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Tecnicas de Pintura 3

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Introdução 
 
Este trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular Técnicas e 
Processos em Expressão Gráfica e Motora (vertente em expressão gráfica) e têm 
como objectivo a elaboração de um Dossiê de Técnicas inclua as etapas de 
desenvolvimento gráfico existentes até à adolescência (com ela inclusive), 
segundo Victor Lowenfeld. 
O dossiê consiste na explanação dos conteúdos teóricos das etapas de 
desenvolvimento gráfico e uma compilação de fichas técnicas (elaboradas 
durante o decorrer das aulas, por vários grupos) adequadas a essa etapas, tal 
como o resultado da sua execução. Estas fichas técnicas tinham como objectivo 
serem aplicadas a crianças nas suas diversas fases de crescimento, podendo 
por isso ser um recurso para a nossa futura profissão na educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 1: 0-2 ANOS 
 
Esta fase caracteriza-se pela descoberta e exploração dos diferentes 
materiais. Aqui a criança manuseia-os, desenvolve a capacidade óculos - manual 
e constata que o uso dos materiais pode interferir no meio que a rodeia, por isso 
mesmo este estádio não tem uma diferenciação em termos gráficos, visto que se 
encontram num estado de iniciação desta vertente. Esta fase é muito importante, 
visto que é a base de toda a expressão gráfica futura das crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 1: Digitinta 
 
Publico-alvo: 1 aos 12 anos. 
 
Material: 
 Tinta em pó para cenografia ou corante alimentar; 
 Varinha mágica ou colher; 
 Panela; 
 Água; 
 Farinha. 
 
Procedimento: 
1. A cada 5 copos de água juntar um copo de farinha, depois aquece e 
usa a varinha mágica ou colher; 
2. Aplica tinta ou corante alimentar, dependendo da idade; 
3. Volta a mexer com a varinha mágica ou com a colher; 
4. No próprio dia coloca na mesa ainda morno, dentro de uma panela e 
deixa ficar assim durante a actividade. 
 
Competências a desenvolver: 
A espontaneidade e a criatividade são estimuladas neste tipo de 
actividades. Assim com a motricidade fina. 
 
Recomendações: 
Para as crianças mais pequenas é aconselhável optar pelo corante 
alimentar em vez de tinta em pó. 
 
 
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Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 2: Massa de sal 
 
Publico-alvo: Dos 2 aos 12 anos. 
 
Material: 
 2 copos de Farinha 
 1 copo de Água 
 1 copo de sal 
 Alguidar 
 Colher de Pau 
 Formas 
 Rolo de cozinha 
 
Procedimento: 
1. Deita-se a farinha e o sal num alguidar e mistura-se bem com a colher de 
pau. 
2. Vai-se deitando água pouco a pouco. 
3. A massa tem de ficar homogénea, pouco pegajosa. Se ficar agarrada às 
mãos juntar mais farinha, se ficar muito seca juntar mais água. 
4. Quando a massa tiver uma boa consistência e textura está pronta para ser 
modelada. 
5. Depois de modelar os objectos estes são pintados e envernizados. 
6. Levar ao forno para cozer. 
Competências a desenvolver: 
Esta actividade tem como objectivos: estimular a criatividade, a 
curiosidade e experiência com novos materiais e sabores, desenvolver a 
preensão e a força das mãos e pulsos, apurar a motricidade fina e desenvolver o 
tacto. 
 
 
 
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Recomendações: 
A actividade deve ser supervisionada por um adulto ou jovem 
responsável uma vez que a composição da tinta ou do verniz não são adequadas 
para engolir. Também deve existir supervisão, devido ao facto de a criança não 
sujar o que está em redor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fotografia da Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 2: GARATUJAS 
 
Os movimentos corporais são uma das primeiras fontes de expressão e de 
comunicação que a criança usa para se manifestar. 
A criança quando chega aos 2 anos de idade começa a desenhar linhas 
no papel, no começo estes movimentos parecem ser incontrolados, estes não são 
tentativas de retratar o mundo visual. 
Mas após algum tempo, a criança descobrirá que pode controlar o que 
está criando, o lhe que causará grande satisfação, fazendo com que repita a 
experiência que produz, os desenhos tornam-se cada vez mais ordenados devido 
a uma crescente atenção da criança Esta experiência trás a criança uma grande 
segurança – trata-se de uma experiência primária. O desenhar riscos num 
pedaço de papel contribui para o domínio da coordenação das actividades 
motoras e visuais. 
Na fase das garatujas pode se distinguir 3 etapas. 
A primeira é a etapa da “garatuja desordenada”, em que a criança faz 
riscos em V sem olhar para o papel e não considera os limites da superfície onde 
desenha. 
A segunda etapa, “garatuja controlada”, é aquela em que as garatujas são 
círculos intencionais e a criança domina os seus movimentos e desenha 
especialmente formas fechadas. 
A última e terceira etapa é a da “garatuja identificada” em que a criança 
diz o que vai ou quer desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 3: Pintar com gelatina 
 
Publico alvo: aconselhado para crianças a partir dos 3 anos 
 
Material necessário: 
 Gelatina em pó (sabores diversos pois a sua cor será importante) 
 Uma colher 
 Um recipiente (caixa ou tigela) 
 Um pincel 
 Água 
 Folhas de papel cavalinho A3 ou A4 
 
Procedimento: 
1. A actividade inicia-se pela mistura da gelatina em pó com um pouco de 
água. 
 
 
 
2. A mistura pode ser feita com o auxílio de uma colher ou de um pincel, no 
recipiente. A água deve ser em pouca quantidade para que o preparado 
fique o mais consistente possível ao invés de estar líquido. O objectivo de 
ficar consistente é para que depois de seco fique com um aspecto mais 
rugoso. 
 
 
 
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Duração: A duração da actividade é de acordo com aquilo que se pretende 
dinamizar. A sua preparação é fácil e de pouca duração. 
 
Competências a desenvolver: 
De acordo com o Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências 
essenciais, com esta actividade pretende-se desenvolver as seguintes 
competências: 
 Utilizar diferentes meios expressivos de representação; 
 Desenvolver a motricidade na utilização de diferentes técnicas artísticas. 
 Criar formas a partir da sua imaginação utilizando intencionalmente os 
elementos visuais. 
 
Objectivo da actividade: 
 Aliar a criatividade à exploração dos sentidos. 
 Valorizar a expressão espontânea. 
 Participar, de uma forma activa, no processo de elaboração da produção 
artística. 
 Desenvolver a motricidade fina a partir da utilização desta técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Actividade 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 4: Pintar ao som da música 
 
Publico-alvo: Dos 2 aos 7 anos. 
 
Material: 
 Lápis de cera; 
 Folha de papel cavalinha (A3); 
 Rádio; 
 Música. 
 
Procedimento: 
1. Põe a tocar um CD com três tipos de música diferentes por exemplo: 2 
calmas e 1 ritmada; 
2. Para cada música escolhe uma cor (por exemplo: para uma música mais 
calma usa o azul, para uma mais ritmada usa o vermelho), podes escolher 
a cor que queres; 
3. Deixa a folha de papel cavalinho à tua frente; 
4. Quando a primeira música começar a tocar pega num lápis de cera da cor 
que queiras, fecha os olhos e pinta ao som da música; 
5. Repete este procedimento para os diferentes tipos de música. 
 
 
Competências a desenvolver: 
Promove a concentração e a espontaneidade. Estimula o movimento 
motor e trabalha também a motricidade fina. 
 
Recomendações: 
 As músicas escolhidas deverão estar de acordo com a idade das 
crianças em questão. 
 
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Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 5: Gravuras pré-históricas.Público-alvo: crianças dos 3 - 6 anos 
 
Material: 
 Papel cenário ou lençol branco (1 folha grande de embrulho ou rolo) 
 Cacau ou café 
 1 ovo 
 Morangos, beterraba, espinafres, erva, flores roxas 
 Rolhas de cortiça 
 Farinha 
 Especiarias: colorau, caril, açafrão, etc. 
 Recipientes: pilão de madeira, tigelas, 
 taças, colheres, etc. 
 1 folha de papel cavalinho 
 Aventais 
 Panos velhos 
 
Procedimentos: 
Breve apresentação da arte pré-histórica que ajuda as crianças a 
visualizar a criatividade e capacidade artística na época em que não existiam 
tintas, lápis, canetas, etc. Explicar: “Há muito, muito tempo, os homens viviam em 
grutas e fabricavam eles próprios as suas tintas…” 
Esta é também uma actividade amiga do ambiente e pode permitir ao 
educador sensibilizar as crianças para o aproveitamento dos recursos naturais 
e para a actual temática do desenvolvimento sustentável entre outras 
Depois propor às crianças que criem tintas a partir de matérias-primas e 
dar alguns exemplos de como fazê-lo. Desafia-las a fazerem o registo de 
situações significativas do seu quotidiano, primeiro individualmente nas folhas 
de papel cavalinho no papel de cenário e em seguida em grupo no papel de 
cenário que posteriormente ficará exposto na sala ou escola. 
 
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Competências a desenvolver: 
De acordo com o Currículo Nacional de Ensino Básico, é na exploração 
da expressão artística que as crianças potenciam competências específicas as 
quais se organizam em quatro eixos interligados. 
Nesta actividade sublinhamos as seguintes competências dentro das 
áreas assinaladas: 
 A apropriação das linguagens elementares das artes como a 
“mobilização dos sentidos na percepção do mundo envolvente”; 
 O desenvolvimento da capacidade de expressão e 
comunicação através da participação activa no processo de produção 
artística; 
 A compreensão das artes no contexto, identificando 
características da arte de diferentes povos, culturas e épocas; 
 O desenvolvimento da criatividade com a participação em 
momentos de improvisação no processo de criação artística. 
Objectivos da Actividade: 
A actividade tem como objectivo a manipulação de matérias-primas tendo 
em a vista o desenvolvimento da criatividade, imaginação e expressão artística 
da criança. Podendo ser adaptação a crianças de diferentes faixas etárias, 
possibilita a exploração de matérias-primas já conhecidas do seu quotidiano e a 
adequação da sua funcionalidade e aplicabilidade. Através desta actividade as 
crianças podem compreender que é possível criar cores com várias texturas e 
aromas diversos a partir de materiais que habitualmente têm outras 
funcionalidades. A estimulação dos sentidos (visão, olfacto e tacto) e o 
desenvolvimento do espírito criativo estão na base da expressão artística e dão 
uma dimensão mais rica à actividade. 
Além do prazer associado à expressão artística, temos também o 
desenvolvimento de competências ao nível da coordenação motora. 
 
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Fotografia da Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 3: PRÉ-ESQUEMÁTICO 
 
À medida que as crianças crescem, já não se satisfazem com a simples 
relação entre seus pensamentos imagísticos e o que desenha ou pinta. Pretende 
sim, estabelecer uma relação com o real, quanto mais sensível e alerta se torna, 
maior será a quantidade de coisas importantes para ela. À medida que as 
relações estabelecidas pelas crianças se tornam mais complexas, os seus 
desejos e pinturas vão sendo cada vez mais diferenciados. Desenham e pintam 
consoante a ordem a que se apresentam na sua mente. 
Contudo nesta idade as relações espaciais ainda não preocupamos 
autores dos desenhos, preocupasse essencialmente pelas características de 
alguns animais, como as vacas serem malhadas e terem chifres, e as girafas 
terem umas pernas e pescoço longos e finos, com o pescoço malhado etc. Regem 
as suas pinturas em torno dos laços emotivos. 
O desenho das crianças conduz-se segundo as experiências das crianças. 
È indiferente que as crianças efectuem algumas experiências um ano mais cedo 
ou mais tarde, o que realmente importa é que não fique frustrada com elas. 
Devemos deixa-las produzir o que pretendem sem induzir-lhes noções 
desconhecidas, possibilitando a sua autenticidade desde o início ao fim. 
Caso uma criança ainda esteja na fase da garatuja aos seis anos não 
significa que seja retardada, ela pode simplesmente ter precisado de todo esse 
tempo para estabelecer confiança nos seus movimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 6: Técnica mista – Técnica do borrão e da 
reutilização 
 
Público-alvo: crianças entre os 4 e os 7 anos 
 
Material necessário: 
 Folhas de papel cavalinho 
 Guaches 
 Pinceis 
 Cápsulas de café nespresso 
 Tesoura 
 Cola líquida 
 
Procedimentos: 
Técnica do borrão 
 
1. Dobra-se a folha de papel cavalinho ao 
meio, para que a marca do meio da folha 
fique visível. De um dos lados desenha-se 
metade do elemento que o aluno 
seleccionou; 
 
 
 
2. Novamente, dobra-se a folha ao meio, com 
o intuito de que a metade desenhada se torne 
num desenho inteiro através da técnica do 
borrão; 
 
 
 
Nota: o aluno pode utilizar quantas cores quiser para a realização desta técnica. 
 
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Para complementar o desenho pode-se acrescentar a: 
 
Técnica da colagem/reutilização 
1. Retira-se a película picotada da cápsula de café nespresso, por 
consequência procede-se à sua lavagem; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Com uma tesoura recorta-se a área que rodeia a base da cápsula; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Em seguida, cortam-se várias tiras nas laterais da cápsula (o tamanho das 
 
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tiras está ao critério de cada um); 
 
4. Espalma-se o centro da cápsula, ou seja, coloca-se a cápsula com a parte 
colorida virada par cima e com um dedo calca-se no meio de forma a 
espalmar a mesma; 
 
5. Por fim, com o pedaço que foi retirado no passo nº1 faz-se uma espiral e 
cola-se no centro da flor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações sobre a actividade: 
Esta actividade pode ser realizada com o intuito de comemorar a chegada 
da Primavera, o Dia da Mãe ou dos Avós, ou mesmo, uma forma divertida de 
utilizar materiais de forma a promover a reciclagem. 
A actividade promove a motricidade e estimula a criatividade das 
crianças. 
 
A nível do Currículo Nacional de Competências do Ensino Básico, esta 
actividade insere-se nas competências específicas: produção-criação, pois 
podem-se utilizar diferentes meios de representação, são, também utilizados 
diferentes modos de dar formas baseados na observação das criações da 
natureza e do Homem. Ainda em relação ao currículo, a actividade insere-se na 
comunicação visual no simples facto em que é explorada a relação imagem-texto 
na construção de narrativas visuais na medida em que é pedido que desenhem 
segundo uma descrição oral que irá dar origem a uma expressão visual plástica. 
 
 
 
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Fotografias da Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 7: Painel de Outono 
 
Publico alvo: crianças 4- 5 anos de idades 
 
Situações de aprendizagem: Grande grupo 
 
Material necessário: 
 Papel de cenário 
 Cartolina (cor a escolha) 
 Algodão 
 Rolos de cartão 
 Corda 
 Tintas e pinceis 
 Tesoura e cola 
 Tecidos de cores outonais 
 
Procedimento: 
1. Colar um fio de corda enrolada sobre a superfície de um rolo de cartão. 
2. Recortar nuvens em cartolina e colá-las no papel de cenário, com um 
pouco de fita-cola, para que estas não deslizem quando passa o rolo por 
cima. 
3. Com um pincel, espalhar tinta verde sobre 3 rolos pequenos envolvidos 
em corda e tinta azul sobre outros 3 rolos. As crianças pintam a 
superfíciedo papel de cenário fazendo deslizar os rolos com tinta- azul 
na vertical, para imitar a chuva a cair, e o verde na horizontal, para 
sugerir um outro plano (chão). 
4. Fazer a silhueta de uma árvore colando vários fios de corda sobre a 
superfície de um rolo de cartão maior que os utilizados anteriormente. 
 
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5. Espalhar tinta castanha sobre os 3 rolos maiores e estampar várias vezes 
a forma da árvore no papel de cenário. Deixar secar um pouco. 
6. Retirar as cartolinas com a forma de nuvens e colar algodão o seu lugar. 
7. Recortar pequenas folhas em tecidos de cores outonais e colá-las nos 
ramos das árvores e algumas pelo chão. 
 
Duração: A elaboração do painel deve ter a duração de duas aulas de 45 
minutos. 
 
Competências a desenvolver: 
De acordo com o Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências 
essenciais, com esta actividade pretende-se desenvolver as seguintes 
competências: 
Apropriação das linguagens elementares das artes: 
 Identificar conceitos em obras artísticas; 
 Aplicar conhecimentos em novas situações; 
 Identificar técnicas e instrumentos e ser capaz de os aplicar com 
correcção e oportunidade; 
 Mobilizar todos os sentidos na percepção do mundo envolvente; 
 
Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação: 
 Ser capaz de interagir com os outros, sem perder a 
individualidade e autenticidade; 
 Relacionar-se emotivamente com a obra de arte, manifestando 
preferências para além dos aspectos técnicos e conceptuais; 
 Desenvolver a motricidade em diferentes aspectos artísticos; 
 Participar em actividades no processo de produção artística; 
 
Desenvolvimento da criatividade: 
 Valorizar a expressão espontânea; 
 
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 Participar em momentos de improvisação no processo de criação 
artística; 
 
Objectivo da actividade: 
 Vivenciar a estação do Outono 
 Identificar/reconhecer as características e as cores da estação 
 Sensibilizar a criança para a observação do mundo que a rodeia 
 Aumentar e enriquecer a compreensão do mundo 
 Fomentar a criatividade, espontaneidade e expressão artística 
da criança 
 Desenvolver a acuidade visual, táctil e motora 
 Dominar diferentes materiais 
 Desenvolver a destreza manual e a motricidade fina 
 Sensibilizar a criança à cor e à forma 
 Contribuir para a socialização 
 Estimular o espírito de entreajuda e o respeito mútuo 
 Ao encontro dos objectivos enunciados podem afirmar que as 
actividades de expressão artística contribuem em larga escala para o 
desenvolvimento harmonioso da criança. 
Contudo é crucial o educador/professor adaptar as actividades às 
necessidades e interesses das crianças, bem como ao seu estádio de 
desenvolvimento. 
 
Recomendações: 
Recomenda-se que as crianças, em contexto sala de aula, estejam 
sentadas no chão e à volta do papel de cenário, durante o decorrer desta 
actividade. 
A silhueta das árvores e o recorte das folhas em tecido são tarefas 
realizadas pelo educador. 
 
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Fotografias da Actividade 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 9: Marmorear 
 
Publico-alvo: Dos 2 aos 12 anos. 
 
Material: 
 Tinta de cerâmica de várias cores ou tinta de óleo; 
 Tina com água; 
 Pincel; 
 Papel cavalinho (A3). 
 
Procedimento: 
7. Coloca a tinta cerâmica ou de óleo sob uma tina de água; 
8. Utilizando o pincel, deixa cair algumas gotas na água; 
9. Depois com uma folha de papel cavalinho, dobrar para ter o formato da 
tina, colocar sob água de forma a calcar a tinta na folha; 
10. Retira a folha com cuidado; 
11. Deixa secar durante 1 a 2 dias até as vezes 1 semana. 
 
Competências a desenvolver: 
Promove a criatividade de cada criança. 
 
Recomendações: 
 A utilização da tinta deverá ser supervisionada por um adulto. 
 
 
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Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 4: ESQUEMÁTICO 
 
Este período é caracterizado não pela permanente necessidade de 
estabelecer novas relações e mais complexas, mas sim pela sensação que a 
criança sente ao provar a si mesma de que é capaz de desenhar, sendo mais 
exigente. A criança só mudará de concepção quando tiver algo bem definido 
para expressar. 
 
A dimensão: Para demonstrar que algo é importante para si, a criança, 
nos seus desenhos, aumenta a dimensão desse elemento. Por exemplo, se uma 
criança gosta muito de carros, nos seus desenhos os carros terão uma dimensão 
superior do que os outros elementos do desenho. Outra possibilidade para o 
aumento de dimensão nos seus desenhos, surge quando as emoções da criança 
são afectadas por alguma razão, fazendo com que esta mude as suas 
concepções e aumente o tamanho do elemento que foi emocionalmente atingido. 
Portanto, o aumento de dimensão ocorre quando a criança dá muito valor a algo 
ou a alguma sensação corporal. 
A linha na base do papel surge quando a criança determina uma ordem 
objectiva para os elementos que desenha, já não se contem em apenas enumerá-
los. Este factor faz com que a criança sinta necessidade de desenhar uma linha 
na base da folha, pois esta representa o chão onde todos os elementos se 
encontram. 
Este novo elemento (a base) nos desenhos da criança marca uma nova 
experiência para esta, tomando percepção que pertence a um ambiente vasto e a 
relação que tem com esse mesmo ambiente. 
 
Relações: De acordo com o desenvolvimento saudável da criança, no 
período entre os 7 e os 10 anos, a criança sentirá necessidade de relacionar os 
objectos entre si. Caso tal não aconteça, neste período, poderá ter ocorrido 
alguma intervenção. 
 
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A linha de base é considerada uma dessas relações, porém a criança 
poderá encontrar outras formas de relacionar o seu ambiente, sem ser a linha de 
base. 
A criança, tal como a linha de base, desenha o céu pois não tem 
percepção do que vê, somente do significado de cada coisa que envolve o seu 
ambiente, logo com desenha a linha de base que representa o chão que pisa, 
desenha também o céu que se encontra acima dela. 
No ideal da criança, o sol pertence ao céu, portanto quando desenha o 
céu também desenha o sol, porém esta concepção modificará ao longo do tempo, 
quando a criança torna-se mais observadora e verifica que nem sempre se avista 
o sol. 
A criança tende a representar no seu desenho as experiências tal como as 
viveu, o que a faz desenhar de todos os ângulos. Isto é, normalmente a criança 
desenha um certo objecto segundo a perspectiva em que o visualizou. 
Neste período, a criança apenas faz distinção entre o valor emocional que 
cada elemento tem para si, no que respeita à diferença entre a realidade externa 
e as suas emoções a criança simplesmente desconhece. Ou seja, caso a parte 
interna e externa de uma casa tenham igual importância para a criança, esta 
desenhará ambas. 
 
A cor: Neste período, como já foi referido, a criança tende a repetir o 
mesmo conceito diversas vezes para provar a si mesmo que é capaz de o 
desenhar e melhorá-lo, o mesmo acontece em relação às cores, utilizando 
sempre a mesma cor para o mesmo conceito. 
 A criança só modificará a cor de determinada para um certo 
conceito, quando experienciar algo novo, que lhe mostrará que não existe uma 
só cor para a sua concepção. 
 Algumas crianças não misturam as cores, ou seja não controla 
muito bem a noção de cor, não fazendo uma grande distinção entre elas. 
 
 
 
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Ficha Técnica 10: Execução de velas de Parafina alusivas ao 
dia da mãe, dia dos avós ou ao Natal. 
Público-alvo: Para crianças entre os 7 e os 9 anos 
 
 Material: 
 200 Gramas de Parafina Sólida por cada aluno; 
 Lápis de cera (3 lápis de uma cor); 
 Placa eléctrica; 
 Um copo de iogurte de vidro ou um rolo de papel higiénico por cada 
aluno; 
 8 Cm de fio de Pavio por cada copo; 
 Recipiente de metalpara derreter a parafina; 
 Pincéis; 
 Brilhantes; tintas de vitral; marcadores para vidro e entre outros materiais 
à escolha para decorarem o frasco. 
 
Procedimento: 
1. Coloque a Placa eléctrica a aquecer; 
2. Coloque a parafina sólida num recipiente metálico; 
3. Assente na placa eléctrica o recipiente que contém a parafina, para que esta 
possa derreter; 
4. Seguidamente, quando a parafina já estiver derretida, junta-se os lápis de cera 
para também derreter e dar cor ao preparado; 
5. Esperar que o preparado arrefeça um pouco e, com cuidado, colocar o pavio no 
centro do copo de vidro, fixado por um lápis, e verter o preparado para o frasco; 
6. Cada um decora o frasco a seu gosto. 
 
 
 
 
 
 
 
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Procedimento com registo fotográfico: 
 
Fig. 1: Aqueça a placa eléctrica e, dentro de um 
recipiente, derreta a parafina. 
 
Fig. 2: Depois de a parafina estar derretida 
junte os lápis de cera para derreter, dando cor 
ao preparado 
 
Fig. 3: Deixe que a parafina e os lápis de cera 
derretam e se misturem. 
 
Fig. 4: Verta, com cuidado, o preparado para o 
recipiente, segurando o pavio no centro deste. 
Por fim, decore a sua vela. 
Duração: A realização desta actividade tem a duração de, aproximadamente, 45 
minutos. Contudo, este tempo poderá aumentar consoante o desempenho de 
cada criança e o que pretende criar, ou seja, o produto final, podendo prolongar-
se por mais uma aula de 45 minutos para a sua decoração. 
 
Competências a desenvolver nas crianças: 
DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO 
 Ser capaz de interagir com os outros sem perder a individualidade e a 
autenticidade; 
 Ser capaz de se pronunciar criticamente em relação à sua produção e à dos 
outros; 
 Relacionar-se emotivamente com a obra de arte, manifestando preferências para 
além dos aspectos técnicos e conceptuais; 
 Desenvolver a motricidade na utilização de diferentes técnicas artísticas; 
 
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 Ter em conta a opinião dos outros, quando justificada, numa atitude de 
construção de consensos como forma de aprendizagem em comum; 
 Cumprir normas democraticamente estabelecidas para o trabalho de grupo, gerir 
materiais e equipamentos colectivos, partilhar espaços de trabalho e ser capaz 
de avaliar esses procedimentos. 
 
DESENVOLVIMENTO DE CRIATIVIDADE 
 Valorizar a expressão espontânea; 
 Participar em momentos de improvisação no processo de criação artística. 
 
Objectivos da actividade: 
 Realizar uma vela, tendo em conta as competências que a criança desenvolve na 
sua realização; 
 Relacionar possivelmente esta actividade a várias épocas festivas, ou seja, 
alusiva a um tema, como por exemplo: 
 Natal; 
 Dia da Mãe; 
 Dia dos Avós. 
 
Recomendações: 
 A actividade deve ser sempre supervisionada por um adulto; 
 A parafina deve ser derretida e vertida para o copo de vidro pelo adulto; 
 Ao verter o líquido para o copo, o adulto deve segurar o recipiente onde 
derreteu a parafina com umas luvas ou um pano; 
 Cuidado ao verter o líquido para o copo, pois o mesmo estará quente; 
 As velas devem estar afastadas das crianças enquanto arrefecem; 
 O recipiente deve ser de vidro ou de material que não derreta; 
 Decorar a vela no final da actividade; 
 Enquanto a parafina derrete, o professor pode entreter as crianças com uma 
ficha em que os alunos podem pintar uma vela a seu gosto, ou até mesmo 
realizar o caminho de um labirinto. 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 11: Bichinho trepador 
 
Público-alvo: Crianças dos 7-9 Anos; 
 
Material Necessário: 
 Tesoura; 
 Fios de lã; 
 Canetas de feltro; 
 Palhinhas (3); 
 Moeda de 1 Cêntimo; 
 Fita-cola; 
 Cartão ou cartolina. 
 Compasso; 
 Algodão; 
 Cola líquida; 
 Canetas de feltro ou lápis de cera; 
 Autocolantes (se quiserem). 
 
Bichinho trepador 
Procedimento: 
1. Desenha a um animal que queiras num papel grosso, como por 
exemplo uma cartolina; 
 
2. Depois pinta o animal que desenhaste e 
recorta-o com muito cuidado; 
 
 
 
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3. Corta um pedaço de fio ou de corda. Depois 
corta 2 pedaços de uma palhinha; 
 
 
4. Vira o animal ao 
contrário e prende os pedaços de palhinha com 
fita-cola, mais ou menos a meio. Prende uma 
moeda de 1 cêntimo, ou até mesmo um íman 
também com fita-cola na zona mais baixa do 
animal; 
 
5. Faz passar o fio por dentro das palhinhas, 
formando uma argola em cima. Também 
podes por nas pontas do fio umas 
missangas e dá um nó em cada ponta dos 
fios; 
 
 
6. Pendura a argola do fio no puxador de uma 
porta, para fazeres o animal trepar; 
 
 
 
 
7. Quando o animal estiver lá no topo do puxador da porta, solta os fios e o 
animal irá escorregar até as pontas de novo. 
 
 
 
 
 
 
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Cobra Ondeante 
Procedimentos: 
1. Para fazer a cobra, desenha com o 
compasso (ajuda de um adulto) numa 
cartolina uma circunferência; 
 
 
2. Recorta o círculo e a desenha a partir de uma 
parede do círculo uma espiral até ao meio da 
cartolina; 
 
 
3. Vira o papel ao contrário, depois desenha ou 
cola pintas no círculo, tenta não por no centro 
do círculo porque ai irá ser a cabeça da cobra; 
 
4. Vira o papel e recorta à volta da espiral até 
chegares ao centro; 
 
5. Depois te recortares a cobra, pegas num pedaço de algodão e colas atrás 
da cabeça da cobra; 
 
6. Com o algodão colocado, põe um pouco de 
cola numa ponta da palhinha e cola em 
cima do algodão; 
 
7. Quando fizeres esses procedimentos iras 
ter um resultado engraçado. 
 
 
 
 
 
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Duração: Aproximadamente 35 minutos; 
 
Competências a desenvolver nas crianças: 
Segundo o Currículo Nacional do Ensino Básico, é através da pesquisa de 
técnicas de expressão artística que as crianças adquirem determinadas 
capacidades, relacionadas com a adaptação das linguagens elementares das 
artes, desenvolvendo a capacidade de compreender, comunicar e de se 
expressar, estimulando igualmente a sua criatividade no contexto das artes. 
Como exemplo dessas competências pode verificar-se a aplicação de 
conhecimentos como a das formas e modelos feitos e a valorização da expressão 
espontânea e tal como a identificação de características artísticas provenientes 
de diferentes visões científicas. 
 
Objectivos da actividade: 
A actividade procura desenvolver a criatividade, espontaneidade e 
expressão artística das crianças, dando a oportunidade de explorar novos 
materiais como fios de lã; compasso; algodão. 
Através destas actividades também é possível trabalhar além das cores, a 
forma, dando a conhecer os vários tipos de formas que podemos realizar com o 
papel, através de exemplos que possam criar para a realização da própria 
actividade. 
As actividades de expressão artística podem, para além de facilitar prazer 
na sua realização, promover competências que contribuam para o 
desenvolvimento artístico. 
 Após desenvolver a actividade natural através do compasse, fios de lã ou 
algodão, a criança deve explorar a sua criatividade, procurando encontrar 
formas simbólicas ao construir o que estiver em mente. 
 
Recomendações: O professor deve prestar especial atenção às produções 
elaboradas, visto que as crianças estão com compasses, tesouras e até mesmo 
uma moeda pequena, uma vez que esta técnica relaciona a emotividade com a 
obra de arte. 
 
 
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Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 12: Construção de um porquinho mealheiro 
 
Público-alvo: Crianças do 1º Ciclo (7-11 anos) 
 
Material: 
 1 Garrafa de plástico de 0,3 ou 0,5 l 
 4 Rolhas de cortiça ou 2 molas de madeira 
 30 Cm de papel crepe ou papel de alumínio ou plasticina 
 X-acto 
 Cola líquida 
 Tinta cor-de-rosa (preferencialmente guache) 
 Tinta preta (preferencialmenteguache) 
 1 Pincel 
 Avental ou t-shirt. 
 
Procedimentos: 
 
1. Coloca-se dentro da garrafa de plástico uma pequena 
porção de tinta e agita-se até se observar uma cor 
uniforme da garrafa. 
 
2. Corta a garrafa em três partes, como na fotografia, 
eliminando a parte central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Cola-se as duas partes da garrafa, colocando a cola na parte que ficará 
por dentro. 
 
 
 
4. Faz-se as orelhas e o rabo com papel de alumínio moldando a gosto e 
colando nos devidos lugares. 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Moldam-se dois círculos em plasticina, que 
iram ser os olhos. 
 
 
6. Cola-se as 2 molas, fazendo o lugar das patas 
do porco, podendo-se pintar ou não. 
 
7. Na parte superior da garrafa, recorta-se um pequeno rectângulo com 
cerca de 3 cm, o qual servirá de ranhura para introduzir as moedas. 
 
8. Deixa-se a secar sem a rolha durante alguns dias. 
 
 
 
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Duração: 
A actividade está dividida em duas etapas: 
 Primeiramente é construído o porco mealheiro e esta etapa tem uma 
duração aproximadamente 1 hora; 
 A segunda etapa é a da secagem do mealheiro, na qual tem a duração de 2 
dias. 
 
Competências a desenvolver nas crianças: 
Na realização de actividades plásticas tridimensionais, segundo o Currículo 
Nacional do Ensino Básico o aluno deve analisar diversos processos de 
escultura: talhe directo, modelação e colagem. 
Esta prática pode ser desenvolvida a partir de materiais naturais e sintéticos 
ou recuperados, tais como a madeira, cerâmica, pedra, metais, vidro, plásticos 
entre outros. 
 Reconhecer e experimentar representações bidimensionais e 
tridimensionais. 
 Relacionar as formas naturais e construídas com as suas funções e os 
materiais que as constituem. 
 
Objectivos da actividade: 
 A actividade tem como objectivo a construção de um porco mealheiro. 
 Nesta actividade está também incutido o valor do Reaproveitamento de 
materiais que consideramos importante, pois actualmente o lixo 
produzido é de um grande volume e o reaproveitamento destes é bastante 
útil, queremos também mostrar a importância de poupar, actualmente é 
fundamentais as crianças terem presentes esta realidade. 
 
Recomendações: 
 O professor/educador deve fazer todos os cortes necessários com o X-
acto; 
 O professor/educador deve acompanhar o grupo durante toda a 
actividade, mantendo assim todos os alunos fora de perigo. 
 
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Ficha Técnica 13: Fabrico artesanal de papel. 
 
Público-alvo: Esta técnica está enquadrada na etapa do realismo nascente, na 
faixa etária dos 7 aos 12 anos. 
 
Material necessário: 
 Papel de jornal; 
 Alguidar com água; 
 Varinha mágica; 
 Armação/filtro; 
 Lixívia; 
 Vinagre; 
 Um pano absorvente ou uma esponja. 
 
Procedimentos: 
1. Cortar papel de jornal em pequenos pedaços e mergulhá-los no alguidar 
com água. Deixar de molho pelo menos 5 dias (Figura 1). 
2. Com o auxílio da varinha mágica triturar o papel, de forma a obter uma 
pasta fina (Figura 2). Juntar um pouco de lixívia, para branquear. 
3. Colocar a pasta numa rede própria, montada numa armação de madeira. 
Retirar-lhe, assim, o excesso de água (Figura 3). 
4. Deixar escorrer toda a água sobre o alguidar, e tirar, com todo o cuidado, 
a armação que não tem a rede (Figura 4). 
5. Virar a rede em conjunto com a folha de papel artesanal e removê-lo 
devagar (Figura 5). 
6. Verifica-se assim que uma folha fina de papel fica sobre o pano. Deixar 
secar. 
 
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7. Depois de completamente secas, as folhas de papel reciclado estão 
prontas (Figura 6). 
Na realização da pasta pode-se incluir guaches, que vão colorir as folhas, 
ou mesmo, folhas ou flores secas, que vão dar texturas diferentes às folhas 
de papel reciclado. 
 
Figura 1 – Cortar papel de jornal em pequenos 
pedaços e mergulhá-los no alguidar com água. 
Deixar de molho alguns dias. 
Figura 2 – Triturar o papel com a varinha 
mágica até obter uma pasta fina. 
 
 
Figura 3 – Colocar a pasta num filtro próprio, 
montado numa armação de madeira. Retirar-
lhe, assim, o excesso de água. 
Figura 4 – Deixar escorrer toda a água sobre o 
alguidar, e tirar, com todo o cuidado, a 
armação que não tem a rede. 
 
Figura 5 – Virar o filtro sobre um pano e 
removê-lo devagar. 
Figura 6 – Folhas de papel artesanal 
 
 
Duração: 
 
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A actividade divide-se em 2 etapas: a primeira que consiste em colocar os 
pequenos pedaços de papel em água, deixando-os de molho durante uma 
semana, dependendo do tipo de papel (caso seja jornal, deverá estar pelo menos 
uma semana, pelo contrário, se for papel higiénico ou de cozinha, é suficiente 
três a quatro dias); no que diz respeito à segunda etapa, sem incluir o tempo da 
preparação da pasta de papel (antes de triturar), estima-se que a actividade 
tenha a duração de quarenta e cinco minutos. 
Quanto ao tempo de secagem da folha, pode variar desde um dia a três 
dias, consoante o estado do tempo e a espessura do papel. 
 
Competências a desenvolver: (Currículo Nacional do Ensino Básico – 
Competências Essenciais) 
 Ser capaz de interagir com os outros sem perder a individualidade e a 
autenticidade; 
 Desenvolver a motricidade na utilização de diferentes técnicas artísticas; 
 Intervir em iniciativas para a defesa do ambiente, do património cultural e 
do consumidor no sentido da melhoria da qualidade de vida. 
 
Objectivos da actividade: 
 Fabrico de uma folha de papel artesanal por parte dos alunos, que possa 
ser decorada com diversificados elementos. 
 
Recomendações: 
 Na realização da pasta pode-se incluir guaches, que vão colorir as 
folhas, ou mesmo, folhas ou flores secas, que vão dar texturas diferentes às 
folhas de papel reciclado. 
Quando se utiliza o jornal na composição da pasta de papel, é importante 
ter em atenção o uso da lixívia, uma vez que esta só deve ser aplicada após a 
pasta estar misturada e deve ser colocada por um adulto. 
 
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Relativamente à quantidade de pasta a ser colocada na armação ou filtro, 
esta tem que ser calculada de acordo com a espessura final pretendida para a 
folha, ou seja, quanto maior for a quantidade da pasta, maior será a espessura 
da folha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 5: REALISMO NASCENTE 
 
Na fase do realismo crescente as criações artísticas da criança começam 
progressivamente a tornar-se esquemas diferenciados. As suas garatujas 
ganham o rosto de pessoas conhecidas com características próprias. A criança 
tem uma maior preocupação em representar o real, aquilo que vê e sabe que 
existe. Nesta altura começam a surgir figuras humanas representadas de frente, 
de perfil e de esforço. Os objectos ganham proporções, tamanho, volume, 
distância e perspectiva. O rigor no pormenor resulta da necessidade que a 
criança demonstra em dar realismo às cenas. Sendo que os seus desenhos 
espontâneos vão dar lugar a um desenho mais elaborado e até aos 12 anos vão 
se tornando cada vez mais realistas. 
A criança começa a tornar os seus desenhos mais semelhantes àquilo que 
observa, podendo desagradar-se das suas criações e tentando copiar desenhos 
ou fazer simplesmente desenhos rigorosos. Neste caso, necessário será 
encorajá-la a continuar a desenhar salientando os aspectos positivos do seu 
trabalho e aconselhando-a a desenvolver as suas qualidades gráficas. Ensiná-la 
a observar os seus desenhos ajudá-la-á a ser capaz de transmitir as suas ideias 
e sentimentos para o material. 
Com o desenvolvimento das competências sociais, as possibilidades de 
cooperação em trabalhos de grupo com crianças da sua idade constituem uma 
etapa importante no seu desenvolvimento. É importante que pais e professores 
estimulem todas as actividades capazes de promovero desejo e a necessidade 
dos filhos de trabalhar em grupo. 
Esta etapa também é eficaz quando a criança, no final do trabalho, 
compreende que não poderia ter realizado sozinha o que o grupo conseguiu 
fazer. Cabe aos pais e educadores planejar momentos de criatividade dispondo 
os materiais adequados. Assim que se encontram servidos do material 
necessário verificamos que todo o grupo planeia construir algo. A construção é 
uma das mais desejáveis e úteis ocupações infantis neste período pois presta-se 
melhor que todas as outras actividades à participação do grupo. E o projecto é 
uma parte importante do sentimento empreendedor e de independência social a 
que as crianças nesta fase aspiram. 
 
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Nesta fase do realismo crescente, também conhecida como a “idade de 
grupo” a criança sente uma maior necessidade de agir por si mesma, mostra um 
grande desejo empreendedor e motivação para alcançar uma maior liberdade 
social em companhia dos seus pares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 14: Técnica do Desenho Soprado e Técnica 
dos Berlindes 
 
Publico Alvo: Crianças a partir dos 9 anos 
 
Material Necessário: 
 1 Folha de papel cavalinho 
 Guaches (cores facultativas) 
 Água 
 Pratos de plástico 
 Copos de plástico 
 Colher de sobremesa 
 Avental 
 Berlindes 
 Caixa 
 
Procedimentos: 
Técnica do Desenho Soprado 
 
1. Coloque meia colher de tinha guache no prato. 
2. Sobre essa tinha coloque outra meia colher de água e misture os dois 
materiais. 
 
3. Com a colher retire uma porção da mistura e coloque-a sobre a folha. 
 
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4. Sopre com a palhinha a tinha na direcção que preferir, e seja criativo. 
 
 
 
 
Técnica dos Berlindes 
 
1. Coloque uma folha A4 numa caixa de cartão. 
2. Reutilize as tintas da primeira técnica e nela mergulhe os berlindes. (Caso 
tenha inicialmente efectuado as técnicas em sequência. Se pretender 
realizar apenas a técnica dos berlindes, repita os procedimentos 1 e 2 da 
técnica do desenho soprado.) 
 
3. Insira os berlindes no interior da caixa de cartão e movimente-a a seu 
gosto até obter o resultado desejado. 
 
 
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Duração: Aproximadamente 30 minutos 
 
Competências a desenvolver nas crianças: 
Segundo o Currículo Nacional do Ensino Básico, é através da exploração 
de técnicas de expressão artística que as crianças adquirem determinadas 
competências, relacionadas com a apropriação das linguagens elementares das 
artes, desenvolvendo a capacidade de compreender, comunicar e de se 
expressar, estimulando igualmente a sua criatividade no contexto das artes. 
Como exemplo dessas competências pode verificar-se a aplicação de 
conhecimentos como o das cores primárias e secundárias, identificação de 
técnicas e instrumentos, valorização da expressão espontânea (participando em 
momentos de improvisação) tal como a identificação de características artísticas 
provenientes de diferentes culturas. 
Objectivos a atingir com a actividade: 
A actividade procura desenvolver a criatividade, espontaneidade e 
expressão artística das crianças, facultando a oportunidade de explorar diversos 
materiais já conhecidos do seu quotidiano (como as palhinhas, berlindes e 
guaches). Esta opção permite que os autores atribuam várias funcionalidades 
aos materiais, de forma a desenvolver o sentido crítico e de aplicabilidade aos 
mesmos. 
 Através desta actividade também é possível trabalhar as cores, dando a 
conhecer as cores primárias, secundárias e sua formação, através de exemplos 
que possam criar para a realização da própria actividade. 
 
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As actividades de expressão artística podem, para além de proporcionar 
prazer na sua realização, promover competências que contribuam para o 
desenvolvimento artístico e de coordenação motora do autor. 
Após desenvolver a actividade espontânea através do sopro nas 
palhinhas e utilização de berlindes, a criança deve explorar a sua criatividade, 
procurando encontrar formas simbólicas, ou seja, representações gráficas 
simples ou generalizadas, que sejam reconhecíveis (como por exemplo, uma bola; 
um livro; uma letra; uma árvore; uma televisão). 
 
Recomendações: 
 A quantidade de água utilizada na mistura depende da espessura da tinta. 
Se for espessa, coloca-se uma ou mais colheres de água. Se for líquida, 
coloca-se meia colher de água. 
 Caso pretenda que o desenho seja mais elaborado, misture as duas 
técnicas, utilizando a folha do desenho soprado como base do desenho 
com os berlindes. 
 Aconselha-se que depois de qualquer uma das actividades, se encontrem 
símbolos e figuras nas entrelinhas, a fim de explorar a criatividade. 
 
Observações: 
O docente deve prestar especial atenção às produções elaboradas e às 
cores elegidas pelas crianças, uma vez que esta técnica relaciona a emotividade 
com a obra de arte, expondo preferências e sentimentos que garantem a 
individualidade do autor, e que passam para além de aspectos técnicos da 
produção. 
 
 
 
 
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Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 15: Porta-moedas de cartão 
 
Público-alvo: Apesar de as crianças começarem desde cedo a compreender as 
questões da reutilização dos materiais, esta actividade só deve de ser realizada a 
partir dos 10 anos de idade devido a certos instrumentos utilizados (tesoura, e 
cola super forte). 
 
Material necessário: 
 1 Pacote de sumo que tenha uma tampa 
 1 Tesoura ou/e x-acto 
 Régua 
 Marcador 
 Cola super forte 
 
Procedimento: 
1. Abra, descolando, a parte de cima do 
pacote de sumo. Limpe o seu interior 
e guarde a tampa. 
 
2. Corte o fundo do pacote. 
 
 
 
3. Com a régua, meça uma das partes laterais do 
pacote, de forma a “fazer” o corpo da carteira. Meça, 
na vertical, cerca de 5 cm desde a parte superior e 
depois meça mais 3 cm. 
 
4. Corte os lados do pacote, acima da marca dos 5 cm e 
abaixo da dos 3 cm. Deixe ficar o “rectângulo” entre 
os 5 cm e os 3 cm. 
 
 
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5. Puxe a parte de trás do cartão de forma a juntá-la à parte da frente, de 
forma a “dividir” os lados ao meio. 
 
 
 
 
 
6. Faça mais duas divisões nesses lados, para que eles fiquem parecidos 
com um acordeão. 
 
 
 
 
 
7. Puxe a parte de baixo do cartão para junto do corpo da carteira. 
 
 
 
 
 
8. Corte a parte branca do cimo do cartão (o 
local onde está a validade do sumo). 
 
 
9. Retire com um x-acto a parte da tampa que serve para enroscar a tampa 
plástica do pacote. 
 
 
 
 
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10. Coloque a parte onde estava a tampa (LADO A) com a 
outra parte (LADO B) para que o círculo agora vazio 
sirva de “molde” para desenhar outro círculo que falta 
fazer. Para tal, divida a parte superior do cartão em 
duas partes iguais e faça o círculo. Desenhe e corte a 
parte de dentro do círculo. 
 
11. Coloque a parte que já tem o outro círculo em cima do corpo da carteira e 
desenhe outro círculo. Corte o interior do círculo, como no ponto 
anterior. 
 
 
 
 
 
 
12. Coloque o suporte da tampa que retirou 
do pacote no ponto 8 no “buraco-círculo” 
que fez no ponto 11. 
 
 
13. Cole a parte onde está o suporte da tampa 
ao corpo da carteira (à parte do 
“acordeão”). 
 
 
 
14. Por fim, coloque a tampa e já está pronto. 
 
 
 
 
AVISO! Em anexo segue as imagens para melhor clarificação 
Duração: Esta actividade tem a duração de 45 minutos. 
 
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Objectivos da actividade: 
 Consciencializar para a necessidade de reciclar e principalmente 
reutilizar os materiais. Desenvolve a motricidade fina e a destreza com os 
utensílios de corte. Estimula a criatividade, usar “lixo” para fazer carteiras 
 
Competências a desenvolver nas crianças: 
 Desenvolver a personalidade da criança através do encorajamentode 
experimentar e criar um novo objecto a partir de materiais simples. Esta 
actividade também promove na criança a noção de não desperdiçar e de 
reaproveita materiais de modo a proteger o ambiente, a reciclar e, muito 
importante, a reutilizar. Por fim reforça também a auto-estima da criança pois 
esta vai construir por ela própria um objecto só seu. 
Recomendações: 
A embalagem de sumo/leite deve ter um tamanho mínimo para o sucesso 
desta actividade devido às várias dobragens que são necessárias bem como os 
cortes. 
A utilização de tesoura/x-acto e cola forte deve ser acompanhada por um 
adulto responsável. (Encarregado de Educação, Professor e/ou Educador). 
 
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Fotografia da Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 6: PSEUDO-NATURAIS 
 
Durante este período a criança começa a sentir uma necessidade para 
desenhar ou pintar de uma forma mais realista. Torna-se então importante que 
esta seja motivada para tal, como por exemplo realizar uma representação 
fotográfica. Contudo, é fundamental que, por vezes, a criança seja desviada 
desse desejo pois, sendo a arte, não só a representação das coisas, mas também 
a experiência que ela nos proporciona, a desviaremos da verdadeira criação e 
ainda a dificultaremos no desenvolvimento da sua imaginação. 
È também nesta altura que a criança se sente triste quando não consegue fazer 
um desenho “bem feito”, podendo até afirmar que desenha mal. Aqui, o adulto 
deve intervir. Por exemplo, se a criança não tiver satisfeito com uma árvore que 
desenha, então devemos dirigir a sua atenção para certas experiências que ela 
tenha tido com árvores: “Era um dia de tempestade? A árvore era sacudida com 
o vento?”, etc. Perguntas deste género, que se referem mais a uma experiencia 
definida do que a uma representação exacta, desviarão o interesse infantil da 
simples representação fotográfica. 
A criança é também quem deve decidir as proporções do que quer desenhar. Por 
isso, seria bom descobrir se as “proporções correctas” servem realmente às 
necessidades da criança, ou se são formas impostas de expressão. È neste 
contexto que a criança poderá ou não sentir-se restringida, e não ser-lhe 
permitido desenvolver os seus pensamentos criadores, a sua actividade artística 
e, simultaneamente, a sua personalidade. 
A criança deve de ir conseguindo descobrir por si própria as “proporções 
correctas” do que a rodeia. 
Quando a crianças pretende e/ou sente necessidade de expressar “distância” e 
“profundidade”, é provável que esta não seja emocionalmente envolvida nas suas 
expressões artísticas. 
A melhor motivação para as actividades artísticas encontra-se na vida diária e 
consiste em tornar a criança mais sensível em relação ao que a rodeia. Se a 
criança não cresceu num ambiente sensitivo, dela não se poderá conseguir obter 
muita coisa na escola, pois o papel que deve de ser desempenhado pelos pais é 
insubstituível. 
 
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Muitas crianças vivem no seu próprio mundo. O ambiente tem algum significado 
só quando faz mesmo sentido para elas. Por exemplo, quando a criança se sente 
afastada de algo e/ou sente saudade, ela pode tornar esse algo mais necessário 
na sua vida naquele momento, e isso irá intensificar-se na sua expressão 
artística, sendo representado, por exemplo, em tamanho maior. Assim, as 
crianças cada vez que pintam alguma coisa, o seu trabalho transmitem um 
sentimento emocional definido, e acaba por ser um pouco posta de parte a 
representação do real, as “proporções correctas”, etc. 
Nesta altura, os pais devem então motivar a criança a tornar as suas relações 
mais sensitivas. È necessário que estes também saibam que ambos os tipos de 
expressões são igualmente importantes, desde que atendam às necessidades da 
criança. 
Quando uma criança faz uma pintura abstracta ela pode estar apenas a querer 
brincar com as cores, as linhas e as formas. Deste modo, a criança descobre os 
atributos das cores, e identifica-se, inconscientemente com elas. Talvez a criança 
nem tenha uma ideia definida, mas, graças à distribuição das cores e às relações 
que cria no papel, pode chegar não só a alcançar uma forma muito pessoal de 
expressão, como também a desenvolver o seu sentido de organização. 
Neste período, a modelagem tem um significado bem preciso, porque ajuda a 
criança a recuperar a sua criatividade. Isto pode dever-se ao facto de que na 
modelagem conserva-se a percepção tridimensional que inclui profundidade e 
distância, visto que essa percepção reduz-se a duas dimensões. 
A aquisição de um novo meio de expressão, artística, é um estímulo fundamental 
num momento em que a criança precisa de se convencer que pode dominar, 
conscientemente um problema. Nesta fase, a crítica de um adulto, em relação aos 
seus trabalhos, fará aumentar a sua habilidade, não significando que deva 
atingir a perfeição de um adulto 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 16: Pintar sobre tela 
 
Publico-alvo: Dos 12 aos 14anos. 
 
Material: 
 Tela de tamanho médio 
 1 Folha A3 de papel cavalinho 
 Lápis de carvão 
 Recorte de um jornal ou revista de uma imagem 
 Tintas de óleo ou acrílicas 
 Pincéis adequados para tintas de óleo ou acrílicas 
 Cola 
 Aguarás 
 
Procedimento: 
1. Idealizar, desenhando, na folha de papel cavalinho um desenho do que 
pretende desenhar na tela (ter atenção à imagem recortada que é para 
colar na tela); 
2. Passar o desenho idealizado para a tela, desenhando com o lápis na tela; 
3. Deixar espaço na tela para a imagem recortada; 
4. Pintar com as tintas; 
5. Colar a imagem recortada; 
6. Deixar secar; 
7. Lavar os pincéis com aguarás, bem como possíveis nódoas que tenham 
ficado nas mãos. 
 
Competências a desenvolver: 
Esta actividade tem como objectivo proporcionar um contacto com novas 
matérias de pintura, bem como criar um desenho imaginativo com o recurso a 
pintura e a colagem de algo que já está feito (recorte da imagem). 
 
 
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Recomendações: 
A actividade deve ser supervisionada por um adulto quando for para o 
jovem limpar os pincéis e as nódoas com aguarás. 
 
 
 
 
 
 
 
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Fotografia da Actividade 
 
 
 
 
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Capítulo 7: CRISE DA ADOLESCÊNCIA 
 
A adolescência caracteriza-se como sendo o período do desenvolvimento 
humano, a qual está entre a infância e a idade adulta. Essas alterações são 
geralmente acompanhadas por uma grande percepção do que significa o 
amadurecimento do corpo e da mente. A expressão gráfica da criança (agora 
adolescente) também muda. Porém, a sua imaginação ainda não se definiu tão 
claramente como a do adulto. Aumenta o seu lado auto-crítico e, por isso, 
aceitar os padrões infantis está fora de questão. O adulto não deve incentivar 
excessivamente o adolescente no sentido do profissionalismo. Acima de tudo, a 
arte deve fornecer-lhe oportunidades para expressar as suas ideias e emoções, 
pois essas são algumas necessidades específicas da adolescência. A ajuda dos 
pais deve continuar presente, pois ao compreenderem a sua missão no estímulo 
dos filhos adolescentes, estes podem usar a sua própria forma de expressão, 
livres de qualquer método quanto aos conceitos particulares de perfeição e, 
apenas assim, pode ser mantida a arte como um importante veículo de 
desenvolvimento, uma vez ultrapassado o período da infância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ficha Técnica 17: Desenhar em Perspectiva 
 
Publico-alvo: Dos 12 aos 15anos. 
 
Material: 
 Folha A3 de papel cavalinho 
 Lápis de grafite ou carvão 
 
Procedimento: 
1. Pensar em quatro posições para um das mãos (direita se for esquerdino; 
esquerda se for destro); 
2. Desenhar na folha a primeira posição idealizada. Quando terminar a 
primeira, passar para a segunda e depois para a terceira e por fim para a 
quarta posição; 
3. Depoisde desenhar as quatro posições, elaborar todos os pormenores 
visíveis; 
4. Sombrear de acordo com a perspectiva e a posição; 
 
Competências a desenvolver: 
Esta actividade tem como objectivo criar a noção de perspectiva, 
introduzindo esse conceito na expressão artística dos jovens, não apenas como 
algo abstracto e imaginário, mas como algo concreto, palpável e objectivo. 
Também tem como objectivo trabalhar o sombreado de acordo com a perspectiva 
observada e a elaboração pormenorizada de um objecto, neste caso a mão. 
 
Recomendações: 
O jovem deve ter atenção ao que está a realizar, não devendo mudar a 
posição da mão enquanto desenha essa posição, uma vez que se o fizer vai 
alterar a perspectiva da posição que está a desenhar. 
 
 
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Fotografia da Actividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
 
Este dossier serviu para reunirmos informação sobre o desenvolvimento 
gráfico das crianças, bem como algumas actividades e técnicas a aplicar com 
elas. De uma forma bastante sintetizada foi possível organizar tudo isso neste 
dossier, que mais tarde irá ser bastante útil na profissionalização do nosso 
trabalho. 
É importante fundamentar cada actividade a realizar com as crianças, bem 
como perceber as intencionalidades educativas por detrás para um maior 
sucesso de ambas as partes (crianças e educadores/professores). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
 
 Telmo, Isabel Cottinelli, Linguagem Gráfica Infantil, Setúbal, Escola 
Superior da Educação – Instituto Politécnico de Setúbal, 4ªedição 
 
 
 Lowenfeld, Viktor, A criança e a sua arte; um guia para os pais, São Paulo, 
Mestre Jou, 2ª edição, 1977 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexos 
 
 
 
 
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Reflexão Individual 
 
Elsa Pinto 
A meu ver achei este trabalho muito pertinente, pois ajudou a consolidar 
os conteúdos teóricos das várias etapas de desenvolvimento gráfico e a elaborar 
Fichas Técnicas. 
Eu gostei de realizar este trabalho pois fez com que pouse-mos em pratica 
os conhecimentos por nos apreendidos, tanto na aula como na investigação feita 
para o trabalho, algo que considero ser essencial para o curso em que estamos 
inseridas. 
Em relação ao funcionamento do grupo, penso que foi um trabalho bem 
conseguido ambas as partes. Ambas contribuímos para a sua realização estando 
sempre com um espírito aberto às opiniões e ideias de cada uma. 
Joana Cruz 
Penso que este tipo de trabalhos são importantes no curso que estou a 
tirar, essencialmente devido ás características práticas que estão envolvidas. A 
prática é sempre uma boa via para compreender com mais eficácia as 
intencionalidades educativas que estão por detrás das actividades. 
 A realização e organização de um dossier de técnicas de 
expressão gráfica é um bom meio de ter armazenado actividades e 
fundamentações teóricas que poderão, com certeza, ser úteis para a minha 
actividade futura como educadora e/ou professora e, quem sabe, como mãe, pois 
os com este trabalho aprendi que não são apenas os professores e educadores 
que têm um papel no desenvolvimento e ensino da expressão gráfica das 
crianças. Os pais também têm algo a dizer nesse assunto, ou pelo menos 
deveriam ter. 
 Relativamente à realização do dossier, foi algo construído com 
empenho e interesse por ambas as partes.

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