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Prévia do material em texto

2016
Planejamento e 
administração em 
serviço social
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
360
P615p Pieritz, Vera Lúcia Hoffmann
Planejamento e administração em serviço social/ Vera Lúcia 
Hoffmann Pieritz Indaial : UNIASSELVI, 2016.
 
 277 p. : il.
 
 ISBN 978-85-7830-945-9
 
1.Serviço Social. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
aPresentação
Caro acadêmico! Tudo bem com você? Esperamos que sim.
Sou Mestre em Desenvolvimento Regional, Especialização em 
Educação a Distância: Gestão e Tutoria e MBA Profissional em Gestão 
Administrativa e Marketing. Tenho Graduação em Serviço Social e em Direito. 
Com experiência profissional em coordenação do Curso de Serviço Social e 
de estágios curriculares obrigatórios, além de docência no Ensino Superior 
e orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso. Assistente Social do 
Artigo 170/UNIASSELVI. Conselheira Municipal dos Direitos do Idoso e dos 
Direitos das Crianças e dos Adolescentes de Indaial/SC, integrante do Núcleo 
de Educação Permanente do SUAS/SC. Consultora Empresarial na área de 
gestão. Tenho experiência na área de Serviço Social, Estágio, consultoria e 
assessoria técnica de gestão, atuando principalmente nos seguintes temas: 
economia solidária, redes, políticas públicas, gestão, autogestão, Planejamento 
Estratégico, organização empresarial e serviço social.
Iniciaremos os estudos de Planejamento e Administração em Serviço 
Social. Entraremos no mundo intrínseco do pensamento administrativo 
e seus princípios norteadores, no qual trabalharemos a questão da gestão 
empresarial contemporânea e da administração pública nos planos, 
programas e projetos sociais. Além de adentrarmos também no mundo 
intrínseco do planejamento e da estratégia, analisando seus princípios 
norteadores, sua origem e evolução. Portanto, esta disciplina aborda os 
significados das dimensões administrativas, técnicas e processuais da gestão 
e do planejamento institucional e das ações profissionais do assistente social, 
na elaboração, desenvolvimento, aplicabilidade e análise, de modo prático, 
dos projetos e programas sociais, além de propiciar uma reflexão acerca do 
espaço profissional do assistente social na gestão e elaboração de planejamento, 
programas e projetos sociais, de certa forma que você, acadêmico(a), possa 
trabalhar esses conceitos de maneira crítica e consciente e promover uma 
discussão sobre as questões da exclusão, pobreza e desigualdade social.
Na primeira unidade, você discutirá questões em torno da gestão 
e administração na atualidade, no intuito de compreender a evolução 
e o significado do pensamento administrativo e suas novas concepções 
organizacionais e aprofundar os conhecimentos acerca da gestão 
organizacional contemporânea, além de possibilitar ao aluno a compreensão 
do processo da gestão participativa e o processo de tomada de decisão 
coletiva na gestão pública e privada. Nesta supracitada unidade também 
promoveremos a reflexão e a discussão sobre o significado dos planos, dos 
programas e dos projetos sociais brasileiros.
IV
Na segunda unidade, discutiremos questões em torno da estratégia 
e do planejamento social e institucional, no intuito de compreender o 
significado do planejamento e da estratégia e seus princípios norteadores 
no âmbito social e institucional, além de arraigar os conhecimentos acerca 
da importância do planejamento na gestão de programas e projetos 
sociais; aproximar- se das diversas posturas típicas dos gestores e de sua 
equipe de trabalho, além de entrar em contato com as diversas atitudes 
comportamentais dos gestores e de sua equipe de trabalho, no que tange ao 
futuro profissional e institucional.
Você poderá entender como se processa o planejamento de programas 
e projetos sociais, estudando os seus significados e conhecimentos acerca 
da prática dos instrumentos de planejamento em programas e projetos 
sociais. Identificaremos também os diversos modelos contemporâneos de 
planejamento, de programas e de projetos sociais.
Na terceira e última unidade, você compreenderá a questão da 
esfera pública e privada e da gestão de políticas públicas e sociais, em 
que estudaremos o significado da gestão/administração pública e nos 
aprofundaremos acerca dos conhecimentos das políticas públicas brasileiras. 
Além de possibilitar ao acadêmico a identificação de diversas políticas sociais 
no âmbito nacional e compreender a trajetória profissional dos assistentes 
sociais em processos de gestão das organizações públicas ou privadas.
Pronto para começar a compreender o significado do planejamento e 
administração em serviço social?
Pronto para atuarmos estrategicamente no planejamento de nossas 
ações profissionais nos diversos planos, programas e projetos sociais?
Então vamos à luta, e bons estudos!
SUCESSO!
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
VI
VII
UNIDADE 1 – GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA .................................................. 1
 
TÓPICO 1 – NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES .................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 AS TRANSFORMAÇÕES DOS PROCESSOS DE GESTÃO ...................................................... 4
3 ADMINISTRANDO A MUDANÇA ORGANIZACIONAL ........................................................ 9
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 12
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 14
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 15
TÓPICO 2 – A GESTÃO NA ATUALIDADE .....................................................................................17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA GESTÃO NA ATUALIDADE ....... 17
3 GESTÃO HOLÍSTICA ......................................................................................................................... 29
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 32
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 33
TÓPICO 3 – GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM 
 NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL .................................................................. 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35
2 PARTICIPAÇÃO: CONCEPÇÕES INICIAIS .................................................................................. 36
3 GESTÃO PARTICIPATIVA: BREVES CONSIDERAÇÕES ......................................................... 41
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 44
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 46
TÓPICO 4 – PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO COLETIVA ............................................ 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 51
2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ......... 51
3 COMO TOMAR DECISÕES? ............................................................................................................ 55
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 67
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 68
TÓPICO 5 – DIFERENÇA ENTRE PLANO, PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS............... 71
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 PLANO .................................................................................................................................................... 72
3 PROGRAMAS ....................................................................................................................................... 74
4 PROJETOS ............................................................................................................................................. 76
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 80
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 81
sumário
VIII
UNIDADE 2 – A ESTRATÉGIA E O PLANEJAMENTO SOCIAL E INSTITUCIONAL .......... 83
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ESTRATÉGIA E AO PENSAMENTO ESTRATÉGICO .......... 85
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 85
2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DA ESTRATÉGIA ........................................................... 86
3 MOTIVAÇÕES PARA O PENSAMENTO ESTRATÉGICO ......................................................... 90
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 99
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101
TÓPICO 2 – A ESTRATÉGIA NO SERVIÇO SOCIAL .................................................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 O SIGNIFICADO DAS ESTRATÉGIAS EM SERVIÇO SOCIAL ............................................105
3 ASPECTOS HISTÓRICOS DA UTILIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA NO 
 SERVIÇO SOCIAL .............................................................................................................................106
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111
TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO PLANEJAMENTO 
 INSTITUCIONAL E SOCIAL ......................................................................................113
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113
2 CONCEPÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO: UM ESTUDO 
 CONCEITUAL .....................................................................................................................................114
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................125
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................126
TÓPICO 4 – PLANEJAMENTO NO SERVIÇO SOCIAL ..............................................................129
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................129
2 PLANEJAMENTO SOB O ENFOQUE SOCIAL ...........................................................................130
3 O PLANEJAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
 DO ASSISTENTE SOCIAL ...............................................................................................................131
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................133
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................134
TÓPICO 5 – DICAS, TÉCNICAS, METODOLOGIAS E MODELOS DE PLANEJAMENTO, 
 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS .....................................................................135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135
2 DICAS E ASPECTOS HISTÓRICOS DO PLANEJAMENTO DE PROJETOS SOCIAIS ....137
3 CICLO DE VIDA DO PROJETO SOCIAL .....................................................................................139
4 ETAPAS BÁSICAS E PARTES DO PLANEJAMENTO ...............................................................141
5 PROCESSO E FASES METODOLÓGICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .........142
6 MODELO DE PLANEJAMENTO ....................................................................................................153
7 MODELO DE PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS ...............................................................156
8 AVALIAÇÃO DOS PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS ..................................169
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ..........................................................................................................170LEITURA COMPLEMENTAR 2 ..........................................................................................................173
LEITURA COMPLEMENTAR 3 ..........................................................................................................176
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................178
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................180
IX
UNIDADE 3 – GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS ..........................................191
TÓPICO 1 – A ESFERA PÚBLICA E SUAS FORMAS DE GESTÃO ..........................................193
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................193
2 ESFERA PÚBLICA ..............................................................................................................................194
3 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................202
4 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA ...........................................................210
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................216
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................217
TÓPICO 2 – ÓRGÃOS PÚBLICOS ....................................................................................................219
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................219
2 ÓRGÃOS PÚBLICOS ........................................................................................................................220
3 A FUNÇÃO, O CARGO E OS AGENTES PÚBLICOS ................................................................231
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................237
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................238
TÓPICO 3 – POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS...........................................................................241
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................241
2 ASPECTOS CONCEITUAIS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ......................................................242
3 AS FASES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS .......................................................................................247
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................249
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................250
TÓPICO 4 – A AÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES 
 PÚBLICAS E PRIVADAS ..............................................................................................253
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................253
2 A GESTÃO SOCIAL E OS DILEMAS GERENCIAIS DO SERVIÇO SOCIAL .....................253
3 O ASSISTENTE SOCIAL E SUA INTERVENÇÃO COMO GESTOR.....................................259
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................261
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................262
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................265
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................271
X
1
A partir desta unidade, você será capaz de:
• compreender a evolução e o significado do pensamento administrativo e 
suas novas concepções organizacionais;
• aprofundar os conhecimentos acerca da gestão organizacional 
contemporânea;
• compreender o processo da gestão participativa;
• compreender o processo de tomada de decisão coletiva;
• diferenciar as características de plano, programas e projetos sociais;
• reconhecer os projetos sociais como estratégia teórico-metodológica de 
intervenção social.
UNIDADE 1
GESTÃO EMPRESARIAL 
CONTEMPORÂNEA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 1 está dividida em cinco tópicos e, ao final de cada um deles, você 
terá a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as atividades 
propostas.
TÓPICO 1 – NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS 
ORGANIZAÇÕES
TÓPICO 2 – A GESTÃO NA ATUALIDADE
TÓPICO 3 – GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM 
NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL
TÓPICO 4 – PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO COLETIVA
TÓPICO 5 – DIFERENÇA ENTRE PLANO, PROGRAMAS E PROJETOS 
SOCIAIS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
 NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS 
ORGANIZAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Antes de qualquer coisa, prezado acadêmico, precisamos compreender 
que estamos vivendo em uma sociedade de constantes transformações e mudanças 
de paradigmas. E na administração ou gestão empresarial, pública ou social não 
é diferente, mas os gestores devem administrar estas mudanças constantemente, 
para assim poder atingir suas metas com eficiência, eficácia e efetividade.
UNI
Mudanças acontecem o tempo todo! Mas devemos estar atentos a elas, pois 
acontecem cada vez mais rápido.
“Transformação é uma porta que só se abre por dentro”
Velho provérbio francês
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
4
NOTA
Para Heloani (2002), o capital e o trabalho se fortalecem com a prosperidade, 
transformação e a cooperação. Entretanto, o discurso da prosperidade se desdobra para 
a produção. A cooperação se converte em eficiência e aperfeiçoamento de pessoal. E 
isto demonstra que devemos estar antenados com as mudanças de comportamento 
organizacional.
Neste sentido, apresentaremos no quadro a seguir uma síntese destas 
mudanças no pensamento administrativo ao longo da história da humanidade:
Entretanto, primeiramente devemos compreender o significado de 
MUDANÇA, mas a mudança nos processos de gestão/administração, para depois 
compreender os conceitos e características da gestão na atualidade.
2 AS TRANSFORMAÇÕES DOS PROCESSOS DE GESTÃO
Prezado acadêmico, iremos percorrer neste momento, sinteticamente, por 
algumas fases históricas da transformação dos processos de gestão organizacional, 
para posteriormente compreender as novas concepções sobre o papel das 
organizações na contemporaneidade.
Deste modo, podemos observar que, historicamente, as teorias de gestão 
administrativa vêm se modificando conforme a própria evolução e transformação 
da sociedade.
TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES
5
QUADRO 1 – A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
FONTE: TAVARES, Luis Antonio. Apostilas de gestão empresarial e principais teorias e escolas da 
administração. Publicado em Uncategorized - agosto de 2009. Endereço eletrônico: <http://
admprofluiztavares.wordpress.com/2009/08/24/apostilas-de-gestao-empresarial-e-principais-
teorias-e-escolas-da-administracao/>. Acesso em: 5 jan. 2016.
Fases Históricas da Administração
1776 1860 1914 1945 1980 2000
Fase 
Artesanal
1º Revolução 
Industrial
2º RevoluçãoIndustrial 
Fase do 
Gigantismo 
Industrial
Fase do Pós-
Guerra
Fase da 
Incerteza (3º 
Revolução 
Industrial)
Fase do 
Conhecimento 
e Comunicação 
(4º Revolução 
Industrial)
• Artesanato 
e 
agricultura 
feitos de 
forma 
rudimentar
• Comércio 
baseado 
no regime 
de troca 
(escambo).
• Mecanização 
das oficinas 
e maquinário 
agrícola
• O trabalho 
do homem, 
do animal 
e da roda 
d'água é 
substituído 
pelo trabalho 
da máquina, 
surgindo 
o sistema 
fabril.
• As novas 
oportunida-
 des de 
trabalho 
provocam 
migrações e 
consequente 
urbanização 
ao redor 
dos centros 
industriais
• Há uma 
renovação 
nos meios de 
transporte e 
comunicações: 
surgem a 
navegação 
a vapor, a 
locomotiva 
a vapor, o 
telégrafo e o 
telefone.
Inicia com a 
introdução 
definitiva da 
maquinaria 
automática e da 
especialização 
do operário.
Há uma intensa 
transformação 
nos meios de 
transporte e nas 
comunicações; 
surgem estrada 
de ferro, o 
automóvel, o 
avião, o rádio. 
O capitalismo 
financeiro se 
consolida e 
surgem os 
primeiros 
bancos e 
financeiras.
O crescimento 
acelerado e 
desorganizado 
das empresas 
passou a 
exigir uma 
administração 
científica capaz 
de substituir 
a baixa 
experiência e a 
improvisação.
Primeiros 
administrativos:
- Frederick W. 
TAYLOR
- Henry FAYOL
- Henry FORD
• Duas Guerras 
Mundias 1ª - de 
1914 a 1918 2ª de 
1939 a 1945
• Crises econômicas 
(queda da bolsa 
americana em 
1929).
• Desfronteirização 
das empresas em 
âmbito mundial.
• Exploração 
petroquímica.
• Rádio e televisão 
tomam o mundo 
"menor".
• Ao lado de 
empresas 
multinacionais 
surgem e se 
desenvolvem 
empresas 
nacionais de 
grande porte, 
como: 
• PETROBRAS
• COMPANHIA 
SIDERÚRGICA 
NACIONAL 
(CSN)
• VOTORANTIM
• CERVEJARIA 
BRAHMA
• BRADESCO
• ITAÚ, entre 
outras.
Nítida 
separação entre 
os países que se 
desenvolveram 
e os países 
que não se 
desenvolveram 
industrialmente 
e economi-
camente.
Surgimento
de materiais 
básicos, como: 
plástico, 
alumínio, fibras 
têxteis, concreto 
usinado, entre 
outros.
Primeiras 
centrais de 
processamento 
de dados.
Disseminação 
dos princípios 
de qualidade.
Caracterizada 
pela 
revolução dos 
computadores e 
seus 
aperfeiçoados 
programas 
(CNC, 
Mecatrônica 
e Robótica).
Concorrência 
acirrada.
Dificuldades 
na colocação de 
seus produtos ou 
serviços no 
mercado.
Dificuldades 
em entender 
as ações do 
mercado e dos 
concorrentes.
Plena mudança. 
As tradições do 
passado não 
resolvem com 
eficácia os 
problemas 
atuais.
TUDO 
MUDOU, E A 
ADMINISTRA-
ÇÃO TAMBÉM
Sobreviverão 
as organizações 
que tiverem 
conhecimento 
diferenciado, 
conhecimento 
de marketing, 
logística, 
administração 
e demais áreas 
funcionais.
Além disso, 
tudo deve 
comunicar de
 forma simples, 
objetiva e sem 
excesso pode 
ser o erro.
Profissionais, 
da mesma
 forma, devem
 ter amplo 
conhecimento,
 ser bom não 
basta mais, 
tem que ser 
diferente, 
tem que 
agregar 
conhecimento 
à estrutura 
da organização.
FONTE: 
SILVA, 
Jônatas R, 
As 4 revoluções
 industriais,
 Endereço 
Eletrônico www.
administradores.
com.br/artigo/
marketingas-
4-revolucoes-
industriais/
59504/,acesso 
em 05/01/2016.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
6
Em outros termos, na figura 01 poderemos visualizar a cronologia da 
evolução das teorias administrativas, desde as abordagens clássicas até chegarmos 
às abordagens mais contemporâneas. Vejamos:
FIGURA 1 - EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS ADMINISTRATIVAS
FONTE: Elaborado pela autora baseada nos dados extraídos de:
a) FERREIRA, Ademir A., REIS, Ana Carla F., PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor 
aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: 
Thomson Learning, 2006.
b) MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 2002.
c) MARTINS, Petrônio G., LAUGENI, Fernando Piero. Administração da produção. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2005.
1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2005 2010
Administração
Sistemática
Teoria das 
Contingências
Teoria dos 
Sistemas
Comportamento
Organizacional
Administração
Quantitativa
Gestão 
Administrativa Toyotismo
ORGANIZAÇÃO
GLOBAL6 SIGMA e 
linmanufacturing
Reengenharia
Organização
Inteligente
Gestão da
Qualidade 
Total
Relações
Humanas
Burocracia
Administração
Cientifica
Abordagens CLÁSSICAS Abordagens CONTEMPORÂNEAS
Neste sentido, podemos observar que cada vez mais os processos de 
gestão organizacional vão se tornando mais complexos, pois os mesmos vão se 
aprimorando conforme as novas exigências de mercado. Pois,
Vivemos em um mundo que está se tornando crescentemente 
complexo. In- felizmente, os nossos estilos de pensamento raramente 
acompanham essa complexidade. Frequentemente terminamos por 
nos persuadir de que tudo é mais simples do que realmente é, lidando 
com a complexidade de forma a presumir que ela realmente não exista. 
Isso fica muito evidente pelo modo como modismos dominam as 
abordagens para a análise organizacional e re- solução de problemas, 
caracterizando um interesse em um tipo de solução ou conjunto de 
técnicas que rapidamente dão lugar a outras. [...] as organizações 
são geralmente complexas, ambíguas e paradoxais. O real desafio é 
aprender a lidar com essa complexidade. (MORGAN, 2002, p. 20).
Então, prezado acadêmico, podemos expor que no decorrer da história 
da humanidade sobre a Terra, os seus modos e processos de gestão também vêm 
evoluindo e se transformando conforme a necessidade da própria sociedade.
MUDANÇA! TRANSFORMAÇÃO! MODIFICAÇÃO! ALTERAÇÃO! 
MUTAÇÃO! EVOLUÇÃO! Entre outros...
Lidamos com estes substantivos da realidade cotidiana em nossas 
organizações e em nossas famílias e na sociedade em que vivemos.
TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES
7
DICAS
Prezado acadêmico, para aprofundar os seus conteúdos 
referentes à questão de mudança, sugerimos a leitura do seguinte 
livro e que você assista ao seguinte vídeo:
JOHNSON, Spencer. Quem mexeu no meu queijo? Tradução de 
Maria Clara de Biase. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
VÍDEO: Quem mexeu no meu queijo?
Acesso em: <http://www.youtube.com/ watch?v=l6sCdGsag80>.
Pois bem, prezado acadêmico, precisamos compreender que os seres 
humanos necessitam estar constantemente se adaptando a estas novas mudanças, 
seja mudança organizacional ou subjetiva. Não importa o tipo da mudança, pois 
para sobrevivermos no âmbito organizacional se faz necessário nos adaptar a 
esta nova realidade, a estes novos métodos de gestão. Neste sentido, “a maioria 
dos gerentes bem-sucedidos sabe disso e tenta criar ambientes que ajudem as 
pessoas a mudar e apreciar as mudanças. Quando a velocidade da mudança 
aumenta, mais do que nunca todos nós precisamos nos adaptar.” (JOHNSON, 
2000, p. 14), pois vivemos em um mundo de constantes transformações, e quem 
não acompanhar as mesmas fica para trás neste mundo tão competitivo.
Mas, quais as PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS da nova e velha 
organização?
Após a verificação destas fases da mudança administrativa, podemos 
observar que a economia também passa por elas, modificando assim os ambientes 
internos de gestão da organização pública ou privada. Vejamos no quadro 02 
uma síntese das mudanças organizacionais:
QUADRO 2 - MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS
“VELHA ORGANIZAÇÃO” “NOVA ORGANIZAÇÃO”
• Fronteiras nacionais limitam a competição
• As fronteiras nacionais são quase insignificantes 
nos limites de operação de uma organização
• Empregos estáveis • Empregos sem garantia de estabilidadeUNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
8
• A qualidade é uma reflexão tardia
• O aprimoramento contínuo e a satisfação do 
cliente são essenciais
• As grandes corporações fornecem 
segurança no emprego
• As grandes corporações estão reduzindo 
drasticamente o número de funcionários
• A hierarquia proporciona eficiência e 
controle
• Desmantele a hierarquia para aumentar a 
flexibilidade
• Os gerentes tomam decisões sozinhos • Os funcionários participam das decisões 
FONTE: TAVARES, Luis Antonio. Apostilas de gestão empresarial e principais teorias e 
escolas da administração. Agosto de 2009. Disponível em: <http://admprofluiztavares.
wordpress. com/2009/08/24/apostilas-de-gestao-empresarial-e-principais-teorias-e-escolas-da- 
administracao/>. Acesso em: 5 jan. 2016.
Podemos observar ainda que, com as mudanças de procedimetos de 
gestão, as competências administrativas também foram mudando ao longo dos 
tempos. Vejamos no quadro 03 estas mudanças:
QUADRO 3 - AS NOVAS COMPETÊNCIAS DA GESTÃO
TRAÇOS TRADICIONAIS QUALIDADES DE ELEVADO DESEMPENHO
• Conformidade • Inovador
• Autoritarismo • Assimilador, aprendiz e coreógrafo
• Heroico – centro das atenções • Compartilha poder e atenção
• Isolado, separado, indiferente • Acessível, próximo
• Delegador e hierárquico • Condutor, alavancador e criador de redes
• Especialização em áreas tradicionais • Generalista com expertise em várias áreas
• Conhecimento extensivo da indústria • Experiência em muitas indústrias
• Posse de um cargo a longo prazo • Portfólio de conhecimentos diversificados
• Alto controle e comando • Empowerment e patrocinador
• Orientação doméstica e internalizada • Perspectiva global
• Cria consenso quando necessário • Cria coalizões e fomenta colaboração
• Conhecimento íntimo da organização • Conhecimento íntimo do cliente
• Atenção nos concorrentes • Conhecimento dos concorrentes
FONTE: CHIAVENATO, Idalberto e SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004. 
TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES
9
NOTA
NOTA
Às vezes – disse Haw –, as coisas mudam e nunca mais são as mesmas. Essa 
parece ser uma dessas ocasiões. É a vida! A vida segue em frente, e nós também deveríamos 
fazer o mesmo. (JOHNSON, 2000, p. 45).
Na administração a MUDANÇA é considerada parte da vida cotidiana.
A mudança tem várias formas, incluindo novos métodos de realizar o trabalho, novos 
produtos ou serviços, novas estruturas organizacionais e novas diretrizes de pessoal e 
benefícios para os empregados.
(MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR, 1998, p. 432).
3 ADMINISTRANDO A MUDANÇA ORGANIZACIONAL
Prezado acadêmico, sabemos que vivemos em transformação constante, 
mas em uma organização os seus gestores devem compreender este processo de 
mudança, principalmente quais os motivos que levam a estas transformações, ou 
seja, as forças causadoras de mudanças, sejam mudanças internas ou externas à 
organização.
Então, você compreende estas forças causadoras de mudança?
Se SIM, que legal!
NÃO COMPREENDO, professora! A senhora tem como explicar para 
mim o que causa as mudanças organizacionais?
Sim, prezado acadêmico, vamos lá:
Sabemos que somos diferentes e temos características e subjetividades 
diferentes. Por isso mesmo, reagimos de formas diferentes e damos respostas 
diferentes às mudanças culturais e organizacionais.
A mudança “PARA NÓS” provoca ansiedade, frio na barriga e insegurança, 
coloca- nos na defensiva, pois temos MEDO do novo, do desconhecido, 
provocando assim o RESSENTIMENTO.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
10
A mudança “PARA NÓS” provoca exaltação e júbilo, colocando-nos num 
processo de exultação, de ALEGRIA, gerando um ORGULHO da transformação.
Neste sentido, prezado acadêmico, devemos compreender as FORÇAS 
INTERNAS E EXTERNAS DE MUDANÇA, para assim poder assimilar melhor 
esta questão da mudança organizacional.
Pois, como todos sabem, vivemos em uma sociedade repleta de 
informações, e estas, por sua vez, refletem em nossos processos de tomada de 
decisão. E estas forças advêm tanto de dentro de nossas organizações como 
externamente a elas. Vejamos na figura 02 quais são estas forças internas e externas 
de mudança organizacional.
FIGURA 2 - FORÇAS INTERNAS E EXTERNAS À ORGANIZAÇÃO
FONTE: MEGGINSON, Leon C. , MOSLEY, Donald C. , PIETRI JR. Paul H. Administração: conceitos 
e aplicações. 4. ed. Tradução Maria Isabel Hopp. São Paulo: Harbra,1998. p. 433
EDUCACIONAIS
CULTURAIS
RECURSOS
NATURAIS
SOCIAIS
ECONÔMICAS
TECNOLÓGICAS
POLÍTICAS/
LEGAIS
ORGANIZAÇÃO
ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
Atividades/Habilidades/Atitudes dos Empregados
D
IR
ETR
IZES
Tecnologia, Recursos
O
B
JE
TI
VO
S
FORÇAS INTERNAS DE MUDANÇAFORÇAS EXTERNAS DE MUDANÇA
No que tange às FORÇAS EXTERNAS DE MUDANÇA, podemos 
compreender que no ambiente externo e não controlado pela organização 
sofremos influência direta de vários setores, e estes, por sua vez, influenciam 
diretamente as decisões dos gestores organizacionais, gerando, muitas vezes, 
mudanças significativas nos processos administrativos e nas decisões. São elas:
Mudanças educacionais: se os padrões educacionais mudarem, 
consequentemente as relações organizacionais também serão diferentes, pois a 
concepção das coisas pode vir a ser diferente.
Mudanças sociais: os fatores sociais, das relações do homem em sociedade, 
incidem/ influenciam diretamente no comportamento dentro da organização.
TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES
11
Mudanças culturais: conforme muda a cultura organizacional de uma 
determinada organização, seus métodos de gestão tendem a mudar também. 
Pois, de acordo com a visão de mundo, os gestores administram sua organização.
Mudanças econômicas: conforme a mudança da economia, as 
organizações precisam adequar estrategicamente suas ações para continuarem 
sendo sustentáveis.
Mudanças tecnológicas: as empresas necessitam estar antenadas com as 
inovações tecnológicas, para assim adequarem seus processos produtivos para 
continuarem competitivas no mercado.
Mudanças ambientais: o meio ambiente vive em constante transformação, 
e, de acordo com o que pode vir a acontecer no meio ambiente, as empresas 
também devem se amoldar a estas novas adequações ambientais.
Mudanças políticas/legais: as leis e os representantes políticos podem 
mudar de tempos em tempos, situação em que as empresas precisam se readequar 
à reestruturação das mesmas.
Já com relação às FORÇAS INTERNAS DE MUDANÇA, devemos 
compreender que no ambiente interno das organizações também sofremos 
processos de mudanças por causa de forças advindas dos processos de gestão/
administração, ou seja, em sua estrutura organizacional. São elas:
Atividades, habilidades e atitudes dos colaboradores: conforme a 
habilidade e atitude do colaborador, sua atividade pode mudar, pois conforme 
a capacidade técnica do colaborador, sua atividade laboral irá ser definida. E a 
mesma pode mudar: conforme a especialização constante (cursos, treinamentos 
etc.) do colaborador, o mesmo pode vir a desenvolver novas atividades dentro da 
organização.
Nas Diretrizes Organizacionais: a organização não pode ser estanque, 
ela poderá mudar seu grande objetivo (missão), em parte ou totalmente, ou seja, 
a organização pode vir a mudar de ramo ou público-alvo, então suas normas e 
diretrizes também mudam.
Nos objetivos: os objetivos, conforme a realidade da organização e do 
mercado, também podem mudar.
Na Tecnologia e recursos: conforme a necessidade organizacional, a 
tecnologia e seus recursos podem mudar.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
12
Prezado acadêmico, desafio você a fazer uma lista apontando as 
cinco principais mudanças relevantes que aconteceramcom você desde o 
seu nascimento, com relação à sua família, a você mesmo (ser individual), 
profissionalmente e sua vida em sociedade, preenchendo a tabela a seguir. 
Depois socialize com seus colegas no seu encontro presencial:
AUTOATIVIDADE
FAMÍLIA SUBJETIVA PROFISSIONAL SOCIEDADE
Agora que você refletiu sobre as principais mudanças que vivenciou ao longo de 
sua história e também conheceu um pouco mais os seus colegas, iremos compreender 
como poderemos lidar com estes processos de mudanças em nossas vidas.
Pois, prezado acadêmico, você saberia quais são as MANEIRAS DE 
LIDAR COM A MUDANÇA?
Temos duas madeiras distintas de lidar com os processos de transformação 
ou mudança, seja ela pessoal, profissional ou organizacional.
TÓPICO 1 | NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES
13
Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia o seguinte livro e 
assista ao filme indicado
LIVRO:
Vejamos:
Conforme Megginson, Mosley, Pietri Jr (1998), as mudanças poderão ocorrer:
NO PROCESSO REATIVO DE MUDANÇA: no qual a administração 
tenta conservar a organização em um ritmo constante resolvendo os problemas à 
medida que surgem cotidianamente.
NO PROCESSO PROATIVO OU PLANEJADO DE MUDANÇA: em 
que a administração tenta mudar estabelecendo um novo curso e não corrigindo 
o atual, deixando de lado o que vinha executando para desenvolver novas 
estratégias de ação.
Se você não mudar, MORRERÁ. (JOHNSON, 2000, p. 46).
IMPORTANT
E
INDICAÇÃO DE LEITURA E FILME COMPLEMENTAR
DICAS
FERREIRA, Ademir A., REIS, Ana Carla F., PEREIRA, Maria Isabel. 
Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e 
tendências da moderna administração de empresas. São 
Paulo: Thomson Learning, 2006.
FILME: MONSTROS S.A.
14
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado das 
NOVAS CONCEPÇÕES SOBRE O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES, no qual 
foram abordados os seguintes itens:
 Vimos que as mudanças sempre existiram, mas o novo é a velocidade com que 
elas estão ocorrendo na atualidade.
 Passamos rapidamente pela fase histórica do pensamento administrativo.
 Vimos que no decorrer da história da humanidade sobre a Terra, os seus modos 
e processos de gestão também vêm evoluindo e se transformando conforme a 
necessidade da própria sociedade.
 Estudamos as principais características que norteiam a nova e velha organização.
 Na administração a mudança é considerada parte da vida cotidiana.
 Vimos que a mudança tem várias formas, incluindo novos métodos de realizar 
o trabalho, novos produtos ou serviços, novas estruturas organizacionais e 
novas diretrizes de pessoal e benefícios para os empregados.
 Estudamos as diversas forças que causam as mudanças organizacionais, tanto 
as forças internas como externas à organização.
 Também vimos as duas maneiras como os gestores lidam com a mudança.
 Expusemos que a gestão organizacional é um processo que analisa 
constantemente o seu ambiente interno e externo, buscando identificar seus 
pontos fortes e fracos dentro da organização para assim melhorar os fracos e 
pontencializar os fortes, além de identificar suas oportunidades e ameaças no 
mercado para promover estratégias de ampliação de seus negócios.
 Vimos que as organizações devem gerir seus empreendimentos sociais, 
públicos ou privados de forma inovadora e conectadas com as transformações 
ambientais internas e externas às empresas.
 Vimos que o gestor público ou privado precisa estar apto a perceber, refletir, 
decidir e agir em condições diferentes do que no passado.
RESUMO DO TÓPICO 1
15
1 Vivemos num mundo de constantes transformações, tanto pessoais como 
profissionais e organizacionais. Deste modo, os processos de gestão também vêm 
se transformando ao longo da história da humanidade na Terra, situação que 
denota mudanças administrativas e organizacionais para que as organizações 
possam continuar competitivas no mercado. Portanto, classifique V para as 
sentenças verdadeiras que apresentem as PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
das novas organizações contemporâneas, e F para as falsas:
( ) Empregos estáveis.
( ) As grandes corporações fornecem segurança no emprego.
( ) O aprimoramento contínuo e a satisfação do cliente são essenciais.
( ) Os funcionários participam das decisões.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F – V – F – V.
b) ( ) V – F – F – V.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) F – F – V – V.
2 Mudança! Transformação! Modificação! Alteração! Mutação! Evolução! 
Entre outros adjetivos para representar o momento atual em que as 
organizações estão vivenciando. Neste sentido, se faz necessário que as 
organizações contemporâneas desenvolvam novos procedimetos de gestão 
e competências administrativas. Assim, analise as assertivas a seguir que 
representam as qualidades que proporcionem às organizações um elevado 
desempenho organizacional:
I – Conformidade e autoritarismo.
II – Inovador e compartilha poder e atenção.
III – Perspectiva global e cria coalizões, além de fomentar a colaboração.
IV – Atenção nos concorrentes e cria consenso quando necessário.
V – Portfólio de conhecimentos diversificados e é generalista com expertise 
em várias áreas.
Após a análise das assertivas acima, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As afirmativas I e IV estão corretas.
b) ( ) Somente a afirmativa IV está correta.
c) ( ) As afirmativas II, III e V estão corretas.
d) ( ) As afirmativas I, II e V estão corretas.
AUTOATIVIDADE
16
17
TÓPICO 2
A GESTÃO NA ATUALIDADE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
 INOVAR É PRECISO
 Tantas vezes pensamos ter chegado.
 Tantas vezes é preciso ir além.
 (Fernando Pessoa)
Neste tópico trabalharemos primordialmente as características da gestão 
na atualidade. Conceitos estes primordiais para o bom desempenho dos gestores 
públicos ou privados.
Iremos refletir e buscar compreender as principais características do conceito 
de gestão, pois todas as instituições, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro 
setor, necessitam ser geridas condizentemente para assim obter o sucesso almejado.
Neste sentido, este tópico proporcionará a você, prezado acadêmico, 
um momento de construção do conhecimento relativo a estes mecanismos 
organizacionais de gestão, em que se buscará apresentar os conceitos fundamentais 
de gestão institucional brasileira.
2 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA GESTÃO 
NA ATUALIDADE
Prezado acadêmico, inicialmente iremos refletir um pouco sobre o conceito 
de gestão em si, para posteriormente você compreender a importância da gestão 
no mundo institucional. Veja a figura a seguir:
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
18
FIGURA 3 - CONCEITO DE GESTÃO
GESTÃO
MEIO AMBIENTE
oportunidades
ameaças
É um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes e 
fracos da empresa, e das oportunidades e ameaças do meio ambiente com 
o intuito de estabelecer objetivos, estratégias e ações que possibilitem um 
aumento da competitividade empresarial.
objetivos 
estratégias 
ações
RESULTADOS
pontos fortes
pontos fracos
EMPRESAELEMENTOS 
BÁSICOS
FONTE: Adaptado de CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral da 
administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Então podemos expor que a gestão organizacional é um processo que 
analisa constantemente o seu ambiente interno e externo, buscando identificar 
seus pontos fortes e fracos dentro da organização, para assim melhorar os fracos 
e pontencializar os fortes, além de identificar suas oportunidades e ameaças no 
mercado para promover estratégias de ampliação de seus negócios.
O fato de que as COISAS SIMPLES é que verdadeiramente contam para o futuro 
da empresa.
ATENCAO
Agora devemos compreender que as organizações devem gerir seus 
empreendimentossociais, públicos ou privados de forma inovadora e conectadas 
com as transformações ambientais internas e externas às suas organizações. Para 
isto, as mesmas devem levar em consideração algumas regras básicas para esta 
gestão inovadora. Segundo Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (2001, p. 28), são 
elas: “Diagnóstico realista; criar desafios; ter clara a ambição estratégica; valorizar 
a criatividade; valorizar a implementação; e aprender a mudar.” 
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
19
• 	DIAGNÓSTICO REALISTA: devemos sempre e somente planejar, organizar, 
liderar e controlar nossas organizações pautados na realidade cotidiana da 
organização, ou seja, devemos tomar decisões sobre o que realmente está 
acontecendo dentro e fora da organização, em dados reais, estatísticos e 
históricos, e nunca sobre o que o outro está fazendo
• 	CRIAR DESAFIOS: devemos estar abertos a novas oportunidades, 
desenvolvendo assim um espírito empreendedor em nossa equipe de trabalho.
• 	TER CLARA A AMBIÇÃO ESTRATÉGICA: devemos saber qual o nosso negócio, 
a nossa missão, pois só assim poderemos ter claro o caminho que almejamos 
trilhar, ou seja, onde queremos chegar, qual objetivo queremos atingir.
• VALORIZAR A CRIATIVIDADE: sempre devemos valorizar a ideia, projetos 
e a criatividade de todos os integrantes de nossa equipe de trabalho, pois assim 
possibilitaremos a todos uma valorização do trabalho, gerando contentamento 
e qualidade nos processos organizacionais.
• VALORIZAR A IMPLEMENTAÇÃO: não podemos esquecer que não adianta 
de nada desenvolvermos o melhor planejamento e estratégia do mundo para 
solucionarmos os nossos problemas, se não dermos o devido valor e atenção 
de como iremos implementar o mesmo. Só um papel na gaveta não transforma 
a realidade cotidiana.
• APRENDER A MUDAR: outro fator fundamental num processo de gestão é 
aprender a mudar, estar aberto para as transformações naturais da vida.
NOTA
“Neste mundo de mudanças rápidas e constantes, vencem as empresas prontas 
a responder e a se antecipar às mudanças. Os piores inimigos da gestão moderna são a 
complacência e a arrogância, pois levam a ações modestas, muitas vezes mortais para a 
empresa”. (CRESPI APUD VASCONCELLOS FILHO E PAGNONCELLI, 2001, p. 16).
Mas, em que o GESTOR PÚBLICO OU PRIVADO precisa estar apto?
Ele precisa estar apto:
 A PERCEBER
 A REFLETIR
 A DECIDIR
 A AGIR
 Em condições totalmente diferentes do que antes
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
20
E isto demonstra que hoje os gestores, sejam públicos ou privados, 
necessitam dar ÊNFASE NA GESTÃO, principalmente no aperfeiçoamento 
contínuo dos processos e técnicas administrativas. E isto só é possível quando o 
gestor constantemente tomar a frente pelo aprendizado e a inovação.
As tranformações dos modos administrativos devem também levar em 
consideração outros aspectos fundamentais para uma boa gestão organizacional, 
ou seja, toda organização deve desenvolver alguns ATRIBUTOS ESSENCIAIS 
PARA COMPETIR neste mercado tão competitivo, que são:
QUADRO 4 - ATRIBUTOS ESSENCIAIS PARA COMPETIR
INFORMAÇÃO INOVAÇÃO VELOCIDADE
FLEXIBILIDADE ESPECIALIZAÇÃO
FONTE: A autora
Mas tudo isto não leva a nada se os gestores não levarem em consideração os 
OBJETIVOS da organização, que são primordiais para um bom desenvolvimento 
organizacional. Vejamos no quadro 05 estes objetivos das empresas:
QUADRO 5 – OBJETIVOS DA EMPRESA
FONTE: Adaptado de RICHERS, Raimar. Marketing: uma visão brasileira. P. 65. São Paulo: 
Negócio Editora, 2000
 SATISFAÇÃO DO CLIENTE: o objetivo principal é satisfazer o cliente, ou o 
público- alvo, pois se ele não gostar de nosso produto, ele não compra; se ele 
não compra, nós não vendemos, e se nós não vendemos não sobrevivemos 
ao mercado. Portanto, deve-se primordialmente pesquisar o que o cliente 
necessita, o que ele quer comprar, qual o seu desejo, para depois desenvolver o 
produto ou serviço a ser oferecido a ele.
OBJETIVOS 
DA 
EMPRESA
Responsabilidade perante os 
acionistas
Responsabilidade ecológicas 
etc.
Responsabilidade sociais
Satisfação dos empregados
Retorno sobre investimentos
Satisfação do cliente
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
21
 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO: é óbvio que toda empresa precisa 
ter seu retorno econômico, político e social sobre o seu investimento, ou ele não 
sobrevive ao mercado.
 SATISFAÇÃO DOS EMPREGADOS: outro fator primordial para as 
organizações é que seus colaboradores devem estar satisfeitos e motivados a 
desenvolver suas atividades, pois só assim os mesmos desempenharão suas 
funções com maior eficiência, eficácia e efetividade.
 RESPONSABILIDADE PERANTE OS ACIONISTAS: a organização também 
deve estar preocupada com seus sócios e investidores, portanto a organização 
deve primar por uma organização que seja sustentável.
 RESPONSABILIDADE SOCIAL: as organizações devem primar hoje em 
dia por uma forma de gestão que vise constantemente à ética profissional em 
todas as suas ações. Isto significa que as empresas públicas ou privadas devem 
desenvolver e fazer suas atividades, além de promover constantemente todas 
as relações com:
	seus funcionários,
	seus fornecedores,
	seus clientes,
	o mercado,
	o governo,
	o meio ambiente, e
	a comunidade
de uma forma socialmente responsável.
NOTA
Pois, ÉTICA não é discurso, é o que se traduz em ação concreta na hora de 
escolher 
• um produto ou serviço,
• o que é certo ou errado dentro ou fora da organização,
• uma política interna à organização,
• um plano, programa ou projeto social.
Ou seja, qualquer decisão dos gestores deve ser pautada por valores ético-morais, que são 
constituídos em sociedade.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
22
Nesse sentido, pensar em ética empresarial ou organizacional na 
atualidade significa pensar que as empresas devem e podem se relacionar 
de forma responsável com toda a sociedade em si, tendo como norte um 
comportamento íntegro e comprometido com a melhoria da qualidade de vida 
daquela determinada população.
 RESPONSABILIDADE ECOLÓGICA/AMBIENTAL: hoje e sempre, as 
organizações devem ter uma percepção, no desenvolvimento de seus negócios, 
de que devem constantemente MINIMIZAR OS IMPACTOS que geram 
sobre o meio ambiente e PROMOVER A RECUPERAÇÃO daqueles impactos 
que forem inevitáveis. Ou seja, as organizações devem ter por premissa a 
CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DOS RECURSOS NATURAIS.
 SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS: a sustentabilidade é uma, se não 
a mais importante característica da sobrevivência de uma organização, pois 
permite aos negócios das organizações (públicas ou privadas), através de 
seus processos de tomada de decisões, satisfazer as necessidades atuais da 
organização, sem comprometer a sua perpetuação ao longo dos tempos e a 
capacidade das futuras gerações de também satisfazer as suas necessidades 
no futuro. Ou seja, hoje, qualquer negócio, plano, programa ou projeto 
deveria estar em busca da realização dos seus objetivos sociais, ambientais e 
econômicos, para assim contribuir para o desenvolvimento sustentável de sua 
comunidade, região e a si mesmo.
A sustentabilidade dos negócios tem por fundamento:
- Que as atividades humanas e gerenciais não comprometam a perpetuação dos 
negócios e sobrevivência das futuras gerações; - Que cada decisão deve ser 
baseada no compromisso com o futuro da organização e de seus descendentes;
- Que nas decisões administrativas sejam levados em consideração os 
ecossistemas globais, e que os mesmos sejam produtivos e protegidos; - Que 
nos processos de decisões organizacionais sejam levadas em consideração as 
condições climáticas, e que as mesmas sejam estáveis e seguras; (ROCHA, 
DORRESTEIJN, GONTIJO, 2005).
Entre muitos outros objetivos organizacionais.Pois as transformações 
tecnológicas e as novas formas de organização do trabalho vêm colocando em 
xeque os métodos tradicionais de gestão empresarial no “banco dos réus”, pois os 
mesmos não se adaptam mais à realidade cotidiana das organizações.
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
23
Haw teve de admitir que o maior obstáculo à mudança está dentro de você 
mesmo, e que nada melhora até você mudar. (JOHNSON, 2000, p. 74).
ATENCAO
Sendo que os novos 
métodos de gestão empresarial, 
suas novas ferramentas de apoio 
e novos sistemas de informação 
levam as organizações a se 
aperfeiçoarem constantemente 
neste processo de mudança tanto 
tecnológica como humana. 
GESTÃO
PROVOCA MODIFICAÇÕES EM
TECNOLOGIA SISTEMASPESSOAS
Ou seja, as modificações causadas pela gestão empresarial provocam 
mudanças nas pessoas (com a necessidade de aperfeiçoamento e treinamento), 
tecnologia (novas tecnologias mais limpas) e sistemas (novos métodos de ação), 
como representada pela figura acima.
NOTA
“O progresso tecnológico e a globalização fazem com que seja necessário cada 
vez menos trabalho para produzir cada vez mais bens e serviços. Logo, a necessidade de 
trabalhadores diminuirá sempre mais”. Domenico de Masi
Pois as novas tecnologias vêm para organizar “o trabalho, acelerando 
o seu parcelamento e a intensidade de movimentos requeridos por parte do 
trabalhador. Essa nova forma de organização do trabalho exigia o desempenho de 
tarefas cada vez mais específicas do trabalhador para aumentar sua capacidade 
de produção em um dado período de tempo” (HELOANI, 2002, p. 69), gerando 
constantes transformações no âmbito fabril.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
24
Mas o que INFLUENCIA ESTAS MUDANÇAS dos processos de gestão?
Com as transformações da gestão empresarial podemos expor que as 
principais influências nos novos processos de gestão empresarial são:
1) O ambiente do negócio se tornou mais complexo;
2) Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão reestruturando o 
ambiente empresarial;
3) A globalização da economia;
4) A tecnologia da informação e da comunicação;
5) A incorporação de novos modelos, métodos, técnicas, instrumentos, atitudes e 
comportamentos, que são necessários a mudanças, inovações e à sobrevivência 
sadia e competitiva no mercado.
Então, como se processou a EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES em 
termos de modelos estruturais e tecnológicos?
Pois bem, partindo da concepção de que as mudanças e o conhecimento 
são tidos como novos paradigmas, e que os mesmos têm exigido uma nova postura 
nos estilos pessoais e gerenciais voltados para uma realidade diferenciada e 
emergente. Podemos observar que no AMBIENTE DE NEGÓCIOS (em qualquer 
lugar do mundo), as pessoas estão sentindo o reflexo das transformações 
organizacionais.
 Seja pelas mudanças introduzidas internamente pela:
 Reengenharia;
 Descentralização;
 O empowerment (empoderamento);
 Terceirização;
 Entre outros.
 Seja pelas transformações no cenário externo, como:
 O declínio de antigas empresas multinacionais;
 O surgimento de novos competidores.
NOTA
Hoje em dia o GESTOR da empresa enfrenta desafios totalmente novos do que 
antigamente.
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
25
Essa REALIDADE tem sido amplificada:
 Por inovações tecnológicas;
 Tranformações nas bases da concorrência;
 Surgimento de novos modelos de gestão; e
 Mudanças significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com as 
empresas fornecedoras de produtos e serviços.
Com relação às TEORIAS ADMINISTRATIVAS, podemos verificar que o 
lixeiro da TEORIA DE GESTÃO está CHEIO de teorias e técnicas que não deram certo.
• As empresas estão passando por grandes problemas e precisam aprender 
algumas lições diferentes.
• O importante é que precisam aprender já, principalmente identificar quais são os problemas 
que as afligem.
ATENCAO
Prezado acadêmico, em equipe, em sala de aula, identifiquem e debatam 
quais são os principais problemas que as empresas e nossas organizações 
sociais estão vivenciando na atualidade.
AUTOATIVIDADE
Notar cedo as pequenas mudanças ajuda-o a adaptar-se às maiores que 
ocorrerão. (JOHNSON, 2000, p. 71).
ATENCAO
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
26
Então, quais são estes PRINCIPAIS PROBLEMAS?
Os PRINCIPAIS PROBLEMAS organizacionais hoje são:
 Falta de ação inovadora, encorajada pela complacência dos dirigentes.
 Outro problema importante, e que ainda cresce com o tamanho da empresa, é 
a ausência de satisfação e de dedicação de seus empregados no trabalho.
 Perda de foco no cliente.
DICAS
Tocar os negócios de maneira como sempre tocamos, hoje é caminho certo 
para a morte do negócio.
Então, Nesse ambiente. a diferença entre:
Não existem soluções mágicas para os problemas da empresa. Qualquer solução exige 
muito suor e trabalho pelos dirigentes.
Está no melhor uso dos recursos disponíveis para 
atingir os objetivos focados.
Lucro e falência
O bom e o mau desempenho
Sucesso e fracasso
Mas, então, quais são as BASES FUNDAMENTAIS PARA O 
CRESCIMENTO ORGANIZACIONAL na atualidade?
As bases que devem nortear a gestão empresarial hoje em dia são:
 ESTRATÉGIAS BEM DEFINIDAS: ou seja, a organização deve ter bem clara 
a sua visão e missão organizacional, para saber com clareza e exatidão qual é o 
seu negócio, e assim definir suas estratégias de ação.
 FOCO CONSTANTE NO CLIENTE E NO PRODUTO: A organização não 
pode perder o foco no seu cliente (público-alvo), ou seja, a empresa precisa 
saber constantemente quais são as necessidades dos seus consumidores, para 
assim desenvolver seus produtos ou serviços.
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
27
 AÇÃO RÁPIDA: A organização deve agir rapidamente, não pode esperar 
para agir outro dia, pois seus concorrentes agem imediatamente com relação 
às mudanças do mercado. Então, toda organização que almeja ser competitiva 
no mercado deve ter por norte a ação imediata, ou seja, conforme a mudança, 
reagir adequadamente e rapidamente.
 FUNCIONÁRIOS AUTOMOTIVADOS: Este fator é importantíssimo, pois se 
nossos colaboradores estiverem satisfeitos e contentes, sua produtividade será 
eficiente e terá eficácia e efetividade em suas ações laborais.
NOTA
Estratégia e Gestão empresarial coerentes significam lucro para a organização.
Você se lembra de que na disciplina de TÉCNICAS DE GESTÃO estudou 
todas as funções administrativas? Pois bem, vamos relembrar seus aspectos 
fundamentais, que são primordiais para o nosso estudo. Vejamos:
De acordo com Robbins (2000, p. 33), as FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
são:
 Planejamento: função gerencial que abrange a definição das metas 
de uma organização, o estabelecimento de uma estratégia global 
para alcançá-las e o desenvolvimento de uma hierarquia abrangente 
de planos para integrar e coordenar atividades.
 Organização: função gerencial que inclui a definição de quais 
tarefas devem ser realizadas, quem deve realizá-las, como devem 
ser agrupadas, quem se reporta a quem e onde as decisões devem 
ser tomadas.
 Liderança: função gerencial que abrange a motivação dos 
funcionários, direção das atividades dos outros, seleção do canal de 
comunicação mais eficaz e solução de conflitos entre os membros.
 Controle: função gerencial que envolve o processo de monitoração 
das ativi- dades para garantir que sejam realizadas conforme 
planejado e o de correção de quaisquer desvios significativos.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
28
Mas como funciona este processo administrativo?
Vejamos a figura 04
FIGURA 4 - FLUXO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
FONTE: Adaptado de MEGGINSON, Leon C. , MOSLEY, Donald C. , PIETRI JR. Paul H. 
Administração: conceitos e aplicações. 4. ed. Tradução Maria Isabel Hopp. São Paulo: 
Harbra,1998.Direção
Organização
Planejamento
Controle
Este PROCESSO ADMINISTRATIVO deve seguir este ciclo de PLANEJAR, 
ORGANIZAR, DIRIGIR e CONTROLAR constantemente, para assim obter 
eficiência, eficácia e efetividade de seus negócios.
Neste sentido, devemos relembrar os conceitos fundamentais num 
processo de gestão empresarial, que são os conceitos de EFICÁCIA, EFICIÊNCIA 
E EFETIVIDADE, são eles:
QUADRO 6 - CONCEITO DE EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE
Eficiência é:
 
	Fazer as coisas de maneira adequada;
	Resolver problemas;
	Reduzir os custos.
	Eficiência está diretamente ligada a "fazer" 
corretamente as coisas por meio:
a) da solução de problemas;
b) da economia de recursos;
c) do cumprimento com as obrigações;
d) da diminuição dos custos;
e) da caracterização como "ganhador".
Eficiência
EFICIÊNCIA
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
29
Eficácia é:
 
	Fazer as coisas certas;
	Produzir alternativas criativas;
	Maximizar a utilização dos 
 recursos; e
	Aumentar o lucro.
	Já a eficácia está relacionada com "fazer 
as coisas corretas", o que significa manter 
uma postura gerencial moderna voltada 
para:
a) a antecipação aos problemas;
b) a otimização da utilização dos recursos;
c) a obtenção de resultados;
d) o aumento de lucros;
e) caracterizar-se como vencedor, ou 
seja, campeão.
Eficácia
EFICÁCIA
FONTE: Adaptado de MIRSHAWKA, Victor e OLMEDO, Napoleão Lupes. Manutenção: combate 
aos custos da não eficácia. São Paulo: McGraw-Hill Ltda., 1993. p. 5.
Efetividade é:
 
	Manter-se no ambiente; e
	Apresentar resultados globais
 positivos ao longo do tempo
 (permanentemente). 	Manter-se no ambiente;
	Apresentar resultados globais positivos 
 ao longo do tempo (permanentemente).
Efetividade
EFETIVIDADE
3 GESTÃO HOLÍSTICA
Prezado acadêmico, o gerenciamento holístico dentro de uma organização 
pontua as concepções de ENTRELAÇAMENTO e INTERLIGAÇÃO de todos 
os setores de uma organização. No qual, todos os departamentos daquela 
determinada organização devem atuar conjuntamente com o seu ambiente 
interno (a organização) e externo (o mercado e o meio ambiente).
Então, para que haja uma gestão holística organizacional, as mesmas 
devem levar constantemente em consideração as seguintes variáveis:
- Históricas
- Políticas
- Econômicas
- Socioculturais etc.
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
30
Pois sabemos que uma organização está inserida em um meio, e este 
meio possui elementos que devem ser considerados em um processo de gestão 
organizacional.
Assim, de acordo com Mendes (2002, p. 15):
deve-se criar no homem a ideia de viver em harmonia com a natureza, 
como parte integrante dela, de quem é reflexo e a quem modifica, 
humanizando- -a. E esta necessidade de que se crie uma nova 
consciência ecológica e se desenvolva uma nova postura ética perante 
a natureza é tarefa do gerencia- mento holístico.
Neste sentido, podemos expor que uma organização deve compreender 
em seus processos de decisões a visão geral de toda organização e o contexto 
em que a mesma está inserida, todos os fatores econômicos, políticos, sociais, 
culturais, territoriais, administrativos e ambientais.
NOTA
Pode-se dizer que, para sobreviver, uma organização tem que ser contemporânea 
do seu tempo. Ela precisa se ajustar às exigências das mudanças, pois vida é essencialmente 
mudança. (MENDES, 2002, p. 15).
Na concepção holística, segundo Mendes (2002, p. 15), “não só as partes 
de cada sistema se encontram no todo, mas os princípios e leis que regem o 
todo se encontram em cada uma das partes e todos os fenômenos ou eventos 
se interligam e se interpenetram, de forma global: tudo é interdependente”. Ou 
seja, numa gestão holística não podemos somar todos os elementos e fatores, os 
mesmos devem interagir constantemente, para que assim a organização possa 
obter os resultados esperados.
Quanto mais rápido você se esquece do velho queijo, mais rápido encontra um 
novo. E as velhas crenças não o levam ao novo queijo. (JOHNSON, 2000, p. 62 e 67)
ATENCAO
TÓPICO 2 | A GESTÃO NA ATUALIDADE
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Johnson (2000, p. 77 – grifo nosso) finaliza expondo que:
A mudança ocorre. Continuam a mexer no seu queijo.
ANTECIPE a mudança. Prepare-se para o caso de o queijo não estar no 
lugar.
MONITORE a mudança. Cheire o queijo com frequência para saber quando 
está ficando velho.
ADAPTE-SE rapidamente à mudança. Quanto mais rápido você se esquece 
do velho queijo, mais rápido pode saborear um novo.
Mudança. Saia do lugar assim como o queijo!
APRECIE a mudança. Sinta o gosto da aventura e do novo queijo.
Esteja preparado para mudar rapidamente muitas vezes. 
CONTINUAM MEXENDO NO QUEIJO.
INDICAÇÃO DE LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia o seguinte livro:
LIVRO: CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral 
da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado da 
GESTÃO NA ATUALIDADE, no qual foram abordados os seguintes itens:
 Vimos que os gestores hoje, sejam públicos ou privados, necessitam dar ênfase 
à gestão, principalmente no aperfeiçoamento contínuo dos processos e técnicas 
administrativas.
 Vimos também quais são os atributos essenciais para competir neste mercado 
tão competitivo, que são: informação, inovação, velocidade, flexibilidade e 
especialização.
 Vimos que hoje em dia o gestor da empresa enfrenta desafios totalmente novos 
do que antigamente.
 A gestão organizacional é um processo que analisa constantemente o seu 
ambiente interno e externo, buscando identificar seus pontos fortes e fracos 
dentro da organização para assim melhorar os fracos e potencializar os fortes, 
além de identificar suas oportunidades e ameaças no mercado para promover 
estratégias de ampliação de seus negócios.
 Vimos algumas regras básicas para esta gestão inovadora, que são: traçar um 
diagnóstico realista; criar desafios; ter clara a ambição estratégica; valorizar a 
criatividade; valorizar a implementação; e aprender a mudar.
 Vimos quais são os principais problemas que as organizações estão vivenciando 
na atualidade.
 Estudamos a questão da gestão holística.
 O gerenciamento holístico resgata a ideia de ENTRELAÇAMENTO e 
INTERLIGAÇÃO de todas as partes do meio ambiente em um sistema.
33
1 Prezado acadêmico, baseado na afirmação de Domenico de Masi abaixo, 
responda às seguintes indagações:
“O progresso tecnológico e a globalização fazem com que seja necessário 
cada vez menos trabalho para produzir cada vez mais bens e serviços. Logo, a 
necessidade de trabalhadores diminuirá sempre mais”.
a) Qual a necessidade de mão de obra nas empresas de capital no futuro?
 Em cinco anos: ____________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
 Em 10 anos: _______________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
 Em 20 anos: _______________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
b) Qual a tendência desta mão de obra? ________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2 Todo e qualquer processo de gestão administrativa de uma instituição, 
seja ela pública, privada ou do terceiro setor, passa pelo planejamento, 
organização, liderança e controle, para assim obter eficiência,eficácia e 
efetividade de seus negócios. Por conseguinte, assinale a alternativa que 
apresenta pelo menos uma das características primordiais da eficiência 
organizacional.
a) ( ) Eficiência é fazer as coisas certas, produzir alternativas criativas e 
maximizar a utilização dos recursos.
b) ( ) Eficiência é manter-se no ambiente, aumentar o lucro e apresentar 
resultados globais positivos ao longo do tempo.
c) ( ) Eficiência é manter uma postura gerencial moderna e fazer as coisas 
conforme a situação empresarial.
d) ( ) Eficiência é fazer as coisas de maneira adequada, resolver problemas e 
reduzir os custos.
AUTOATIVIDADE
34
35
TÓPICO 3
GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO 
UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
" Todo o mundo corporativo terá de ser 
repensado, reestruturado, reinventado, 
desde as relações com empregados e 
fornecedores até o uso da tecnologia 
e do marketing. O que você faz agora, 
qualquer que seja a sua empresa, vai 
sofrer profundas mudanças com a nova 
economia que terá uma nova lógica".
Arie de Geus
Shell
Prezado acadêmico, entre tantas transformações e mudanças em 
nossas organizações públicas ou privadas, como as do terceiro setor, devemos 
compreender como funciona a participação de todos os integrantes de um 
empreendimento institucional e do que se trata essa tal de gestão participativa.
No entanto, primeiramente iniciaremos nossa discussão compreendendo 
os sentidos da participação, ou seja, suas concepções iniciais, para posteriormente 
entendermos os processos de participação na gestão organizacional.
Além disso, traçaremos breves considerações a respeito da gestão 
participativa, pois o trabalho colaborativo e participativo está se tornando uma 
tendência muito forte em todos os setores corporativos de nossas instituições.
36
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
2 PARTICIPAÇÃO: CONCEPÇÕES INICIAIS
Caro acadêmico! O que entendemos por “PARTICIPAÇÃO”?
Primeiramente, vejamos o que Herbert de Souza (Betinho) tem a nos dizer 
sobre a participação.
Participação é um dos CINCO PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA. 
Sem ela, não é possível transformar em realidade, em parte da 
história humana, nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, 
diversidade e solidariedade. Falamos aqui de participação em todos os 
níveis, sem exclusão prévia de nenhum grupo social, sem limitações 
que restrinjam o direito e o dever de cada pessoa tomar parte e se 
responsabilizar pelo que acontece no planeta. Em resumo, cada um 
de nós é responsável pelo que acontece nas questões locais, nacionais 
e internacionais. SOMOS CIDADÃOS DO MUNDO e, portanto, 
correspon- sáveis por tudo o que ocorre. A única forma de transformar 
este direito em realidade é através da participação. (SOUZA, 2004, p. 
1 – grifo nosso).
Então, podemos expor que a participação é o princípio fundamental para 
a sobrevivência do homem, pois é ela que nos propicia vivermos em sociedade.
A participação é o caminho da democracia, e quanto mais ampla e profunda, 
melhor. (SOUZA, 2004, p. 2 – grifo nosso).
ATENCAO
Mas, quais são os PRINCÍPIOS que devem orientar a participação?
Vejamos a figura 05. 
TÓPICO 3 | GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL
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FIGURA 5 - PRINCÍPIOS QUE DEVEM ORIENTAR A PARTICIPAÇÃO
Pois a não participação 
também é considerada uma 
forma de participar. Ou seja, 
a omissão é participar, no 
sentido de protesto ou ir 
contra o que está se querendo 
fazer.
Participar é inserir-se 
nos processos de tomada 
de decisão, é expor suas 
ideias e opiniões, ativa ou 
passivamente. Ou seja, 
participar nada mais é do que 
concordar ou discordar do 
processo em parte ou como 
um todo.
Sendo que todas as 
contribuições devem ser 
valorizadas e voluntárias.
Ou seja, todos têm voz e vez 
constante em todo o processo 
em que estão inseridos.
Pois requer treino e, 
fundamentalmente, mudança 
de comportamento e de 
atitude.
FONTE: Adaptado de CORDIOLI, Sérgio. Enfoque participativo, um processo de mudança: 
conceitos, aplicação e prática. Porto Alegre: Gênesis, 2001.
PRINCÍPIOS DA PARTICIPAÇÃO
Participar vai muito além de 
estar presente.
1º
Participar signifi ca:
• Tomar parte no processo.
• Emitir opinião.
• Concordar/discordar.
2º
Em um processo 
participativo deve ocorrer o 
respeito às ideias de todos.
3º
4º
Deverá haver, em todo o 
processo, envolvimento 
individual e permanente, 
considerando que a 
participação é indivisível.
5º
A participação é um 
processo.
38
UNIDADE 1 | GESTÃO EMPRESARIAL CONTEMPORÂNEA
Consequentemente, PARTICIPAR nada mais é do que fazer parte de 
um determinado grupo, seja social, político, econômico, familiar, entre outros. 
Pois, nestes grupos fazemos parte ativa ou passiva nos processos de tomada de 
decisões, no planejamento de ações, na concepção de instrumentos e ferramentas 
de gestão, na elaboração e produção de bens e serviços, no consumo etc.
Nesse sentido, a participação é para TODOS e não só para algumas 
pessoas privilegiadas, pois não pode ser restringida por qualquer fator subjetivo.
A participação é um direito de todos, sem restrições de cor, raça, etnia, 
religião, partido político, entre outros fatores.
Mas, prezado acadêmico, quais são os PRESSUPOSTOS BÁSICOS da 
participação?
Vejamos:
A participação tem os seguintes pressupostos básicos:
1 Melhorar as CONDIÇÕES dos processos de tomada de decisão e das ações 
coletivas: em que este pressuposto aponta que a participação das pessoas em 
si possibilita uma melhoria significativa nos processos de tomada de decisão, 
pois se denota que com a participação ativa de todos os integrantes no processo 
de gestão e planejamento surjam:
- os saberes;
- as experiências;
- as necessidades.
 Dos participantes dos grupos, seus parceiros e colaboradores.
Estes elementos subjetivos dos integrantes, pela visão holística, integram 
de forma interdisciplinar uma visão ampliada sobre o problema ou a oportunidade 
em que se está trabalhando dentro da organização.
2 Elevar a CORRESPONSABILIDADE DOS ATORES SOCIAIS com relação às 
atividades correlacionadas ao objeto de estudo e análise: em que no processo 
de participação da elaboração de um plano, programa ou projeto, além da 
execução dos mesmos, o sujeito deva compreender a sua responsabilidade com 
o processo, e que sua participação poderá ter aspectos positivos ou negativos.
3 Promover o APRENDIZADO SOCIAL: a participação é um processo que 
eleva o sujeito subjetivo ao sujeito social. Em outros termos, com a participação 
ativa ou passiva, as pessoas possuem a possibilidade de chegar à sua 
“EMANCIPAÇÃO CIDADÔ e à DEMOCRACIA.
4 Aprimorar a ARTICULAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE INTERESSES: a 
participação propicia ao sujeito a exposição de seus interesses e contribuições 
sobre as questões do coletivo social.
TÓPICO 3 | GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO COMO UM NOVO CAMINHO ORGANIZACIONAL
39
NOTA
A participação pode assumir a forma de uma simples ação pessoal. Ou pode 
organizar e motivar a formação de grupos e instituições. Todas são válidas e ocorrem na vida 
real. (SOUZA, 2004, p. 1).
Souza (2004, p. 1 – grifo nosso) expõe que “só com AMPLA 
PARTICIPAÇÃO podemos lutar pelos princípios da democracia, neutralizando 
as formas de autoritarismo frequentes em nossa sociedade. É através dela que se 
acaba com a desordem de um status quo injusto, que produz a marginalização. E é 
também através dela que superamos a resignação e o medo. Só assim são geradas 
as condições para o exercício pleno da liberdade e da cidadania, só possíveis em 
uma sociedade democrática.”
Então, prezado acadêmico, quais as principais FINALIDADES da 
participação em si?
Vejamos:

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