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Ação Revisional de Fianciamento de Veículo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE AMARGOSA - ESTADO DA BAHIA.
RITA SALES DA SILVA, brasileira, solteira, aposentada, inscrito na cédula de identidade tombada sob o RG nº 02.784.836 – 15 SSP/BA, cadastrado no CPF/MF sob o n.º 646.046.405-72, residente e domiciliado na Rua Moisés Silva, 9987, São Roque, CEP 45.300-000, Amargosa - BA, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu Advogado que esta subscreve, constituído mediante instrumento particular de mandato em anexo, com endereço profissional na Rua Vilarino Borges, nº 76, Centro, Amargosa-BA, CEP 45.300-000, onde receberá as intimações e notificações necessárias, propor a presente,
AÇÃO ORDINÁRIA REVISIONAL C/C CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Em face do BANCO PAN S/A, Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o nº 59.285.411/0001-13, estabelecida na Avenida Paulista, nº 1374, 12º andar, Bela Vista, São Paulo- SP, CEP 01310-100, onde deverá ser citado na pessoa de seu representante legal, o que faz com supedâneo nas razões de fato e de direito que passa a expor:
1- DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Preliminarmente, afirma a Autora não possuir condições de arcar com custas processuais e honorários advocatícios desta demanda, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, razão pela qual faz jus e requer a concessão do benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, valendo-se da previsão infraconstitucional imposta pelo artigo 4ª, caput da Lei 1.060/50 da Lei 1.060/50 (estabelece normas para a concessão da assistência judiciária aos necessitados), consubstanciado com o artigo 1º da Lei 7.115 de 29 de agosto de 1983 e alterações subsequentes.
2- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Inicialmente, requer desde logo a inversão do ônus da prova, por se tratar de questão regida sobre o manto do Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/1990, vez que a ACIONANTE é parte hipossuficiente na presente relação processual. 
3- QUANTO A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
 
 O Autor opta pela realização de audiência conciliatória (NCPC, art. 319, inc. VII), razão pela qual requer a citação da Ré, por carta registrada (NCPC, art. 247, caput) para comparecer à audiência designada para essa finalidade (NCPC, art. 334, caput c/c § 5º), sob pena de multa.
4- DOS FATOS
Em 18/02/2016, a Autora firmou Contrato de Financiamento de Bens para aquisição de veículo novo, Marca: Wolkswagen, Modelo: VOYAGE COMFORTLINE, 1.6, 8v (G6), Total Flex, número de chassi: 9BWDA45U2GT037387, o qual é utilizado para a sua necessidade, bem como dos seus dependentes.
No ato da contratação do financiamento, o veículo foi avaliado em R$ 51.000,00 (Cinquenta e um mil reais), tendo a Autora dado o valor de R$ 5.686, 20 (Cinco mil seiscentos e oitenta e seis reais e vinte centavos) de entrada e parcelado o saldo devedor, qual seja: 
R$ 45.313,80 (Quarenta e cinco mil, trezentos e treze reais e oitenta centavos) divididos em 60 (Sessenta e oito) parcelas, no valor individual de R$1.520,30 (Mil quinhentos e vinte reais e trinta centavos), originando assim a Cédula de Crédito Bancário de nº 75924681. 
Conforme se observa, no ato da contratação do financiamento, em que pese a Autora ter dado uma entrada de R$ 5.686, 20 (Cinco mil seiscentos e oitenta e seis reais e vinte centavos), a parcela ficou extremamente elevada, no valor de R$1.520,30 (Mil quinhentos e vinte reais e trinta centavos). 
Ora Excelência, a situação econômica da autora mudou drasticamente, vez que o cenário atual de crise econômica no país, acarretou aumento de inflação, e, diga-se de passagem, a Autora possui um dependente, o que aumentou suas despesas, conforme demonstra declaração em anexo. 
Como remuneração pela avença do financiamento referido, foram convencionadas taxas de 36,94% a.a. (trinta e seis ponto noventa e quatro centésimos por cento) ao ano de taxa de custo de operação, com custo efetivo de 2,65% a.m. (dois ponto sessenta e cinco centésimos por cento ao) ao mês.
Importa salientar, ab initio, que no ato da referida contratação, foi exigido da mesma a assinatura em formulários/contratos pré-impressos – com campos apenas parcialmente preenchidos –, portanto, contratos de adesão com as cláusulas leoninas acima informadas, emitidos pela instituição financiadora, a fim de contratar a parcela de financiamento do bem – denominados, cuja natureza não permite a alteração de seu conteúdo pela parte aderente.
Ademais, importa repisar que a assinatura se deu em formulário contendo “campos” parcialmente “em branco”, em muito pouco ou nada informando ao consumidor quanto às condições contratuais relativas aos percentuais de taxa de juros remuneratórios, juros moratórios, forma de amortização das parcelas, e outros dados importantes.
Mais recentemente, a Autora objetivando a manutenção da sua condição de adimplente para com suas obrigações, bem como frente à minoração da sua capacidade econômica em razão da crise financeira que se instalou em nosso País e aumento de sua despesa, assim como em todo o mundo, já mencionado anteriormente, solicitou a empresa reajustes nas condições de pagamento das parcelas, vez que atualmente o valor mensal pago não é mais compatível com suas possibilidades financeiras.
No entanto, não obteve a flexibilidade esperada por parte da Instituição financeira, ora Ré na presente demanda.
Em outra oportunidade, a Autora foi alertada de que o contrato de financiamento de bens firmado com a Ré, desde sua origem encontra-se eivado de vícios, principalmente no que se relaciona aos juros aplicados ao valor financiado, pois, exorbitam as práticas de mercado, bem assim a exigência de seguro firmado pela Instituição Bancária ré, fato que configura venda casada.
Por tais motivos, vem solicitar, na condição de Consumidora, a prestação jurisdicional no sentido de que lhe seja possibilitado a revisão dos valores contratuais abusivamente impostos pela Empresa Ré, por provimento deste MM. Juízo, de modo que seja recalculado o montante real efetivo devido pela Autora, inclusive, utilizando-se da compensação para tanto, em havendo tal possibilidade.
Até porque Excelência, não é da vontade da Autora permanecer inadimplente com a Empresa, Ora Ré, e sim que exista forma menos onerosa para possibilitar o pagamento do débito, justamente por isso é que foi externado a vontade de realização de Audiência de Conciliação. 
Estes, em suma, são os argumentos que ensejam a presente ação revisional.
5- DO DIREITO
DELIMITAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS CONTROVERTIDAS.
NCPC, art. 330, § 2º
Observa-se que a relação contratual entabulada entre as partes se enquadra na regra contida no art. 330, § 2º, da Legislação Processualista Civil Brasileira.
A Promovente almeja alcançar provimento judicial de sorte a afastar os encargos contratuais tidos por ilegais. Nessa esteira de raciocínio, a querela gravitará com a pretensão de fundo para:
( a ) afastar a cobrança de juros capitalizados diários;
Fundamento: ausência de ajuste expresso nesse sentido e onerosidade excessiva; juros aplicados em prazo inferior ao semestral, previsto em Lei.
( b ) excluir os encargos moratórios;
Fundamento: a Autora não se encontra em mora, posto que foram cobrados encargos contratuais ilegalmente durante o período de normalidade;
(c) aplicar a devida taxa de juros estabelecida pelo Banco central à época da contratação para financiamentos dessa natureza.
d) afastar o contrato de seguro embutido no financiamento, por configurar venda casada.
A) DO CABIMENTO DA PRESENTE REVISIONAL – RECOMPOSIÇÃO DO EQUILÍBRIO CONTRATUAL.
Embora não configurado como causa, e sim efeito, o desequilíbrio contratual é o cerne da presente contenda. Em razão da expressa proibição de cobrança excessiva e ilegal de juros, não teve – e nem poderia ter – outro destino o contrato em questão.
De um lado está a vantagem exagerada, o enriquecimento sem causa por parte do Banco Réu; de outro, a absurda desvantagem, o ônus injusto, o empobrecimento irremediável da Autora.
O que nos cabe aqui é agir para trazer de volta o direito e a justiça,que pela fraqueza ou pela malícia do homem foram afastados. 
Neste passo, no tocante a proteção ao efetivo equilíbrio contratual numa relação de consumo, o próprio Código de Defesa do Consumidor - CDC traz no seu artigo sexto, o dispositivo de segurança:
Art 6° - São direito básicos do consumidor:
 […]
V- a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou a sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; “Código de Defesa do Consumidor, Lei . 8.078, de 11 de setembro de 1990, art 6°, inciso V.
A Lei 8.078/90 visa, neste caso, cuidar mais dos contratos chamados de “contratos de adesão”, que são, via de regra, os instrumentos de cometimento das maiores ilegalidades na seara contratual, vez que, por sua própria natureza, abrigam predisposições unilaterais e que beneficiam excessivamente uma das partes. Eis porque tratou de bem conceituá-los, no caput do art. 54:
“Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo”.
Em se tratando de relação de consumo – tal como na hipótese em destaque - aplicável é o CDC aos contratos bancários. 
É consabido que a prestação de serviços bancários se encontra regidas pelas normas de proteção ao consumidor. Isso porque é plenamente cabível o enquadramento das instituições financeiras, prestadora de serviços, na conceituação de fornecedor, preconizada no art. 3º, caput, da Lei n. 8.078/90. De igual sorte, perfeitamente compreendida a situação do aderente na definição de consumidor, disposta no caput do art. 2º do mesmo ordenamento:
Art. 3º – Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Art. 2º – Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Ambos os dispositivos remetem às expressões “produtos” ou “prestação de serviços” a fim de se aferir a efetiva aplicabilidade da legislação protetiva às atividades desenvolvidas no mercado.
Também sob esse aspecto, inequívoco que as atividades bancárias, financeiras e de crédito restam inseridas na enunciação de produtos e serviços, por força de preceito legal expresso nesse sentido:
Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito ou securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (CDC, art. 3º, § 2º, do CDC).
Afora isso, a submissão das atividades bancárias às normas protetivas consumeristas é entendimento já sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça:
Súmula 297 do STJ – O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.
O princípio da relatividade do contrato prevalece sobre o princípio do "pacta sunt servanda", a fim de assegurar a real concretização dos conceitos norteadores do equilíbrio da relação contratual, como da liberdade e da igualdade entre as partes.
Com efeito, Excelência, urge seja revisado judicialmente o presente contrato, para aplicação das devidas disposições legais ao pacto de adesão, resgatando o equilíbrio da relação contratual, em tudo violado pelo Réu.
B) DA NECESSÁRIA ADEQUAÇÃO DO CONTRATO À TAXA DE JUROS MÉDIA FIXADA PELO BANCO CENTRAL BRASIL À ÉPOCA DA CONTRATAÇÃO.
Infere-se da documentação acostada à presença de ilegalidades e abusividades inerentes ao Contrato de Adesão em destaque, vez que a Ré ainda as pratica exorbitando os limites legais e morais. Tais ilegalidades oneram de forma excessiva o Consumidor deixando clara a abusividade e gerando desequilibro entre as partes.
Segundo o que dispõe o artigo 173, §4º da CF/88, a taxa de juros não pode ser cobrada excessivamente ao ponto de gerar um desequilibro contratual ao contratante, o que elucida a repressão imposta pela norma constitucional ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
Evidencia-se que as normas constitucionais possuem caráter protetivo não se admitindo a cobrança de juros sem limites, de modo que em restando evidenciadas tais condutas, devem as mesmas ser declaradas nulas por este r. Juízo, uma vez que tal prática só subsiste quando há permissivo legal. Concomitantemente à questão apresentada, os contratos contêm cláusulas que não possibilitam a percepção e o entendimento por parte do cliente. São cláusulas normalmente iníquas ou abusivas, desfavoráveis ao cliente, que disseminadas no extenso e compacto conteúdo do contrato, sugerem a não leitura.
A Lei nº 8.078/90 dispõe em seu Art. 46, que:
“Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, (...) se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance”.
O desrespeito a esta premissa torna as cláusulas que estabeleçam obrigações abusivas, oriundas da má fé, nulas de pleno direito. Assim, as cláusulas dos contratos que criem uma disparidade exagerada entre os sujeitos do contrato são consideradas nulas, já que estabelecem pleno desequilíbrio na relação contratual.
Ademais, resta público e notório o entendimento doutrinário acerca da limitação da taxa de juros em contratos financeiros, no sentido de que deve a taxa de juros obedecer à taxa média de mercado, fixada pelo Banco Central, à época da contratação, ressalvadas, entretanto, as hipóteses em que tal taxa implicar, no caso concreto, em situação de onerosidade excessiva ao devedor.
In casu, depreende-se que no momento da contratação, o BACEN fixou Taxa Média no percentual de 27,56% (a.a.), correspondente a 2,29 (a.m.), conforme Tabela a seguir colacionada, extraída do site do Cálculo Revisional:
Parâmetros informados – Fonte: Site Cálculo Revisional
(http://www.calculorevisional.com/blog/post/2013/04/18/Descobrindo-a-taxa-media-de-juros-do-mercado-Pessoa-Fisica-2013.aspx)
20749 - Taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres - Pessoas físicas - Aquisição de veículos
fev/2016
Linear
fevereiro/2016
27,56 (a.a.)
Deste modo, considerando os valores contratados e os cálculos realizados através do site acima informado, tendo por base a taxa média de juros fixada pelo mesmo Órgão em Fevereiro de 2016, é claro o flagrante desrespeito aos direitos do Autor.
Assim, frente à imperiosa necessidade de adequação do referido Contrato de Financiamento às imposições legais, com o regular reequilíbrio financeiro do mesmo, além de se observar o valor pago a vista, a título de entrada para o financiamento, e, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A ATUAL SITUAÇÃO ECONÔMICA DA AUTORA E DO PAÍS, é que se requer a aplicação da taxa de juros de 1,0% a.m. ao contrato ora debatido, revisando suas cláusulas a fim de que seja feita justiça.
Importante observar que o referido posicionamento encontra-se em perfeita consonância com o entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça, abaixo ilustrado:
 “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO - JUROS REMUNERATÓRIOS - LIMITAÇÃO À TAXA MÉDIA DE MERCADO - ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE - REVISÃO DO ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL A QUO - IMPOSSIBILIDADE, NESTA VIA RECURSAL (SÚMULA 7/STJ) – [...] RECURSO IMPROVIDO.” (STJ, AgRg no AREsp 100.883/RS, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, DJe 27/11/2012)
Neste diapasão, deverá o Contrato de Financiamento em destaque ser revisado aplicando-se a Taxa Média de Mercado, à época da contratação (fevereiro/2016), com as devidas ressalvas do caso em concreto, com consequente condenação do Banco Réu para revisão do contrato no percentual não superior a 1,0 % A.M., conforme já fora explicitadocomo sendo a forma menos onerosa para o pagamento do débito.
C) DA IMPERTINÊNCIA DE JUROS CAPITALIZADOS.
Antes de tudo, convém ressaltar que, no tocante à capitalização dos juros ora debatidos, não há qualquer ofensa às Súmulas 539 e 541 do Superior Tribunal Justiça, as quais abaixo aludidas:
STJ, Súmula 539 – É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP 1.963-17/00, reeditada como MP 2.170-36/01), desde que expressamente pactuada.
STJ, Súmula 541 – A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.
É dizer, os fundamentos lançados são completamente diversos dos que estão insertos nas súmulas em apreço.
É consabido que a cláusula de capitalização, por ser de importância crucial ao desenvolvimento do contrato, ainda que ajuste eventualmente existisse nesse pacto, deve ser redigida de maneira a demonstrar exatamente ao contratante do que se trata e quais os reflexos gerarão ao plano do direito material.
O pacto, à luz do princípio consumerista da transparência, que significa informação clara, correta e precisa sobre o contrato a ser firmado, mesmo na fase pré-contratual, teria que necessariamente conter:
1) redação clara e de fácil compreensão(art. 46);
2) informações completas acerca das condições pactuadas e seus reflexos no plano do direito material;
3) redação com informações corretas, claras, precisas e ostensivas, sobre as condições de pagamento, juros, encargos, garantia(art. 54, parágrafo 3º, c/c art. 17, I, do Dec. 2.181/87);
4) em destaque, a fim de permitir sua imediata e fácil compreensão, as cláusulas que implicarem limitação de direito(art. 54, parágrafo 4º)
Nesse mesmo compasso é o magistério de Cláudia Lima Marques:
“    A grande maioria dos contratos hoje firmados no Brasil é redigida unilateralmente pela economicamente mais forte, seja um contrato aqui chamado de paritário ou um contrato de adesão. Segundo instituiu o CDC, em seu art. 46, in fine, este fornecedor tem um dever especial quando da elaboração desses contratos, podendo a vir ser punido se descumprir este dever tentando tirar vantagem da vulnerabilidade do consumidor.
( . . . )
O importante na interpretação da norma é identificar como será apreciada ‘a dificuldade de compreensão’ do instrumento contratual. É notório que a terminologia jurídica apresenta dificuldades específicas para os não profissionais do ramo; de outro lado, a utilização de termos atécnicos pode trazer ambiguidades e incertezas ao contrato. “ (MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais. 6ª Ed. São Paulo: RT, 2011. Pág. 821-822)
Por esse norte, a situação em liça traduz uma relação jurídica que, sem dúvidas, é regulada pela legislação consumerista. Por isso, uma vez seja constada a onerosidade excessiva e a hipossuficiência do consumidor, resta autorizada a revisão das cláusulas contratuais, independentemente do contrato ser “pré” ou “pós” fixado.
Desse modo, o princípio da força obrigatória contratual (pacta sunt servanda) deve ceder e se coadunar com a sistemática do Código de Defesa do Consumidor.
Neste ponto específico, ou seja, quanto à informação precisa ao mutuário consumidor acerca da periodicidade de capitalização dos juros, decidira o Superior Tribunal de Justiça no seguinte sentido:
RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA. TAXA NÃO INFORMADA. DESCABIMENTO. VIOLAÇÃO A DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. DESCABIMENTO.
1. Controvérsia acerca da capitalização diária em contrato bancário.
2. Comparação entre os efeitos da capitalização anual, mensal e diária de uma dívida, havendo viabilidade matemática de se calcular taxas de juros equivalentes para a capitalização em qualquer periodicidade (cf. RESP 973.827/rs). 3. Discutível a legalidade de cláusula de capitalização diária de juros, em que pese a norma permissiva do art. 5º da Medida Provisória nº 2.170-36/2001. Precedentes do STJ.
4. Necessidade, de todo modo, de fornecimento pela instituição financeira de informações claras ao consumidor acerca da forma de capitalização dos juros adotada.
5. Insuficiência da informação a respeito das taxas equivalentes sem a efetiva ciência do devedor acerca da taxa efetiva aplicada decorrente da periodicidade de capitalização pactuada.
6. Necessidade de se garantir ao consumidor a possibilidade de controle a priori do contrato, mediante o cotejo das taxas previstas, não bastando a possibilidade de controle a posteriori.
7. Violação do direito do consumidor à informação adequada.
8. Aplicação do disposto no art. 6º, inciso III, combinado com os artigos 46 e 52, do código de defesa do consumidor(cdc).
9. Reconhecimento da abusividade da cláusula contratual no caso concreto em que houve previsão de taxas efetivas anual e mensal, mas não da taxa diária.
10. Recurso Especial desprovido. (STJ; REsp 1.568.290; Proc. 2014/0093374-7; RS; Terceira Turma; Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino; DJE 02/02/2016)
Além disso, a relação contratual também deve atender à função social dos contratos, agora expressamente prevista no artigo 421 do Código Civil, “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”.
De outra banda, é certo que o Superior Tribunal de Justiça já consagrou entendimento de que “a previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.” (Súmula 541)
No entanto, na hipótese fere a boa-fé objetiva prevista no Código de Defesa do Consumido. De regra, nessas situações, há uma relação de consumo firmada entre banco e mutuário. Destarte, resta comprometido o dever de informação ao consumidor no âmbito contratual, maiormente à luz dos ditames dos artigos 4º, 6º, 31, 46 e 54 do CDC.
Ademais, a forma de cobrança dos juros, sobretudo nos contratos bancários, é incompreensível à quase totalidade dos consumidores. É dizer, o CDC reclama, por meio de cláusulas, a prestação de informações detalhadas, precisas, corretas e ostensivas.
Todavia, no pacto em debate houvera sim cobrança indevida da capitalização de juros, porém fora adotada outra forma de exigência irregular; uma “outra roupagem”.
Observe-se que a legislação que trata da Cédula de Crédito Bancário admite a cobrança de juros capitalizados mensalmente, ainda assim desde que expressamente pactuados no contrato:
Lei nº. 10.931/04
Art. 28 – A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto no § 2º.
§ 1º – Na Cédula de Crédito Bancário poderão ser pactuados:
I – os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, os critérios de sua incidência e, se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem como as despesas e os demais encargos decorrentes da obrigação. 
É evidente a existência da cláusula de capitalização diária, conforme descrita no próprio contrato, e isso certamente a perícia contábil irá confirmar.
 Essa modalidade de prova de logo se requer. Afinal, é uma prática corriqueira, comum a toda e qualquer instituição financeira, não obstante a gritante ilegalidade.
Além do mais, é cediço que essa espécie de periodicidade de capitalização (diária) importa em onerosidade excessiva ao consumidor.
Nesse enfoque:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO.
Contratos de abertura de crédito em conta corrente do tipo cheque especial e de empréstimo pessoal e cédula de crédito bancário e instrumento particular de confissão e renegociação de dívidas. Autos que vieram acompanhados apenas da cédula de crédito bancário, do instrumento particular de confissão de dívidas e dos extratos demovimentação da conta corrente e das operações de empréstimo pessoal. Determinação de exibição, pela instituição financeira, de documentos que são comuns às partes. Artigo 358, inciso III, do código de processo civil. Descumprimento que acarreta a admissão dos fatos alegados como sendo verdadeiros. Artigo 359, inciso I, do código de processo civil. Incidência do Código de Defesa do Consumidor. Revisão que é possível em face da onerosidade excessiva. Artigos 6º, incisos IV e V, e 51, inciso IV, ambos do Código de Defesa do Consumidor. Juros remuneratórios. Enunciado N. I do grupo de câmaras de direito comercial. Ausência de prova do pacto em relação ao cheque especial que acarreta a aplicação da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central, contanto que inferior à exigida. Nova orientação da câmara, a partir da sessão do dia 21.5.2015. Súmula n. 530 do Superior Tribunal de Justiça. Observância da taxa média de mercado também como critério para a aferição da abusividade nos demais contratos examinados, ainda que não tenha sido informada a taxa praticada. Capitalização diária dos juros. Cláusula da cédula de crédito bancário que é declarada nula porque importa em onerosidade excessiva ao consumidor. Impossibilidade de ser cobrada na modalidade mensal porque não foi convencionada, sendo vedada a interpretação extensiva ao contrato. Precedentes da câmara. Exigência do encargo na periodicidade anual que foi autorizada na sentença. Conformismo da mutuária. Câmara que não pode piorar a situação da recorrente. Ausência de prova do pacto expresso que inviabiliza a cobrança de juros capitalizados nos outros contratos submetidos à revisão. Manutenção da periodicidade anual também em razão de ter sido autorizada na sentença. Recurso provido em parte. (TJSC; AC 2016.005054-7; Balneário Camboriú; Quinta Câmara de Direito Comercial; Rel. Des. Jânio Machado; Julg. 15/02/2016; DJSC 18/02/2016; Pág. 216)
APELAÇÃO CÍVEL. DECLARATÓRIA. PURGAÇÃO DA MORA POSSIBILIDADE. ART. 34 DO DECRETO-LEI N. 70/66/ART. 26 DA LEI N. 9.514/97. CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE JUROS. ABUSIVIDADE. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL. LEI Nº 9.514/97. REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO. ART. 6º, V E ART. 51, IV/CDC. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
O artigo 34 do Decreto-Lei nº 70/66 aplicado subsidiariamente à Lei nº 9514/97, possibilita ao devedor purgar a mora após a consolidação do bem nas mãos do credor, ressalvado que a purgação se dê antes da realização do leilão. Não havendo a alienação dos bens imóveis, faculta-se ao devedor a possibilidade de proceder purgação da mora (art. 34 do Decreto-Lei n. 70/66; art. 39 da Lei nº 9.514/97). Ainda que seja cabível a capitalização dos juros em periodicidade mensal, a previsão de capitalização diária acarreta onerosidade excessiva e causa desequilíbrio na relação jurídica. O procedimento de alienação fiduciária de bem imóvel é perfeitamente legal (lei nº 9.514/97). O principio da força obrigatória dos contratos não impede a revisão daquelas cláusulas consideradas abusivas, nos termos do art. 6º, V e art. 51, IV, cdc. (TJMT; APL 96338/2015; Cáceres; Rel. Des. Sebastião Barbosa Farias; Julg. 26/01/2016; DJMT 01/02/2016; Pág. 27)
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA. PACTUAÇÃO EXPRESSA. ABUSIVIDADE. PERIODICIDADE MENSAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. É inadmissível a capitalização diária dos juros, uma vez que tal exigência é desprovida de respaldo legal, impondo-se o reconhecimento da ilegalidade da cláusula e a estipulação da capitalização em sua periodicidade mensal. 2. Recurso parcialmente provido. Acórdão. (TJMS; APL 0804935-49.2014.8.12.0002; Dourados; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Vladimir Abreu da Silva; DJMS 21/10/2015; Pág. 19)
Obviamente que uma vez identificada e reconhecida a ilegalidade da cláusula que prevê a capitalização diária dos juros, esses não poderão ser cobrados em qualquer outra periodicidade (mensal, bimestral, semestral, anual). 
É que, lógico, inexiste previsão legal nesse sentido; do contrário, haveria nítida interpretação extensiva ao acerto entabulado contratualmente.
D) DA COMPENSAÇÃO.
A redução do débito decorrerá da revisão judicial, ensejando a compensação do saldo devedor apurado com o que foi pago a maior, haja vista o princípio do enriquecimento sem causa. Nesse sentido:
“A PRETENSÃO DE DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS A MAIOR, EM VIRTUDE DO EXPURGO DE PARCELAS JUDICIALMENTE DECLARADAS ILEGAIS. É CABÍVEL EM VIRTUDE DO PRINCÍPIO QUE VEDA O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, PRESCINDINDO DE DISCUSSÃO A RESPEITO DE ERRO NO PAGAMENTO.” (RESP. 200.267/RS, 4ª TURMA, REL. MIN. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, 03/10/2000).
Maria Helena Diniz define compensação como “um meio especial de extinção de obrigações, até onde se equivalem, entre pessoas que são, ao mesmo tempo, devedoras e credoras uma da outra” (Curso de Direito Civil Brasileiro, 2º volume, Editora Saraiva, 6ª edição, São Paulo, pág. 258).
Assim, dispõe o artigo 368 do Código Civil:
“Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se até onde se compensarem”.
Os requisitos do instituto decorrem da própria definição legal; obrigações principais recíprocas: o objeto das prestações devem ser bem fungível, de mesma espécie e qualidade: as prestações devem estar vencidas, sendo líquidas e exigíveis: não pode existir direitos de terceiros sobre as prestações: e, possibilidade jurídica.
Também pela aplicação do princípio da restituição integral, cabe, na hipótese, a compensação, a ser efetivada entre as parcelas prestadas ineficazmente pelo consumidor e o eventual débito pendente em razão dos negócios jurídicos celebrados com a Instituição Ré. Estão preenchidos os requisitos do instituto, pois os objetos das prestações recíprocas têm igual natureza, decorrendo a compensação de causa legal, evitando-se o enriquecimento sem causa do fornecedor que recebeu indevidamente quantias decorrentes de cláusulas inválidas, pelo que pugna pela aplicação do instituto da Compensação na presente hipótese.
E) DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Por outro lado, ao fazer a compensação, deve ser reconhecido o consumidor foi cobrado e pagou quantias indevidas, razão pela qual faz jus à devolução em dobro da quantia paga em excesso, acrescida de juros e correção monetária nos termos do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.
F) DA VENDA CASADA – DANOS MORAIS
Noutro giro, a abusiva prática corriqueira de venda casada pelas Instituições Bancárias também deve ser afastada por este Magistrado.
Nesse sentido dispõe o art. 39 do CDC:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: 
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; 
Ora, a empresa ré condicionou o financiamento do veículo à aquisição da apólice de seguro informada no contrato, fato que configura explicitamente a venda casada.
Diante disso requer a autora que o contrato de seguro seja declarado abusivo, seja devolvido o valor em dobro, bem como seja a empresa ré condenada ao pagamento de danos morais em virtude da conduta abusiva!
G) DA NECESSÁRIA REALIZAÇÃO DE PERÍCIA CONTÁBIL/FINANCEIRA
No caso em espécie, onde a relação contratual se originou nos idos de 2016, sem qualquer sombra de dúvidas para se apurar os valores devidos é uma tarefa que requer extremada capacidade técnica. 
Além disso, isso demandaria no mínimo um mês de trabalho com um bom especialista da engenharia financeira ou outra área equivalente. E, lógico, um custo elevadíssimo para a confecção desse laudo pericial particular.
Nesse aspecto, há afronta à disposição constitucional de igualdade entre os litigantes e, mais ainda, ao princípio da contribuição mútua entre todos envolvidos no processo judicial (NCPC, art. 6º) e da paridade de tratamento (NCPC, art. 7º). 
Quando o autor da ação é instado a apresentar cálculos precisos e complexos com suapetição inicial, como na hipótese, afasta-o da possibilidade de se utilizar de um auxiliar da Justiça (contador) que poderia fazer justamente esse papel, e muito bem desempenhado (NCPC, art. 149). 
Assim, no mínimo é essencial que se postergue essa tarefa de encontrar o valor correto a depositar (se ainda tiver) para quando já formada a relação processual.
Ilustrativamente convém evidenciar o seguinte julgado:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente (cheque especial) e contrato giro parcelado (pré-fixado). Decisão que indeferiu a antecipação dos efeitos da tutela. Proibição da inscrição do nome da agravante nos órgãos de proteção ao crédito. Pretensão condicionada ao preenchimento dos requisitos necessários, dispostos no art. 273, do código de processo civil [CPC/2015, art. 300]. Depósito incidental dos valores incontroversos. Desnecessidade. Impossibilidade de se aferir o quantum debeatur. Possibilidade de averiguação da verossimilhança das alegações. Recurso provido. “Para a vedação da inscrição do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito deve-se ter, necessária e concomitantemente, a presença desses três elementos: 1) ação proposta pelo devedor contestando a existência integral ou parcial do débito; 2) haja efetiva demonstração de que a contestação da cobrança indevida se funda na aparência do bom direito; 3) depósito do valor referente à parte tida por incontroversa do débito ou caução idônea, ao prudente arbítrio do magistrado. Em ação revisional de contrato de abertura de crédito em conta corrente, quando, como na hipótese vertente, manifestar-se a impossibilidade de se aferir o quantum debeatur, admissível vedar-se a inscrição do correntista nos cadastros de proteção ao crédito, sem necessidade de depósito dos valores incontroversos ou prestação de caução. (TJSC; AI 2013.043498-8; Itajaí; Terceira Câmara de Direito Comercial; Rel. Des. Paulo Roberto Camargo Costa; Julg. 23/01/2014; DJSC 30/01/2014; Pág. 85)
Todavia, cabe aqui registrar o magistério de Nélson Nery Júnior, o qual, acertadamente, faz considerações acerca da norma em espécie, chegando a evidenciar que isso bloqueia o à Justiça, verbis:
“18. Bloqueio do acesso à Justiça e igualdade.
É interessante notar que a previsão constante desses dois parágrafos se aplica apenas a ações envolvendo obrigações decorrentes de empréstimo, financiamento ou alienação de bens. Mas por que isso se aplica apenas a esses casos? Ainda, pode ocorrer de o autor não ter condições de quantificar o valor que pretende discutir, bem como o valor incontroverso, já no momento da propositura da ação. A petição inicial deve, portanto, ser indeferida, em detrimento do acesso à Justiça? Neste último caso, nada impede que a discriminação cobrada por estes parágrafos seja feita quando da liquidação da sentença (cf. Cassio Scarpinella Bueno. Reflexões a partir do art. 285-B do CPC [RP 223/79]). Vale lembrar ainda que o § 3º é mais um exemplo de norma constante do CPC que disciplina questões não ligadas ao processo civil. Essa desorganização, se levada adiante, pode fazer com que tais exemplos se multipliquem, dificultando a sistematização e a lógica processuais.” (in, Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 2015, p. 904).
De igual modo é desnecessário o pagamento de valores prévios ao ajuizamento da ação revisional, o que se depreende do julgado abaixo:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. ARTIGO 285-B DO CPC. COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DAS PARCELAS ANTERIORES AO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. PRESCINDIBILIDADE. QUESTÃO QUE AFETA APENAS A AFERIÇÃO DA ELISÃO DA MORA PELA PARTE AUTORA E NÃO AS CONDIÇÕES DA AÇÃO. ERROR IN PROCEDENDO. SENTENÇA CASSADA.
1. O artigo 285-b, caput, do código de processo civil[CPC/2015, art. 330, caput] dispõe que. Nos litígios que tenham por objeto obrigações decorrentes de empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil, o autor deverá discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, quantificando o valor incontroverso. Seu parágrafo 1º[CPC/2015, art. 330, § 1º] acrescenta que. O valor incontroverso deverá continuar sendo pago no tempo e modo contratados. 2. O referido artigo visa tão somente obrigar a parte a apontar clara e precisamente a causa de pedir das ações revisionais, declarando qual a espécie e o alcance do abuso contratual que fundamenta sua ação, bem como explicitar a inadmissão do depósito judicial do valor incontroverso das obrigações contratuais. 3. Tal artigo, não impõe a comprovação do pagamento das parcelas anteriores ao ajuizamento da ação ou o mesmo o efetivo pagamento do valor incontroverso como condição de procedibilidade da ação revisional. Caso assim o fizesse, implicaria em nítida ofensa ao princípio constitucional do livre acesso ao poder judiciário, previsto no artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal, pois impediria que o consumidor inadimplente e sem condições de promover o pagamento das prestações contratadas, de discutir em juízo a legitimidade dos valores que lhe estão sendo exigidos, por vícios insertos no contrato em que a obrigação inadimplida foi convencionada. 4. A não comprovação, do pagamento das prestações anteriores ao ajuizamento da ação revisional de contrato bancário, e a ausência de continuidade do pagamento dos valores vincendos tidos como incontroversos, não sendo circunstância que possa mitigar o direito constitucional de ação, resulta apenas na impossibilidade de ser elidida a mora do consumidor, pelo simples ajuizamento da pretensão revisional, não se tratando de circunstância que autorize a extinção do processo sem o julgamento dos pedidos deduzidos em juízo, volvidos a infirmar as disposições contidas no instrumento contratual. 5. In casu, sendo desnecessária a comprovação do pagamento das parcelas contratadas a fim de se constatar as condições de procedibilidade da ação revisional de contrato bancário ajuizada pela autora, a extinção do processo pelo indeferimento da petição inicial representa error in procedendo, devendo ser cassada a sentença recorrida. 6. Apelação conhecida e provida. Sentença cassada. (TJDF; Rec 2014.09.1.019627-6; Ac. 846.624; Rel. Des. Alfeu Machado; DJDFTE 20/02/2015; Pág. 317)
 G) DA MANUTENÇÃO DA AUTORA NA POSSE - BEM INSTRUMENTO DE NECESSIDADE
A Promovente fizera o pacto financeiro para, com o veículo em espécie, melhor desempenhar suas necessidade pessoais e dos seus dependentes.
No caso, o veículo é utilizado como instrumento de necessidade pela Autora para transporte de seus dependentes. É dizer, a apreensão do mesmo não é conveniente a quaisquer das partes envoltas nesta querela.
A posse do bem poderá permanecer com a Acionante mediante certas condições, ou seja, quando demonstrada a boa-fé e o animus de adimplir o contrato, o que ora ocorre por parte da Promovente.
A reversibilidade da medida também é evidente, uma vez que a Ré, se vencedora na lide, poderá retomar os valores que lhe aprouver, tendo o veículo, inclusive, como garantia.
DA MEDIDA LIMINAR
Diante disso, a Autora vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte contrária (NCPC, art. 9º, parágrafo único, inc. I c/c NCPC, art. 300, § 2º), independente de caução (NCPC, art. 300, § 1º), tutela de urgência antecipatória no sentido de:
X 1. Suspender a exigibilidade das parcelas contratuais até que seja apurado, junto ao setor de Contadoria – PERÍCIA CONTÁBIL, o valor controverso e incontroverso a ser pago pelo Promovente;
X 2. Determinar que a Ré se abstenha de incluir, no nome do Promovente junto aos órgãos de restrições, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (Quinhentos reais) por dia de descumprimento;
X 3. Caso a suspensão arguida no item “X1” não seja acolhida, requer seja a mesma reduzida à metade o valor da parcela, até decisão posterior dos valores controversos e incontroversos a ser pagos pelo Promovente, de modo a se fazer possível o adimplemento do financiamento,valores esses a ser depositados em conta judicial, em consignação de pagamento;
X 4. Seja a mesma mantida na posse do veículo ofertado em garantia da operação, expedindo-se, para tanto, o devido MANDADO DE MANUTENÇÃO DE POSSE;
X 5. Impor à Promovida multa diária de R$ 200,00 (Duzentos reais) caso venha a não obedecer a decisão provisória em comento (item X.4) (NCPC, art. 297).
X 6. IMPEDIR A INSCRIÇÃO DO NOME DA AUTORA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO DECORRENTE DE OBRIGAÇÕES ORIGINADAS DO CONTRATO SUB JUDICE.
A Instituição Ré, durante o curso do contrato, vem cobrando juros ilegais, compreendidos como aqueles além da taxa média de mercado, taxas inadequadas, comissão de permanência, entre outras práticas abusivas. 
Não satisfeita, ainda se utiliza de mecanismos que servem para pressionar a autora a pagar os valores extorsivos que vem praticando, para tanto, tem a possibilidade de promover a execração pública da mesma, imputando-lhe uma condição de devedor frente aos órgãos cadastrais como SPC, SERASA e Associações de Bancos.
Deste modo, tendo em vista a situação atual vivenciada pela Requerente e sua vontade em continuar horrando coma as devidas parcelas do contrato, não há o que se falar em prejuízo ao credor.
Outrossim, estando a autora discutindo, através de Ação Revisional, a abusividade e a ilegalidade de cláusulas contratuais, o que, certamente, conduzirá à alteração do valor devido à instituição financeira.
A matéria está pacificada, inclusive com inúmeras decisões no E.Tribunal do STJ, como se vê do precedente, que se adota:
“SERASA. Cautelar. Eficácia. Enquanto pendente a ação ordinária sobre a validade da cobrança de juros de 14% ao mês, deve ficar suspenso o registro da devedora em bancos de dados de inadimplência. Precedentes. Recurso conhecido e provido.” (Resp 450840/RS, relator Min. Ruy Rosado de Aguiar Junior, julgado pela Quarta Turma em 03/04/2003).
Inclusive quanto ao CADIN, a matéria já foi examinada no julgamento do Resp. 504052/AL, julgado pela Primeira Turma do STJ em 14/09/2003, relator Min. José Delgado, assim ementado:
TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. PARCELAMENTO DO DÉBITO. MULTA MORATÓRIA. APLICABILIDADE. ENTENDIMENTO DA 1º SEÇÃO. INSCRIÇÃO NO CADIN. DÉBITO SUB JUDICE.
AFASTAMENTO. (...) 4. Enquanto se impugna o montante do débito cobrado, com fundamentos razoáveis, cabe o pleito formulado pelo devedor para o fim de obstar o registro de seu nome nos bancos de dados de proteção ao crédito. Precedentes. 5. Recurso especial parcialmente provido.” “Resp. 504052/AL,julgado pela Primeira Turma do STJ em 14/09/2003, relator Min. José Delgado”
Para concessão da presente liminar, resta evidente que o fumus boni iuris se consubstancia na real possibilidade de a Autora ver o seu direito acatado pelo Judiciário, além de ser prática reiterada em nossos Tribunais a concessão de liminares nas condições acima expostas, haja vista tratar-se de uma garantia para que este possa pleitear seus direitos junto ao Judiciário, sem o risco de ser taxado como devedor de valor que se encontra sub judice.
O periculum in mora, a seu turno, encontra guarida na possibilidade de lesão grave do direito da Autora frente a iminência de sofrer danos irreparáveis ou de difícil reparação, por consequência da disseminação de informações negativas da mesma, que não condizem com a realidade, bem como a impossibilidade de proceder qualquer operação financeira ou, até mesmo, in casu, de não satisfazer as necessidades de locomoção suas e de seus dependentes.
Desse modo, pleiteia a parte autora que Vossa Excelência se digne a obstar a Ré de inseri-lo nos órgãos de proteção ao crédito, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Ressalta-se, ainda, que a inscrição do nome da Autora junto a tais órgãos mostra-se, inclusive, ensejadora de dano moral, vez que seu nome será execrado publicamente e ele ficaria privada de proceder a qualquer compra a crédito - tudo em virtude de uma informação que não reflete a realidade.
A jurisprudência moderna resguarda a pretensão da autora nestes exatos termos. Veja-se abaixo:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ARRENDAMENTO MERCANTIL -REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS - REINTEGRAÇÃO DE POSSE - CONEXÃO - RECONHECIMENTO - CONSIGNAÇÃO DO VALOR INCONTROVERSO - AUTORIZAÇÃO - MORA NÃO CONFIGURADA - MEDIDA LIMINAR DE
REINTEGRAÇÃO DE POSSE - INDEFERIMENTO -I - Resta configurada a conexão entre a Ação Revisional de Cláusulas Contratuais e a Ação de Reintegração de Posse quando se fundam no mesmo contrato de arrendamento mercantil, com a finalidade de se evitar a prolação de decisões contraditórias.
II - Uma vez depositado o valor incontroverso na Ação de Revisão de Cláusulas Contratuais, afasta-se a configuração da mora, requisito imprescindível para deferimento de reintegração de posse sobre o bem. (AGRAVO DE INSTRUMENTO CV Nº 1.0696.11.001284-1/001 – COMARCA DE TUPACIGUARA - AGRAVANTE(S): SANTANDER LEASING S.A. -ARRENDAMENTO MERCANTIL - AGRAVADO(A)(S): EVERTON FREIRE DE ARAÚJO)
Ressalte-se, desde logo, que este requerimento não abriga caráter de confissão ou concordância com os valores das referidas prestações, apenas coaduna-se com os entendimentos jurisprudenciais pátrios predominantes, o que lhe confere maior eficiência.
Dessa forma, considerando, ainda, que é entendimento uníssono dos Tribunais Pátrios a manutenção do bem objeto de ações revisionais na posse do devedor, até decisão transitada em julgado - posto que é possível a revisão das cláusulas contratuais – requer seja mantida a autora na posse do bem.
6- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
POR TUDO QUANTO EXPOSTO,
 Requer se digne Vossa Excelência em tomar as seguintes providências:
W.1 - (LIMINAR) – SEJA DEFERIDA A LIMINAR REQUERIDA, CONFORME AMPLAMENTE EXPOSTO ACIMA NO TÓPICO CORRESPONDENTE.
W.2 – Seja deferida a Assistência Judiciária Gratuita;
 W.3 - O Autor opta pela realização de audiência conciliatória (NCPC, art. 319, inc. VII), razão pela qual requer a citação da Promovida, por carta (NCPC, art. 247, caput) para comparecer à audiência designada para essa finalidade (NCPC, art. 334, caput c/c § 5º), devendo, antes, ser analisado o pleito de tutela de urgência;
W.4- seja deferida a inversão do ônus da prova, uma vez que há relação de consumo entre as partes litigantes.
W.5 - pede, mais, que sejam JULGADOS PROCEDENTES OS PEDIDOS FORMULADOS PELO AUTOR, declarando nulas as cláusulas que estejam afrontando à legislação, e, via de consequência:
W.6 - excluir do pacto os juros capitalizados mensalmente e/ou diários, por ausência de autorização legal, reconduzindo-o pela forma anual, como previsto em lei, com observância do caso in concreto;
W.7 sejam afastados todo e qualquer encargo contratual moratório, visto que o Autor não se encontra em mora, ou, como  pedido subsidiário (NCPC, art. 326), a exclusão do débito de  juros moratórios, juros remuneratórios, correção monetária e multa contratual, em face da ausência de inadimplência, 
W.8 que a Ré seja condenada, por definitivo, a não inserir o nome da Autora junto aos órgãos de restrições, bem como a não promover informações à Central de Risco do BACEN e seja a mesma mantida na posse do bem concedido em garantia;
W.9. pede, caso seja encontrado valores cobrados a maior durante a relação contratual, sejam  os mesmos devolvidos à Autora por se tratar de Cédula de Crédito Bancário(Lei nº. 10.931/04, art. 28, § 1º e inc. I), ou subsidiariamente, sejam compensados os valores encontrados, com eventual valor ainda existente como saldo devedor, além da condenação em danos materiais e/ou morais no montante de R$ 3.000,00 (três mil reais);
W.10 Seja reconhecida como abusiva a prática da venda casada do financiamento com a apólice de seguros. Seja devolvida em dobro o valor do mesmo e seja condenada a ré ao pagamento de danos morais, no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
W.11 protesta provar o alegado por toda espécie de prova admitida (CF, art. 5º, inciso LV), nomeadamentepelo depoimento do representante legal da Ré (NCPC, art. 75, inciso VIII), oitiva de testemunhas a serem arroladas opportuno tempore, juntada posterior de documentos como contraprova, perícia contábil (com ônus invertido), exibição de documentos, tudo de logo requerido.
W.12 - seja a Ré condenada a pagar todos os ônus pertinentes à sucumbência, nomeadamente honorários advocatícios, esses de já pleiteados no patamar máximo de 20%(vinte por cento) sobre o proveito econômico obtido pelo Autor ou, não sendo possível mensurá-los, sobre o valor atualizado da causa (NCPC, art. 85, § 2º).
Atribui-se à causa o valor do contrato (NCPC, art. 292, inc. II), resultando na quantia de R$ 45.313,80 (Quarenta e cinco mil, trezentos e treze reais e oitenta centavos).
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Amargosa, 27 de setembro de 2017.
 ADEMIR ARAGÃO ANDRADE 
 OAB/BA 538-A
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