Normalmente realizada sem a presença do pesquisador. Suporta a coleta de dados acessórios (como a manifestação do entrevistado). Não suporta coleta de dados acessórios (somente o que está sendo questionado) Tempo longo para realização. Tempo curto para realização. POPULAÇÃO E AMOSTRA População: todos os elementos de um determinado grupo Amostra: alguns elementos que, em seu conjunto, representam à população à qual pertencem A população de... Consiste em... Uma sala de aula Todos os alunos desta sala. Uma escola Todos os alunos desta escola. Um sindicato Todos os profissionais que compõem o sindicato. Um bairro Todos os moradores deste bairro. Uma cidade Todos os habitantes desta cidade. Um país Todos os habitantes deste país. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Fonte Bibliográfica: obtidas em bibliotecas ou base de dados Livros Revistas Jornais Teses Dissertações Anais de eventos científicos Discos Fitas magnéticas CDs Conteúdos da Internet Revisão bibliográfica: um capítulo ou seção de um trabalho - Fundamentação teórica do trabalho PESQUISA BIBLIOGRÁFICA PENSAMENTO DE UM DETERMINADO AUTOR: ANALISAR POSIÇÕES DIVERSAS EM RELAÇÃO A DETERMINADO ASSUNTO: Os estudos de Sacristán (1998), Imbernóm (2000), Hernández (2000), Cebrian (2003), Masetto (2004) e Canário (2006) mostram que as inovações que foram prescritas às escolas, em um movimento puramente legislativo, promovido de cima para baixo, desconsiderando a complexidade da área educacional não funcionaram. “A criação e recriação do conhecimento na escola não estão apenas em falar sobre coisas prazerosas, mas, principalmente, em falar prazerosamente sobre as coisas” (CORTELLA, 2008, p. 102). PESQUISA BIBLIOGRÁFICA VANTAGENS DESVANTAGENS Permite ao pesquisador ter acesso a dados ou fenômenos dispersos pelo espaço (local e global). Em alguns casos as fontes apresentam dados coletados ou processados de forma equivocada. Convém ao pesquisador analisar em profundidade cada informação. PESQUISA DOCUMENTAL Fonte Documental: O material consultado é interno à organização Documentos institucionais: Leis, Atas, Comunicados, Autorizações, Diretrizes, Parâmetros, Propostas, etc. Documentos pessoais: cartas, diários, etc. Materiais elaborados para fins de divulgação: folders, catálogos, convites, etc. Documentos jurídicos: certidões, escrituras, testamentos, inventários, etc. Documentos iconográficos: fotografias, quadros, imagens, etc. Registros estatísticos: Dados do IBGE, etc. PESQUISA DOCUMENTAL De acordo com os dados do Censo da Educação Superior de 2009, 710 instituições tiveram alunos que ingressaram por meio dos resultados obtidos no Enem. Dessas, 541 instituições adotaram o Enem como forma de seleção para mais da metade das vagas de ingresso. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E PESQUISA DOCUMENTAL Atenção: Existem fontes que ora são consideradas bibliográficas e ora são consideradas documentais: • Relatos de pesquisas • Relatórios • Boletins • Jornais de empresas • Síntese de dados estatísticos Fonte bibliográfica: material obtido em biblioteca ou base de dados. Fonte documental: material interno à organização. PESQUISA EXPERIMENTAL Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis capazes de influenciá-lo e definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto A, B e C – produzem Z A, B e D – não produzem Z B, C e D – produzem Z Manipulação: manipular as características dos elementos estudados. Controle: criar um grupo controle. Aleatória: designação aleatória dos elementos dos grupos experimentais e de controle Objeto de estudo Variáveis capazes de influenciá-lo LEVANTAMENTO Caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. CENSO: quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado. AMOSTRA SIGNIFICATIVA: não são pesquisados todos os integrantes da população estudada VANTAGENS DESVANTAGENS Conhecimento direto da realidade Ênfase nos aspectos perceptivos Economia e rapidez Pouca profundidade no estudo dos processos sociais Quantificação Limitada apreensão do processo de mudança. 1 – IDADE 12 ANOS 13 ANOS 14 ANOS 15 ANOS 16 ANOS 00 25 52 8 1 2 – ATIVIDADES PRATICADAS NO DIA-A-DIA SEM SER NO HORÁRIO DA ESCOLA Assistir televisão Praticar esporte Ler livros e estudar Trabalhar Internet Vídeo games Outro. Qual? 67 45 14 33 54 22 Estudar música, dançar, frequentar a igreja,limpar a casa 3 – VOCÊ JÁ NAMOROU? SIM NÃO 48 39 4 – VOCÊ JÁ FICOU? SIM NÃO 81 5 5 – VOCÊ JÁ TEVE RELAÇÃO SEXUAL? SIM NÃO 14 71 LEVANTAMENTO – SEXUALIDADE ESTUDO DE CASO Estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos. Um bom estudo de caso constitui uma tarefa difícil de se realizar. VANTAGENS DESVANTAGENS Preserva o caráter unitário do objeto estudado. Falta de rigor metodológico devido a vários vieses. Explora situações da vida real. Dificuldade de generalização. Formula hipótese e desenvolve teorias. Tempo destinado a pesquisa (períodos longos). De um modo geral, seus resultados são apresentados em aberto, ou seja, na condição de hipóteses, não de conclusões. PESQUISA ETNOGRÁFICA Utilizada tradicionalmente para descrição dos elementos de uma cultura, tais como, comportamentos, crenças e valores. Tem como propósito o estudo das pessoas em seu próprio ambiente mediante a utilização de entrevistas, observação participante, análise de documentos, fotografias, filmagens, entre outros. VANTAGENS DESVANTAGENS Econômica (não requer equipamentos especiais para coleta). Requer mais tempo do que outras modalidades. Ex: tempo destinado ao levantamento. Maior probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis. Fundamenta-se num pequeno número de casos (não promove generalizações). O pesquisador precisa participar ativamente de todas as etapas. Existe risco de subjetivismo na interpretação dos resultados. PESQUISA AÇÃO E PESQUISA PARTICIPANTE Ambas caracterizam-se pela interação entre os pesquisadores e as pessoas envolvidas nas situações investigadas. PESQUISA AÇÃO PESQUISA PARTICIPANTE Alguma forma de ação de: • Caráter social; • Caráter educativo; • Caráter técnico; • Outro caráter. Caráter emancipatório Iniciou-se nos Estados Unidos no período da Segunda Guerra Mundial, com propósito de integração social. Surgiu na América Latina como meio de alcançar a articulação de grupos marginalizados (fomentar a consciência crítica das comunidades)
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