Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2016 Planejamento e administração em serviço social Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz Copyright © UNIASSELVI 2016 Elaboração: Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. 360 P615p Pieritz, Vera Lúcia Hoffmann Planejamento e administração em serviço social/ Vera Lúcia Hoffmann Pieritz Indaial : UNIASSELVI, 2016. 277 p. : il. ISBN 978-85-7830-945-9 1.Serviço Social. I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Impresso por: III aPresentação Caro acadêmico! Tudo bem com você? Esperamos que sim. Sou Mestre em Desenvolvimento Regional, Especialização em Educação a Distância: Gestão e Tutoria e MBA Profissional em Gestão Administrativa e Marketing. Tenho Graduação em Serviço Social e em Direito. Com experiência profissional em coordenação do Curso de Serviço Social e de estágios curriculares obrigatórios, além de docência no Ensino Superior e orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso. Assistente Social do Artigo 170/UNIASSELVI. Conselheira Municipal dos Direitos do Idoso e dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes de Indaial/SC, integrante do Núcleo de Educação Permanente do SUAS/SC. Consultora Empresarial na área de gestão. Tenho experiência na área de Serviço Social, Estágio, consultoria e assessoria técnica de gestão, atuando principalmente nos seguintes temas: economia solidária, redes, políticas públicas, gestão, autogestão, Planejamento Estratégico, organização empresarial e serviço social. Iniciaremos os estudos de Planejamento e Administração em Serviço Social. Entraremos no mundo intrínseco do pensamento administrativo e seus princípios norteadores, no qual trabalharemos a questão da gestão empresarial contemporânea e da administração pública nos planos, programas e projetos sociais. Além de adentrarmos também no mundo intrínseco do planejamento e da estratégia, analisando seus princípios norteadores, sua origem e evolução. Portanto, esta disciplina aborda os significados das dimensões administrativas, técnicas e processuais da gestão e do planejamento institucional e das ações profissionais do assistente social, na elaboração, desenvolvimento, aplicabilidade e análise, de modo prático, dos projetos e programas sociais, além de propiciar uma reflexão acerca do espaço profissional do assistente social na gestão e elaboração de planejamento, programas e projetos sociais, de certa forma que você, acadêmico(a), possa trabalhar esses conceitos de maneira crítica e consciente e promover uma discussão sobre as questões da exclusão, pobreza e desigualdade social. Na primeira unidade, você discutirá questões em torno da gestão e administração na atualidade, no intuito de compreender a evolução e o significado do pensamento administrativo e suas novas concepções organizacionais e aprofundar os conhecimentos acerca da gestão organizacional contemporânea, além de possibilitar ao aluno a compreensão do processo da gestão participativa e o processo de tomada de decisão coletiva na gestão pública e privada. Nesta supracitada unidade também promoveremos a reflexão e a discussão sobre o significado dos planos, dos programas e dos projetos sociais brasileiros. IV Na segunda unidade, discutiremos questões em torno da estratégia e do planejamento social e institucional, no intuito de compreender o significado do planejamento e da estratégia e seus princípios norteadores no âmbito social e institucional, além de arraigar os conhecimentos acerca da importância do planejamento na gestão de programas e projetos sociais; aproximar- se das diversas posturas típicas dos gestores e de sua equipe de trabalho, além de entrar em contato com as diversas atitudes comportamentais dos gestores e de sua equipe de trabalho, no que tange ao futuro profissional e institucional. Você poderá entender como se processa o planejamento de programas e projetos sociais, estudando os seus significados e conhecimentos acerca da prática dos instrumentos de planejamento em programas e projetos sociais. Identificaremos também os diversos modelos contemporâneos de planejamento, de programas e de projetos sociais. Na terceira e última unidade, você compreenderá a questão da esfera pública e privada e da gestão de políticas públicas e sociais, em que estudaremos o significado da gestão/administração pública e nos aprofundaremos acerca dos conhecimentos das políticas públicas brasileiras. Além de possibilitar ao acadêmico a identificação de diversas políticas sociais no âmbito nacional e compreender a trajetória profissional dos assistentes sociais em processos de gestão das organizações públicas ou privadas. Pronto para começar a compreender o significado do planejamento e administração em serviço social? Pronto para atuarmos estrategicamente no planejamento de nossas ações profissionais nos diversos planos, programas e projetos sociais? Então vamos à luta, e bons estudos! SUCESSO! Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz V Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA VI VII UNIDADE 1 – GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA .................................................. 1 TÓPICO 1 – NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES .................... 3 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3 2 AS TRANSFORMAÇÕES DOS PROCESSOS DE GESTÃO ...................................................... 4 3 ADMINISTRANDO A MUDANÇA ORGANIZACIONAL ........................................................ 9 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 12 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 14 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 15 TÓPICO 2 – A GESTÃO NA ATUALIDADE .....................................................................................17 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17 2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA GESTÃO NA ATUALIDADE ....... 17 3 GESTÃO HOLÍSTICA ......................................................................................................................... 29 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 32 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 33 TÓPICO 3 – GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL .................................................................. 35 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35 2 PARTICIPAÇÃO: CONCEPÇÕES INICIAIS .................................................................................. 36 3 GESTÃO PARTICIPATIVA: BREVES CONSIDERAÇÕES ......................................................... 41 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 44 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 46 TÓPICO 4 – PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO COLETIVA ............................................ 51 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 51 2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ......... 51 3 COMO TOMAR DECISÕES? ............................................................................................................ 55 RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 67 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 68 TÓPICO 5 – DIFERENÇA ENTRE PLANO, PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS............... 71 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71 2 PLANO .................................................................................................................................................... 72 3 PROGRAMAS ....................................................................................................................................... 74 4 PROJETOS ............................................................................................................................................. 76 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 78 RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 80 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 81 sumário VIII UNIDADE 2 – A ESTRATÉGIA E O PLANEJAMENTO SOCIAL E INSTITUCIONAL .......... 83 TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ESTRATÉGIA E AO PENSAMENTO ESTRATÉGICO .......... 85 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 85 2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DA ESTRATÉGIA ........................................................... 86 3 MOTIVAÇÕES PARA O PENSAMENTO ESTRATÉGICO ......................................................... 90 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 99 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101 TÓPICO 2 – A ESTRATÉGIA NO SERVIÇO SOCIAL .................................................................103 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103 2 O SIGNIFICADO DAS ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL ............................................105 3 ASPECTOS HISTÓRICOS DA UTILIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA NO SERVIÇO SOCIAL .............................................................................................................................106 RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................110 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111 TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E SOCIAL ......................................................................................113 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113 2 CONCEPÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO: UM ESTUDO CONCEITUAL .....................................................................................................................................114 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................125 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................126 TÓPICO 4 – PLANEJAMENTO NO SERVIÇO SOCIAL ..............................................................129 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................129 2 PLANEJAMENTO SOB O ENFOQUE SOCIAL ...........................................................................130 3 O PLANEJAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL ...............................................................................................................131 RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................133 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................134 TÓPICO 5 – DICAS, TÉCNICAS, METODOLOGIAS E MODELOS DE PLANEJAMENTO, PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS .....................................................................135 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135 2 DICAS E ASPECTOS HISTÓRICOS DO PLANEJAMENTO DE PROJETOS SOCIAIS ....137 3 CICLO DE VIDA DO PROJETO SOCIAL .....................................................................................139 4 ETAPAS BÁSICAS E PARTES DO PLANEJAMENTO ...............................................................141 5 PROCESSO E FASES METODOLÓGICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .........142 6 MODELO DE PLANEJAMENTO ....................................................................................................153 7 MODELO DE PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS ...............................................................156 8 AVALIAÇÃO DOS PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS ..................................169 LEITURA COMPLEMENTAR 1 ..........................................................................................................170LEITURA COMPLEMENTAR 2 ..........................................................................................................173 LEITURA COMPLEMENTAR 3 ..........................................................................................................176 RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................178 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................180 IX UNIDADE 3 – GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS ..........................................191 TÓPICO 1 – A ESFERA PÚBLICA E SUAS FORMAS DE GESTÃO ..........................................193 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................193 2 ESFERA PÚBLICA ..............................................................................................................................194 3 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................202 4 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA ...........................................................210 RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................216 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................217 TÓPICO 2 – ÓRGÃOS PÚBLICOS ....................................................................................................219 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................219 2 ÓRGÃOS PÚBLICOS ........................................................................................................................220 3 A FUNÇÃO, O CARGO E OS AGENTES PÚBLICOS ................................................................231 RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................237 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................238 TÓPICO 3 – POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS...........................................................................241 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................241 2 ASPECTOS CONCEITUAIS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ......................................................242 3 AS FASES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS .......................................................................................247 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................249 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................250 TÓPICO 4 – A AÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS ..............................................................................................253 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................253 2 A GESTÃO SOCIAL E OS DILEMAS GERENCIAIS DO SERVIÇO SOCIAL .....................253 3 O ASSISTENTE SOCIAL E SUA INTERVENÇÃO COMO GESTOR.....................................259 RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................261 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................262 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................265 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................271 X 1 A partir desta unidade, você será capaz de: • compreender a evolução e o significado do pensamento administrativo e suas novas concepções organizacionais; • aprofundar os conhecimentos acerca da gestão organizacional contemporânea; • compreender o processo da gestão participativa; • compreender o processo de tomada de decisão coletiva; • diferenciar as características de plano, programas e projetos sociais; • reconhecer os projetos sociais como estratégia teórico-metodológica de intervenção social. UNIDADE 1 GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A Unidade 1 está dividida em cinco tópicos e, ao final de cada um deles, você terá a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as atividades propostas. TÓPICO 1 – NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES TÓPICO 2 – A GESTÃO NA ATUALIDADE TÓPICO 3 – GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL TÓPICO 4 – PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO COLETIVA TÓPICO 5 – DIFERENÇA ENTRE PLANO, PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES 1 INTRODUÇÃO Antes de qualquer coisa, prezado acadêmico, precisamos compreender que estamos vivendo em uma sociedade de constantes transformações e mudanças de paradigmas. E na administração ou gestão empresarial, pública ou social não é diferente, mas os gestores devem administrar estas mudanças constantemente, para assim poder atingir suas metas com eficiência, eficácia e efetividade. UNI Mudanças acontecem o tempo todo! Mas devemos estar atentos a elas, pois acontecem cada vez mais rápido. “Transformação é uma porta que só se abre por dentro” Velho provérbio francês UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 4 NOTA Para Heloani (2002), o capital e o trabalho se fortalecem com a prosperidade, transformação e a cooperação. Entretanto, o discurso da prosperidade se desdobra para a produção. A cooperação se converte em eficiência e aperfeiçoamento de pessoal. E isto demonstra que devemos estar antenados com as mudanças de comportamento organizacional. Neste sentido, apresentaremos no quadro a seguir uma síntese destas mudanças no pensamento administrativo ao longo da história da humanidade: Entretanto, primeiramente devemos compreender o significado de MUDANÇA, mas a mudança nos processos de gestão/administração, para depois compreender os conceitos e características da gestão na atualidade. 2 AS TRANSFORMAÇÕES DOS PROCESSOS DE GESTÃO Prezado acadêmico, iremos percorrer neste momento, sinteticamente, por algumas fases históricas da transformação dos processos de gestão organizacional, para posteriormente compreender as novas concepções sobre o papel das organizações na contemporaneidade. Deste modo, podemos observar que, historicamente, as teorias de gestão administrativa vêm se modificando conforme a própria evolução e transformação da sociedade. TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES 5 QUADRO 1 – A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO FONTE: TAVARES, Luis Antonio. Apostilas de gestão empresarial e principais teorias e escolas da administração. Publicado em Uncategorized - agosto de 2009. Endereço eletrônico: <http:// admprofluiztavares.wordpress.com/2009/08/24/apostilas-de-gestao-empresarial-e-principais- teorias-e-escolas-da-administracao/>. Acesso em: 5 jan. 2016. Fases Históricas da Administração 1776 1860 1914 1945 1980 2000 Fase Artesanal 1º Revolução Industrial 2º RevoluçãoIndustrial Fase do Gigantismo Industrial Fase do Pós- Guerra Fase da Incerteza (3º Revolução Industrial) Fase do Conhecimento e Comunicação (4º Revolução Industrial) • Artesanato e agricultura feitos de forma rudimentar • Comércio baseado no regime de troca (escambo). • Mecanização das oficinas e maquinário agrícola • O trabalho do homem, do animal e da roda d'água é substituído pelo trabalho da máquina, surgindo o sistema fabril. • As novas oportunida- des de trabalho provocam migrações e consequente urbanização ao redor dos centros industriais • Há uma renovação nos meios de transporte e comunicações: surgem a navegação a vapor, a locomotiva a vapor, o telégrafo e o telefone. Inicia com a introdução definitiva da maquinaria automática e da especialização do operário. Há uma intensa transformação nos meios de transporte e nas comunicações; surgem estrada de ferro, o automóvel, o avião, o rádio. O capitalismo financeiro se consolida e surgem os primeiros bancos e financeiras. O crescimento acelerado e desorganizado das empresas passou a exigir uma administração científica capaz de substituir a baixa experiência e a improvisação. Primeiros administrativos: - Frederick W. TAYLOR - Henry FAYOL - Henry FORD • Duas Guerras Mundias 1ª - de 1914 a 1918 2ª de 1939 a 1945 • Crises econômicas (queda da bolsa americana em 1929). • Desfronteirização das empresas em âmbito mundial. • Exploração petroquímica. • Rádio e televisão tomam o mundo "menor". • Ao lado de empresas multinacionais surgem e se desenvolvem empresas nacionais de grande porte, como: • PETROBRAS • COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL (CSN) • VOTORANTIM • CERVEJARIA BRAHMA • BRADESCO • ITAÚ, entre outras. Nítida separação entre os países que se desenvolveram e os países que não se desenvolveram industrialmente e economi- camente. Surgimento de materiais básicos, como: plástico, alumínio, fibras têxteis, concreto usinado, entre outros. Primeiras centrais de processamento de dados. Disseminação dos princípios de qualidade. Caracterizada pela revolução dos computadores e seus aperfeiçoados programas (CNC, Mecatrônica e Robótica). Concorrência acirrada. Dificuldades na colocação de seus produtos ou serviços no mercado. Dificuldades em entender as ações do mercado e dos concorrentes. Plena mudança. As tradições do passado não resolvem com eficácia os problemas atuais. TUDO MUDOU, E A ADMINISTRA- ÇÃO TAMBÉM Sobreviverão as organizações que tiverem conhecimento diferenciado, conhecimento de marketing, logística, administração e demais áreas funcionais. Além disso, tudo deve comunicar de forma simples, objetiva e sem excesso pode ser o erro. Profissionais, da mesma forma, devem ter amplo conhecimento, ser bom não basta mais, tem que ser diferente, tem que agregar conhecimento à estrutura da organização. FONTE: SILVA, Jônatas R, As 4 revoluções industriais, Endereço Eletrônico www. administradores. com.br/artigo/ marketingas- 4-revolucoes- industriais/ 59504/,acesso em 05/01/2016. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 6 Em outros termos, na figura 01 poderemos visualizar a cronologia da evolução das teorias administrativas, desde as abordagens clássicas até chegarmos às abordagens mais contemporâneas. Vejamos: FIGURA 1 - EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS ADMINISTRATIVAS FONTE: Elaborado pela autora baseada nos dados extraídos de: a) FERREIRA, Ademir A., REIS, Ana Carla F., PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Thomson Learning, 2006. b) MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 2002. c) MARTINS, Petrônio G., LAUGENI, Fernando Piero. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2005 2010 Administração Sistemática Teoria das Contingências Teoria dos Sistemas Comportamento Organizacional Administração Quantitativa Gestão Administrativa Toyotismo ORGANIZAÇÃO GLOBAL6 SIGMA e linmanufacturing Reengenharia Organização Inteligente Gestão da Qualidade Total Relações Humanas Burocracia Administração Cientifica Abordagens CLÁSSICAS Abordagens CONTEMPORÂNEAS Neste sentido, podemos observar que cada vez mais os processos de gestão organizacional vão se tornando mais complexos, pois os mesmos vão se aprimorando conforme as novas exigências de mercado. Pois, Vivemos em um mundo que está se tornando crescentemente complexo. In- felizmente, os nossos estilos de pensamento raramente acompanham essa complexidade. Frequentemente terminamos por nos persuadir de que tudo é mais simples do que realmente é, lidando com a complexidade de forma a presumir que ela realmente não exista. Isso fica muito evidente pelo modo como modismos dominam as abordagens para a análise organizacional e re- solução de problemas, caracterizando um interesse em um tipo de solução ou conjunto de técnicas que rapidamente dão lugar a outras. [...] as organizações são geralmente complexas, ambíguas e paradoxais. O real desafio é aprender a lidar com essa complexidade. (MORGAN, 2002, p. 20). Então, prezado acadêmico, podemos expor que no decorrer da história da humanidade sobre a Terra, os seus modos e processos de gestão também vêm evoluindo e se transformando conforme a necessidade da própria sociedade. MUDANÇA! TRANSFORMAÇÃO! MODIFICAÇÃO! ALTERAÇÃO! MUTAÇÃO! EVOLUÇÃO! Entre outros... Lidamos com estes substantivos da realidade cotidiana em nossas organizações e em nossas famílias e na sociedade em que vivemos. TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES 7 DICAS Prezado acadêmico, para aprofundar os seus conteúdos referentes à questão de mudança, sugerimos a leitura do seguinte livro e que você assista ao seguinte vídeo: JOHNSON, Spencer. Quem mexeu no meu queijo? Tradução de Maria Clara de Biase. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. VÍDEO: Quem mexeu no meu queijo? Acesso em: <http://www.youtube.com/ watch?v=l6sCdGsag80>. Pois bem, prezado acadêmico, precisamos compreender que os seres humanos necessitam estar constantemente se adaptando a estas novas mudanças, seja mudança organizacional ou subjetiva. Não importa o tipo da mudança, pois para sobrevivermos no âmbito organizacional se faz necessário nos adaptar a esta nova realidade, a estes novos métodos de gestão. Neste sentido, “a maioria dos gerentes bem-sucedidos sabe disso e tenta criar ambientes que ajudem as pessoas a mudar e apreciar as mudanças. Quando a velocidade da mudança aumenta, mais do que nunca todos nós precisamos nos adaptar.” (JOHNSON, 2000, p. 14), pois vivemos em um mundo de constantes transformações, e quem não acompanhar as mesmas fica para trás neste mundo tão competitivo. Mas, quais as PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS da nova e velha organização? Após a verificação destas fases da mudança administrativa, podemos observar que a economia também passa por elas, modificando assim os ambientes internos de gestão da organização pública ou privada. Vejamos no quadro 02 uma síntese das mudanças organizacionais: QUADRO 2 - MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS “VELHA ORGANIZAÇÃO” “NOVA ORGANIZAÇÃO” • Fronteiras nacionais limitam a competição • As fronteiras nacionais são quase insignificantes nos limites de operação de uma organização • Empregos estáveis • Empregos sem garantia de estabilidadeUNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 8 • A qualidade é uma reflexão tardia • O aprimoramento contínuo e a satisfação do cliente são essenciais • As grandes corporações fornecem segurança no emprego • As grandes corporações estão reduzindo drasticamente o número de funcionários • A hierarquia proporciona eficiência e controle • Desmantele a hierarquia para aumentar a flexibilidade • Os gerentes tomam decisões sozinhos • Os funcionários participam das decisões FONTE: TAVARES, Luis Antonio. Apostilas de gestão empresarial e principais teorias e escolas da administração. Agosto de 2009. Disponível em: <http://admprofluiztavares. wordpress. com/2009/08/24/apostilas-de-gestao-empresarial-e-principais-teorias-e-escolas-da- administracao/>. Acesso em: 5 jan. 2016. Podemos observar ainda que, com as mudanças de procedimetos de gestão, as competências administrativas também foram mudando ao longo dos tempos. Vejamos no quadro 03 estas mudanças: QUADRO 3 - AS NOVAS COMPETÊNCIAS DA GESTÃO TRAÇOS TRADICIONAIS QUALIDADES DE ELEVADO DESEMPENHO • Conformidade • Inovador • Autoritarismo • Assimilador, aprendiz e coreógrafo • Heroico – centro das atenções • Compartilha poder e atenção • Isolado, separado, indiferente • Acessível, próximo • Delegador e hierárquico • Condutor, alavancador e criador de redes • Especialização em áreas tradicionais • Generalista com expertise em várias áreas • Conhecimento extensivo da indústria • Experiência em muitas indústrias • Posse de um cargo a longo prazo • Portfólio de conhecimentos diversificados • Alto controle e comando • Empowerment e patrocinador • Orientação doméstica e internalizada • Perspectiva global • Cria consenso quando necessário • Cria coalizões e fomenta colaboração • Conhecimento íntimo da organização • Conhecimento íntimo do cliente • Atenção nos concorrentes • Conhecimento dos concorrentes FONTE: CHIAVENATO, Idalberto e SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES 9 NOTA NOTA Às vezes – disse Haw –, as coisas mudam e nunca mais são as mesmas. Essa parece ser uma dessas ocasiões. É a vida! A vida segue em frente, e nós também deveríamos fazer o mesmo. (JOHNSON, 2000, p. 45). Na administração a MUDANÇA é considerada parte da vida cotidiana. A mudança tem várias formas, incluindo novos métodos de realizar o trabalho, novos produtos ou serviços, novas estruturas organizacionais e novas diretrizes de pessoal e benefícios para os empregados. (MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR, 1998, p. 432). 3 ADMINISTRANDO A MUDANÇA ORGANIZACIONAL Prezado acadêmico, sabemos que vivemos em transformação constante, mas em uma organização os seus gestores devem compreender este processo de mudança, principalmente quais os motivos que levam a estas transformações, ou seja, as forças causadoras de mudanças, sejam mudanças internas ou externas à organização. Então, você compreende estas forças causadoras de mudança? Se SIM, que legal! NÃO COMPREENDO, professora! A senhora tem como explicar para mim o que causa as mudanças organizacionais? Sim, prezado acadêmico, vamos lá: Sabemos que somos diferentes e temos características e subjetividades diferentes. Por isso mesmo, reagimos de formas diferentes e damos respostas diferentes às mudanças culturais e organizacionais. A mudança “PARA NÓS” provoca ansiedade, frio na barriga e insegurança, coloca- nos na defensiva, pois temos MEDO do novo, do desconhecido, provocando assim o RESSENTIMENTO. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 10 A mudança “PARA NÓS” provoca exaltação e júbilo, colocando-nos num processo de exultação, de ALEGRIA, gerando um ORGULHO da transformação. Neste sentido, prezado acadêmico, devemos compreender as FORÇAS INTERNAS E EXTERNAS DE MUDANÇA, para assim poder assimilar melhor esta questão da mudança organizacional. Pois, como todos sabem, vivemos em uma sociedade repleta de informações, e estas, por sua vez, refletem em nossos processos de tomada de decisão. E estas forças advêm tanto de dentro de nossas organizações como externamente a elas. Vejamos na figura 02 quais são estas forças internas e externas de mudança organizacional. FIGURA 2 - FORÇAS INTERNAS E EXTERNAS À ORGANIZAÇÃO FONTE: MEGGINSON, Leon C. , MOSLEY, Donald C. , PIETRI JR. Paul H. Administração: conceitos e aplicações. 4. ed. Tradução Maria Isabel Hopp. São Paulo: Harbra,1998. p. 433 EDUCACIONAIS CULTURAIS RECURSOS NATURAIS SOCIAIS ECONÔMICAS TECNOLÓGICAS POLÍTICAS/ LEGAIS ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Atividades/Habilidades/Atitudes dos Empregados D IR ETR IZES Tecnologia, Recursos O B JE TI VO S FORÇAS INTERNAS DE MUDANÇAFORÇAS EXTERNAS DE MUDANÇA No que tange às FORÇAS EXTERNAS DE MUDANÇA, podemos compreender que no ambiente externo e não controlado pela organização sofremos influência direta de vários setores, e estes, por sua vez, influenciam diretamente as decisões dos gestores organizacionais, gerando, muitas vezes, mudanças significativas nos processos administrativos e nas decisões. São elas: Mudanças educacionais: se os padrões educacionais mudarem, consequentemente as relações organizacionais também serão diferentes, pois a concepção das coisas pode vir a ser diferente. Mudanças sociais: os fatores sociais, das relações do homem em sociedade, incidem/ influenciam diretamente no comportamento dentro da organização. TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES 11 Mudanças culturais: conforme muda a cultura organizacional de uma determinada organização, seus métodos de gestão tendem a mudar também. Pois, de acordo com a visão de mundo, os gestores administram sua organização. Mudanças econômicas: conforme a mudança da economia, as organizações precisam adequar estrategicamente suas ações para continuarem sendo sustentáveis. Mudanças tecnológicas: as empresas necessitam estar antenadas com as inovações tecnológicas, para assim adequarem seus processos produtivos para continuarem competitivas no mercado. Mudanças ambientais: o meio ambiente vive em constante transformação, e, de acordo com o que pode vir a acontecer no meio ambiente, as empresas também devem se amoldar a estas novas adequações ambientais. Mudanças políticas/legais: as leis e os representantes políticos podem mudar de tempos em tempos, situação em que as empresas precisam se readequar à reestruturação das mesmas. Já com relação às FORÇAS INTERNAS DE MUDANÇA, devemos compreender que no ambiente interno das organizações também sofremos processos de mudanças por causa de forças advindas dos processos de gestão/ administração, ou seja, em sua estrutura organizacional. São elas: Atividades, habilidades e atitudes dos colaboradores: conforme a habilidade e atitude do colaborador, sua atividade pode mudar, pois conforme a capacidade técnica do colaborador, sua atividade laboral irá ser definida. E a mesma pode mudar: conforme a especialização constante (cursos, treinamentos etc.) do colaborador, o mesmo pode vir a desenvolver novas atividades dentro da organização. Nas Diretrizes Organizacionais: a organização não pode ser estanque, ela poderá mudar seu grande objetivo (missão), em parte ou totalmente, ou seja, a organização pode vir a mudar de ramo ou público-alvo, então suas normas e diretrizes também mudam. Nos objetivos: os objetivos, conforme a realidade da organização e do mercado, também podem mudar. Na Tecnologia e recursos: conforme a necessidade organizacional, a tecnologia e seus recursos podem mudar. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 12 Prezado acadêmico, desafio você a fazer uma lista apontando as cinco principais mudanças relevantes que aconteceramcom você desde o seu nascimento, com relação à sua família, a você mesmo (ser individual), profissionalmente e sua vida em sociedade, preenchendo a tabela a seguir. Depois socialize com seus colegas no seu encontro presencial: AUTOATIVIDADE FAMÍLIA SUBJETIVA PROFISSIONAL SOCIEDADE Agora que você refletiu sobre as principais mudanças que vivenciou ao longo de sua história e também conheceu um pouco mais os seus colegas, iremos compreender como poderemos lidar com estes processos de mudanças em nossas vidas. Pois, prezado acadêmico, você saberia quais são as MANEIRAS DE LIDAR COM A MUDANÇA? Temos duas madeiras distintas de lidar com os processos de transformação ou mudança, seja ela pessoal, profissional ou organizacional. TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES 13 Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia o seguinte livro e assista ao filme indicado LIVRO: Vejamos: Conforme Megginson, Mosley, Pietri Jr (1998), as mudanças poderão ocorrer: NO PROCESSO REATIVO DE MUDANÇA: no qual a administração tenta conservar a organização em um ritmo constante resolvendo os problemas à medida que surgem cotidianamente. NO PROCESSO PROATIVO OU PLANEJADO DE MUDANÇA: em que a administração tenta mudar estabelecendo um novo curso e não corrigindo o atual, deixando de lado o que vinha executando para desenvolver novas estratégias de ação. Se você não mudar, MORRERÁ. (JOHNSON, 2000, p. 46). IMPORTANT E INDICAÇÃO DE LEITURA E FILME COMPLEMENTAR DICAS FERREIRA, Ademir A., REIS, Ana Carla F., PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Thomson Learning, 2006. FILME: MONSTROS S.A. 14 Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado das NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES, no qual foram abordados os seguintes itens: Vimos que as mudanças sempre existiram, mas o novo é a velocidade com que elas estão ocorrendo na atualidade. Passamos rapidamente pela fase histórica do pensamento administrativo. Vimos que no decorrer da história da humanidade sobre a Terra, os seus modos e processos de gestão também vêm evoluindo e se transformando conforme a necessidade da própria sociedade. Estudamos as principais características que norteiam a nova e velha organização. Na administração a mudança é considerada parte da vida cotidiana. Vimos que a mudança tem várias formas, incluindo novos métodos de realizar o trabalho, novos produtos ou serviços, novas estruturas organizacionais e novas diretrizes de pessoal e benefícios para os empregados. Estudamos as diversas forças que causam as mudanças organizacionais, tanto as forças internas como externas à organização. Também vimos as duas maneiras como os gestores lidam com a mudança. Expusemos que a gestão organizacional é um processo que analisa constantemente o seu ambiente interno e externo, buscando identificar seus pontos fortes e fracos dentro da organização para assim melhorar os fracos e pontencializar os fortes, além de identificar suas oportunidades e ameaças no mercado para promover estratégias de ampliação de seus negócios. Vimos que as organizações devem gerir seus empreendimentos sociais, públicos ou privados de forma inovadora e conectadas com as transformações ambientais internas e externas às empresas. Vimos que o gestor público ou privado precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições diferentes do que no passado. RESUMO DO TÓPICO 1 15 1 Vivemos num mundo de constantes transformações, tanto pessoais como profissionais e organizacionais. Deste modo, os processos de gestão também vêm se transformando ao longo da história da humanidade na Terra, situação que denota mudanças administrativas e organizacionais para que as organizações possam continuar competitivas no mercado. Portanto, classifique V para as sentenças verdadeiras que apresentem as PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS das novas organizações contemporâneas, e F para as falsas: ( ) Empregos estáveis. ( ) As grandes corporações fornecem segurança no emprego. ( ) O aprimoramento contínuo e a satisfação do cliente são essenciais. ( ) Os funcionários participam das decisões. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) F – V – F – V. b) ( ) V – F – F – V. c) ( ) V – F – V – F. d) ( ) F – F – V – V. 2 Mudança! Transformação! Modificação! Alteração! Mutação! Evolução! Entre outros adjetivos para representar o momento atual em que as organizações estão vivenciando. Neste sentido, se faz necessário que as organizações contemporâneas desenvolvam novos procedimetos de gestão e competências administrativas. Assim, analise as assertivas a seguir que representam as qualidades que proporcionem às organizações um elevado desempenho organizacional: I – Conformidade e autoritarismo. II – Inovador e compartilha poder e atenção. III – Perspectiva global e cria coalizões, além de fomentar a colaboração. IV – Atenção nos concorrentes e cria consenso quando necessário. V – Portfólio de conhecimentos diversificados e é generalista com expertise em várias áreas. Após a análise das assertivas acima, assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) As afirmativas I e IV estão corretas. b) ( ) Somente a afirmativa IV está correta. c) ( ) As afirmativas II, III e V estão corretas. d) ( ) As afirmativas I, II e V estão corretas. AUTOATIVIDADE 16 17 TÓPICO 2 A GESTÃO NA ATUALIDADE UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO INOVAR É PRECISO Tantas vezes pensamos ter chegado. Tantas vezes é preciso ir além. (Fernando Pessoa) Neste tópico trabalharemos primordialmente as características da gestão na atualidade. Conceitos estes primordiais para o bom desempenho dos gestores públicos ou privados. Iremos refletir e buscar compreender as principais características do conceito de gestão, pois todas as instituições, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor, necessitam ser geridas condizentemente para assim obter o sucesso almejado. Neste sentido, este tópico proporcionará a você, prezado acadêmico, um momento de construção do conhecimento relativo a estes mecanismos organizacionais de gestão, em que se buscará apresentar os conceitos fundamentais de gestão institucional brasileira. 2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA GESTÃO NA ATUALIDADE Prezado acadêmico, inicialmente iremos refletir um pouco sobre o conceito de gestão em si, para posteriormente você compreender a importância da gestão no mundo institucional. Veja a figura a seguir: UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 18 FIGURA 3 - CONCEITO DE GESTÃO GESTÃO MEIO AMBIENTE oportunidades ameaças É um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes e fracos da empresa, e das oportunidades e ameaças do meio ambiente com o intuito de estabelecer objetivos, estratégias e ações que possibilitem um aumento da competitividade empresarial. objetivos estratégias ações RESULTADOS pontos fortes pontos fracos EMPRESAELEMENTOS BÁSICOS FONTE: Adaptado de CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000. Então podemos expor que a gestão organizacional é um processo que analisa constantemente o seu ambiente interno e externo, buscando identificar seus pontos fortes e fracos dentro da organização, para assim melhorar os fracos e pontencializar os fortes, além de identificar suas oportunidades e ameaças no mercado para promover estratégias de ampliação de seus negócios. O fato de que as COISAS SIMPLES é que verdadeiramente contam para o futuro da empresa. ATENCAO Agora devemos compreender que as organizações devem gerir seus empreendimentossociais, públicos ou privados de forma inovadora e conectadas com as transformações ambientais internas e externas às suas organizações. Para isto, as mesmas devem levar em consideração algumas regras básicas para esta gestão inovadora. Segundo Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (2001, p. 28), são elas: “Diagnóstico realista; criar desafios; ter clara a ambição estratégica; valorizar a criatividade; valorizar a implementação; e aprender a mudar.” TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 19 • DIAGNÓSTICO REALISTA: devemos sempre e somente planejar, organizar, liderar e controlar nossas organizações pautados na realidade cotidiana da organização, ou seja, devemos tomar decisões sobre o que realmente está acontecendo dentro e fora da organização, em dados reais, estatísticos e históricos, e nunca sobre o que o outro está fazendo • CRIAR DESAFIOS: devemos estar abertos a novas oportunidades, desenvolvendo assim um espírito empreendedor em nossa equipe de trabalho. • TER CLARA A AMBIÇÃO ESTRATÉGICA: devemos saber qual o nosso negócio, a nossa missão, pois só assim poderemos ter claro o caminho que almejamos trilhar, ou seja, onde queremos chegar, qual objetivo queremos atingir. • VALORIZAR A CRIATIVIDADE: sempre devemos valorizar a ideia, projetos e a criatividade de todos os integrantes de nossa equipe de trabalho, pois assim possibilitaremos a todos uma valorização do trabalho, gerando contentamento e qualidade nos processos organizacionais. • VALORIZAR A IMPLEMENTAÇÃO: não podemos esquecer que não adianta de nada desenvolvermos o melhor planejamento e estratégia do mundo para solucionarmos os nossos problemas, se não dermos o devido valor e atenção de como iremos implementar o mesmo. Só um papel na gaveta não transforma a realidade cotidiana. • APRENDER A MUDAR: outro fator fundamental num processo de gestão é aprender a mudar, estar aberto para as transformações naturais da vida. NOTA “Neste mundo de mudanças rápidas e constantes, vencem as empresas prontas a responder e a se antecipar às mudanças. Os piores inimigos da gestão moderna são a complacência e a arrogância, pois levam a ações modestas, muitas vezes mortais para a empresa”. (CRESPI APUD VASCONCELLOS FILHO E PAGNONCELLI, 2001, p. 16). Mas, em que o GESTOR PÚBLICO OU PRIVADO precisa estar apto? Ele precisa estar apto: A PERCEBER A REFLETIR A DECIDIR A AGIR Em condições totalmente diferentes do que antes UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 20 E isto demonstra que hoje os gestores, sejam públicos ou privados, necessitam dar ÊNFASE NA GESTÃO, principalmente no aperfeiçoamento contínuo dos processos e técnicas administrativas. E isto só é possível quando o gestor constantemente tomar a frente pelo aprendizado e a inovação. As tranformações dos modos administrativos devem também levar em consideração outros aspectos fundamentais para uma boa gestão organizacional, ou seja, toda organização deve desenvolver alguns ATRIBUTOS ESSENCIAIS PARA COMPETIR neste mercado tão competitivo, que são: QUADRO 4 - ATRIBUTOS ESSENCIAIS PARA COMPETIR INFORMAÇÃO INOVAÇÃO VELOCIDADE FLEXIBILIDADE ESPECIALIZAÇÃO FONTE: A autora Mas tudo isto não leva a nada se os gestores não levarem em consideração os OBJETIVOS da organização, que são primordiais para um bom desenvolvimento organizacional. Vejamos no quadro 05 estes objetivos das empresas: QUADRO 5 – OBJETIVOS DA EMPRESA FONTE: Adaptado de RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira. P. 65. São Paulo: Negócio Editora, 2000 SATISFAÇÃO DO CLIENTE: o objetivo principal é satisfazer o cliente, ou o público- alvo, pois se ele não gostar de nosso produto, ele não compra; se ele não compra, nós não vendemos, e se nós não vendemos não sobrevivemos ao mercado. Portanto, deve-se primordialmente pesquisar o que o cliente necessita, o que ele quer comprar, qual o seu desejo, para depois desenvolver o produto ou serviço a ser oferecido a ele. OBJETIVOS DA EMPRESA Responsabilidade perante os acionistas Responsabilidade ecológicas etc. Responsabilidade sociais Satisfação dos empregados Retorno sobre investimentos Satisfação do cliente TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 21 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO: é óbvio que toda empresa precisa ter seu retorno econômico, político e social sobre o seu investimento, ou ele não sobrevive ao mercado. SATISFAÇÃO DOS EMPREGADOS: outro fator primordial para as organizações é que seus colaboradores devem estar satisfeitos e motivados a desenvolver suas atividades, pois só assim os mesmos desempenharão suas funções com maior eficiência, eficácia e efetividade. RESPONSABILIDADE PERANTE OS ACIONISTAS: a organização também deve estar preocupada com seus sócios e investidores, portanto a organização deve primar por uma organização que seja sustentável. RESPONSABILIDADE SOCIAL: as organizações devem primar hoje em dia por uma forma de gestão que vise constantemente à ética profissional em todas as suas ações. Isto significa que as empresas públicas ou privadas devem desenvolver e fazer suas atividades, além de promover constantemente todas as relações com: seus funcionários, seus fornecedores, seus clientes, o mercado, o governo, o meio ambiente, e a comunidade de uma forma socialmente responsável. NOTA Pois, ÉTICA não é discurso, é o que se traduz em ação concreta na hora de escolher • um produto ou serviço, • o que é certo ou errado dentro ou fora da organização, • uma política interna à organização, • um plano, programa ou projeto social. Ou seja, qualquer decisão dos gestores deve ser pautada por valores ético-morais, que são constituídos em sociedade. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 22 Nesse sentido, pensar em ética empresarial ou organizacional na atualidade significa pensar que as empresas devem e podem se relacionar de forma responsável com toda a sociedade em si, tendo como norte um comportamento íntegro e comprometido com a melhoria da qualidade de vida daquela determinada população. RESPONSABILIDADE ECOLÓGICA/AMBIENTAL: hoje e sempre, as organizações devem ter uma percepção, no desenvolvimento de seus negócios, de que devem constantemente MINIMIZAR OS IMPACTOS que geram sobre o meio ambiente e PROMOVER A RECUPERAÇÃO daqueles impactos que forem inevitáveis. Ou seja, as organizações devem ter por premissa a CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DOS RECURSOS NATURAIS. SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS: a sustentabilidade é uma, se não a mais importante característica da sobrevivência de uma organização, pois permite aos negócios das organizações (públicas ou privadas), através de seus processos de tomada de decisões, satisfazer as necessidades atuais da organização, sem comprometer a sua perpetuação ao longo dos tempos e a capacidade das futuras gerações de também satisfazer as suas necessidades no futuro. Ou seja, hoje, qualquer negócio, plano, programa ou projeto deveria estar em busca da realização dos seus objetivos sociais, ambientais e econômicos, para assim contribuir para o desenvolvimento sustentável de sua comunidade, região e a si mesmo. A sustentabilidade dos negócios tem por fundamento: - Que as atividades humanas e gerenciais não comprometam a perpetuação dos negócios e sobrevivência das futuras gerações; - Que cada decisão deve ser baseada no compromisso com o futuro da organização e de seus descendentes; - Que nas decisões administrativas sejam levados em consideração os ecossistemas globais, e que os mesmos sejam produtivos e protegidos; - Que nos processos de decisões organizacionais sejam levadas em consideração as condições climáticas, e que as mesmas sejam estáveis e seguras; (ROCHA, DORRESTEIJN, GONTIJO, 2005). Entre muitos outros objetivos organizacionais.Pois as transformações tecnológicas e as novas formas de organização do trabalho vêm colocando em xeque os métodos tradicionais de gestão empresarial no “banco dos réus”, pois os mesmos não se adaptam mais à realidade cotidiana das organizações. TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 23 Haw teve de admitir que o maior obstáculo à mudança está dentro de você mesmo, e que nada melhora até você mudar. (JOHNSON, 2000, p. 74). ATENCAO Sendo que os novos métodos de gestão empresarial, suas novas ferramentas de apoio e novos sistemas de informação levam as organizações a se aperfeiçoarem constantemente neste processo de mudança tanto tecnológica como humana. GESTÃO PROVOCA MODIFICAÇÕES EM TECNOLOGIA SISTEMASPESSOAS Ou seja, as modificações causadas pela gestão empresarial provocam mudanças nas pessoas (com a necessidade de aperfeiçoamento e treinamento), tecnologia (novas tecnologias mais limpas) e sistemas (novos métodos de ação), como representada pela figura acima. NOTA “O progresso tecnológico e a globalização fazem com que seja necessário cada vez menos trabalho para produzir cada vez mais bens e serviços. Logo, a necessidade de trabalhadores diminuirá sempre mais”. Domenico de Masi Pois as novas tecnologias vêm para organizar “o trabalho, acelerando o seu parcelamento e a intensidade de movimentos requeridos por parte do trabalhador. Essa nova forma de organização do trabalho exigia o desempenho de tarefas cada vez mais específicas do trabalhador para aumentar sua capacidade de produção em um dado período de tempo” (HELOANI, 2002, p. 69), gerando constantes transformações no âmbito fabril. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 24 Mas o que INFLUENCIA ESTAS MUDANÇAS dos processos de gestão? Com as transformações da gestão empresarial podemos expor que as principais influências nos novos processos de gestão empresarial são: 1) O ambiente do negócio se tornou mais complexo; 2) Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão reestruturando o ambiente empresarial; 3) A globalização da economia; 4) A tecnologia da informação e da comunicação; 5) A incorporação de novos modelos, métodos, técnicas, instrumentos, atitudes e comportamentos, que são necessários a mudanças, inovações e à sobrevivência sadia e competitiva no mercado. Então, como se processou a EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES em termos de modelos estruturais e tecnológicos? Pois bem, partindo da concepção de que as mudanças e o conhecimento são tidos como novos paradigmas, e que os mesmos têm exigido uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados para uma realidade diferenciada e emergente. Podemos observar que no AMBIENTE DE NEGÓCIOS (em qualquer lugar do mundo), as pessoas estão sentindo o reflexo das transformações organizacionais. Seja pelas mudanças introduzidas internamente pela: Reengenharia; Descentralização; O empowerment (empoderamento); Terceirização; Entre outros. Seja pelas transformações no cenário externo, como: O declínio de antigas empresas multinacionais; O surgimento de novos competidores. NOTA Hoje em dia o GESTOR da empresa enfrenta desafios totalmente novos do que antigamente. TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 25 Essa REALIDADE tem sido amplificada: Por inovações tecnológicas; Tranformações nas bases da concorrência; Surgimento de novos modelos de gestão; e Mudanças significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com as empresas fornecedoras de produtos e serviços. Com relação às TEORIAS ADMINISTRATIVAS, podemos verificar que o lixeiro da TEORIA DE GESTÃO está CHEIO de teorias e técnicas que não deram certo. • As empresas estão passando por grandes problemas e precisam aprender algumas lições diferentes. • O importante é que precisam aprender já, principalmente identificar quais são os problemas que as afligem. ATENCAO Prezado acadêmico, em equipe, em sala de aula, identifiquem e debatam quais são os principais problemas que as empresas e nossas organizações sociais estão vivenciando na atualidade. AUTOATIVIDADE Notar cedo as pequenas mudanças ajuda-o a adaptar-se às maiores que ocorrerão. (JOHNSON, 2000, p. 71). ATENCAO UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 26 Então, quais são estes PRINCIPAIS PROBLEMAS? Os PRINCIPAIS PROBLEMAS organizacionais hoje são: Falta de ação inovadora, encorajada pela complacência dos dirigentes. Outro problema importante, e que ainda cresce com o tamanho da empresa, é a ausência de satisfação e de dedicação de seus empregados no trabalho. Perda de foco no cliente. DICAS Tocar os negócios de maneira como sempre tocamos, hoje é caminho certo para a morte do negócio. Então, Nesse ambiente. a diferença entre: Não existem soluções mágicas para os problemas da empresa. Qualquer solução exige muito suor e trabalho pelos dirigentes. Está no melhor uso dos recursos disponíveis para atingir os objetivos focados. Lucro e falência O bom e o mau desempenho Sucesso e fracasso Mas, então, quais são as BASES FUNDAMENTAIS PARA O CRESCIMENTO ORGANIZACIONAL na atualidade? As bases que devem nortear a gestão empresarial hoje em dia são: ESTRATÉGIAS BEM DEFINIDAS: ou seja, a organização deve ter bem clara a sua visão e missão organizacional, para saber com clareza e exatidão qual é o seu negócio, e assim definir suas estratégias de ação. FOCO CONSTANTE NO CLIENTE E NO PRODUTO: A organização não pode perder o foco no seu cliente (público-alvo), ou seja, a empresa precisa saber constantemente quais são as necessidades dos seus consumidores, para assim desenvolver seus produtos ou serviços. TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 27 AÇÃO RÁPIDA: A organização deve agir rapidamente, não pode esperar para agir outro dia, pois seus concorrentes agem imediatamente com relação às mudanças do mercado. Então, toda organização que almeja ser competitiva no mercado deve ter por norte a ação imediata, ou seja, conforme a mudança, reagir adequadamente e rapidamente. FUNCIONÁRIOS AUTOMOTIVADOS: Este fator é importantíssimo, pois se nossos colaboradores estiverem satisfeitos e contentes, sua produtividade será eficiente e terá eficácia e efetividade em suas ações laborais. NOTA Estratégia e Gestão empresarial coerentes significam lucro para a organização. Você se lembra de que na disciplina de TÉCNICAS DE GESTÃO estudou todas as funções administrativas? Pois bem, vamos relembrar seus aspectos fundamentais, que são primordiais para o nosso estudo. Vejamos: De acordo com Robbins (2000, p. 33), as FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO são: Planejamento: função gerencial que abrange a definição das metas de uma organização, o estabelecimento de uma estratégia global para alcançá-las e o desenvolvimento de uma hierarquia abrangente de planos para integrar e coordenar atividades. Organização: função gerencial que inclui a definição de quais tarefas devem ser realizadas, quem deve realizá-las, como devem ser agrupadas, quem se reporta a quem e onde as decisões devem ser tomadas. Liderança: função gerencial que abrange a motivação dos funcionários, direção das atividades dos outros, seleção do canal de comunicação mais eficaz e solução de conflitos entre os membros. Controle: função gerencial que envolve o processo de monitoração das ativi- dades para garantir que sejam realizadas conforme planejado e o de correção de quaisquer desvios significativos. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 28 Mas como funciona este processo administrativo? Vejamos a figura 04 FIGURA 4 - FLUXO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FONTE: Adaptado de MEGGINSON, Leon C. , MOSLEY, Donald C. , PIETRI JR. Paul H. Administração: conceitos e aplicações. 4. ed. Tradução Maria Isabel Hopp. São Paulo: Harbra,1998.Direção Organização Planejamento Controle Este PROCESSO ADMINISTRATIVO deve seguir este ciclo de PLANEJAR, ORGANIZAR, DIRIGIR e CONTROLAR constantemente, para assim obter eficiência, eficácia e efetividade de seus negócios. Neste sentido, devemos relembrar os conceitos fundamentais num processo de gestão empresarial, que são os conceitos de EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE, são eles: QUADRO 6 - CONCEITO DE EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE Eficiência é: Fazer as coisas de maneira adequada; Resolver problemas; Reduzir os custos. Eficiência está diretamente ligada a "fazer" corretamente as coisas por meio: a) da solução de problemas; b) da economia de recursos; c) do cumprimento com as obrigações; d) da diminuição dos custos; e) da caracterização como "ganhador". Eficiência EFICIÊNCIA TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 29 Eficácia é: Fazer as coisas certas; Produzir alternativas criativas; Maximizar a utilização dos recursos; e Aumentar o lucro. Já a eficácia está relacionada com "fazer as coisas corretas", o que significa manter uma postura gerencial moderna voltada para: a) a antecipação aos problemas; b) a otimização da utilização dos recursos; c) a obtenção de resultados; d) o aumento de lucros; e) caracterizar-se como vencedor, ou seja, campeão. Eficácia EFICÁCIA FONTE: Adaptado de MIRSHAWKA, Victor e OLMEDO, Napoleão Lupes. Manutenção: combate aos custos da não eficácia. São Paulo: McGraw-Hill Ltda., 1993. p. 5. Efetividade é: Manter-se no ambiente; e Apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente). Manter-se no ambiente; Apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente). Efetividade EFETIVIDADE 3 GESTÃO HOLÍSTICA Prezado acadêmico, o gerenciamento holístico dentro de uma organização pontua as concepções de ENTRELAÇAMENTO e INTERLIGAÇÃO de todos os setores de uma organização. No qual, todos os departamentos daquela determinada organização devem atuar conjuntamente com o seu ambiente interno (a organização) e externo (o mercado e o meio ambiente). Então, para que haja uma gestão holística organizacional, as mesmas devem levar constantemente em consideração as seguintes variáveis: - Históricas - Políticas - Econômicas - Socioculturais etc. UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 30 Pois sabemos que uma organização está inserida em um meio, e este meio possui elementos que devem ser considerados em um processo de gestão organizacional. Assim, de acordo com Mendes (2002, p. 15): deve-se criar no homem a ideia de viver em harmonia com a natureza, como parte integrante dela, de quem é reflexo e a quem modifica, humanizando- -a. E esta necessidade de que se crie uma nova consciência ecológica e se desenvolva uma nova postura ética perante a natureza é tarefa do gerencia- mento holístico. Neste sentido, podemos expor que uma organização deve compreender em seus processos de decisões a visão geral de toda organização e o contexto em que a mesma está inserida, todos os fatores econômicos, políticos, sociais, culturais, territoriais, administrativos e ambientais. NOTA Pode-se dizer que, para sobreviver, uma organização tem que ser contemporânea do seu tempo. Ela precisa se ajustar às exigências das mudanças, pois vida é essencialmente mudança. (MENDES, 2002, p. 15). Na concepção holística, segundo Mendes (2002, p. 15), “não só as partes de cada sistema se encontram no todo, mas os princípios e leis que regem o todo se encontram em cada uma das partes e todos os fenômenos ou eventos se interligam e se interpenetram, de forma global: tudo é interdependente”. Ou seja, numa gestão holística não podemos somar todos os elementos e fatores, os mesmos devem interagir constantemente, para que assim a organização possa obter os resultados esperados. Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido encontra um novo. E as velhas crenças não o levam ao novo queijo. (JOHNSON, 2000, p. 62 e 67) ATENCAO TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE 31 Johnson (2000, p. 77 – grifo nosso) finaliza expondo que: A mudança ocorre. Continuam a mexer no seu queijo. ANTECIPE a mudança. Prepare-se para o caso de o queijo não estar no lugar. MONITORE a mudança. Cheire o queijo com frequência para saber quando está ficando velho. ADAPTE-SE rapidamente à mudança. Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido pode saborear um novo. Mudança. Saia do lugar assim como o queijo! APRECIE a mudança. Sinta o gosto da aventura e do novo queijo. Esteja preparado para mudar rapidamente muitas vezes. CONTINUAM MEXENDO NO QUEIJO. INDICAÇÃO DE LEITURA COMPLEMENTAR DICAS Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia o seguinte livro: LIVRO: CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000. 32 RESUMO DO TÓPICO 2 Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado da GESTÃO NA ATUALIDADE, no qual foram abordados os seguintes itens: Vimos que os gestores hoje, sejam públicos ou privados, necessitam dar ênfase à gestão, principalmente no aperfeiçoamento contínuo dos processos e técnicas administrativas. Vimos também quais são os atributos essenciais para competir neste mercado tão competitivo, que são: informação, inovação, velocidade, flexibilidade e especialização. Vimos que hoje em dia o gestor da empresa enfrenta desafios totalmente novos do que antigamente. A gestão organizacional é um processo que analisa constantemente o seu ambiente interno e externo, buscando identificar seus pontos fortes e fracos dentro da organização para assim melhorar os fracos e potencializar os fortes, além de identificar suas oportunidades e ameaças no mercado para promover estratégias de ampliação de seus negócios. Vimos algumas regras básicas para esta gestão inovadora, que são: traçar um diagnóstico realista; criar desafios; ter clara a ambição estratégica; valorizar a criatividade; valorizar a implementação; e aprender a mudar. Vimos quais são os principais problemas que as organizações estão vivenciando na atualidade. Estudamos a questão da gestão holística. O gerenciamento holístico resgata a ideia de ENTRELAÇAMENTO e INTERLIGAÇÃO de todas as partes do meio ambiente em um sistema. 33 1 Prezado acadêmico, baseado na afirmação de Domenico de Masi abaixo, responda às seguintes indagações: “O progresso tecnológico e a globalização fazem com que seja necessário cada vez menos trabalho para produzir cada vez mais bens e serviços. Logo, a necessidade de trabalhadores diminuirá sempre mais”. a) Qual a necessidade de mão de obra nas empresas de capital no futuro? Em cinco anos: ____________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Em 10 anos: _______________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Em 20 anos: _______________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ b) Qual a tendência desta mão de obra? ________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2 Todo e qualquer processo de gestão administrativa de uma instituição, seja ela pública, privada ou do terceiro setor, passa pelo planejamento, organização, liderança e controle, para assim obter eficiência,eficácia e efetividade de seus negócios. Por conseguinte, assinale a alternativa que apresenta pelo menos uma das características primordiais da eficiência organizacional. a) ( ) Eficiência é fazer as coisas certas, produzir alternativas criativas e maximizar a utilização dos recursos. b) ( ) Eficiência é manter-se no ambiente, aumentar o lucro e apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo. c) ( ) Eficiência é manter uma postura gerencial moderna e fazer as coisas conforme a situação empresarial. d) ( ) Eficiência é fazer as coisas de maneira adequada, resolver problemas e reduzir os custos. AUTOATIVIDADE 34 35 TÓPICO 3 GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO " Todo o mundo corporativo terá de ser repensado, reestruturado, reinventado, desde as relações com empregados e fornecedores até o uso da tecnologia e do marketing. O que você faz agora, qualquer que seja a sua empresa, vai sofrer profundas mudanças com a nova economia que terá uma nova lógica". Arie de Geus Shell Prezado acadêmico, entre tantas transformações e mudanças em nossas organizações públicas ou privadas, como as do terceiro setor, devemos compreender como funciona a participação de todos os integrantes de um empreendimento institucional e do que se trata essa tal de gestão participativa. No entanto, primeiramente iniciaremos nossa discussão compreendendo os sentidos da participação, ou seja, suas concepções iniciais, para posteriormente entendermos os processos de participação na gestão organizacional. Além disso, traçaremos breves considerações a respeito da gestão participativa, pois o trabalho colaborativo e participativo está se tornando uma tendência muito forte em todos os setores corporativos de nossas instituições. 36 UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA 2 PARTICIPAÇÃO: CONCEPÇÕES INICIAIS Caro acadêmico! O que entendemos por “PARTICIPAÇÃO”? Primeiramente, vejamos o que Herbert de Souza (Betinho) tem a nos dizer sobre a participação. Participação é um dos CINCO PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA. Sem ela, não é possível transformar em realidade, em parte da história humana, nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, diversidade e solidariedade. Falamos aqui de participação em todos os níveis, sem exclusão prévia de nenhum grupo social, sem limitações que restrinjam o direito e o dever de cada pessoa tomar parte e se responsabilizar pelo que acontece no planeta. Em resumo, cada um de nós é responsável pelo que acontece nas questões locais, nacionais e internacionais. SOMOS CIDADÃOS DO MUNDO e, portanto, correspon- sáveis por tudo o que ocorre. A única forma de transformar este direito em realidade é através da participação. (SOUZA, 2004, p. 1 – grifo nosso). Então, podemos expor que a participação é o princípio fundamental para a sobrevivência do homem, pois é ela que nos propicia vivermos em sociedade. A participação é o caminho da democracia, e quanto mais ampla e profunda, melhor. (SOUZA, 2004, p. 2 – grifo nosso). ATENCAO Mas, quais são os PRINCÍPIOS que devem orientar a participação? Vejamos a figura 05. TÓPICO 3 | GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL 37 FIGURA 5 - PRINCÍPIOS QUE DEVEM ORIENTAR A PARTICIPAÇÃO Pois a não participação também é considerada uma forma de participar. Ou seja, a omissão é participar, no sentido de protesto ou ir contra o que está se querendo fazer. Participar é inserir-se nos processos de tomada de decisão, é expor suas ideias e opiniões, ativa ou passivamente. Ou seja, participar nada mais é do que concordar ou discordar do processo em parte ou como um todo. Sendo que todas as contribuições devem ser valorizadas e voluntárias. Ou seja, todos têm voz e vez constante em todo o processo em que estão inseridos. Pois requer treino e, fundamentalmente, mudança de comportamento e de atitude. FONTE: Adaptado de CORDIOLI, Sérgio. Enfoque participativo, um processo de mudança: conceitos, aplicação e prática. Porto Alegre: Gênesis, 2001. PRINCÍPIOS DA PARTICIPAÇÃO Participar vai muito além de estar presente. 1º Participar signifi ca: • Tomar parte no processo. • Emitir opinião. • Concordar/discordar. 2º Em um processo participativo deve ocorrer o respeito às ideias de todos. 3º 4º Deverá haver, em todo o processo, envolvimento individual e permanente, considerando que a participação é indivisível. 5º A participação é um processo. 38 UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA Consequentemente, PARTICIPAR nada mais é do que fazer parte de um determinado grupo, seja social, político, econômico, familiar, entre outros. Pois, nestes grupos fazemos parte ativa ou passiva nos processos de tomada de decisões, no planejamento de ações, na concepção de instrumentos e ferramentas de gestão, na elaboração e produção de bens e serviços, no consumo etc. Nesse sentido, a participação é para TODOS e não só para algumas pessoas privilegiadas, pois não pode ser restringida por qualquer fator subjetivo. A participação é um direito de todos, sem restrições de cor, raça, etnia, religião, partido político, entre outros fatores. Mas, prezado acadêmico, quais são os PRESSUPOSTOS BÁSICOS da participação? Vejamos: A participação tem os seguintes pressupostos básicos: 1 Melhorar as CONDIÇÕES dos processos de tomada de decisão e das ações coletivas: em que este pressuposto aponta que a participação das pessoas em si possibilita uma melhoria significativa nos processos de tomada de decisão, pois se denota que com a participação ativa de todos os integrantes no processo de gestão e planejamento surjam: - os saberes; - as experiências; - as necessidades. Dos participantes dos grupos, seus parceiros e colaboradores. Estes elementos subjetivos dos integrantes, pela visão holística, integram de forma interdisciplinar uma visão ampliada sobre o problema ou a oportunidade em que se está trabalhando dentro da organização. 2 Elevar a CORRESPONSABILIDADE DOS ATORES SOCIAIS com relação às atividades correlacionadas ao objeto de estudo e análise: em que no processo de participação da elaboração de um plano, programa ou projeto, além da execução dos mesmos, o sujeito deva compreender a sua responsabilidade com o processo, e que sua participação poderá ter aspectos positivos ou negativos. 3 Promover o APRENDIZADO SOCIAL: a participação é um processo que eleva o sujeito subjetivo ao sujeito social. Em outros termos, com a participação ativa ou passiva, as pessoas possuem a possibilidade de chegar à sua “EMANCIPAÇÃO CIDADÔ e à DEMOCRACIA. 4 Aprimorar a ARTICULAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE INTERESSES: a participação propicia ao sujeito a exposição de seus interesses e contribuições sobre as questões do coletivo social. TÓPICO 3 | GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL 39 NOTA A participação pode assumir a forma de uma simples ação pessoal. Ou pode organizar e motivar a formação de grupos e instituições. Todas são válidas e ocorrem na vida real. (SOUZA, 2004, p. 1). Souza (2004, p. 1 – grifo nosso) expõe que “só com AMPLA PARTICIPAÇÃO podemos lutar pelos princípios da democracia, neutralizando as formas de autoritarismo frequentes em nossa sociedade. É através dela que se acaba com a desordem de um status quo injusto, que produz a marginalização. E é também através dela que superamos a resignação e o medo. Só assim são geradas as condições para o exercício pleno da liberdade e da cidadania, só possíveis em uma sociedade democrática.” Então, prezado acadêmico, quais as principais FINALIDADES da participação em si? Vejamos:
Compartilhar