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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ANTIBIOGRAMA INTRODUÇÃO O antibiograma é um teste laboratorial que mede a resistência bacteriana a um determinado grupo de antibióticos. Serve para estabelecer um tratamento específico e mais eficaz para um determinado agente bacteriano. As bactérias são cultivadas a partir de amostra de urina, sangue, escarro, líquido espinhal ou fezes, entre outras, e colocadas sob condições especiais dentro do laboratório. Ali, o analista clínico as expõe a diversos antibióticos e observa quais deles inibem a multiplicação delas. Os resultados informam a sensibilidade ou a resistência da bactéria isolada aos antibióticos relacionados no teste. Existem diversos métodos de coloração utilizados para a análise de bactérias. Colorações simples tornam possível a visualização das bactérias ao microscópio, mas isso não faz distinção entre organismos de morfologia similar. Para tanto, é necessário realizar uma coloração diferencial. O mais utilizado é a coloração desenvolvida por Christian Gram em 1884. Usando duas sequências de coloração, com diferentes corantes, este método permite a divisão das bactérias em 2 grandes grupos: Gram positivo e Gram negativo. A investigação das características morfológicas e de coloração (morfo-tintoriais) das bactérias é etapa inicial de grande importância no isolamento e identificação de bactérias de material clínico bem como de alimentos. No entanto, a identificação completa de uma bactéria sempre necessitará de dados fisiológicos ou genéticos da mesma. MATERIAL ANTIBIOGRAMA Placa de Petri com ágar Mueller-Hinton Placa com cultura bacteriana Tubo de ensaio estéril Estante para tubos de ensaio Solução salina estéril 0,9% Swab estéril Alça de inoculação calibrada 10 ul estéril descartável Tubo com solução 0,5 da escala de Mac Farland Pinça Régua graduada Discos de antibióticos (AMPICILINA, AMOXACILINA-CLAVULANATO, OXACILINA, VANCOMICINA, IMIPENEM, NOVOBIOCINA) Bico de Bunsen Estufa 35-37°C EXECUÇÃO DA PRÁTICA Fazer a desinfecção da área de trabalho e antissepsia das mãos antes e depois; Trabalhar sempre na área de segurança: uma área de aproximadamente 10 cm ao redor da chama do bico de Bunsen; Identificar a placa com o nome do grupo, data e tema da aula (fundo da placa, acompanhando as bordas para manter uma área bem visível); Com auxílio da alça bacteriológica, coletar 1 a 3 colônias da placa com cultura bacteriana (pouco a pouco até ajustar a turbidez de acordo com a escala de Mac Farland) e transferir para o tubo com salina estéril (3 mL), agitando para difusão e comparar com o tubo padrão de Mac Farland; Caso fique mais turvo que o padrão, pode-se começar uma nova solução em outro tubo ou diluir o tubo turvo com solução salina estéril; Umedecer o swab estéril na solução preparada, pressionar o swab contra as paredes do tubo para retirar o excesso e semear na superfície do Agar Mueller- Hinton de modo homogêneo (não deixar nenhum local da placa sem receber a amostra; estriar em pelo menos 3 direções, técnica Spread-plate ou distensão); Nunca molhar o swab mais de uma vez para aplicar sobre o meio de cultura (uma única umedecida é suficiente para o teste); Aguardar um tempo para que o ágar absorva o inóculo (mais ou menos 10 minutos); Com a pinça (flambada e fria) aplicar os discos de antibióticos, fazendo suave compressão para que os discos não caiam durante a incubação da placa. Deixar entre eles e deles à borda da placa um espaço não inferior a 15 mm. Incubar a placa por 24 h a 35ºC. As placas devem ser incubadas invertidas, para evitar que o meio se desidrate e que água de condensação caia sobre a superfície do meio; Medir com régua o diâmetro do halo de inibição, comparar com os dados da tabela (CLSI) e expressar seus resultados (caracterizar o resultado como sensível, intermediário ou resistente). Dica: assista o vídeo do link a seguir ( https://www.youtube.com/watch?v=WdO66QU6CMs&t=34s) ANOTAÇÕES: https://www.youtube.com/watch?v=WdO66QU6CMs&t=34s
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