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Entorse de Tornozelo Carolina, Fernanda, Luiza, Nicole, Patricia, Renata, Viviane 1 Introdução 2 ENTORSE É um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação. Lesão musculoesquelética comum na população ativa. LESÃO DOS LIGAMENTOS LATERAIS Introdução 3 FUTEBOL VÔLEI BASQUETE 10 a 15% de todas as lesões. REINO UNIDO População em geral 1 a cada 1000 pessoas 5000 lesões por dia 4 Introdução A entorse pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação funcional. A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo mecanismo contensor dos ligamentos talo-fibular anterior, posterior e talocalcâneo, associada ao terço distal da fíbula. Google Imagens 5 Classificação Baseada no exame clínico da área afetada: Grau 1 Estiramento ligamentar Grau 2 Lesão ligamentar parcial Grau 3 Lesão ligamentar total SINTOMAS + TESTE DA GAVETA ANTERIOR POSITIVO = LESÃO GRAU 3 EM 96% DOS CASOS DOR EDEMA NA FACE ÂNTERO LATERAL EQUIMOSE EVIDENTE APÓS 48H DIFICULDADE PARA DEAMBULAR 6 Mecanismo de lesão Intensidade além do normal, geralmente ao pisar em terreno irregular ou degrau. INVERSÃO DO PÉ FLEXÃO PLANTAR 7 Mecanismo de lesão A lesão se inicia no ligamento talofibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcaneofibular, com o aumento da energia do trauma. A lesão do ligamento talofibular posterior é rara, ocorrendo apenas na luxação do tornozelo. 8 Exames complementares Suspeita de fraturas associadas Exames complementares Regras de Ottawa: Indicação de radiografias apenas quando houver: ❏ Dor em pontos ósseos específicos ou ❏ Impossibilidade do apoio de marcha (pelo menos quatro passos). A ressonância magnética pode ser indicada nos casos de: ❏ Persistência da dor após três meses da lesão inicial, com o objetivo de investigar lesões associadas, como osteocondral, do impacto ântero-lateral e identificar lesões ligamentares crônicas. Futebol Entorse de tornozelo Uma das lesões mais comuns no futebol 9 Futebol 10 Nível de preparo físico Idade do atleta Características físicas Histórico desse tipo de lesão Má adequação da chuteira Rotina excessiva de jogos e treinos que impedem a recuperação muscular FATORES DO ATLETA RELACIONADOS AO ENTORSE (ZAMPIERI; ALMEIDA, 2003) (ALMEIDA NETO, 2016) Tempo reduzido de tratamento (jogos e competições) Movimentos excessivos no retorno após a lesão podem gerar nova sobrecarga e lesionar as estruturas articulares FATORES DO ATLETA RELACIONADOS AO ENTORSE FA TO RE S D O E SP O RT E Alta demanda dos MMII e corrida ➔ Saltos ➔ Tiros ➔ Chutes ➔ Inversão do tornozelo ➔ Mudanças rápidas de direção ➔ Saltos em superfícies irregulares Resposta proprioceptiva descoordenada e ineficaz Recidivas Instabilidade funcional de tornozelo (ALMEIDA NETO, 2016). Alteração de direção em alta velocidade Entorse Futebol 12 Basquetebol Entorse de tornozelo Uma das lesões mais comuns, devido descarga de peso do jogo, que inclui corrida, mudança rápida de direção, saltos e aterrissagem 13 14 Basquetebol ● Mecanismo de lesão diferente em população feminina e masculina ○ Homens apresentam maior incidência de entorse de tornozelo. ○ Mulheres apresentam alta incidência de entorse de tornozelo, porém significativamente menor que homens. Mulheres Homens Salto Vertical Aterrissagem 15 Voleibol Mecanismo de lesão Aterrissagem de um salto Bloqueio ou Ataque Ponteiro e meioSistema proprioceptivo ineficaz 16 Complicações As seqüelas após lesões ligamentares do tornozelo são muito comuns, cerca de 10% a 30% dos pacientes com lesões ligamentares laterais apresentam sintomas crônicos. Os sintomas geralmente incluem sinovite ou tendinite persistente, rigidez do tornozelo, edema e dor, fraqueza muscular e freqüentes falseios. Rev Bras Med Esporte 17 Complicações Alguns pacientes permanecem com dor ou instabilidade após seis meses do tratamento da lesão ligamentar aguda - Outras possíveis lesões associadas são instabilidade crônica, lesão osteocondral, impacto com processo inflamatório tíbio-fibular distal e impacto anterior com exostose. Um fator que piora o prognóstico das lesões ligamentares do tornozelo é a associação de varo no retropé, que foi determinante na evolução para artrose em longo prazo (30 anos) Rev Assoc Med Bras 2009; 18 Complicações A ossificação heterotópica da sindesmose após entorse do tornozelo com atingimento da sindesmose é uma complicação rara mas importante, pelo défice funcional que acarreta, devendo esta ser ponderada em situações de persistência das queixas álgicas após entorse do tornozelo A sua fisiopatologia é ainda pouco conhecida mas presume-se que poderá ser devida à calcificação do hematoma resultante da lesão ligamentar. 19 Prevenção Medidas preventivas como BRACE ou TAPE (indicado para o atleta que já possui histórico dessa lesão) são utilizadas contra entorses de tornozelo durante a atividade desportiva de alto risco Os imobilizadores semi-rígidos podem reduzir em até 47% a incidência de entorse de tornozelo. As estratégias mais utilizadas são o treino proprioceptivo, treino de equilíbrio, treino de força e estabilizadores externos. 20 Prevenção O treino proprioceptivo aumenta a estabilidade postural e articular, a cinestesia da articulação e reduz o tempo de ativação dos músculos do tornozelo. Os efeitos a longo prazo do treino proprioceptivo são a redução de instabilidade funcional e risco de lesão e um aumento da estabilidade postura e tônus muscular em esportes e atividades diárias. Treino de força de uma forma geral, entretanto, dando enfoque em grupos musculares mais exigidos durante o ato esportivo. 21 Tratamento na fase aguda ● Objetivo é retorno a atividades diárias e esportivas, com remissão da dor, inchaço e instabilidade articular. ● Tratamento inicial: ● Uso de antiinflamatórios para diminuição da dor, edema e melhora precoce da função articular ● A partir da 7° semana início de exercícios específicos, relacionado ao esporte. Aplicação de gelo localRepouso por 3 dias Elevação do membro afetado Proteção articular 22 Tratamento na fase aguda ● Lesões leves: manutenção da imobilização até a melhora dos sintomas ▪ Duração entre 1 e 2 semanas ● Lesões completas: proteção articular com imobilizadores semi rígidos possibilitou retorno mais rápido a atividade física quando comparado a imobilização gessada. ● O tratamento cirúrgico comparado ao tratamento conservador não mostrou superioridade no retorno precoce à atividade física, apenas parece evoluir com menor instabilidade residual. O tratamento deve ser feito de forma individualizada, avaliando-se cuidadosamente os riscos, que são maiores no tratamento cirúrgico. Portanto, a preferência é dada ao tratamento conservador para as lesões agudas, com atenção a pacientes que possam permanecer sintomáticos. 23 Tratamento na instabilidade crônica Cerca de 20% das entorses de tornozelo podem evoluir com algum tipo de instabilidade após seis meses da lesão inicial, acompanhada ou não de frouxidão ligamentar. Pacientes com frouxidão ligamentar possuem algum déficit de propriocepção, portanto também devem inicialmente ser submetidos à reabilitação. Os pacientes com instabilidade sintomática persistente podem ser submetidos à correção cirúrgica. Não existe evidência na literatura para determinar qual técnica de tratamento cirúrgico leva a melhores resultados, porém é demonstrado que pacientes submetidos à recuperação funcional com imobilizadores semi-rígidos no pós-operatório tiveram retorno mais precoce às atividades, quando comparados àqueles que utilizaram imobilização gessada.. 24 Referências SOUZA, J.V.A ; FROIO, J. L. Instabilidade funcional de tornozelo em atletas de futebol: incidência,mecanismos e atuação do fisioterapeuta. Rev. Cient. de Ciências Apl. da FAIP – ISSN: 2525-8028, v. 4, n. 7, mar. 2017 Vani, L. S. (2018). Protocols of Proprioceptive Training for Treatment and Prevention of, 3(1), 12–21. Fortes, C. R. do N., & Carazzato, J. G. (2008). Estudo epidemiológico da entorse de tornozelo em atletas de voleibol de alto rendimento. Acta Ortopédica Brasileira, 16(3), 142–147. RODRIGUES F.L; WAISBERG G. Diretrizes em foco: Entorse de Tornozelo. Rev.Assoc.Med. Bras.2009, v.55, n.5, p.497-520. 25 Referências Robles D. S. et al; Dor persistente após entorse do tornozelo - um caso clínico de sinostose do ligamento tibio-peroneal anterior distal. Rev Port Ortop Traum 23(3): 257-264, 2015. Per A.F.H. Renström, Scott A. Lesões ligamentares do tornozelo. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 5, Nº 1 – Jan/Fev, 1999 26 Obrigada!
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