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Virgílio de Melo Langoni Márcio Aparecido Arruda Florisvaldo Cardozo Bomfim Júnior Revisão técnica Guilherme Henrique Alves Circuitos elétricos I Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE Langoni, Virgílio de Melo. L267c Circuitos elétricos I / Virgílio de Melo Langoni, Márcio Aparecido Arruda, Florisvaldo Cardozo Bomfim Júnior. – Uberaba : Universidade de Uberaba, 2017. 152 p. : il. Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba. Inclui bibliografia. ISBN 1. Circuitos elétricos. 2. Eletricidade. I. Arruda, Márcio Aparecido. II. Bomfim Júnior, Florisvaldo Cardozo. III. Universidade de Uberaba. Programa de Educação a Distância. IV. Título. CDD 621.3192 © 2017 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor Marcelo Palmério Pró-Reitor de Educação a Distância Fernando César Marra e Silva Coordenação de Graduação a Distância Sílvia Denise dos Santos Bisinotto Editoração e Arte Produção de Materiais Didáticos-Uniube Revisão textual Stela Maria Queiroz Dias Diagramação Douglas Silva Ribeiro Projeto da capa Agência Experimental Portfólio Revisão técnica Guilherme Henrique Alves Edição Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Virgílio de Melo Langoni Mestre e graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia. Professor da Universidade de Uberaba – Uniube. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Circuitos Eletrônicos e Inteligência Artificial. Márcio Aparecido Arruda Engenheiro eletricista pela Universidade de Uberaba – Uniube. Professor titular nos cursos de Engenharia da Universidade de Uberaba. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com especialidade em Sistemas Elétricos de Potência. Florisvaldo Cardozo Bomfim Júnior Bacharel em Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica, com ênfase em Automação Industrial, pela Universidade de Uberaba – Uniube. Formação em diferentes cursos na área tecnológica e industrial. Professor nos cursos da área de tecnologia na Universidade de Uberaba. Sobre os autores Sumário Apresentação .............................................................................................................. IX Capítulo 1 Introdução à eletricidade ...................................................... 1 1.1 Sistema Internacional de Medidas, arredondamento e potência de dez .................4 1.1.1 Histórico das unidades de medidas ................................................................5 1.1.2 Sistema Internacional de Medidas – SI ..........................................................7 1.1.3 Algarismos significativos .................................................................................8 1.1.4 Erros ................................................................................................................8 1.1.5 Arredondamento ............................................................................................11 1.1.6 Notação científica ..........................................................................................12 1.1.7 Prefixos do Sistema Internacional ................................................................14 1.2 Corrente e tensão ...................................................................................................15 1.2.1 Condutores e isolantes .................................................................................16 1.2.2 Corrente elétrica ............................................................................................18 1.2.3 Tensão ...........................................................................................................21 1.3 Resistência ..............................................................................................................25 1.3.1 Resistência em condutores ...........................................................................26 1.3.2 Condutância ..................................................................................................27 1.3.3 Aspectos construtivos dos resistores ............................................................27 1.3.4 Coeficiente de temperatura α........................................................................31 Capítulo 2 Lei de Ohm e análise de circuitos elétricos ....................... 35 2.1 Conhecendo a Lei de Ohm .....................................................................................36 2.1.1 Potência e energia ........................................................................................38 2.2 Circuitos em série ...................................................................................................42 2.2.1 Resistência total em um circuito em série ....................................................43 2.2.2 Resistência e potência em um circuito em série ..........................................43 2.2.3 Lei de Kirchhoff para Tensão (LKT) ..............................................................46 2.2.4 Fontes de tensão em série ...........................................................................47 2.2.5 Regras do divisor de tensão .........................................................................48 2.2.6 Resistência interna das fontes de tensão .....................................................49 2.3 Circuitos em paralelo ..............................................................................................51 2.3.1 Elementos em paralelo .................................................................................51 2.3.2 Condutância e resistências totais .................................................................51 2.3.3 Tensão e corrente em circuitos em paralelo .................................................55 2.3.4 Lei de Kirchhoff para a Corrente (LKC) ........................................................55 2.3.5 Regra do divisor de corrente .........................................................................56 2.3.6 Fontes de tensão em paralelo ......................................................................57 2.4 Circuitos em série‑paralelo .....................................................................................59 2.4.1 Resolução de circuito aplicando matriz ........................................................65 Capítulo 3 Métodos e teoremas para análise de circuitos elétricos .... 77 3.1 Métodos de análise dos circuitos elétricos .............................................................79 3.1.1 Conceitos fundamentais................................................................................79 3.1.2 Métodos de análise .......................................................................................81 3.1.3 Circuitos em ponto ........................................................................................85 3.1.4 Conversões Y-∆ e ∆-Y ...................................................................................86 3.2 Teoremas para a análise de circuitos .....................................................................87 3.2.1 Teorema da superposição.............................................................................87 3.2.2 Teorema de Thévenin ...................................................................................88 3.2.3 Teorema de Norton .......................................................................................89 3.2.4 Teorema da máxima transferência de potência ............................................91 3.2.5 Teorema de Millman ......................................................................................92 3.2.6 Teorema da substituição ...............................................................................93 3.2.7 Teorema da reciprocidade.............................................................................93 Capítulo 4 Elementos de circuitos ....................................................... 95 4.1 Resistores ...............................................................................................................97 4.1.1 Resistor linear e invariante ............................................................................99 4.1.2 Resistor linear variável com o tempo ..........................................................100 4.1.3 Resistor não-linear ......................................................................................101 4.2 Fontes independentes ..........................................................................................101 4.2.1 Fonte de tensão ..........................................................................................101 4.2.2 Fonte de corrente ........................................................................................103 4.3 Formas de ondas típicas de excitação .................................................................104 4.3.1 Função constante ........................................................................................104 4.3.2 Função degrau unitário ...............................................................................104 4.3.3 Função pulso ...............................................................................................105 4.3.4 Função rampa unitária ................................................................................106 4.3.5 Função impulso unitário ..............................................................................107 4.3.6 Função senoidal ..........................................................................................107 4.4 Elementos armazenadores de energia ................................................................109 4.4.1 Capacitor .....................................................................................................109 4.4.2 Indutor .........................................................................................................111 4.5 Potência e energia ................................................................................................113 4.5.1 Potência.......................................................................................................113 4.5.2 Energia ........................................................................................................114 Capítulo 5 Associação de elementos de circuitos ..............................119 5.1 Ligação série de fontes de tensão ........................................................................121 5.2 Fontes de corrente em paralelo ............................................................................123 5.3 Ligações série e paralela de resistores ................................................................124 5.3.1 Ligação série de resistores .........................................................................125 5.3.2 Ligação paralela de resistores ....................................................................128 5.4 Ligações série e paralela de capacitores .............................................................131 5.4.1 Capacitores ligados em série ......................................................................131 5.4.2 Capacitores ligados em paralelo .................................................................133 5.5 Ligações série e paralela de indutores .................................................................135 5.5.1 Indutores ligados em série ..........................................................................135 5.5.2 Indutores ligados em paralelo .....................................................................136 Prezado(a) aluno(a). Este é o livro da disciplina Circuitos elétricos I. Nele, foram reunidos cinco capítulos, especialmente produzidos para que você tenha uma visão completa do assunto abordado e que é fundamental para a sua formação profissional. A seguir, você terá uma síntese do que contém cada um dos capítulos. No primeiro capítulo, “Introdução à eletricidade”, você estudará a representação de uma grandeza pelo Sistema Internacional de Medidas e também o arredondamento e a representação de um número por intermédi9o de notação científica e da utilização de prefixos. Após este estudo inicial de grande relevância, você verá os conceitos básicos relacionados à eletricidade, tais como corrente e tensão elétrica. Finalmente, estudará o conceito de resistência elétrica. No capítulo 2, intitulado “Lei de Ohm e análise de circuitos elétricos”, você terá oportunidade de estudar as três leis básicas utilizadas na análise dos circuitos elétricos: a lei de Ohm e as duas leis de Kirchhoff. Em seguida, poderá utilizá-las na análise de circuitos elétricos em configurações conhecidas como série, paralela e série-paralela (mista). Estudará também os conceitos de fonte de tensão e fonte de corrente. O capítulo 3 trata dos métodos e teoremas para análise de circuitos elétricos. Um circuito elétrico pode conter uma fonte, seja ela de corrente ou de tensão, ou ser mais complexo, incluindo mais de uma fonte. Neste sentido também, a análise do circuito pode ser mais simples Apresentação X UNIUBE ou mais complexa. Quando se trata de uma análise mais complexa, é recomendável a utilização de técnicas que possam facilitar o trabalho de análise dos circuitos elétricos. Este capítulo trata basicamente dessas técnicas. São apresentados três métodos utilizados em análise de circuitos elétricos que facilitam os cálculos de parâmetros relativos aos circuitos em questão: o método de corrente nos ramos, o método das malhas e o método dos nós. Mas, além dessas técnicas, há outras ferramentas que são utilizadas na resolução de circuitos com uma ou mais fontes: os teoremas de análise de circuitos elétricos. Os métodos e os teoremas são úteis na resolução de qualquer circuito elétrico. Há situações, porém, mais complexas e, nesse caso, temos que utilizar outros recursos. É o caso, por exemplo, de quando os resistores em um circuito não se apresentam nem em série nem em paralelo, é necessário transformar o circuito em outro, de forma a facilitar a análise e determinação dos parâmetros de interesse. Este caso será abordado por nós, com o objetivo de oferecer-lhe os subsídios necessários para a solução de casos complexos como esse, para o caso de você ter de enfrentar situações como esta seja na vida acadêmica seja na vida profissional. Em seguida, no capítulo 4, intitulado “Elementos de circuitos”, veremos os principais elementos presentes em circuitos elétricos: a fonte, o resistor, o capacitor e o indutor e suas principais características básicas, tais como: curvas características e equações que relacionam tensão e corrente a esses componentes. Outro aspecto que será abordado neste capítulo são as formas de onda típicas de excitação que são utilizadas na análise de circuitos elétricos. Vamos estudar também a forma de onda senoidal e algumas de suas características, que é a principal forma de onda utilizada no estudo de sinais alternados. Finalmente, serão vistos conceitossobre potência e energia, sendo que o cálculo de energia será estendido aos elementos capacitor e indutor, que são elementos armazenadores de energia. UNIUBE XI No capítulo 5, abordaremos a associação de elementos de circuitos e suas características. O conhecimento sobre como fontes, resistores, capacitores e indutores são associados pode facilitar a análise de um circuito de aparente complexidade. Você perceberá que a associação aqui proposta é entre elementos iguais, ou seja, uma associação de resistores ou uma associação de indutores, por exemplo. Uma vez compreendido como elementos iguais são associados, incluindo suas características, a análise de um circuito formado por dois ou mais tipos de elementos ficará mais fácil de compreender. Ainda neste capítulo você será levado a estudar duas leis importantes que dizem respeito à análise de circuitos: as duas leis de Kirchhoff, para tensões e para correntes, respectivamente, já vistas no capítulo 2 e que são utilizadas em todos os estudos de associação de elementos. Esperamos que o conteúdo aqui desenvolvido seja assimilado satisfatoriamente por você e que o mesmo possa, de fato, trazer subsídios importantes não só para a compreensão de matérias correlatas em sua vida acadêmica mas também para um bom desempenho em sua futura vida profissional. Bons estudos! Márcio Aparecido Arruda Virgílio de Melo Langoni Introdução Introdução à eletricidadeCapítulo 1 Caro(a) aluno(a). Nos estudos sobre a eletricidade, é de grande importância saber trabalhar com números. Constantemente são realizados cálculos envolvendo medidas das grandezas de um circuito elétrico. Como nem sempre os resultados dos cálculos são números exatos, saber como arredondar esses números proporcionará ao estudante trabalhar com um valor aproximado causando o menor erro possível. É abordada, neste capítulo, a correta forma de manipulação de valores medidos das grandezas elétricas, com ênfase no correto arredondamento desses valores. Trata ainda da transformação dos valores, expressando‑os em notação de potência de dez e ainda sobre o uso dos prefi xos gregos utilizados em substituição à potência de dez. Em muitos casos, principalmente quando manipulando valores muito grandes ou muito pequenos, torna‑se cômodo expressar e manipular esses valores em potência de dez. Tão importante quanto expressar corretamente uma grandeza, é saber atribuir a ela uma unidade correta. Por exemplo, não podemos expressar um valor medido de uma determinada massa 2 UNIUBE Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de: • definir Sistema Internacional de Medidas; • conhecer os diferentes instrumentos de medidas; • utilizar as diferentes unidades de medidas, em seu dia a dia; • converter uma unidade de medida em outra correspondente; Objetivos em metros. Não faz sentido algum. Assim, apresentamos neste capítulo o Sistema Internacional de Medidas, que irá orientá-lo(a) quanto ao correto uso das unidades atribuídas às grandezas. Ainda com relação ao uso de unidades, é importante observarmos que às vezes nos deparamos com uma grandeza expressa em um unidade diferente daquela à qual estamos acostumados, por exemplo, um comprimento expresso em pés e não em metros. Neste sentido, em várias situações será necessário converter uma unidade em outra a fim de facilitar os cálculos que envolvem determinada grandeza. Para que você tenha um bom aproveitamento, é desejável que os conceitos relacionados ao arredondamento de valores e o correto uso de unidades sejam compreendidos. Ainda, é desejável que compreenda a respeito da conversão entre unidades e da utilização do Sistema Internacional de Unidades. Para aprofundar os conceitos e exemplos, sugerimos a leitura de algumas seções do livro Introdução à análise de circuitos de autoria de Robert L. Boylestad (2004). INDICAÇÃO DE LEITURA UNIUBE 3 1.1 Sistema Internacional de Medidas, arredondamento e potência de dez 1.1.1 Histórico das unidades de medidas 1.1.2 Sistema Internacional de Medidas – SI 1.1.3 Algarismos significativos 1.1.4 Erros 1.1.5 Arredondamento 1.1.6 Notação científica 1.1.7 Prefixos do Sistema Internacional 1.2 Corrente e tensão 1.2.1 Condutores e isolantes 1.2.2 Corrente elétrica 1.2.3 Tensão 1.3 Resistência 1.3.1 Resistência em condutores 1.3.2 Condutância 1.3.3 Aspectos construtivos dos resistores 1.3.4 Coeficiente de temperatura α Esquema • arredondar um número, considerando os algarismos significativos; • transformar um número utilizando a notação científica padronizada; • aplicar corretamente prefixos gregos em substituição à potência de dez; • compreender o funcionamento de circuitos que operam em regime de corrente contínua. 4 UNIUBE 1.1 Sistema Internacional de Medidas, arredondamento e potência de dez O Sistema Internacional de Medidas, conhecido por SI, foi criado com o objetivo de estabelecer o uso adequado das unidades de medida para que uma grandeza seja expressa e compreendida de forma correta. Você já usou por várias vezes esse sistema de medidas em diferentes situações de seu cotidiano. Já mediu, por exemplo, uma folha para ver se era do tamanho ofício; já usou medidas proporcionais, para desenhar figuras em quadrinhos; já mediu uma parede de seu quarto, para ver se comportava um guarda‑roupa ou um outro móvel. Nesse sentido, você já sabe que o ato de medir significa avaliar ou determinar a medida de algum objeto. Sabe também que, para a realização de uma medição, necessitamos de um padrão de comparação da mesma espécie da quantidade a ser medida. A esse padrão nomeamos unidade de medida. Você conhece também várias unidades de medida e alguns instrumentos utilizados para fazer medição. Sabemos que a medição deve ser executada com um instrumento de medida calibrado e uma forma padronizada de escrever o valor da medida conforme a sua unidade. Veja, a seguir, algumas unidades de medida e alguns instrumentos: Unidade de medida: metro, quilo, litro, Volt’s etc. Instrumento de medida: trena, régua, balança, voltímetro, amperímetro etc. Observe, atentamente, a Figura 1. Nela temos a medição de um objeto por meio do instrumento régua. Note que 0,3 cm é uma aproximação; para uma medida exata, a régua deveria ser dotada de graduação em milímetros. UNIUBE 5 Figura 1: Medida e padrão de medida. Fonte: Márcio Arruda (2008). 10 20 30 Objeto a ser medido Medida = 23,3 cm Instrumento: régua graduada de 30 cm. Padrão de medida = centímetros 1.1.1 Histórico das unidades de medidas É indispensável ao profissional da área tecnológica conhecer e compreender as unidades de medida. Antigamente, essas unidades de medida eram representadas pelas partes do corpo humano. A jarda, por exemplo, era tida como a medida de um cinturão masculino da época, que recebia esse nome, e no século XII, foi estabelecida como sendo a distância entre o nariz e o polegar do braço estendido do rei da Inglaterra, Henrique I. O símbolo da jarda é yd, do inglês yard. A relação oficial entre jardas e metros é de 3600 m para 3937,0113 jardas. Isso significa que cada jarda corresponde a aproximadamente 0,91439920429 metros. IMPORTANTE! A jarda tem como múltiplos: • a braça, que equivale a 2 jardas; • a milha terrestre, que equivale a 1760 jardas; • a légua terrestre, que equivale a 3 milhas, ou seja, 5280 jardas. 6 UNIUBE Os submúltiplos da jarda são o pé e a polegada. Uma jarda contém 36 polegadas ou 3 pés. Temos, ainda, o palmo que é equivalente a 8 polegadas, ou seja, 1 jarda contém 4,5 palmos (Figura 2). Observe, com atenção, a Figura 2. Veja a relação feita do corpo humano com as unidades de medidas. Figura 2: Medidas no corpo humano. Com a necessidade de medidas exatas, novos padrões demedidas foram posteriormente estabelecidos. Por exemplo: o metro e o segundo. Acompanhe, a seguir, as suas definições: • metro: comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de tempo de 1 / 299 792 458 de segundo; • segundo: duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio 133. UNIUBE 7 1.1.2 Sistema Internacional de Medidas – SI Trata-se de um sistema de unidades coerentes, cujas unidades são escolhidas de tal forma que as equações entre valores numéricos ou equações correspondentes ou as equações correspondentes entre grandezas tenham exatamente a mesma forma. Acompanhe, no Quadro 1, algumas correspondências. Quadro 1: Unidades fundamentais GRANDEZA SÍMBOLO NOME Comprimento m metro Massa kg quilograma Tempo s segundo Intensidade corrente elétrica A ampere Temperatura K kelvin Intensidade luminosa cd candela 1.1.2.1 A grafia das medidas Ao expressar uma medida, não é permitida a utilização de símbolos diferentes dos legais e a utilização de ponto após qualquer símbolo, a não ser o ponto final de uma sentença. O valor de uma grandeza deve sempre ser expresso por meio de uma só unidade de medida da mesma espécie, exceto as medidas de tempo e ângulo, que utilizam hora, minuto e segundos, no caso do tempo e graus, minutos e segundos em medidas de ângulo. A parte inteira é separada de sua parte decimal por meio de uma vírgula, para facilitar a leitura e compreensão. O número pode ser dividido em grupos de três algarismos, quer à esquerda, quer à direita da vírgula, sendo que esses grupos se separam por um espaço correspondente ao que seria ocupado por um algarismo. 8 UNIUBE 1.1.2.2 Mudança de unidades Constantemente nos deparamos com a necessidade de converter uma unidade em outra que nos seja mais conveniente. Apesar de, no Brasil, a unidade de medida para volume utilizada ser o litro e seus múltiplos, encontramos produtos comercializados em galão, por exemplo: galão de tintas. Um outro exemplo interessante se refere às dimensões da tela de um aparelho de televisão ou computador. Elas são fornecidas em polegadas, enquanto a nossa unidade de medida padrão é o metro. Em instalações elétricas, esse problema é constante, sobretudo em ferragens, conexões e bitolas de cabos. Acompanhe, no Quadro 2, algumas conversões de unidades. Quadro 2: Conversão de unidades SÍMBOLO UNIDADE CONVERSÃO PARA FATOR DE MULTIPLICAÇÃO Bb OU Bbs BARRIL LITROS 158,988 lb/pol2 LIBRA POR POLEGADA QUADRADA kgf/cm2 0,0703 lb LIBRA (PESO) kg 0,4536 pé PÉ m 0,3048 pol POLEGADA m 0,0254 1.1.3 Algarismos significativos Algarismos significativos de uma grandeza são aqueles cujos valores garantem o resultado prático da medida, de acordo com a precisão e a graduação da escala do instrumento utilizado na medição. 1.1.4 Erros O erro de uma medida é a diferença teórica entre o valor verdadeiro da grandeza e o valor que é possível medir com o instrumento utilizado. UNIUBE 9 1.1.4.1 Erro absoluto O erro absoluto é definido como sendo o módulo da diferença entre o valor exato e o valor aproximado de um número. Suponha, por exemplo, que as massas de dois objetos sejam medidas. A massa do primeiro objeto é exatamente igual a 10 kg, mas a medida resultou em 9 kg. Para a massa do segundo objeto, o seu valor exato é de 20 kg, contudo, a medida resultou em 21 kg. Assim, os erros absolutos são: 1 2 10 9 1 20 21 1 E kg E kg = − = = − = 1 2 1 kg 0,1 10% 10 kg 1 kg 0,02 2% 20 R R E ou E ou kg = = = = 1.1.4.2 Erro relativo O erro relativo é definido como sendo a relação entre o erro absoluto e o módulo do valor exato do número. Assim, utilizando os erros absolutos calculados anteriormente, tem-se: 1 2 10 9 1 20 21 1 E kg E kg = − = = − = 1 2 1 kg 0,1 10% 10 kg 1 kg 0,02 2% 20 R R E ou E ou kg = = = = As medidas realizadas dos erros absolutos se mostraram iguais, contudo, ao se calcular o erro relativo, pode-se observar que o erro cometido na primeira medida foi 5 vezes maior do que o erro cometido na segunda medida. Conclui‑se, assim, que o erro relativo produz um resultado com informações mais úteis do que o erro absoluto, quando da comparação entre erros. 10 UNIUBE 1.1.4.3 Valor verdadeiro No ponto de vista da teoria de erros, costuma‑se idealizar que toda grandeza física possui um valor bem definido, ou exato, que aqui chamaremos de valor verdadeiro da grandeza. Quando se repete a medição de uma grandeza, na maioria das vezes, os sucessivos resultados não coincidem. Nesses casos, temos duas situações: • os erros encontrados podem ser sistemáticos, ou seja, o valor medido fica fora dos padrões ou faixas de erros apresentados. Nesse caso, essas medições devem ser expurgadas do cálculo do valor mais provável da medição; • os erros encontrados podem ser estatísticos, ou seja, os valores medidos se encontram dentro de uma faixa aceitável de erro. 1.1.4.4 Valor mais provável e precisão Na impossibilidade de se conhecer o valor exato de uma grandeza física, estamos diante da seguinte questão: Que valor devemos adotar para tal grandeza? Consideremos as medidas sucessivas diferentes x1, x2, ..., xn, que são obtidas para uma grandeza física e valor médio (média aritmética) dessas medidas: x = n 1 ∑ i ix , (i = 1, 2, 3, ..., n) Admitindo‑se que os erros sistemáticos tenham sido eliminados, espera-se que, quanto maior o número de medidas obtidas, mais próximo estará o valor médio obtido do valor verdadeiro da grandeza. UNIUBE 11 Exemplo Considere as seis medidas apontadas, a seguir, obtidas para a massa de um corpo, expressa em gramas: 13,62; 13,63; 13,64; 13,63; 13,60; 13,61. O valor mais provável da massa do corpo será: m = (13,62 + 13,63 +13,64 + 13,63 + 13,60 + 13,61) g / 6 = 81,73 g / 6 = 13,621 g. Então, com quantos algarismos devemos escrever o resultado acima? A resposta dependerá do valor obtido para o erro médio absoluto, uma vez que este fornece a incerteza do valor mais provável. Calculando os desvios (diferença entre o valor verdadeiro e o valor medido) ∆mi de cada uma das medidas, obtemos: +0,001; –0,009; –0,019; –0,009; +0,021; +0,011. Assim, o erro médio absoluto será: = (0,001 + 0,009 + 0,019 + 0,009 + 0,021 + 0,011) / 6 = 0,70 g / 6 = 0,01166 g. A incerteza no valor mais provável da medida se manifesta a partir da segunda casa decimal (casa dos centésimos). Portanto, é inútil manter algarismos que estão situados além da casa dos centésimos, tanto no erro médio como no valor mais provável. O valor final para a massa do corpo será escrito como: m = (13,62 ± 0,01) g 1.1.5 Arredondamento Por arredondamento entende‑se o ato de desprezar algarismos significativos de uma medida excessivamente precisa para a operação desejada, adotando-se a seguinte regra: 12 UNIUBE • se o último algarismo abandonado é menor do que cinco, simplesmente desprezam‑se os algarismos excedentes, conservando o valor do número arredondado. • se o último algarismo abandonado é maior ou igual a cinco, desprezam‑se os algarismos excedentes, adicionando uma unidade à última casa decimal do valor do número arredondado; Exemplo de arredondamento Arredondar o número 36,65492 para duas, três e quatro casas após a vírgula, considerando os algarismos significativos: • duas casas: 36,65; • três casas: 36,655; • quatro casas: 36,6549. 1.1.6 Notação científica A notação científica é um artifício utilizado para representar números muito grandes ou muito pequenos. É baseado no uso de potências de 10. Acompanhe os exemplos, a seguir: Exemplo1 Para escrevermos um número muito grande, como o número de elétrons em um Coulomb que é de 6,242 x 1018 elétrons, sem a utilização da potência de dez, teríamos que escrever 6. 242 000 000 000 000 000 elétrons. Exemplo 2 Assim, para escrevermos um número muito pequeno, a capacitância de um capacitor cerâmico de 4,7 x 10–9 Farads, sem a utilização da potência de dez, teríamos que escrever: 0,000 000 0047 Farads. UNIUBE 13 Nesses casos, a representação dos números, na forma convencional, torna‑se difícil em função da quantidade de zeros extremamente alta para a velocidade normal de leitura dos números. Um número escrito em notação científica deve seguir o seguinte modelo: m x 10e. O número “m” é denominado mantissa e “e”, a ordem de grandeza. A notação científica padronizada é aquela em que a mantissa deve ser maior ou igual a 1 e menor que 10. Desse modo, cada número é representado de uma única maneira. Assim, para transformar um número qualquer para a notação científica padronizada, devemos deslocar a vírgula, obedecendo ao princípio de equilíbrio, como 123456,78. Como a notação científica padronizada exige que a mantissa esteja entre 1 e 10, o valor adequado seria 1,2345678 x 105. PARADA OBRIGATÓRIA Acompanhe, passo a passo, o princípio do equilíbrio: 123456,78 x 100 12345,678 x 101 1234,5678 x 102 123,45678 x 103 12,345678 x 104 1,2345678 x 105 Veja outro exemplo com valor menor que 1: 0,000000673 0,000000673 x 100 0,00000673 x 10–1 14 UNIUBE 0,0000673 x 10–2 0,000673 x 10–3 0,00673 x 10–4 0,0673 x 10–5 0,673 x 10–6 6,73 x 10–7 1.1.7 Prefixos do Sistema Internacional Os prefixos do SI permitem escrever quantidades sem o uso da notação científica, de maneira mais simples. Acompanhe, no Quadro 3: Quadro 3: Prefixos utilizados no Sistema Internacional 10N PREFIXO SÍMBOLO ESCALA EQUIVALENTE DECIMAL 1012 tera T Trilhão 1000 000 000 000 109 giga G Bilhão 1 000 000 000 106 mega M Milhão 1 000 000 103 quilo k Milhar 1 000 102 hecto h Centena 100 101 deca da Dezena 10 100 10–1 deci d Décimo 0,1 10−2 centi c Centésimo 0,01 10−3 mili m Milésimo 0,001 10−6 micro m Milionésimo 0,000 001 10−9 nano n Bilionésimo 0,000 000 001 10−12 pico p Trilionésimo 0,000 000 000 001 UNIUBE 15 Para utilizar esses prefixos, primeiro precisamos “preparar” o número para substituição da potência de dez. Preparar o número significa colocá-lo em notação científica, não necessariamente padronizada, e aplicar o prefixo grego em substituição à potência de dez. Os prefixos mais utilizados nos estudos de eletricidade são: • quilo; • mega; • giga; • mili; • micro; • nano; • pico. Observe que todas as potências de dez dos prefixos citados são múltiplos de três. Veja, a seguir, o exemplo de uma aplicação: 4 700 Ω = 4,7 x 103 Ω = 4,7 kΩ. 0,003 amperes = 3 x 10-3 A = 3 mA. 1 000 000 volts = 1 x 106 V = 1 MV. IMPORTANTE! Corrente e tensão1.2 Nossa abordagem abrangerá a importância de conhecer os condutores e isolantes de corrente e tensão, compreendendo o que é a corrente elétrica e as forças que atuam sobre o fluxo dessa corrente. 16 UNIUBE 1.2.1 Condutores e isolantes Na natureza, há materiais em que o movimento das cargas elétricas ocorre com facilidade. Esses materiais são chamados de CONDUTORES. Por exemplo: o cobre, o ferro, o alumínio, a prata, entre outros, são condutores de corrente elétrica. Existem também aqueles em que o movimento das cargas elétricas é extremamente difícil, em função da sua própria estrutura molecular. Esses materiais são chamados de ISOLANTES. Como exemplos temos a borracha, a porcelana, o vidro, a madeira seca, entre outros. 1.2.1.1 Materiais condutores Nos átomos dos materiais CONDUTORES, os elétrons que se movem nas camadas mais distantes do núcleo atômico são fracamente atraídos pelo núcleo, podendo escapar de um átomo para outro, constituindo-se nos ELÉTRONS LIVRES, abundantes nos metais. Acompanhe esse movimento na Figura 3, a seguir. Figura 3: Materiais condutores. Material condutor = muitos elétrons livres 1.2.1.2 Materiais isolantes Nos átomos dos materiais ISOLANTES, a forte atração exercida pelo núcleo atômico sobre os elétrons das camadas mais externas do átomo UNIUBE 17 não possibilitam a existência dos ELÉTRONS LIVRES. A Figura 4 ilustra a referida força. Figura 4: Materiais isolantes. Material isolante = poucos elétrons livres Outro aspecto importante a considerar é que não existem condutores perfeitos nem isolantes perfeitos. Isso significa que um isolante pode conduzir corrente elétrica em determinadas condições. Exemplo A madeira, quando seca, tem propriedade de ser isolante. No entanto, úmida funciona como um condutor elétrico. Na verdade, um isolante pode ser interpretado como um mau condutor de eletricidade. Vale lembrar que os materiais isolantes têm tanta importância na eletricidade quanto os condutores. Os condutores é que nos permitem trabalhar com a eletricidade de forma segura. IMPORTANTE! 18 UNIUBE 1.2.2 Corrente elétrica Todas as substâncias, gasosas, líquidas ou sólidas são constituídas de pequenas partículas invisíveis a olho nu. Essas partículas são denominadas átomos. O átomo é composto de três partículas básicas. São elas: • os prótons; • os nêutrons; • os elétrons. Os prótons e os nêutrons formam o núcleo do átomo. O próton possui carga elétrica positiva e o nêutron não possui carga elétrica. As suas massas são equivalentes. O elétron possui uma carga negativa e a sua massa, por ser muito pequena, é desprezível. Em um átomo, o número de elétrons é igual ao número de prótons, sendo, portanto, o átomo eletricamente neutro, pois a soma das cargas dos elétrons (negativas) com as cargas dos prótons (positivas) é igual a zero. A carga elétrica de um elétron é de 1,6 x 10–19 Coulombs. O Coulomb é uma unidade fundamental do Sistema Internacional de unidades (SI) utilizada para quantificar a carga elétrica presente em um corpo. Essa unidade recebeu este nome em homenagem ao físico francês Charles Augustin de Coulomb. Para que tenhamos uma carga elétrica correspondente a 1C (um Coulomb), é necessário somarmos a carga elétrica de 6,242 x 1018 elétrons. UNIUBE 19 Os elétrons, quando presentes em um material considerado bom condutor de eletricidade (metais por exemplo), estão em constante movimento desordenado ganhando e perdendo energia o tempo todo (Figura 5). Figura 5: Movimento desordenado de elétrons. Íon + Íon + Íon + Íon + Íon + Íon + Íon + Neste estado, o movimento resultante da agitação dos elétrons livres é nulo. Ou seja, na ausência de uma força externa (campo elétrico por exemplo), o fluxo de carga líquida em um condutor é nulo em qualquer direção. Quando submetemos as extremidades desse condutor a uma diferença de potencial, provocamos nele um deslocamento de elétrons ordenados segundo a polaridade dessa diferença de potencial. Observe, com atenção, na Figura 6 a seguir: 20 UNIUBE Figura 6: Corrente elétrica. 15W 12V BATERIA Conclusão: esse fluxo ordenado de elétrons chama-se corrente elétrica. 1.2.2.1 Conceito de corrente elétrica Quando 6,242 x 1018 elétrons (1 Coulomb = 1 C) atravessam, em 1 segundo, com velocidade uniforme, a seção reta circular de um condutor, podemos dizer que este escoamento de carga corresponde a 1 ampere (A). t QI = Em que: I = intensidade de corrente (A) Q = carga elétrica (C) t = tempo (s) O fluxo da corrente elétrica se dá do potencial com excesso de cargas negativas (–) em direção ao potencial com falta de cargas elétricas negativas (+). Este sentido da corrente (saindo do polo negativo emdireção ao polo positivo) é denominado sentido “real” ou “eletrônico” da corrente elétrica. UNIUBE 21 Em função de definições anteriores, a comprovação desse fato, segundo as literaturas sobre eletricidade, consideram para efeito de estudo que o fluxo da corrente se dá do terminal positivo de uma fonte para o terminal negativo. Este sentido é denominado de “sentido convencional” da corrente elétrica. André Marie Ampère (1775-1836) introduziu um novo campo de estudos em 18 de setembro de 1820. Esse estudo foi denominado eletrodinâmica. Tem como objetivo estudar os efeitos causados por cargas elétricas em movimento. O instrumento galvanômetro é destinado a medir intensidade de corrente elétrica. Em homenagem a André Marie Ampère, foi dado o nome de ampere (A) à unidade de medida da corrente elétrica. SAIBA MAIS Para conhecer um pouco mais sobre André Marie Ampère e seus trabalhos científicos, acesse <http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9-Marie_ Amp%C3%A8re>. PESQUISANDO NA WEB 1.2.3 Tensão 1.2.3.1 Energia potencial O fluxo ordenado de cargas elétricas é provocado por uma diferença de potencial. A energia potencial é a capacidade que um corpo possui para realizar um trabalho. O trabalho é a grandeza cuja variação é igual ao produto escalar de uma força pelo vetor deslocamento infinitesimal de seu ponto de aplicação [símbolo: W ]. 22 UNIUBE 1.2.3.2 Energia potencial gravitacional Se um corpo de massa m for elevado a uma altura (h) de um metro acima de um plano de referência, ao ser liberado, cai sobre este plano e realiza determinado trabalho. Se, por sua vez, o mesmo corpo for elevado a uma altura de dois metros acima do plano de referência, ao ser liberado e cair sobre o plano de referência, o trabalho realizado será o dobro do primeiro caso. Nos dois casos, ao elevarmos o corpo, estamos adicionando a ele uma energia potencial gravitacional que é expressa por: hgmhFdFW .... === Em que, W = Energia potencial expressa em joules, J. Como nos dois casos, a massa do corpo é a mesma, podemos afirmar, então, que o trabalho a ser realizado é uma função da altura: hkW '= ou ( )hfW = Portanto, é possível conhecer o quanto de trabalho gravitacional é realizado em função da diferença de altura entre o objeto (corpo) e o plano de referência. 1.2.3.3 Energia potencial elétrica Em uma fonte de energia como, por exemplo, uma bateria, as reações químicas internas estabelecem uma diferença de potencial elétrico entre os polos positivo e negativo por meio do acúmulo de elétrons em um polo (–) e a falta desses no outro polo (+). Existe, portanto, entre os polos da bateria, uma energia potencial elétrica. Se ligarmos os dois polos com um UNIUBE 23 material condutor, os elétrons acumulados no polo negativo terão energia suficiente para se deslocarem até o polo positivo. Diante disso, podemos dizer que existe uma diferença de potencial de 1 volt (V) entre dois pontos se acontece uma troca de energia de 1 joule (J) quando se desloca uma carga de 1 Coulomb (C) entre estes dois pontos (xy). Portanto é necessário gastar uma energia de 1 J para deslocar uma carga elétrica de 1 C entre os pontos xy, se a diferença de energia potencial entre os pontos for igual a 1 V. Você sabia que a unidade de medida da tensão elétrica é o Volt (V)? Essa medida recebeu este nome em homenagem a Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta – físico alemão, inventor da bateria. Para conhecer um pouco mais sobre esse físico, acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Alessandro_Volta>. PESQUISANDO NA WEB Veja, a seguir, a fórmula: Q WVxy = Em que: W = Trabalho realizado (joule, J); Q = Carga elétrica (Coulomb, C); Vxy = Diferença de potencial elétrico (ddp) entre os pontos x e y (Volts, V). Assim, para uma carga Q constante, temos: 24 UNIUBE Q WVxy = ou WkVxy '= Portanto, )(WfVxy = Logo, a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito é um indicador de quanta energia é necessária para deslocar uma carga entre estes dois pontos (x e y). 1.2.3.4 Paralelo entre energia potencial gravitacional e energia potencial elétrica Podemos estabelecer um paralelo entre a energia potencial gravitacional e a energia elétrica. Acompanhe. • potencial gravitacional: quanto mais alto (h) estiver o objeto (massa) do solo, maior será a energia disponível para provocar a queda do objeto ao solo; ( )hfW = • potencial elétrico: quanto mais alta for a diferença de potencial fornecida por uma fonte, maior será a quantidade de energia disponível para provocar o escoamento de cargas elétricas (corrente elétrica) em um circuito. )(WfVxy = 1. A determinação de uma diferença de potencial ou de uma tensão envolve sempre dois pontos de um sistema. Se modificarmos a escolha de qualquer um destes pontos, a diferença de potencial não será mais, em geral, a mesma. IMPORTANTE! UNIUBE 25 2. A notação utilizada para tensões de fontes elétricas é igual a E. 3. A notação utilizada para as quedas de tensões é igual a V. 1.2.3.5 Simbologia de fonte de tensão Observe, com atenção, a Figura 7. O símbolo mostra que o ponto x está E volts mais alto que o ponto y. Assim, a diferença de potencial elétrico entre x e y é de: E volts. Ou seja: EVxy = E y x +– Figura 7: Simbologia de fonte de tensão. Fonte: Márcio Arruda (2008). Resistência1.3 Os elétrons livres, durante o movimento em um condutor, colidem com átomos deste condutor, perdendo parte de sua energia cinética sob a forma de calor. Essas colisões internas ao condutor que provocam a perda de energia são denominadas de resistência do material. A resistência, então, é a propriedade do material em se opor ou resistir ao movimento dos elétrons. A unidade da resistência no SI é ohm (Ω) e é representada pela variável R. PONTO‑CHAVE 26 UNIUBE 1.3.1 Resistência em condutores A resistência de um condutor de seção reta e uniforme (Figura 8) é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à área da seção reta. A resistência de um condutor é dada por: Em que: ρ = resistividade (Ω.mm² /m); L = comprimento do condutor (m); S = área da seção transversal (mm²). R = ρ L S L S Figura 8: Resistência de um condutor. A resistividade é uma propriedade que depende do tipo do material e os metais mais usados para condução de energia elétrica são: • Prata: utilizada em pastilhas de contato de contatores, relés etc. Sua resistividade média é 0,016 Ωmm2/m a 20º C. • Cobre: utilizado na fabricação de fios em geral e equipamentos elétricos (chaves, interruptores, tomadas etc.). Resistividade média do cobre duro é 0,0179 Ωmm2/m a 20º C. • Alumínio: utilizado na fabricação de condutores para linhas e redes por ser mais leve e de custo mais baixo. Os condutores de alumínio podem ser de: • CA – alumínio sem alma de aço; • CAA – alumínio enrolado sobre um fio ou cabo de aço (alma de aço); • Sua resistividade média é 0,028 Ωmm2/m a 20º C. UNIUBE 27 Comparando os valores de resistividade do cobre e alumínio, pode ser verifi cado que o cobre apresenta menor resistividade, consequentemente, para uma mesma seção (mm2), os condutores de cobre conduzem mais corrente elétrica. COMPARANDO 1.3.2 Condutância O inverso da resistência elétrica, ou seja, a facilidade que um determi- nado material oferece à passagem da corrente elétrica é definido como a condutância elétrica, representada pela letra G. A unidade derivada do SI de condutância é Siemens (S). Logo, podemos escrever: 1.3.3 Aspectos construtivos dos resistores Os resistores são usados basicamente para controlar a corrente em um circuito elétrico. Os materiais mais utilizadospara a fabricação de resistores são o carbono e alguns tipos de ligas como a manganina, o constantan e o níquel‑cromo. Os resistores são construídos, em sua maioria, segundo uma das seguintes técnicas: composição, fi o, película. Vejamos: • Técnica da composição Os resistores construídos, segundo a técnica da composição, são constituídos por um elemento de carvão pulverizado e misturado com uma resina aglutinante, uma resina fenólica para proteção do elemento resistivo e terminais metálicos para a fi xação. G = 1 R 28 UNIUBE De acordo com as porcentagens nas misturas de carbono e do aglutinante, são obtidos os vários valores de resistências encontrados comercialmente. As vantagens que essa técnica apresenta são baixo custo final e pequeno volume, porém esses resistores são sujeitos a “ruídos” (interferências) por apresentarem partículas de carbono com pequena área de contato entre si. • Técnica de fio Os resistores de fio são fabricados utilizando fios de materiais de resistividade considerada e enrolados sobre um tubo de porcelana. Após as fixações dos terminais, o conjunto é recoberto por uma mistura de pó de cerâmica com aglutinante. Os resistores de fio são utilizados para grandes dissipações que, obviamente, geram grande quantidade de calor e, portanto, apresentam normalmente grandes proporções. São fabricados desde alguns ohms a algumas dezenas de quilo-ohms e com potências variáveis desde 5 W até 50 W. • Técnica de película Os resistores de película são fabricados utilizando película de carbono ou película metálica. Os resistores de película de carbono ou carbon film resistor são constituídos por um cilindro de porcelana sobre o qual é aplicada uma fina película de carbono. Para resistências elevadas, faz-se um sulco sobre a película de carvão tal que a resistência seja uma faixa helicoidal sobre o cilindro de porcelana. Pode‑se controlar os vários valores de resistência, alternando a espessura da película de carbono ou mudando o passo da faixa helicoidal sobre o cilindro cerâmico. UNIUBE 29 Nos resistores de fio, as características desse componente são impressas diretamente no seu próprio corpo. Já em outros resistores, em função do seu tamanho, as características são expressas por código de cores impressos em seu corpo. Os códigos de cores impressos nos resistores nos dão as informações sobre o valor da resistência em Ohms e a tolerância. A tolerância dos resistores indica uma faixa de valores em que o valor real da resistência se encontra. Exemplo 1 Um resistor de 100 Ω e tolerância de 5% pode ter o seu valor real entre 95 Ω e 105 Ω. A Tabela 1 traz os códigos de cores utilizados para identificação do valor da resistência em um resistor. Leia‑a com muita atenção. Tabela 1: Tabela de cores dos resistores COR 1º ALGARISMO 2º ALGARISMO FATOR MULTIPLICATIVO TOLERÂNCIA Preto ‑‑ 0 ×10 0 ‑‑ Marrom 1 1 ×101 ± 1% Vermelho 2 2 ×102 ± 2% Laranja 3 3 ×103 ‑‑ Amarelo 4 4 ×104 ‑‑ Verde 5 5 ×105 ‑‑ Azul 6 6 ×106 ‑‑ Violeta 7 7 ×107 ‑‑ Cinza 8 8 ×108 ‑‑ Branco 9 9 ×109 ‑‑ Ouro ‑‑ ‑‑ ×10-1 ± 5% Prata ‑‑ ‑‑ ×10‑2 ± 10% 30 UNIUBE Observação 1: A cor preta não é utilizada como primeiro algarismo. Observação 2: Normalmente, o 1º algarismo é a cor mais próxima de uma das extremidades do resistor. Exemplo 2 Suponha que um resistor possua a seguinte sequência de cores: 1ª cor = marrom 2ª cor = preta 3ª cor = vermelha 4ª cor = ouro Qual o valor da resistência desse resistor incluindo sua tolerância? Resposta As duas primeiras cores são o 1º e o 2º algarismos, respectivamente. Portanto, temos os valores 1 (marrom) e 0 (preto). A terceira cor indica o fator multiplicativo, que neste exemplo vale 102. Por fim, temos a quarta cor, que é a tolerância; neste caso, 5%. Resumindo, tem-se: Resistência = 10 × 102 ± 5% = 1000 Ω ± 5% ou 1k Ω ± 5%. A tolerância, neste caso, indica que se utilizarmos um instrumento (ohmímetro) para “ler” o valor desse resistor, devemos encontrar uma resistência entre 950 Ω e 1050 Ω. Um outro fator a ser identificado nos resistores é a potência que ele pode dissipar. Essa característica é determinada pelo tamanho físico do resistor, ou seja, quanto maior o resistor, maior será a potência de sua dissipação. UNIUBE 31 Os resistores variáveis são utilizados para variar ou mudar a resistência de um circuito. São conhecidos como potenciômetros ou reostatos. À medida que o braço deslizante gira, seu ponto de contato com o elemento resistivo muda. 1.3.4 Coeficiente de temperatura α O coeficiente de temperatura da resistência indica a quantidade de variação da resistência para uma variação na temperatura. Um valor positivo de α indica que R aumenta com a temperatura; um valor negativo de α significa que R diminui; e um valor zero para α indica que R é constante, isto é, não varia com a temperatura. Os valores típicos de α são apresentados na Tabela 2 e o valor final da resistência de um material é determinada por: ).1.( To ∆+= αρ ρ Em que: ρ = resistividade do material, em [Ω.m], à temperatura T; ρo = resistividade do material, em [Ω.m], à uma temperatura de referência To; ΔT = T – To = variação da temperatura, em [ºC]; α = coeficiente de temperatura do material, em [ºC–1]. Tabela 2: Coeficientes de temperatura CLASSIFICAÇÃO MATERIAL COEFICIENTE a METAL PRATA 0,0038 ALUMÍNIO 0,0039 COBRE 0,004 TUNGSTÊNIO 0,0048 32 UNIUBE LIGA CONSTANTÃ VALOR MÉDIO = 0 NÍQUEL -CROMO 0,00017 LATÃO 0,0015 CARBONO GRAFITE −0,0002 A −0,0008 Sugerimos a leitura de Introdução à análise de circuitos, referência aos estudos de eletricidade. Trata-se do livro de autoria de Robert L. Boylestad (2004), fundamental a esses estudos, uma vez que aborda, de forma muito clara, os conceitos mais importantes e necessários à compreensão dos conteúdos da referida área. A obra é conhecida como a Bíblia dos estudiosos da eletricidade. Sugerimos a leitura das seguintes seções: 2.1, 2.2, 2.3, 2.4 e 2.5. Sugerimos, também, a resolução dos seguintes exercícios: • Seção 2.2: exercícios 8, 9 e 14; • Seção 2.3: exercícios 18, 19 e 23; • Seção 2.4: exercícios 26 e 27. INDICAÇÃO DE LEITURA Resumo Neste capítulo abordamos os conceitos básicos relacionados à manipulação de números como arredondamento e notação científica. Tratamos, ainda, a forma correta de representação de uma grandeza com base no Sistema Internacional de Medidas e o uso de prefixos em substituição à notação científica. A segunda e a terceira partes do capítulo tratam de corrente, tensão e resistência elétricas. Estas grandezas são de grande importância no estudo da eletricidade e são a base para futuros estudos dos circuitos elétricos. UNIUBE 33 Referências BOYLESTAD, Robert L. Corrente e tensão. In: ______. Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo: Pearson Education, 2004. CAPUANO, Francisco Gabriel; MARINO, Maria Aparecida Mendes. Laboratório de eletricidade e eletrônica. 24. ed. São Paulo: Érica, 2007. Florisvaldo Cardozo Bomfi m Júnior Márcio Aparecido Arruda Introdução Lei de Ohm e análise de circuitos elétricos Capítulo 2 Neste capítulo, abordamos a aplicação de lei de Ohm, fórmulas e tipos de cálculo. Os conceitos que iremos trabalhar constituem o requisito básico para a compreensão e a avaliação de circuitos elétricos. Recomendamos que, sempre que possível, organize um grupo de estudos para que amplie seu conhecimento. Para aprofundar os conceitos e exemplos apresentados, sugerimos, ao longo do texto, a leitura de alguns capítulos do livro Introdução à análise de circuitos, de autoria de Robert L. Boylestad (2004). INDICAÇÃO DE LEITURA Ao fi nal deste capítulo, você deverá ser capaz de:• explicar a lei de Ohm; • avaliar o funcionamento de diferentes circuitos; • analisar o funcionamento de circuitos em corrente contínua; • aplicar teoremas coerentes em análise de circuitos de corrente contínua; Objetivos 36 UNIUBE • diferenciar circuitos em série e circuitos em paralelo; • simular diferentes circuitos em corrente contínua. 2.1 Conhecendo a Lei de Ohm 2.1.1 Potência e energia 2.2 Circuitos em série 2.2.1 Resistência total em um circuito em série 2.2.2 Resistência e potência em um circuito em série 2.2.3 Lei de Kirchhoff para Tensão (LKT) 2.2.4 Fontes de tensão em série 2.2.5 Regras do divisor de tensão 2.2.6 Resistência interna das fontes de tensão 2.3 Circuitos em paralelo 2.3.1 Elementos em paralelo 2.3.2 Condutância e resistência totais 2.3.3 Tensão e corrente em circuitos em paralelo 2.3.4 Lei de Kirchhoff para a Corrente (LKC) 2.3.5 Regra do divisor de corrente 2.3.6 Fontes de tensão em paralelo 2.4 Circuitos em série‑paralelo 2.4.1 Resolução de circuito aplicando matriz Esquema Conhecendo a Lei de Ohm2.1 Observe a relação, a seguir, expressa na equação: EFEITO = OPOSIÇÃO CAUSA Para entender essa relação, devemos nos ater aos seguintes aspectos: 1. qualquer processo de conversão de energia pode ser relacionado a UNIUBE 37 esta equação. Em circuitos elétricos, o efeito que nós necessitamos estabelecer é o fluxo da carga ou da corrente. A diferença potencial, ou seja, a tensão entre dois pontos é a causa (pressão) e a resistência é a oposição encontrada; 2. para uma resistência fixa, quanto maior a tensão (ou pressão) aplicada aos terminais de um resistor, maior será a corrente; 3. para uma tensão fixa, quanto maior for a resistência, menor será a corrente. Diante do exposto, o que podemos concluir? Concluímos que a corrente é proporcional à tensão aplicada e inversamente proporcional à resistência. Verifique, com atenção, a Figura 1, a seguir: Figura 1: Lei de Ohm. Na qual: I = corrente (amperes, A) E = tensão (volts, V) R = resistência (ohms, Ω) O símbolo utilizado para designar a tensão na fonte (bateria) é a letra maiúscula E, enquanto a queda de energia potencial sobre o resistor é 38 UNIUBE simbolizada por V. A polaridade da queda de tensão (V) sobre o resistor é determinada pela polaridade da fonte, porque os terminais da bateria são conectados diretamente aos terminais do resistor. Para um elemento resistivo isolado, a polaridade da queda de tensão (V) é indicada em função da direção da corrente. Assim, o sentido da corrente convencional no circuito é indicado por meio de uma seta. Vale destacar que o ponto de entrada da seta em um elemento do circuito indica a polaridade positiva. Observe na Figura 2, a seguir: Figura 2: Polaridade da queda de tensão. Sugerimos a leitura das seções 4.1 e 4.2 do livro Introdução à análise de circuitos de autoria de Robert L. Boylestad (2004). Essa obra é referência aos seus estudos de eletricidade, porque ela aborda os conceitos mais importantes e necessários à compreensão dos conteúdos da referida área. Sugerimos, além da leitura das seções, a resolução dos exercícios indicados, a seguir: • Seção 4.1: exercícios de 1 a 12. • Seção 4.2: exercícios 14 e 16. INDICAÇÃO DE LEITURA 2.1.1 Potência e energia Para Boylestad (2004, p. 64), “a potência é a grandeza que mede quanto trabalho pode ser analisado em certo período de tempo”. Há diferentes tipos de potência. UNIUBE 39 • Potência mecânica Um sistema apresenta elevada potência mecânica se ele consegue realizar muito trabalho em pouco tempo. Assim, potência é a relação entre a energia gasta por um sistema e o tempo. energiaP tempo = Na qual: Energia = joules = J Tempo = segundos = s Potência = J/s = watt = W • Potência elétrica A potência elétrica (P) expressa a quantidade de trabalho realizado em um espaço de tempo por um equipamento elétrico. No caso de nossos estudos em corrente contínua e com circuitos puramente resistivos, a potência elétrica medida em Watts é o produto da corrente elétrica pela tensão aplicada ao elemento do circuito, ou seja: P = V x I Na qual: P = Potência elétrica medida em Watts; V = Tensão, medida em Volts (V); I = Corrente elétrica, medida em amperes (A). 40 UNIUBE Da equação, podemos obter, ainda: Como V = R x I, teremos: P = (R x I) x I, então: Como I = V / R, teremos: P = V x (V / R), então: P = V 2 R Acompanhe o exemplo a seguir: Qual a potência elétrica de um ferro de passar roupas que, quando alimentado por uma tensão de 127 Volts, solicita uma corrente elétrica de 7,48 amperes? P = V x I = 127V x 7,48A = 949,96VA P ≈ 950 Watts P = R x I2 Para circuitos puramente resistivos, a potência aparente medida em Volt amperes (VA) é igual à potência útil medida em Watts (W). SAIBA MAIS • Energia elétrica A energia elétrica que pagamos mensalmente na conta de energia expressa em kWh é o produto da potência elétrica dos equipamentos medida em kW, pelo período de sua utilização em hora. Veja a equação: E = P x T UNIUBE 41 Na qual: E = Energia elétrica consumida (kWh); P = Potência elétrica (kW); T = Tempo (horas). Exemplo Qual a energia elétrica consumida pelo ferro elétrico (exemplo anterior), se este permanecer ligado por 45 minutos? Resolução: E = P x T Potência do equipamento = 950 Watts ou 0,95 kW Tempo em horas = 45 minutos / 60 minutos = 0,75 horas E = 0,95 kW x 0,75 horas E = 0,7125 kWh Sugerimos a leitura das seções e a resolução dos exercícios indicados a seguir do livro Introdução à análise de circuitos, de autoria de Robert L. Boylestad (2004). • Leitura das seções 4.3, 4.4, 4.5 e 4.6; • Exercícios referentes à seção 4.3 (exercícios 19, 21 e 22); • Exercícios referentes à seção 4.5 (exercício 41); • Exercícios referentes à seção 4.6 (exercícios 52, 55 e 57). INDICAÇÃO DE LEITURA 42 UNIUBE A leitura dessas seções e a resolução dos exercícios indicados possibilitam a você, aluno(a) do curso de Engenharia, aprofundar seus estudos e vivenciar as informações teóricas recebidas, em tarefas simples como, por exemplo, aquecer uma refeição em um forno de micro‑ondas. Circuitos em série2.2 Atualmente, dois tipos de corrente elétrica são usados nos equipamentos elétricos. São eles: o de corrente contínua (CC) e o de corrente alternada (CA). Abordaremos em nossos estudos somente o primeiro tipo – o de corrente contínua. No circuito, a corrente elétrica só possui um caminho a seguir, desde que sai do polo positivo de uma fonte até retornar ao polo negativo desta mesma fonte (sentido convencional). Portanto, nos circuitos em série, a corrente é a mesma em todos os elementos que compõem este circuito. Em outras palavras, a corrente que atravessa o resistor R1 é a mesma que atravessa os resistores R2 e R3, e é exatamente aquela fornecida pela fonte. Observando a Figura 3, podemos observar que dois elementos estão em série se: • possuem somente um terminal em comum; • o ponto comum entre os dois elementos não está conectado a outro elemento percorrido por corrente. UNIUBE 43 Figura 3: Circuito em série. Assim, se todos os elementos do circuito estão em série, o circuito é chamado circuito em série, e a corrente elétrica é a mesma em todos os elementos de um circuito em série. 2.2.1 Resistência total em um circuito em série A resistência total de um circuito em série é a soma das resistências do circuito. RT = R1 + R2 + R3 + R4 ….+ RN Essa resistência total (RT) é a resistência “vista” pela fonte. 2.2.2 Resistência e potência em um circuito em série Uma vez conhecida a resistência total RT, podemos determinar a corrente drenada da fonte, utilizandoa lei de Ohm: E Rt Is = Como a tensão da fonte (E) é fi xa, a intensidade da corrente depende somente do valor de Rt. 44 UNIUBE De posse do valor da corrente elétrica em um circuito série, que é a mesma que percorre todos os elementos do circuito, podemos aplicar a lei de Ohm para calcular o valor da tensão que fica retida em cada um dos elementos do circuito. Verifique, a seguir: V1 = I x R1; V2 = I x R2; V3 = I x R3; VN = I x RN; VT = V1 + V2 +V3 +....+VN. Da mesma forma, podemos calcular a potência dissipada em cada resistor. E a potência total fornecida pela fonte será a somatória de todas as potências dissipadas em cada resistor do circuito: P1 = V1 x I; P2 = V2 x I; P3 = V3 x I; PN = VN x I; PT = P1 + P2 + P3 +…+ PN Exemplo 1 No circuito em série apresentado na Figura 4, determine a: a) resistência total do circuito; UNIUBE 45 b) corrente fornecida pela fonte; c) queda de tensão em cada resistor e a tensão total fornecida pela fonte; d) potência dissipada em cada resistor; e) potência total fornecida pela fonte. R3 = 6 ohms Figura 4: Exemplo de circuito em série 2. R1 = 10 ohms IE = 48 V R2 = 8 ohms Resolução: a) RT = R1 + R2 + R3 ... RT = 10 Ω + 8 Ω + 6 Ω RT = 24Ω b) Is = E / RT Is = 48 V / 24 Ω Is = 2 A; c) Queda de tensão nos resistores: • VR1 = R1 x Is VR1 = 10 Ω x 2A VR1 = 20 V; • VR2 = R2 x Is VR2 = 8 Ω x 2A VR2 = 16 V; • VR3 = R3 x Is VR3 = 6 Ω x 2 A VR3 = 12 V; • E = VR1 + VR2 + VR3 E = 20 V + 16 V + 12 V E = 48 V. d) Potência dissipada em cada resistor: • PR1 = VR1 x I PR1 = 20 V x 2 A PR1 = 40 Watts; • PR2 = VR2 x I PR2 = 16 V x 2 A PR1 = 32 Watts; • PR3 = VR3 x I PR3 = 12 V x 2 A PR1 = 24 Watts. 46 UNIUBE e) PT = PR1 + PR2 + PR3 PT = 40 W + 32 W + 24 W PT = 96 Watts. 2.2.3 Lei de Kirchhoff para Tensão (LKT) Essa lei aponta que a somatória das quedas de tensão, nos elementos de um circuito em série, será igual à tensão fornecida pela fonte. No caso de duas ou mais fontes em um único circuito em série, a polaridade delas devem ser consideradas. Então, podemos dizer que a soma algébrica das elevações e das quedas de potencial em uma malha fechada será sempre zero (Figura 5). Figura 5: Lei de Kirchhoff para Tensão. R2 R1 E V2 V1 LKT a b II I I cd A tensão aplicada a um circuito em série é igual à soma das quedas de tensão nos elementos em série: ∑ V elevações = ∑ V quedas. Para aplicarmos a Lei de Kirchhoff para a Tensão, a soma das elevações e quedas de potencial precisa ser feita percorrendo a malha em certo sentido que, por convenção, será usado o sentido horário para todas as aplicações da LKT. Um sinal positivo indica uma elevação de potencial (de – para +), e um sinal negativo, uma queda de potencial (de + para –). UNIUBE 47 No circuito apresentado anteriormente, a corrente percorre o caminho abcda, formando uma malha fechada. Aplicando a lei de Kirchhoff para Tensão (LKT), no exemplo, a seguir, teremos: V1 – V2 + E = 0, portanto: E = V1 + V2 2.2.4 Fontes de tensão em série As fontes de tensão podem ser conectadas em série para aumentar ou diminuir a tensão aplicada a um sistema. Acompanhe, na Figura 6, a seguir: Figura 6: Fontes de tensão em série. E1 = 1,5V E2 = 1,5V E3 = 1,5V E4 = 1,5V VR1 = 6V A tensão resultante é determinada somando-se as tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridades diferentes. Veja: ET = E2 + E3 – E1 Atenção! A polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior. 48 UNIUBE 2.2.5 Regras do divisor de tensão A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide‑se na mesma proporção que os valores de resistência. O resistor de maior valor captura a maior parte da tensão aplicada, enquanto o menor fi ca com a menor parte. A regra dos divisores de tensão nos permite determinar as tensões em cada resistor do circuito. Para isso, devemos utilizar: Vx = RxE RT A tensão entre os terminais de um resistor em um circuito em série será igual ao valor deste resistor multiplicado pela tensão total aplicada aos elementos em série do circuito, dividida pela resistência total dos elementos em série. Exemplo 2 No circuito divisor de tensão, a seguir, determine as quedas de tensão em cada resistor, na Figura 7. 100V R1 = 30 ohms R2 = 50 ohms R2 = 20 ohms Figura 7: Circuito divisor de tensão UNIUBE 49 VR1 = (R1 x E) / RT VR1 = (30 Ω x 100 V) / (30 Ω + 50 Ω + 20 Ω) VR1 = 30 V; VR2 = (R2 x E) / RT VR1 = (50 Ω x 100 V) / (30 Ω + 50 Ω + 20 Ω) VR1 = 50 V; VR3 = (R3 x E) / RT VR1 = (20 Ω x 100 V) / (20 Ω + 50 Ω + 20 Ω) VR1 = 20 V. 2.2.6 Resistência interna das fontes de tensão Toda fonte de tensão (gerador, bateria, fontes de laboratório) possui uma resistência interna. A fonte de tensão ideal não possui resistência interna e a sua tensão de saída será sempre E com carga ou sem carga ligada em seus terminais. A tensão nos terminais de uma fonte de tensão com resistência interna é calculada usando a seguinte fórmula: Vint = IFL x Rint. Na qual: V int = queda de tensão interna da fonte de tensão (V); IFL = corrente de carga (A); Rint. = resistência interna da fonte (Ω). Exemplo No circuito a seguir (Figura 8), determine o valor da tensão nos terminais da carga. 50 UNIUBE Figura 8: Resistência interna das fontes de tensão. E = 96V RL (Carga) Rint = 18 ohms I(LF) = 50 mA VL = ? Vint = FL x Rint V int = 500 × 10–3 × 18 Ω V int = 9 V Tensão na carga = VL = E – V int VL = 96 V – 9 V VL = 87 V Com base nos resultados obtidos, o que podemos concluir? Isso significa que dos 96 Volts fornecidos pela fonte, 9 Volts ficam retidos na resistência interna da fonte e são dissipados na forma de calor, ficando a carga submetida a uma tensão de 87 Volts. PARADA OBRIGATÓRIA Sugerimos a leitura das seções e resoluções dos exercícios do livro Introdução à análise de circuitos, de autoria de Robert L. Boylestad (2004), conforme indicado a seguir. • Leitura das seções de 5.1 a 5.9. • Exercícios referentes à seção 5.2 (exercícios 1, 2 e 3). • Exercícios referentes à seção 5.3 (exercício 5). • Exercícios referentes à seção 5.4 (exercícios 9 e 10). • Exercícios referentes à seção 5.6 (exercício 15). INDICAÇÃO DE LEITURA UNIUBE 51 • Exercícios referentes à seção 5.7 (exercícios 24, 25 e 26). • Exercícios referentes à seção 5.8 (exercício 35). Nessa leitura, você encontrará importantes informações sobre a utilização correta e segura dos equipamentos utilizados para medição das grandezas elétricas, corrente e tensão. Para uma melhor fixação dos conceitos dos circuitos em série, faça os exercícios indicados, a fim de compreender melhor o conteúdo abordado. Circuitos em paralelo2.3 2.3.1 Elementos em paralelo Dois elementos, ramos ou circuitos estão conectados em paralelo quando possuem dois pontos em comum. Observe, com atenção, a Figura 9: Figura 9: Elementos em paralelo. 2.3.2 Condutância e resistência totais No caso de elementos em paralelo, a condutância total é a soma das condutâncias individuais. GT = + G1 + G2 + G3 +… + GN À medida que o número de resistores em paralelo aumenta, a corrente na entrada do circuito também aumenta, para uma tensão de entrada constante. Efeito contrário ao que acontece no caso de resistores em série. 52 UNIUBE Como G = 1/R, a resistência total do circuito será: R R R R R Note que o resultado desta equação nos dá o inverso da resistência total. Uma vez executados os cálculos, devemos inverter o resultado para obtermos a resistência total. 1. A resistência total de um conjunto de resistores em paralelo é sempre menor que a do resistor de menor resistência do conjunto. Quanto maiorfor a diferença entre o valor de duas resistências em paralelo, mais o valor da resistência total se aproxima do valor da menor resistência. A equação, a seguir, é utilizada para calcular a resistência total de resistores de valores iguais em paralelo. R R NN 2. A resistência total referente a dois resistores em paralelo é o produto das duas resistências dividido pela sua soma: R R R R R R N R Elementos em paralelo podem ser intercambiados sem alterar a resistência total ou corrente total. IMPORTANTE! UNIUBE 53 Exemplo 3 Nos circuitos a seguir (Figura 10), calcule a resistência total: Circuito 1: 100Ω 100Ω 100Ω 100Ω Figura 10: Resistores em paralelo. Quando os resistores têm o mesmo valor, utilizamos a seguinte fórmula: R R NN RT = 100 Ω / 4 RT = 25 Ω Circuito 2: Figura 11: Resistores em paralelo. 500Ω 750Ω Observe a Figura 11. Percebeu que os resistores são de valores diferentes? Neste caso, utilizamos a seguinte fórmula: R R R R R R N R 54 UNIUBE RT = (500 Ω x 750 Ω) / (500 Ω + 750 Ω) RT = 300 Ω Reestruturação da fórmula para 3 resistores em circuito paralelo. 1 1 1 1 Re 1 2 3 1 2 3 1 3 1 2 Re 1 2 3 1 2 3Re 2 3 1 3 1 2 q R R R R R R R R R q R R R R R Rq R R R R R R = + + ⋅ + ⋅ + ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ + ⋅ + ⋅ R R R Exemplo 4 Determine a resistência equivalente do circuito representado na Figura 12. Figura 12: Circuito paralelo. 20 ohms 10 ohms 5 ohms 1 2 3 20 10 5Re 2 3 1 3 1 2 10 5 20 5 20 10 1 000 1 000Re 2,86 50 100 200 350 R R Rq R R R R R R q ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ == ⋅ + ⋅ + ⋅ ⋅ + ⋅ + ⋅ = → = Ω + + R R UNIUBE 55 2.3.3 Tensão e corrente em circuitos em paralelo A corrente total fornecida pela fonte é: Is = E / RT. Como a tensão obtida entre os terminais de elementos em paralelo são iguais, ou seja, V1 = V2 = E, as correntes nos ramos serão então: I1 = V1/R1, I2 = V2/R2,......,IN = VN/RN (Figura 13). Figura 13: Tensão e corrente em circuitos paralelos. E IS V1 V2R1 R2 I1 I2 IS Para circuitos em paralelo com apenas uma fonte, a corrente fornecida pela fonte (Is) é igual à soma das correntes em cada um dos ramos do circuito. Is = I1 + I2. 2.3.4 Lei de Kirchhoff para a Corrente (KLC) A Lei de Kirchhoff para a Corrente (LKC) afirma que a soma algébrica das correntes que entram em um nó é igual à soma algébrica das correntes que saem deste nó. Veja a Figura 14: Σ I.entram = Σ I.saem 56 UNIUBE Figura 14: Tensão e corrente em circuitos paralelos. E IS IS I1 I2 R1 R2 Acompanhe no nó da Figura 13: Σ I.entram = Is Σ I.saem = I1 + I2 ou seja: Is = I1 + I2. 2.3.5 Regra do divisor de corrente A regra do divisor de corrente (RDC) diz que a corrente que entra em um conjunto de elementos em paralelos se dividirá entre estes elementos. No caso de dois elementos em paralelo com resistências iguais, a corrente se dividirá igualmente entre eles. Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor resistência será percorrido pela maior fração da corrente. A razão entre os valores de corrente nos dois ramos será inversamente proporcional à razão entre as suas resistências (Figura 15). Figura 15: Divisor de corrente. UNIUBE 57 O valor da corrente em cada ramo será: RT RxIx = I Analise a Figura 16 a seguir: 56,25V Is = 3A I(1) 30 ohms 50 ohms I(2) a b Figura 16: Divisor de corrente. No caso particular de dois resistores em paralelo, como o da fi gura anterior, utilizamos as seguintes fórmulas: R2 x I R1 + R2I1 = R1 x I R1 + R2I2 = I 1 = (50 Ω x 3 A) / (30 Ω + 50 Ω) = 1,87 A; I 2 = (30Ω x 3 A) / (30 Ω + 50 Ω) = 1,13 A. 2.3.6 Fontes de tensão em paralelo As fontes de tensão podem ser colocadas em paralelo somente se as tensões nos terminais forem idênticas (Figura 17). 58 UNIUBE A razão para colocarmos fontes de tensão em paralelo é a obtenção de uma intensidade de corrente maior (e, como consequência, uma potência maior): A corrente total será: IS = I1 + I2 +… IN Figura 17: Fontes de tensão em paralelo. E E E I(1) I(2) I(3) Is = I(1) + I(2) + I(3) Se colocarmos duas baterias de diferentes tensões em paralelo, a bateria de maior tensão tende a descarregar rapidamente até o seu valor de tensão igualar‑se ao de menor tensão. As resistências internas relativamente pequenas das fontes de tensão são as únicas limitadoras para a corrente entre elas, resultando em uma rápida descarga na bateria com maior valor de tensão e um impacto destrutivo na fonte de menor tensão. Sugerimos a leitura das seções e resolução do Capítulo 6 do livro Introdução à análise de circuitos, de autoria de Robert L. Boylestad (2004). • Leitura das seções de 6.1 a 6.10. • Exercício referente à seção 6.2 (exercício 2). • Exercícios referentes à seção 6.3 (exercícios 3, 4 e 6). INDICAÇÃO DE LEITURA UNIUBE 59 • Exercícios referentes à seção 6.4 (exercícios 8, 10 e 12). • Exercícios referentes à seção 6.5 (exercícios 18,19 e 21). • Exercícios referentes à seção 6.6 (exercícios 22, 24 e 27). • Exercício referente à seção 6.7 (exercício 28). Ao fazer o estudo sugerido, observe a influência da resistência interna dos equipamentos de medição, especificamente o voltímetro, no resultado das medições e as precauções que devem ser tomadas para evitar esses erros. Circuitos em série-paralelo2.4 De acordo com Boylestad (2004), “Circuitos em série-paralelo são os que contêm componentes em série e em paralelo.” Para determinar a resistência equivalente em um circuito composto por uma associação de resistores, calcula‑se inicialmente a resistência equivalente das associações em série e, em seguida, parte-se as associações em paralelo. Acompanhe na Figura 18: 6 ohms 12V 6 ohms 8 ohms 8 ohms Figura 18: Circuito em paralelo. Como exemplo, vamos considerar o circuito representado na Figura 18. Como determinar a resistência equivalente do circuito? Em primeiro lugar, reorganizamos o circuito. Veja como isso é feito na Figura 19. 60 UNIUBE 6 ohms 6 ohms 8 ohms 8 ohms12V Figura 19: Circuito em série paralelo 2. Os dois resistores de 6 Ω em paralelo podem ser simplificados como: R R R R R R N R RT = 6 Ω / 2 RT = 3 Ω Reorganizando o circuito (Figura 20): 3 ohms 8 ohms 8 ohms12V Figura 20: Circuito em série paralelo reduzido. UNIUBE 61 Os resistores de 3 Ω e 8 Ω podem ser simplificados, utilizando-se a seguinte fórmula: R R R R R R N R RT = (3 Ω x 8 Ω) / (3 Ω + 8 Ω) RT = 2,18 Ω Reorganizando o circuito (Figura 21). Figura 21: Circuito em série paralelo reduzido 2. 2,18 ohms 8 ohms12V Os resistores agora estão em série. Para obter a resistência total, basta somar o valor das duas resistências (Figura 22). 10,18 ohms12V Figura 22: Resistência equivalente de um circuito em série paralelo. Rt = 2,18 Ω + 8 Ω Rt = 10,18 Ω 62 UNIUBE Exemplo 5 Determine as tensões V1, V2, V3 e V4, a corrente fornecida pela fonte e a potência dissipada em cada resistor do circuito apresentado na Figura 23. 4 ohms 6 ohms 5 ohms 12V24V 3 ohms Figura 23: Exemplo de circuito em série paralelo. Acompanhe os procedimentos! Redesenhar o circuito, agrupando as fontes que estão em série, assim como os resistores (Figura 24). Req1 = R3 + R4 = 4 Ω + 6 Ω Req1 = 10 Ω Req2 = R1 + R2 = 3 Ω + 5 Ω Req1 = 8 Ω Eeq = –24 V + 12 V Eeq = –12 V UNIUBE 63 12V 10 ohms 8 ohms Is I(1) I(2) Figura 24: Circuito em série paralelo redução. R R R R R R N R RT = (10 Ω X 8 Ω) / (10 Ω + 8 Ω) RT = 4,44 Ω Cálculo da corrente total fornecida pela fonte
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