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Resumo av2 Psicologia Jurídica • Ciência da consciência – Psicologia cientifica O Estruturalismo define a Psicologia como ciência da consciência ou da mente, definição herdada de Wundt. Mostra- nos que a mente seria a soma dos processos mentais. Edward Titchener o objetivo da Psicologia seria a tarefa de descobrir quais são os elementos mentais, o conteúdo e a maneira pela qual se estruturam. Usa-se a introspecção para chegar a eles, que é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção as crenças, as imagens mentais, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, táteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de idéias). Psicologia científica - se dedica à descrição, à explicação, à previsão e ao controle do desenvolvimento do seu objeto de estudo (lógica das ciências naturais). Ao se firmar apenas neste solo naturalista, acabou negando o próprio homem em sua humanidade, reduzindo-o àquilo que pudesse ser visto e medido. O objeto de estudo da Psicologia - o Homem em sua integralidade/humanidade. • Conhecimento científico x senso comum Conhecimento de senso comum / conhecimento espontâneo / conhecimento empírico – é a compreensão do mundo baseada no aprendizado acumulado de gerações anteriores, assistemático e não supõe o uso de método. Psicologia do senso comum ou Psicologia ingênua, o conjunto de ideias, crenças e convicções transmitidas culturalmente e que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. Conhecimento científico – aquele que resulta de investigação metódicas, sistemática da realidade. • Características do conhecimento científico – confiável, verificável e objetivo. Constituiu-se a partir da instauração de métodos de investigação rigorosos que permitiram a formulação de explicações e compreensão das causas e efeitos dos fenômenos observados na natureza, suas formulações são sistemáticas, baseadas em fatos verificáveis e controláveis através de experiências. Chegando a conclusões gerais objetivas. • Tipos de Família Nuclear - família padrão, dita tradicional. Pais casados morando com seus filhos biológicos. Monoparental - é aquela em que apenas um dos pais de uma criança arca com as responsabilidades de criar o filho. Podem ser beneficiadas por uma rede de apoio social e afetiva, ou seja, pela presença de pessoas significativas, sejam da família extensa, amigos ou membros da comunidade, com os quais possam manter relações afetivas. Família recomposta ou família reconstituída - Define-se pela presença, no lar, de filhos provenientes de uniões anteriores de um ou de outro cônjuge, ou seja, uma pessoa que já tem uma família leva seus filhos, oriundos desta família, para conviverem com a sua nova relação, que pode também já ter filhos. Não existe uma família recomposta típica. Famílias homoafetivas - Colocam em questão o modelo tradicional fundado na reprodução biológica e a heterossexualidade do casal, pois as crianças não nasceram de sua união sexual. • Senso Comum Psicologia do senso comum ou Psicologia ingênua, o conjunto de ideias, crenças e convicções transmitidas culturalmente e que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. compreensão do mundo baseada no aprendizado acumulado de gerações anteriores, assistemático e não supõe o uso de método. • Estudo Pericial Perito psicólogo e assistente técnico A perícia é um estudo realizado por especialistas escolhidos pelos magistrados, de acordo com a matéria. Esse estudo é considerado uma prova no processo, complementando as provas documentais, confessionais e testemunhais. Os peritos são os profissionais de confiança do juízo e têm alguns compromissos: a imparcialidade na avaliação do caso; apresentar um parecer técnico para o magistrado; e responder aos quesitos formulados no documento. Perito e Assistente técnico Nas situações em que encontramos partes em oposição, além da perícia, está previsto o direito de contratação de assistentes técnicos. Esses profissionais, psicólogos, estarão acompanhando os resultados do trabalho realizado pelo perito, profissional de confiança do juiz, confirmando ou rejeitando suas conclusões Documentos elaborados pelo psicólogo no judiciário No Judiciário, os documentos elaborados pelo psicólogo são provas processuais, auxiliando para esclarecer controvérsias e decisões judiciais. O psicólogo realizará a avaliação psicológica podendo utilizar instrumentais próprios de sua técnica (entrevistas, testes, observações, dinâmicas) que servem para coletar dados, realizar estudos e interpretações de informações sobre as pessoas atendidas Declaração - É um documento que informa a ocorrência de fatos e situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico. Por exemplo: o Sr. X está em atendimento psicológico há dois anos, na frequência de duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, às 11 horas. Atestado - É um documento elaborado pelo psicólogo que informa determinada situação ou estado emocional da pessoa atendida. Na realidade, pode ser usado para justificar faltas, impedimentos, aptidões ou não para realizar atividades, afastamentos ou dispensas. No atestado pressupõe-se que a pessoa foi avaliada pelo psicólogo. Relatório ou Laudo Psicológico - É uma apresentação descritiva sobre situações e/ou condições psicológicas acompanhadas de suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais. Ele é formado pelos dados que foram colhidos na avaliação psicológica e analisados a partir de um referencial teórico e técnico, adotado pelo profissional Parecer - É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão psicológica que se quer esclarecer. O resultado do parecer pode ser indicativo ou conclusivo. Esse documento é produzido por uma pessoa considerada “expert” na área. Podemos dizer que é a avaliação de um especialista sobre uma “questão-problema”. O objetivo é tentar resolver dúvidas em relação a uma tomada de decisão. Ao elaborar esses documentos, o psicólogo deve ter cuidado com as questões éticas que estão envolvidas nessas situações. • O exercício profissional dos psicólogos no âmbito judiciário é marcado por uma predominância das atividades de confecção de laudos, pareceres e relatórios. • Pressuposto → cabe à Psicologia, no âmbito judiciário, uma atividade predominantemente avaliativa e de subsídio aos magistrados. • O que é Psicologia como ciência Psicologia é a ciência da alma e da mente. É a ciência que estuda a mente e o comportamento. • Atuações do psicólogo com exemplos Psicologia Jurídica: principais campos de atuação há um predomínio das atividades de confecções de laudos, pareceres e relatórios. Pressupõe-se que compete à Psicologia uma atividade de cunho avaliativo e de subsídio aos magistrados. Importante: ao concluir o processo de avaliação, o psicólogo pode recomendar soluções para os conflitos apresentados. Jamais o psicólogo pode determinar os procedimentos jurídicos que devem ser tomados. Juiz → decisão judicial. Ramos do Direito que frequentemente demandam o trabalho do psicólogo: Direito da Família, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Civil, Direito Penal e Direito do trabalho. • Caso do Rafael Internação 13 e o caso da Joana 9 Gabarito: Caso 9 Caso 13 1 – Violência física, psicológica e verbal 1 – Internação em estabelecimento educacional, medida socioeducativa. 2 – E 2 – B 3 – D 3 – E 4 – E • Objeto de estudo da psicologia O objeto de estudoda Psicologia - o Homem em sua integralidade/humanidade. Homem - ser simbólico - capaz de perceber, de refletir, de sentir e de significar e ressignificar o mundo constantemente. Sua capacidade de linguagem e raciocínio o possibilita transformar suas relações com o mundo e com os outros homens. Homem - ser histórico - capaz de criar história, de perceber passado, presente e futuro, de ter planos, projetos, medos, sonhos, expectativas e desejos. • Primeiro laboratório de psicologia Primeiro laboratório psicológico foi fundado pelo médico alemão Wilhelm Wundt, em 1879, em Leipzig, na Alemanha. Seu interesse se havia transferido do funcionamento do corpo humano para os processos mais elementares de percepção e a velocidade dos processos mentais mais simples. Esse laboratório formou a primeira geração de psicólogos preocupados com a Fisiologia. • Oito estágios de Erick Ericson A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO. DESENVOLVIMENTO HUMANO Esquema de Desenvolvimento de Erik Erickson 1. Confiança X Desconfiança (até um ano de idade -Durante o primeiro ano de vida a criança é dependente das pessoas que cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, locomoção e aprendizado de palavras.O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir que tem segurança e afeto. 2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano)-Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade. Se for criticada desenvolverá vergonha e dúvida provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. 3. Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano)-Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos. 4. Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)-Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando a escola, o que propicia o convívio com outras pessoas, o que exigirá maior sociabilização e cooperatividade. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. 5. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)-O quinto estágio ganha contornos diferentes devido à crise psicossocial( teoria psicossocial) que nele acontece, ou seja, Identidade Versus Confusão. 6. Intimidade X Isolamento (jovem adulto)-Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento. 7. Produtividade X Estagnação (meia idade)-Pode aparecer uma dedicação à sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material. 8. Integridade X Desesperança (velhice)-Se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança. • Mediação como método de resolução de conflitos É um meio de solução de conflitos em que duas ou mais pessoas, com a colaboração de um terceiro, que é o mediador, expõem o problema. O mediador as escuta, questiona e vai trabalhando com elas a comunicação, de forma construtiva, para chegar, eventualmente, a um acordo. Esse profissional deve ser capacitado, imparcial, independente e escolhido ou aceito pelas partes. Método interdisciplinar com conhecimentos científicos oriundos da Psicologia, Sociologia, Antropologia, Direito e Teoria dos Sistemas. Mediandos, na mediação, não são tratados nem devem se comportar como adversários, mas como coautores da solução daquele conflito, auxiliados pelo mediador. Para os mediadores e conciliadores no Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça, na Resolução 125/2010, desenvolveu um conteúdo programático mínimo e ações voltadas à capacitação em métodos consensuais de solução de conflitos, para magistrados da Justiça Estadual e da Justiça Federal, servidores, mediadores, conciliadores e demais facilitadores da solução consensual de controvérsias. • Lei maria da penha A Lei Maria da Penha ou lei nº 11.340 de 7 de agosto de 2006, surgiu com o objetivo de responder às necessidades e anseios das mulheres vítimas de violência conjugal, diante dos problemas relativos à aplicação da lei nº9.099 de 2005 (que você já tomou contato), em situações de violência doméstica. Considerado qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como privada. A violência pode ser uma forma patológica de comunicação entre os parceiros. A violência não surge de repente, mas é a expressão de uma situação crônica que vai, aos poucos, destruindo as defesas da mulher, até deixá-la completamente entregue ao agressor. Uma das formas de entender a violência nas relações de casal é através da compreensão de que esta situação é a expressão de uma relação de poder, em que se encontra presente a dinâmica subordinação/dominação. Art. 5º Para os efeitos desta lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. • Tipos de violência, doméstica e gênero quando a vítima for mulher. Violência física, Violência psicológica, Violência sexual, Violência patrimonial, Violência mora Violência estrutural - Nesse grupo de classificação da violência se enquadram aquelas violências que negam a cidadania para alguns indivíduos ou determinados grupos de pessoas, pautados principalmente na discriminação social contra os “diferentes”. Violência urbana - As formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como: 1) assassinatos, 2) sequestros, 3) roubos e, 4) outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimônio formam um conjunto que se convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes cidades. Violência institucional - A violência institucional é aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços como hospitais, postos de saúde, escolas, Delegacias, Judiciário. É perpetrada por agentes que deveriam proteger as vítimas de violência garantindo-lhes uma atenção humanizada, preventiva e também reparadora de danos. Violência simbólica - A violência simbólica é um tipo de atentado, desvalorização ou restrição do patrimônio material ou imaterial de determinado grupo identificado culturalmente. São relações estabelecidas entre grupos dominantes e dominados que aparecem de forma “naturalizada”. A violência simbólica é sutil e permeia nosso cotidiano de forma implícita. Violência doméstica - A violência doméstica é o tipo de violência que ocorre no lar, compreendido como o espaço de convívio permanentede pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. Existem cinco tipos de violência doméstica: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A negligência é o ato de omissão do responsável pela criança/idoso/outra (pessoa dependente de outrem) em proporcionar as necessidades básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento. Violência psicológica - Violência psicológica é um tipo de violência que geralmente ocorre de forma “indireta”, como humilhações, ameaças, palavrões, privação de liberdade, entre outras. A agressão não ocorre necessariamente em seu corpo, mas a violência gera transtornos de natureza psicológica, constrangendo a vítima a adotar comportamentos contra sua vontade ou tirando-lhe a liberdade. Violência sexual - A violência sexual ocorre quando o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência física. Violência verbal - Muitas pessoas confundem a violência verbal. Ela pode ocorrer através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento do que os métodos utilizados habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os interrogatórios infindáveis. Violência física - É o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns, murros, tapas e agressões com diversos objetos e queimaduras. • Personalidade sua constituição • Característica da justiça restaurativa Autor do ato infracional - busca-se alcançar a responsabilização, sem deixar de oferecer-lhe o apoio de que necessita. Vítima - atendimento e acolhimento de sua dor, bem como a oportunidade de ressignificação e restituição de dano, mesmo que simbolicamente. Protagonistas: vítima, ofensor e sua comunidade
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