Buscar

TCC Historia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

35
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO: HISTÓRIA
O BRASIL E A GLOBALIZAÇÃO
NEILA LEONEL
ALTÔNIA – PR
2018
NEILA LEONEL
O BRASIL E A GLOBALIZAÇÃO
Trabalho Monográfico – Curso de Graduação – Licenciatura em História apresentado à comissão julgadora da UNIP – sob orientação da professora: Magali Fernandes
ALTÔNIA-PR
2018
BANCA EXAMINADORA 
_________________________________________ 
__________________________________________ 
__________________________________________
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................7
CAPÍTULO I. A GLOBALIZAÇÃO ENQUANTO FENÔMENO HISTÓRICO ..............9
1.1 As origens da Globalização...................................................................................................9
1.2 O significado da Globalização ...........................................................................................10
1.3 Aspectos positivos e negativos da Globalização ................................................................12
CAPÍTULO II. A GLOBALIZAÇÃO: NAÇÃO E DEMOCRACIA.................................15
2.1 A Soberania.........................................................................................................................15
2.2 Nação Brasileira..................................................................................................................17
2.3 A Democracia......................................................................................................................18
2.4 O Conceito Original de Democracia...................................................................................18
2.5 As origens da Democracia...................................................................................................19
CAPÍTULO III. DESAFIOS DO BRASIL DIANTE DA GLOBALIZAÇÃO..................20
3.1 O Brasil no Mercado Mundial.............................................................................................20
3.2 O Brasil e Suas Perspectivas Político-econômicas em um Mundo Globalizado................24
3.3 Os efeitos da Globalização .................................................................................................27
3.4 O Brasil diante da Globalização..........................................................................................27
CAPÍTULO IV. A GLOBALIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO..................................................29
CONSIREDAÇÕES FINAIS.................................................................................................30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................33
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo estudar as grandes transformações políticas e econômicas no mundo em que vivemos onde o acontece um fenômeno chamado de globalização. O tema abordou a origem e o significado da globalização mostrando vantagens e desvantagens da mesma neste processo. Em outro momento abordou-se os impactos à soberania dos Estados nacionais e por último foram ressaltados os problemas e desafios do nosso país e o jogo do poder mundial, trazendo uma abordagem sobre a importância que o Brasil tem em foros e debates internacionais. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica fundamentada em estudiosos renomados Lopez (2000), Baunann (1999) Hirst e Thompson (1998) entre outros. A escolha deste tema justifica-se pelo fato de que a globalização está causando muitos impactos e constatou-se que nem todos sabem o que ela gerou em nosso país. Portanto a temática é de grande relevância para o conhecimento de todos os profissionais da educação e de suma importância aos futuros educadores da área de História.
INTRODUÇÃO
	O tema da pesquisa foi escolhido decorrente de se falar tanto em globalização em toda sociedade e instigar a curiosidade em saber realmente como é a globalização e em nosso país o que ela causou positiva e negativamente.
Justifica-se a escolha do tema pelo fato de que a globalização está causando muitos impactos e constatou-se que nem todos sabem o que ela gerou em nosso país e como ela iniciou e o que ela causou em nossa nação.
A pesquisa tem como objetivo conhecer o significado e os conceitos da globalização e seus efeitos, também compreender a globalização em nossa nação e aprender a enfrentar os desafios que a globalização trouxe ao nosso país.
Diante disso este trabalho pretende estudar a globalização em sua perspectiva histórica tendo como objetivo principal entender a relação política internacional do mundo contemporâneo e também analisar as principais características desde tão falado fenômeno chamado de globalização e explicitar a forma de inserção do nosso país neste contexto globalizado.
O mais relevante é compreender a globalização e pesquisar os autores que trazem conhecimento sobre este assunto que é tão falado em redes sociais, televisão, jornais, mas que ainda é estranho para muitos.
Os principais autores que embasarão a pesquisa serão Lopez (2000), Baunann (1999) Hirst e Thompson (1998) e outros tão importantes quanto estes citados.
 A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica fundamentada em estudiosos que trazem estudos e discussões referentes a globalização, democracia como também as perspectivas político-econômicas de um mundo globalizado.
No primeiro capítulo será abordado a globalização enquanto fenômeno histórico, as suas origens, o seu significado e os aspectos positivos e negativos, trazendo uma abordagem em seus aspectos históricos. 
Já no segundo capítulo será abordado como é constituída a nação e estado diante da globalização no que tange a soberania e a nação brasileira e a democracia
No terceiro capítulo será abordado os desafios do Brasil frente a globalização no mercado mundial e também as suas perspectivas político-econômicas em um mundo globalizado e no quarto e último capítulo será abordado a educação diante da globalização e os desafios do educador para garantir uma aprendizagem significativa aos seus alunos.
CAPÍTULO I. A GLOBALIZAÇÃO ENQUANTO FENÔMENO HISTÓRICO
	Em meados de 1944 próximo ao fim da Segunda Grande Guerra a história foi marcada por um momento de inflexão no capitalismo e houve grande ruína nas potências econômicas sendo assim necessário uma reestruturação da economia mundial. 
Os Estados Unidos que lideravam os países capitalistas reuniram-se com o objetivo de criar uma nova arquitetura para reerguer a economia e dessa reunião nasceu instituições financeiras que tiveram a finalidade de liquidar as finanças mundiais e promover recursos para a reconstrução de infraestruturas econômicas e sociais da Europa e do Japão e também ficou convencionado que o dólar americano iria desempenhar o padrão monetário internacional e com isso os Estados Unidos adquiriu uma posição hegemônica sobre as economias capitalistas.
Diante disso uma das principais transformações que pode-se observar foi o fenômeno da globalização que é um tema de muita controvérsia entre os intelectuais diante das ciências sociais e humanas onde se referem a ela como um fenômeno de caráter cultural ou um fenômeno de essência econômico- político, mas também há outros que negam a existência desse fenômeno e alegam que há uma vigorosa internalização da economia.
Para quem pensa dessa maneira a globalização efetiva somente seria efetiva se as economias nacionais fossem desenraizadas perdendo os vínculos nacionais sem ter intervenção dos Estados- Ações, diante disso alguns pensadores consideram-na um fato consolidado pois as empresas transnacionais vivem em busca de lucro e infringem os órgãos disciplinadores.
As relações econômicas e políticas entre os países tornaram-se muito complexas no século XX passando pelo século XXI e esta complexidade aguçou o desejo do entendimento das transformações que existem no mundo todo.
O fenômeno da globalização tem grande complexidade e nem sempre épossível entender exatamente o que ele é, sabe-se porém que quase todos os problemas no mundo em que vivemos estão relacionados a ele. 
Ao estudarmos seu contexto desde o início percebe-se que há três questões, sendo a contextualização, as características e a inquietação das vantagens e desvantagens diante da nossa sociedade.
Analisando primeiramente as origens deste fenômeno, em segundo momento o seu significado e em seguida os aspectos positivos e negativos que a globalização reserva ao nosso país.
1.1. As origens da Globalização
Mediante alguns autores pesquisados encontram-se alguns posicionamento diante deste tema que tem sido alvo de muitas discussões, a origem da globalização deu-se em meados da década de 1980, mas essa prática é muito mais antiga, desde o início da humanidade há uma evolução relacionada ao povo, a cidade, a nação.
Sabe-se que a globalização é então uma interdependência dos povos e países também conhecido ou denominado de aldeia global.
Tudo tem acontecido de forma rápida, no que tange a noticiários, pois os meios de comunicação estão muito evoluídos e tudo é rápido e chega às pessoas muito rápido também.
 A globalização é vista como uma tendência histórica do capitalismo tendo raízes na era do Renascimento e seu início coincide com a colonização da América e com a criação da impressa em 1455 com uma tecnologia que permitiu aos europeus expandirem e universalizaram sua cultura (LOPEZ, 2002).
	Magnoli (1997) tem uma opinião semelhante que ressalta que a globalização é um fenômeno tão antigo quanto os Estados e está associado às políticas desenvolvidas por eles.
Ainda encontra-se nesta linha de pensamento outras semelhanças que interpretam que a globalização é uma economia internacional aberta com crescimento de fluxos de comércio e investimentos de capital entre países e não é um fenômeno recente.
Para os autores Hirst e Thompson (1998) a economia internacional tem uma história complexa de abertura e fechamento relativos, desde que um verdadeiro sistema comercial mundial foi criado na segunda metade do século XIX. 
Entende-se que nesta perspectiva a globalização é um processo ao qual tem como resultado uma série de desencadeamentos e mostra a sua importância nos acontecimentos do presente, isto é, os acontecimentos do passado diferenciam dos acontecimentos do presente e se transformam em suas estruturas que se processam no nosso cotidiano.
A falta de consenso existe e muitos pensadores afirma que a globalização é um fenômeno muito recente que iniciou-se nos anos 80 quando a tecnologia da informação associou-se às telecomunicações, no entanto outros acreditam que começou mais tarde quando foi criada a Organização Mundial do Comércio (OMC) desfazendo as barreiras comerciais.
Segundo Yasserman (1999) a globalização é um fenômeno ligado aos avanços da Internet e a abertura dos mercados que iniciou-se na década de 1980. 
Cabe grande discussão sobre quando ela teve sua origem, isto é, seu início foi em meados do século XV com a formação dos modernos Estados nacionais e exploração predatória conduzida pela Europa sobre a América, África e Ásia ou é algo contemporâneo nascido na segunda metade do século XX. Isso nos leva a uma maior reflexão sobre o significado do fenômeno globalização.
1.2 O Significado da Globalização
Precisa-se ressaltar que a globalização não é um processo meramente econômico, ela vai muito além das reduções de barreias alfandegárias, da intensificação do comércio internacional e da liberalização dos fluxos de capital, ou seja, ela representa uma grande mudança nos paradigmas e questões de ordem cultural, étnica, religiosa e linguística e até política.
Diante disso não tem como somente pensar no ponto de vista econômico, pois ela vem abranger a vida cultural, moral e política da sociedade em todos os seus seguimentos.
Quando pensamos em globalização nos vem em mente a condição humana contemporânea, pois a mídia tornou este conceito como algo atual, mesmo sabendo que é alvo de estudos desde o século XIX, porém somente nos anos 70 este termo “globalização” passou a ser usado efetivamente e também com a consolidação mundial do capitalismo passou a ser muito discutido.
Gonçalves (1999) apresenta três conjuntos de fatores determinantes diante da globalização que são: os tecnológicos, os institucionais e os sistêmicos. 
Percebe-se que a globalização tem sido concebida como a ação a distância, isto é quando atos geram consequências em pessoas distantes a comunicação eletrônica que é muito rápida e vem desgastando as limitações da distância e do tempo, ou seja, tem-se a impressão de que o mundo parece estar pequeno, sem fronteiras e barreiras geográficas.
A globalização tem em seu aspecto a possibilidade de identificar fluxos do comércio e pessoas em todo o mundo. 
Lopez (2002) afirma que a globalização implica em padrões uniformes no âmbito econômico e cultural, sendo inseparável de conceitos.
Mediante a Revolução Industrial que foi marcada pela desarticulação social que gerou desemprego no campo e nas cidades e afetou a população gerando um grande declínio na economia rural, sabe-se que houve um aceleramento no processo de urbanização, pois os empregos no setor industrial cresciam e havia assim um dinamismo social. 
Diante disso surgiram novas forças sociais que levaram a elevação dos salários e modelou a distribuição da renda social no país.
Houve um grande crescimento do mercado interno e a interação dessas forças serviam de base do dinamismo das economias industriais com a introdução de novas técnicas e ampliação do poder de compra das pessoas, como também houve o aumento da produtividade do trabalho e a redução de mão-de-obra.
Com isso os trabalhadores lutavam por melhores salários e ampliação do mercado para novos investimentos. As forças tinham um certo equilíbrio que eram arbitralizadas pelo Estado, ou seja, o predomínio das forças que comandavam a introdução de novas técnicas era para a recessão, se sobressaísse as forças de pressão a elevação dos salários subia também a inflação.
Diante disso a globalização beneficiou os agentes que controlavam a tecnologia, porém prejudicou as organizações sindicais e gerou muito desemprego devido a mão-de-obra ser mais barata em outros países que passaram a serem produtores no nosso serviço.
As empresas multinacionais tem em mente um mercado global que invista diretamente e aumente o ritmo da economia como um todo, sendo isto um sinal de globalização que é um fator fundamental no movimento capital. Esse pensamento leva a um progresso econômico denominado globalização.
Conduto o significado de globalização remete à questão dos efeitos globais e o que acontece a todos, ela pode ser considerada como a intensificação das relações sociais no mundo, nas quais ligam localidades distantes muito rapidamente.
Segundo Stortti (2000) a globalização acontece quando empresas, estados, municípios, países, decidem estratégicas conjuntas para identificar oportunidades para seu povo, tais estratégias possuem vantagens para a economia como um todo.
A integração abre para o comércio internacional de mercadorias e tecnologias, mão-de-obra especializada e inserção de produtos fazendo com que o Estado tenha relações com o exterior em seu investimento, aquisição, vendas e empréstimos.
Entende-se que a globalização é uma experiência da ação sem fronteiras em relação à economia, informação, ecologia, técnica e outras, sendo também um acolhimento de respostas para uma melhor compreensão onde o cotidiano se torna cômodo a todos.
Já o autor Baunan (1999) ressalta que a globalização é um redistribuição de privilégios e destituição de direitos, de riqueza e pobreza, sem perspectiva, sem poder, sem liberdade, para uns é livre escolha e para outros um destino impiedoso, pois nem todos os cidadãos fazem parte do processo de globalização da mesma maneira, muitos ainda são excluídos e lutam pela sua sobrevivência.
O mesmo autor afirma que nesta era global a pobreza e a riqueza perdem seu nexo, a população é dividida entre ricos globalizados e pobres localizados,entre vencedores e perdedores sem um futuro sem uma independência.
Diante de tudo chega-se à conclusão que a globalização é um produto de forças múltiplas na esfera econômica, política e tecnológica e é determinada a partir dessas forças que direcionam o mercado mundial e estão interligados e se complementam da ordenação internacional sem se isolar-se.
1.3 Aspectos positivos e negativos da Globalização 
Um dos principais motores dos fluxos de comércio e dos investimentos internacionais na década de 80 foi o progresso técnico. Os produtos intensivos em tecnologia aumentam o fluxo de comércio, porém sabe-se que existem riscos e custos do processo de geração e inovações para o desenvolvimento de novos produtos e também a grande competição internacional. 
Diante desse fator há um aumento significativo de novos produtos nos mercados mundiais e esse crescimento do comércio de mercadorias representa um salto na integração dos mercados.
Mediante a esse aumento as economias nacionais tornam-se mais dependentes da economia global e isso é um aspecto positivo para a obtenção de novos produtos e técnicas de produção. Há uma aceleração do progresso técnico e o novo paradigma da organização define estratégias de crescimento para as indústrias.
Com essa crescente participação de empresas em mercados externos na exportação, há algumas mudanças para a competição e para o crescimentos que precisam de investimento. 
A competição é um fator determinante para que as indústrias estejam em crescente articulação na escala mundial.
As empresas passam a ter necessidade de reorganizar o sistema de produção, e tudo deve estar ligado a expansão das atividades financeiras internacionais onde caracteriza-se o processo de globalização da economia numa participação cada vez maior do comércio externo. 
Verifica-se também que a globalização é um meio de compartilhar inovações e descobertas e meios de produção mais eficaz que estejam integrados e juntos na busca de um melhor desenvolvimento e crescimento, tendo um sistema econômico mundial determinado em bases nacionais e uma economia ingovernável e transnacionalizada.
A globalização é benéfica aos países em desenvolvimento desde que eles saibam aproveitar as tecnologias que as empresas estrangeiras trazem e instalam em seu território, como também aumente o livre fluxo de comércio e de investimentos compartilhando o conhecimento na esfera global.
Os resultados são positivos em boa parte do mundo com avanços significativos com ampla aceitação.
Em contrapartida existem também grandes desvantagens, pois os países mais pobres sofrem com a ingenuidade em relação a globalização, sabe-se que os países mais pobres são os que recebem mais capitais externos, porém existe um custo muito grande e de um modo geral eles não entram nesse processo de globalização, pois a classe trabalhadora sempre está desempregada e desamparada, ou está inserida em serviços que não permitem a formação de uma consciência de classe.
O desemprego acaba gerando grande insegurança e um sentimento de impotência e causa danos na sociedade. Na verdade não há uma troca com visão de hegemonia das classes dominantes para se ter uma aparência de semelhança, onde um produto é igual em todos os lugares, tendo uma massificação do consumo seletivo.
A alta tecnologia serve apenas aos que controlam a economia global e a dominam, ou seja, há uma exclusão social onde surge então o individualismo, a ideia da humanidade descartável favorecendo a cultura passageira e transitória.
Os produtos precisam estar em evidência e suas propagandas são para aguçar o consumismo, no entanto existe então a desvalorização do trabalhador e da condição humana.
Entende-se que a globalização não beneficia a todos por igual, uns ganham menos, outros mais, uns perdem e a mão-de-obra tem sido descartada tornando um problema de todos e sendo um drama para os países mais pobres que perdem muito com a desvalorização das matérias-primas que exportam e também pelo atraso tecnológico.
Outra desvantagem é que os preços internos se sujeitam à concorrência de produtos importados tentando se alinhar aos preços internacionais e as empresas perdem seu crescimento nos setores de suas atividades e produção. 
Com isso percebe-se que se não houver uma interação entre os países mais pobres e em desenvolvimento eles não alcançarão o progresso da globalização, porém sabe-se que há muitas barreiras no comércio internacional sendo necessário haver negociações ativas realizadas pela Organização Mundial do Comércio para que essas barreiras sejam quebradas e que se possam criar condições para a inserção no comércio internacional com seus produtos de forma justa.
Verifica-se que ainda existem muito desemprego e não há um equilíbrio entre a arrecadação e distribuição, os impostos sobre os salários aumentam. 
Os mais fracos estão pagando conta do processo de globalização e os mais fortes não pagam e ficam com os lucros obtidos. 
Com isso há uma grande necessidade de se reformular a justiça social nesta era da globalização para evitar as desigualdades, pois nem sempre o que é bom para uma empresa transnacional instalada em um determinado Estado é bom para o outro, portanto quanto mais ancorada a economia mundial estiver piores serão os impactos sofridos.
CAPÍTULO II. A GLOBALIZAÇÃO: ESTADO - NAÇÃO E DEMOCRACIA
	Diante da globalização o território brasileiro passa a não ter muita importância para o desenvolvimento econômico e as empresas transnacionais passam a praticar uma política voltada para a nova ordem econômica mundial.
Com isso a fragilidade do Estado nacional passa a ter novas realidades financeiras ficando a margem de uma constante luta na sua defesa individual para assim obter seus interesses, pois como não há uma política controlada por um Estado que discipline o mercado nacional.
2.1 A Soberania
	O Estado Nacional ficou limitado ao estado territorial e as empresas começaram ter relações de mercado e convivência num cruzamento de fronteiras sem nenhuma restrição.
Beck (1999) ressalta que nas perspectivas do comércio mundial uma determinada empresa poderia produzir num país, pagar os impostos em outro e investir em outro, deixando assim o espaço geográfico sem nenhuma importância para as transacionais, porem o Estado-Nação teve dificuldades para criar mecanismos de controle, pois não haviam uma ordem e não ser a ordem do mercado mundial.
	Diante do avanço das comunicação, da tecnologia, da informática e o surgimento da Internet os cidadão passaram a não precisar de conexões governamentais para resolver seus problemas. Contudo uma política externa não pode ser a expressão de interesse de uma nação mas sim firmar sua legitimidade enquanto nação diante de outras nações.
	Assim a transferência de soberania ameaça a identidade nacionais dos Estados, sem deixar espaço para que outras nações exerçam sua soberania e concebam uma transferência de suas tarefas pelo mercado, com isso gera uma luta constante na defesa individual de cada um por seus próprios interesses.
	Sabe-se que nenhum país pode isolar-se dos outros, pois podem entrar em choque nas suas formas econômicas, culturais e políticas para ser ter uma nova legitimação e assim os governos tornam-se fracos.
	A sociedade mundial precisa estar integrada para abrir espaço para a convivência dentro de uma globalização interdependente e em uma perspectiva de pluralidade de ideologia. 
A globalização justifica-se quando impõe valores e ideologias mundiais com um único modo de pensar, agir, ser, administrar, investir e receber, sendo um modo único de perceber o mundo.
 Para Hirst e Thompson (1998) uma das consequências da globalização é a ingovernabilidade, pois estas não teriam raízes em nenhum Estado-Nação mas percorreria o mundo buscando melhores mercador e consumidores na obtenção de menores custos e maiores lucros.
Uma das consequências da globalização é que o Estado-Nação perdeu sua soberania de informação, os governos dispõem de mais espaço no controle da mídia e a informação não é controladae subordinada por forças nacionais mas sim por organismos de comunicação mundial que detêm os canais de comunicação.
Com a descentralização política que é um anseio na era da globalização as pessoas se comunicam com qualquer pessoa e em qualquer parte do mundo sem precisar passar por canais diplomáticos ou governamentais.
Outra consequência é a ingovernabilidade onde o mercado social não tem raízes e ficam propensos sem uma fiscalização do comércio internacional e com isso o resultado é uma grande desintegração no sistema que não tem nenhum controle.
Diante da economia globalizada percebe-se a mundialização do mercado de trabalho mais completo e com mais potência para o desenvolvimento e crescimento das empresas tendo uma flexibilização dos mercados de trabalho nos países centrais onde propiciem grandes corporações e vantagens oferecidas pelos países avançados.
Alguns autores dizem que a globalização é uma ideologia que tende a paralisar as iniciativas nacionais e isto para eles é um declínio irreversível.
Para as autores Martin e Schumann (1998) e necessária a recuperação da capacidade de agir do Estado, o restabelecimento do primado da política sobre a economia, pois, as adaptações às cegas do mercado mundial conduzem as atuais sociedades de bem-estar social para a anarquia, para a desintegração das estruturas sociais de cuja desorganização dependem estreitamente. Há muita fantasia e exagero nos conceitos criados para explicar a globalização. 
Em muitos casos, e até conveniente, para que os governantes tirem um pouco da responsabilidade de suas políticas mal formuladas, ficando a cargo da globalização a culpa de um possível fracasso.
A intenção é desarmar as iniciativas nacionais e remover as resistências sociais e políticas em escala internacional deixando assim a democracia em mãos de ideologias e conceitos que ao serem convenientes são adaptados para o território nacional.
	Há também os pessimistas que dizem que os Estados Nacionais ficam indefesos diante dos movimentos irreversíveis e das forças internacionais avassaladoras.
	Os impactos da globalização são distintos para os países menos desenvolvidos, para eles participarem do mercado mundial precisam adaptar-se as forma de competitividade que são impostas por forças econômicas teleguiadas pelas organizações internacionais, tais imposições são a estabilização monetária, a reforma do Estado para que assim estejam inseridos no futuro à uma nova realidade econômica globalizada.
	 
2.2 Nação Brasileira
	Como já vimos a globalização trouxe mudanças significativas nos Estados Nacionais e tais mudanças variam de um país para outro, no entanto há características gerais que afetam todos os Estados independente do seu poder político e econômico.
Sardenberg (1996) afirma que há uma nova ordem econômica e política, que promove expansão de fluxos financeiros, a internacionalização da produção, ganhos da produtividade, descobertas de novos horizontes de comércio e consumo.
Diante dessas afirmações percebe-se que mesmo ocorrendo uma forte tendência para a concentração de renda é importante fazer uma análise realista e acompanhar com atenção o processo de globalização.
O mesmo autor ressalta que o Brasil deve participar da montagem de uma globalização verdadeira sem exclusões de países ou regiões geográficas, não deixando os pobres e marginalizados à sua própria sorte, mas sim se presente diante dos padrões de realidade histórica e cultural de cada nação que esteja envolvida no processo de globalização.
Encontra-se diante deste processo críticos que discordam de tais afirmações, como por exemplo Mercadante (1997) que afirma:
"A globalização é uma etapa superior do processo de internacionalização da economia, que subordina os destinos dos povos e nações ao interesse das grandes empresas e bancos de economia transnacionalizada, concentrando cada vez mais poder nas grandes potencies industrializadas (...) estamos agravando a desorganização e fragilidade das finanças públicas com uma dívida externa que durante o governo de FHC pulou do patamar de R$ 65 bilhões para mais de R$ 170 bilhões.
2.3 A Democracia
O processo de transição democrática em nosso país começou em 1984 após o período da ditadura sendo um processo de transição democrática após o presidente ter eleito por meio de eleições indiretas. Após o país ter passado por uma crise econômica social e política durante a Ditadura Militar a democracia contemplava a liberdade de direitos e igualdade social.
Com a Constituição de 1988 o voto e a liberdade de expressão alavancou trazendo avanços ao país em relação as eleições. Em 1989 o país elegeu através das eleições diretas o Presidente Fernando Collor de Mello que mais tarde veio sofrer um processo de Impeachment sendo afastado.
A Democracia não é uma forma de Estado ou Constituição mas sim uma ordem constitucional, eleitoral e administrativa onde prevalece um sistema social com a liberdade a liberdade do indivíduo diante de todos os representantes do poder político, especialmente face ao Estado; a liberdade de opinião e de expressão da vontade política e a igualdade dos direitos políticos e oportunidades favoráveis para que o povo e os partidos se pronunciem sobre todas as decisões de interesse geral.
2.4 O Conceito Original de Democracia
A Democracia não é estática, ela é dinâmica e sempre está se aprimorando decorrente dos acontecimentos históricos e seu princípio não elimina a existência das estruturas de domínio mas sim uma forma de organizar esse domínio tendo o princípio democrático que é a organização da titularidade do poder.
A Democracia foi proclamada como um direito universal e fundamental do homem, como um regime político em que o poder repousa na vontade do povo. Segundo o Art. 6º da Declaração de Direitos de Virgínia (1776), o Art. 6º da Declaração do Homem e do Cidadão (1789) e o Art. 21º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) no termos: “Toda pessoa tem direito de participar no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos”,
Na Constituição Brasileira (1988) fundamenta-se o princípio democrático que serve como alicerce que propicia a manutenção e o desenvolvimento do Estado Democrático de Direito, vale ressaltar que o Art. 1º da Constituição consagra a prevalência do princípio democrático como elemento indissociável do Estado e que lhe corporifica, ou seja, todo poder emana do povo.
Com as informações acima expostas resta compreender que o princípio democrático tem valor fundamental na pessoa humana, o cidadão tem direitos e obrigações criados pelo estado sendo um participante nas decisões políticas e envolvido nas tomadas de decisões tendo um comprometimento com os resultados e com as melhorias de nosso país.
2.5 As origens da Democracia
A palavra democracia é originária da Grécia Antiga (demo= povo e kracia= governo), que foi um sistema de governo desenvolvido em Atenas. Mesmo sendo o berço da democracia nem todos podiam participar ativamente na cidade, ou seja, as mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não podiam participar de decisões políticas sendo uma democracia muito limitada e não participativa.
As duas formas mais comuns de democracia são a direta e a indireta, da democracia direta o povo através de plebiscito decide diretamente os assuntos políticos de suas cidades, estado ou país sem ter intermediários, ou seja, deputados, senadores, vereadores, esta forma não é muito comum nos dias atuais. Já a democracia indireta o povo participa através do voto onde elege seus representantes que tomam decisões em nome dos que os elegeram e esta forma é também conhecida como democracia representativa.
No Brasil o sistema de democracia é representativa onde o voto é obrigatório para os cidadãos maiores de dezoito anos e facultativo entre dezesseis e dezessete anos, sendo uma eleição para representantes e governantes nos poderes legislativo e executivo, ou seja, deputados, senadores, vereadores, prefeitos e presidente da república.
CAPÍTULO III. O BRASIL E SEUSDESAFIOS DIANTE DA GLOBALIZAÇÃO
3.1 O Brasil no Mercado Mundial
	A economia que se globaliza o impulso do desenvolvimento de uma nação provém da sua capacidade de inserção internacional e do fôlego de iniciativas geradas pelo mercado interno, quando um país como é o caso no Brasil, perde sua competividade fica difícil a taxa de crescimento ser alcançada (FURTADO, 1996).
Existe então um grande desafio para as economias industrializadas que é encontrar a forma adequada para inserir-se no processo de globalização preservando assim a capacidade de se organizar e solucionar os problemas. Em nosso país o desafio aumenta em virtude do grande acúmulo de problemas no plano social.
 Há uma instabilidade que reduz a governabilidade desde os anos 70 quando a conjuntura internacional mudou e diante do impacto da alta do preço do petróleo e elevação das taxas de juros do mercado internacional.
Essas taxas de juros operou em detrimento de países de terceiro mundo beneficiando os Estados Unidos que absorveu grande parte dos recursos que estavam disponíveis para investimento no mercado internacional.
Em meados dos anos 80 a industrialização que era baseada na substituição de importações se esgotou e a economia brasileira passou a necessitar de um maior grau de integração com a economia mundial para que a taxa de crescimento pudesse ser mantida.
 Para Lacerda (1998), a estagnação e o agravamento dos indicadores econômicos e sociais deram origem a expressão “década perdida” designada um caminho errado da economia. 
Este período foi caracterizado pelo ajuste determinado pela crise e dívida externa decorrente da política que o comércio exterior se voltou para obter os superávits comerciais através de contenção de importações e do incentivo às exportações tendo um controle através de medidas não tarifárias.
Os efeitos do quadro de instabilidade que havia na economia brasileira nesse período foram que grande parte dos setores da economia encontravam-se em atraso tecnológico, comparado aos padrões internacionais, ocorria tanto na obsolescência das máquinas e equipamentos quanta nos métodos administrativo gerenciais e nas relações capital-trabalho (LACERDA, 1998).
A crença de que a livre comercio poderia desencadear o desenvolvimento econômico com a melhora da qualidade de vida da população proporcionada pelo crescimento econômico advindo da melhor eficiência dos fatores de produção começou a ser executada a partir dos anos 90. A abertura provocou urna profunda reestruturação industrial no Brasil, com impactos diretos no emprego, embora tenha trazido benefícios para os consumidores pela maior disponibi1idade de bens e serviços, melhores preços e tecnologia.
Para os produtores locais, houve prejuízo, pois os juros eram elevados, alta tributação, carência de infraestrutura e excessiva burocracia. A liberalização comercial de caráter unilateral começou a efetivar-se em 1990 com a eliminação de barreiras não-tarifarias e a aceleração da redução de tarifas.
A política econômica seguida pelo Brasil gerou uma sociedade com desigualdades marcantes, sujeitas a crises frequentes na balança de pagamentos (FURTADO, 1996).
Assim, as motivações de inserção global do Brasil eram lideradas basicamente pelos fatores econômicos, enquanto que os sociais eram decorrentes e não motivadores. 
As razões que levaram a tema da globalização a ter destaque no Brasil, nos últimos anos, foram as mudanças de rumo da política econômica do governo Color, e em especial a partir do Plano Real em 1994, quando em nome da estabilização monetária, o Brasil adotou uma série de políticas nos campos cambia! financeiro e comercial que expuseram a economia nacional de forma violenta as pressões externas e as crises internacionais.
Estabeleceu-se um quadro macroeconômico em que os produtores brasileiros foram obrigados a enfrentar a competição internacional em bases desiguais. Em parte, por causa da longa crise da dívida externa, a economia estava excessivamente fechada. 
Alguns preferiam uma 1iberalização comercial gradativa; outros uma estratégia mais agressiva, de choque.
Mas ninguém defendia o que acabou sendo feito a partir de 1994, que foi combinar uma aceleração da abertura camercia1 com uma acentuada valorização cambial. Quando se faz isso, os produtores domésticos ficam expostos, de repente, a uma competição internacional intensa e desigual, que termina se revelando destrutiva para muitos setores.
Para o Brasil, a liberalização comercial, junto com outras reformas econômicas e institucionais, foi fundamental no combate à inflação e modernização da economia.
Com o mercado fechado, os produtos importados não podiam entrar ou entravam com preços altos, devido a tributação excessiva sobre eles.
 Os fabricantes nacionais e as prestadores de serviços ficavam em situação de comodismo. Como não havia muita concorrência não se preocupavam com a redução dos custos, preços e melhoria na qualidade. 
O governo reduziu a tributação sobre os importados, segurou o câmbio permitindo a invasão do mercado nacional por estes produtos.
As empresas brasileiras tiveram que se reestruturar para não perder espaço no mercado e para as consumidores, a vantagem foi grande já que puderam contar com produtos melhores e mais baratos, fazendo com que os produtos brasileiros melhorassem sua qualidade e preço.
 Um dos efeitos negativos desse intercâmbio maior entre os diversos partes do mundo foi o desemprego que, no Brasil vem batendo recordes alarmantes. 
Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram que aprender a produzir mais com menos trabalhadores. Incorporaram novas tecnologias, máquinas e equipamentos, invadindo os espaços antes ocupados pelos trabalhadores.
Um dos grandes desafios do Brasil e das principais economias do mundo hoje e crescer 0 suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado. O mercado financeiro também sente as efeitos da globalização no sistema bancário. Os bancos estrangeiros estão cada vez mais presentes no mercado brasileiro, vários deles assumiram instituições nacionais que estavam com problemas. Mas, há a expectativa de que com a presença destes, em médio prazo, devido a concorrência maior acabe causando melhorias nos serviços bancários com redução da tarifas antes praticadas (TOLEDO, 1998)
A liberalização comercial foi executada no Brasil, de urna forma descuidada e improvisada, sem que o país preparasse minimamente em certas áreas. Apesar de o processo de liberalização comercial ter começado no final da década de 80, só em 1994 promulgou-se uma lei para fazer face ao dumping e a concorrência desleal. 
Mas o Brasil continua não dispondo dos mecanismos operacionais para dar eficácia a essa lei. O sistema tributário não foi adaptado ao processo de abertura. Medidas nessa área foram tomadas com muita lentidão.
Ainda persistem problemas importantes, como a existência de pesados tributos, que incidem sobre o faturamento das empresas, contribuindo para colocar o produtor nacional em condições de desigualdades na competição com o produtor estrangeiro.
A isso se acrescentam taxas de juros muitas vezes mais altas que as internacionais, o que prejudica em especial as pequenas e medias empresas nacionais, cujo acesso a crédito em moeda estrangeira e limitado ou inexistente. São fatores que criaram uma situação prejudicial as empresas brasileiras em especial as menores.
A política atual brasileira continua sendo caracterizada pela hegemonia dos interesses financeiros externos e internos (grandes empresas). 
O tipo de integração internacional a que está submetido o Brasil, não é o melhor para o país.
A estratégia de estabilização adotada pelo governo a partir de 1994 ignorou fases de inflação crônica que caracterizou a economia brasileira nas fases de crescimento e recessão.
O traço que marcou a política implantada em 94 consistiu em tirar proveito do aumento conjuntural de liquidez internacional sob a forma de aplicações em fundos de capitalização de curto prazo, dando mais elasticidade a oferta interna de bens de consumo, mas invertendoa posição do balanço comercial que, de positivo, passou a negativo. Isso favoreceu a massa de consumidores, o que produziu dividendos políticos consideráveis. 
Houve pouca preocupação com os fundamentos da estabilidade, e com a ampla experiência acumulada no pais, de luta contra a inflação e suas origens estruturais ligadas ao subdesenvolvimento. 
A instabilidade de preços gerou um grave desequilíbrio manipulando o câmbio, desta vez buscando o endividamento externo de curto prazo mediante a elevação exorbitante das taxas de juros. 
Essa política de juros altos provocou uma redução dos investimentos produtivos. 
O país começou a projetar a imagem de uma economia distorcida que se endivida no exterior para financiar o crescimento do consumo e investimentos especulativos, a1ienando o patrimônio nacional mediante um programa de privatizações. 
O que demonstra a necessidade de uma reforma a de estruturas com vistas a retomar o processo de desenvolvimento econômico que deve ser vista como um dos objetivos em longo prazo.
Outro fator importante seria reverter o processo de concentração patrimonial e de renda que e uma das origens das más formações sociais que se observam no Brasil. 
As soluções dos problemas que enfrentam o Brasil são de origem políticas, antes de serem econômicas, cabendo uma reavaliação das políticas adotadas (FURTADO, 1996).
A forma de inserção no processo de globalização traduz a prevalência das empresas transnacionais na alocação dos recursos produtivos, decorrência da importância crescente do fator tecnológico na orientação dos investimentos.
Não se pode atribuir ao processo de globalização a instabilidade dos mercados monetário e financeiro em escala internacional. 
Esta instabilidade decorre da desregulamentação dos sistemas de controle desses fluxos a partir do desmantelamento das instituições de Bretton Woods e da substituição do ouro pelo dólar como padrão monetário dominante.
 A situação de países que como o Brasil abriram suas economias parecem cada vez mais vulneráveis a crises externas. Houve muita ingenuidade no mundo inteiro em relação a ideia de que todos os países podem se tornar exportadoras (ARRIGHI, 1997).
A intensificação da competição em tempos de economias globalizadas beneficiou em primeiro lugar as países mais ricos, par terem condições de atrair alta tecnologia e capitais.
Em nome da competição, está havendo uma grande redistribuição de renda dos países mais pobres para os mais ricos, o que não criou condições para a expansão da economia como um todo, mas criou condições para uma expansão mais rápida da economia americana. 
Os vitoriosos desse processo por terem poupança e preparo tecnológico o que os tornam os privilegiados destinatários da riqueza produzida no mundo.
Exemplo de pais que não cedeu aos interesses externos são os Estados Unidos. 
Nunca cederam aos interesses extemos, mas sempre receberam muitos investimentos, muitos trabalhadores de fora, mas sempre estiveram determinados a não obedecer a qualquer tipo de ordem do exterior. Sempre foram protecionistas, se integraram a economia mundial, mas de acordo com os seus interesses.
3.2 O Brasil e suas perspectivas político-econômicas em um mundo globalizado
A 1ógica da competição e do interesse econômico impulsiona as empresas a buscarem o aperfeiçoamento tecnológico, a baratear e aprimorar a qualidade de produtos e serviços gerando empregos e renda. Podendo melhorar a qualidade de vida de muitas comunidades.
Essa mesma 1ógica da competição e do interesse econômico, ao contaminar a política, a cultura, as artes, os esportes, a formação de valores e a prestação de serviços essenciais, está ameaçando destruir a vida das futuras gerações.
A livre competição deixa o forte ainda mais forte e aumenta a desigualdade. O consumismo e a pobreza prejudicam o meio ambiente.
A globalização firmada na competição nos interesses comerciais e financeiros em vez de se basear na cooperação e na solidariedade, está levando a humanidade a um desastre.
Os Estados nacionais mais poderosos do mundo, as organizações internacionais como o Banco Mundial, FMI e OMC, as instituições como a G-8 deveriam ser capazes de liderar profundas mudanças que o mundo atual globalizado exige (GRAJEW, 2001).
Mas, apenas o surgimento de uma nova cultura, que promova uma globalização firmada nos valores e direitos humanos, na justiça social, no respeito ao meio ambiente e a diversidade, poderá evitar o grande colapso.
Através do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, reunindo representantes de mais de 50 redes internacionais desse movimente, constituindo uma articulação mundial para viabilizar uma agenda que integre os diversos seta res da sociedade: empresas, governos, instituições internacionais. Uma agenda com profunda responsabilidade social e ambiental. 
Essa articulação se propõe a promover uma outra globalização, mais ampla e intensa baseada nos valores humanos, na justiça social e no respeito ao meio ambiente, em vez da atual globalização restrita as finanças e ao mercado. 
Cabe empreender estorços para que a globalização, ao invés de ser um campo de disputas entre desiguais, se transforme num instrumento de ação entre as iguais. 
Evitar que fatores econômico-financeiros liberados pela mundialização se concentrem de forma a impactar negativamente as medidas de caráter social.
Os efeitos econômicos mais visíveis da globalização não vem da liberdade de movimentação do fluxo de capitais, do aumento do fluxo de comercio e troca de mercadorias. Eles serão cada vez mais estimulados pelas perspectivas criadas pelo estabelecimento de rede de comunicação que, potencializando a troca de experiências, informações e conhecimento cientifico, disseminam processos educacionais que hoje ultrapassam o âmbito estreito das instituições formais de ensino. 
Assim sendo, e essencial vencer as diferenças do conhecimento que separa as grandes potências dos países em desenvolvimento e estes dos subdesenvolvidos.
 O dever do Brasil e agir politicamente, de forma articulada e com respaldo dos interesses comuns que tem com blocos como a União Europeia, ou potências como a China ou Japão, a fim de se institucionalizar regras que ultrapassem as organizações econômicas. 
O Brasil já conseguiu algumas expressivas vitorias com contenciosos na Organização Mundial do Comércio, logrou no caso da África do Sul. Fez ver reconhecido seu direito de sobrepor o principia da relevância da preservação da vida aos interesses comerciais de empresas e estados, par mais legítimos que sejam. 
A integração econômica tem trazido enormes benefícios para a Europa, através da União Europeia. O que demonstra que a integração econômica pode ser muito benéfica aos países, cabendo se unirem aos blocos que melhores condições de integração lhes ofereçam. 
O Brasil, junto com a Argentina, deu impulso decisivo para a criação do Mercosul e que poderá transformar-se numa associação de todos os países da América do Sul.
Ao analisar as efeitos da globalização no nível mercantil dentro do Mercosul, suas repercussões na economia atingem indistintamente tanto a empresa que pretende internacionalizar-se, quanta aquela que opta por uma ação doméstica. 
Tendo vantagens e benefícios inquestionáveis como; maior poder de negociação com os demais blocos ou países: níveis de produção que permitem economias de escala; maior oferta de bens e serviços para a sociedade em geral, redução considerável dos custos de transportes e comunicações, além do aval das relações políticas, comerciais, cientificas, acadêmicas, culturais e sociais dos países- membros.
 O Mercosul para a Brasil é muito mais que um empreendimento de alcance regional. É uma associação destinada a facilitar a inserção do bloco na economia mundial. 
O que se deve criar são condições de competitividade e uma respeitável articulação de forças para grandes negociações, como a Alca, e a do acordo com a União Europeia.
Mas, só se destacariam os países-membros, o que demonstra que os países não-membros ficariam excluídosdos benefícios listados (MAGNOLI, 1997).
Com relação ao aspecto mercantil, mesmo que as fronteiras dos mercados tenham caído, os norte-americanos não hesitam em taxar produtos ao primeiro sinal de ameaça a sua economia doméstica.
Com isso, nota-se uma característica peculiar do processo de globalização no âmbito econômico: ela não e um caminho de mão dupla como os Estados Unidos, Japão e CEE querem demonstrar. Estes gastam milhões para proteger seus agricultores, o que prejudica as nações em desenvolvimento como o Brasil que e competitivo nessa área. 
Os agricultores destes países impedem a entrada de produtos agrícolas de fora, obtém subsídios do governo para plantar e os vendem em outros mercados (ALCANTARA & SALGADO, 2002).
As restrições que contrapõe os interesses da União Europeia e dos Estados Unidos em matéria de produção audiovisual são menores do que aquelas que separam o Brasil, tanto da União Europeia quanto dos Estados Unidos e Japão, em matéria de subsídios agrícolas (MACIEL, 2002).
Caso os benefícios sigam em direção oposta a desejada, medidas antiglobalizantes são tomadas através de medidas protecionistas ou argumentos como: exploração do trabalho infantil, direitos humanos, meio ambiente ou outra forma qualquer que dissimule seus verdadeiros interesses.
Juntos, os países podem muito mais do que isoladamente. Negociar não significa aderir a qualquer esquema preconcebido, nem aceitar regras que não atendam ao interesse nacional.
Segundo Maciel (2002), o Brasil não está sujeitando a formação de sua política de alianças a interesses econômicos de qualquer pais ou grupos de países. Está, ao contrário, sujeitando harmonizações de concepção econômica aos seus interesses políticos. 
 O Brasil estabeleceu um Acordo Quadro com a União Europeia, participou de todas as etapas de discussão para a construção da Alca e já vê como vitoriosa a tese brasileira de que o passo inicial deve ser dado a partir de 2005. 
 Para Maciel (2002), o que também constitui grandes desafios para o Brasil é o enfrentamento de problemas como os da desconcentração de renda e elevação da taxa de poupança. 
O conceito de que globalização poderia significar uma nova divisão internacional do trabalho, firmada em critérios ao mesmo tempo políticos, econômicos, sociais, tecnológicos e culturais que aproximariam, por seus padrões de desempenho e natureza de seus interesses, os países desenvolvidos, confrontando-os com os de menor nível de desenvolvimento. 
Quanto aos critérios de peso e poder, na nova polarização de poder mundial estão países como a China, que não faz parte do G-7, mas, dispõe de importância maior que as nações desse grupo com exceção aos Estados Unidos.
A emergência da sociedade civil no cenário globalizado internacionalizou a agenda política mundial demonstrando a possibilidade de convergência de interesses que pareciam divergentes.
Hoje, há mecanismos multilaterais de negociação e solução de conflitos e organismos de cooperação de âmbito regional e mundial que antes não existiam.
 Para consecução de avanços que transcendem as fronteiras nacionais o papel das grandes potencias tem sido essencial, mas não decisivo, pois dependem da adesão dos países que abrangem tanto os menos desenvolvidos quanto os desenvolvidos. 
Mas, é importante denunciar e lutar contra o aumento da desigualdade no mundo, em que dois terços dos habitantes vivem abaixo da linha da pobreza e quase metade em condições de miséria. 
O que está agora em discussão são as causas dos desequilíbrios internos e externos (déficits sérios do balanço de pagamentos) e a adequação e eficácia dos mecanismos para corrigi-los, no caso, as políticas macroeconômicas recomendadas pelo FMI (CAMPOS, 1997).
Uma maior solidariedade par parte dos países mais ricos ajudaria a aliviar as dores dos mais pobres. Mas não parece justo, facilitar para as países em que o governo gasta multo mais do que arrecada, ou em que há um grande relaxamento nos empréstimos bancários, ou em que grupos privilegiados arriscam a dinheiro alheio.
3.3 Os efeitos da Globalização
A globalização gerou muitos efeitos em nosso país, um deles que é de grande relevância foi a necessidade das empresas olharem de dentro para fora visando melhorar suas atividades, pois diante de um mundo competitivo a concorrência gera muitas transformações na economia de um modo geral.
Diante de fronteiras derrubadas houve uma necessidade de expandir as atividades e se aprimorar a tecnologia dentro das empresas para serem mais eficaz em suas atividades.
Houve com isso um maior crescimento tecnológico, mas também um crescimento de empresas fechando suas portas por falta de recursos.
Os efeitos são perceptíveis em vários níveis, seja no comércio, no financeiro e no tecnológico, tais efeitos são positivos e também negativos.
Sabe-se que há países sem base sólida no setor financeiro que acabam se tornando um alvo de ataques de capital, sendo um objeto de ganhar dinheiro fácil.
Estes e outros acontecimentos causam perda de trabalho, diminui a demanda de produção e esses efeitos são negativos e estragam a economia.
A globalização afeta todas as partes de uma sociedade, sendo um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política.
Um efeito que precisa ser destacado é a expansão das empresas multinacionais que saem do seu pais de origem expandindo suas atividades em outros locais na busca de maior mercado consumidor, maior isenção de impostos e um custo menor de matéria prima e mão de obra.
Assim há uma expansão empresarial e industrial gerando uma urbanização crescente em nosso país.
3.4 O Brasil diante da Globalização
Os efeitos da globalização em nosso país são diversos, pois nossa economia é exposta ao mercado internacional e o Brasil importa e exporta sendo muito ativo na chegada de produtos novos. Essa grande movimentação pode causar muitos danos à economia pois os produtos importados são mais baratos que os produtos nacionais e isso pode levar até mesmo a falências de empresas gerando desemprego no país.
O Brasil convive com o impactos das transformações de estabilização da economia, contudo mesmo diante da globalização que para muitos é positiva há fatores que atrapalham a economia, portanto a questão econômica está vinculada à reorganização ao nosso sistema econômico e educacional.
O desenvolvimento econômico do Brasil já se mostrou desigual resultando um modelo de produção capitalista. Sabe-se que o país apresenta uma economia industrializada muito desenvolvida, porém as riquezas são mal distribuídas.
Diante das grandes transformações tecnológicas foi se reduzindo os postos de trabalho na busca de um aumento de produtividade sem valorização humana, ou seja, as empresas querem serviços com carga elevada de qualificação tendo uma mão-de-obra rápida para sobreviver em um mundo tão competitivo.
Outro fator que nosso país enfrenta diante da globalização é na Educação, pois o mercado estimula os estudantes obter maior grau de escolaridade para serem bem sucedidos.
Aranha (1996) ressalta que a escola deve dar condições para que se discuta criticamente a realidade em que se acha mergulhada.
Contudo o potencial humana assegura o desenvolvimento da economia e o valor potencial dos recursos humanos de um país depende muito de sua situação, pois os jovens desejam ser melhores sucedidos tanto social como profissional, porém o ensino que lhes é oferecido não tem qualidade e atende a exigência de quantidade.
O Brasil ainda passa por uma grande transformação nas famílias e grupos familiares, pois a redução de crescimento populacional tem sido maior e a reflexão sobre o individualismo, a nova condição feminina, a emancipação da mulher traz mudanças diante da globalização.
A estrutura familiar mudou e a família não é vista como uma agente econômica mas como uma agente revigoradora na sociedade. Diante disso é necessário que a família esteja empenhada na socialização de seus membros para evitar o isolamento social. 
CAPÍTULO IV. A GLOBALIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO
A Educação é vista comoum direito do ser humano tanto social ou cultural sendo um processo de transformação contínua e convivência social, ou seja a educação não é restrita só ao âmbito escolar e o desafio no Brasil e do mundo é garantir o acesso e a permanência de todos em todos os níveis de educação.
Diante do conhecimento relacionado a globalização no Brasil percebe-se que no âmbito educacional ela precisa ser estudada e compreendida, pois há uma grande necessidade de reformular os conteúdos já que a globalização também interfere na educação quer seja através de políticas públicas ou também pela busca de formação qualificada.
Sabe-que a globalização pretende unificar o currículo e prática onde o cidadão no âmbito escolar busque objetivos e seja um transformador e crítico onde esteja inserido.
Para compreender a globalização na educação e preciso saber que existe uma ligação entre indivíduos e países tendo em comum a forma de pensar, viver, agir e fazer para assim influenciar a economia, a política, a ciência, a forma de expressão que geram problemas e trazem impactos na cultura local.
A ligação entre tais indivíduos ou países gera uma mistura que serve para a construção de uma liberação comum dos cidadãos sendo eles capazes de transformar o mundo através do local onde vive.
A globalização interfere na educação e é necessário identificar e conhecer as práticas educativas e compreender até que ponto ela é transmissora de conhecimento e como ela sofre influência na reformulação de conteúdos onde o educador vivencia em sua prática.
Com isso a educação precisa se adequar a globalização e assim os educadores necessitam construir e reforçar a identidade própria e a relação com o mundo interno e externo.
Freire (1985) ressalta que:
Conhecer não é o ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe dá ou lhe impõe. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção
É preciso que o educador faça seu aluno compreender que ele é um sujeito que pertence a um local onde está inserido e pode fazer a diferença ali e em todas as partes do mundo.
Assim com o conhecimento o aluno começa a criar sua própria opinião deixa de ser alienado, assim ele relaciona-se com os outros, aprende com os outros e transforma seu pensamento.
Todos os alunos trazem de sua cada alguma conhecimento e este deve ser aproveitado para ser trabalhado em sala de aula, pois com o avanço da tecnologia quase todos tem acesso à internet, a televisão e adquirem conhecimentos através dessas tecnologias.
O educador precisa refletir sobre suas práticas educativas, pois a nova geração está totalmente ligada aos fatos e acontecimentos do mundo através da internet que traz tantas informações e conexões com o mundo todo de forma muito rápida. É preciso haver uma orientação que tudo deve ser criticado antes de ser absorvido neste mundo tão globalizado.
O aluno precisa compreender que a escola é um local de partilha de ideias onde ele pode criar e perceber as coisas que acontecem a sua volta compreendendo o significado e também aprender a se portar no local onde vive sabendo que ali possui particularidades mas que pode o aproximar de outros lugares diferentes.
O Ministério da Educação dá incentivo a educação básica e a permanência de todos os níveis de ensino vindo garantir a qualidade da educação através de políticas públicas que tragam qualificação aos professores, valorize os trabalhadores da área educacional como os financiamentos em todas as etapas da educação.
Já que houve tantas mudanças com a globalização é imprescindível que haja a formação de professores e que eles sejam qualificados e possuam uma certificação conforme a Lei de Diretrizes e Bases Nacionais, pois assim ele este professor terá um nível de conhecimento mais amplo e as suas práticas pedagógicas serão fundadas em uma educação de mais qualidade, por isso todos os professores precisam se manter informados e atualizados diante das demandas e exigências da globalização.
Cabe então ao professor repensar sua prática pedagógica sendo um mediador da educação levando seus alunos a adquirir valores e transformar a sociedade através de convivência mútua e também criar uma sociedade mais justa e melhor administrada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da pesquisa realizada vimos que a época atual do desenvolvimento histórico do capitalismo é identificada como a época da globalização e, ainda hoje, discutida e controversa. Não há unanimidade nem quanta ao período do seu início nem quanta aos traços mais marcantes que caracterizam o fenômeno globalizante. 
Em que pese a complexidade das discussões e a fala de unanimidade, foi passível identificar aspectos positivos e aspectos negativos na globalização contemporânea.
Criou-se uma economia mundial sem que surgissem também mecanizarmos satisfatórios para disciplina-la. A vida de todos as cidadãos é afetada par eventos globalizados e as instrumentos de participação ou de deliberação no plano global são insuficientes, dando impressão de que na globalização o mercado e tudo e a cidadão e nada.
Para países que, como o Brasil, dependem em grande parte do capital externo, os impactos são negativos, pois para financiar seu desenvolvimento interno se endivida lá fora, e através dos planos de ajustes impostos pelos órgãos responsáveis por estes empréstimos, o país fica muito exposto e sacrificam em grande parte os setores sociais da sociedade, agravando ainda mais os problemas estruturais internos.
As empresas brasileiras em tempos de globalização não conseguem competir em pé de igualdade com as multinacionais e acabam indo à falência, deixando cada vez mais o mercado interno à mercê das empresas estrangeiras. 
O que parece ocorrer é uma desarticulação social; o mesmo ocorreu na época da Revolução Industrial, mas, os efeitos daquela época eram de certa forma amenizados com a absorção pela indústria da mão-de-obra descartada no setor rural.
Hoje, isso não ocorre, pois, a tecnologia invade as empresas e a mão-de-obra e substituída pelas máquinas. E, também, porque hoje, quando uma empresa surge, não significa aumento de postos de emprego, visto que ao se instalar já terá seus fornecedores, não sendo necessário que junto com ela se instalem outras empresas prestadoras de serviços ou de matéria-prima, ou outros produtos de que esta necessite, por já existirem. Assim, hoje, a tecnologia está por destruir mais postos de trabalho do que criar, uma das características negativas do fenômeno da globalização. Com relação aos Estados, estes passam a ter empresas transnacionais adentrando seu território e impondo suas próprias regras, deixando-os sem ação e tornando suas iniciativas totalmente inúteis, acarretando a diminuição da sua atuação e perda de sua soberania. 
Outro aspecto da globalização seria a perda da identidade nacional nas empresas. As multinacionais, quando adquirem urna empresa nacional, trazem seus hábitos e descartam o jeitinho brasileiro de gerir suas empresas, ficando totalmente descaracterizado este, ou seja sem identidade nenhuma. O brasileiro é emotivo, envolve-se no ambiente de trabalho, ao passo que as empresas estrangeiras são muito impessoais e se preocupam apenas com números e rendimentos, eficiência ou seja lucros acima de qualquer coisa. 
Como fator positivo, a globalização pode ser vista como a propagadora de conhecimento e tecnologia. Através das redes de comunicação como a internet, TVs a cabo, as pessoas têm acesso as informações do mundo todo.
Se os países utilizarem as tecnologias trazidas pelas empresas estrangeiras tornando suas próprias empresas nacionais mais competitivas poderão obter resultados positivos do processo da globalização.
Aos Estados cabe utilizarem-se de formulações de políticas nacionais visando em primeiro lugar seus objetivos internos de crescimento e desenvolvimento e maior interação ao mercado internacional, tornando-se competitivoe aproveitando os mercados consumidores para a inserção de seus produtos.
Cabe ao Estado em tempos de globalização afirmar sua existência e domínio sobre seu território tornando válidas as sanções impostas em seu país, quando as empresas estrangeiras se instalarem. Os avanços trazidos pelo processo de globalização tem seus aspectos positivos e até necessários no contexto atual, cumprindo, apenas, disciplinar sua ação de modo a evitar a presença dos seus impactos negativos, sempre ameaçadores.
A inovação tecnológica tem aberto perspectivas para a produção de riquezas que não podem ser ignoradas e a integração dos mercados também.
Somente poderão atestar se um determinado processo globalizante é positivo ou negativo os países e sociedades envolvidos.
A globalização pode ajudar a combater a desigualdade porque cria mais oportunidades, já que há mais perspectivas de trocas entre os países, aumenta a geração de renda. Mas, também pode criar riscos, com alguns grupos não participando desses benefícios. O desafio para os países é aprender a lidar com seus problemas e fazer com que os benefícios da globalização cheguem aos pobres. Não precisa ser urna via de mão única, com privilégios para poucos e atraso e exclusão para a maioria, deserdados do direito à vida e ao bem estar.
Se houver regras justas, a g1obalização pode trazer oportunidades para as países em desenvolvimento e aos menos desenvolvidos. Mas, se for deixada inteiramente nas mãos do mercado, ela não será outra coisa que um capitalismo selvagem para a mundo. 
A globalização está aí para ficar, pois é fruto da conjuntura histórica irreversível, cabendo apenas, ser disciplinada de forma a não impactar somente de modo negative aos povos, devendo ser compatibilizada com todas as distintas realidades envolvidas. Ela também privilegia a intensificação dos valores e vantagens individuais com um cotidiano consumista na busca do sucesso.
É lícito concluir-se que o processo de globalização internacionalizou as economias movimentando muito dinheiro, no entanto não há um poder capaz de organizar uma compensação efetiva para a demanda dos países.
Observa-se também que a globalização trouxe mudanças na educação que necessitou de reformular suas práticas pedagógicas fazendo com que o aluno receba conhecimento e seja um sujeito transformado da sua própria realidade, assim também possa contribuir de forma mais crítica que é um objetivo e um caminho da globalização real e participativa.
A educação precisa se adequar e trazer novos paradigmas advindas de novas tecnologias, pois o aluno mudou por ter muito mais conhecimento, e assim o professor necessita estar sempre atualizado.
É necessário que o educador saia da teoria conduza seus alunos à práticas educativas que os levem a mudar o pensamento e assim ser um agente transformador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCANTARA, Eurípides, SALGADO, Eduardo. A vitória dos ricos na globalização. Veja, 29/05/02. 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. São Paulo: moderna, 1996, p.23.
ARRIGHI, Giovani. As oportunidades da crise. Jornal do Brasil, (1997).
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Tradução Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999. 
BECK, Ulrich. O que é globalização? Equívocos do globalismo: respostas a globalização. Tradução de André Carone. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
CAMPOS. Roberto. As angústias da globalização. Folha de São Paulo, 23/06/97
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 8ª edição Ed. Paz e Terra S/A, 1985.
FERNANDES, Luis. Globalização, neoliberalismo, privatizações: quem decide este jogo? 2. ed. - Porto Alegre: Ed. Universidade/ UFRGS, 1998.
FURTADO, Celso. Os desafios da globalização. Folha de São Paulo, 01/12/96
GONÇALVES, Reinaldo. Globalização e desnacionalização. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
GRAJEW, Oded. Uma esperança para a humanidade. Folha de São Paulo, 05/09/01.
HIRST, Paul; THOMPSON, Grahame. Globalização em Questão. Tradução Wanda Caldeira Brant. - Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
LACERDA, Antônio Correa de. O impacto da globalização na Economia Brasileira. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.
LOPEZ, Luiz Roberto. Globalização- História Interativa – Disponível em: www.pesquisando.edu.catar.com.br acesso em agosto de 2018.
MACIEL, Marco. O Brasil e o desafio da globalização. Opinião, Valor, 26/02/02.
MAGNOLI, Demétrio. Globalização - Estado Nacional e Espaço Mundial. Editora Moderna, 1997.
MARTIN, Hans Peter; SHUMANN, Harald. A armadilha da Globalização. Tradução Waldtraut U. E. Rose e Clara C. W Sackiewicz. 2'ed. - São Paulo: Globo, 1998. MERCADANTE, Aloizio. Globalização e subdesenvolvimento. Folha de São Paulo, 06/04/97.
SARDENBERG, Ronaldo Mota. Política da globalização. Jornal O Globo, 06/03/96
STORTTI, Maurênio. Globalização: Mitos e Verdades. São Paulo: Senac, 2000. TOLEDO, Denise Campos. Os prós e contras da globalização. Folha de São Paulo, 17/05/98 
TREVISAN, Antoninho Marmo. O lado amargo da globalização. Disponível em: www.dad.uem.br acesso em agosto de 2018.
YASSERMAN, Maria Clara. Essa tal de globalização. Gazeta do Povo, 21/03/99.

Continue navegando