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FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM ÊNFASE EM ENGENHARIA DE INSTALAÇÕES NO MAR E ENGENHARIA QUÍMICA Por AMANNDA MAGALHÃES ANDRESSA PINTO PEREIRA AGUIAR LUIZ FELIPE COSTA DE SOUZA PAULO VICTOR NEVES MACIEL RAFAEL BARCELLOS POSSATI Refração e Reflexão Total Macaé - RJ JUNHO/2019 FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM ÊNFASE EM ENGENHARIA DE INSTALÇÕES NO MAR E ENGENHARIA QUÍMICA Por AMANNDA MAGALHÃES ANDRESSA PINTO PEREIRA AGUIAR LUIZ FELIPE COSTA DE SOUZA PAULO VICTOR NEVES MACIEL RAFAEL BARCELLOS POSSATI Refração e Reflexão Total Trabalho apresentado em cumprimento as exigências da disciplina Física 4, ministrada pelo (a) professor(a) Hans Schmidt Santos nos cursos de graduação em Engenharia de Produção com Ênfase em Engenharia de Instalações no Mar e Engenharia Química na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora. Macaé - RJ JUNHO/2019 AVALIAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO Após o exame do Trabalho Acadêmico, atribuo os seguintes graus: Estrutura e Organização do Trabalho: _____ As ideias estão comunicadas e organizadas de modo satisfatório; o conteúdo e a linguagem são satisfatórios; a estrutura gramatical (incluindo a ortografia) e a apresentação são aceitáveis. Estratégia e Criatividade: _____ Pode usar informação exterior relevante de uma natureza formal ou informal; identifica todos os elementos importantes do problema e mostra uma compreensão da relação entre eles; reflete uma apropriada e sistemática estratégia para a resolução do problema e mostra de uma forma clara o processo de solução e os resultados. Rigor Científico e Correção dos Conceitos Matemáticos Envolvidos: _____ Descreve e justifica os procedimentos utilizados; indica as dificuldades encontradas, os erros cometidos e o modo como estes foram corrigidos; mostra compreender os conceitos e princípios matemáticos do problema; usa terminologia e notação apropriada e executa completa e corretamente os algoritmos. Avaliação Final:_____ Trabalho apresentado em cumprimento as exigências da disciplina Física 4, ministrada pelo (a) professor(a) Hans Schmidt Santos nos cursos de graduação em Engenharia de Produção com Ênfase em Engenharia de Instalações no Mar e Engenharia Química na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora. Prof (a). Hans Schmidt Santos LISTAS DE FIGURAS Figura 01 – Reflexão e refração de um feixe de luz incidente em uma superfície de água horizontal ............................................................................................................ 6 Figura 02 – Representação esquemática da figura 01 ................................................ 7 Figura 03 – Valores de índice de refração de alguns materiais ................................... 8 Figura 04 – Fonte luminosa em reservatório com água ............................................ 10 Figura 05 – Representação esquemática da figura 04 .............................................. 10 Figura 06 – Fonte de energia .................................................................................... 11 Figura 07 – Lâmpada e lentes convergentes ............................................................ 11 Figura 08 – Sistema completo ................................................................................... 11 Figura 09 – Disco graduado ...................................................................................... 11 Figura 10 – Sistema em funcionamento para o experimento .................................... 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 1.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 6 2.1 REFRAÇÃO DA LUZ .................................................................................. 6 2.2 LEIS DA REFRAÇÃO E REFLEXÃO .......................................................... 7 2.3 ÍNDICE DE REFRAÇÃO ............................................................................. 8 2.3.1 ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO ............................................... 8 2.3.2 ÍNDICE DE REFRAÇÃO RELATIVO ................................................. 9 2.4 REFLEXÃO INTERNA TOTAL.................................................................... 9 3 PROCEDIMENTOS ................................................................................................ 11 3.1 EXPERIMENTO DE REFRAÇÃO ............................................................. 11 3.2 EXPERIMENTO DE REFLEXÃO TOTAL ................................................. 12 4 RESULTADOS ...................................................................................................... 13 5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 14 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 15 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 16 6 1 INTRODUÇÃO A luz que está presente em nosso dia a dia possui um comportamento complexo e que foi estudado ao longo da história. Até inicio do século XIX cientistas acreditavam que a luz era um fluxo de partículas no qual era emitido por uma determinada fonte luminosa. Em 1865 James Clerk Maxwell afirmou que a luz era uma forma de onda eletromagnética de alta frequência através de uma previsão matemática, essa teoria foi confirmada experimentalmente anos depois por Hertz, além disso, foi também demonstrado que essas ondas apresentavam todas as características das ondas, como por exemplo, a refração e a reflexão (JÚNIOR, 2007). A luz viaja a uma velocidade de 300.000 km/s no vácuo, quando a mesma passa de um meio para o outro ocorre uma variação dessa velocidade, podendo ocorrer também mudança na direção de propagação da luz, esse fenômeno chamamos de refração. Na reflexão a luz que incide em uma superfície que separa um meio de maior refração para outro meio de menor refração é refletida ao meio de origem, podendo ser total (SILVA, 2019). 1.1 OBJETIVO GERAL A atividade proposta tem por objetivo fazer uma comparação dos resultados obtidos na verificação das leis de refração através da observação dos raios incidente e refratado, e da utilização da lei de Snell para calcular o índice de refração para cada medição, com os resultados obtidos na determinação do ângulo limite em que ocorre a reflexão interna total e o índice de refração do prisma. 5 6 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 REFRAÇÃO DA LUZ Chamamos de refração da luz o fenômeno em que a luz se propaga em dois meios diferentes por um desvio angular em relação à reta normal da superfície ou interface, que passa de um meio transparente para outro transparente diferente. A menos que o raio incidente seja perpendicular à interface, a refração muda a direção de propagação da luz (TODA MATÉRIA, 2018). Na Fig. 1, os feixes luminosos da fotografia estão representados por um raio incidente, um raio refletido e um raio refratado. A orientação desses raios é medída em relação a uma direção, conhecida como normal, que é perpendicular à interface no ponto em que ocorre a refração e a reflexão através do ângulo de incidência, ângulo de reflexão e ângulo de refração, conforme se observa na Fig. 2 (TREVISAN, 1794). Figura 01 – Reflexão e a refraçãode um feixe de luz incidente em uma superfície de água horizonal TREVISAN, 1974. 7 2.2 LEIS DA REFRAÇÃO E REFLEXÃO O fenômeno da refração e reflexão é regido por duas leis básicas: Primeira Lei da Refração: regida pelo enunciado “O raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de incidência, estão contidos num mesmo plano”, ou seja, são coplanares. Em outros termos, o plano de incidência e o plano da luz refratada coincidem. Isso significa que: = Segunda Lei da Refração: A Lei de Snell-Descartes é aquela em que se calcula o valor do desvio sofrido pela refração da luz. Postula que “Os senos dos ângulos de incidência e refração são diretamente proporcionais às velocidades da onda nos respectivos meios”, representado pela expressão: em que e são constantes adimensionais, denominadas índices de refração, que dependem do meio onde a luz está se propagando. Esta lei é conhecida como a Lei de Snell (TODA MATÉRIA, 2018). Figura 02 – Representação esquemática da figura 01 TREVISAN, 1974. (1) (2) 12 2.3 ÍNDICE DE REFRAÇÃO O índice de refração determina a relação existente entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade no meio. Quanto maior a frequência da luz, maior será o índice de refração; são classificados em: absoluto e relativo (TODA MATÉRIA, 2018). Valores de índices de refração de alguns meios materiais Meio Material Índice de refração (n) Ar 1,00 Água 1,33 Vidro 1,50 Glicerina 1,90 Álcool etílico 1,36 Diamante 2,42 Acrílico 1,49 2.3.1 ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO Representado pela letra , o índice de refração absoluto corresponde a razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz no meio considerado, na medida em que, quanto maior for o índice de refração de um meio, menor será a velocidade de propagação da luz nesse meio. Observe que o índice de refração absoluto sempre tem um valor maior ou igual a 1 ( ≥ 1), sendo calculado pela seguinte expressão: (3) Figura 03 – Valores de índices de refração LIDE, 2007. 8 12 onde: : índice de refração (adimensional, não há unidade de medida); : velocidade da luz no vácuo ( = 3.108 m/s); : velocidade da luz no meio (m/s) (TODA MATÉRIA, 2018). 2.3.2 ÍNDICE DE REFRAÇÃO RELATIVO O índice de refração relativo calcula o índice de um meio para o outro, expresso pela seguinte fórmula: Onde, : índice de refração (adimensional, não há unidade de medida); : velocidade da luz no meio (m/s) (TODA MATÉRIA, 2018). 2.4 REFLEXÃO INTERNA TOTAL As Figuras 4 e 5 mostram vários raios de luz monocromática sendo emitidos por uma fonte pontual S, propagando-se na água e incidindo na interface da água com o ar. No caso do raio a da Fig. 4, que é perpendicular à interface, parte da luz é refletida na interface e parte penetra no ar sem mudar de direção. No caso dos raios b a e, que chegam à interface com ângulos de incidência cada vez maiores, também existem um raio refletido e um raio refratado. A medida que o ângulo de incidência aumenta, o ângulo de refração também aumenta; para o raio e, o ângulo de refração é 90°, o que significa que o raio refratado é paralelo à interface. O ângulo de incidência para o qual isso acontece é chamado de ângulo crítico e representado pelo símbolo . Para ângulos de incidência maiores que como os dos raios f e g, não existe raio refratado e toda a luz é refletida; o fenômeno é conhecido como reflexão interna total (HALLIDAY, 2012). (4) 9 12 Para determinar o valor de , usamos a Eq. da Lei de Snell. Atribuindo arbitrariamente o índice 1 à água e o índice 2 ao ar e fazendo = ; = , obtemos: (ângulo crítico) TOPPER, 2013. Figura 04 – Fonte luminosa em reservatório com água TREVISAN, 1974. Figura 05 – Representação esquemática da figura 03 TREVISAN, 1974. (5) (6) 10 12 3 PROCEDIMENTOS 3.1 REFRAÇÃO Com o suporte do professor Hans, montou-se o sistema contendo a fonte luminosa, banco ótico e lentes, e posicionou-se o prisma semicircular sobre o disco graduado. Logo após, apagou-se a luz e iniciou-se o experimento. Figura 08 – Sistema completo Figura 09 – Prisma semicircular sobre disco graduado Figura 06 – Fonte de energia Figura 07 – Lâmpada e lentes convergentes 11 12 Utilizando a parte plana do prisma semicircular direcionado para a luz, anotou-se o ângulo do raio refratado para cada valor de ângulo de raio incidente solicitado. 3.2 REFLEXÃO TOTAL Em sequência, iniciou-se o experimento de reflexão total. Desta vez posicionou-se a parte semicircular do prisma em direção à luz e, gradativamente, girou-se o disco graduado com o prisma centralizado até que fosse encontrado o ângulo limite em que houvesse reflexão interna total. Tabela 00 – Tabela para cálculo do índice de refração do prisma pré-preenchimento Figura 10 – Sistema em funcionamento para o experimento 13 4 RESULTADOS Em relação ao experimento de refração, utilizando a parte plana do prisma, anotou-se na tabela 01 o ângulo do raio refratado para cada valor de ângulo de raio incidente solicitado. Em posse dos ângulos, calculou-se utilizando a lei de Snell (equação 02) o valor do índice de refração do prisma para cada ângulo, também se anotou na tabela 01. Após, com os valores da tabela 01, calculou-se o índice de refração médio do prisma nmédio= 1,5150. Em relação ao experimento de reflexão total, posicionou-se o prisma de forma que a parte semicircular ficasse voltada em direção à luz e, gradativamente, girou-se o disco graduado até que encontrássemos o ângulo limite em que houvesse a reflexão total. Após, tendo o valor do ângulo limite θlim = 420, usou-se outra vez a lei de Snell para determinar novamente o índice de refração do prisma, chegando ao valor de nprisma = 1,4663. Podemos notar que a diferença entre o índice de refração calculado no experimento de refração e o índice de refração calculado no experimento de reflexão total foi de ndiferença = 0,0487. Θ1 Ângulo de Incidência Θ2 Ângulo de Refração Índice de Refração do Prisma 200 130 1,5204 300 190 1,5357 400 260 1,4663 500 300 1,5320 600 350 1,5098 700 380 1,5263 Tabela 01 – Ângulo de refração e índice de refração do prisma. 14 5 DISCUSSÃO Foi iniciado o experimento de refração ao apagar as luzes e posicionar o prisma semicircular centralizado sobre o disco graduado, posicionado com sua parte plana direcionada para a lâmpada. Foi girado o disco graduado nos ângulos de 200, 300, 400, 500, 600 e 700 para cada raio de luz incidente e anotado o raio refratado na tabela 01. Foi feito o cálculo do índice de refração do prisma utilizando a Lei de Snell, e os resultados também foram anotados na tabela 01. Com estes resultados calculou-se o índice de refração médio do prisma. Em seguida, para o experimento de reflexão total, o disco graduado foi girado em 180° de forma que o prisma estivesse com sua parte semicircular direcionada para a luz, a fim de visualizar o ângulo limite onde há reflexão total do raio de luz, quando o raio de luz foi refletido por completo e não havia mais refração nenhuma do mesmo. O valor foi anotado e, também utilizando a Lei de Snell, foi calculado o índice de refração do prisma. Foi notado que os valores obtidos no experimento de refração foram bem próximos, o que mostra a exatidão da prática realizada. No experimento de reflexão total o resultado obtido foi dentro do esperado, apresentando uma diferença de índice de refração de 0,0487. Tal diferença deve-se a vários fatoresque ocasionam erro, dentre eles as possíveis imperfeições dentro do prisma (anisotropia), a medida do disco graduado ser apenas de grau em grau, o fato da luz utilizada ser a luz branca que tem índice de refração diferente para cada cor e por isso a mesma se espalha mais facilmente. Todos estes podem ocasionar erro na obtenção de índices diferentes em cada ângulo, além de a definição do ângulo limite ter sido realizada por visualização humana, o que impede a exatidão. Contudo, os resultados foram satisfatórios. 15 6 CONCLUSÃO Após a realização dos experimentos observamos na prática o que aprendemos em sala. Observamos como a luz refrata em diferentes ângulos de acordo com o ângulo de entrada, e com estes valores podemos calcular, utilizando a lei de Snell, o índice de refração do prisma. Notamos também, como a luz reflete totalmente de acordo com seu ângulo de entrada no meio, e através deste ângulo, calculamos novamente utilizando a lei de Snell o índice de refração do prisma. Comparando os valores de índice de refração do prisma utilizado no experimento com os valores da tabela teórica, observamos que o material do prisma apresenta índice de refração próximo aos do vidro e acrílico. Podemos observar que a diferença entre os índices de refração calculados tiveram uma diferença mínima, tal fato comprova exatidão de nosso experimento. Com isso, e embasados pelos resultados bem próximos de índices de refração, concluímos que nossos experimentos foram satisfatórios para os fins acadêmicos, pois observamos de fato toda a parte prática que vimos nas aulas teóricas de refração e reflexão em sala. 16 BIBLIOGRAFIA HALLIDAY, David, ROBERT, Resnick; WALKER, Jearl. Ótica e Física Moderna. Rio de Janeiro, 9ª edição, 2012. TODA MATERIA. Refração da luz. São Paulo, 2018. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/refracao-da-luz >. Acesso em: 29, Mai. 2019. VIRTUOUS. Leis da refração da luz. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <https://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Refracaodaluz/leis_de_refracao.php>. Acesso em: 29, Mai. 2019. SERVAWAY, Raymond. JEWETT, John. Princípios da Física óptica e física moderna. São Paulo, Volume 4. 2014. SILVA, Domiciano. “Refração da luz”. São Paulo, 2019. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm>. Acesso em: 03, Jun. 2019. JUNIOR, Joab. “O que é reflexão total?”. São Paulo, 2019. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-reflexao-total.htm>. Acesso em: 03, Jun. 2019.
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