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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PONTA GROSSA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Henrique Klesse Pasianotto - RA: 216475 Juliano Bueno da Silva - RA: 1539795 Lucas Martins Milléo - RA: 1643762 Lucas Vinicius do Nascimento Rincão - RA: 2164221 FICHA DE DADOS DOS EXPERIMENTOS: CALOR ESPECÍFICO DE SÓLIDOS PONTA GROSSA 2019 TURMA EE21A Sumário 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 2 OBJETIVO ............................................................................................................ 2 3 MATERIAIS .......................................................................................................... 2 4 EXPERIMENTO ................................................................................................... 3 5 RESULTADO E DISCUSSÃO .............................................................................. 3 6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 4 7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 5 1 1 INTRODUÇÃO O conceito de calor relaciona-se à transferência de energia térmica entre corpos, a qual flui espontaneamente do corpo de maior temperatura para o de menor. Por conseguinte, a quantidade de calor necessária para fazer com que um corpo aumente sua temperatura é diretamente proporcional à variação da temperatura. Assim, caso o corpo ceda calor, haverá uma variação negativa de ΔT e, consequentemente, de ΔQ, os quais relacionam-se de acordo com a equação a seguir: 𝛥𝑄 = 𝑚. 𝑐. 𝛥𝑇 (1) Onde: ΔQ = Variação da quantidade de calor m = Massa do corpo c = Calor específico ΔT = Variação da temperatura O calor específico é a quantidade de calor necessária para que uma unidade de massa de determinada substância aumente sua temperatura em uma unidade. Para a água, por exemplo, tem-se que c = 4190 J/kg.K, isto é, é preciso cerca de 4190 joules de energia térmica para se elevar em 1 kelvin 1 quilograma de água. Dessa forma, no Sistema Internacional de unidades (SI), a unidade do calor específico é J/kg.K. No entanto, quando se trabalha com variação de temperatura, pode-se usar tanto kelvin quanto graus Celsius (°C), sem que haja alteração nos resultados, uma vez que a variação de temperatura em kelvin é a mesma que em graus Celsius. Para o experimento, considera-se que todas as trocas de calor ocorrem apenas dentro do calorímetro, considerado ideal. Consequentemente, em um sistema isolado, a soma das variações de quantidade de calor é igual a zero, isto é: 𝛥𝑄 = 0 (2) Adaptando-se o conceito anterior para o presente experimento, tem-se que: 𝛥𝑄Á𝑔𝑢𝑎 + 𝛥𝑄𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 + 𝛥𝑄𝐸𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = 0 2 Consequentemente: 𝑚á𝑔𝑢𝑎. 𝑐á𝑔𝑢𝑎. (𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 − 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) + 𝑚𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜. 𝑐𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜. (𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 − 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) + 𝑚𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎. 𝑐𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎. (𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 − 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) = 0 Dessa maneira, substituindo-se o valor do calor específico do calorímetro fornecido pelo fabricante (0,25 cal/g.°C), o da água (1 cal/g.°C), isolando-se o calor específico da esfera e colocando em o termo (TEQUILÍBRIO – TINICIAL) em evidência, obtém-se: 𝑐 = (𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 − 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙). (𝑚á𝑔𝑢𝑎 + 0,25. 𝑚𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜) 𝑚𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎. (𝑇𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 − 𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜) (3) Na qual: c = Calor específico da esfera (cal/g.°C); 𝑚á𝑔𝑢𝑎 = Massa da água (g); 𝑚𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = Massa da esfera (g); 𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = Temperatura inicial da água (°C); 𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 = Temperatura de equilíbrio do sistema (°C); 𝑇𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = Temperatura da esfera após aquecida (°C). 2 OBJETIVO O objetivo do experimento é determinar o calor específico do latão e do alumínio, comparando-se os valores obtidos com os de referência e calculando o respectivo erro. 3 MATERIAIS Os materiais utilizados para a realização desta prática foram: ebulidor, calorímetro, corpos de prova (esferas de alumínio e de latão), recipiente com água, termômetros e barbante. 3 4 EXPERIMENTO Primeiramente, pesou-se a esfera de alumínio e depois o calorímetro e, após transferir um pouco de água para ele, pesou-o novamente, obtendo a massa de água contida através da diferença entre as duas medidas. Novamente, despejou-se parte do líquido do recipiente para o ebulidor ligado, colocando a esfera presa a um barbante em seu interior, juntamente com um termômetro. Enquanto a água era aquecida, acoplou-se o outro termômetro ao sistema calorímetro-água e anotou-se a temperatura inicial do conjunto. Após alguns minutos, quando a água do ebulidor começou a entrar em ebulição, anotou-se a temperatura em questão, isto é, a temperatura da esfera, e transferiu-a para o interior do calorímetro, isolando-o em seguida. Após o sistema atingir o equilíbrio térmico, ou seja, a marcação do termômetro estabilizar, anotou-se tal temperatura e, com base nos dados obtidos anteriormente, calculou-se o calor específico da esfera de acordo com a equação (3), repetindo o processo para a esfera de latão. Por fim, calculou-se o respectivo erro nos resultados obtidos com a equação (4), presente no tópico a seguir. 5 RESULTADO E DISCUSSÃO A tabela a seguir contém os resultados obtidos experimentalmente: Tabela 1: Calor específico dos sólidos analisados. SÓLIDO mÁGUA (g) mESFERA (g) mCALORÍMETRO (g) TINICIAL (°C) TESFERA (°C) TEQUILÍBRIO (°C) cEXP (cal/g.°C) E% 1 84,458 20,966 30,002 28,3 93,5 31,3 0,2125 1,16 2 84,322 72,747 30,002 30,08 95,5 35,3 0,0933 1,41 Fonte: Autoria própria. Na qual o sólido 1 é a esfera de alumínio e o sólido 2 é a de latão. Os valores tabelados do calor específico para tais substâncias são, respectivamente, 0,215 cal/g.°C 4 e 0,092 cal/g.°C, os quais foram usados de referência para o cálculo do erro, dado pela equação: 𝐸% = |𝐶𝑒𝑥𝑝 − 𝐶𝑡𝑒ó| 𝐶𝑡é𝑜 . 100% (4) Na qual: E% = Erro percentual 𝐶𝑒𝑥𝑝= Calor específico experimental do sólido (cal/g.°C) 𝐶𝑡𝑒ó = Calor específico teórico do material (cal/g.°C) É importante ressaltar que a principal fonte de erro do experimento consiste no momento em que a esfera é levada do ebulidor para o calorímetro. Embora esse passo ocorra em um curto intervalo de tempo, é o suficiente para que esfrie cerca de 5 a 10 °C, dependendo do seu material e do tempo em contato com o ar. No entanto, os resultados obtidos foram relativamente bons, haja vista que o erro percentual para ambos os materiais foi pouco maior de 1%. 6 CONCLUSÃO A partir dos dados coletados, dos fenômenos observados a respeito da transferência de calor entre corpos e das equações utilizadas, foi possível determinar experimentalmente o calor específico do cobre e do alumínio com relativa precisão. Dessa forma, comparando-se tais valores com o calor específico da água, nota-se que os metais mencionados se aquecem ou esfriam mais rapidamente que esse líquido, dado que possuem um menor calor específico. 5 7 REFERÊNCIAS HALLIDAY, David. Fundamentos de física, volume 2: gravitação, ondas e termodinâmica. 8a edicao. Rio de Janeiro: LTC, 2009. NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica 2. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 2014. SEARS, Francis Weston. Física II – Termodinâmica e ondas. 12a edição. São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda, 2013.
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