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Aula n 3 - DPC - Controle Difuso Incidental de Constitucionalidade

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Aula 4: 
Aula nº 3
Controle Difuso INCIDENTAL
Joseney Cordeiro da Costa 
Direito Processual Constitucional
Uninorte - 2020
Introdução: Origem e noção geral
Suprema Corte Americana - Marbury vs. Madison (1803), decisão que firma as bases da revisão judicial dos atos públicos emanados dos outros poderes que contrariarem a Constituição pelo Judiciário.
 
Ressalta-se que é aquele realizado por todos juízes e tribunais do país, porém é imprescindível a existência de um caso concreto (meio incidental, questão prejudicial).
 
Importante
 O controle difuso consiste no exercício da função judicial de aplicação do direito ao caso concreto, pela existência de um conflito de interesses e o que se pretende é deixar de aplicar uma norma (afastar sua incidência) ao caso concreto.
E ainda: 
 	Que ele integra o sistema brasileiro desde o início da República, formalmente, em sede constitucional, através da Constituição de 1891 (mas, registre-se, que pelo Dec. nº 848, de 11 de outubro de 1890).
Designações 
- No caso Concreto;
- Por via de Exceção;
- Por via de Defesa;
- Incidental;
- Incidenter tantum;
- Indireto;
- Subjetivo; e,
- Sistema Americano.
Características e objetivo 
O controle de constitucionalidade é realizado por todos os juízes tribunais por meio incidental ao objeto da lide.
 
O controle de constitucionalidade não é o pedido principal da ação.
Ou seja, ajuíza-se a ação para pleitear um direito subjetivo e a declaração de inconstitucionalidade é uma decisão antecedente lógico para se exercer o direito (questão prejudicial).
Não esqueça: 
“Mandado de segurança não é sucedâneo de ação direta de inconstitucionalidade. Não pode, assim, ser impetrado contra lei em tese (Súmula 266 do STF), dado que a lei, como qualquer ato normativo em sentido material, ostenta as característica da generalidade, impessoalidade e abstração, não afetando diretamente o direito subjetivo. Isto só ocorrerá quando se der a prática de ato administrativo de execução da lei.” (MS 22.132, Rel. Min. Carlos Velloso, 1998).
Legitimação 
- Partes do processo;
- Terceiro interveniente;
- Ministério Público; e,
- Juiz (pode realizar o controle difuso de ofício – STF RE nº 86.161-GO [1981]. Obs. Art. 10 do CPC).
Muita atenção… 
“Na instância extraordinária, é de ser recebida com temperamentos a máxima de que, no sistema incidente, o juiz de qualquer grau deve declarar de ofício a inconstitucionalidade de lei aplicável ao caso. À falta de prequestionamento na instância ordinária e de arguição pelo recorrente do diploma local que assim dispunha, o tema não pode ser enfrentado em recurso extraordnário.” (STF, RTJ, 95:202, 1981, RE 86.161-GO, Rel. Min. Soares Munoz) – Luiz Roberto Barroso, O controle de constitucionalidade no direito brasileiro, páginas 117/118.
Onde pode ser suscita a questão constitucional? 
- Ações Judiciais de rito ordinário, ação especial ou constitucional
- ações de qualquer natureza: civil, administrativa, penal etc.
- qualquer espécie de processo: conhecimento, execução, MS, HC, AP, ACP, MI, HD etc, 
Muita atenção para AP e ACP: 
“É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em ação popular. Na hipótese o autor não objetiva a declaração de nulidade do ato normativo, mas a suspensão dos atos administrativos”. (AO 506-AC, Rel. Ministro Sidney Sanches, 1999) 
“O Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a legitimidade da utilização da ação civil pública como instrumento de fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de quaisquer leis ou ato do poder público, mesmo quando contestados em face da Constituição da República, desde que, a controvérsia constitucional, longe de identifica-se como objeto único da demanda, qualifique-se como simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal”. (STF, Inf. 571, 2010, RE 411.156-SP, Rel. Min. Celso de Mello.
Portanto, não esqueça disto: 
“Havendo a situação concreta, é indiferente a natureza da ação ou do procedimento. O que não é possível é pretender a declaração de inconstitucionalidade da lei em tese, fora de uma lide, de uma disputa entre as partes”. (Luís Roberto Barroso, O Controle de constitucionalidade no direito brasileiro, Saraiva, página 118) 
Competência: 
Pode ser realizado por QUALQUER Juiz ou Tribunal (órgão colegiado), sempre exigindo um caso concreto.
Normas objeto deste controle:
Quaisquer leis e atos normativos, inclusive os anteriores a constituição vigente, até mesmo portaria e regulamento interno
“O controle incidental de constitucionalidade pode ser exercido em relação a normas dos três níveis de poder, de qualquer hierarquia, inclusive as anteriores a Constituição. O órgão judicial, seja federal ou estadual, poderá deixar de aplicar, se considerer impatível com a Constituição, lei federal, estadual ou municipal, bem como quaisquer atos normativos, ainda que secundários, como o regulamento ou portaria. 
“Não importa se o tribunal não possa declarar a inconstitucinalidade de lei federal em via abstrata ou se o Supremo Tribunal Federal não possa, em ação direta, invalidar lei municipal. Se um ou outro estiver desempenhando o controle incidental e concreto, não há limitações dessa natureza. – (Luiz Roberto Barroso, O controle de constitucionalidade no direito brasileiro, páginas 119/120).
Maioria absoluta
 e 
cláusula de reserva de plenário
Art. 97 CF: Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a INCONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo do Poder Público. 
Órgão Especial: quando o Tribunal tem mais de 25 julgadores, pode ser criado o órgão especial, que pode ter no mínimo 11 e no máximo 25 membros (Art. 93, XI, da CF).
1ª Câmara; 2ª Câmara; 1ª Turma; 2ª Turma; 3ª Turma – orgãos fracionários
Órgãos fracionários não podem declarar inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, somente a formação plenária do Tribunal.
IMPORTANTE
Quando o órgão fracionário pretender reconhecer a constitucionalidade lei ou ato normativo, e ainda, reconhecer a que lei anterior ao parâmetro atual é com ele incompatível estando, portanto, revogado, não se aplica a Cláusula de Reserva de Plenário (Art. 97, CF).
Procedimento:
Art. 948.  Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
Art. 949.  Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único.  Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Art. 950.  Remetida cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal designará a sessão de julgamento.
§ 1o As pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade se assim o requererem, observados os prazos e as condições previstos no regimento interno do tribunal.
§ 2o  A parte legitimada à propositura das ações previstas no art. 103 da Constituição Federal poderá manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação, no prazo previsto pelo regimento interno, sendo-lhe assegurado o direito de apresentar memoriais ou de requerer a juntada de documentos.
§ 3o Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
Exceções
a) Quando o Pleno ou o Órgão Especial já tiver se manifestado sobre a inconstitucionalidade da lei.
b) Quandoo Pleno do STF já tiver se manifestado sobre inconstitucionalidade da lei. (P. Un. Do Art. 949, do CPC).
Aplica-se 
 Inclusive, para o Supremo Tribunal Federal (STF), no controle exercido pelo modelo difuso incidental.
Súmula Vinculante 
Súmula Vinculante nº 10 do STF: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.”
Efeitos da decisão:
Eficácia subjetiva: Inter partes (ainda que tenha sido proferida pelo STF), não afetando terceiro. 
Não dispõe de efeito vinculante em relação a outros órgãos (Regra geral).
Eficácia objetiva: deixar de aplicar o ato normativo ao caso concreto, passando pela questão prejudicial.
Inexistência da coisa julgada em relação a questão prejudicial
Decisão sobre a questão prejudicial da INCONSTITUCIONALIDADE não é atingida pelo limite objetivo da coisa julgada.
A pronúncia de inconstitucionalidade não retira a lei do ordenamento jurídico. Lei continuará sendo aplicada a terceiros.
Eficácia temporal 
Ex tunc 
(efeitos retroativos) 
Regra Geral
Modulação de efeitos
Exceção: modulação dos efeitos temporais – o STF por 2/3 do membros (8 MINISTROS) poderá atribuir efeitos prospectivos (ex nunc) ou fixar um outro momento para o início da eficácia (pro futuro). Por questão de Segurança jurídica e excepecional interesse social (princípios), e, aplicação por analogia do artigo 27, da Lei Federal nº 9.868/99 (aplicação direta ao modelo concentrado, por via de ação).
Artigo 52, X, CF
Atuação do Senado Federal: 
Compete privativamente suspender a execução, no todo ou parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF. 
Conferir eficácia erga omnes ao difuso incidental
Motivo: sistema americano vs. sistema brasileiro, controle difuso – efeito vinculante
Efeito temporal: divergência entre autores ex nunc (Bandeira de Melo) e ex tunc (Gilmar Mendes e Barroso). 
Administração Pública direta e indireta – os efeitos são EX TUNC (Dec. 2.346/97, art. 1º).
Só tem aplicação no controle difuso
O Senado não está obrigado a suspender a execução da lei (poder discricionário – conveniência e oportunidade). 
Mas o STF é obrigado a comunicar (art. 178, do Reg. Interno do STF).
É ato político, não estando sujeito a prazo.
É o Senado Federal quem suspende atos normativos dos 3 (três) níveis de Poder (Executivo, legislativo e judiciário), e também, atos federais, estaduais e municipais.
A decisão pela suspensão da execução é irreversível, pois não poderá mais o STF modificar o seu entendimento.
Restam prejudicados os demais julgamentos que tenham como objeto o ato normativo em questão.
Não pode-se ampliar, restringir ou modificar a decisão do STF – tem que ser nos exatos limites. No “todo” ou “em parte”
O instrumento para suspensão da execução da norma é a RESOLUÇÃO.
Que se sujeita ao controle de constitucionalidade (formal e material).
Posição atual dos ministros Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso sobre o instituto: serviria apenas pra dar maior publicidade a decisão (Reclamação nº 4.335/AC), pois decisão final STF tanto em controle difuso, como concentrado teriam os mesmos efeitos.
Deus é o nosso refúgio e fortaleza todos os dias, basta crer.

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