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LIBRAS: Datilologia e Classificação dos sinais Ao se comunicar com pessoas surdas a atenção do olhar é indispensável já que a língua de sinais é principalmente visual. Então mesmo que você não saiba nada sobre a língua de sinais o olhar continua sendo o ponto principal de comunicação. Portanto, o primeiro passo, para a comunicação com pessoas surdas é demonstrar pela expressão facial, pela fala pausada, pelo apontar e pela comunicação escrita o que se quer informar. Quando conhecemos alguém lhes perguntamos logo o nome, como se chama, para que ao referirmos àquela pessoa tenhamos um signo que a representa. O “nome” na LIBRAS denominamos de “sinal” pessoal, costuma-se dizer que se trata de um nome visual, um batismo, para dar início à participação na comunidade surda. Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, um traço visual próprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal (nome visual) usa-se o alfabeto manual que compõe no quadro das configurações de mãos usadas na LIBRAS. O Alfabeto Manual ou datilologia é utilizado para traduzir nomes próprios, nomes de cidade, ou palavras que ainda não exista o sinal ou desconhecimento de um sinal para determinada palavra. Vale lembrar que assim como as línguas de sinais não é universal, cada país adota um alfabeto manual correspondente à sua língua. Observe abaixo alguns tipos de Alfabeto manual em outros idiomas: Fonte: Imagens extraídas da Revista Língua de Sinais: Imagem do pensamento, Editora Escala, 1999. Questão para reflexão: Observando os dois Alfabetos Manuais, quais são as letras que se assemelham quanto a CM? Vamos agora aprender o Alfabeto Manual Brasileiro. Salles (2004), recomenda que ao soletrar as letras, faça em velocidade normal, formando as palavras com clareza. Selecionei dois videos para você, primeiro o Alfabeto Manual Britânico para conhecer e outro para praticar o Alfabeto manual brasileiro. Questão para reflexão: Utilize o video da Alfabeto manual e soletre seu nome, o endereço da sua casa e outras palavras. É muito comum as pessoas pensarem que todos os sinais são como um “desenho” no ar do referente que representam. Os sinais recebem dois tipos de classificação: Icônicos ou Arbitrários e Simples ou Composto. Como consequência da natureza linguística, a realização de um sinal pode ser originada pelas características do elemento da realidade a que se refere, neste caso denominamos sinais icônicos, ou seja, os sinais icônicos são aqueles que fazem alusão ao referente. Exemplos de sinais icônicos: CASA –TELEFONE. As imagens ilustrativas escaneadas da Apostila LIBRAS organizada pela Secretária de Estados da Educação Departamento de Educação Especial (SEED). Os sinais arbitrários são a maioria, eles não estabelecem nenhuma analogia com o referente. Exemplo: FAMÍLIA - NAMORAR A outra classificação dos sinais é quanto ao número de base de sinal para a formação das palavras, como simples ou composto. Os sinais Simples são aqueles realizados com uma base de sinal apenas, observe os exemplos: CORAÇÃO – BEBÊ. Os sinais compostos são aqueles que realizados com duas bases de sinais preexistentes para então criar um novo sinal. Exemplo: CASA + ESTUDAR= ESCOLA; Questão para reflexão: Na língua portuguesa existe também as palavras compostas, como por exemplo, GUARDA-CHUVA, você acha que na LIBRAS os sinais compostos obedecem as palavras compostas da língua portuguesa, ou seja o sinal para GURDA- CHUVA também é composto? Você pode acessar o link http://www.acessobrasil.org.br/libras/ e procurar o sinal. Abaixo deixo com vocês alguns sinais de Cumprimento, as figuras abaixo são do Dicionário Ilustrado de LIBRAS do Fernando César Capovilla (2001): BOM DIA BOA TARDE BOA NOITE OI TUDO BEM Resumo: Nessa web aprendemos o Alfabeto manual, a classificação dos sinais e alguns vocábulos para cumprimentos. Referências CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkiria Duarte.Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue – Língua de Sinais Brasileira - LIBRAS. São Paulo: Edusp-Fapesp-Vitae, 2001, v.I e II. PARANÁ, Secretária de Estado da Educação, Superintendencia de Educação. Departamento de Educação. Aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais. Curitiba: SEED/SUED/DEE, 1998. SALLES, Heloísa Maria Moreira Lima. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: Caminhos para a prática pedagógica. Brasília: MEC, SEESP, 2004, v.2.