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Apelação - sem razões

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 2ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ
Processo nº 5026372-96.2018.4.02.5101
		LUIZ ARNALDO DAS NEVES OLIVEIRA, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem a Vossa Excelência, mui respeitosamente, por intermédio de sua advogada infra-assinada, não se conformando, data vênia, com a respeitável sentença proferida, interpor, tempestivamente, RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, I, do Código de Processo Penal. 
		Destarte, requer seja recebida e processada a presente apelação, e, posteriormente, encaminhada ao Egrégio Tribunal Regional Federal.
		Nestes termos,
		P. Deferimento.
		Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2020.
Amanda Farias da Rocha Silva, 222.552/RJ
Razões do Apelante, 
Luiz Arnaldo das Neves Oliveira
Processo nº: 5026372-96.2018.4.02.5101
Egrégio Tribunal Regional Federal,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça,
.
Pela respeitável sentença (evento 500), entendeu o preclaro Magistrado a quo pela condenação do Apelante à pena corporal reclusiva de 07(anos) anos e 09 (nove) meses de reclusão e ao pagamento de 216 (duzentos e dezesseis) dias-multa, cada um equivalente a 1/30 (um trinta avos) do valor do salário mínimo vigente à época do fato delituoso, por infringência, segundo a sentença ora combatida, dos artigos 16, c/c 1º, Parágrafo Único, inciso I, da Lei 7.492/86; 7º, II, da Lei 7.492/86; 27-E da Lei 6.385/76; e 171, na forma do art. 71, ambos do Código Penal, sendo o regime inicialmente semiaberto e com o direito de recorrer em liberdade.
Ocorre que a sobredita sentença, data máxima vênia, não merece prosperar, como será exaustivamente demonstrado, sendo certo que sua reforma é medida que se impõe, uma vez que os fundamentos ali entabulados são essencialmente desarrazoados e desproporcionais, portanto, inidôneos do ponto de vista jurídico a lastreá-la.
Síntese Fática
Nos termos da exordial acusatória (evento 254), substitutiva da denúncia oferecida inicialmente (evento 01), no período compreendido entre 09.08.2016 e 07.08.2018, o apelante, juntamente com a corré Patrícia Santana Almeida Oliveira, teria feito operar, no mercado de câmbio, a instituição financeira FN CAPITAL AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS LTDA. (CNPJ 11.808.729/0001-05), sem a devida autorização do BACEN – Banco Central do Brasil.
De forma semelhante, no período entre 22.01.2018 e 07.08.2018, ele teria feito operar no mercado de câmbio a instituição financeira IEX TURISMO E VIAGENS LTDA. (CNPJ 23.526.609/0001-02), sem a devida autorização do BACEN. Dessa forma, o acusado teria incorrido na conduta tipificada no art. 16 c/c art. 1º, parágrafo único, inciso I, ambos da Lei 7.492/1986.
O MPF acrescenta, ainda, que no período entre 23.07.2015 e 22.03.2018, os referidos agentes teriam emitido valores mobiliários, na modalidade de debêntures, pela pessoa jurídica FENICE CAPITAL E PARTICIPAÇÕES S/A (CNPJ 22.548.215/0001-84), por meio de oferta pública, sem registro prévio junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), bem como teriam negociado tais valores por meio da empresa FENICE CAPITAL E PARTICIPAÇÕES S/A e da empresa FN CAPITAL AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS LTDA, já mencionada, configurando, assim, a prática do delito do art. 7º, inciso II, da Lei 7.492/1986.
De outra parte, narra a exordial que, no período de 23.05.2018 até 06.2018, ambos os agentes teriam exercido, por meio da pessoa jurídica FN CAPITAL AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS LTDA. a atividade de distribuição de valores mobiliários sem a referida empresa estar autorizada pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, o que configura a prática do delito do art. 27-E da Lei 6.385/1976.
Por fim, alega a acusação que no período entre 09.08.2016 e 07.08.2016, os denunciados teriam obtido vantagem ilícita para si em prejuízo dos clientes de suas empresas, mantendo-os em erro, mediante ardil, devendo incidir nas penas do art. 171 do CP, em continuidade delitiva (art. 71 do CP). 
 A denúncia substitutiva (Evento 254) foi recebida pelo d. Juízo em 25.06.2019(evento 257). No Evento 281, consta relatório de análise de material apreendido no bojo do Inquérito Policial nº 0038/2018-4-POSPET/DPF/NIG/RJ (autos físicos nº 0500022- 84.2018.4.02.5106 / autos eletrônicos nº 5001212-20.2019.4.02.5106, distribuídos por dependência a esta ação penal no Sistema eProc), bem como os anexos do referido relatório, que formam o conteúdo da mídia acostada em fl. 148 dos autos físicos do mencionado Inquérito Policial nº 0500022-84.2018.4.02.5106.
 A resposta à acusação foi apresentada em 06.08.2019, cuja síntese, sustentou que a instrução provaria a improcedência das imputações (evento 309). 
Em 23.10.2019, realizada a audiência de instrução e julgamento (evento 446), o apelante não se furtou em esclarecer os questionamentos do juízo, demonstrando conhecimento do mercado financeiro e que suas atividades, por longo período, se deram de maneira, absolutamente, lícita. 
Apresentadas as alegações finais (Evento 494), a defesa do apelante, então promovida pela Defensoria Pública da União, requereu a desclassificação do crime previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei nº 7.492/1986 para o crime previsto no artigo 16 do mesmo diploma legal, a absolvição quanto à acusação prevista no artigo 171 do Código Penal e a aplicação da suspensão condicional do processo. 
Proferida a sentença (evento 500), o Juízo da 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou o apelante à pena privativa de liberdade de 7 (sete) anos e 9 (nove) meses de prisão, em regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 216 (duzentos e dezesseis) dias-multa, pela prática, em concurso material (artigo 69 do Código Penal), dos delitos previstos: no artigo 16 c/c artigo 1º, parágrafo único, inciso I, ambos da Lei nº 7.492/1986; no artigo 7º, inciso II, da Lei nº 7.492/1986; no artigo 27-E da Lei nº 6.385/1976; e no artigo 171, na forma do artigo 71, ambos do Código Penal. 
No mérito do decisum, apontou diversos fundamentos que, com todas as vênias, esta defesa discorda, demonstrando um caráter punitivo apelativo e desproporcional as condutas imputadas ao réu, pelo que se pleiteia a reforma do ato. 
É o breve relatório. 
Da Materialidade
a. Da atipicidade do crime de estelionato (artigo 171 do Código Penal)
Do preparo recursal
	Quanto ao recolhimento do preparo com vistas a um dos requisitos do juízo de admissibilidade do presente Recurso de Apelação, assim se posiciona o Conselho Nacional de Justiça: “Não há amparo na Constituição Federal para a exigência de recolhimento prévio de custas na ação penal pública, incluindo-se nesta premissa toda a despesa processual, inclusive verba para a condução do Oficial de Justiça. No curso da ação penal pública o exercício do “jus puniendi” é dever do Estado. Assim, compreende-se que o ônus relativo à ação e também a coleta de provas necessárias a decisão acerca da viabilidade da demanda, compete àquele que tem a dever de exercer a persecução penal nos crimes desta natureza. Ademais, ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, portanto, com respaldo nas garantias constitucionais da presunção da inocência, ampla defesa e devido processo legal, fica inviabilizada a cobrança de qualquer taxa ou despesa que pode constituir empecilho ao seu exercício. É manifestamente inconstitucional qualquer decisão, lei ou ato administrativo que possa, mesmo que por vias transversas, interferir prejudicialmente no exercício pleno do direito de defesa nas ações penais. Ressalte-se que o artigo 806, parágrafos 1º, 2º e 3º do Código de Processo Penal têm repercussão apenas nas ações penais privadas”.
Das medidas cautelares diversas da prisão
O artigo 319 do Código de Processo Penal prevê diversas medidas cautelares diversas da prisão, sendo certo que o juiz só poderá decretar, ou manter a prisão preventiva nos casos em que não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar.
Estas medidas foram aplicadas à réus em situação similar,senão mais gravosa, que a apelante Luiz Arnaldo, sendo, absolutamente, desproporcional e injusto, aplicar a um deles e deixar de aplicar a outro. Luiz é réu primário, possui residência fixa e laborava em empresa à época da prisão.
Caso V. Exª não entenda pela reforma do decisum, requer à defesa que a prisão seja substituída por alguma das medidas cautelares previstas no supracitado artigo.
A prisão é medida extrema e a liberdade do requerente, limitada por medidas cautelares típicas diversas da prisão, não é capaz de produzir danos à ordem pública/econômica, à instrução criminal ou mesmo à futura aplicação da lei penal.
É de suma importância relembrar que a prisão antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória é sempre medida de exceção, reservada para situações extremas de risco processual, o que não ocorre no presente caso.
	Dos pedidos
 
 
 
 
 
 
 
Excelen
tíssimo Senhor Doutor Juiz da 2
ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Rio 
de Janeiro
/RJ
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº 
5026372
-
96.2018.4.02.5101
 
 
 
 
 
 
LUIZ ARNALDO DAS NEVES
 
OLIVEIRA
, devidamente 
qualificado
 
nos autos do processo em epígrafe, vem a Vossa Excelência, 
mui 
respei
tosamente, por intermédio de sua advogada infra
-
assinada
, 
não se 
conformando, 
data vênia
, com a respeitável sentença proferida, interpor, 
tempestivamente, 
RECURS
O DE APELAÇÃO
, com fulcro no artigo 593, I, do 
Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
Destarte, requer seja recebida e processada a presente apelação, e, 
posteriormente, encaminhada 
ao Egrégio Tribunal Regional Federal
.
 
 
 
 
 
Nestes termos,
 
 
 
P. Deferimento.
 
 
 
 
Rio de Janeiro, 
27
 
de janeiro de 2020
.
 
 
Amanda Farias da Rocha Silva, 222.552/RJ
 
 
 
 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 2ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Rio 
de Janeiro/RJ 
 
 
 
 
 
 
Processo nº 5026372-96.2018.4.02.5101 
 
 
 
 LUIZ ARNALDO DAS NEVES OLIVEIRA, devidamente 
qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem a Vossa Excelência, mui 
respeitosamente, por intermédio de sua advogada infra-assinada, não se 
conformando, data vênia, com a respeitável sentença proferida, interpor, 
tempestivamente, RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, I, do 
Código de Processo Penal. 
 
 Destarte, requer seja recebida e processada a presente apelação, e, 
posteriormente, encaminhada ao Egrégio Tribunal Regional Federal. 
 
 
 Nestes termos, 
 P. Deferimento. 
 
 Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2020. 
 
Amanda Farias da Rocha Silva, 222.552/RJ

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