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Prova Políticas Públicas em Segurança Pública

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AVALIAÇÃO POLÍTICAS PÚBLICAS EM SEGURANÇA PÚBLICA 
DOCENTE: Fabiano Dias Monteiro
DISCENTE: Iago Rodrigo Gomes - Sétimo Período
QUESTÃO ÚNICA: No livro "As prisões da miséria", L. Wacquant trata do processo de emergência da "sociedade punitiva" e da sua expansão pela Europa, através do empenho de think tanks. Quais são as principais argumentações desses think tanks e como elas se relacionam com o conceito de "outsider", tal como formulado por Howard Becker?  
	Levando em consideração os conhecimentos adquiridos no curso até agora, é possível observar que a expansão do direito penal só acontece, uma vez que o próprio Estado admite suas fraquezas e, para evitar o avanço de determinado “distúrbio”, começa a punir e a encarcerar em massa uma parcela da população, para que consequentemente não incomode a outra parcela.
	A partir daí, conseguimos seguir com o pensamento do autor acerca dos think tanks – que nada mais são instituições que visam influenciar a sociedade com soluções que podem ser políticas, militares ou sociais, ora confundidos com ONG’S, ora com lobistas.
	Vale ressaltar, o trabalho dos EUA de divulgar sua segurança pública de maneira ampla, de modo a querer influenciar os demais Estados a fazer o mesmo. 
	Levando em consideração o caráter econômico principalmente nos think tanks dos EUA, estes buscavam de alguma forma, combater quaisquer que fossem os “distúrbios” relacionados à determinada parcela da população às margens da sociedade, porém não de qualquer maneira, já que acreditavam que políticas sociais para pobres especialmente naquela época, fomentava um aumento no número de marginais.
Colocam por exemplo, que o Estado americano devesse deixar de ser tão benevolente, por acreditarem – e buscam convencer os demais disso – que uma grande “generosidade” do Estado “recompensaria inatividade”, com outras palavras, a vadiagem.
	De maneira curta e grossa, buscam passar à sociedade – na visão deles – de acordo com os estudos dos autores vistos neste módulo, que toda política social seria “um risco ao capital”, já que fomenta ao pobre, ser sempre pobre e, que em largo passo, propiciaria o aumento dos chamados “disturbios civis” tal como roubo, que buscavam ser combatidos pelo Estado norte americano da época.
	A partir daí, os autores irão argumentar, que com o crescente sucateamento de políticas sociais, ofertado pelos think tanks e chancelado pelos capitalistas preocupados em ampliar seus lucros em parceria com o Estado, aumenta-se a ideia de “tolerância zero” principalmente com os mais pobres, que então se tornam alvo de ações policiais.
	Levando em consideração os escritos de Becker, toda essa lógica de opressão aos “criminosos”, exposto pelo autor anterior, tem vinculação direta com o que Becker irá chamar de “outsiders” – que nada mais são pessoas – ou grupos de pessoas – que não aceitam determinadas regras que para o autor, são impostas sem consentimento, variando do ponto de vista então, quem seria o verdadeiro desviante – quem rouba, ou quem julga que o roubo é crime, pegando como exemplo o caso do juiz supracitado no texto.
	Em determinado ponto do texto de Becker, fica clara a interlocução com o autor anterior, quando para Becker, dependendo da posição de determinado indivíduo numa sociedade alternativa, o desvio à regra, pode ser encarado como relativo, já que para determinado grupo inserido naquela realidade, talvez tal fato não seja encarado como desvio, uma vez que a “conduta” de determinado indivíduo, é anterior à lei que é imposta.
	Logo, buscando articular o conceito de think tanks com o conceito de outsiders, fica evidenciado que são dois grupos opostos, um que enxerga que determinada política social não seja realmente necessária – ou que seja só caso de polícia – enquanto outro está intrinsecamente relacionado com a realidade que o Estado busca “combater”, não entendendo a presença da polícia num espaço que urge de políticas sociais.
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