Prévia do material em texto
FARMACOCINÉTICA 1. ABSORÇÃO 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES Vias de administração: Oral Parenteral (IM) Nasal Retal Tópica (gel, discos, adesivos, pellets) Discos: sublingual, subcutâneo (escroto) Adesivos: bucais, pele, períneo (*doping) Pellets: implantadas debaixo da pele injetor adequado ou incisão cirúrgica região infra-escapular ou linha axilar superior doping 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES http://www.nida.nih.gov/index.html A testosterona pd ser modificada por 3 vias: A - esterificação do grupo –OH na posição 17; B -alquilação do C17; C - modificação do núcleo esteróide. Modificações da estrutura química da testosterona Derivados da testosterona 1. Ésteres (Via parenteral: IM) 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES ↑ Lipossolubilidade Liberação circulação + lenta ↑ Tempo de ação* ↓Toxicidade hepática ↓ Potência (efeito) * Doping (30 dias urina) *não são muito usados clinicamente Derivados da testosterona 2. Alquilados 3. Anel esteróide alterado 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES Boa absorção gástrica ↓ metabolismo hepático ↑ Toxicidade hepática ↑ Potência (efeito) ½ vida curta (10-20 min)* * Doping (14 dias urina) (Via Oral) FARMACOCINÉTICA 2. DISTRIBUIÇÃO Distribuição: Esteróides Sexuais são transportados no sangue por proteínas plasmática 98% ligado* 2% livre *Efeitos colaterais: problemas hepáticos (↓ albumina) ou interações medicamentosas que causam competição (antiinflamatórios). 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES Transporte dos esteróides por proteínas plasmáticas 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES FARMACOCINÉTICA 3. METABOLISMO BIOSSÍNTESE E DEGRADAÇÃO DA TESTOSTERONA 4. BIOSSÍNTESE E DEGRADAÇÃO DOS HORMÔNIOS ESTERÓIDES (DHEA) 4. BIOSSÍNTESE E DEGRADAÇÃO DOS HORMÔNIOS ESTERÓIDES BIOSSÍNTESE DA TESTOSTERONA 4. BIOSSÍNTESE E DEGRADAÇÃO DA TESTOSTERONA testosterona estrógenosDHT 0,1% Receptores Esteroidais Intracelulares Receptores Esteroidais Intracelulares lipossolúvel lipossolúvel Maior Afinidade pelo receptor: (Doses mais baixas produzem o mesmo efeito da testosterona) Forma complexo H+R mais rápido Dissociação mais lenta FARMACOCINÉTICA 4. EXCREÇÃO Excreção: Esteróides sexuais naturais: 90% na forma metabolizada (DHT, androstenediona) Esteróides sexuais sintéticos: % menor ou inalterada 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES EXCREÇÃO RENAL DOS METABÓLITOS DA TESTOSTERONA etiocolanolona androsteronao Dehidrotestosterona (DHT) TESTOSTERONA estradiol Os principais metabolitos que se eliminam pela urina, previamente conjugados com ácido glucorónico e sulfatos, são a etiocolanolona e androsterona, ambos inativos. FARMACOCINÉTICA CICLOS DE ADMINISTRAÇÃO (DOPING) Esquemas de administração (esportes/estética): 1. Empilhamento (Stacking): uso de 2 ou mais substâncias ou esteróides (Oral/IM) 2. Pirâmide: baixa dosagem aumenta 10 a100 vezes baixa dosagem 3. Ciclos (Cycling): uso por 6 a 12 semanas Interrupção por 3 a 4 semanas Repetição do ciclo 4. Mista: combinação de mais de 1 esquema 7. FARMACOCINÉTICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES FARMACODINÂMICA: MECANISMO DE AÇÃO 8. FARMACODINÂMICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES MECANISMO DE AÇÃO 8. FARMACODINÂMICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES MECANISMO DE AÇÃO 8. FARMACODINÂMICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES Molécula-Alvo: receptores esteroidais intracelulares Órgãos-alvo: 1) Testículos (> no. de receptores: produção sptz) 2) Músculo Esquelético (distribuição diferentes: trapézio) 3) Músculo Estriado Cardíaco (receptores com a mesma afinidade) 4) Rins (↑ retenção Na+/K+/ água= edema) 5) Fígado (↑ LDL ruim, ↓ HDL bom= problemas cardiovasculares) 6) SNC hipotálamo, hipófise,=feedback negativo sist. límbico=euforia, bem estar, dependência abstinência, depressão 7) Ossos osteoclastos/osteoblastos (matriz óssea) células sangue (hemácias, plaquetas (+agregação plaq.)) 8. FARMACODINÂMICA DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES Esteróides Androgênicos Anabolizantes (EAA): Procura por drogas com efeitos anabolizantes maiores e androgênicos menores Treinamento de força (strength training): -Aumenta a liberação de GH, IGF-1 e Miogenina no sangue -Diminui a liberação de miostatina *Goserelin: bloqueia a ação da testosterona endógena * Efeitos da testosterona (exógena) após 5 semanas de treinamento físico Bhasin et al, 2001 Massa magra Massa gorda Força “leg press” Volume da coxa PSA Volume do quadriceps Função sexual Nível de IGF-1 25 50 125 600300 25 50 125 600300 Andrógenos Os receptores de andrógenos estão presentes em fibroblastos, células da musculatura lisa e células satélites. A chave para a hipertrofia muscular induzida pelos andrógenos parecem ser as células satélites. A ativação dos receptores de andrógenos em célula satélites pela testosterona induz à proliferação e diferenciação destas células. Já na fibras musculares a ativação de receptores de andrógenos está associada ao aumento da expressão de IGF-1 e a inativação da via dos glicocorticóides. Exames clínicos e físicos solicitados para pesquisa com Testosterona e GH Sattler et al, 2009 Exames clínicos e físicos solicitados para pesquisa com Testosterona e GH Sattler et al, 2009 Mecanismos anabólicos envolvidos na hipertrofia muscular A primeira resposta anabólica é o acúmulo de proteínas específicas envolvidas no aumento (enlargement) de fibras musculares. O segundo passo parece ser a proliferação e diferenciação de células satélites roviding núcleos adicionais ao aumento (enlarging) de fibras musculares. O terceiro fator parece ser a expressão de genes envolvidos em um treinamento de força, chamados Fatores Reguladores Miogênicos, expressos tanto em células satélites quando fibras musculares e envolvidos na proliferação e diferenciação das células. Kadi & Thornell, 2000; Charge & Rudnicki, 2004; Ishido et al. 2004 Mecanismos anabólicos envolvidos na hipertrofia muscular 1. Acúmulo de proteínas específicas Os efeitos anabólicos da insulina resultantes do exercício físico podem, ainda, estimular o transporte de aminoácidos para dentro da célula e/ou aumentar, ao nível ribossômico, a eficiência do processo de tradução, atuando na etapa de iniciação da síntese protéica (O’Brien & Granner, 1991). O’Brien, R. M. & Granner, D. K. (1991). Regulation of gene expression by insulin. Biochemical Journal, 278, 609-619. Essa resposta hipertrófica ou hiperplásica do músculo ao exercício físico pode ser indiretamente determinada pela razão proteínas totais/DNA e pela concentração de DNA muscular respectivamente, como reportado por Luciano e Mello (1998). Luciano, E. & Mello, M. A. R. (1998). Atividade física e metabolismo de proteínas em músculos de ratos diabéticos experimentais. Revista Paulista de Educação Física, 12 (2), 202-209. Mecanismos anabólicos envolvidos na hipertrofia muscular 1. Acúmulo de proteínas específicas Tendo em vista que o exercício físico é uma condição na qual observa-se uma rápida mobilização e redistribuição energética para o desempenho da atividade muscular, inúmeras alterações nas secreções hormonais e no metabolismo tornam-se necessárias para a manutenção da homeostasia orgânica. A redução das concentrações séricas de glicose e insulina na condição de repouso poderia indicar uma adaptação metabólica com aumento da captação deste substrato pelos tecidos periféricos (Luciano & Lima, 1997). Luciano, E. & Lima, F. B. (1997). Metabolismo de ratos diabéticos treinados submetidos ao jejum e ao exercício agudo. Revista de Ciências Biomédicas, 18, 47-60. o aumento da sensibilidade periférica à insulina pós-exercício, o aumento do número de transportadores de glicose “GLUT 4” translocados no músculo, e a estimulação mecânica decorrente do processo de contração muscular repetida podem favorecer o “aproveitamento” da glicose circulante na síntese glicogênica.Efeitos metabólicos da testosterona Cadore et al, 2008 A testosterona é um potente estimulador da sintese de proteinas (Griggs RC, Kingston W, Jozefowcz RF, Herr BE, Forbes G, Halliday D. Effects of testosterone on muscle mass and muscle protein synthesis. J Appl Physiol 1989; 66: 498-503.), o que ocorre através da interação do hormônio com seu receptor especifico na célula muscular. Além disso, esse hormônio influencia a produção de força devido ao estímulo para transição das fibras do tipo II a um perfil mais glicolitico (Ramos E, Frontera WR, Llopart A, Feliciano D. Muscle strength and hormonal levels in adolescents: gender related differences. Int J Sports Med 1998; 19: 526-31), ao aumento da liberação do fator de crescimento semelhante a insulina I (IGF- I), mediada por sua influencia na amplitude de pulsos do hormônio do crescimento (GH) (36), além da influência na síntese de neurotransmissores importantes para a contração muscular. Efeitos metabólicos da testosterona Cadore et al, 2008 Foi observado (ratos) que o aumento da testosterona induzida pelo exercício em ratos machos tinha correlação com o aumento do lactato sanguíneo. Têm sido demonstrado que os métodos de TF que objetivam a hipertrofia ou a resistência muscular são tipos de treinamento físico com alta produção de lactato (11), o que sugere uma forte relação com o mecanismo de aumento da testosterona via estimulação do lactato nos testículos. 2. Células Satélites Miogênicas Esgro, 2009 Ações da testosterona no músculo esquelético Testosterona induz hipertrofia de fibras musculares tipo I (rápidas) e II (lentas) (Kadi et al, 1999). slow-twitch (type I), and fast-twitch (type II) fibres Fatores positivos e negativos que levam a hipertrofia muscular via células satélites Solomon and Bouloux, 2006 Antiinflamatórios diminuem o número de Células Satélites Miogênicas após um treinamento físico Mackey et al, 2007 Antiinflamatórios esteroidais (corticóides) possuem efeito catabólico SOLOMON and BOULOUX, 2006 A atrofia induzida por glicocorticóides parece ser específica para fibras do tipo II ou fibras musculares fásicas. Em períodos de inatividade muscular a ausência de sinais mecânicos leva ao aumento do efeito catabólico dos glicocorticóides. O mecanismo de ação dos glicocorticóides envolve o aumento da liberação de miostatina e glutamina sintetase, a última via de interação do receptor de glicocorticóide com o promotor da glutamina sintetase. Os glicocorticóides inibem a secreção fisiológica de hormônio do de crescimento (GH) e reduz a atividade do IGF-1. FARMACODINÂMICA: EFEITOS COLATERAIS DOSES DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES X EFEITOS COLATERAIS Testosterona 15 a 150 mg/dia: Homens: efeitos feminilizantes (atrofia testicular, ginecomastia, azoospermia) Mulheres: efeitos masculinizantes (atrofia mamária, hipertrofia clitóris, voz grave) Estanozolol 125 mg, 2X/semana, 1 mês (Levantadores de Peso): Falência renal com necrose tubular renal Metandienona 10mg/dia, 6 semanas: teste de força mostrou resultados iguais ao grupo controle (placebo) 11. EFEITOS COLATERAIS Efeitos adversos dos EAA: V- Virilizantes; F- Feminilizantes; T- Tóxicos. 11. EFEITOS COLATERAIS Efeitos adversos dos EAA: V- Virilizantes; F- Feminilizantes; T- Tóxicos. A lesão parcial pode ser tratada de forma conservadora com antiinflamatórios e fisioterapia específica, caso não haja melhora e a dor restrinja as funções do paciente pode-se realizar uma cirurgia que transforma a lesão parcial em total e reinserção do tendão na tuberosidade biceptal no osso rádio. Dr. José Carlos Garcia Jr. (PUC-Campinas) Lesão Parcial do M. biceps em atleta usuário de esteroide. 11. EFEITOS COLATERAIS Efeitos adversos dos EAA: V- Virilizantes; F- Feminilizantes; T- Tóxicos. Segundo site da BBC (Londres), o rapaz chegou ao hospital, em Düsseldorf, Alemanha, reclamando de febre e com várias feridas profundas e pequenos tumores por todo o peito e parte das costas. Além disso, durante os exames, os médicos identificaram redução no volume dos testículos e baixa produção de esperma. (Revista THE LANCET, 2008-Doenças Infecciosas, Neurologia, Oncologia) Tumores e Acnes provocadas por consumo de esteróide anabolizante http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/7575024.stm 11. EFEITOS COLATERAIS Efeitos adversos dos EAA: V- Virilizantes; F- Feminilizantes; T- Tóxicos. REFERÊNCIAS RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J. 2007. Farmacologia, Ed. Elsevier. HILLMAN, N.S.K. 2000. Avaliação, Prevenção e Tratamento Imediato das Lesões Esportivas. Ed. Manole. LISEM.L.Z. ; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS. 1999. O abuso de esteróides anabólico-androgênicos em atletismo. Rev Ass Med Brasil; 45(4): 364-70 RIBEIRO, PCP. 2001. O uso indevido de substâncias: esteróides anabolizantes e energéticos. Adolesc Latinoam 2 (2). DA SILVA, PRP; DANIELSKI, R; CZEPIELEWSKI, MA. 2002. Esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte 8 (6). ROCHA, FL; ROQUE, FR; OLIVEIRA, EM. 2007. Esteróides anabolizantes: mecanismos de ação e efeitos sobre o sistema cardiovascular. O MUNDO DA SAÚDE São Paulo. 31(4):470-477 Gebara, OCE; Vieira, NW; Meyer, JW; Calich, ALG; Tai, EJ; Pierri, H; Wajngarten, M; Aldrighi. JM. 2002. Efeitos Cardiovasculares da Testosterona. Arq Bras Cardiol, volume 79 (nº 6), 644-9. http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0607/esteroides/index.html