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VITÓRIA NOVAIS – MED115 AUTACOIDES: Mediadores endógenos de curta duração e atuação próxima de onde são produzidos que fazem parte da resposta inflamatória Histamina Bradicinina (polipeptídio plasmático de função vasodilatadora, que se forma em resposta à presença de toxinas ou ferimentos.) Eicosanoides (PGs, TXs, leucotrienos) formados quando as células são danificadas ou estão sob ameaça de danos Fator ativador de plaquetas (PAF) 5-Hidroxitriptamina Serotonina HISTAMINA: Amina biogênica encontrada em tecidos sintetizada a partir do aminoácido histidina Síntese da Histamina: Mastócitos e basófilos do sistema imune Células enterocromafim-símile (ECL) da mucosa gástrica (em menor quantidade) Neurônios histaminérgicos no SNC formada a partir da histidina pela histidina descarboxilase. É encontrada na maioria dos tecidos do corpo, porém está presente em altas concentrações no pulmão, na pele e no trato gastrointestinal. Em nível celular é encontrada em grande parte, em mastócitos e basófilos, entretanto, a histamina não-mastocitária ocorre em ‘ histaminócitos’ no estômago e em neurônios histaminérgicos. Nos mastócitos e basófilos, a histamina é conservada em grânulos intracelulares, num complexo com uma proteína ácida e uma heparina. Ações Fisiológicas da Histamina: ↓ resistência vascular periférica mediada por receptores H1 e H2 (eritema, cefaleia) - Dilatação das vênulas pós-capilares - Dilatação das arteríolas terminais - Venoconstrição ↑ permeabilidade vascular, especialmente pós- capilar causa edema local (H1) - Contração e separação das células endoteliais Estimulação de terminações nervosas aferentes DOR Taquicardia (H2) receptor H2 cardíaco ↑ secreção de ácido gástrico (H2) e motilidade GI (H1) Broncoconstrição (H1) bloqueadores H1 em asmáticos Ação da Histamina no SNC: Atua como neurotransmissor no SNC Histidina descarboxilase (enzima responsável por catalisar a decarboxilação da histidina para formar a histamina) quanto receptores de histamina estão expressos no hipotálamo - manutenção do estado de vigília - supressor do apetite anti-histamínicos de primeira geração (+ antigos), atravessam muito a barreira HE causando sono e fome = conhecidos como sedativos RECEPTORES DE HISTAMINA: 1) RECEPTORES H1: Expressos primariamente nas células endoteliais vasculares e musculares lisas medeiam reações inflamatórias e alérgicas - choque anafilático = pulmões encharcam.... Respostas teciduais específicas ■ edema ■ broncoconstrição ■ sensibilização da terminações nervosas aferentes primárias Expressos em receptores histaminérgicos pré- sinápticos no núcleo túbero-mamilar do hipotálamo ■ controle dos ritmos circadianos FARMACOLOGIA 2 – AULA 3 ANTI-HISTAMÍNICOS VITÓRIA NOVAIS – MED115 ■ estado de vigília Mecanismo de Ação: Agonista Inverso = não bloqueia, muda a conformação do receptor 2) RECEPTOR H2: Expresso nas células parietais da mucosa gástrica ■ medeiam secreção de ácido gástrico ■ histamina atua de modo sinérgico com a gastrina e a acetilcolina regulando a secreção ácida Imetidina, Ranitidina... 3) RECEPTORES H3: Localizados em neurônios histaminérgicos pré- sinápticos no SNC e células ECL no estômago ■ nas terminações nervosas, receptores H3 ativados suprimem descarga neural e liberação da histamina Pesquisas para drogas para déficit de atenção ala [ ] no SNC 4) RECEPTORES H4: Encontrados nas células de origem hematopoiéticas, principalmente mastócitos, eosinófilos e basófilos compartilham homologia de 40% com receptores H3 MANIFESTAÇOES CLÍNICAS: Urticária = reação alérgica comum que causa vergões vermelhos e salientes na superfície da pele e geralmente provoca coceira. - muito prurido = coceira - sistêmicas = em todo o organismo como o choque anafilático - locais Angioedema = edema da derme profunda e tecidos subcutâneos. Ele geralmente é uma reação aguda mediada por mastócitos causada pela exposição a alérgenos de fármacos, venenos, alimentos, pólen ou pelos de animais. - urticária VITÓRIA NOVAIS – MED115 HISTAMINA E ANAFILAXIA: Condição potencialmente fatal, causada pela desgranulação maciça de mastócitos sistêmicos. ■ hipotensão arterial grave (choque): vasodilatação sistêmica e acúmulo de líquido devido extravasamento de plasma para interstício. ■ broncoconstrição grave e edema de epiglote. Não adianta, em um primeiro momento, administrar anti-histamínico (a não ser em crises muito leves) usa-se antagonistas funcionais Antagonismo funcional = consiste em administrar uma droga capaz de neutralizar funcionalmente os efeitos da histamina. ■ adrenalina como agonista adrenérgico induz broncodilatação (β2) e vasoconstrição (α1). ANTI-HISTAMÍNICOS: Anti-histamínicos de 1ª geração ■ clássicos ou sedantes Anti-histamínicos de 2ª geração ■ não-clássicos ou não-sedantes Largamente prescritos em todo mundo - eficácia semelhante em doenças alérgicas -diferem quanto à sua estrutura química, farmacologia clínica e potencial de toxicidade os de 1ª geração > potencial de toxicidade que os de 2ª 1) AH H1 DE 1ª GERAÇÃO: Não muito usados como antialérgicos EAs AH H1 1geração: Altamente lipofílicos ■ atravessam BHE ligando-se facilmente aos receptores H1 cerebrais causando SEDAÇÃO ■ são rapidamente absorvidos e metabolizados exigindo 3-4 tomadas diárias 2) AH H1 DE 2ª GERAÇÃO: Alta afinidade e seletividade pelo H1R. ■ após administração oral nas doses habituais, ação se inicia em 1-2 horas. ■ efeito mantido por 24h (dose única diária) Loratadina (Claritin®). Cetirizina (Zyrtec®). Desloratadina (Desalex®). Levocetirizina (Zyxem®; Zina®). Fexofenadina (Allegra®). Rupatadina (Rupafin®). VITÓRIA NOVAIS – MED115 Efeitos anti-inflamatórios discretos = expressão de citocinas, quimiocinas e moléculas de adesão Efeitos antialérgicos = relacionados à sua atividade em mastócitos e basófilos inibe a liberação de mediadores pré-formados, como histamina, triptase, leucotrienos... Degranulação de mastócitos = liberação de histaminas e outras substâncias no sangue causando diversas reações USOS CLÍNICOS: Distúrbios alérgicos para aliviar sintomas de RA (rinite alérgica), conjuntivite, urticária e prurido ■ bloqueiam fortemente o aumento da permeabilidade capilar necessária para formação de edemas e pápulas dificultando/impedindo a formação de edemas e pápulas Anti-H1 são ineficazes como medicação única ■ asma ■ anafilaxia ■ angioedema grave com edema de laringe necessário o uso de drogas de efeito + rápido = adrenalina Pizotifeno: efeito inibitório polivalente sobre aminas biogênicas, como histamina e 5-HT (serotonina) ■ profilaxia da enxaqueca em crianças ■ 1ª geração = seda e aumenta apetite USOS CLÍNICOS DE AH ANTI-H1: Cinetose = mal-estar durante movimentação em veículos, por ex. vertigem = sensação ilusória de movimento parkinsonismo medicamentoso = drogas que levam a síndromes parkinsonianas insônia AH anti-H1 como ANTIMÉTICOS: antimético = anti vômito e náusea Inibem sinais histaminérgicos para o centro do vômito ■ hidroxizina, dimenidrinato, difenidramina, meclizina e prometazina. EFEITOS ADVERSOS: Toxicidade do SNC Toxicidade cardíaca Efeitos anticolinérgicos ■ não há estudos de segurança de longo prazo dos AH H1 de primeira geração a despeito de seu uso por mais de 60 anos 1) EAs no SNC: Por atravessar muito a barreira HE atacam principalmente os receptores do hipotálamo VITÓRIANOVAIS – MED115 Efeitos sedativos ■ Anti-H1 de primeira geração antagonizam efeitos neurotransmissores da histamina sobre receptores H1 no SNC (hipotálamo) e na periferia Devido aos efeitos sedativos limitados, anti-H1 de segunda geração são preferidos para uso prolongado. ■ Loratadina, desloratadina e fexofenadina são aprovados para uso por pilotos de aeronaves. Risco de Toxicidade Neurológica: Baixa massa corporal Disfunção hepática ou renal graves Uso concomitante de drogas depressoras do SNC NÃO consumir bebidas alcóolicas 2) EAs Anticolinérgicos: Praticamente todos AH H1 de 1ª geração se ligam também a receptores muscarínicos ■ taquicardia, dilatação da pupila, xeroftalmia (olho seco), xerostomia (boca seca) e retenção e hesitação urinária ■ AH H1 de 2ª geração parecem isentos ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2: Antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos receptores H2 nas células parietais gástricas ■ reduzem secreção de ácido gástrico ■ não são mais 1ª linha no tratamento de gastrites Indicações clínicas: doença do refluxo gástrico (pirose) e a doença ulcerosa péptica ■ disponíveis para venda livre no tratamento sintomático da pirose Cimetidina e a ranitidina são antagonistas H2 mais comumente utilizados ■ famotidina e nizatidina: mais recentes ALERGIAS: Mais comuns: poeira, pólen, ácaros Mais raras: dermografismo, hipersensibilidade ao líquido seminal (causa problemas de infertilidade), alergia a exercício (anafilaxia induzida por exercício), urticária ao frio, alergia à eletricidade (hipersensibilidade eletromagnética) e urticária aquagênica (incluindo suor e lágrima)
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