Buscar

Vigilância em Saúde Ambiental - MISCO II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vigilância em Saúde Ambiental: Áreas de Atuação
A VSA atua em diversas frentes. Atualmente, o Subsistema de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVSA) está subdivido em três grandes áreas, todas sob a Coordenação Geral da Vigilância Ambiental (CGVAM), ligada à Secretaria de Vigilância em Saúde: vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos, vigilância da qualidade da água e vigilância em saúde ambiental relacionada aos desastres naturais.
Vigilância em Saúde de populações expostas a contaminantes químicos (VIGIPEQ):
A avaliação dos riscos à saúde deve ser realizada a partir da coleta e análise de informações de diversas fontes, seguindo as etapas a seguir:
» Avaliação da informação do local;
» Levantamento das preocupações da comunidade;
» Seleção dos contaminantes de interesse: exame das substâncias contaminantes;
» Identificação e avaliação das rotas de exposição: identificar a presença dos cinco elementos da rota de exposição – fonte de contaminação, meio ambiente e mecanismos de transporte, ponto de exposição, via de exposição, população receptora;
» Determinação das implicações na saúde;
» Conclusões e recomendações: categorizar os riscos e realizar as recomendações necessárias para seu controle e/ou eliminação. Os riscos são categorizados em: 
a) perigo urgente para a Saúde Pública;
b) perigo para a Saúde Pública;
c) perigo indeterminado para a Saúde Pública;
d) perigo não aparente para a Saúde Pública;
e) não há perigo para a Saúde Pública.
Vigilância em Saúde de populações expostas a solo contaminado (VIGISOLO):
O primeiro passo da VIGISOLO é a identificação de áreas contaminadas, que pode ser feita por visita ao local, coleta de dados de fontes diversas (ex.: SIM, SINAN), entrevista com moradores da região, pesquisas laboratoriais em busca de substâncias contaminantes no solo, etc. Após a identificação da área contaminada, realiza-se a classificação da área, a partir de suas características (ex.: UPAS).
Todas as informações geradas pelas ações de VIGISOLO devem alimentar o Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado (SISSOLO), utilizado para a geração de informações que permitam o monitoramento da saúde dessas populações, por meio do cadastramento, por parte dos municípios ou estados, das áreas contaminadas identificadas, e da construção de indicadores de saúde e ambiente.
Vigilância Ambiental em saúde relacionada a substâncias químicas (VIGIQUIM):
Entre as ações a serem desenvolvidas pela VIGIQUIM (RIO GRANDE DO NORTE, s/d), temos:
» Identificação, cadastramento sistemático e seleção de áreas contaminadas;
» Classificação e priorização de áreas de risco sob o ponto de vista de exposição humana;
» Avaliação e gerenciamento de risco à saúde humana que visem reduzir ou eliminar riscos à saúde da população exposta;
» Responsabilização jurídica dos agentes causadores de contaminação. 
Essas ações são voltadas para todos os contaminantes químicos, mas cinco deles são prioridade para a vigilância: agrotóxicos, amianto, benzeno, chumbo e mercúrio, devido aos seus graves efeitos no meio ambiente e na saúde humana.
Vigilância Ambiental em saúde relacionada à qualidade do ar (VIGIAR):
Entre os objetivos do VIGIAR, podemos destacar a avaliação dos riscos da exposição à poluição atmosférica e a identificação e avaliação dos efeitos agudos e crônicos (analisar taxas de morbidade/adoecimento e mortalidade).
Todas essas informações devem alimentar o Sistema de Informação da Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade do Ar (SISAR).
Existem três fontes principais de emissão de poluentes na atmosfera:
» Fontes móveis: são os veículos que usam combustíveis à base de petróleo e biocombustíveis (menos poluentes, mas ainda assim, poluentes);
» Fontes fixas: indústrias e outras atividades humanas que emitem resíduos no ar;
» Queima de biomassa: os negócios agropecuários, com queima de pastos e resíduos agrícolas.
Vigilância da Qualidade da Água (VIGIAGUA):
A VIGIAGUA tem como objetivo realizar a vigilância da qualidade da água para consumo humano, bem como detectar situações de risco à saúde relacionados ao seu consumo. Seu campo de atuação se estende a todas e quaisquer formas de abastecimento de água coletivas ou individuais na área urbana e rural, de gestão pública ou privada, incluindo as instalações intradomiciliares (como poços artesianos).
A avaliação do padrão de qualidade da água parte da determinação da quantidade limite de certas substâncias na água, que podem ser toleradas para consumo humano. São considerados três padrões no Brasil para se avaliar a potabilidade:
» Microbiológico: presença de microrganismos ou cianotoxinas (toxinas produzidas pelas cianobactérias);
» Físico-químico: turbidez, agrotóxicos, desinfetantes, radioatividade e presença ou não de substâncias orgânicas e inorgânicas.
» Organoléptico: referente a cor, odor e sabor, que são alterados em caso de contaminação.
Ela estabelece o controle dos níveis de 15 produtos químicos inorgânicos (metais pesados), de 15 produtos químicos orgânicos (solventes), de sete produtos químicos que provêm da desinfecção domiciliar e de 27 tipos de agrotóxicos. Apesar disso, mais de 500 substâncias tóxicas não são pesquisadas!
A VIGIAGUA alimenta o banco de dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água de Consumo Humano (SISAGUA), que centraliza as informações referentes às diferentes for- mas de abastecimento de água, visando a análise e avaliação sobre a qualidade da água destinada ao consumo humano, possibilitando um planejamento mais adequado das ações de vigilância.
Vigilância em Saúde Ambiental relacionada a desastres (VIGIDESASTRES):
A VIGIDESASTRES tem como objetivo desenvolver um conjunto de ações continuadas para reduzir a exposição da população aos riscos de desastres com ênfase nos desastres naturais, inundações, deslizamentos, secas e incêndios florestais, assim como a redução das doenças e agravos decorrentes dos mesmos, por meio de ações de prevenção e promoção da saúde.
Para o setor saúde, os desastres demandam uma série de ações, geralmente emergenciais, que variam desde o atendimento clínico até́ ações educativas a fim de evitar a disseminação de doenças.
As principais atividades desenvolvidas pela VIGIDESASTRES destinam-se ao atendimento de demandas dos municípios atingidos por desastres. Esse atendimento deve acontecer em parceria com a Defesa Civil e órgãos vinculados.
Todo desastre deve ser notificado, por meio de formulário especifico, ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e às Unidades de Resposta Rápida (URR), que são órgãos criados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) para auxiliar na resposta imediata às necessidades de saúde das comunidades atingidas por desastre ou doenças com alto poder de propagação e letalidade.
A VIGIDESASTRES possui quatro áreas de atuação:
» Desastres de origem natural, como enchentes, deslizamentos, tempestades, etc.;
» Mudanças climáticas, com o monitoramento do clima e o impacto das mudanças climáticas na saúde da população e na ocorrência de desastres naturais;
» Vigilância em Saúde Ambiental relacionada a Fatores Físicos (VIGIFIS), que tem como foco de trabalho a emissão de radiação ionizante, além de campos eletromagnéticos emitidos por fontes de energia elétrica;
» Vigilância em Saúde Ambiental relacionada aos acidentes envolvendo produtos perigosos (VIGIAPP): realiza ações de vigilância no campo de extração de minerais, na produção com foco no uso de substâncias perigosas e em suas transformações físico-químicas; armazena- mento de substâncias; transferência de produtos por dutos ou tubulações; transporte por aeronaves, embarcações e veículos rodoviários ou ferroviários; e, destinação final.

Continue navegando